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COMISSÁRIO DE VOO
ÍNDICE
BLOCO 1
SEGURANÇA E EMERGÊNCIA
Exercícios
COMBATE AO FOGO
Exercícios
SOBREVIVÊNCIA NA SELVA, MAR, DESERTO E GELO
Exercícios
ANIMAIS PEÇONHENTOS
BLOCO 3
BLOCO 4
SEGURANÇA
SEGURANÇA E EMERGÊNCIA Tudo o que se pode falar a respeito de
“SEGURANÇA” poderia ser resumido em
poucas palavras, a ponto de se afirmar
INTRODUÇÃO que o conhecimento profundo do
equipamento e a preparação psicológica
Em todos os setores da atividade dirigida a um bom condicionamento, nos
humana, seja por situações criadas pelo dariam aptidão suficiente para
próprio homem ou por fatores alheios, ele enfrentarmos possíveis situações que não
pode ter sua vida, bem como de outrem, afetassem a segurança de voo.
ameaçada ou estar sujeito a sofrer sérios A tecnologia alcançou um grau de
danos físicos ou materiais. reconhecimento e respeitável avanço,
São estas situações que nos levam a permitindo à empresa escolher a máquina
criar uma série de equipamentos e normas de acordo com as suas necessidades.
de procedimentos para podermos Paralelamente as empresas jamais
ultrapassá-las sem danos ou pelo menos o abrirão mão da escolha específica dos
menor número possível deles. homens que irão tripular suas aeronaves e
Em nossas atividades, especificamente dos que irão cuidar da manutenção,
a aviação, todos os meios foram criando um elo de perfeito entendimento e
colocados e estudados para que em tais segurança.
ocorrências possamos evitar o máximo de A máquina é um fator conhecido.
perdas, sejam humanas ou materiais. O homem é o que nos diz respeito
Para tal, torna-se necessário um perfeito agora, e, o domínio sobre estas máquinas
conhecimento de todos os equipamentos a é o que irá contar.
nossa disposição, bem como o modo de Todo o campo da engenharia humana
usá-los. desenvolveu-se da aceitação do fato de
Assim sendo, procuramos traçar que além da confiabilidade funcional do
algumas normas a serem seguidas em engenheiro, a operação dos equipamentos
casos de emergência. e máquinas deve ser compatível com a
No entanto, desejamos esclarecer que o habilidade do homem.
conteúdo deste manual não deve ser Os departamentos responsáveis pela
interpretado como normas rígidas ou preparação desses homens vêem, no
inflexíveis. É impraticável descrever ou treinamento, sua maior base de apoio. Por
prever todas as situações de emergência esta razão é que o treinamento deve ser
possíveis, já que duas situações idênticas planejado, visando os menos capazes,
raramente se apresentam em para que se possa confiar na absorção da
circunstâncias também idênticas. informação dada.
Outrossim, as normas não podem ser O treinamento nada mais é que um
excessivamente detalhadas, sob pena de recurso educacional que visa criar ou
faltar-lhes a devida flexibilidade na prática. melhorar um hábito e desenvolver as
Assim, o manual deve ser considerado habilidades do treinando.
apenas um guia de noções gerais, Certos estímulos provocam
prevalecendo em qualquer situação as determinados movimentos no corpo, os
iniciativas e o julgamento do comandante quais se processam a revelia da vontade.
da aeronave. São automáticos, mecânicos. Podem ser
chamados de “atos reflexos”. Mas existem
reflexos de natureza mental. Nestes
casos, o indivíduo reage de determinada
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Principais vantagens das cabines Lenta: Neste tipo não há problema, pois
pressurizadas: é controlada pelo próprio equipamento da
Permitem voos em grandes altitudes; aeronave.
Maior controle sobre a ventilação e Fatores que interferem na perda de
aquecimento da cabine; pressão:
Redução drástica do risco de Tamanho da cabine;
aeroembolismo (formação de bolhas Diâmetro da saída da pressão;
gasosas na corrente sanguínea). Altitude, quanto maior for a diferença
Principais desvantagens de pressão (interna-externa), maiores
Ameaça de despressurização ou e mais rápidos serão os efeitos da
descompressão por alterações da despressurização.
estrutura da aeronave; Conseqüências:
Necessidade de compressores para Saída brusca do ar dos pulmões. O ar
pressurizar, e equipamento reserva de sai violentamente pela boca e nariz,
oxigênio. dando a sensação de que os pulmões
aumentaram de tamanho dentro do
DESPRESSURIZAÇÃO tórax;
Analisaremos agora, a principal Sensação de ofuscamento ou de
desvantagem das cabines pressurizadas. confusão momentânea;
Digamos que uma aeronave esteja Intensa neblina devida à brusca queda
voando a 30.000 ft (pés) e repentinamente de temperatura e pressão
rompe-se uma janela, por uma razão (condensação);
qualquer (tiro, fadiga do material, etc...), o Efeitos fisiológicos: sintomas de
que ocorreria? hipóxia se o equipamento de oxigênio
Como a pressão interna é maior do que não for usado de imediato;
a externa, ocorreria uma equalização de Sintomas de aeroembolismo;
pressões, uma igualdade entre elas, ou Possível presença de dores a devida à
ainda uma perda da pressão interna da expansão de gases.
aeronave.
É bom ficarmos conscientes também
Um exemplo prático de que ao estarmos exercendo atividade
despressurização é quando uma panela física, seremos os primeiros atingidos pelo
começa a apitar. Para casos de impacto da despressurização.
despressurização as aeronaves estão O tempo de lucidez, em uma situação
equipadas com um sistema de oxigênio, de despressurização, é muito variável de
acomodado acima das poltronas de uma para outra pessoa, dependendo além
passageiros, e que é acionado da altitude, de outros fatores, tais como:
automaticamente. Maiores detalhes serão fumo, que reduz o oxigênio disponível
vistos quando estudarmos os sistemas de para os tecidos do corpo; álcool, que
oxigênio. interfere na assimilação do oxigênio;
fadiga, que diminui a tolerância individual;
Tipos de despressurização: constituição física, visto que o indivíduo
Explosiva: Perda da pressão “atlético” suporta melhor esta situação,
instantânea, em menos de um segundo. enquanto que aquele de vida sedentária
Rápida: Perda de pressão mais lenta, terá maiores problemas para recuperar-se.
mais ou menos 10 segundos. Com relação à altitude, existe uma tabela
que expressa os tempos médios de
lucidez, para uma pessoa normal, sob o
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5 -CILINDRO FIXO
2 - SISTEMA FIXO DE OXIGÊNIO Neste sistema o oxigênio flui dos
PARA A CABINE DE COMANDO cilindros, liberando através de válvulas
SHUT- OFF, em alta pressão, através de
O oxigênio que supre a cabine de um duto, até o regulador, onde a pressão
comando provém de um cilindro é reduzida, em seguida, já com baixa
independente, localizado no pressão, o oxigênio passa, através de
compartimento de aviônica (porão eletro/ dutos, para as PSUS, (Passenger Service
eletrônico) ou junto aos cilindros que Units), cabine de descanso, toaletes e
contém oxigênio destinado à cabine de estação de comissários, onde estão as
passageiros (compartimento de carga). mangueiras e as máscaras oro nasais.
O fluxo de oxigênio possui três Nas aeronaves em que o oxigênio do
seleções: sistema fixo da cabine de passageiros
Sob demanda, misturado com o ar da está acondicionado em cilindros,
cabine, ocorrendo uma despressurização, quando
Demanda a 100 % a cabine atingir uma altitude pressão de
Contínuo a 100 %, sob pressão. pés, o sistema fixo de
oxigênio será acionado
Painel regulador do fluxo de oxigênio. automaticamente.
Interruptor de acionamento: ON / OFF
Seletor do teor de oxigênio: 100 % 6 ESQUEMA DO SISTEMA FIXO DE
NORMAL OXIGÊNIO
Seletor do fluxo de oxigênio: (oxigênio acondicionado em cilindros)
EMERGENCY/ NORMAL/ TEST ou
ON/OFF 7 Após o acionamento do sistema, as
OBSERVAÇÃO tampas dos alojamentos das máscaras
No B_737-300/500 o painel regulador do se abrirão (por pressão do fluxo do
fluxo de oxigênio encontra – se acoplado à oxigênio), ficando, estas últimas,
própria máscara. penduradas. Para que o oxigênio
chegue até as máscaras, é necessário
que sejam puxadas em direção ao
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Descrição
O equipamento consiste de:
Unidade composta de duas capas
flexíveis, internas, de poliéster
revestido de P V C ao calor e as
chamas, incluindo visor de plástico
policarbonatado rígido, com sistema
anti – embaçante.
Diafragma de neoprene que veda a
parte inferior do capuz, em torno do
pescoço
Reservatório metálico de formato
anelar, contendo oxigênio sob pressão
e uma alavanca para acionamento do
sistema (A).
Sistema de absorção de CO2 para
manter sua concentração abaixo do
percentual de 4% (B).
Válvula de pressão positiva que FLUXO DE OXIGÊNIO
estabiliza a pressão interna do capuz 1 Quando o sistema for acionado, o fluxo
e 2 milibares (C). de oxigênio passará através de um orifício
Diafragma acústico para permitir a calibre, onde será ajustado em função de
comunicação oral do usuário, mesmo duas variáveis: o tempo de utilização do
que ele esteja utilizando interfone ou capuz e consumo de oxigênio.
megafone (D).
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SEGURANÇA E EMERGÊNCIA
NOTA
Em se tratando de recém – nascido,
deve- se remover a máscara e posicionar
a extremidade da mangueira, a
aproximadamente, 10 cm do rosto do
ADEQUAÇÃO
bebê, utilizando o fluxo de saída de 4 litros
A finalidade deste sistema é atender aos por minuto.
ocupantes da aeronave que se encontrem
Sabe – se que a inalação de oxigênio a
com insuficiência respiratória.
100% com fluxo por minuto, por um tempo
superior a 15 minutos, pode ser fatal. Não
OPERAÇÃO
existe risco de que corra um acidente
Adaptar o pino de encaixe da mangueira
desta natureza a bordo, pois embora o
ao cilindro.
oxigênio contido nos cilindros portáteis
Girar a válvula de abertura no sentido que equipam a frota serem 100%, o fluxo
anti – horário. máximo de saída é de 4 litros por minutos.
Verificar se o fluxo está saindo
Além do que, este oxigênio, antes de ser
normalmente (indicador junto á máscara): inalado, mistura – se dentro da máscara
indicação vermelha = bloqueio na com o gás carbônico exalado pela pessoa
passagem do fluxo; indicação verde = e, também, com o ar ambiente.
liberação á passagem do fluxo.
Sempre que houver necessidade de se
Remover o excesso de gordura do rosto ministrar oxigênio a algum passageiro, o
do usuário. mesmo não deverá ser abandonado. Os
Ajustar a máscara ao rosto do usuário, comissários deverão permanecer em
amoldando a pequena tira metálica de constante vigilância.
uma das bordas sobre o nariz, para evitar Qualquer passageiro que estiver
fuga de oxigênio e conseqüente lesão recebendo oxigênio por tempo prolongado,
ocular. sofrerá um ressecamento no rosto e este
Fixar a tira elástica ao redor da cabeça equipamento poderá ser utilizado no
e respirar normalmente. cheque pós – despressurização.
Após a utilização, deve – se fechar a (Walk – Around procedure).
válvula, girando – a no sentido contrário
ao de abertura e recolocar no seu lugar de NOTA
origem, fixando – o com as presilhas.
Reportar ao mecânico de voo (ou co-
piloto quando for o caso) o propósito da
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caso de falha deste sistema, por meio de de imediato, pois apesar de não ser o
megafone. mais freqüente, naquele momento o
O chefe de equipe é o responsável passageiro poderá estar necessitando de
pelos anúncios de bordo, mas poderá um atendimento de urgência (por passar
delegar esta função a qualquer outro mal) ou ter detectado fumaça, fogo, ou
comissário. ainda, por qualquer outra situação
Quando for necessário algum anormal.
comunicado aos passageiros, o Um passageiro satisfeito passa a ser um
comissário deve: componente a mais, que poderá vir a
Fazer uso do P.A ou megafone. auxiliar o grupo de comissários numa
Identificar-se ao falar eventual situação de emergência.
Adotar uma postura tal que a coluna As chamadas provenientes dos toaletes
fique na posição vertical (ereta) para servem como alerta aos comissários caso
que não haja compressão do algum usuário necessite de atendimento
diafragma, dificultando a respiração e por razões diversas. Se a porta do toalete
prejudicando, conseqüentemente, a estiver trancada, deve – se questionar o
alocução. ocupante sobre o que está acontecendo.
Fazer o anúncio em voz clara e Caso não haja resposta, o comissário
compassadamente deverá abrir a porta pelo lado externo.
Todas as recomendações acima devem
ser seguidas com rigor, pois o anúncio de MEGAFONE
bordo reflete, aos olhos do passageiro, o Megafone são amplificadores portáteis
estado emocional, não só de quem faz, de som. Alguns são alimentados por pilha
mas de toda a tripulação da aeronave. É comum e outros por pilha seca.
através dele que são transmitidas, dentre Os megafones ampliam a voz do
outras informações, os procedimentos de operador para orientação dirigida, caso
segurança. seja impossível a utilização do sistema
Imagens, por vezes, falam mais do que normal de comunicação. Alguns
palavras. Portanto, independente da megafones são também providos de um
situação, é de vital importância não deixar alarme sonoro para ser usado como
transparecer preocupação para que os sinalizador. Para acioná-lo, basta retirar o
passageiros não tirem conclusões pino de seu orifício e ele passará a emitir
errôneas sobre o que está acontecendo. É um sinal que se propaga a grande
importante informar ao passageiro distância.
quaisquer mudanças que ocorram (atraso,
turbulência, suspensão do serviço de Após um pouso de emergência, caso
bordo, mudança do itinerário, etc.). Deve- um grupo tenha saído para
se lembrar que uma satisfação ao reconhecimento da área e se perca, não
passageiro virá a acalmá-lo, evitando conseguindo retornar ao ponto onde se
tumultos e possível clima de apreensão. encontram os demais sobreviventes, estes
Uma notificação ao passageiro, sempre poderão acionar o alarme, possibilitando
que for feita, deverá ter o objetivo de aos perdidos orientarem – se pelo sinal,
orientá-lo, esclarecendo de maneira facilitando o retorno dos mesmos ao ponto
calma, pausada e, acima de tudo, de partida.
profissional, o que estiver acontecendo.
Além de estar atento as chamadas do
interfone, o comissário deve estar
bastante atento, também, ás chamadas
dos passageiros. É importante atendê-las
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POLTRONAS E CINTOS DE
SEGURANÇA PARA COMISSÁRIOS LUZES DE EMERGÊNCIA EXTERNAS
As poltronas para comissários são Na área externa há luzes de emergência
denominadas ESTAÇÕES DE junto a todas da cabine de passageiros e
COMISSÁRIOS e se encontram próximo também na área sobre a asa, com facho
as saídas de emergência da aeronave. Os luminoso incidindo nos flaps. A finalidade
assentos das estações de comissários são específica da luz que incide sobre os flaps
retrateis e os cintos de segurança são de é possibilitar a verificação de possíveis
retenção tóraco-abdominal danos nos mesmos que possam danificar
as escorregadeiras ou provocar ferimentos
EQUIPAMENTO DE SINALIZAÇÃO em pessoas que, eventualmente, evacuem
Pode ser dividido em dois grupos: por aquela área.
Equipamento de sinalização em
evacuação e INTERRUPTOR DA CABINE DE
Equipamento de sinalização em COMANDO
sobrevivência.
ON – Liga todo o sistema de luzes de
emergência.
EQUIPAMENTOS DE SINALIZAÇÃO
EM EVACUAÇÃO ARMED – Armar o sistema para o seu
acionamento automático, no momento em
que for desligado o sistema elétrico da
LUZES DE EMERGÊNCIA aeronave.
Todas as aeronaves comerciais estão,
obrigatoriamente, equipadas com um OFF – Desliga todo sistema de luzes de
sistema de luzes de emergência dotado de emergência.
força própria (baterias), independentes do
sistema normal de iluminação. As luzes de
emergência foram projetadas para
funcionar automaticamente no caso de
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* Pouso em emergência:
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possa ser atingida (anteparo), como o sempre, estar juntas com o corpo e nunca
encosto da poltrona á frente. Os braços e torcidas, pois isto impedirá o seu
as mãos funcionarão como uma almofada movimento retrátil. O ocupante deverá
sustentando a cabeça. inclinar a cabeça para baixo, o máximo
possível.
POLTRONAS VOLTADAS PARA As mãos do ocupante poderão estar
CAUDA DA AERONAVE. unidas sobre o colo, espalmadas na parte
Os passageiros em poltronas voltadas anterior do assento (sem que se
para a cauda da aeronave devem fazer tencionem os pulso e cotovelos), ou,
força contra o encosto da sua poltrona e ainda, sob as coxas do ocupante.
ajustar o cinto de segurança. Devem O ocupante não deverá segurar o cinto,
sentar-se eretos com a cabeça e os pois isto poderá afrouxá-lo, principalmente
braços firmemente apoiados na poltrona. se este for equipado com trava retrátil
Isto poderá ajudar a sustentar a parte automática, o que aumentaria a chance de
superior do tronco e reduzir a pressão se sofrer ferimentos.
sobre a coluna vertebral. Os pés deverão
estar totalmente apoiados no assoalho. POLTRONAS VOLTADAS PARA A
Não é recomendável colocar as mãos CAUDA DA AERONAVE
atrás da cabeça, pois, com efeito, chicote O procedimento será o mesmo adotado
a pressão sobre a nuca poderá aumentar para os ocupantes de poltronas dispostas
devido ao peso dos braços e das mãos. de frente para o nariz da aeronave,
equipadas com cintos de segurança de
CINTOS DE SEGURANÇA DE retenção tóraco-abdominal, exceto no que
RETENÇÃO TÓRACO – ABDOMINAL se refere á cabeça; esta deverá estar
(SHOULDER HARNESS) apoiada firmemente contra o cabeçote da
poltrona.
POLTRONAS VOLTADAS PARA O
NARIZ DA AERONAVE. CRIANÇAS
O ocupante da poltrona com o cinto de Crianças sentadas em poltronas de
segurança tóraco-abdominal deve sentar- passageiros devem seguir os mesmos
se forma que as costas estejam procedimentos para posição de impacto
firmemente apoiadas contra o encosto, que os adultos, conforme explicado
ajustando, então, o cinto de segurança. Se anteriormente. Devido á sua estrutura, o
as tiras de retenção do tórax tiverem efeito chicote será menor do que nos
ajuste manual, este deverá ser operado de adultos. Sendo assim, a probabilidade de
forma que as costas fiquem firmes. Se as sofrerem o impacto secundário no interior
tiras possuírem travas não retráteis, da aeronave é, também, menor.
deverão ser puxadas até o final para, Os cintos de segurança, na maioria das
então, ajustá-las manualmente. poltronas de passageiros, são instalados
Se a trava retrátil usada for do tipo não- de forma que proporcionem resistência
automática, as tiras deverão ser puxadas efetiva, com pequena chance de se
até que o sistema de trava seja acionado, deslocarem para o abdome. A fivela do
recolocando-se então os excedentes das cinto de segurança geralmente está
tiras em seu lugar de origem, de forma colocada de forma que fique ao lado de
que as mesmas fiquem bem ajustadas ao uma criança pequena (quando ajustado),
corpo. Se as tiras de retenção do tórax reduzindo o risco de ferimentos. O cinto
tiverem travas retráteis automáticas deve ser colocado no baixo ventre da
(carretilhas de inércia), não deverão ficar criança, logo acima das pernas. Se não
frouxas sobre ombros. As tiras devem, puder ser ajustado de forma que fique sem
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folga, travesseiros e mantas deverão ser com passageiros a bordo das aeronaves B
colocados por trás da criança para que 737, que são os seguintes:
criem volume, ajustando, assim, o cinto de Antes do abastecimento, o chefe de
segurança. equipe deve fazer um anúncio, através do
É importante que crianças pequenas se P. A, com o seguinte teor:
inclinem para frente, sobre o cinto e “Srs. Passageiros sua atenção, por
coloquem suas cabeças encostadas nos favor”.
assentos, entre as pernas. Isto é feito para Informamos que esta aeronave estará
se reduzir o efeito chicote da cabeça. sendo reabastecida durante os próximos
As crianças que estiverem no colo de minutos. Em atenção ás normas de
adultos devem ser seguras deitadas de segurança internacionais, alertamos a
maneira que se sustente tanto a cabeça todos sobre a proibição de fumar, acender
quanto o tronco. O adulto deverá se fósforos, isqueiros ou manusear outros
inclinar para frente sobre o cinto, de forma objetos que produzam faíscas.
que a criança fique no espaço criado entre Alertamos ainda que se necessário,
tronco, suas pernas e o encosto da sigam rigorosamente as instruções dos
poltrona á frente. Ambos os braços devem tripulantes ““.
envolver a crianças para proporcionar o
máximo possível de suporte. NOTA
Um adulto e uma criança não devem Em voos internacionais, o anúncio
dividir um mesmo cinto de segurança, pois deverá ser feito em inglês também.
o adulto poderia esmagar a criança contra Deve ser estabelecida a
o mesmo. intercomunicação entre a cabine de
comando e o solo através do interfone. É
GESTANTES da responsabilidade do funcionário da
Mantas deverão ser utilizadas para Manutenção no solo informar á cabine de
elevar o assento da poltrona ocupada por comando o início e o fim do
uma gestante. Esta deverá ser instruída a abastecimento, bem como quaisquer
colocar o cinto de segurança bem baixo anormalidades que ocorram durante o
(baixo ventre) para que sua força seja mesmo.
exercida sobre a pelve (isto é possível Um tripulante técnico deverá estar a
devido á elevação do assento). postos na cabine de comando e ali
Há evidências que demonstram risco permanecer durante todo o
em potencial para crianças e adultos abastecimento, com as seguintes
durante o impacto de uma aeronave, atribuições:
mesmo que a área onde estejam sentados Em caso de necessidade, dar a ordem
permaneça sem grandes danos após o de evacuação da aeronave, através do
choque. P. A; ou outra ordem que se fizer
necessária.
SITUAÇÕES DIVERSAS Informará ao controle do solo qualquer
anormalidade surgida no
ABASTECIMENTO COM abastecimento.
PASSAGEIROS A BORDO DE Efetuar o cheque de abandono da
AERONAVES cabine de comando.
A fim de completar o que determina o
parágrafo 14, item I da NOSER 2204- B – 737
1185 foi expedido, em 10 de abril de 1989, A porta dianteira esquerda deverá estar
um Boletim de Operações estabelecendo aberta, com a escada própria arriada, ou,
os procedimentos para os abastecimentos
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BARCOS SALVA-VIDAS
Os barcos salva-vidas apresentam
formato poligonal. Os mais usados são de
dois tipos e tem capacidade normal para
25 a 42 pessoas.
Os barcos são acondicionados em
invólucros de lona e alojados,
normalmente, em rebaixamento de teto
das aeronaves.
Os barcos salva-vidas possuem duas
câmaras principais de flutuação e estão
equipados com rampas de acesso, alças
de embarque, toldo, montantes metálicos,
mastros infláveis ou metálicos, facas
flutuantes, luzes localizadoras, âncora,
corda de amarração e pacote (Kit) de
sobrevivência no mar.
A corda de amarração tem um
comprimento aproximado de 6 metros e
possui, na sua extremidade, um gancho
que serve para fixar o barco à aeronave.
O comando manual de inflação, em
INSTRUÇÕES PARA A UTILIZAÇÃO forma de punho metálico, está fixado na
DOS COLETES corda de amarração.
Instruir os passageiros para vestirem A localização da rampa de acesso está
os coletes sem se levantarem de seus indicada por setas existentes laterais do
lugares. barco. As facas flutuantes, que são de
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Cheque:
Pressionar o botão push;
Verificar a quantidade de água (no
mínimo de 3/4)
ANOTAÇÕES:
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COEFICIENTE DE EVACUÇÃO
NÚMERO DE OCUPANTES DE UMA AERONAVE QUE POSSAM SAIR POR UMA SAÍDA
OPERANTE OBEDECENDO AO TEMPO PADRÃO 90 SEGUNDOS.
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SEGURANÇA E EMERGÊNCIA
Exercícios:
1. As poltronas da cabine de passageiros são equipadas com cintos de segurança com
retenção:
a) ventral; b) torácica;
c) abdominal; d) ventral e abdominal.
