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4. MONOPÓLIO
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i) Recursos de monopólio:
Uma empresa possui os recursos chave para a produção de
determinado produto. Por exemplo, a Aluminium Company of
America (Alcoa) deteve o monopólio no mercado de alumínio por
mais de 50 anos. Isto aconteceu porque ela controlava todas as
fontes de fornecimento de bauxita, que é a matéria-prima do
alumínio.
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A tecnologia de produção destes serviços é de tal ordem que
uma vez incorridos os altos custos das instalações, a expansão da
produção por uma só firma (monopolista) irá reduzir os custos
médios. Consequentemente, para essas firmas caracterizadas como
“monopólio natural”, a estrutura de custos médios é decrescente
para toda a faixa relevante de produção1. Ou seja, à medida que se
aumenta a produção, os custos médios irão decrescer cada vez
mais, e isso só acontece nestas empresas inseridas neste caso
específico do monopólio natural.
Quando temos uma tecnologia de produção com a existência
de economias de escala, as empresas de fora do mercado sabem
que não poderão atingir os mesmos baixos custos de que desfruta o
monopolista porque, depois de entrar, cada uma teria uma fatia
menor do mercado e ainda teria que arcar com altíssimos custos
iniciais de implantação da firma.
Por fim, ressalto que, em algumas obras, a ocorrência de
economias de escopo, quando os custos totais de uma só empresa
são menores que os custos totais de várias empresas, também
representa barreiras à entrada e pode provocar o surgimento de
monopólios naturais.
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∃
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No monopólio, entretanto, a curva de demanda da firma será igual
à curva de demanda do mercado e a explicação é simples: a firma
monopolista é o próprio mercado. A produção da firma será a própria
produção do mercado, pois só existe uma firma no mercado! Assim, a
demanda enfrentada pela firma será a própria demanda do mercado.
Logicamente, sua curva de demanda individual será igual à curva de
demanda do mercado – que é negativamente inclinada.
A consequência mais importante desse fato é que, diferentemente
do que ocorre na concorrência perfeita, a receita marginal não será igual
ao preço. Na concorrência perfeita, o fator que faz com que a receita
marginal seja igual ao preço é justamente o fato de que a firma
individualmente é tomadora de preço e enfrenta uma curva de demanda
horizontal (perfeitamente elástica).
A firma é o próprio
Preços Demanda de mercado
mercado
Demanda para a
firma monopolista
E1 F
PE1 E1 PE1
E2
PE2
DFIRMA
DMERCADO
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haverá demanda para aquele nível de quantidades produzidas (QE2) ao
preço PE1, de modo que a firma não aumentará sua receita se decidir
aumentar a produção e manter os preços.
Para aumentar a produção e conseguir vendê-la, a firma
monopolista deve reduzir os preços. Isto acontece porque a curva de
demanda enfrentada pela firma (demanda individual) é a própria curva de
demanda do mercado, que é negativamente inclinada, indicando que
quanto maiores forem as quantidades demandadas, menores devem ser
os preços. É o que acontece no gráfico: para aumentar a produção de QE1
para QE2, e se manter na curva de demanda, a firma deve reduzir os
preços de PE1 para PE2 para que ainda haja demanda do produto.
Desta forma, cada produto adicional que a firma queira produzir
deve estar em um preço abaixo do que era praticado no nível de produção
imediatamente anterior. Isto quer dizer que, para vender mais (ir de QE1
para QE2), a firma deve reduzir o preço, indicando que a receita adicional
pela venda de seu produto adicional será inferior ao preço que era
praticado anteriormente. A conclusão a que chegamos é a seguinte:
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cada nível de produção, a Rmg encontrada seja menor que P. Isto trará a
seguinte consequência:
No monopólio, a curva da receita marginal estará abaixo e à
esquerda da curva de demanda da firma (que é igual à curva de
demanda do mercado – negativamente inclinada).
Se montarmos um gráfico típico, com os valores de P e Rmg no eixo
vertical e os valores de Q no eixo horizontal, veremos que a curva de
receita marginal possui o mesmo intercepto vertical da curva de demanda
e inclinação duas vezes maior.
