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As habilidades de uma criança autista podem ser altas ou baixas, dependendo tanto do
nível de coeficiente intelectual, como da capacidade de comunicação verbal.
1. As reações da criança autista e seu ambiente e meio social. Fala-se que o autista é
assim porque não recebeu afetividade quando era pequeno. Que teve pais distantes, frios
e demasiadamente intelectuais.
Uma criança autista tem um “olhar que não olha”, mas que traspassa. No lactante, pode-
se observar um balbuceio monótono do som, balbuceio tardio, e uma falta de contato
com seu ambiente, assim como de uma linguagem gestual. Não segue a mãe e pode
distrair-se com um objeto sem saber para que serve.
Na etapa pré-escolar se mostra estranho, não fala. Custa-lhe assumir-se e identificar aos
demais. Não mostra contato de forma alguma. Podem apresentar condutas agressivas
inclusive consigo mesma. Outra característica do autismo é a tendência a realizar
atividades de maneira repetitiva. A criança autista pode dar voltas como um pião, fazer
movimentos rítmicos com seu corpo tal como agitar os braços.
Os autistas com alto nível funcional podem repetir os comerciais de televisão ou realizar
rituais complexos ao deitar-se para dormir. Na adolescência, fala-se que 1/3 dos autistas
podem sofrer ataques epiléticos o qual se faz pensar em uma causa nervosa.
Existe tratamento?
A educação especial é o tratamento fundamental e pode dar-se na escola específica ou
na dedicação muito individualizada. Pode-se recorrer à psicoterapia ainda que os
resultados sejam escassos devido a que o déficit cognitivo e da linguagem dificultam a
terapêutica. O apoio familiar é de grande utilidade. Os pais devem saber que a alteração
autista não é um transtorno relacional afetivo de criança.
Deve-se considerar também o tratamento farmacológico, que deverá ser indicado por
um médico especialista.
O autismo não tem cura. É uma síndrome que definiu, em 1943, um psiquiatra de
origem austríaca chamado Leo Kanner. Hoje em dia, 50 anos depois, ainda não se
conhecem as causas que originam essa grave dificuldade para relacionar-se.
Os pais que suspeitam que seu filho pode ser autista, devem consultar um pediatra para
que os indiquem um psiquiatra de crianças e adolescentes, que podem diagnosticar com
certeza o autismo, seu nível de gravidade e determinar as medidas educacionais
apropriadas. O autismo é uma enfermidade, e as crianças autistas podem ter uma
incapacidade séria para toda a vida. No entanto, com o tratamento adequado, algumas
crianças autistas podem desenvolver certos aspectos de independência em suas vidas.
Os pais devem animar seus filhos autistas para que desenvolvam essas habilidades que
fazem uso dos seus pontos fortes de maneira que se sintam bem consigo mesmos. O
psiquiatra, além de tratar a criança, pode ajudar a família a resolver o stress; por
exemplo, pode ajudar aos irmãozinhos, que possam sentir-se ignorados pelo cuidado
que requer a criança autista, ou que se sintam constrangidos de levarem seus
amiguinhos à casa. O psiquiatra de crianças e adolescentes pode ajudar aos pais a
resolverem os problemas emocionais que surjam como resultado de conviver com uma
criança autista, e orientá-los de maneira que possam criar um ambiente favorável para o
desenvolvimento e o ensino da criança.
Para educadores:
O que é Autismo?
As características mais comuns, porém não cruciais da síndrome, incluem: falta de contato
visual, o distanciamento social, dificuldade em expressar as necessidades verbalmente, a
repetição de palavras ou frases, e a resposta inapropriada ou diferente a estímulos sensoriais.
É importante ter em mente que há uma mudança nos comportamentos ao longo do tempo
quando a criança se desenvolve e aprende.
Não foi ainda identificada uma causa específica, embora o autismo parece ter uma base
genética. Técnicas de suporte especializadas, treinamento e, principalmente, a intervenção
precoce pode ajudar a dar aos indivíduos com autismo as ferramentas necessárias para que
eles levem uma vida significativa e produtiva.
Fonte: Powers, M. D. (2000). Crianças com Autismo: Um Guia dos Pais. (2 ª Ed). Bethesda,
MD: Woodbine House.
Educação inclusiva significa que cada criança tem a oportunidade de aprender em escola de
sua escolha. Todas as crianças são bem-vindas para a escola e irão aprender juntas em uma
sala de aula regular.