2. O radiofarol localizador, modelo rescu 99, é alimentado por uma bateria ativada por:
a) sal; b) água;
c) energia solar; d) energia luminosa.
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SEGURANÇA E EMERGÊNCIA
12. Quais são os passageiros que não devem ocupar as poltronas localizadas ao lado das
janelas de emergência?
a) os comissários; b) somente crianças;
c) os passageiros extras; d) gestantes, idosos e crianças.
15. Quais são as saídas que devem ser usadas num pouso forçado no mar?
a) todas as saídas; b) as saídas sobre as asas;
c) somente as portas de serviço; d) as que estiverem acima do nível da água.
17. Como medida preventiva de segurança, quantos minutos após a decolagem devemos
aguardar para entrar em contato com a cabine de comando?
18. Qual a posição de impacto para comissário com cinto de inércia sentado de frente para o
nariz da aeronave?
a) cinto de segurança apertado e braços cruzados sob o joelho;
b) cinto de segurança apertado, braços cruzados e cabeça pressionada para trás;
c) cinto de segurança apertado, braços cruzados e cabeça sob o joelho;
d) cinto de segurança apertado, braços cruzados, queixo baixo apertado contra o pescoço.
19. Colocar dentro dos toaletes todos os objetos soltos na cabine é um procedimento a ser
efetuado pelos comissários:
a) após a decolagem
b) antes da decolagem;
c) durante uma turbulência;
d) na preparação da cabine para pouso de emergência.
24. Caso os scape – slides não inflem no sistema automático e manual, o comissário deve:
a) utilizá - lo como corda;
b) não existe a possibilidade dos scape – slides não inflar;
c) orientar os passageiros, para que utilizem outras saídas;
d) puxar a alça que comanda a inflação do sistema manual.
Calor
FOGO É o elemento que serve para dar início à
combustão, mane-la e incentivar sua
propagação.
NOÇÕES GERAIS SOBRE O FOGO
PONTO DE FULGOR (Flash Point)
É a temperatura mínima na qual um
corpo combustível começa a desprender
DEFINIÇÃO gases ou vapores que se queimam em
contato com uma fonte externa de calor,
Fogo ou combustão é um processo de não havendo, contudo, constância na
transformação química quando materiais chama, devido aos gases não serem
combustíveis e inflamáveis, combinados com suficientes para tal (há o clarão e logo se
um comburente (geralmente o O2) e ativados apaga).
por uma fonte calorífica, iniciam reação em
cadeia, produzindo energia na forma de luz e PONTO DE COMBUSTÃO (Fire Point)
calor. É a temperatura mínima necessária para
que um corpo emita vapores (gases) em
ECLOSÃO DO FOGO quantidade suficiente para que haja chama
Nos dias de hoje, modificou - se um pouco o permanente, quando em contato com o
que era conhecido como “triângulo do fogo". comburente e exposto a uma fonte externa
Especialistas acrescentaram um item a mais de calor.
- a reação em cadeia.
Para que se origine o fogo é necessário, PONTO DE IGNIÇÃO (Ignition
portanto, a existência de: temperature)
É a temperatura mínima em que os gases
Combustível (vapores) desprendidos por um corpo
Calor entram em combustão sem o auxilio de
Comburente (oxigênio) fonte externa de calor. Somente a presença
Reação em cadeia do comburente é o suficiente para a
combustão.
Combustível
É o material que alimenta o fogo e serve de
campo à sua propagação. Diferentes formas de combustão
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COMBATE AO FOGO
CLASSIFICAÇÃO DO FOGO
ATIVA
É aquela em que o fogo, além de produzir CLASSE A
calor, produz chama. Isto é, luz. Fogo em materiais sólidos ordinários
LENTA (comuns), tais como papéis, madeira e
É aquela em que o fogo só produz calor, na tecidos, deixando cinzas e resíduos após a
apresentando chamas, geralmente a reação se queima.
processa em ambientes pobres em oxigênio.
EXPLOSÃO
É uma combustão rápida e que atinge altas
temperaturas. Essa reação se caracteriza por
violenta dilatação de gases que,
conseqüentemente, exercem também, violenta
pressão às paredes que os confinam.
ESPONTÂNEA
Determinados materiais, geralmente de CLASSE B
origem vegetal, tendem a fermentar quando Fogo em líquido e gases inflamáveis, tais
armazenado e, desta fermentação, resulta o como querosene, gasolina, óleos e graxas
calor que se elevando gradativamente, faz o lubrificantes, que não deixam resíduos após
combustível atingir seu ponto de ignição. a combustão.
Este conjunto de condições passou a ser
representado geometricamente como o
TETRAEDRO DO FOGO (conhecido também
como pirâmide ou quadrado do fogo).
CLASSE C
Fogo em equipamento eletro/eletrônicos
energizados.
Devido ao fato das faces serem adjacentes,
o tetraedro representa a interdependência que
tem os seus componentes.
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COMBATE AO FOGO
CLASSE D PROPAGAÇÃO
São os incêndios em metais pirofóricos CONCEITO
(magnésio, potássio, titânio, sódio, zircônio)
que exigem para sua extinção, agentes O fogo se propaga por contato direto da
extintores especiais que se fundem em contato chama sobre os materiais, pelo
com o metal combustível. deslocamento de partículas incandescentes
que se desprendem de outros materiais já
em combustão, ou pela ação do calor.
Neste último caso a transmissão de calor
pode ocorrer por:
- CONDUÇÃO
Quando se transmite de molécula a
molécula, pelo simples contato dos corpos.
DESENVOLVIMENTO DE UM INCÊNDIO Ex: combustão de uma fogueira.
V. EXTINÇÃO A PRINCÍPIOS DE
INCÊNDIO
III. ISOLAMENTO
55
COMBATE AO FOGO
casacos) sobre estas grades de retorno de ar O freon é um gás extintor que está
tem provocado combustão por acondicionado em um recipiente fixado sob
superaquecimento e, como o fluxo de ar da a pia dos toaletes. Se houver aumento de
cabine dispersa a fumaça, esta não é temperatura, o gás será liberado
percebida de imediato. automaticamente, através de dois ejetores.
Jornais e revistas em voos de longa duração Estes ejetores, quando expostos à
tornam - se tão ressequidos que se temperatura de 174 graus Fahrenheit,
transformam em excelentes combustíveis. Se liberam o gás diretamente sobre a lixeira
uma norma preventiva não deixar sobras deste (um ejetor) e sobre o aquecedor de água
material amontoadas em cantos ou mesmo (outro ejetor).
sob poltronas. Colocá - las sempre em Na porta de acesso ao extintor existe um
compartimentos fechados. placar indicativo de temperatura com quatro
Latas vazias de sprays ou vidros de colônia pontos claros. Abaixo de cada ponto está
não devem ser jogadas nas lixeiras dos determinado o grau de temperatura, à
toaletes, pois caso ecloda fogo na lixeira, o medida que a temperatura vai subindo e
calor fará com que explodam, espalhando o atingindo as temperaturas indicadas, os
material em chamas. respectivos pontos vão ficando enegrecidos.
A responsabilidade dos comissários é
EQUIPAMENTO AUXILIAR DE COMBATE verificar se a porta da lixeira (acesso ao
AO FOGO EM AERONAVES extintor) está bem fechada, para diminuir a
entrada de oxigênio no compartimento, pois
EXTINTORES o mesmo só viria alimentar o fogo caso ele
De acordo com regulamentos vigentes, as ocorresse.
aeronaves devem estar equipadas com Os toaletes estão, também, equipados
extintores portáteis de tipos e em quantidades Com DETECTORES DE FUMAÇA.
adequadas para atender eventuais
necessidades. DETECTORES DE FUMAÇA
Na prática, geralmente os incêndios Em algumas aeronaves os detectores de
combinam mais de uma classe e podem fumaça, os alarmes visual e sonoro e o
ocorrer em locais que tornam proibido o uso de teste do sistema estão em uma única peça
determinado agentes extintores, como por localizada no interior de cada toalete; em
exemplo, a água e, áreas onde haja circuitos outras os detectores de fumaça encontram-
elétricos energizados, embora estes não se no interior de cada toalete, porém os
estejam em combustão. Desse modo, antes de painéis com alarme visual e sonoro e teste
usar qualquer extintor, deve-se avaliar as do sistema estão localizadas na parede
condições do local e, sempre que possível, externa dos referidos toaletes.
desligar todos os circuitos elétricos.
EXTINTOR DE HALLON
EXTINTOR FIXO DE GÁS FREON (COMPOSTO HALOGENADO DE
Os extintores fixos de acionamento que CROMOCLORODIFLUORMETANO – BCF)
equipam os toaletes são de gás freon.
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COMBATE AO FOGO
OPERAÇÃO
CHEQUE PRÉ-VOO
O agente extintor é um líquido que se
vaporiza rapidamente, atinge locais de difícil
Verificar se:
acesso, não deixa resíduos e o vapor diminui a
visibilidade durante a descarga. Como não é Os extintores estão em seus devidos
condutor de corrente elétrica (testado a 1.000 lugares.
V), o extintor de hallon é específico para o As presilhas estão bem seguras.
combate a um fogo classe C. Os extintores estão lacrados e dentro do
Pode ser utilizado para o combate ao fogo prazo de validade.
das classes A e B, com seguintes restrições: O ponteiro do manômetro está na faixa
Ao ser empregado em fogo classe A, verde.
recomenda-se, após o seu uso, fazer o
rescaldo dos resíduos, devido ao agente
extintor agir somente na superfície.
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COMBATE AO FOGO
EXTINTOR DE ÁGUA
(SOLUÇÃO DE ÁGUA/GLICOL) OPERAÇÃO
60
COMBATE AO FOGO
OPERAÇÃO
NÃO segurar com as mãos nuas, o cano Alça empunhadura, gatilho e bico ejetor.
metálico, do tubo difusor ou o fundo do Pino/argola de segurança.
cilindro.
NÃO dirigir para o rosto, pois a pressão e a Conteúdo: 900g de bicarbonato de
baixa temperatura do agente extintor sódio.
podem provocar lesões nos olhos. 100g nitrogênio.
NÃO expor a pele ao jato do agente Duração média de 25 segundos.
extintor por tempo prolongado, pois pode Alcance médio de 2 metros.
ocorrer queimadura por congelamento. Manômetro
OPERAÇÃO
A machadinha deverá ser usada se for prevenir o alastramento do fogo para áreas
necessária a destruição de painéis para um adjacentes.
rápido acesso a um possível foco de fogo.
Materiais de reabastecimento estão em
gavetas e atrás de painéis. Por estarem em
pacotes, são menos fáceis de pegar fogo, mas
contribuem bastante para propagar um foco de NOTA
fogo já existente. A machadinha também pode
ser necessária para possibilitar o acesso à
área por trás de paredes, onde haja fogo de
origem elétrica.
Ao se perceber cheiro de queimado e/ou
fumaça saindo de um forno, deve-se fechar a
porta e desconectar os fusíveis
correspondentes. Se houver fogo, deve-se
usar extintores de CO2, de pó químico ou Sempre que houver fumaça densa na
hallon. cabine, lembra - se que a fumaça tem
Nunca utilizar extintores de água em forno tendência a subir. Sendo difícil respirar
energizado, pois a água é condutora de estando em pé, arrastando pelo chão
eletricidade. conseguir-se-á respirar, pois sempre
Se houver algum curto - circuito e pegar fogo permanece uma pequena camada de
em lâmpadas, fios ou interruptores deve-se oxigênio próximo ao chão. Colocar um lenço
desligar a corrente elétrica e usar extintores de molhado no nariz também é uma boa
CO2 pó químico. opção, pois o mesmo serve como filtro,
Se pegar fogo na roupa de algum passageiro, minimizando os efeitos tóxicos da fumaça.
deve-se envolvê-lo em um cobertor e remover OBS.: A chama que por ventura sair pela
a roupa afetada, se possível. descarga durante a partida do motor ou A.P.
Em aeronaves mistas (carga e passageiros), U, normalmente não é problema sério e não
se for detectado fogo/fumaça em algum dos há necessidade de alarme.
containeres, no compartimento de carga de Quando tiver finger/ escada disponível, os
main-deck, e o fogo não tiver saído do passageiros desembarcam pelo mesmo e
container, NÃO se deverá abri-lo, pois o em caso de necessidade utiliza-se também
oxigênio que entrar poderá alimentar o fogo, os escapes-slide (escorregadeiras)
aumentando a sua intensidade. Se possível, Pode ocorrer fumaça proveniente da luz
deve-se reduzir ao mínimo as aberturas de fluorescente da cabine. O
ventilação. Cobertores molhados podem ser superaquecimento do filtro pode causar
usados para cobrir aberturas maiores. O fumaça antes que o fusível queime sem
próprio container servirá como proteção contra necessariamente provocar fogo.
o alastramento do fogo. Desta forma, se a Neste caso desligue a luz afetada, avise
quantidade de agente extintor for limitada, a cabine e NÃO utilize extintor até que um
Será bem mais benéfico deixar o fogo queimar tripulante técnico verifique.
dentro do container e usar o extintor para
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COMBATE AO FOGO
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COMBATE AO FOGO
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COMBATE AO FOGO
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COMBATE AO FOGO
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COMBATE AO FOGO
7. EVITAR UTILIZAÇÃO DE
LÍQUIDOS VOLÁTEIS - (ÉTER,
BENZINA, ÁLCOOL) recolhendo-os
e imediatamente mergulhar o frasco
em gelo picado. Se houver
vaporização notifique ao comandante
e os cigarros devem ser apagados CHECK
imediatamente. O frasco deve ser Presença e integridade física
desembarcado na primeira escala. MÁSCARA FULL- FACE
70
COMBATE AO FOGO
CHECK
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COMBATE AO FOGO
Exercícios:
10. Matérias que inflamam - se em contato com os outros produtos químicos, em geral o próprio
ar. É a classe:
a) B b) D c) A d) C
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COMBATE AO FOGO
12. Resfriamento é:
a) Redução do comburente.
b) Interrupção do processo de alimentação da combustão.
c) Redução do calor.
d) Contato por vento relativo
13. A chama se mantém devido à existência suficiente de produção de vapores. Esta ocorre
em:
a) Ponto de ignição. b) Ponto de fulgor. c) Ponto de combustão d) Ignição Espontânea.
14. Gases gerados por decomposição orgânica inflamam - se com o simples contato com o O2
ocorre em:
a) Ponto de ignição b) Ponto de fulgor
c) Ponto de combustão d) Ignição Espontânea
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SOBREVIVÊNCIA NA SELVA – MAR – DESERTO - GELO
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SOBREVIVÊNCIA NA SELVA – MAR – DESERTO - GELO
Se a aeronave não se incendiar, ainda Pode – se ainda utilizar como abrigo partes
que destruída, fornecerá materiais que da aeronave, bem como equipamentos de
facilitarão a sobrevivência, como por emergência (barcos e escorregadeiras) e
exemplo: alimentos, medicamentos, recursos naturais que se encontrem no local
espelhos, forração das poltronas, fios do acidente.
elétricos, combustível dos motores, óleo,
borracha, plástico, etc.
ABRIGO
NOÇÕES BÁSICAS
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SOBREVIVÊNCIA NA SELVA – MAR – DESERTO - GELO
INSTALAÇÕES DO ACAMPAMENTO
ABRIGO TEMPORÁRIO
Na instalação do acampamento dos
Se a permanência na selva se estender, sobreviventes deve – se observar os
pode – se construir um abrigo temporário seguintes itens preferencialmente:
mais confortável, montando uma estrutura
em forma de “A” que poderá ser coberta Escolher uma área num ponto elevado e
com folhas de palmeiras, folhas largas ou afastado de charcos e pântanos
ainda com plásticos ou mantas. (mosquitos), mas próxima de um rio,
As folhas deverão ter as pontas voltadas riachos ou igarapé.
para baixo para que a água escorra Retirar da área escolhida folhas e galhos
livremente em caso de chuva e bem juntas secos e podres.
para que o telhado não deixe passar água. Ao construir o abrigo, cuidar para não
montá – lo sob galhos secos ou sob
Para amarração deste tipo de abrigo castanheiras porque tanto os galhos
pode – se usar cipó ou tiras de cascas de secos quanto os ouriços da castanha
árvores torcidas. (frutos) poderão cair, com resultados
imprevisíveis.
Construir duas fossas, uma para detritos
(lixo) e outra para dejetos, ambas
afastadas do acampamento, conforme
abaixo:
DETRITOS DEJETOS
ACAMPAMENTO
RIO
FOGO
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SOBREVIVÊNCIA NA SELVA – MAR – DESERTO - GELO
NOÇÕES BÁSICAS
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SOBREVIVÊNCIA NA SELVA – MAR – DESERTO - GELO
mesmas pegam fogo. Este processo requer Em condições normais, o corpo necessita,
muita prática. aproximadamente, de dois litros de água, por
dia.
Em situações adversas, a quantidade
mínima de água necessária para que o
organismo mantenha suas condições vitais,
levando – se em consideração a temperatura
ambiente, é de meio litro por dia.
Ao se iniciar a sobrevivência, deve – se
suspender o fornecimento de água e
alimentos, aos sobreviventes, fornecendo as
primeiras rações 24 horas após o acidente
(excetuando – se feridos graves e crianças).
2 – Esfrega-se uma correia de fibra seca Se a previsão de água for mínima e não
(ou couro, numa madeira, em movimentos houver a princípio, a possibilidade de
contínuos e progressivos. O atrito produzirá aumentar o estoque é preferível bebê – la na
calor suficiente para as iscas se inflamarem. sua totalidade no primeiro dia do que perdê –
la pela evaporação.
CAPTAÇÃO DE ÁGUA
ÁGUA DA CHUVA
ÁGUA
NOÇÕES BÁSICAS COCO
Pode – se viver semanas sem alimentos, Os cocos verdes são os que possuem
porém, sem água, vive – se muito pouco, maior quantidade de água.
especialmente em regiões quentes onde se O coqueiro é uma espécie de palmeira que,
perde grande quantidade de água do além de apresentar o miolo interno da fruta
organismo devido à transpiração. comestível, ainda proporciona ao
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SOBREVIVÊNCIA NA SELVA – MAR – DESERTO - GELO
sobrevivente um método de se obter água pode ser bebida se não apresentar gosto
com um coletor feito de bambu. amargo e/ou sumo leitoso.
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SOBREVIVÊNCIA NA SELVA – MAR – DESERTO - GELO
PRÓXIMO AO BURITI
DESTILADOR SOLAR
BANANEIRAS SILVESTRES
O destilador solar é montado em alguns
Normalmente, as bananeiras silvestres
minutos, podendo – se extrair em torno de 1
crescem em lugares de grande umidade
litro e meio de água, por dia.
(próximo a riachos e igarapés). Costumam
armazenar água da chuva entre o caule da
Para montá – lo, deve – se:
folha e o tronco.
EMBAÚBA
Cavar um buraco com, aproximadamente,
1 metro quadrado e 50 cm de
A embaúba é uma árvore cujas raízes
profundidade.
externas, bastante ramificadas, armazenam
água em suas cavidades. Colocar um recipiente qualquer no fundo
do buraco.
Cobrir a cavidade com um pedaço de
OUTRAS FONTES DE ÁGUA plástico fino de 2 metros quadrados,
PARTES BAIXAS DO TERRENO aproximadamente.
O destilador solar dá bons resultados
Na selva é comum encontrar – se ravinas somente em áreas abertas onde os raios
temporariamente secas que, entretanto, se solares podem incidir sobre o plástico durante
transforma em leitos de igarapés ou igapós a maior parte do dia.
na época das chuvas. Para se obter água Completar:
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ALIMENTO
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c) Trocar a água e ferver por mais de 30 a a) Abrir o tronco pela sua parte mais grossa
40 minutos. e retirar o miolo.
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CAÇA
NOÇÕES BÁSICAS
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INSETOS
PREPARAÇÃO DO ALIMENTO
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SOBREVIVÊNCIA NA SELVA – MAR – DESERTO - GELO
FOGÃO DE ASSAR
REQUISITOS DE ENERGIA
PROTEÍNA ANIMAL
SINALIZAÇÃO
NOÇÃO BÁSICA
EQUIPAMENTO DE SINALIZAÇÃO DA
AERONAVE
Os equipamentos de sinalização da
aeronave são:
Foguete pirotécnico
Espelho
Apito
Lanterna
SINALIZAÇÃO COM RECURSOS LOCAIS
Corante marcador de água
No local do acidente, facilmente poderão
A descrição, a adequação e os ser encontrados materiais para sinalizar.
procedimentos para a utilização destes Entretanto, é necessário destacar que a
equipamentos encontram – se no MANUAL sinalização difere, dependendo da situação,
DE SEGURANÇA – EQUIPAMENTO E ou seja, há procedimentos específicos se os
PROCEDIMENTOS. sobreviventes ainda não foram avistados e,
outros, quando já foram avistados, mas o
resgate não venha a ser imediato.
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ANIMAIS PERIGOSOS
MOSQUITOS
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BICHOS DE PÉ
PIRANHA
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mesmo tempo em que nela lançará facão para abrir picada e melhorar a
outros que mereçam ser locados. visibilidade para os que vêm à retaguarda;
O HOMEM PASSO - seguirá aqueles dois,
OBSERVAÇÕES contando o número de passos; à medida que
atingir 50, 100 ou quantos passos
Será interessante e muito aconselhável convencionar, irá anotando - os em um
mesmo que todos os homens que integram cordão por meio de nós, palitos de fósforo,
um grupo tenham conhecimento do pequenos galhos, folhas ou outro meio
emprego da bússola e possuam o passo qualquer, de modo que a, qualquer momento,
aferido, o que possibilitará o rodízio de possa converter passos em metros e saber
funções. O uso do facão no mato será quanto andou. Tal procedimento será
restrito, para que não se deixem pistas. necessário porque poderá haver necessidade
TÉCNICAS DE NAVEGAÇÃO de retorno a ponto de partida e, neste caso,
(O AZIMUTE É DESCONHECIDO) será sempre útil saber que distância ter - se -
à de marchar até eles; será, pois, fator de
Será o caso em que o grupo está perdido controle. Além do mais, caso haja uma carta
e tentará encontrar um caminho para e surjam acidentes dignos de ser locados,
salvação. Após um calmo estudo da essa distância será necessária.
situação, será selecionada uma direção da
qual se tirará o azimute segundo o qual se ULTRAPASSAGEM DE OBSTÁCULO
navegará. Isso evitará que se caminhe em
círculo (fato normal para quem, sem a Será normal em um deslocamento na selva
bússola, procura marchar na selva); ao encontrarem - se, na direção de marcha, os
mesmo tempo em que permitirá se mais variados obstáculos: árvores caídas,
necessário, retornar a ponto de partida, buracos, galharia barreiras quase na vertical,
orientando - se pelo contra - azimute. Quer aclives e declives suaves ou fortes, chavacais
seja azimute ou contra - azimute, a técnica (banhos, alagadiços), pantanais, igarapés
será: (estreitos e lagos de fraca ou forte
HOMEM BÚSSOLA - lançará o homem - correnteza, rasos ou profundos); igapós, rios,
ponto à frente, na direção do azimute até o lagos ou lagoas, etc...
limite de sua visibilidade, por deslocamento
comandado "um ponto para a direita". Ou Quando se marcha segundo o azimute, às
"mais à esquerda". O homem - bússola vezes não, sendo então necessário vencê-lo.
determinará, com precisão, o local onde o Dentre a variedade de processos existentes
homem - ponto deve parar. para realizar um desvio ou transportar um
obstáculo, serão apresentados os que se
Estando este parado, aquele se seguem:
deslocará até ele e o fará dar um novo
lance à frente, na direção do azimute de DESVIO DE UM OBSTÁCULO
marcha, repetindo as operações anteriores.