P, Rmg
Curva de demanda da firma
Intercepto A (=demanda de mercado)
vertical
O B C
OB = OC/2 Q
OC
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Ou seja, justamente quando os consumidores são inelásticos aos preços,
ele não vai produzir, é isto mesmo?
Em primeiro lugar, devemos entender que quando falamos que o
monopolista não vai atuar quando a curva de demanda é inelástica, não
estamos falando que ele não produzirá qualquer mercadoria e
simplesmente se retirará do mercado quando EPD<1. Não é nada disto!
Estamos falando apenas que ele escolherá um nível de produção em que
a demanda seja maior ou igual a 01 unidade.
Como sabemos, em regra, a elasticidade preço da demanda varia
ao longo da curva de demanda (aula 00, figura 21). Assim, na prática, o
monopolista pode escolher com qual elasticidade da demanda ele irá se
defrontar. Veja a figura 12, que nos retrata uma demanda linear, assim
como foi explicado na aula 00, e, ao mesmo tempo, a curva da receita
marginal, com inclinação duas vezes maior (de tal forma que OM=OC/2):
P, Rmg
A
EPD > 1
EPD < 1
Rmg
Q
O M C
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Intuitivamente, podemos entender dessa maneira o significado da
proposição de que o monopolista não operará onde a curva de
demanda é inelástica: se !∀# <1, vendo a curva de demanda, notamos
que uma redução na produção fará o preço aumentar, o que aumentará a
receita2 e reduzirá o custo total3, fazendo com que os lucros4 aumentem.
Assim, qualquer ponto em que !∀# <1 é um ponto onde a empresa pode
aumentar os lucros. Ora, se é possível aumentar os lucros, então,
!∀# <1, obrigatoriamente, não pode ser um ponto de lucro máximo para
o monopolista. Se, quando !∀# <1, não temos lucro máximo; por
eliminação, isto significa que, necessariamente, a situação de lucros
máximos para o monopolista só pode ocorrer onde !∀# !1.
P, Rmg
A Cmg
PE
Demanda
Rmg
Q
QE
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Γ
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Nota ! a estrutura e as curvas de custos do monopolista são as mesmas
da firma em concorrência perfeita. Na verdade, as curvas de custo
estudadas na aula 03 se aplicam a qualquer estrutura de mercado.
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Ω
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P, Rmg,
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PE E
C
Cme
D
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P, Rmg,
Cme
Cme C
PE E
D
O
QE Q
!
Vimos anteriormente que !∀# ! ! ! ! !!Vimos também que o
!∀#
lucro é máximo quando Rmg=Cmg. Substituindo Rmg por Cmg na
expressão, obtemos:
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!∀# ! ! ! !
!∀#
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Trabalhando em termos do preço (P), obtemos:
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! ! !∀#
!
!!
!∀#
Ou,
!∀#
! !!
!
!!
!∀#
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Ζ
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Por exemplo, suponha uma firma que cobre R$ 5,00 por um
produto, sendo que o custo marginal é de apenas R$ 4,00. Se estivesse
em mercado competitivo, a firma seria obrigada a cobrar o preço igual ao
custo marginal, logo, teríamos preço igual a R$ 4,00 e não igual a R$
5,00. O mark up desse monopolista é o excesso do preço sobre o custo
marginal. No nosso exemplo, o mark up seria P/Cmg=5/4=1,25. Em
porcentagem, o mark up desta firma é de 25%, que é exatamente a
proporção do preço que está acima do custo marginal.
Se P/Cmg=1, então, percentualmente, dizemos que não há mark up
e o mercado é competitivo, pois P=Cmg. De forma análoga, se P/Cmg=2,
então, o mark up é de 100%, se P/Cmg=1,5, o mark up é de 50%.
Seguem as expressões algébricas para o mark up:
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!∀#∃!!∀ !
!∀#
!
!∀#∃!!∀ ! !
!
!!
!∀#
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! !! !