A educação inclusiva se concentra na implementação das melhores práticas para crianças com
necessidades especiais dentro da sala de aula regular. Dentro de salas de aula inclusivas,
todas as crianças tem a oportunidade de interagir e aprender com seus pares.
As pesquisas têm demonstrado que os colegas podem ajudar a ensinar habilidades sociais para
alunos com autismo. Para que isso aconteça, as atividades deverão ser devidamente
estruturadas; informação sobre autismo e como interagir com a pessoa autista tem de ser
disponibilizada aos colegas, e os professores têm que guiar ativamente as interações e
reforçar os esforços de interação entre os alunos com autismo e seus colegas (Wagner, 1999).
Os colegas também se beneficiam por terem colegas com autismo em sala de aula. Quando os
colegas de crianças com autismo são educados sobre o autismo, e lhes é dada uma
oportunidade para atuar como tutores dos colegas / amigos, eles aprendem a aceitação e a
empatia, agem como modelos, e se tornam mais conscientes sobre os pontos fortes e fracos
de cada indivíduo.(Wagner, 1999).
Nos posts a seguir, estão incluídos uma variedade de planos de aula para ajudar os
professores a educar os alunos sobre autismo assim como conscientizar sobre pessoas com
necessiades especiais em geral. Como educador (a), você terá que julgar o nível de
maturidade da sua classe e ajustar as discussões e atividades propostas ao nível de
compreensão da turma. Por favor, lembre-se que não censurar perguntas e a honestidade nas
respostas na maioria das vezes ajudam os alunos a entender e ter empatia.
Fonte: Wagner, S. (1999). Inclusive Programming for Elementary Students with Autism.
Arlington, TX: Future Horizons, Inc.
Para crianças:
O que é Autismo?
Quando dizemos que uma pessoa tem autismo é porque o cérebro dela funciona de forma
diferente. Esta pessoa pode, em alguns momentos sentir e pensar de uma forma diferente da
nossa.
Mas, a pessoa com autismo pode gostar das mesmas coisas que nós, como ir à praia, correr,
pular e ter amigos. A pessoa com autismo pode ter alguns comportamentos que nós não
entendemos, mas ela só está procurando entender o mundo à volta dela de uma maneira
diferente da nossa. Algumas pessoas com autismo não conseguem falar, ou tem uma grande
dificuldade para expressar o que estão sentindo ou precisando, por isso, elas podem se sentir
frustradas e parecer que estão bravas.
As pessoas com autismo precisam muito da nossa ajuda e compreensão para poderem
aprender sobre nós e nós sobre elas, assim poderemos ser todos amigos e descobrir pontos de
vistas que jamais imaginaríamos.
Você pode ser amigo de uma pessoa com autismo! A pessoa com autismo nasce assim, é uma
pessoa que vê e sente as coisas de maneira diferente desde o nascimento, você não pega
autismo ou fica autista.
Planejamento Colaborativo
Como acontece com qualquer aluno, as crianças com autismo se beneficiam quando
professores e pais estão na mesma página e os esforços em casa e na escola são mútuos
(Organization for Autism Research, 2004). Antes do planejamento de uma aula, o professor
deve primeiro reunir-se com os pais para discutir a possibilidade de uma aula para a classe
sobre autismo. É importante incluir as idéias da família, e se for o caso, incluir também as
idéias do aluno sobre autismo. Explique porque você acredita que uma aula sobre autismo
beneficiaria os colegas e o aluno; e qual é o resultado esperado.
Com base no que a família espera, o professor pode planejar como fazer um plano de inclusão
específico para seu aluno em questão.
Abaixo estão listadas alguns componentes básicos para o planejamento de aula sobre
autismo:
1. Introdução
Aumentar a conscientização sobre a diversidade, as semelhanças e diferenças entre os
indivíduos
4. Sugestões
Fornecer aos colegas idéias específicas sobre a melhor maneira de como conhecer o aluno
com autismo e como eles podem ajudar o aluno com autismo durante o periodo escolar.
5. Discussões
Dê tempo para a discussão aberta ou perguntas.
Follow-up
Você pode perceber a mudança de atitude dos colegas. Certifique-se de reconhecer os
esforços dos alunos para apoiar a criança com autismo. Quando você ver os colegas usando as
estratégias que foram discutidas incentive e afirme que você está aberto a outras questões
que possam surgir.