Será, portanto, uma navegação por lances; PRIMEIRO PROCESSO - DO PONTO DE
O HOMEM PONTO - não será mais que REFERÊNCIA NÍTIDO
um comando do homem - bússola;
enquanto ele se deslocar, irá usando do
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SOBREVIVÊNCIA NA SELVA – MAR – DESERTO - GELO
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SOBREVIVÊNCIA NA SELVA – MAR – DESERTO - GELO
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SOBREVIVÊNCIA NA SELVA – MAR – DESERTO - GELO
Manter seco o interior da embarcação, Quem estiver na vigia deverá estar atento a
usando todos os meios disponíveis (balde, qualquer sinal da terra, aos navios que
esponja, etc.). passam ou aeronaves em voo, ao
aparecimento de algas marinhas, cardumes
Conservar a embarcação, em constante ou bandos de aves que surjam, bem como a
equilíbrio. Os sobreviventes devem qualquer indício de avaria na embarcação.
permanecer sentados no assoalho de
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SOBREVIVÊNCIA NA SELVA – MAR – DESERTO - GELO
Uma nuvem de “cumulus” paradas sob Por outro lado, a ausência total de água
um céu limpo ou céu onde todas as demais leva a uma sobrevivência em torno de 10
nuvens se movam, muita vezes indica a dias.
existência de terra.
EQUILÍBRIO HÍDRICO
Em geral, um maior número de aves é
avistado mais próximo à terra do que em Normalmente o conteúdo de água no
alto mar. A direção para a qual voam organismo é bem equilibrado. O excesso na
bandos de aves, ao anoitecer, poderá ingestão de água, através de bebidas e de
indicar terra próxima. alimentos é compensado pela excreção via
urina, fezes, respiração e transpiração.
Se for possível, reavaliar os ferimentos
dos sobreviventes e aperfeiçoar os ENTRADA DE ÁGUA
curativos.
Em condições normais, a ingestão de água
Se houver queda de temperatura, à noite, por um indivíduo, pode variar de 2.500 ml a
fechar as laterais (sanefas) do toldo. 3.000 ml, proveniente de três fontes
principais.
Só se deverá navegar a embarcação, ÁGUA NATURAL
quando houver terra à vista. Se o vento
estiver soprando em direção a terra, deve- A água natural é ingerida em maior
se retirar a âncora da água, soltar a sanefa quantidade, sob a forma de bebidas e
do toldo apenas do lado do vento e segurá- alimentos líquidos, onde está presente em
lo o mais alto possível para que, enchendo- grande quantidade (sopa, leite, vitaminas,
se de ar, proporcione, assim, um sucos, etc).
deslocamento mais rápido.
Numa situação de sobrevivência no mar,
Tranqüilizar os sobreviventes, dizendo talvez a única fonte natural disponível seja a
que o salvamento é esperado em breve. É água da chuva, que nem sempre satisfaz a
ESSENCIAL CRIAR DESEJO DE sede, pois não dispõe dos sais minerais
SOBREVIVER. necessários ao corpo humano. Ao chover,
deve – se procurar armazenar a maior
Água quantidade possível de água, tendo o
cuidado para não contaminá – la com água
Médicos da U.S NAVY comprovaram na do mar. Durante a chuva beber tanto quanto
última guerra mundial, que um homem possível, sem que se sinta mal.
privado de alimentos, mas com abundância
de água potável, evitando ao máximo ÁGUA DE CONSTITUIÇÃO
despender qualquer esforço físico, pode ter
uma sobrevivência de 20 a 30 dias A água de constituição está presente em
dependendo da sua condição física e das todos os alimentos e, de uma maneira geral,
condições ambientais. pode – se considerar que a água entra na
composição dos alimentos sólidos numa
variação de 75 a 80%.
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SOBREVIVÊNCIA NA SELVA – MAR – DESERTO - GELO
VIA DIGESTIVA
Esta perda varia de acordo com o grau da Pelas fezes o indivíduo normal elimina
atmosfera, e também, em duas cerca de 100 ml de água por dia.
circunstâncias: febre e taquipnéia, portanto
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SOBREVIVÊNCIA NA SELVA – MAR – DESERTO - GELO
Perda de Consciência
Em situações normais, essa perda não é
significativa, exceto nos casos de diarréia.
CONDIÇÃO FÍSICA
deteriorados ou mesmo alimentar – se sem
dispor de quantidades suficientes de água
para auxiliar a digestão, deve ser evitado
Não bebendo
pelos sobreviventes. Não tendo água, não água do mar
se deve comer.
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SOBREVIVÊNCIA NA SELVA – MAR – DESERTO - GELO
NÃO BEBER DO MAR, NEM MISTURÁ- Um homem perdido num barco salva –
LA COM ÁGUA DOCE vidas no meio do oceano pode vir a morrer de
sede. Mas caso conheça o enorme potencial
NÃO COMER SE NÃO DISPUSER DE do mar em fornecer alimentos, dificilmente
ÁGUA morre de fome. Numa situação crítica de
sobrevivência, o essencial para o náufrago é
NÃO BEBER URINA E NEM SANGUE adequada ingestão, coleta e armazenamento
DE ANIMAIS MARINHOS (MASTIGAR de toda a água potável disponível.
A CARNE APENAS)
EVITAR A PERDA DE ÄGUA PELA PESCA
SUDOROSE, NÃO DISPENDENDO
ESFORÇO FÍSICO DESNECESSÁRIO Caso o náufrago, tenha uma boa reserva
E MANTENDO A VENTILAÇÃO DA de água deve dirigir – se seus esforços para
EMBARCAÇÃO E, SE NECESSÁRIO, a obtenção de alimentos, pois resolve o
MOLHAR AS ROUPAS. problema da fome e, ao mesmo tempo, está
ocupado com uma atividade, evitando
PROCURAR REPOUSAR E NÃO SE pensamento mórbido que afetam o moral.
AFOBA. Como apetrecho de pesca, além dos
contidos nos conjuntos de Sobrevivência na
Selva, podem – se improvisar anzóis com
ESTIMATIVA DE VIDA EM DIAS / alfinetes, fivelas de cintos, grampos de
QUANTIDADE DE ÁGUA (LITROS) cabelo, etc., e linhas com cordões de sapatos
Tempe Sem 0,946 1,892 3,785 9,463 18,927 e fios tirados de roupas. Para ser bem
ratura água Litros Litros Litros Litros Litros sucedidos na pesca, deve – se cuidar para
máxima
à que o peixe não seja ingerido, mas somente
sombra mastigado.
Os peixes mordem mais as iscas em
48,8 2 2 2 2,5 3 4,5 movimento do que as paradas. Intestinos de
43,3 3 3 3 4 5 7 aves são excelentes iscas. Pequenos peixes
37,7 6 5 6 7 9,5 13,5 são atraídos pela sombra proporcionada pela
32,2 7 8 9 10,5 15 23 embarcação.
26,6 9 10 11 13 19 29 À noite, o fecho de luz de uma lanterna
21,1 10 11 12 14 20,5 32 projetada na água, ou o reflexo da lua numa
15,5 10 11 12 14 21 32 superfície refletora (espelho de sinalização),
10 10 11 12 14,5 21 32 costuma atrair peixes e lulas.
A carne de animais marinhos de alto mar,
ALIMENTAÇÃO excetuando – se medusas (caravelas e águas
– vivas) é comestível. A carne do pescado cru
O sobrevivente deve ter em mente que não é salgada, nem desagradável ao paladar.
dispondo de água, o seu organismo é capaz
de suportar algumas semanas sem
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SOBREVIVÊNCIA NA SELVA – MAR – DESERTO - GELO
PEIXES VENENOSOS
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SOBREVIVÊNCIA NA SELVA – MAR – DESERTO - GELO
ARRAIA
MORÉIA
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SOBREVIVÊNCIA NA SELVA – MAR – DESERTO - GELO
As medidas enunciadas a seguir não O perigo das medusas está no contato físico
significam que o ataque será evitado, mas com as cápsulas venenosas, cheias com um
em muitas ocasiões poderá surtir efeito: líquido urticante, distribuídas pelos seus
Não retirar as roupas, (roupas escuras longos tentáculos e que provocam irritações e
queimaduras, podendo até provocar a morte.
parecem oferecer maior proteção que
roupas claras).
Permanecer imóvel, ou se estiver
próximo a uma embarcação, nadar com
movimentos regulares.
Afastar – se dos locais onde existam
cardumes de peixes.
Estando no interior da embarcação,
evitar deixar mãos e pés dentro d‟água.
OURIÇO E ANÊMONA
Não atirar pela borda restos de
alimentos, abandonar o peixe que por
Os espinhos de algumas espécies de
acaso se tenha fisgado no anzol.
ouriços provocam ferimentos dolorosos.
Se um tubarão atacar a embarcação, Algumas espécies possuem espinhos
procurar atingí – lo no focinho e na dentados, tornando – se necessário extraí –
cabeça com algum objeto contundente. lo cirurgicamente.
Nos casos menos graves, os espinhos de
natureza calcária e silicosa, podem ser
dissolvidos pela aplicação de amoníaco,
álcool ou sumos cítricos (gotas de limão).
As anêmonas, assim como as medusas,
expelem uma secreção urticante, que produz
irritação. Evite tocá–las com a pele
desprotegida.
CARACOL VENENOSO
MEDUSA
Os caracóis compridos e de forma cônicas,
As medusas (caravelas, água – vivas)
(principalmente algumas espécies do Oceano
são comuns nas águas tropicais.
Pacífico e Índico) são venenosos.
106
SOBREVIVÊNCIA NA SELVA – MAR – DESERTO - GELO
FATORES SUBJETIVOS
PÂNICO
107
SOBREVIVÊNCIA NA SELVA – MAR – DESERTO - GELO
109
SOBREVIVÊNCIA NA SELVA – MAR – DESERTO - GELO
Bujões de vedação
Balde e esponja
Sinalizadores
NOTA
TIRAS DE REENTRADA
111
SOBREVIVÊNCIA NA SELVA – MAR – DESERTO - GELO
ORIENTAÇÕES BÁSICAS
112
SOBREVIVÊNCIA NA SELVA – MAR – DESERTO - GELO
radiofaróis de emergência) são idênticas às que não estejam pintadas, porque em contato
apresentações no Manual de sobrevivência. direto com a pele, poderão causar lesões
irreversíveis.
Importante lembrar que os grânulos de
sílica – gel devem ser utilizadas na sua Escorregadeiras e barcos salva – vidas
finalidade anti – congelante para o também poderão servir como abrigos, desde
acionamento dos radiofaróis de emergência que devidamente fixados sobre o gelo.
(Beacon) modelo RESCU 99.
É importante se ter certeza de que o abrigo
será construído sobre blocos sólidos de gelo,
AÇÕES SUBSEQÜENTES distantes de fendas ou do mar aberto.
113
SOBREVIVÊNCIA NA SELVA – MAR – DESERTO - GELO
FOGO
ALIMENTO
A forração do local onde se for deitar é
importante para que a neve não derreta sob Excetuando – se todo alimento que estiver
o corpo. disponível no interior da aeronave, e que
deverá ser retirado, nas regiões polares a
Em qualquer abrigo deve – se acender alimentação se limitará aos alimentos de
uma vela (ou outra fonte de calor) de forma origem animal: focas, leões – marinhos, aves,
a manter a temperatura do abrigo próximo a peixes e demais animais marinhos, sendo
0 GRAUS CELSIUS e o teto deve ser bem que, provavelmente as focas serão a principal
liso para evitar que a neve derretida fique fonte.
gotejando.
Somente em último caso se deve ingerir a
carne de pingüins, pois muito comumente
está contaminada por vermes.
114
SOBREVIVÊNCIA NA SELVA – MAR – DESERTO - GELO
115
SOBREVIVÊNCIA NA SELVA – MAR – DESERTO - GELO
116
SOBREVIVÊNCIA NA SELVA – MAR – DESERTO - GELO
ABRIGO ALIMENTO
117
SOBREVIVÊNCIA NA SELVA – MAR – DESERTO - GELO
Na maioria dos desertos, a vida animal é A não ser os povos nômades dos desertos
escassa. Sua presença depende tanto de africanos que atravessam, de geração em
água quanto de alimento. geração, estas áridas regiões, não se deve
arriscar um deslocamento sem destino.
Os animais mais comumente
encontrados no deserto são: pequenos A altíssima temperatura durante o dia não
roedores, coiotes, lagartos e cobras. Os permite longas jornadas.
roedores são animais facilmente
capturados durante o dia em suas tocas, Portanto, para se deslocar no deserto,
pois são animais notívagos. deve-se ter, além de um bom preparo físico,
o conhecimento da região.
De uma maneira geral, estes animais são
vistos transitando ao amanhecer ou ao
entardecer.
CUIDADOS NO DESERTO
118
SOBREVIVÊNCIA NA SELVA – MAR – DESERTO - GELO
Exercícios:
a) falta de água
b) manutenção da temperatura corporal
c) insetos
d) aracnídeos
119
SOBREVIVÊNCIA NA SELVA – MAR – DESERTO - GELO
Exercícios:
12. Para uma sobrevivência na selva ter êxito é necessário suprir algumas
necessidades mínimas, a saber:
a) Abrigo, fogo, água e autocontrole;
b) Abrigo, fogo, água e radiofarol;
c) Abrigo, fogo, água e evacuação e;
d) Abrigo, fogo, água e alimento.
120
SOBREVIVÊNCIA NA SELVA – MAR – DESERTO - GELO
Exercícios:
15. Após o impacto, se houver uma explosão seguida de destruição total da aeronave,
será possível:
a) Inflar “slides-boats”;
b) Todas as respostas estão erradas;
c) Acionar rádio “beacon” na freqüência 130.9;
d) Utilizar a mascara “full-face” de combate a incêndio.
121
SOBREVIVÊNCIA NA SELVA – MAR – DESERTO - GELO
Exercícios:
122
SOBREVIVÊNCIA NA SELVA – MAR – DESERTO - GELO
Exercícios:
27. O maior problema que um sobrevivente enfrenta em uma área gelada está
relacionada a:
a) ventos fracos;
b) reflexão da luz solar no gelo;
c) ataques de mamíferos marinhos;
d) manutenção da temperatura corporal.
123
ANIMAIS PEÇONHENTOS
ANIMAIS PEÇONHENTOS
OFIDISMO Tipos:
Conceito 1 AGLIFODONTES
2 OPSTOGLIFODONTES
Considera-se como OFIDISMO, o 3 PROTEROGLIFODONTES
conjunto de acidentes causados por picadas 4 SOLENOTODONTES
de cobras.
Generalidades Significado:
A - ausência – falta
No mundo existem, atualmente, cerca de
GLIFO – suco – canaleta
6.000 espécies de serpentes. Desta,
apenas 640 podem ser encontradas na
DONTE – dente
América do Sul e 210 espécies no Brasil.
De qualquer forma, esses animais ainda
causam, em nosso país aproximadamente OPSTO – posterior – atrás
acidentes ofídicos por ano, dos
PROTERO – significa anterior- na frente
quais resultam, em média, 5.000
mortes.
SOLENO – canal no sentido tubular ou
Classificação Geral Das Serpentes
vascular.
Do ponto de vista médico e sanitário, as Desenho esquemático da dentição das
serpentes podem ser classificadas em: cobras
- Venenosas
- Não venenosas
Diferenças Morfológicas Entre
Serpentes Venenosas E Não Venenosas
124
ANIMAIS PEÇONHENTOS
- Cobra Coral
-Tipo Marcas de Duas feridas Feridas Marca de
proteroglifodonte mordida puntiformes puntiformes dente s/
c/ 1,3cm de minúsculas marca de
distância ou presas
semelhante
s ao
arranhão
Velocidade Bote rápido Lenta ação -
planejada
125
ANIMAIS PEÇONHENTOS
126
ANIMAIS PEÇONHENTOS
127
ANIMAIS PEÇONHENTOS
128
ANIMAIS PEÇONHENTOS
129
Principais Serpentes Venenosas do Brasil
Reconhecimento Sintomas Tratamento
- Precoce (até 3 horas após o SORO DOSE MÉDIA
JARARACA - Possui FOSSETA LOREAL ou Lacrimal na
Bothrops extremidade da cauda com escamas em disposição acidente)
- Dor Soro antiofídico 5 a 10
normal.
- Inchaço (edema) ou soro
- Nomes Populares: Caiçaca, Jararuçu, Urutu, Ampolas
- Manchas roxas (equimose) antibotrópico
Jararaca do Rabo Branco,
Cotiara Cruzeira e outros - Hemorragia
- Acidentes mais comuns do Brasil
- Complicações: gangrena (necrose)
- Ambiente: locais úmidos
Abscesso
- Comprimento máximo: 1,50 m Morte
- Possui FOSSETA LOREAL ou Lacrimal a extremidade - Precoce (até 3 horas após o Soro 10 ampolas
CASCAVEL
da cauda apresenta guizo ou chocalho acidente) Antiofídico
Crotalus Dificuldade em abrir os olhos ou (Dose mínima)
- Nomes Populares: Cascavel, Boicicina, Macarambóia
e outros “Visão dupla” soro
- Acidentes pouco freqüentes “ Cara de bêbado” anticrotálico
- Ambiente: locais secos - Após 6 a 12 horas
- Comprimento máximo: 1,50 m Escurecimento da urina
- Sem reação importante no local
da picada
- Complicações: insuficiência
renal aguda,
- Morte
SURUCUCU 15 a 30
- Possui FOSSETA LOREAL ou Lacrimal - Se assemelham aos picados por Soro
Lachesis
- Extremidade da cauda com escamas eriçadas Jararaca, apresentando inchaço no Antilaquético
- Nomes populares: Pico de Jaca, Surucutinga, local da picada e hemorragia ou Ampolas
Surucucu, Pico de Jaca - morte soro
- Acidentes freqüentes antibotrópico
- Ambiente: regiões de Florestas tropicais (Amazônia, - laquético
Mata Atlântica, acima do Rio de Janeiro)
- Comprimento máximo: 4,50 m
CORAL VERDADEIRA
- Não possui FOSSETA LOREAL ou Lacrimal Não possui FOSSETA LOREAL ou Soro 10 ampolas
Micrurus
- Coloração em anéis brancos (ou amarelos), pretos e Lacrimal Antielapídico
vermelhos (algumas espécies não apresentam Coloração em anéis brancos (ou
o vermelho) amarelos), pretos e v e r m e l h o s
- Nomes populares: Coral, Coral Verdadeira, Ibiboboca e (algumas espécies não apresentam
outros o vermelho)
- Acidentes raros Nomes populares: Coral, Coral
- Ambientes: entocadas em locais úmidos Verdadeira,Ibibocae
- Comprimento máximo: 1,50 m outros
130
Principais aranhas venenosas do Brasil
TIPO DESCRIÇÃO SINTOMAS DA TRATAMENTO
ACIDENTE PICADA
ARMADEIRA Acidentes muito Dor intensa no Soro antiaracnídeo
(PHONEUTRIA) freqüentes, 75%, local da picada Polivalente 5 a 10
aranha muito ampolas.
agressiva, com Dose única do
hábitos vespertinos e soro deve ser
noturnos. São precedida de teste.
encontrados em Consultar bula
bananeiras e
folhagens.
Não faz teia
MARROM Acidentes pouco Na hora da Soro aracnídeo
(LOXOSCELES) freqüentes, 6.25%, picada dor polivalente ou soro
aranhas pouco pequena e 10 ampolas.
agressivas, com despercebida, Dose única.
hábitos noturnos, após as 12 ou 24 Aplicação do soro
encontram-se em horas, dor local deve ser precedida
pilhas de tijolos, com inchaço, mal de teste.
telhas, beiras de estar geral, Consultar bula.
barrancos e também náuseas e febre.
residências. Pode causar
Teia irregular. necrose local.
TARÂNTULA Acidentes Geralmente Nenhum
(LYCOSA) freqüentes, 18,75% sem sintomas,
aranha pouco pode haver
agressiva, com pequena dor local
hábitos diurnos. São podendo evoluir a
encontrados em beira necrose local.
de barrancos,
gramados (jardins) e
residências.
Não faz teia
CARANGUEJEIRAS Acidentes pouco Nenhum Anti-histamínico
freqüentes, as via oral, se
aranhas atingem necessário.
grandes e algumas
são muito agressivas,
possuem ferrões
grandes,
responsáveis por
ferroadas dolorosas.
131
Principais Aranhas Venenosas do Brasil
NÃO FAZ TEIA
ARANHA ARMADEIRA - Acidentes muito freqüentes
Phoneutria - ambiente úmido e interior de residências
(calçados), cachos de banana
- Tamanho médio: 8 cm
SINTOMAS: dor intensa e imediata no local da picada,
vermelhidão, e edema
TRATAMENTO
SINTOMÁTICO: Compressas mornas, analgésico,
infiltração tipo Lidocaína sem
vasoconstritor
TRATAMENTO
ESPECÍFICO: nos casos graves e nos casos em que o
tratamento sintomático não surtir efeito
- soro antiaracnídico polivalente
(5 a 10 ampolas. DOSE ÚNICA)
132
Principais Escorpiões Venenosos Do Brasil
133
SISTEMA DE AVIAÇÃO CIVIL período de 1914 a 1918 que viria a se
INTERNACIONAL acentuar aceleradamente durante e após
a Segunda Guerra Mundial. Já se
vislumbrava a importância do avião no
I) INTRODUÇÃO relacionamento internacional em tempos
de paz e o pensamento das nações
voltou-se para a regulamentação do seu
O Transporte Aéreo Internacional é emprego nesse campo. Com o início do
uma extraordinária mola que impulsiona transporte aéreo regular em 1919, surgiu
o progresso e assegura o entendimento a primeira conferência sobre navegação
e a aproximação entre nações e povos aérea Internacional realizada em
graças às características básicas de Versailles (França), também em 1919,
rapidez e segurança que proporciona. chamada de "Conferência da Paz" com
Imagine o grau de dificuldade para os seguintes objetivos:
uma aeronave comercial cumprindo uma
linha aérea internacional, com escalas 1. Traçar a paz entre os países
em diversos países em que a tripulação envolvidos na Guerra (1914-
tivesse que efetuar comunicações nos 1918);
diversos idiomas, utilizar grande 2. Estabelecer normas técnicas para
variedade de auxílios à navegação e de a Aviação Civil Internacional
cartas aeronáuticas sem nenhuma criando a Comissão Internacional
padronização, cumprir formalidades e de Navegação Aérea (CINA);
exigências alfandegárias de imigração e 3. Criação da Liga das Nações
saúde, padronizadas diferentemente de Unidas que futuramente iria dar
acordo com a decisão de cada país. lugar á ONU (Organização das
Com certeza, a concretização desta Nações Unidas -26 de julho de
hipótese tornaria o transporte aéreo 1945);
internacional economicamente inviável e 4. Formação do Direito Aeronáutico
com baixo nível de segurança. e desenvolvimento da Aviação
Civil. Iniciava-se, portanto o
II) HISTÓRICO processo de internacionalização.
Cujo primeiro objetivo era
alcançar uma solução para o
Preocupados em equacionar esses
problema da caracterização da
problemas, vários países passaram a
natureza jurídica do espaço
reunir-se após a Primeira Guerra
aéreo. Com relação a essa
Mundial, quando aumentou o interesse
natureza jurídica do espaço aéreo
pelo avião não só para o transporte de
duas correntes se destacaram;
armas como também de passageiros e
cargas. O progresso da aviação no
a. Inspiração inglesa: defendia o
período 1906-1914, apesar de notável
principio da soberania do Estado
para a época, sofreu um processo de
com relação ao espaço aéreo
desenvolvimento muito mais intenso no
sobrejacente a seu território;
161
b. Formação francesa: era favorável
à livre circulação de aeronaves no - CONVENÇÃO DE PARIS:
espaço aéreo. Dessas correntes, realizada em Versailles (França),
surgiram quatro principais teorias: em 1919, chamada “Conferência
da Paz”. Foi criada a CINA
c. TEORIA DA LIBERDADE DO (Comissão Internacional de
ESPAÇO AÉREO: Defendia o Navegação Aérea).
principio da liberdade absoluta de - CONFERÊNCIA IBERO-
navegação aérea sem restrição AMERICANA DE NAVEGAÇÃO
por parte do estado sobrevoado. AÉREA: realizada em 1926 em
Madri (Espanha).
d. TEORIA DA LIBERDADE - CONVENÇÃO DE HAVANA:
RESTRITA DO ESPAÇO realizada em 1928, tratou
AÉREO: Defendia a premissa de principalmente dos Direitos
que a soberania do espaço aéreo Comerciais Aéreos.
resultava da capacidade do - CONVENÇÃO DE VARSÓVIA:
Estado de ocupá-lo, submetê-lo realizada em 1929 e ratificada em
ou transportá-lo; 1933. Para unificação de algumas
regras relativas ao transporte
e. TEORIA DAS ZONAS DE AR aéreo internacional, deixando livres
TERRITORIAL: Previa a divisão as leis nacionais e a
do espaço em zonas; em uma regulamentação dos transportes
primeira faixa definida como ar internos. Estabeleceu regras
territorial, o Estado exerceria total uniformes quanto;
soberania, enquanto que nas a. Direitos e obrigações dos
faixas de ar superiores, seria transportadores aéreos e dos
totalmente livre; usuários de transporte
internacional;
f. TEORIA DA SOBERANIA: b. Limite máximo de
Defendia a extensão da responsabilidade dos
soberania do Estado a toda faixa transportadores aéreos no que
atmosférica sobrejacente ao seu se refere aos passageiros em
respectivo território, caso de morte ou lesão por
caracterizando uma verdadeira acidente ou em caso de atraso
projeção do poder do Estado. nas viagens;
c. Base rígida e segura para a
III) PRINCIPAIS CONVENÇÔES E reparação de danos pessoais;
CONFERÊNCIAS d. Uniformidade com respeito aos
documentos de transporte
CONVENÇÃO: Documentos (bilhete de passagem, nota de
internacionais, multilaterais para ajustes bagagem, conhecimento aéreo
e determinações que, bastante para cargas e encomendas).
generalizadas, definem padrões entre
países.