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4.7. A INEFICIÊNCIA DO MONOPÓLIO
P Cmg
Oferta=∑Cmg
PM
W A
E PE B
PE E
C
Z
M
Rmg
Demanda
Demanda
QE Q QM QE
a) EQUILÍBRIO NO MERCADO b) EQUILÍBRIO NO
COMPETITIVO MONOPÓLIO
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
∴
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Daí, podemos concluir que os mercados monopolistas não são
eficientes economicamente.8
A causa desta ineficiência reside no fato de o monopolista
cobrar um preço acima do custo marginal. Esta medida ineficiente faz
com que haja perdas para a sociedade como um todo. Se o governo
quiser melhorar a eficiência econômica deste mercado, ou aproximar o
resultado daquilo que seria verificado caso tivéssemos uma concorrência
perfeita, ele poderia impor a regra competitiva de formação de preços. No
entanto, o órgão regulador não pode impor tal essa regra de formação de
preços (onde preço igual ao custo marginal) indistintamente, em qualquer
caso. É claro que essa formação de preço (onde P=Cmg) segue os
preceitos da eficiência econômica, mas nem sempre será possível a um
órgão regulador impor isso ao mercado.
Em concursos públicos, o que mais aparece em prova sobre esse
assunto é o caso do monopólio natural, que veremos abaixo:
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Consequentemente, para essas firmas caracterizadas como “monopólio
natural”, a estrutura de custos médios é decrescente para toda a faixa
relevante de produção11. Ou seja, à medida que se aumenta a produção,
os custos médios irão decrescer cada vez mais, e isso só acontece nessas
empresas inseridas neste caso específico do monopólio natural.
Quando temos uma tecnologia de produção com a existência de
economias de escala, as empresas de fora do mercado sabem que não
poderão atingir os mesmos baixos custos de que desfruta o monopolista,
porque, depois de entrar, cada uma teria uma fatia menor do mercado e
ainda teria que arcar com altíssimos custos iniciais de implantação da
firma.
Adicionalmente, podemos estatuir também que, de modo geral, os
monopólios naturais apresentam custos marginais12 muito baixos,
bem próximos ou tendendo a zero para os níveis relevantes de
produção. Veremos por quê:
As indústrias de infraestrutura são exemplos de monopólio
natural. São tipos de indústrias que requerem altos custos de
implantação, assim como altos custos fixos. Veja o exemplo de uma
empresa de distribuição de água. Para levar água a toda uma cidade, a
empresa deve arcar com a rede de tubulações, estação de tratamento,
manutenção de toda a rede, etc. Uma vez que ela tenha toda esta
estrutura montada, o acréscimo de custo decorrente do acréscimo de
moradores a utilizar sua água é pequeno. Ou seja, o custo marginal
decorrente do aumento de produção13 é bastante pequeno. Assim, quanto
mais ela expande a sua produção, menor será o custo médio.
Vejamos outro exemplo: o transporte do metrô. Depois de
escavados todos os túneis, comprados todos os trens, montadas todas as
estações de metrô; o acréscimo de passageiros praticamente não gera
acréscimo de custo. Se o metrô transporta 100.000 pessoas, ou
transporta 150.000, o custo total é praticamente o mesmo. Assim, para
este tipo de indústria, o custo médio é decrescente. Isto é bem fácil de se
verificar algebricamente:
!∀#∃%!!∀!#∃
!∀#∃%!!∀#∃% !
!∀#∃%&∋#∋(!!∀#∃%&∋∃(
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∃∃
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!Ο;1/3!&!(1∗#+0&!∀#!,2&∀1Ε6&!5!&!∗#)∗&!;1#!.#4(2!∆⊥1(!,(2(!1∗!∗(/&2!+η∗#2&!∀#!2#)/∀+∋/()>!
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No caso do metrô, o acréscimo de passageiros (que, neste caso,
seria a nossa “quantidade produzida”) aumentaria a produção. Ao mesmo
tempo, tal acréscimo de passageiros quase não aumentaria o custo total
em termos proporcionais. Assim, teríamos um custo médio decrescente
com o aumento de produção. Tudo isto só é possível graças à existência
de custos marginais bastante baixos.
Quando tempos um monopólio natural, é muito melhor para o
mercado ter apenas uma firma produzindo. Nesse caso, uma só empresa
pode produzir qualquer quantidade de produto a um custo menor. Ou
seja, para qualquer quantidade dada de produto, um maior número de
empresas leva a uma menor produção por empresa e a um custo total
médio mais elevado.
