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Moacyr Jaime Scliar nasceu em Porto Alegre, Estado do Rio Grande do Sul, no dia 23
de março de 1937. Filho de José e Sara Scliar, foi alfabetizado pela mãe, que era
professora primária.
O dia a dia de estudante de medicina inspirou a Scliar o seu primeiro livro, "Histórias
de um médico em formação", publicado em 1962. Foi o começo de uma brilhante
carreira como ficcionista, durante a qual publicou mais de setenta livros, divididos entre
romances, coletâneas de contos e crônicas, literatura infantojuvenil e ensaios. Seu
romance "O centauro no jardim", publicado em 1980, faz parte da lista dos 100
melhores livros de temática judaica dos últimos 200 anos, organizada pelo National
Yiddish Book Center (EUA).
Scliar conquistou diversos prêmios literários, como, por exemplo: três prêmios Jabuti
(nas categorias “romance” e “contos, crônicas e novelas”); o Prêmio da Associação
Paulista dos Críticos de Arte, em 1989, na categoria “literatura”; e o Casa de las
Americas, em 1989, na categoria “conto”. Seus livros foram traduzidos em inúmeros
países, como Inglaterra, Rússia, República
Tcheca, Eslováquia, Suécia, Noruega, França, Alemanha, Estados Unidos, Holanda,
Espanha, entre outros.
Moacyr Scliar escreveu para os jornais "Zero Hora" e "Folha de São Paulo", teve livros
adaptados para o cinema e, em 2003, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras. Na
opinião do escritor Luiz Antônio Assis Brasil, “cada leitor da obra do Scliar tem seu
gênero preferido. Mas todos reconhecem nele, acima de tudo, seja na ficção, no ensaio
ou na crônica, um estilo altamente humanista, que o torna dono de valores universais”.
Principais Prêmios:
Prêmio da Academia Mineira de Letras (1968), Prêmio Joaquim Manuel de Macedo
(Governo do Estado do Rio, 1974), Prêmio Cidade de Porto Alegre (1976), Prêmio
Érico Veríssimo de romance (1976); Prêmio Brasília (1977), Prêmio Guimarães Rosa
(Governo do Estado de Minas Gerais, 1977); Prêmio Associação Paulista de Críticos de
Arte (1980); Prêmio Jabuti (1988, 1993, 2000 e 2009); Prêmio Casa de Las Américas
(Cuba, 1989) pelo livro A Orelha de Van Gogh; Prêmio PEN Clube do Brasil (1990),
Prêmio Açorianos (Prefeitura de Porto Alegre, 1997 e 2002). Seu romance A Majestade
do Xingu, que narra a história de Noel Nuttles, também judeu e médico sanitarista, além
de renomado indigenista, recebeu o Prêmio José Lins do Rego, da Academia Brasileira
de Letras (1998); Prêmio Mário Quintana (1999); Prêmio Jabuti (2009) por "Manual da
paixão Solitária".
Referências:
http://www.academia.org.br/academicos/moacyr-scliar/biografia
https://educacao.uol.com.br/biografias/moacyr-scliar.htm