162
- CONVENÇÃO DE ROMA:
realizada em 1933 para unificação Aspecto Técnico: teve como objetivo
de certas regras relativas aos assegurar um transporte ordenado,
danos causados por aeronaves na eficiente e seguro. Tal objetivo foi
superfície; plenamente alcançado;
- CONVENÇÃO DE BRUXELAS: Aspecto Econômico: bastante
realizada em 1938 para unificação complexo e problemático, somente
de certas regras relativas à conseguiu-se harmonia mediante a
assistência e salvamento de celebração de acordos bilaterais, que
aeronaves ou por aeronaves no disciplinam a exploração comercial
mar (não ratificada no Brasil); através da troca de direitos entre os
- CONVENÇÃO DE CHICAGO: Estados. Extinguiu-se a CINA (Comissão
realizada de 01/11 a 07/12 1944, Internacional de Navegação Aérea)
com a presença de 54 nações e criada em 1919 na convenção de Paris e
deu o grande passo no sentido da criou-se a OACI, Organização de
normatização da navegação aérea Aviação Civil Internacional que é uma
internacional. Foi convocada pelos instituição intergovernamental podendo
EUA. fazer parte dela todos os Estados-
Esta convenção aceitou o principio de Membros da ONU.
que cada Estado teria soberania total e IV) OACI (ICAO)
exclusiva sobre o espaço aéreo de seu
território e previu que nenhum serviço É uma “agência especializada" da
aéreo regular internacional poderia ONU, sua sede é em Montreal (Canadá)
operar sobre o território de um Estado - e foi fundada em 1947.
Membro sem consentimento prévio. A OACI é um organismo internacional
Assim consagrou-se a Teoria da no qual se fazem representar Os
Soberania Exclusiva e Absoluta dos Governos de muitos países, inclusive o
Estados sobre o espaço aéreo Brasil; que é extremamente atuante
sobrejacente ao seu território cujos devido à sua importância no contexto
conceitos permanecem até hoje. Houve mundial, no que se refere à aviação civil.
a confrontação de duas correntes Um Delegado serve de elo entre a OACI
antagônicas quanto ao problema de e o governo brasileiro.
concorrência no transporte aéreo
internacional. Uma delas queria a livre
concorrência e a outra a divisão de Objetivos da OACI
tráfego aéreo em cotas distribuídas aos
diversos países. Tal divergência foi tão a. Assegurar o desenvolvimento seguro
profunda que, não foi alcançado e ordenado da aviação civil
integralmente o objetivo de adoção, de internacional no mundo;
um código completo de navegação e de b. Incentivar o desenvolvimento técnico
transporte aéreo. da aeronáutica e de sua operação
para fins pacíficos;
- A Convenção de Chicago c. Estimular o desenvolvimento de
destacou-se por dois aspectos: aerovias (notas) aeroportos e
163
facilidades à navegação aérea na Nos projetos de Anexos Técnicos
aviação civil internacional; ficam definidos as Normas Técnicas em
d. Satisfazer as necessidades dos geral e foram padronizados para
povos do mundo relativo ao disciplinar o exercício do transporte
transporte aéreo seguro regular, aéreo. Com o estudo permanente dos
eficiente e econômico; problemas da Aviação Civil na OACI,
e. Evitar o desperdício de recursos outros foram sendo criados permitindo
econômicos causados por uma atualização das matérias.
competição ruinosa; Atualmente são dezoito;
f. Assegurar que os direitos dos Anexo 1 - Licença de pessoal;
Estados contratantes sejam Anexo 2 - Regras do ar (de tráfego
plenamente respeitados e que aéreo);
tenham oportunidades eqüitativas de Anexo 3 - Serviço meteorológico para
operar empresas aéreas navegação aérea internacional;
internacionais; Anexo 4 - Cartas aeronáuticas;
g. Evitar discriminação entre os Estados Anexo 5 - Unidades de medida a
contratantes; serem usadas nas operações no ar e em
h. Contribuir para a segurança dos voos terra;
na navegação aérea internacional
i. Fomentar de um modo geral o Anexo 6 - Operações de aeronaves:
desenvolvimento de todos os Parte 1 – Transporte aéreo comercial
aspectos da aeronáutica civil
internacional. Parte 2 – Aviação geral internacional·
A diferença fundamental entre a OACI Parte 3 – Operações internacionais –
e os órgãos que a precederam, é que ela Helicópteros;
foi criada para funcionar
permanentemente, mantendo uma vigília Anexo 7 - Marcas de nacionalidade e
diária sobre os problemas relacionados de matricula de aeronaves;
ao Transporte Aéreo Internacional. Anexo 8 - Aero navegabilidade;
Ao término foi assinada uma ata final Anexo 9 - Facilitação;
contendo doze resoluções e os cinco Anexo 10 - Telecomunicações
seguintes apêndices. aeronáuticas
- O acordo provisório de Aviação Civil Volume l – Parte I - Equipamentos e
Internacional; rádios
- A Convenção de Aviação Civil Parte II – Rádio-freqüências
Internacional; Volume 2 - Procedimentos das
- O acordo de Serviço de Transito comunicações;
Aéreo Internacional; Anexo 11 - Serviços de tráfego aéreo;
- O acordo de Transporte Aéreo Anexo 12 - Busca e salvamento;
Internacional; Anexo 13 - Investigação de acidentes
- Os projetos de Anexos Técnicos à de aeronaves;
Convenção de Aviação Civil Anexo 14 - Aeroportos;
Internacional Anexo 15 - Informações aeronáuticas;
Anexo l6 - Proteção ao meio ambiente
164
Volume 1 - Ruído de aeronaves contratantes. É o poder máximo da
Volume 2 - Emissão de motores organização, que analisa o trabalho
de aeronaves; realizado no período anterior e planeja
Anexo 17 - Segurança - Proteção da as atividades para os três anos
aviação civil internacional contra atos de seguintes.
interferência ilícita;
Anexo 18 - Transporte com segurança SECRETARIADO - Órgão executivo e
de materiais perigosos por via aérea. permanente da Organização e a ele está
Anexo 19 - Gestão da Segurança vinculado o corpo de funcionários da
Operacional. OACI. “““ ““Está estruturado de forma
departamental nos assim chamados
Estrutura da OACI „bureau”, que são os seguintes”:
- Navegação aérea;
CONSELHO - é um órgão permanente - Transporte aéreo;
executivo da OACI, composto por 33 - Jurídico;
membros ou Estados, representados por - Assistência técnica/Administração;
seus delegados que dirigem a - Serviços.
organização a nível político. São eleitos
a cada triênio durante a realização da ÓRGÃOS TÉCNICOS - Trabalham de
Assembléia Geral, obedecendo a modo intermitente e são compostos com
critérios como a importância na aviação representantes dos Estados que se
civil mundial e representatividade mantém em ligação com seus
regional. Atualmente os grupos estão correspondentes que operam na
assim divididos: estrutura do Secretariado. São eles:
1º Grupo: Alemanha, Austrália, Brasil,
Canadá, EUA, Federação Russa, a. COMISSÃO DE NAVEGAÇÃO
França, Itália, Japão, Reino Unido; AÉREA: Trata das questões técnicas
2º Grupo: Arábia Saudita, Argentina, do interesse da aviação civil. É o
Bélgica, Colômbia, China, Egito, principal órgão a quem compete o
Espanha, Finlândia, Índia, Islândia, desenvolvimento de normas
México, Países Baixos, Venezuela; internacionais, responsável pelos
3º Grupo: Camarões, Chile, Equador, exames, coordenação e
Ghana, Honduras, Indonésia. Iraque, planejamento de todo trabalho da
Líbano, Marrocos, Madagascar, OACI;
Nicarágua, Nigéria, Paquistão, Quênia, b. COMITÊ DE TRANSPORTE
Senegal, Tanzânia, Tunísia, AÉREO: Trata das questões que tem
Checoslováquia, Trinidad e Tobago. reflexos nos interesses comerciais
das empresas aéreas;
ASSEMBLÉIA - Órgão soberano e c. COMITÊ DE AJUDA COLETIVA
não permanente constituído por todos PARA OS SERVIÇOS DE
Estados contratantes, que se reúnem a NAVEGAÇÃO AÉREA: Visa apoiar
cada três anos e extraordinariamente, os Estados mais carentes na
em qualquer época por convocação do melhoria de seus serviços de apoio à
Conselho ou a pedido de dez Estados aviação civil;
165
d. COMITÊ DE FINANÇAS: Trata do Tem sua sede localizada em Montreal
planejamento e controle dos gastos (Canadá) se qualifica como uma
da Organização, a qual depende da entidade privada internacional neutra e
contribuição dos Estados; sem fins lucrativos e sua manutenção
e. COMITÊ SOBRE INTERFERÊNCIA está baseada nas cotas que as
ILÍCITA NA AVIAÇÃO CIVIL Empresas pagam.
INTERNACIONAL: Trata do Atualmente conta com mais de 150
desenvolvimento de métodos para membros representando mais de 100
melhorar a segurança contra atos bandeiras. Os serviços administrativos
que ponham em risco a Aviação Civil; das conferências de tráfego da IATA
f. COMITÊ JURÍDICO: trata do estudo funcionam nas delegações instaladas em
e desenvolvimento de novos Nova Iorque, Paris e Singapura.
instrumentos jurídicos do interesse A (Câmara de Compensação está
da coletividade dos Estados, bem instalada em Londres).
como do aperfeiçoamento dos O Serviço de Inspeção tem sede em
instrumentos já existentes. Nova Iorque e gabinetes em Londres;
Bangkok e Rio de Janeiro.
Nota: As Comissões são Permanentes
As Conferências não são
permanentes Objetivos da IATA
166
- Simplificação de ÁREA 2 – Inclui a Europa África e o
formalidades; Oriente Médio;
- Aplicação de tarifas baixas. ÁREA 3 – Abrange a Ásia e a
Oceania.
Todas as Empresas aéreas que
tenham sido autorizadas por parte de um VI) CLAC - Comissão Latino-
país elegível como Americana De Aviação Civil
Membros da OACI a explorar serviços
aéreos regulares podem fazer parte da Teve sua origem nas conferências
IATA. Regionais de Aviação Civil - CRAC.
Sendo que a primeira realizou-se no Rio
MEMBROS ATIVOS: as empresas de Janeiro, em 1959 por iniciativa do
aéreas que exploram serviço aéreo Brasil, Argentina e Uruguai. A Segunda
internacional; realizou-se no Uruguai em 1960, e a
terceira, em Bogotá em 1962, na qual foi
MEMBROS ASSOCIADOS: as proposta a criação de uma Secretaria
empresas aéreas de transporte Permanente, com inteira colaboração da
doméstico. OACI cujo objetivo seria a consolidação
ESTRUTURA DA IATA da defesa dos interesses da região no
campo da aviação civil internacional.
A estrutura da IATA, no seu mais alto Outras reuniões foram realizadas e, em
nível de decisão, é representada pela 1965 na cidade de Montevidéu, concluiu-
Assembléia. se pela adoção de várias
Geral e pelo Comitê Executivo, que é recomendações, dentre elas a criação de
eleito para um mandato de três anos. É um Grupo Técnico permanente vinculado
integrado por 21 Presidentes de a OACI para estudar as matérias da
empresas aéreas atendendo uma aviação civil.
representação regional e proporcional. As discussões prosseguiram e
Há também os denominados Comitês finalmente surgiu a CLAC, como
Permanentes, que são integrados por Organismo fruto das conclusões
membros das Empresas Aéreas filiadas acordadas na 2ª Conferência Latino-
a IATA e por elementos do Secretariado Americana de autoridades Aeronáuticas,
da Organização. São eles: realizada em Dezembro de 1973.
Seu objetivo principal é assegurar às
a. Jurídico; Autoridades Aeronáuticas da aviação
b. Financeiro; Civil Internacional dos Estados da
c. Comercial ou de tráfego; Região Latino-Americana, um
d. Operativo ou Técnico. instrumento adequado à discussão e
planejamento das medidas necessárias e
A IATA realiza a coordenação do úteis à cooperação e coordenação das
Transporte Aéreo Mundial, adotando um atividades da aviação civil diante disto,
sistema de áreas. só participam da CLAC, as Autoridades
Aeronáuticas responsáveis pela
ÁREA 1 - Compreende as Américas; administração da aviação civil
167
internacional dos estados situados na A história da AITAL quanto à
área geográfica denominada Latino- necessidade se confunde com a da
Americana, integrada pela América do IATA. Comparando-se a IATA a OACI,
Sul, Central e Caribe. podemos comparar AITAL a CLAC.
Sua estrutura conta com um Enquanto a OACI e a CLAC são
Presidente, Vice-presidente e Comitê entidades públicas, a IATA e a AITAL
Executivo. são entidades privadas.
As Assembléias realizam-se a cada A AITAL foi criada e é mantida pelas
dois anos. empresas aéreas do continente latino-
A CLAC tem sua sede em Lima no americano e subsiste através das quotas
Peru. pagas pelas mesmas Empresas
Associadas.
VII) AITAL - Associação Internacional Sua atuação se justifica quando,
De Transporte Aéreo Latino- através de objetivos comuns, consegue
Americano sensibilizar as demais Associadas da
IATA para os problemas específicos
Latino-Americanos. A AITAL foi criada
em 1980 na cidade de Bogotá com
a finalidade de tratar dos problemas do Mais tarde, em 20 de outubro de 1949,
transporte aéreo, das tarifas aéreas e de foi formalmente criada a CERNAI, já
seu cumprimento, apoiando as empresas como organismo permanente,
coligadas, inclusive nos direitos de definindo - se legalmente suas
tráfego a que fazem jus, congregando-as atribuições.
e coordenando os esforços de seus A CERNAI é um órgão eminentemente
membros no sentido de facilitar a solução político de assessoramento do Ministro
de problemas do transporte aéreo dentro da
da região. Aeronáutica que tem por finalidade
estudar, planejar, orientar e coordenar os
VIII - CERNAI: COMISSÃO DE assuntos relativos à Aviação Civil
ESTUDOS RELATIVOS À Internacional.
NAVEGAÇÃO AÉREA
INTERNACIONAL. A Ela Compete:
A criação da CERNAI foi uma a. O estudo, a elaboração de relatórios
conseqüência natural da adesão do e a emissão de pareceres com
Brasil à Convenção de Chicago. Os referência a acordos sobre transporte
complexos temas jurídicos, econômicos, aéreo, convenções de demais atos
técnicos e políticos oriundos daquela internacionais relativos à aviação civil
adesão, exigiam um organismo que se internacional;
encarregasse de processá-los, portanto, b. O exame e parecer relativo à
em 1946 , criou-se uma Comissão no designação e ao funcionamento
Ministério da Aeronáutica (Defesa) com a jurídico de empresas estrangeiras de
atribuição específica de tratar destes transporte aéreo, para operarem em
assuntos. território nacional;
168
c. Estabelecimento de bases e a i. O apoio contínuo e permanente à
colaboração de projetos de delegação brasileira junto à OACI.
instruções para a orientação de
delegações brasileiras a congressos, Estrutura do CERNAI
convenções, assembléias, É composta por três setores principais:
conferências, reuniões de consulta,
conversações e negociações, 1. PRESIDÊNCIA: exercida por um
pertinentes à aviação civil Oficial General do quadro de
internacional; aviadores designado pelo Presidente
d. A promoção de estudos relativos às da República por indicação do
questões de direito aeronáutico, Ministro da aeronáutica.
decorrentes de acordos. Convenções ASSISTENTE; Exercido por um
e demais atos internacionais, Coronel da ativa da aeronáutica, tem
referentes á aviação civil como atribuição básica organizar e
internacional. distribuir para as assessorias todas
e. A promoção junto aos órgãos as solicitações dirigidas à CERNAI.
competentes do cumprimento dos
atos internacionais sobre aviação civil 2. ASSESSORIAS SETORIAIS:
internacional ratificado pelo Brasil; Composta por Oficiais e Civis da
f. O estudo e a proposição das Aeronáutica com experiência nas
medidas julgadas adequadas à áreas jurídicas, de navegação aérea
constante atualização da política e de transporte aéreo internacional,
aeronáutica de transporte aéreo, no terá por finalidade realizar estudos e
campo internacional observando dar pareceres que serão submetidos
seus fundamentos jurídicos, técnicos ao Plenário da CERNAI.
econômicos e correlatos;
g. Apreciação sobre: 3. PLENÁRIO: Tem por finalidade
- Pedido de aumento de capacidade apreciar e deliberar sobre as
que seja por alteração de freqüência, matérias relacionadas com a aviação
mudança de equipamento ou civil internacional, que lhe forem
configuração; submetidas pelo Presidente da
- A inclusão ou a suspensão de comissão. E constituído pelo
escalas constantes dos quadros de Presidente da CERNAI e mais 18
Notas dos acordos sobre transportes membros efetivos, representantes de
aéreos firmados pelo Brasil, bem diversos órgãos do Ministério da
como das concessões unilaterais; Aeronáutica (Defesa), Ministério das
h. A necessidade de se estabelecer Relações Exteriores e da
limitações ao levantamento de EMBRATUR.
tráfego aéreo, quando este não
estiver sendo exercido na A CERNAI a quem compete a
conformidade dos acordos sobre atualização permanente internacional
transportes aéreos firmados pelo tem contato direta e indiretamente com
Brasil e das concessões unilaterais; as seguintes autoridades
governamentais e internacionais:
169
c. Ações unilaterais /Exigências fiscais -
- Ministério da Aeronáutica (Defesa); Cobrança de tarifas;
em especial a ANAC; d. Ações não ortodoxas - Por parte das
- Ministério das Relações Exteriores; empresas aéreas com o objetivo de
- As Empresas Aéreas e por via delas obter maior participação no mercado;
a IATA e a AITAL; e. Altos interesses financeiros;
- A área econômica do governo; f. Evolução tecnológica - Preocupação
- OACI; com ruído provocado pelos motores
- CLAC. das aeronaves;
g. Restrição da capacidade de
Quanto ao Relacionamento passageiros;
Aeronáutico Internacional, o CERNAI é h. Restrição ao tráfego de 5ª Liberdade
responsável por tratar deste assunto. do Ar - Principalmente para as
Pode ser FORMAL, mediante a empresas Européias, medida,
assinatura de um Memorando de unilateral por parte do governo
Entendimento ou de Acordo de Serviço brasileiro.
Aéreo entre as partes e, INFORMAL
mediante autorização informal de uma Conceituação das Liberdades do Ar
das partes sem qualquer As Liberdades do Ar são um conjunto
comprometimento da outra. de direitos da Aviação Comercial que
A maioria das dificuldades concedem à(s) empresa(s) aérea(s) de
encontradas nas negociações de um Estado a prerrogativa de entrar no
acordos é causada pelas diferenças de espaço aéreo e pousar no território de
interesse ou filosofias das Nações outro Estado. Foram formuladas em
envolvidas. Quanto mais nações virtude de desentendimentos acerca da
participarem de um acordo, mais difíceis proposta liberalização dos serviços
serão as negociações e menos áreas aéreos na Convenção de Chicago, de
poderão atingir um consenso. Alguns 1944. Estabeleceu-se, então, um
exemplos: conjunto padronizado de direitos aéreos
que seriam negociados entre os Estados.
a. Interesses Ideológicos e Econômico- Primeira Liberdade
Geográficos - são comuns em países O direito de sobrevoar o território do
com mercado interno pequeno e Estado contratante sem pousar.
grande capacidade e serviços
oferecidos por empresas de Segunda Liberdade
transporte aéreo; O direito de fazer uma escala técnica
b. Deregulation - forma de competição (reabastecimento ou manutenção) no
na indústria do transporte idealizada território do outro Estado contratante,
pelo governo Americano. Significa o sem embarcar ou desembarcar
fato do mercado regular a aviação passageiros ou carga.
comercial em alguns países, não
deixando de lado a preocupação de Terceira Liberdade
evitar a competição ruinosa como O direito de transportar passageiros e
consequência de tal medida. carga do território do Estado de
170
nacionalidade da aeronave para o outro Estado contratante, sem continuar
território do outro Estado contratante. o serviço aéreo para o território do
Estado de nacionalidade da aeronave.
Quarta Liberdade Trata-se de direitos de cabotagem pura,
O direito de transportar passageiros e raramente concedidos.
carga do território do outro Estado
contratante para o território do Estado de
nacionalidade da aeronave.
Quinta Liberdade
O direito de transportar passageiros e IX) CONCLUSÃO
carga entre o território do outro Estado O Sistema de Aviação Civil Internacional
contratante e o território de um terceiro só existe em função do desenvolvimento
Estado, no âmbito de um serviço aéreo do transporte aéreo do mundo e para ele
destinado a ou proveniente do Estado de deve trabalhar visando atender o usuário
nacionalidade da aeronave. de maneira segura e eficiente seja ele
carga, passageiro ou correio.
Sexta Liberdade É matéria essencialmente dinâmica,
O direito de transportar passageiros e objeto de atualização constante e para
carga, através do território do Estado de tanto se torna imprescindível que os
nacionalidade da aeronave, entre o órgãos de governo assessorados pelas
território de um terceiro Estado e o empresas, seus braços comerciais,
território do outro Estado contratante. mantenham-se permanentemente
atentos à evolução sob pena de
Sétima Liberdade prejuízos irreparáveis.
O direito de transportar passageiros e Cabe, portanto, a todos os que militam
carga entre o território do outro Estado como componentes do Sistema a
contratante e o território de terceiro responsabilidade de prestar sua
Estado, sem continuar o serviço aéreo colaboração à aviação civil valorizando-a
para o território do Estado de em sua devida dimensão.
nacionalidade da aeronave.
Oitava Liberdade
O direito de transportar passageiros e
carga entre dois pontos no território do
outro Estado contratante, no âmbito de
um serviço aéreo destinado a ou
proveniente do Estado de nacionalidade
da aeronave. Trata-se de direitos de
cabotagem, raramente concedidos.
Nona Liberdade
O direito de transportar passageiros e
carga entre dois pontos no território do
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SISTEMA DE AVIAÇÃO CIVIL NACIONAL
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SISTEMA DE AVIAÇÃO CIVIL NACIONAL
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SISTEMA DE AVIAÇÃO CIVIL NACIONAL
Tem por atribuições, dentre outras, Tem por atribuições, dentre outras,
submeter à diretoria da ANAC, projetos e elaborar relatórios e emitir pareceres
atos normativos relativos à outorga, a sobre acordos, tratados, convenções e
exploração e a fiscalização de serviços outros atos relativos ao transporte aéreo
públicos de transporte de passageiros, internacional, celebrados com outros
carga e mala postal, regular e não países ou organizações internacionais.
regular doméstico e internacional, e de
serviços aéreos privados, bem como dos SEP – Superintendência de Estudos,
procedimentos para o registro de Pesquisas e Capacitação para a Aviação
horários de transportes (Hotrans), neste Civil.
caso observadas as condicionantes do
sistema de Controle do Espaço Aéreo A SEP tem as mesmas funções do
Brasileiro e da infraestrutura aeronáutica extinto IAC-Instituto de Aviação Civil –
e aeroportuária disponível. concernente ao desenvolvimento da
instrução profissional para a Aviação
SIE – Superintendência de Infra Civil e aos estudos de meio ambiente e
Estrutura Aeroportuária economia do transporte aéreo bem como
as atribuições do extinto ICAF- instituto
Sub-departamento de Infraestrutura: trata de Ciências da Atividade Física da
dos assuntos relacionados com tarifas da Aeronáutica-concernente aos estudos e
Infra-Estrutura Aeronáutica, Infra- pesquisas relativos aos campos da
Estrutura Aeroportuária, programas e Ergonomia e Fatores Humanos no
projetos. âmbito da aviação.