Uma empresa que é um monopólio natural preocupa-se menos com
a entrada de novas empresas. Entrar em um mercado em que alguma
empresa detenha o monopólio natural não é interessante. As empresas
entrantes sabem que não poderão atingir os mesmos baixos custos de
que desfruta o monopolista porque, depois de entrar, cada uma teria uma
fatia menor do mercado.
Então, observe que o monopólio natural não é algo ruim. Ele é
a melhor maneira de se produzir quando há substanciais economias de
escala na produção (custos médios decrescentes). Você já imaginou uma
cidade tendo 10 empresas de metrô, ou 10 companhias de distribuição de
energia elétrica. É impossível, não?!
Observe, portanto, que o monopólio não é necessariamente
ruim, e nem sempre deve ser quebrado pelo governo. No caso do
monopólio natural, o governo deve regular a indústria, e não tentar
criar mecanismos de concorrência (isto é válido no caso do monopólio
natural).
O que costuma cair bastante em prova é a forma de regulação do
monopólio natural. Nós sabemos que o monopólio natural representa uma
falha de mercado: poder de mercado. Ao mesmo tempo, sabemos que um
dos objetivos da regulação econômica é justamente reduzir as falhas de
mercado, para aproximar os mercados do resultado ótimo da concorrência
perfeita.
Pois bem... sabemos também que a concorrência perfeita (mercado
eficiente) cobra preços iguais aos custos marginais (P=Cmg). Isto é a
origem de tudo. É esta igualdade que explica a eficiência econômica da
concorrência perfeita. Parece razoável, então, supormos que o órgão
regulador deve tentar impor um limite de preço ao monopolista natural,
fazendo com que este cobre preços iguais aos custos marginais.
No entanto, os custos marginais do monopolista natural são muito
baixos, tendendo a zero. Assim, se o preço cobrado pelo monopolista for
igual ao custo marginal, logicamente, a receita total do monopolista será
muito baixa, bem inferior ao custo total.
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Assim, se o regulador impõe o preço “socialmente ótimo” da
concorrência perfeita (P=Cmg) ao monopolista, ele preferirá
abandonar o mercado. Afinal, não fará sentido explorar a atividade
econômica, se não for possível obter pelo menos o lucro normal.
Neste caso, o regulador adotará uma solução regulatória que faça
com que a indústria regulada aproxime o preço dos custos médios, e não
dos custos marginais. Esta solução é adotada como uma política razoável
de determinação de preços para o monopólio natural.
COMENTÁRIOS:
Às vezes, o monopólio natural é a forma mais barata de produzir
determindo serviço. Isso ocorre devido às economias de escala e aos
custos afundados associados a determinadas atividades. Temos como
exemplo os serviços de energia elétrica, abastacimento de água, gás, etc.
Neste caso, não é objetivo da regulação coibir o monopólio, mas
sim regulá-lo, para que não haja abuso de poder.
GABARITO: ERRADO
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monopólios naturais como os que prevalecem no setor de
utilidades públicas, além de melhorar o bem-estar dos
consumidores, garante também lucros puros para as empresas
que operam nesses mercados.
COMENTÁRIOS:
A regra competitiva (regra da concorrência perfeita) de formação de
preços é aquela em que os preços são iguais aos custos marginais. Para
os monopólios naturais, os custos marginais são bem baixos (tendem a
zero), inferiores aos custos médios.
GABARITO: ERRADO
COMENTÁRIOS:
A presença de economias crescentes de escala é condizente com a
existência de monopólios naturais e não tem relação com pressões
competitivas.
GABARITO: ERRADO
COMENTÁRIOS:
A produção de serviços de transporte de massa é um monopólio natural,
como economias escala, se caracterizando pelo custo marginal bastante
baixo.
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custo marginal é menor que o custo médio.
GABARITO: ERRADO
COMENTÁRIOS:
Nos monopólios naturais, nós temos a existência de economias crescentes
de escala onde há um elevado custo inicial de implantação da estrutura
produtiva. Depois de pronta toda a estrutura, os custos marginais são
zero (ou quase zero). Imagine um caso de monopólio natural, por
exemplo, a companhia de energia elétrica da sua cidade. Depois de
implantada a estrutura produtiva, o custo marginal de prover energia
elétrica a mais um consumidor será muito baixo ou até mesmo nulo, uma
vez que a rede elétrica, geradores, enfim, já está tudo instalado. Assim,
se a firma do monopólio natural resolver cobrar o preço igual ao custo
marginal, ela cobrará um preço excessivamente baixo ou até mesmo
nulo. A possibilidade de haver prejuízo cobrando preços excessivamente
baixos é grande.