Tem por atribuições, dentre outras, A SAF tem por competência, entre
submeter à Diretoria da ANAC, projetos e outras, propor, atualizar e acompanhar o
atos normativos ou emitir parecer sobre orçamento anual e plurianual da ANAC,
176
SISTEMA DE AVIAÇÃO CIVIL NACIONAL
177
SISTEMA DE AVIAÇÃO CIVIL NACIONAL
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SISTEMA DE AVIAÇÃO CIVIL NACIONAL
- Indústria aeronáutica
Tem como expoente a EMBRAER
(Empresa Brasileira de Aeronáutica),
empresa construtora de aviões que tem
se firmado no mercado internacional,
mercê do alto padrão de tecnologia
empregada na construção e na
fabricação de suas aeronaves.
- Departamentos Aeroviários Do
Estado
Paulatinamente vem assumindo suas
atribuições no desenvolvimento da infra-
estrutura aeroportuária.
Órgãos Intervenientes e elos
- Escolas de Aviação Civil
Executivos do SAC
- Entidades de Ensino Superio
Estão localizados na estrutura básica
e somam-se a estes os Órgãos ou
elementos estranhos que por força de
convênios, contratos ou concessão,
explorem os serviços públicos
relacionados com aviação civil.
- Aviação Geral
Com suas aeronaves de pequeno
porte, em permanente cobertura do
imenso território nacional.
- Entidades Aerodesportivas
Com as escolas e aeroclubes voltados
para a formação profissional e o
aerodesporto.
- Empresas De Manutenção
Espalhadas por todo Brasil apoiando a
atividade aeronáutica.
179
Exercícios:
23 – Órgão que tem por finalidade executar diretamente ou assegurar a execução das
atividades relacionadas com a aviação civil nas áreas dos respectivos COMAR:
a) SRPV b) DPV c) SUREG d) GER.
26 – Um comissário que tiver cometido uma infração será punido por um dos órgãos
relacionados abaixo:
a) DEPV b) SRPV c) DPV d) ANAC.
28 – Convenção para unificação de certas regras relativas aos danos causados por
aeronaves na superfície é a de:
a) Roma b) Bruxelas c) Chicago d) Varsóvia.
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sempre encarada do ponto de vista que têm sob sua orientação outras
profissional. As menores ações do dia-a- pessoas ou que exerçam o poder em
dia devem se cercar de um grau qualquer organização terão aumentada
adequado de segurança. A segurança sua parcela de responsabilidade.
coletiva é, sem dúvida, o somatório da
individual e somente através de um Ainda que, muitas vezes, a missão,
programa educativo bem dirigido lograr- por si mesma, já contenha certo índice
se-á elevar os índices de segurança de risco, deve - se ter a preocupação
individual, elevando, em decorrência, a constante de anular ou, pelo menos,
coletiva. minimizar esse risco. Não basta cumprir
a missão, é necessário que ela seja
e) O propósito da prevenção de executada de forma planejada e segura.
acidentes não é restringir a atividade
aérea; ao contrário, é estimular seu g) Em prevenção de acidentes não há
desenvolvimento com segurança. segredos, nem bandeiras.
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SEGURANÇA DE VOO/ SEGURANÇA OPERACIONAL
INCIDENTE GRAVE
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SEGURANÇA DE VOO/ SEGURANÇA OPERACIONAL
4. Os Programas de Prevenção
Específicos são programas sobre
assuntos específicos relacionados à
segurança de voo; pretendem cuidar
de aspectos específicos que
comprometem a segurança das DEFINIÇÃO
operações.
É um programa de prevenção,
São programas de prevenção elaborado pela empresa ou organização,
específicos: que estabelece normas, procedimentos,
- F.O.D. tarefas e/ou atribuições destinadas a
- Perigo Aviário e Fauna evitar ou minimizar a ocorrência de
- CFIT F. O. D. (danos por objetos estranhos)
- CRM nas aeronaves.
- FOQA
- LOSA OBS: Este subprograma é mais
específico para o pessoal de aeronave.
DESCRIÇÔES
foi o tipo de acidente que mais ocorreu Este treinamento é regido pela
no mundo em operações de empresas (Instrução de Aviação Civil) (IAC) 060-
de linha aérea. Foi criado o que foi 1002 A - ANAC, de 14 de abril de 2005,
chamado de Força Tarefa CFIT, tendo que normatiza os procedimentos para
como objetivo reduzir em 50% no ano de sua realização.
1998 os acidentes deste tipo, e continuar
realizando esforços para diminuir mais
os acidentes do tipo CFIT. O trabalho da - FOQA = FLIGHT OPERATIONS
Força Tarefa CFIT, composta por QUALITY ASSURANCE
especialistas de vários locais do mundo, (Programa de Acompanhamento e
diminuiu em mais de 50% este tipo de Análise de Dados de Voo – PAADV)
acidente no ano de 1998 e, durante
estudos realizados, foram geradas várias FOQA é um programa específico
recomendações sobre alguns que utiliza dados dos gravadores de voo
procedimentos a serem adotados para da aeronave (Flight Data Recorder -
se evitar acidentes deste tipo; entre as FDR) para identificar, utilizando um
conclusões, ficou constatada a software especializado, desvios
necessidade de implantação do ocorridos na operação da aeronave que
Programa de Prevenção CFIT. possam levar a um aumento dos riscos
na operação, ou à ineficiência
operacional. Tem como resultado a
- CRM = CORPORATE RESOURCE compreensão, o entendimento em
MANAGEMENT relação aos dados que apontam falhas e
(Treinamento em Gerenciamento de desvios na operação.
Recursos de Equipe) Este programa é regido pela ( IAC ) 119-
1005 - ANAC, de 20 de dezembro de
CRM é um programa de treinamento 2004.
voltado para todas as pessoas que
fazem parte de uma organização
relacionada à aviação. - LOSA = LINE OPERATIONS
SAFETY AUDIT
Tem como objetivo identificar os erros (Auditorias de Segurança em
e as falhas presentes nas circunstâncias Operações de Linha)
de relacionamento entre as pessoas
quando elas estão trabalhando juntas. LOSA é um programa que pretende, a
Pretende ajudar os profissionais da partir dos registros realizados por um
aviação a identificar estes erros, de observador treinado voando na cabine
forma que estes possam ser dos pilotos, junto com a tripulação
gerenciados, diminuindo assim, sempre técnica, identificarem as ameaças que
que possível, a gravidade de suas estiveram presentes no voo, os erros que
conseqüências. foram cometidos e, principalmente, como
os tripulantes lidaram com estas
situações, o que foi feito pela tripulação
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- Especialização em Segurança de
Voo e Aeronavegabilidade Continuada –
ITA – Notas de Aula; 2008 – Medicina
Aeroespacial – Prof. Carlos Gerk Filho;
Segurança de Voo – Prof. Wagner Cyrillo
Júnior.
- Especialização em Segurança de
Voo – Universidade Anhembi Morumbi –
Notas de Aula; 2009 – Fundamentos de
Parodiando Goethe, se poderia dizer: Segurança de Voo – Prof. Wagner Cyrillo
“Não basta saber. É preciso Júnior.
aplicar”.
- Palestra apresentada no I Simpósio
Na busca da segurança de voo, todos de Segurança de Voo do Grupo Especial
devem utilizar de todo conhecimento. de Ensaio em Voo: 2008 – Cenário Atual
A vontade prescinde da ação para da Segurança de Voo no Brasil – Te.
atingir qualquer meta. Cel. Av. Hein.
“Não basta querer. É preciso
também agir”. - Organização Internacional de
Aviação Civil (OACI) – Safety
O que não se pode de maneira alguma Management Manual (SMM) – Doc 9859
esquecer, é que todos são responsáveis (Firts Edition – 2006). Consultado
para a prevenção de acidentes através de
aeronáuticos. www.icao.int/fsix_library/SMM-
9859_1ed_en.pdf. (Abril 2010).
BIBLIOGRAFIA
- Centro de Investigação e Prevenção
- Manual de procedimentos de de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) –
Segurança de Voo, elaborado pela Normas SIPAER – NSCA 3-1; NSCA 3-2;
Coordenação CEAB e NSCA 3-5; NSCA 3-7. Consultado
através de www.cenipa.aer.mil.br. (Abril
complementada e atualizada com os
2010).
conteúdos e autores abaixo.
210
REGULAMENTAÇÃO PROFISSIONAL
211
REGULAMENTAÇÃO PROFISSIONAL
213
REGULAMENTAÇÃO PROFISSIONAL
215
REGULAMENTAÇÃO PROFISSIONAL
Art. 28º - Denomina-se "hora de voo" pousos aos limites estabelecidos neste
ou "tempo de voo" o período artigo.
compreendido entre o início do § 4º - Os limites de pousos
deslocamento, quando se tratar de estabelecidos nas alíneas "a", "b" e "c"
aeronave de asa fixa, ou entre a "partida" deste artigo não serão aplicados às
dos motores, quando se tratar de empresas de táxi-aéreo e de serviços
aeronave de asa rotativa, em ambos os especializados.
casos para fins de decolagem até o § 5º - O Ministério da Aeronáutica
momento em que respectivamente, se (Defesa) , tendo em vista as
mobiliza ou se efetua o "corte" dos peculiaridades dos diferentes tipos de
motores, ao término do voo (calço-a- operação, poderá reduzir os limites
calço). estabelecidos na alínea "d" deste artigo.
Art. 29º - Os limites de voo e pousos Art. 30º - Os limites de tempo de voo
permitidos para uma jornada serão os do tripulante não poderão exceder em
seguintes: cada mês, trimestre ou ano,
9 (nove) horas e 30 (trinta) minutos de respectivamente:
voo e 5 (cinco) pousos, na hipótese de
integrante de tripulação mínima ou Em aviões 100 270 1000 Horas
simples; convencionais
12 (doze) horas de voo e 6 (seis) Em aviões turbo 100 255 935 Horas
pousos, na hipótese de integrante de hélice
tripulação composta; Em aviões à jato 85 230 850 Horas
15 (quinze) horas de voo e 4 (quatro) Em helicópteros 90 260 960 Horas
pousos na hipótese de integrante de
tripulação de revezamento.
8 (oito) horas sem limite de pousos, na § 1º - Quando o aeronauta tripular
hipótese de integrante de tripulação de diferentes tipos de aeronave será
helicópteros. observado o menor limite.
§ 1º - O número de pousos na § 2º - Os limites de tempo de voo para
hipótese da alínea "a" deste artigo aeronautas de empresas de transporte
poderá ser estendido a 6 (seis), a critério aéreo regular, em espaço inferior a 30
do empregador; neste caso o repouso (trinta) dias, serão proporcionais ao limite
que precede a jornada deverá ser mensal mais 10 (dez) horas.
aumentado de 1 (uma) hora. Art. 31º - As horas realizadas como
§ 2º - Em caso de desvio para tripulante extra, serão computadas para
alternativa, é permitido o acréscimo de os limites de jornada semanais e
mais 1 (um) pouso aos limites mensais de trabalho, não sendo as
estabelecidos nas alíneas "a", "b" e "c" mesmas consideradas para os limites de
deste artigo. horas de voo previstos no art. 30 desta
§ 3º - As empresas de transporte Lei.
aéreo regional que operam com
aeronaves convencionais e turbo hélice
poderão acrescentar mais 4 (quatro)
216
REGULAMENTAÇÃO PROFISSIONAL
artigo será regido pelas leis brasileiras, Art. 7º. - São tripulantes técnicos:
por prazo de até 6 (seis) meses. Comandante: piloto responsável pela
Art. 3º. - O aeronauta terá designação operação e segurança da aeronave,
de tripulante quando no exercício de exercendo a autoridade que a legislação
função específica a bordo de aeronave, aeronáutica lhe atribui;
de acordo com as prerrogativas da Co-piloto: piloto que auxilia o
licença de que é titular e dos certificados comandante na operação da aeronave;
exigidos pelo Departamento de Aviação Mecânico de voo: auxiliar do
Civil para o desempenho da função a comandante, encarregado da operação e
bordo. controle de sistemas diversos conforme
§ 1º - É considerado tripulante, para os especificação dos manuais técnicos da
efeitos desta Portaria, o Inspetor de aeronave;
Aviação Civil - INSPAC - quando no Navegador: auxiliar do comandante,
exercício de missão a bordo de encarregado da navegação da aeronave
aeronave. quando a rota e o equipamento o
§ 2º - Caberá ao Inspetor de Aviação exigirem, a critério do órgão competente
Civil - INSPAC - o exercício das do Ministério da Aeronáutica (Defesa);
atividades de fiscalização previstas no Radioperador de voo: auxiliar do
artigo 197 do código Brasileiro de comandante, encarregado do serviço de
Aeronáutica, e não comporá tripulação radiocomunicações nos casos previstos
quando em missão a bordo de aeronave. pelo órgão competente do Ministério da
Art. 4º. - Compete ao Ministério do Aeronáutica (Defesa);
Trabalho a fiscalização do cumprimento Instrutor de voo: piloto habilitado pelo
das normas trabalhistas contidas na Lei operador a ministrar a instrução de voo
n.º 7.183, de 05 de abril de 1984. na aeronave;
Art. 5º. - Compete ao Ministério da Credenciado: instrutor de voo
Aeronáutica (Defesa) a fiscalização das habilitado pela autoridade aeronáutica a
normas de proteção ao voo e de tráfego aferir a proficiência técnica dos
aéreo contidas na Lei n.º 7.183, de 05 de tripulantes.
abril de 1984, incluindo-se aquelas § Único - Nas tripulações simples, o
relacionadas à segurança de voo. co-piloto é o substituto eventual do
comandante, não o sendo nos casos de
CAPÍTULO II tripulação composta ou de revezamento.
Art. 8º. - São tripulantes não técnicos:
Das Tripulações Comissário, auxiliar do comandante,
encarregado do cumprimento das
Art. 6º. - As atividades dos aeronautas normas relativas à segurança e
são classificadas em funções técnicas e atendimento dos passageiros a bordo e
não técnicas. da guarda de bagagens, documentos,
§ 1º - O tripulante não poderá exercer, valores e malas postais que lhes tenham
simultaneamente, mais de uma função a sido confiados pelo comandante;
bordo de aeronave, mesmo que seja Os operadores de equipamentos
titular de licenças relativas às mesmas. especiais instalados em aeronaves
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REGULAMENTAÇÃO PROFISSIONAL
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REGULAMENTAÇÃO PROFISSIONAL
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REGULAMENTAÇÃO PROFISSIONAL
Exercícios:
2. A hora de voo noturno para todos os efeitos será contada ã razão de:
a) 53‟20 b) 60‟ c) 53‟30 “ d) 52‟30”
6. Uma tripulação simples que tem sua apresentação às 18h poderá trabalhar:
a) 9:30h b) 10h
c) 12h d) 11h
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REGULAMENTAÇÃO PROFISSIONAL
Exercícios:
13. Uma tripulação simples que tem sua apresentação às 18:30h, poderá trabalhar até:
a) 4:00h b) 4:30h c) 5:30h d) 3:45h
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REGULAMENTAÇÃO PROFISSIONAL
Exercícios:
15. O trabalho realizado pelo tripulante contado desde a saída de sua base até o
regresso á mesma denomina-se:
a) jornada b) sobreaviso c) viagem d) calço-a-calço
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DIREITO DO TRABALHO
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DIREITO DO TRABALHO
aprendizes onde tal limite diminui para pela Consolidação das Leis do Trabalho
14 anos. Até 18 anos dependem de – CLT ficam obrigados a organizar e
autorização do pai, responsável ou manter em funcionamento, por
juizado de menores para trabalhar, estabelecimento, uma comissão Interna
depois dos dezoito anos podem contratar de Prevenção de Acidentes – CIPA.
livremente. A CIPA tem como objetivo observar
É proibido o trabalho de menores e relatar condições de risco nos
em: serviços noturnos, locais insalubres, ambientes de trabalho e solicitar
perigosos ou prejudiciais à sua medidas para reduzir e até eliminar os
moralidade, trabalho em ruas, praças e riscos existentes e/ou neutralizar os
logradouros públicos, salvo prévia mesmos, também discutir os acidentes,
autorização do juiz de menores. encaminhando-os aos Serviços de
- Não podem cumprir horas extras, Engenharia de Segurança e em Medicina
exceto no caso de força maior onde do Trabalho e ao empregador o
deve obedecer a certos requisitos – a resultado da discussão, solicitando
jornada não poderá ir além de 12 medidas que previnam acidentes
horas; Ter intervalo de 15 minutos semelhantes, e ainda, orientar os demais
antes da jornada complementar – trabalhadores quanto à prevenção de
comunicar o fato ao Depto. Reg. Do acidentes.
Trabalho, dentro de 48 horas: ter A CIPA será composta de
atestado médico oficial. representantes do empregador e dos
- Fará jus ao adicional idêntico ao dos empregados, de acordo com as
adultos (50% da hora normal). proporções mínimas estabelecidas nas
- Pode assinar recibo de salário, mas normas regulamentadoras.
não pode firmar rescisão de contrato Os representantes dos
de trabalho, sem assistência do empregadores serão por eles indicados e
responsável legal. os representantes dos empregados
TRABALHO DA MULHER serão eleitos por escrutínio.
Em regra geral não difere do homem Os representantes dos empregados
em questões de direitos. eleitos terão estabilidade no emprego
No caso de horas extras, deverá desde a sua inscrição como candidato a
haver um intervalo de 15 (quinze) CIPA até 01 (um) ano após terminar o
minutos entre o fim da jornada normal e seu mandato, se for eleito.
jornada suplementar. ACIDENTES DE TRABALHO
Pela nova lei, a mulher pode fazer É o acidente que ocorre pelo
horas extras, contudo não superior a 12 exercício do trabalho a serviço da
(horas). As horas extras feitas pela empresa, provocando lesão corporal ou
mulher serão excepcionalmente e em perturbação funcional que cause a
casos de força maior. morte, ou perda, ou redução,
COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO permanente ou temporária, da
DE ACIDENTES - CIPA capacidade para trabalho.
As empresas privadas e públicas e Também se considera como
os órgãos governamentais que possuem acidentes do trabalho:
mais de 10 (dez) empregados regidos
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DIREITO DO TRABALHO
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DIREITO DO TRABALHO
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DIREITO DO TRABALHO
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DIREITO DO TRABALHO
Exercícios:
2- Sobre fundo de garantia por tempo de serviço (FGTS) é correto afirmar que:
a) É depositado pelo empregado mensalmente 8% do salário real, em agência bancária
b) É depositado pelo empregador mensalmente 8% do salário real, em agencia bancária
c) É depositado pela Caixa Econômica Federal mensalmente 8% do salário real na
conta vinculada da empresa
d) É depositado mensalmente pelo empregador 5% do salário real, em conta conjunta
com a empresa.
5 - Assistência social é
a) Política que prevê o atendimento em hospitais públicos e que todo empregado tem
direito;
b) Política que prevê o atendimento das necessidades básicas quanto à proteção da
família e à maternidade, à adolescência, à velhice e deficientes.
c) Política que administra os recursos pagos ao empregado para bem estar da empresa
onde trabalha;
d) Nenhuma das alternativas acima está correta.
253
DIREITO DO TRABALHO
Exercícios:
a) VVV b) FVV
c) VVF d) FFV
254
DIREITO DO TRABALHO
Exercícios:
16 - Em caso de despedida sem justa causa, ainda que direta, o empregador pagará ao
empregado:
a) 40% do montante de todos os depósitos efetuados na conta vinculada
b) 60% do montante da rescisão contratual
c) 40% do montante da rescisão contratual
d) Nenhuma das alternativas está correta.
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DIREITO DO TRABALHO
Exercícios:
256
NOÇÕES BÁSICAS SOBRE O CORPO HUMANO
CONCEITOS Crânio
O esqueleto cefálico compreende os
Biologia ossos do crânio e os ossos da face. Os
É o ramo do conhecimento humano ossos do crânio formam um arcabouço
que estuda os seres vivos como um arredondado que envolve o encéfalo
todo. (parte do sistema nervoso central). Os
ossos da face estão relacionados com o
Anatomia sistema respiratório, digestório e
É a parte da Biologia que estuda a sensorial. A parte principal dele, onde se
forma e a estrutura dos seres vivos. situa o cérebro, chama-se caixa
craniana. Ela é formada pelos ossos
Anatomia Humana frontal, temporais, parietais, occipital,
É a ciência que estuda a forma e a etimóide e esfenóide.
estrutura do corpo humano e é
constituído na sua parte mais íntima por:
257
NOÇÕES BÁSICAS SOBRE O CORPO HUMANO
APARELHO AUDITIVO
258
NOÇÕES BÁSICAS SOBRE O CORPO HUMANO
RETINA
É a região fotossensível do olho. É a
membrana que reveste o fundo do olho
em sua quase totalidade, onde estão
APARELHO VISUAL localizadas as células denominadas
Cones (responsáveis pela visão das
cores) e Bastonetes (responsável pela
Também localizado na cabeça, o visão noturna).
aparelho visual é formado pelo globo A imagem formada na retina é invertida.
ocular (receptor externo do aparelho Todavia, no córtex cerebral a
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NOÇÕES BÁSICAS SOBRE O CORPO HUMANO
260
NOÇÕES BÁSICAS SOBRE O CORPO HUMANO
gasosa entre os níveis celulares no função da fala, como órgão fonador que
organismo e o meio ambiente. A é.
respiração compreende três fases
distintas, a saber: LARINGE
É um órgão constituído de cartilagens
VENTILAÇÃO: É a fase do ar em tireóide e cricóide, onde estão
movimento dentro e fora dos pulmões. localizadas as cordas vocais. É no
TRANSPORTE: É a fase na qual o pequeno espaço triangular existente
oxigênio, por difusão, atravessa as entre essas duas cartilagens, que faz a
paredes alveolares ligando-se à punção, com a ponta de uma tesoura ou
hemácia. com uma agulha de grosso calibre, como
TROCA GASOSA: Também chamada de uma medida salvadora nos casos
hematose, na qual se processa nos emergenciais de asfixia mecânica. É a
alvéolos pulmonares durante a chamada LARINGOSTOMIA ou
respiração, o oxigênio é transportado TRAQUEOSTOMIA.
pelas hemácias até as células teciduais
onde o oxigênio é utilizado e o dióxido de TRAQUÉIA
carbono produzido. É um tubo de 12 cm de comprimento e
2,5 cm de largura que liga a garganta
ESTRUTURA DO SISTEMA aos pulmões através dos brônquios. A
RESPIRATÓRIO traquéia é envolvida por 16 a 20 anéis
O Sistema Respiratório divide-se em cartilaginosos em forma de “C”, que se
duas vias aéreas; a superior e a inferior. mantém rígida evitando seu
Fazem parte das vias aéreas superiores colabamento. Assim sendo, ela está
as fossas nasais, a faringe, a laringe; e aberta o tempo todo para a passagem do
das vias aéreas inferiores a traquéia, os ar. Internamente, a traquéia é revestida
brônquios e os pulmões. por um epitélio ciliado, que juntamente
No interior dos pulmões os brônquios se com o muco aí existente, atua na
ramificam em brônquios secundários, remoção das impurezas inspiradas.
bronquíolos respiratórios e alvéolos
pulmonares. PULMÕES
São órgãos que possibilitam a
FOSSAS NASAIS respiração.
Existem pêlos e uma camada de muco, Localizados um de cada lado no interior
fazendo com que o ar que passe pelo da caixa toráxica, e ligam-se à traquéia
nariz sendo aquecido, umedecido e por um tubo chamado brônquio.
filtrado. Apresentam uma textura esponjosa e
macia que lhe permite distender e relaxar
FARINGE quando respiramos.
É a cavidade localizada na porção No seu interior vamos encontrar
posterior da boca, é uma importante numerosas dilatações vesiculares
passagem onde se cruzam as vias semelhantes a cachos de uvas os
digestiva e respiratória. Atua também na
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NOÇÕES BÁSICAS SOBRE O CORPO HUMANO
MECANISMOS DA RESPIRAÇÃO
Separando a cavidade toráxica da
abdominal existe um músculo aplanado
denominado diafragma. Na inspiração
normal, o diafragma se contrai e se
achata, fazendo pressão para baixo.
Assim, o volume torácico aumenta,
tornando a pressão interna na cavidade
pleural menor (negativa) que a externa.
Com isso o ar desce velozmente pela
traquéia, brônquios e bronquíolos até os
alvéolos pulmonares. O ar inspirado
contém cerca de 21o/o de oxigênio e
0,04o/o de dióxido de carbono. Na
expiração normal, o diafragma relaxa e
curva-se para cima, acentuando seu
formato abaulado. Isso reduz o volume
SISTEMA CIRCULATÓRIO
torácico, tornando a pressão no interior
O coração é o órgão central do sistema
da cavidade pleural maior (positiva) que
a externa. O ar então comprimido pelos circulatório.
Basicamente é uma bomba muscular
pulmões sai pelo nariz. O ar expirado
oca, que funciona o tempo todo
contém cerca de 16o/o de oxigênio e 4%
impelindo o sangue através dos grandes
de dióxido de carbono. A troca gasosa
que se opera ao nível dos alvéolos vasos que dele partem e aí chegam
(artérias e veias), para todo o sistema.
pulmonares chama-se hematose. A
Vasos menores, em sua superfície,
freqüência respiratória no adulto jovem
abastecem-no de nutrientes e oxigênio e
gira em torno de 20 movimentos por
minuto. Nesse caso, diz-se que estamos removem resíduos, como o gás
carbônico. O forte músculo do órgão,
diante de uma respiração normal
chamado músculo cardíaco, contrai e
normopnéia ou eupnéia. Se há
relaxa-se ritmicamente graças ao
dificuldade respiratória temos a dispnéia.
Se ocorre um aumento da freqüência automatismo de que é possuidor.
Localizado entre os dois pulmões,
respiratória, verifica-se, então, a
repousa sobre o diafragma, com cerca
taquipnéia; se por acaso a freqüência
de 2/3 do seu volume no lado esquerdo
diminui, ocorre a bradpnéia. Quando
cessa totalmente respiração, estamos do tórax. Internamente o coração divide-
se em quatro seções ou câmaras. De um
diante de uma apnéia.
lado ficam o átrio e o ventrículo
Vide figura ao lado.
esquerdo. Do outro, o átrio e o ventrículo
direito. As câmaras da direita recebem
262
NOÇÕES BÁSICAS SOBRE O CORPO HUMANO
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NOÇÕES BÁSICAS SOBRE O CORPO HUMANO
BOCA
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NOÇÕES BÁSICAS SOBRE O CORPO HUMANO
265
NOÇÕES BÁSICAS SOBRE O CORPO HUMANO
RINS
Parte mais importante do sistema
urinário. São dois, localizados na porção
retroperitonial do abdômen. Forma de
feijão, 12 cm de comprimento, 5 cm de
largura e 2,5 cm de espessura. Cor:
marrom - avermelhada. Filtra o sangue,
removendo o excesso de água, sais, e
substâncias tóxicas (ex.: uréia),
formando a urina que desce pelo ureter
até a bexiga (onde é armazenada).
URETER
São dois tubos musculares que saem um
de cada rim e levam a urina até a bexiga.
BEXIGA OVÁRIOS
Bolsa de músculo liso, localizada no Dois, um de cada lado do útero.
abdômen inferior e armazena a Urina. Produzem as células reprodutoras
femininas. Segregam hormônios
URETRA responsáveis pela maturação do óvulo e
Canal muscular situado na base da pelas características sexuais femininas.
bexiga através do qual a urina é expelida
para fora do organismo. No homem ela TUBAS UTERINAS
passa pelo canal esponjoso do pênis. São dois tubos musculares que ligam os
ovários ao útero.
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NOÇÕES BÁSICAS SOBRE O CORPO HUMANO
MEMBROS SUPERIORES
(Constituição)
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NOÇÕES BÁSICAS SOBRE O CORPO HUMANO
PARÂMETROS CLÍNICOS
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NOÇÕES BÁSICAS SOBRE O CORPO HUMANO
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NOÇÕES BÁSICAS SOBRE O CORPO HUMANO
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NOÇÕES BÁSICAS SOBRE O CORPO HUMANO
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NOÇÕES BÁSICAS SOBRE O CORPO HUMANO
das ações de controle dos comunicantes maneiras tais como: Agudas, Crônicas,
e do meio ambiente; Psicossomáticas e Infecto-contagiosas
B) Permite, graças às informações (esta última será objeto de nosso
decorrentes das notificações e estudo).
investigações, a análise do
comportamento epidemiológico das DOENÇAS INFECTO-CONTAGIOSAS:
doenças, a avaliação de novas metas e Podem ser:
prioridades. Assim sendo, podemos Endêmicas: Quando sua presença é
conceituar Vigilância Epidemiológica contínua dentro de uma zona geográfica
como sendo o alerta permanente e determinada;
responsável em relação à ocorrência e
distribuição das doenças e dos fatores Epidêmicas: Quando há uma eclosão e o
ou condições que propiciem aumento do número de casos que surgem na
risco de transmissão ou da gravidade comunidade excede o da incidência
das doenças. São, portanto, de normal esperada;
notificação compulsória às autoridades Pandêmicas: Quando quase toda a
sanitárias, os casos suspeitos ou população é atingida.
confirmados de:
CONCEITOS BÁSICOS
Doenças que podem implicar em medida
de isolamento ou quarentena de acordo TRANSMISSOR: Ser vivo que carrega
com o Regulamento Sanitário em si um agente etiológico, transmitindo-
Internacional; o aos hospedeiros.
Doenças constantes da relação
elaborada pelo Ministério da Saúde para AGENTE ETIOLÓGICO: Ser vivo capaz
cada Unidade da Federação, a ser de causar doenças em outro ser vivo
atualizada periodicamente. (também chamado de causador).
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NOÇÕES BÁSICAS SOBRE O CORPO HUMANO
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NOÇÕES BÁSICAS SOBRE O CORPO HUMANO
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NOÇÕES BÁSICAS SOBRE O CORPO HUMANO
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NOÇÕES BÁSICAS SOBRE O CORPO HUMANO
TÉTANO
SINTOMAS: AGENTE ETIOLÓGICO: Clostridium
Iniciais: Cansaço/Prostração; Tetani (Bacilo).
Desconforto abdominal (dores); Dor de Micróbio anaeróbio quando em forma de
cabeça intensa e contínua; Perda de bacilo, por isto, fora do organismo se
apetite; Insônia; Febre (que aumenta transforma em esporo.
toda à tarde 40ºC); Náuseas, Vômitos PROPAGAÇÃO: Como é anaeróbio (vive
(às vezes). somente na ausência de oxigênio), a
Casos Graves: Confusão mental e bactéria é introduzida no organismo
Delírio (por causa da febre); Coma; através de objetos contundentes. Daí, o
diarréia sanguinolenta e morte por esporo desabrocha em bacilo e começa
perfuração intestinal e hemorragias. a produzir toxinas que vão para o sangue
OBS: Se não ocorrerem complicações, e daí para o Sistema Nervoso.
na quarta semana, a febre começa a SINTOMAS: Contrações musculares
ceder e o quadro se alivia. intensas (Riso Sardônico, Abdome
DIAGNÓSTICO: Clínico e Laboratorial. tábua, Impede deglutição, Espasmos
TRATAMENTO: Antibiótico. dolorosos e incontrolados em contato
FEBRE PARATIFÓIDE com barulho e luminosidade, podendo
Muito mais freqüente e branda que a matar por exaustão).
febre tifóide. COMPLICAÇÕES: Morte por asfixia
AGENTE ETIOLÓGICO: Salmonella devido ao espasmo do músculo
paratyphi. respiratório.
PROFILAXIA: Vacina Antitetânica
(exigida na Aviação).
TUBERCULOSE DIAGNÓSTICO: Clínico.
Ataca os pulmões, rins, intestino TRATAMENTO: Soro Antitetânico
delgado, peritônio, pele, ossos( Mal de (detém as toxinas tetânicas). Possui
Pott), gânglios linfáticos (escrofulose) e limitações.
meninges. GONORRÉIA OU BLENORRAGIA (DST)
AGENTE ETIOLÓGICO: Neisseria
AGENTE ETIOLÓGICO: Mycobacterium gonorrhoeae (Diplococo).
tuberculosis (Bacilo de Koch). PERÍODO DE INCUBAÇÃO: 2 a 5 dias.
PROPAGAÇÃO: Através de secreções PROPAGAÇÃO: Via sexual/Via
das lesões tuberculosas (tosse, espirro), congênita.
através da placenta (raro).
SINTOMAS:
SINTOMAS: tosse, dores nas costas, Na mulher: geralmente assintomática.
hemoptise, febre. Secreção amarela esverdeada.
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NOÇÕES BÁSICAS SOBRE O CORPO HUMANO
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NOÇÕES BÁSICAS SOBRE O CORPO HUMANO
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NOÇÕES BÁSICAS SOBRE O CORPO HUMANO
280
MEDICINA AEROESPACIAL
OSCILAÇÃO DA PRESSÃO
MEDICINA AEROESPACIAL PARCIAL DO OXIGÊNIO
despressurização
imprevista da cabine,
282
MEDICINA AEROESPACIAL
282
MEDICINA AEROESPACIAL
283
MEDICINA AEROESPACIAL
visual, sobre o sistema neuromuscular e voam com ar tão seco, no seu interior, é
circulatório. Os ruí dos também são evitar a condensação de vapor d‟água,
fatores estressantes do voo, levando que formaria uma névoa dentro da
também o organismo à fadiga aérea. cabine pressurizada, em virtude da
Causam ainda as seguintes temperatura ambiente ser baixa.
perturbações orgânicas e psíquicas: A baixa umidade do ar ambiente
Irritabilidade, predisposição à fadiga determina no decurso de algumas horas,
prematura e redução do rendimento perda de água pela respiração
de trabalho, com a exposição excessiva, causando desidratação e
contínua a ruídos com intensidade de ressecamento das mucosas do nariz,
superior a 40db. boca e globo ocular. Isso é mais
Perturbações auditivas, com prejudicial nos indivíduos que têm as
exposição demorada a ruídos com mucosas muito sensíveis e nos
intensidade superior a 90db. alérgicos, podendo causar conjuntivites,
Trauma acústico grave, com a ulcerações de córnea e sangramento
exposição a ruídos constantes com nasal. Ocorre também a eliminação de
intensidade superior a 120db. uma urina concentrada, com aglutinação
Dor de cabeça, náuseas, nervosismo de cristais, aumentando a probabilidade
e transtornos menstruais, pela de formação de cálculos renais. Para
atuação de sons supersônicos minimizar esses problemas, as seguintes
inaudíveis. medidas profiláticas poderão ser
tomadas:
BAIXA UMIDADE DO AR Ingestão diária de 2,5litros de
Concentração ideal de vapor d‟água líquidos (água, leite ou sucos de
do ar ambiente 30 a 40%. (em Brasília frutas), sendo que a água deve ser
14% em Belém 60%). em maior quantidade;
Apesar da temperatura da aeronave Usar creme hidratante,
ser facilmente regulada para um nível principalmente nas partes do corpo
agradável, o mesmo não acontece com a não cobertas pelas vestes;
umidade relativa do ar, pela grande Usar colírio do tipo lágrima, com
diferença entre a temperatura dentro e freqüência, durante o voo e, de
fora do avião. Com isso, os aeronautas preferência, nessas ocasiões, usar
estão expostos, durante o voo, a um ar óculos em vez de lente de contato;
bastante seco, principalmente em voos Respirar, por alguns minutos, através
de longa distância. Dentro da cabine de um lenço umedecido com água; e,
pressurizada de um avião, o ar é seco e Pingar nas narinas, durante o voo,
refrigerado. No Boeing 727, nos 737 e no substâncias que sejam capazes de
DC-10, a umidade relativa do ar chega a umedecer a mucosa nasal, como
ser de 13 a 14%. No Boeing 767, o ar Sorine, por exemplo.
chega a ser ainda mais seco. Isso se
deve aos equipamentos eletrônicos que RADIAÇÕES
necessitam funcionar em ar seco e frio, A atmosfera terrestre é atravessada
como proteção para os mesmos. Mas, a por radiações provenientes de várias
principal razão pela qual as aeronaves fontes.
289
MEDICINA AEROESPACIAL
293
MEDICINA AEROESPACIAL
294
MEDICINA AEROESPACIAL
Exercícios:
2- Antes da descoberta das cabines pressurizadas, uma aeronave podia voar até no
máximo:
a) 14.000 pés b) 8.000 pés c)10.000 pés d)12.000 pés
295
MEDICINA AEROESPACIAL
Exercícios:
8) A hipoxia Hipobarica passa a ser anoxia a que altitude, que também è chamada de
zona de morte?
a) 64.000 pés
b) 67.000 pés
c) 65.000 pés
d) 27.000 pés
9) O tempo em que alguém pode fazer algo por si mesmo, tal como, ajustar a máscara
de oxigênio, é chamado de?
a) tempo útil de lucidez (TUL)
b) tempo útil de consciência(TUC)
c) ambas acima estão corretas
d) nenhuma das anteriores
10) A diminuição de oxigênio nas células, causada pela dificuldade deste chegar.
aos alvéolos pulmonares e daí para o sangue e chamada:
a) Hipoxia alveolar
b) Hipoxia hipêmica
c) Hipoxia anêmica
d) Hipoxia hipóxica
12) O estado de ansiedade ou medo de voar, que pode causar ao PAX um aumento da
freqüência respiratória, pode levar a uma:
a) hiperventilação
b) hiperpinéia
c) hipocapnia ou hipocarbia
d) todas as anteriores
296
MEDICINA AEROESPACIAL
Exercícios:
Exercícios:
21) O organismo humano, como qualquer ser vivo, obedece ritmos . Os ritmos que
se processam dentro de um período de 24 horas são chamados:
a) ultradianos b)circadiano c)infradianos d)jet lag
298
PRIMEIROS SOCORROS
299
PRIMEIROS SOCORROS
300
PRIMEIROS SOCORROS
ASMA BRÔNQUICA
A Asma Brônquica é uma doença
HIPÓXIA ESTAGNANTE, ISQUÊMICA caracterizada por recorrentes episódios
OU ESTÁTICA de obstrução das vias aéreas que pelo
Ocorre em conseqüência do menos, nos estágios iniciais, são
retardo na chegada do oxigênio às reversíveis. Resulta de obstrução dos
células, em virtude da diminuição bronquíolos alveolares (broqueolite)
da velocidade do fluxo sangüíneo. difusa e reversível decorrente de
Verifica - se nos casos de constrição dos músculos lisos
insuficiência cardíaca congestiva brônquicos, edema e inflamação da
(ICC), e nas Tromboses mucosa brônquica, e o acúmulo de
Vasculares. secreções dentro da luz dos brônquios,
dificultando a passagem do ar.
TRATAMENTO O ataque asmático, geralmente
Combater a causa do distúrbio se inicia de modo súbito, com chiados,
circulatório. tosse expectoração de muco
transparente e viscoso, e dispnéia,
sobretudo expiratória.
HIPÓXIA HISTOTÓXICA
É devida à inabilidade das células TRATAMENTO
teciduais para utilizar o oxigênio Manter o passageiro sentado ou
transportado pelas hemácias, em virtude semi-sentado;
da presença de tóxicos nas células. Administração abundante de
Ocorre nos envenenamentos por líquidos; administração de
cianetos, no alcoolismo agudo, oxigênio;
intoxicação pela nicotina e cocaína. Administração de
broncodilatadores;
TRATAMENTO
Administrar antídoto específico
para cianetos; AFOGAMENTO
Combater o alcoolismo; O afogamento deve-se a uma
Remoção urgente para o hospital; série de fenômenos que tem lugar no
Formas combinadas: Verificam – organismo devido à sua total imersão na
se com a concomitância de dois água durante um tempo mais ou menos
ou mais tipos de hipóxias acima prolongado. A morte pode sobrevir por
citadas. É o que ocorre no caso de asfixia ou como conseqüência dos
uma cardiopatia (ICC), associada problemas gerados pela água no
a uma pneumonia ou anemia; e organismo.
Tratar cada um dos fatores A asfixia, portanto, só é
determinantes atuantes. responsável pela morte em 10% dos
casos de pessoas afogadas, nas quais
ocorre, enquanto estão submersas, um
laringoespasmoreflaxo. Nos outros
casos, a morte deve-se a entrada maciça
302
PRIMEIROS SOCORROS
de água nos pulmões. Existem dois tipos rasa. Para a remoção da água das vias
de afogados, a saber: aéreas usa - se a seguinte técnica:
Coloca-se o passageiro quase -
afogado em decúbito ventral, com
AFOGADO CIANÓTICO a cabeça lateralizada;
É o indivíduo que apresenta uma Estende-se seus braços elevando
forma de asfixia pela entrada maciça de – os lateralmente ao longo da
água nos pulmões. Quando retirado da cabeça;
água, apresenta-se com pulso fino, Coloca-se as mãos (Socorrista)
respiração superficial e irregular. sobre o dorso da vítima,
Jugulares túrgidas, e cianóticas exercendo-se pressão.
(arroxeado). Há necessidade de se mover
a água.
DISTÚRBIOS CARDÍACOS
AFOGADO PÁLIDO
Ocorre quando não há asfixia pela
água, mas sim devido a um INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO
laringoespasmo reflexo, ou uma parada
É a necrose (morte) do músculo
respiratória.
cardíaco (miocárdio), que ocorre como
TRATAMENTO DO QUASE aplicação de uma deficiência ou
AFOGAMENTO ausência da circulação do mesmo.
Resulta, portanto, de uma obstrução de
algum ramo das artérias coronarianas
Em ambos os casos: que levam o sangue ao próprio coração.
Rápida remoção da vítima da
água; SINTOMAS E SINAIS
Desobstruir as vias aéreas, Dor forte e constritiva, intensa e
retirando corpos estranhos e duradoura localizada na região
limpando as secreções; anterior do tórax, que pode
Aplicar a respiração boca a boca, irradiar-se para os membros
ou através de aparelho; superiores, principalmente para o
Aplicar massagem cardíaca esquerdo, base do pescoço e
externa, se necessário; epigástrio. É uma dor constante
Tão logo quanto possível, que não se modifica com a
administração suplementar de respiração ou troca de posição,
oxigênio; e tampouco com o emprego de
Transportar a vítima para um vaso dilatador coronariano. Sua
hospital duração vai de 30 minutos a
várias horas;
Não devemos retardar a ventilação Midríase;
por tentativas de remover líquidos dos Sudorese intensa;
pulmões. Um bom nadador pode iniciar a Dispnéia;
respiração boca a boca ou boca - nariz ao Agitação;
mesmo tempo em que domina a água, ou Aparência de sofrimento;
mesmo quando posto em pé, em água
303
PRIMEIROS SOCORROS
304
PRIMEIROS SOCORROS
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PRIMEIROS SOCORROS
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PRIMEIROS SOCORROS
308
PRIMEIROS SOCORROS
COMPLICAÇÃO DAS
GRAVIDADE DAS QUEIMADURAS QUEIMADURAS
É importante frisar que a gravidade A lesão provocada, no organismo,
de uma queimadura não é determinada por um agente térmico (queimaduras) é,
pela sua profundidade nos tecidos em última análise, uma ferida. É, como
orgânicos, mas sim, pela extensão da tal, suscetível ao risco de infecção.
área corporal atingida. Para se avaliar a Nos grandes queimados outros
extensão da pele comprometida, utiliza-se fatores podem gerar complicações. A
a “Regra dos Nove”. pele íntegra é uma barreira impermeável,
Os indivíduos com mais de 15% mas quando queimada, perde essa
de área corporal queimada, são importante função. Nestes casos, ocorre
considerados grandes queimados, perda de líquidos e eletrólitos (sais
correndo, portanto, sério risco de vida. minerais) através da extensa área
lesada, o que pode ocasionar
Cabeça 09% desidratação intensa, choque e morte.
Membro superior D. 09%
Membro superior E. 09%
Tronco-frente 18% TRATAMENTO DAS
Tronco-atrás 18% QUEIMADURAS
Coxa D. 09% Retirada das vestes sujas e
Coxa E. 09% queimadas;
Perna D. 09% Lavagem e anti-sepsia das lesões
Perna E. 09% com soro fisiológico.
Pescoço 01% Curativos com gaze esterilizada e
Períneo 01% vaselina líquida.
Evitar a movimentação e o
SINTOMAS E SINAIS resfriamento do paciente,
Queimaduras de 1º grau – aquecendo-o com cobertores ou
Caracteriza-se pelo surgimento do lençóis limpos, sem provocar
eritema (vermelhidão) e calor no sudorese;
local afetado. Administração de analgésicos e
Queimadura de 2º grau – líquidos.
Caracteriza-se pela presença de
vermelhidão e de bolhas d‟água Traumatologia
(flictenas), geradas pela saída de
plasma sangüíneo, provocado pelo As lesões corporais, mais
calor; prováveis, em conseqüência de um
Queimaduras de 3º grau – acidente, são: contusões, entorses,
Caracteriza-se pela destruição dos luxações, fraturas, ferimentos,
traumatismo craniano, queimaduras e
310
PRIMEIROS SOCORROS
TRAUMATISMO FECHADO
ATADURAS
Entre outras utilidades, as CONTUSÃO
ataduras são empregadas para fixar Lesão superficial do corpo sem
curativos onde o uso de esparadrapo laceração da pele, produzida por um
torna-se difícil pela mobilidade da região, impacto. Nem sempre uma contusão é
presença de pêlos e secreções. simples. Ela pode complicar-se ao
provocar uma lesão interna em um órgão
Aplicação De Ataduras vital. Como veremos nos traumatismos
A atadura deve ser aplicada de abdominais.
modo a não afrouxar, e nem
comprimir em demasia; SINTOMAS
O enfaixamento deve ser feito com Dor localizada no ponto de
as articulações na posição que incidência do agente traumático
será mantida depois; contundente;
O enfaixamento não deve trazer Equimose: é a coloração anormal
desconforto ao paciente; da pele da região atingida;
A tensão aplicada sobre a faixa Edema: derrame seroso (acúmulo
deve ser suficiente para distender anormal de líquido no espaço
sua malha até o próximo ao seu intersticial extracelular provocado
limite de elasticidade; pela lesão).
O enfaixamento deve ser iniciado
sempre da região distal para a
311
PRIMEIROS SOCORROS
312
PRIMEIROS SOCORROS
INCISIVOS CONDUTA
São os causados por instrumentos Lavagem das mãos com água e
cortantes (facas, navalhas, bisturis). As sabão, antes e depois do curativo
bordas do ferimento são regulares, Limpar o ferimento com água
estando afastadas conforme a limpa e sabão comum.
elasticidade da pele da região lesada. Aplicar um anti-séptico com
mercúrio cromo.
LACERANTES Proteger o ferimento com gaze ou
São causados por agentes que pano limpo, fixando-o;
dilaceram a pele e os tecidos vizinhos Observar se há sangramento.
(cacos de vidro, de louça, serra e etc). As Mantenha um curativo
bordas do ferimento são bastante compressivo;
irregulares podendo haver perda de Certificar-se de que a vítima é
tecidos, e a cicatrização é defeituosa. vacinada contra o Tétano.
Orientá-la.
DE ACORDO COM O TRAJETO
PERCORRIDO PELO OBJETO
FERIMENTOS MAIS GRAVES
TRAUMÁTICO, OS FERIMENTOS
PODEM SER: CONDUTA
TRANSFIXANTE HEMOSTASIA
O objeto atravessa o corpo Fazer cessar ou estancar o
provocando duas lesões, sendo que a de sangramento;
entrada é bem menor que saída. Exp.:
Ferimentos à bala.
313
PRIMEIROS SOCORROS
ANTISSEPSIA VENOSA
Limpeza cuidadosa da lesão com O sangue provém de uma veia
água e sabão comum, raspar os pêlos da lesada. Saí continuamente e apresenta
região se necessário (tricotomia), e aplicar coloração vermelho escuro.
anti-séptico (mercúrio cromo).
CAPILAR
CURATIVO O sangue provém de vasos de
Tentar aproximar as bordas do pequeno calibre. Geralmente tendem a
ferimento com pontos falsos utilizando coagulação espontânea
tiras de esparadrapo, e cobri-los com
gaze esterilizada; EXTERNAS
São hemorragias facilmente
IMOBILIZAÇÃO identificadas, pois o sangue sai
Usar faixa de crepe se necessário. diretamente do ferimento ou através das
Em caso de dor, administrar analgésico. cavidades naturais do organismo para o
meio externo.