GABARITO: CERTO
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vende os mesmos bens por preços diferentes. Duas unidades de um bem
são as mesmas quando têm a mesma qualidade e o mesmo custo. Se um
cinema vende ingressos por dois preços diferentes (um para estudantes,
e outro para não estudantes), temos um exemplo de discriminação. Por
outro lado, se o preço mais alto da carne na região Norte do país reflete o
custo adicionado do transporte, isso não é um caso de discriminação de
preço.
Veja que aqui no Estratégia Concursos praticamos a política de
discriminação de preços (apesar de não sermos monopolistas no
mercado). A tática de oferecer descontos aos alunos VIP do Eu Vou Passar
é uma política de discriminação de preços, onde se cobra preços
diferentes para o mesmo produto, baseado no grau de fidelidade que os
consumidores possuem com o site do Eu Vou Passar.
Há três tipos mais comuns de discriminação de preços: de primeiro
grau (ou discriminação perfeita), de segundo grau e de terceiro grau.
A discriminação de primeiro grau ou discriminação perfeita
de preços ocorre quando o monopolista consegue vender cada
unidade ao preço máximo (preço de reserva14) que os
consumidores estão dispostos a pagar por ela. Suponha, por
exemplo, que a demanda de um bem produzido pelo monopolista seja:
Q = 10 – P
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excedentes, podemos concluir que, ocorrendo discriminação
perfeita de preços, o monopólio será um mercado eficiente
economicamente, pois o valor total dos excedentes continua igual
àquele que seria verificado em um mercado de concorrência perfeita.
Obs: se você não entendeu muito bem os dois parágrafos, não se
preocupe, pois ainda falarei nos próximos dias o que são excedentes do
consumidor e produtor, relacionando-os com a eficiência econômica.
Veja que a discriminação perfeita é o sonho de qualquer
monopolista: vender os seus produtos a preços diferentes, sendo que
estes preços são exatamente os valores máximos que os consumidores
estão dispostos a pagar. Obviamente, a discriminação perfeita é uma
abstração teórica. É raríssima de ser verificada na prática, uma vez que
os clientes não entram nas lojas com placas avisando o preço máximo
que estão dispostos a pagar. Talvez o caso mais próximo de uma
discriminação perfeita de preços seja o caso de profissionais liberais que
cobram preços diferentes de seus clientes. Por exemplo, advogados que
defendem réus notoriamente ricos, obviamente, cobram muito mais caro
do que se defendessem um réu com menos recursos.
A discriminação de segundo grau ocorre quando o monopolista
cobra um preço diferente, conforme a quantidade comprada por cada
consumidor. É o tradicional “se você comprar X, eu lhe dou o desconto de
Y”. Os descontos por quantidade são, em muitos casos, uma forma bem-
sucedida de discriminação de preços porque a disposição de um cliente
para pagar por uma unidade adicional diminui à medida que ele compra
mais unidades. Então, se você oferece descontos para unidades adicionais
compradas, isto pode fazer com que seu cliente aumente o consumo de
seu produto, aumentando, assim, os lucros do monopolista.
A discriminação de terceiro grau ocorre quando o monopolista
cobra preços diferentes de pessoas diferentes independentemente das
quantidades consumidas por essas pessoas. Ou seja, a empresa identifica
diferentes grupos de consumidores, fixando preços diferentes para cada
um destes segmentos.
Aqui a estratégia pode assumir variadas formas: dividir o mercado
entre velhos e jovens, consumidores habituais e eventuais, ricos e
pobres, etc. Por exemplo, neste tipo de discriminação, o monopolista
pode dividir o mercado em dois segmentos, na maioria das vezes, de
acordo com a elasticidade preço da demanda. Ele cobrará mais caro dos
consumidores cuja demanda seja mais inelástica e menos dos
consumidores cuja demanda seja mais elástica.
Por exemplo, quem compra passagens aéreas “em cima da hora”
geralmente paga mais caro, pois é um consumidor mais inelástico, que
está precisando viajar com urgência. Logo, a companhia aérea cobrará
um preço maior.