HEMORRAGIAS INTERNAS
Denomina-se hemorragia a perda São hemorragias que ocorrem no
sangüínea resultante de uma lesão interior do organismo. O sangue não se
vascular. Ocorre, portanto, em veias, exterioriza, ficando coletado no abdome,
artérias e capilares. As hemorragias tórax, caixa craniana, pele, etc...
internas podem levar o acidentado ao
estado de choque, e se não socorrido a TIPOS ESPECIAIS DE
tempo, ao óbito. HEMORRAGIAS EXTERNAS
Geralmente os ferimentos são
acompanhados de perda sangüínea, o OTORRAGIA (OUVIDO)
que dramatiza o quadro do acidente, visto Sangramento pelo ouvido
que, o sangue é um elemento de alarme, externo, devido à fratura da base do
tanto para o ferido, como para quem o crânio ou traumatismo do conduto
socorre. A intensidade da hemorragia auditivo externo.
depende do tipo e do calibre do vaso
lesado. EPISTAXE OU RINORRAGIA (NARIZ)
Saída de sangue pelas narinas.
CLASSIFICAÇÃO DAS HEMORRAGIAS Causas: insolação, lesão da mucosa
nasal, picos hipertensivos, etc...
ARTERIAL
O sangue provém de uma artéria HEMOPTISE
lesada, flui em jatos intermitentes, tem Sangramento proveniente do
uma coloração vermelho vivo (rutilante), e aparelho respiratório (pulmões), fluindo
com aspecto espumoso. pela boca, quase sempre ao tossir. O
sangue é vermelho vivo e espumoso.
Causas: Tuberculose pulmonar,
câncer do pulmão e pneumopatias
agudas.
314
PRIMEIROS SOCORROS
315
PRIMEIROS SOCORROS
316
PRIMEIROS SOCORROS
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PRIMEIROS SOCORROS
322
PRIMEIROS SOCORROS
TRATAMENTO PULSO
Em lesões superficiais; Pode-se apresentar cheio, fino,
Tratar os ferimentos com os célere, ou mesmo ausente.
cuidados de uma boa assepsia;
Nas lesões profundas; CONDIÇÃO DA PELE MUCOSA
Manter o passageiro em jejum, Onde a palidez indica má
sem ingerir qualquer tipo de condição circulatória e, a cianose má
alimento, nem mesmo líquidos; oxigenação do sangue, devido à
Se houver exteriorização de alteração pulmonar ou circulatória;
alguma víscera, não tente
recolocá-las na cavidade CONDIÇÕES DOS OLHOS E PUPILAS
abdominal. Fazer cuidadosamente Pode haver desvio conjugado dos
limpeza local com soro fisiológico olhos e pupilas, ou desigualdade das
ou água limpa, evitando manipular pupilas;
as vísceras.
Recobrir a lesão com gaze REALIZAÇÃO DE MOVIMENTOS
esterilizada umedecida em soro VOLUNTÁRIOS
fisiológico ou em água limpa, e, se Em que o acidentado poderá
possível, aquecida à temperatura realizá-los ou não movimentos
corporal. voluntários;
325
PRIMEIROS SOCORROS
327
PRIMEIROS SOCORROS
Exercícios
a) Hemorragias e queimaduras, a remoção deve ser feita em até 5 horas, o socorrista deve
observar o nível de consciência da vítima.
b) Fraturas fechadas, remoção imediata, o socorrista deve imobilizar a região afetada.
c) Fraturas de crânio, coluna vertebral, pelve, as expostas e ferimentos profundos. A remoção
deve ser feita antes de 3 horas. O socorrista deve providenciar a imobilização da vítima em
prancha rígida e a sua remoção.
d) Grandes choques, remoção em até 30 minutos,o socorrista deve verificar sinais vitais.
5. Qual a diferença entre entorse e luxação, quais os sintomas de cada um, qual o
procedimento de um primeiro socorro:
Exercícios
localizada e intensa, eritema, edema e impotência funcional. O socorrista deve aplicar pomada
analgésica no local, protegendo a pele com um pano e imobilizar com uma faixa, além de
providenciar o repouso da articulação atingida.
d) Nenhuma das alternativas.
a) São ferimentos causados por instrumentos cortantes (facas navalhas, etc.) que provocam
pequena solução de continuidade na pele, porém profunda. Conduta: hemostasia, antissepsia,
curativo, imobilização.
b) São ferimentos causados por agentes que dilaceram a pele (cacos de vidro, de louça, etc.)
que provocam grande solução de continuidade na pele. Conduta: hemostasia, antissepsia,
curativo.
c) São ferimentos superficiais, geralmente produzidos pelo atrito com superfícies ásperas.
Conduta: antissepsia, curativo, imobilização.
d) São ferimentos causados por agentes perfurantes (pregos, agulhas, etc.) que provocam
pequena solução de continuidade na pele, porém profunda. Conduta: hemostasia, antissepsia,
curativo, imobilização.
7. O que é hemostasia, como é feita em uma vítima com fratura exposta em membro
inferior direito:
a) Hemostasia é o ato de fazer cessar ou estancar o sangramento. Deve ser feita a imobilização
da fratura com talas rígidas, atingindo a articulação acima e abaixo da fratura.
b) Limpeza cuidadosa com água e sabão. Imobilização apenas com talas.
c) Hemostasia é um tipo de hemodiálise. Em fraturados deve ser realizado apenas em ambiente
hospitalar.
d) Nenhuma das anteriores.
a) Compressão e garroteamento.
b) Utilizar a compressão para fazer cessar a hemorragia, utilizando a pressão direta no foco
hemorrágico com uma gaze limpa ou fazer um curativo compressivo.
c) Não utilizar a compressão para fazer cessar a hemorragia, utilizar torniquete com pressão
direta no foco hemorrágico em seguida fazer um curativo compressivo.
d) Compressão, garrotemento, hemostasia e antissepsia.
a) Estado de Angústia.
b) Estado Epilético
c) Estado de Choque.
d) Estado Hemorrágico.
329
CONHECIMENTOS GERAIS DE AERONAVES
CONHECIMENTOS GERAIS DE
AERONAVES
1 - AERODINÂMICA
330
CONHECIMENTOS GERAIS DE AERONAVES
- FUSELAGEM
- EMPENAGEM
331
CONHECIMENTOS GERAIS DE AERONAVES
C) Hidroaviões:
Quanto ao meio de decolagem e
pouso, o avião pode ser:
332
CONHECIMENTOS GERAIS DE AERONAVES
Biplano – 2 asas
Triplano – 3 asas
Quadriplano – 4 asas
333
CONHECIMENTOS GERAIS DE AERONAVES
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À
FIXAÇÃO:
Cantilever – fixadas
diretamente à fuselagem,
através de parafusos e
porcas.
334
CONHECIMENTOS GERAIS DE AERONAVES
Ponta da Asa
335
CONHECIMENTOS GERAIS DE AERONAVES
Elementos internos da
asa
Motor a pistão e hélice ou
Ponta
Bordo Tirante convencional
Turbo – hélice
Bordo de
Raiz
Turbo – jato
ataque Turbo - fan
Long
arinas
336
CONHECIMENTOS GERAIS DE AERONAVES
1. O ar penetra por uma abertura Tem uma maior área da admissão que
dinâmica; o turbo – jato, estas pás impulsionam
mais ar que o compressor do turbo –
2. Este ar é comprimido pelo jato.
compressor e passa por condutores;
Uma grande quantidade deste ar não
3. Para câmara de combustão; entra na câmara de combustão, não
necessitando com isso ser queimado,
4. O combustível é introduzido na produz muito mais tração, com maior
câmara de combustão por intermédio de economia e menor ruído.
uma série de bicos injetores de
combustível; Quando ao número de motores os
aviões podem ser:
5. A mistura ar – combustível é
inflamada por uma vela de ignição Monomotor – 1 motor
mantendo uma queima constante; o calor Bimotor – 2 motores
provoca a expansão da massa gasosa e Trimotor – 3 motores
em consequência uma pressão muito Quadrimotor – 4 motores
elevada a qual escapa em alta Multimotor – mais de 4 motores
velocidade:
Hélice: é um aerofólio rotativo que
6. Passa através da turbina e produz uma força de tração sobre o
impulsiona a rotação da mesma; avião.
7. A turbina impulsionada pelos A tração das pás faz com que o perfil
gases inflamados produz a rotação dos forme um ângulo de ataque com a
compressores; direção do vento relativo.
8. A massa gasosa é expelida com Notamos ai que o aerofólio da hélice
grande velocidade em forma de jato, atua exatamente como uma asa, criando
porém, a força propulsiva é obtida uma força de tração, dirigida para a
somente devido à aceleração da massa frente da aeronave
gasosa no interior do motor, segundo o
princípio da Ação e Reação.
339
CONHECIMENTOS GERAIS DE AERONAVES
Exercícios:
02 - Exemplo de um aeróstato
a) helicóptero,
b) planador,
c) dirigível,
d) avião
05 - Qual a estrutura que é constituída por anéis, cavernas e revestimento externo, ou seja,
anéis dispostos longitudinalmente e coberto por alumínio?
a) monocoque,
b) tubular,
c) semi-monocoque,
d) de aço.
Exercícios:
09 - Qual a estrutura formada por tubos de aço, constituindo a fuselagem, esta ficando com
uma forma de caixa?
a) forte,
b) monocoque,
c) semi-monocoque,
d) tubular.
15 -Aeronaves que pousam em superfície sólidas, com relação ao trem de pouso podem ser
chamadas de:
a) hidroplano,
b) litoplanos,
c) anfíbios,
d) soliplanos.
Exercícios:
20 - Definição de enflechamento:
a) Ângulo formado pelo extradorso da asa e o eixo longitudinal.
b) Ângulo formado pelo intradorso da asa e o eixo vertical,
c) Ângulo formado entre o eixo transversal e a linha de bordo de ataque,
d) Ângulo formado entre o eixo transversal e a linha de bordo de fuga.
23 - O motor turbo jato tem como desvantagem, com relação ao turbo fan:
a) alta economia e baixo ruído,
b) maior alcance,
c) alta temperatura,
d) alto ruído e alto consumo,
342
CONHECIMENTOS GERAIS DE AERONAVES
Exercícios:
25 - O reverso do motor turbo jato, turbo fan e turbo hélice joga o ar:
a) para frente,
b) para os lados,
c) para cima,
d) para trás.
27 - Embandeiramento de hélice é:
a) quando reduzimos a potência do motor turbo jato,
b) quando colocamos a hélice em uma posição parecida a de uma bandeira,
c) quando colocamos o trem de pouso para pouso na água,
d) quando colocamos a hélice em uma rotação muito alta.
343
TEORIA DE VOO
344
TEORIA DE VOO
passar por ali. Neste ar temos movimento Para as leis físicas de escoamento, o ar e
(energia cinética) e pressão (energia de água são fluídos que obedecem as regras,
pressão dinâmica). Esta movimentação do ar sendo diferente apenas na densidade.
dentro do tubo acarreta uma diminuição da É este o princípio em que foi baseada a
pressão estática nas paredes do tubo. construção de pulverizadores de inseticidas e
o funcionamento dos carburadores, e
Ao entrar por A, o ar terá velocidade normal possibilitou, também a construção do
de escoamento, no ponto B, devido á redução aerofólio.
da área, o fluido acelera: por este motivo, Aerofólio
haverá menor pressão contra as paredes do É uma superfície aerodinâmica que produz
tubo do que em A. No ponto C, o ar reações aerodinâmicas úteis, isto é, reações
desacelera, voltando à velocidade inicial, igual que servem ao voo de uma aeronave, como
a do ponto A. sustentação e forças que permitem ao avião
elevar-se no ar.
O enunciado do Teorema de Bernoulli diz:
“Quanto maior a velocidade do
escoamento, maior será a pressão dinâmica e
menor a pressão estática.”
Uma linha que vai praticamente do nariz do Sentido contrário – Avião subindo – VR
avião até a cauda, chama-se EIXO descendo
LONGITUDINAL. Quando um corpo se desloca através do ar,
Para a construção, na maioria dos casos, aparece, sempre, uma força que se opõe ao
as cordas nos aerofólios das asas não são deslocamento e que é chamada de
paralelas ao eixo longitudinal e sim formando RESISTÊNCIA AO AVANÇO.
um ângulo com este, e que se chama de Dependendo do formato do corpo, a
resistência será maior ou menor.
Podemos dizer que, quando um corpo
ÂNGULO DE INCIDÊNCIA. produz o mínimo de resistência ao avanço, é
porque tem uma superfície aerodinâmica ou
fuselada.
SUSTENTAÇÃO
É o componente da RESULTANTE
Quando andamos em um automóvel AERODINÂMICA perpendicular ao vento
mesmo em dia sem vento, se colocarmos a relativo ou ao deslocamento da aeronave
mão para fora verificaremos a existência de Resistência ao avanço ou Arrasto
um vento em sentido contrário ao nosso É a componente da Resultante aerodinâmica
deslocamento. Tal vento não existe. Ele é paralela ao vento relativo ou ao deslocamento
provocado pelo deslocamento do automóvel. da aeronave.
No deslocamento de um avião pelo ar,
também existe este vento, que é chamado de
VENTO RELATIVO. Ele terá, sempre, a
mesma direção e sentido contrário ao
deslocamento, e sua velocidade será,
sempre, a velocidade de deslocamento.
Superfícies de Comando
São superfícies que dão ao piloto o controle
de voo, possibilitando movimentar a aeronave .
para os lados, subir, descer, fazer curva, etc.
O comando se dá através de pedais (para o EIXO VERTICAL: O movimento em torno
leme) e o manche para os ailerons e deste eixo chama-se guinada e é feito através
profundor. do Leme de Direção. Estas superfícies são
Os movimentos de uma aeronave são realizados chamadas de primárias.
em torno de três eixos que passam pelo
centro de gravidade.
Todos os tipos de flapes servem ainda O trem de pouso também pode ser
como freios aerodinâmicos, pois aumentam o usado como freio, pois quando arriado
arrasto, após o pouso. provoca grande resistência ao avanço
Os SLOTS são fendas que servem para (arrasto).
suavizar o escoamento do ar no extradorso,
aumentando com isso o ângulo crítico (onde
começa a perda de sustentação). São
considerados um recurso aerodinâmico.
Os SLATS ou LEADING EDGE FLAPS são
um tipo especial de flape. Seu movimento
pode ser automático ou manual.
Sua função é a mesma do flape: modificar a
curvatura do perfil, possibilitando manobras
em velocidades menores. Também são
conhecidos como flapes de bordo de ataque, Fator Carga
pois são instalados nos bordos de ataque da O fator carga (G) é a relação existente entre
asa. a sustentação produzida (L) e o peso do avião
(W).
Quanto aos freios aerodinâmicos, existem Assim, se o peso do avião é de é de
os que são usados em voo e no solo. 150.000 kg e os dois setores da asa
produzirem 300.000 kg de sustentação
Em aviões de grande porte, existem painéis (150.000 kg pelo peso + pela força centrifuga,
retangulares no extradorso da asa, que em curva) o fator carga será 2G.
quando acionados, funcionam como freios, Ex.: Looping.
mas também perturbam o escoamento do ar,
prejudicando a sustentação. São usados Num voo nivelado e sem turbulência, o fator
também no pouso. São chamados de carga é igual a 1. Qualquer manobra brusca,
SPOILERS e também possuem a função de curva recuperação de uma descida ou
freio de velocidade (SPEED BREAKERS). turbulência provoca o aparecimento do fator
carga.
Menor que 1 – piloto se solta do assento.
Maior que 2 – pode provocar desmaio.
Já vimos anteriormente o fenômeno do
stol. Existe uma velocidade pré-determinada
em que o avião estolará. Essa velocidade
depende do peso. Quanto maior for este,
maior será a velocidade de estol, e menor
será a diferença entre a velocidade do avião e
a de estol. Pode acontecer do avião estar
voando numa velocidade bem acima do estol
e por causa de uma curva de grande
inclinação, ou turbulência forte, estolar. É
claro que o piloto tem tudo isso em mente
quando faz qualquer manobra, e não permite
que venha a acontecer tal coisa.
TEORIA DE VOO
A principal lição que tiramos disso tudo é que não ultrapasse os limites estabelecidos
que a estrutura do avião é muito forçada em pelo fabricante. Consiste na pesagem e
voo. distribuição correta dos pesos em relação à
Ex.: Aviões de caça = ou mais que 7 CMA (corda média aerodinâmica). CMA é a
corda de um aerofólio da asa onde se
Carga mal distribuída ou em excesso pode encontra a resultante das forças de
ter sua influência multiplicada por várias sustentação de todos os aerofólios da asa.
vezes, dependendo do que acontecer no voo.
Podemos agora pensar no avião e estudar
Peso e Balanceamento o seu equilíbrio como se fosse uma balança.
feita ao B-737 que é operado em velocidades corpo maior terá que ser a força para imprimir-
inferiores. lhe a mesma aceleração.
Assim, podemos dizer que, a força é
GLOSSÁRIO diretamente proporcional à massa e à
Aceleração da Gravidade – Um corpo aceleração que ela imprime a um corpo. A
quando abandonado no espaço tende a cair; definição de força será, portanto:
ao cair, sua velocidade aumenta Força é o produto da massa de um corpo
progressivamente, em virtude de uma pela aceleração que ela imprime a este corpo.
aceleração constante a que este corpo fica Se chamarmos a força de F (maiúsculo),
sujeito. Tal aceleração, que é sempre teremos: F=M.a.
constante para um determinado lugar, Intensidade - É o seu valor em unidades.
tratando-se, portando, de uma aceleração Por exemplo: um peso de 20 kg. Sua direção
particular, é chamada de aceleração da é vertical, seu sentido de cima para baixo e
gravidade ou simplesmente gravidade, sendo sua intensidade será 20 kg.
representada pela letra g (minúscula). Seu Massa - É a quantidade de matéria
valor, que varia de lugar para lugar, em existente em um corpo. Sabemos que tudo é
virtude da latitude ou altitude, é de formado de partículas e essas partículas têm
9,81m/seg2. seu valor. Portanto, poderemos dizer que
Densidade – Todo corpo tem sua massa. massa é a soma dos valores das moléculas
Em determinados corpos esta massa ocupa que formam um corpo ou ainda, é o número
sempre o mesmo volume (os sólidos). Em de moléculas que formam esse corpo. A partir
outros, porém, o volume varia, isto é, a de agora designaremos a massa de um corpo
mesma massa, submetida às condições pela letra M (maiúscula).
diferentes, ocupará também volumes Peso - Chamamos de peso a força com a
diferentes, o que significa que suas partículas qual a Terra atrai os corpos abandonados no
estarão mais próximas ou mais separadas. espaço, em direção á ela.
Nestes casos (os fluídos), falar em massa não Pressão - Quando uma força atua sobre
nos satisfaz. Necessitaremos saber qual a um determinado corpo, muitas vezes ela não
parcela de sua massa que ocupa determinado atua em determinado ponto, e sim, sobre todo
volume. o corpo. Neste caso, se considerarmos o valor
Densidade é, portanto, a quantidade de da parte desta força que atua sobre uma
matéria de um corpo que ocupa a unidade de determinada área unitária, teremos a pressão
volume. que esta força está exercendo sobre este
corpo.
D=M Sentido - É para que lado desta linha ele
Vol se desloca (ex.: de cima para baixo, da direita
para esquerda, etc.).
Direção- É a linha no qual se descola (ex.: Vetor - É toda grandeza que possui
horizontal, vertical). direção, sentido e intensidade.
Força – é qualquer causa que modifique o Volume- É a medida do espaço
estado de repouso ou de movimento retilíneo compreendido entre três distâncias
uniforme de um corpo. Neste caso esta força perpendiculares: comprimento, largura e
está destruindo a inércia do corpo. altura; seu valor será o produto destas três
Quando uma força age sobre um corpo, dimensões e designado por Vol; teremos
imprime a este uma aceleração. Vol=d3.
Quando maior for à força maior será a
aceleração, e quando maior for à massa deste
TEORIA DE VOO
TEORIA DE VOO
1 - Eixo :
2 - Eixo :
3 – Eixo :
Exercícios:
01- O escoamento, movimento dos fluidos, num considerado plano, pode ser:
a) reto e uniforme b) circular e uniforme
c) curvo e circular d) uniforme ou turbilhonado
02- A pressão que é exercida pelo ar, em todos os corpos na atmosfera terrestre é chamada de:
a) pressão de impacto b) pressão dinâmica
c) pressão estática d) pressão hidráulica
03- O teorema que provou que quando a velocidade de um fluido em escoamento aumenta, há
redução da pressão estática foi enunciado por:
a) Newton b) Venturi
c) Bernoulli d) Einstein
07- A linha reta, que une o bordo de ataque com o bordo de fuga de urna asa, chama-se:
a) corda b) nervura
c) corda de piano d) longarina
09- O ângulo formado entre a corda da asa e a direção do vento relativo chama-se:
a) ângulo de incidência b) ângulo de diedro
c) ângulo de ataque d) ângulo de enflechamento
TEORIA DE VOO
Exercícios:
14 - O avião que tende a voltar ao equilíbrio, quando afastado de sua posição original, chama-se:
a) estaticamente estável b) estaticamente instável
c) estaticamente indiferente d) estaticamente neutro
15 - Para que um avião seja considerado seguro. em todas as condições de voo, é necessário
que:
a) seja estável dinamicamente b) seja estável horizontalmente
c) seja estável longitudinalmente d) todas as anteriores
16- Os eixos imaginários, onde atuam as forças que efetuam os movimentos num avião, cruzam-
se num ponto chamado de:
a) centro de gravidade (CG) b) centro de pressão (CP)
c) centro de traç5o (CT) d) centro de arrasto (CA)
17- As superfícies que proporcionam manobrabilidade a um avião em voo são chamadas de:
a) superfícies de arrasto b) superfícies de manobras
c) superfícies de movimento d) superfícies de comando
Exercícios:
26- A carga paga de urna aeronave é composta do peso dos pax's mais os pesos referentes à:
a) correio + bagagens
b) correio + bagagem + peso do avião
c) correio + bagagem + carga
d) correio + bagagem + combustível
TEORIA DE VOO
Exercícios:
28- Nas altas velocidades a que podem chegar as aeronaves a jato utiliza-se como instrumento
para medição de velocidade:
a) velocímetro b) Machimetro
c) altímetro d) giro direcional
FORMA E DIMENSÕES
365
NAVEGAÇÃO AÉREA
LONGITUDE DO ANTI-MERIDIANO: é
a longitude do meridiano oposto a 180º a um
ARCO: é a unidade de medida de um meridiano considerado.
ângulo cujo arco é de circunferência. Ex.: Long.A = 110º 32‟E, pede-se
Os círculos e os segmentos de círculos são Long. Anti = 180º- 110º 32‟
medidos em graus, minutos e segundos de Long. Anti = 179º 60‟-110º32‟
arco. Cada grau é dividido em 60 minutos, e Long. Anti = 069º 28‟W
cada minuto em 60 segundos.
366
NAVEGAÇÃO AÉREA
PONTOS COLATERAIS:
NORDESTE (NE)
SUDESTE (SE)
NOROESTE (NW)
SUDOESTE (SW)
368
NAVEGAÇÃO AÉREA
369
NAVEGAÇÃO AÉREA
PÓLO MAGNÉTICO
Uma agulha magnetizada, tendo o seu
RUMO: direção da rota. movimento restrito pela ação do campo
magnético terrestre, apontaria na direção de
OBS.: um avião que voa numa rota e tem uma linha chamada MERIDIANO
vento proveniente da direita. Terá que aplicar MAGNËTICO. Se a terra fosse perfeitamente
uma correção para a direita (proa maior que o simétrica e magneticamente homogênea,
rumo) para a esquerda (proa menor que o seus pólos magnéticos estariam em posições
rumo) opostas a 180 graus um do outro e seus
meridianos magnéticos seriam círculos
MAGNETISMO TERRESTRE máximos, passando por estes pólos. Este é,
A terra possui algumas das propriedades de no entanto o caso em que os meridianos
um imã em forma de barra, no entanto, seus magnéticos formam curvas irregulares. Além
magnéticos não são localizados nos pólos disso, os pólos magnéticos da terra não
geográficos, nem estão os dois pólos coincidem com os seus pólos geográficos. O
magnéticos localizados em posições opostas campo magnético dá origem aos meridianos,
uma da outra, ao longo de uma linha reta. O que são linhas irregulares impossíveis de
pólo norte magnético está localizado serem traçadas numa carta.
aproximadamente na latitude 73 graus N e 00
minuto e longitude 100 graus W e 00 minuto
sobre a linha Prince of Wales. O pólo sul
magnético está localizado na latitude 68 graus
S e 00 minuto e longitude 144 graus E 000
minuto sobre os continentes.
Os pólos magnéticos terrestres são como
um imã que podem ser considerados como se
fossem ligados por um determinado número
de linhas de força. Essas linhas resultam do
campo magnético e envolve a terra. Elas são
consideradas como emanando do pólo
magnético sul, e terminando no pólo
magnético NORTE.
Essas linhas de força são indicadas pela MAGNESTIMO TERRESTRE
direção que uma barra magnética assumiria É a propriedade natural de atração que a
quando estivesse livre para girar sobre o Terra possui independentemente de muitas
campo magnético terrestre. forças de atração natural. Existem na Terra
O campo magnético terrestre, segundo as dois pontos de maior acúmulo de atração: um
mais recentes experiências, é o resultado da no Hemisfério Sul e um no Hemisfério Norte.
irradiação ultravioleta do sol filtrada pela O centro de atração do Hemisfério Norte
atmosfera, que produz ao redor do campo está localizado na Ilha do Príncipe de Wales,
terrestre, fora da sua atmosfera, os chamados nas proximidades da Lat. 73º e 00 minuto N. e
Long. 100º e 00 minuto W. Formando o
371
NAVEGAÇÃO AÉREA
chamado Pólo
Norte Magnético (PNM). O Pólo Sul
Magnético (PSM) está localizado, mais ou
menos na Lat. 68ºe 00 minuto S e Log. 144º e
00 minuto. E concluem-se magnéticos não
são antípodas entre si, como é o caso dos
pólos N e S geográficos, e também não
coincidem com esses.
Mesmo não sendo antípodas os pólos
magnéticos exercem atração entre si.
BÚSSOLA
A bússola é um instrumento que se destina
a indicar direções magnéticas.
Toda a bússola está orientada para pólo
norte magnético.
Bússola magnética é uma barra de aço
imantada suportada livremente por um eixo no
centro, que permanece atraída pelo norte
magnético. É o tipo de bússola mais usado
em aviões de instrução. Orientada para o
norte magnético, a direção é lida na linha de
fé. No conjunto, há ainda umas barras
magnéticas, providas de parafusos
compensadores, que serve para compensar
DECLINAÇÃO MAGNÉTICA (DMG) os efeitos causados por influências
Sabendo – se que os pólos geográficos e magnéticas de objetos próximos á bússola.
magnéticos não coincidem, a separação entre
eles e o posicionamento dos lugares formam
ângulo entre si denominados declinação
magnética. Portanto declinação magnética é o
ângulo entre o norte verdadeiro, o norte
magnético e o posicionamento de um lugar. O
norte magnético muda de 8 em 8 anos.
A declinação magnética é representada em
uma carta por linhas tracejadas chamadas
linha agônica e linha isogônica.
LINHA AGÔNICA: é aquela cuja
declinação magnética é zero, não havendo
ângulo entre pólos. É também conhecida
como declinação nula. DESVIO DE BÚSSOLA
LINHA ISOGÔNICA: é aquela que, em Foi dito anteriormente que certos objetos
toda a sua extensão, tem o mesmo valor de próximos à bússola poderiam provocar erro.
declinação magnética. Além desses, há ainda a própria estrutura da
aeronave que, com seus parafusos de aço,
poderá influir na indicação das direções que
mesmo já compensadas, poderão causar
erros relacionados ao norte magnético e a
372
NAVEGAÇÃO AÉREA
INCLINAÇÃO MAGNÉTICA.
Nas cartas aeronáuticas que abrangem as
regiões polares, aparecem linhas traçadas
que unem pontos que tem mesma inclinação
magnética. A essas linhas, damos o nome de Trânsito do sol aparente – É a
isoclínicas. caminhada executada pelo sol médio com
uma velocidade constante, no período de 24
ESTUDO DO TEMPO – FUSOS horas.
HORÁRIOS
O dia sideral tem a duração aproximada de
Para se compreender bem o estudo do 23 horas, 56 minutos e 4 segundos de um
tempo e os fusos horários, devem-se levar em dia solar médio. O dia solar médio é medido
consideração os movimentos da terra: rotação com referência a uma estrela que tem
e translação. distância indefinida.
Na verdade a velocidade desenvolvida pela O ano bissexto foi criado para compensar a
terra no movimento de rotação não é diferença entre o dia sideral e o dia solar.
constante: em momentos mais acelerada, e
em outros mais lentos, entretanto, para efeito O dia solar – É medido com referência
do estudo do tempo, esse movimento é ao sol médio de 24 horas.
considerado como se a velocidade fosse
constante. Tempo é a medida de um período
definido.
Para o movimento real que a terra executa
em torno do sol (translação ou revolução), Hora verdadeira (local) – É a hora real
imagine-se que este seja executado pelo sol do sol verdadeiro.
no sentido de leste para oeste (WE), num
movimento aparente. Hora média (legal) – É aquela que se
Para fazer um estudo mais adequado de refere ao sol aparente ou fictício.
fusos horários, deve-se imaginar a terra
parada e o sol fazendo os movimentos em O sol descreve uma eclítica em seu
volta dela (movimento aparente). movimento aparente, com velocidade angular
constante, fazendo uma caminhada para o
Dessa maneira, o sol passa a assumir um hemisfério norte e depois para o hemisfério
movimento constante por isso é chamado de sul.
sol aparente, sol fictício ou sol médio.
Verificar- se facilmente que se os 360º de
arco que o sol executa em torno da superfície
terrestre para realizar uma volta completa são
necessárias 24 horas, podemos estabelecer
uma relação básica entre longitude e tempo.
Arco de longitude
373
NAVEGAÇÃO AÉREA
375
NAVEGAÇÃO
Exercícios :
2. Na teoria dos fusos horários o movimento de rotação da Terra de Oeste(W) para Este(E) resulta
num movimento:
a) Aparente do sol de Oeste para Este. c) Aparente do sol de Este para Oeste.
b) De rotação do sol em volta da Terra. d) De translação do sol em volta da Terra.
10. Num local de coordenadas geográficas 10º 40‟N e 075 º00‟E, são 03:00 HLE.
Qual a hora UTC?
376
NAVEGAÇÃO
Exercícios :
11. Em Greenwich são 22:00 hs. Qual a hora HLE num lugar de longitude 142ºE?
12. Num lugar de longitude 085ºW são 13:30 HLE. Qual a hora UTC?
13. No meridiano 135º W são HLO 13:30 horas. Qual a HLO no meridiano 047º W?
14. Sabendo-se que HLO 2330 horas do dia 18 de Janeiro na longitude 073º E, calcule data hora
UTC.
15. A Terra é considerada como uma esfera para fins de navegação, embora saibamos que existe
uma diferença de 43 km entre, seus diâmetros, sendo o menor deles, aquele no sentido:
17. As duas componentes básicas do sistema de Coordenadas Geográficas, que servem para
identificação de pontos na superfície da terra são:
377
NAVEGAÇÃO
Exercícios :
21. As distâncias angulares medidas a partir do plano do Equador em direção aos pólos, chamam-
se:
a) Latitude. c) Longitude.
b) Diferença de Latitude. d) Diferença de Longitude.
22. A distância angular, medida sobre um meridiano entre o Equador e um paralelo dado chama-se:
26. O arco, do equador compreendido entre o Meridiano de Greenwich e o Meridiano que contém
um ponto considerado na superfície, da terra, chama-se:
27. O circulo máximo que divide a Terra em duas partes iguais (hemisférios norte e sul) chama-se:
29. O arco de meridiano compreendido entre um ponto considerado na superfície da Terra e o Pólo
correspondente ao hemisfério onde se situa o ponto chama-se:
378
METEOROLOGIA
380
METEOROLOGIA
382
METEOROLOGIA
Convecção: processo de
transferência de calor por agitação das
moléculas. Uma vez aquecidas, as moléculas
modificam sua posição relativa e produzem
correntes. A convecção ocorre nos meios
fluídos (líquidos/gases). Podem ser correntes
ascendentes ou descendentes, correntes
convectivas.
383
METEOROLOGIA
Vapor os sentidos.
0% 1% 2% 3% 4% Para medir a pressão existe o
d‟água
UR 0% 25% 50% 75% 100% BARÔMETRO, inventado por Torricelli em
1643, que foi o barômetro de mercúrio.
Outro parâmetro muito importante na Vieram depois os outros, entre os quais os
medição da quantidade de água presente na barômetros metálicos ou aneróides.
atmosfera é a Temperatura do Ponto de A pressão atmosférica varia de acordo com
Orvalho que é a temperatura que o ar deve os seguintes parâmetros:
atingir para tornar-se saturado.
A umidade, a quantidade de Pressão x Altitude: são inversamente
água na atmosfera, altera sua proporcionais. Quanto maior é a altitude,
densidade. Da química temos o menor será a pressão, visto que diminui a
seguinte: quantidade de ar atmosférico. A pressão
diminui 1hPa a cada 30 pés.
Peso Molecular do Pressão x Temperatura: são
Nitrogênio: 28 inversamente proporcionais. Quanto
maior é a temperatura menor será a
pressão. Ar quente é mais leve que o ar
Peso Molecular do Oxigênio: frio.
32
Pressão x Densidade: são diretamente
Peso Molecular da água: 18 proporcionais. Quanto maior é a
densidade maior será a pressão. Quando
Como no Ar Úmido ocorre substituição de o ar é aquecido e sofre expansão, sua
moléculas mais pesadas por outras mais densidade também diminui. Um metro
leves, temos que o Ar Seco é mais pesado cúbico de ar quente é menos denso que
que o Ar Úmido. um metro cúbico de ar frio.
Densidade x Umidade: são inversamente Nos centros meteorológicos são traçados
proporcionais. Quanto maior a umidade, linhas que unem pressões iguais ao nível
menor será a densidade. médio do mar denominadas ISÓBARAS. Com
essas linhas é possível determinar:
HIGRÔMETRO: instrumento que mede
quantidade de vapor d‟ água na atmosfera. Sistemas fechados:
a) Alta Pressão (anticiclone)
CAPÍTULO VI - PRESSÃO b) Baixa Pressão (ciclone).
ATMOSFÉRICA
Sistemas abertos:
"É o peso da coluna de ar sobre a
a) Cristas ou Cunhas: sistemas abertos
superfície terrestre". Ela é exercida em todos
de alta pressão
b) Cavados: sistemas abertos de baixa
pressão.
Um local de Baixa Pressão é um local de
mau tempo, área de instabilidade, com muita
nebulosidade normalmente associada com
precipitações.
Um local de Alta Pressão é um local de
bom tempo, com pouca ou nenhuma
385
METEOROLOGIA
389
METEOROLOGIA
1. Aspecto físico;
Estratiformes: são aquelas que
Efeito Orográfico: o ar que flui contra apresentam um desenvolvimento horizontal
a encosta de uma montanha ou serra é acentuado, mas com pouca profundidade
elevado mecanicamente ao longo da encosta. vertical. São produzidas em ar estável e sem
Resfria por expansão à medida que se eleva, turbulência.
satura e forma nuvens orográficas. Estas Cumuliformes: são as que têm
nuvens sempre se formam do lado do vento pronunciado desenvolvimento vertical. São
(barlavento), o lado oposto é sempre livre de fruto de ar instável, com movimento
nuvens (sotavento). convectivo acentuado e turbulento.
2. Estrutura física;
Líquidas: são nuvens constituídas por
gotículas de água, formadas através da
condensação em baixas alturas, onde as
temperaturas tendem a ser positivas.
Constituem as nuvens baixas, exceto TCU e
CB.
Sólidas: são nuvens compostas por
cristais de gelo, formadas através da
sublimação, em alturas elevadas, onde as
temperaturas são negativas. Constituem as
nuvens altas.
Mistas: são nuvens constituídas tanto
por gotículas de água como de cristais de
Efeito Dinâmico: o resfriamento é gelo. Constituem as nuvens TCU, CB e as
semelhante ao anterior, com exceção do ar nuvens médias.
quente que, nesta situação, é levantado pelo
3. Estágio de formação;
avanço de ar mais frio, que em conseqüência
Os estágios de formação são definidos
esfria. Este processo que ocorre nos sistemas
em função das alturas médias das bases em
frontais.
que se formam as nuvens.
Baixa: de 30m a 2Km em qualquer
latitude. St, Sc, Cu e CB.
Média: de 2Km a 8Km nas latitudes
tropicais. De 2km a 7km nas latitudes
temperadas e de 2km a 4km nas latitudes
polares. Ns, As e Ac
390
METEOROLOGIA
Alta: acima das nuvens médias. Ci, suficientemente espessa, podendo ocasionar
Cc, Cs. Todas as nuvens altas não possuem precipitações intensas.
sombra própria e nem precipitam.
g) Stratus (St): nuvem baixa geralmente
associada a dissipação de nevoeiro. Pode
ocasionar precipitação na forma de chuvisco.
4. Gêneros;
h) Stratocumulus (Sc): nuvens
As nuvens são distribuídas em 10
esbranquiçadas que podem estar soldadas
gêneros exclusivos:
entre si ou apresentar aberturas nas áreas
mais finas. Caracteriza o fenômeno do
Equilíbrio Condicional (turbulência apenas
dentro da nuvem).
i) Cumulus (Cu) e TCU: nuvens
destacadas quase sempre densas e com
contornos bem definidos (base reta) que se
desenvolvem na vertical. A precipitação
associada é na forma de pancadas.
j) Cumulonimbus (CB): é a nuvem de
trovoada, sendo densa e pesada com
considerável dimensão vertical. Gera
relâmpagos e trovões podendo ser agravado
a) Cirrus (Ci): nuvens destacadas de por fortes pancadas de chuva e granizo.
aparência fibrosa. Indicam fortes ventos na
alta atmosfera (correntes de jato). Obs: TCU (tower cumulus ou cumulus
congestus) é uma espécie de grande
b) Cirrucumulus (Cc): nuvem fina e cumulus. As nuvens Cu, TCU e CB também
branca composta por pequenos grânulos são ditas nuvens de desenvolvimento vertical,
unidos ou separados. Indicam existência de dado a sua grande espessura.
turbulência em altos níveis.
As nuvens são uma expressão direta do
c) Cirrostratus (Cs): camada transparente processo físico que tem lugar na atmosfera.
e esbranquiçada que cobre parcialmente ou Uma descrição acurada dos tipos e
total o céu. São identificadas pelo fenômeno quantidades de nuvens tem uma importante
do Halo (anel luminoso ao redor do sol ou parte da análise do tempo, e a sua previsão.
lua). Se o piloto interpretar apuradamente o
d) Altocumulus (Ac): banco ou camada significado das nuvens ele será capaz de
de nuvens brancas ou cinzentas. Identificam evitar aquelas que são perigosas ao voo.
turbulência nos níveis médios, além de poder
gerar Virga (precipitação que não chega ao
solo).
CAPÍTULO X – NEVOEIROS E RESTRIÇÃO
e) Altostratus (As): lençol de nuvem de A VISIBILIDADE
aparência uniforme que pode cobrir
totalmente o céu. Pode gerar precipitação de O nevoeiro é como uma nuvem colada à
forma contínua. superfície. Está sempre associada a
f) Nimbustratus (Ns): camada de nuvem problemas da visibilidade. Os nevoeiros
cinza-escura de aspecto sombrio, também são conhecidos regionalmente como
neblina, ruço, sereno, cerração, etc., são
efeitos da condensação de grande
391
METEOROLOGIA
392
METEOROLOGIA
393
METEOROLOGIA
baixos níveis (até 2000 pés). Surge controlar a aeronave, que pode sofrer
associada às trovoadas, podendo danos estruturais irreparáveis.
ocorrer também devido frentes, brisas
marítimas e inversões de As reações de uma aeronave a turbulência
temperaturas. dependem do tamanho e peso dela, da
superfície das asas e da altitude de voo. O
conhecimento antecipado das regiões sujeitas
ao fenômeno ajudará a evitar ou minimizar o
desconforto e o perigo.
395
METEOROLOGIA
Cumulus ou desenvolvimento: é a
primeira fase do ciclo de uma trovoada,
embora nem toda nuvem cumulus cresça o
suficiente para gerar a tempestade. Podem
ocorrer alguma precipitação do tipo pancada e
apresentam formas rígidas e nítidas com
topos em crescimento e dentro delas há uma
predominância de correntes ascendentes.
396
METEOROLOGIA
398
METEOROLOGIA
399
METEOROLOGIA
TCU:
CB:
CU:
CI:
CC:
CS:
AC:
AS:
NS:
ST:
SC:
NVO:
NVS:
NVU:
PO:
QNE:
VFR:
IFR
400
METEOROLOGIA
Exercícios
CAPÍTULO I
1. Dos ramos da meteorologia abaixo aquele que pertence à meteorologia pura é:
a) agrícola b) industrial c) hidrológica d) climatológica
2. A fase da informação meteorológica que constitui a verificação visual e
instrumental das condições meteorológica denomina-se:
a) observação b) coleta c) análise d) exposição
3. Das alternativas abaixo, a que não pertence ao ramo da meteorologia aplicada é:
a) marítima b) agrícola c) industrial d) sinótica
4. Meteorologia é a ciência que estuda os fenômenos que ocorrem na:
a) litosfera b) atmosfera terrestre c) água d) mesosfera
CAPÍTULO II
5. A latitude compreendida entre o trópico e o círculo polar denomina-se:
a) ártica b) temperada c) tropical d) equatorial
6. Os dois instantes do ano em que o Sol incide exatamente sobre a linha do
Equador denominam-se:
a) solstícios b) eclípticas c) equinócios d) latitudes
7. Com a Terra na posição dos equinócios temos:
a) primavera ou outono b) verão no H.S c)inverno no H.S d) afélio
8. O movimento que a Terra faz em torno de seu próprio eixo, responsável pelos dias
e noites chama-se:
a) rotação b) translação c) revolução d) eclíptica
CAPÍTULO III
9. A absorção de radiação perigosa à vida tem início na camada:
a) exosfera b) ionosfera c) tropopausa d) estratosfera
10. A Troposfera, camada mais baixa da atmosfera se estende, sobre o equador, até
cerca de:
a) 60 km. b) 500 km. c) 7 a 9 km. d) 17 a 19 km.
11. Em que camada da atmosfera ocorre a maioria dos fenômenos meteorológicos?
401
METEOROLOGIA
CAPÍTULO IV
15. Durante o dia a temperatura do solo aumenta pelo processo de:
a) radiação solar b) convecção c) radiação terrestre d) advecção
16. O processo de transferência de calor a distância, sem contato entre os corpos, é:
a) radiação b) advecção c) convecção d) condução
17. Advecção é:
a) transporte de calor pelas correntes de ar;
b) transporte vertical de calor na atmosfera;
c) transporte de calor molécula a molécula;
d) transporte horizontal de calor na atmosfera.
18. Quando a temperatura aumenta com a altitude temos:
a) inversão térmica b) isotermia c) saturação d) gradiente negativo
CAPÍTULO V
19. Quando a atmosfera possui 1% de vapor d‟ água, a umidade relativa é:
a) 25% b) 50% c) 75% d) 100%
20. Quanto mais próximos estiverem os valores da Temperatura do Ar e Temperatura
do Ponto de Orvalho temos:
a) ar mais seco b) ar mais úmido c) menor umidade d) menor precipitação
21. A passagem do vapor d‟ água diretamente para o estado sólido é:
a) fusão b) congelação c) sublimação d) condensação
22. Qual das alternativas abaixo apresenta fenômenos que precipitam.
a) Geada, neve, granizo
b) Chuva, chuvisco, neve
c) Orvalho, chuva, nevoeiro
d) Geada, orvalho, chuvisco
CAPÍTULO VI
23. Cavado é um sistema de pressão:
a) alta e aberto b) baixa e fechado c) alta e fechado d) baixa e aberto
402
METEOROLOGIA
CAPÍTULO VII
27. A distância vertical que separa uma aeronave no nível do mar é:
a) altura b) elevação c) altitude d) nível
28. Considerando o Gradiente Térmico Padrão, se a temperatura à superfície for de
22°C, quanto seria a temperatura à 5000 pés?
a) 10°C b) 12°C c) 08°C d) 32°C
29. Considerando o Gradiente Bárico Padrão, se a pressão ao nível do mar for de
1020hPa, quanto seria a pressão a 6000 pés?
a) 200hPa b) 1220hPa c) 820hPa d) 720hPa
30. A temperatura padrão (ISA) ao nível do mar equivale a:
a) 10º C b) 12º C c) 15º C d) 25º C
CAPÍTULO VIII
31. A camada de fricção estende-se da superfície até a altura de:
a) 100m b) 200m c) 600m d) 2000m
32. O vento é considerado de rajada quando a velocidade máxima excede a
velocidade média em:
a) 5kt ou mais b) 8kt ou mais c) 10kt ou mais d) 15kt ou mais
33. O efeito de coriolis é consequência do (a):
a) afastamento da Terra
b) precipitação da Terra
c) inclinação da Terra
d) rotação da Terra
403
METEOROLOGIA
CAPÍTULO IX
35. Camada de nuvem com base no estágio médio, com bastante precipitação,
sem turbulência e com grande espessura:
a) Cs b) Ns c) Sc d) St
36.Nuvem associada ao fenômeno do Halo é:
a) As b) Ci c) Cs d) Cc
35. Das nuvens abaixo, aquela cuja constituição física é exclusivamente de cristais de
gelo:
a) Ci b) As c) Ac d) CB
36. São nuvens estratiformes:
a) Ns, Cs, Cc, Ac
b) Ci, Cc, Ac, Sc
c) As, Ns, Cc, Cu
d) Ns, St, As, Cs
CAPÍTULO X
37. Quando a atmosfera está com coloração avermelhada e a umidade relativa é de
70%, o fenômeno que restringe a visibilidade é:
a) Chuvisco b) Nevoeiro c) Névoa-úmida d) Névoa-seca
38. Quando da ocorrência de um nevoeiro poderemos ter:
a) Visibilidade de 1200m
b) Ar seco
c) Temperatura do ar igual a temperatura do ponto de orvalho
d) Umidade relativa de 80%
CAPÍTULO XI
39. A turbulência dinâmica provocada pelo deslocamento de massas de ar é:
a) frontal b) convectiva c) windshear d) CAT
40. A turbulência causada pela corrente de jato é:
a) orográfica b) de superfície c) em ar claro d) térmica
41. A turbulência é classificada como leve quando uma aeronave sofre aceleração
vertical:
a) Menor que 0,2 g b) Menor que 0,5 g c) Menor que 0,6 g d) Menor que 0,8 g
CAPÍTULO XII
42. Com a aproximação de uma frente fria temos a seguinte característica:
a) A temperatura do ar diminui
b) A pressão diminui
c) A primeira nuvem que surge é o Altocumulus
d) Formação de nuvens estratiformes
404
METEOROLOGIA
CAPÍTULO XIII
44. As fases de uma trovoada são na ordem:
a) Cumulus, desenvolvimento, dissipação
b) Cumulus, maturidade, cumulonimbus
c) Cumulus, cumulonimbus, dissipação
d) Cumulus, maturidade, dissipação
45. Dos fenômenos abaixo indique aquele relacionado com uma trovoada.
a) Anticiclone b) Névoa-seca c) Brisa marítima d) Vento de rajada
46. Na fase de cumulus uma trovoada pode possuir a seguinte característica:
a) Predominância de correntes ascendentes
b) Fortes pancadas de chuva
c) Equilíbrio entre correntes ascendentes e descendentes
d) Início dos primeiros relâmpagos
CAPÍTULO XIV
47. Gelo misto é a combinação de:
a) geada e gelo opaco
b) gelo claro e cristal
c) gelo opaco e amorfo
d) gelo claro e escarcha
48. A formação de gelo possível ocorrer em Altostratus com temperatura de -9°C é:
a) Geada b) escarcha c) gelo claro d) gelo branco
49. Uma característica da formação do gelo claro é:
a) As gotículas são maiores
b) O congelamento é instantâneo
c) Típico de nuvens estratiformes
d) Desprende-se com facilidade
405