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Às vezes, uma firma cobra preços diferentes baseada apenas na
região onde está localizada. Em cidades grandes, as grandes redes de
supermercados cobram preços maiores de seus produtos em bairros de
classe alta, em virtude de os consumidores dessas regiões serem mais
inelásticos.
Quando não é possível separar os mercados para discriminar os
preços, existem ainda outras alternativas para as firmas com poder de
mercado aumentarem seus lucros. Uma delas é a cobrança de tarifa em
duas partes: cobra-se um preço de entrada e um preço de utilização.
Essa estratégia, por exemplo, é utilizada nos parques de diversão. Outra
alternativa é a venda em pacotes, onde se vende vários produtos
dentro de um pacote, extraindo as máximas disposições a pagar por parte
dos consumidores. Temos como exemplo os pacotes de viagem, onde são
vendidos as passagens de avião, a hospedagem, os passeios e até mesmo
a alimentação. Tudo isto é feito com o intuito de aumentar o possível
lucro do monopolista, tentando alcançar ao máximo a totalidade da
disposição a pagar dos consumidores.
Segue um resumo:
Discriminação 1º O monopolista vende diferentes unidades de
grau produto por diferentes preços e que os preços
podem diferir de pessoa para pessoa.
(perfeita)
O monopolista vende diferentes unidades de
produto por diferentes preços, mas cada pessoa
que compra a mesma quantidade de bens paga o
Discriminação 2º mesmo preço. Assim, os preços diferem no que
grau tange às quantidades compradas do bem, mas não
no que diz respeito às pessoas.
Ex: descontos por quantidade.
O monopolista vende a produção para pessoas
diferentes por diferentes preços, mas cada unidade
Discriminação 3º vendida a determinada pessoa é vendida pelo
grau mesmo preço.
Ex: descontos para estudantes, idosos, etc.
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eficiência econômica do mercado. Digo em regra pois nem sempre isto
acontecerá e cada situação deve ser examinada detalhadamente.
Para fins de prova, você pode entender que a discriminação perfeita
conduz o monopólio à eficiência econômica. As outras discriminações de
preços, em regra, tendem a melhorar a eficiência econômica, mas isto
não acontecerá sempre. Lembro vocês que a eficiência econômica é um
critério “sem alma”. Não leva em conta quaisquer aspectos envolvendo
equidade. Assim, por exemplo, a discriminação perfeita de preços é
eficiente simplesmente porque não há desperdício de excedentes, apesar
de que todo o excedente do mercado fica em poder do produtor, e nada
de excedente fica com o consumidor.
P P
Cme
Cme
P* Demanda Demanda
P*
EME Q EME Q
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Assim, a escala mínima de eficiência acaba funcionando como
um fator que influenciará a estrutura de mercado vigente. Quanto
maior for a EME, maior será a probabilidade de o mercado operar
segundo a maneira monopolista, havendo, portanto, poder de mercado.
Quanto menor for a EME, maior será a probabilidade de o mercado operar
segundo regras competitivas, semelhante à concorrência perfeita.
Bem.. terminamos o monopólio! Não é tão fácil assim, concorda!?
Acho que este tópico merece um resumo, para facilitar a organização das
ideias:
Resumo do monopólio
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• A discriminação de preços de primeiro grau (ou discriminação
perfeita) ocorre quando o monopolista consegue cobrar
exatamente o preço que o consumidor está disposto a pagar.
Nesta discriminação, o mercado não perde eficiência, pois toda
a perda de excedente do consumidor é capturada pelo produtor
(não há perda líquida de excedentes);
COMENTÁRIOS:
Em qualquer mercado, o lucro é maximizado quando Rmg=Cmg.
GABARITO: CERTO
COMENTÁRIOS:
Em razão da heterogeneidade dos demandantes de crédito, os bancos
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
∃Ω
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podem cobrar juros diferentes de cada tipo cliente. Clientes propensos a
pagar mais, ou mais necessitados de realizar empréstimos pagariam
juros maiores; clientes menos propensos a pagar ou menos necessitados
pagariam juros menores.
GABARITO: CERTO
COMENTÁRIOS:
A primeira parte da assertiva é correta: as empresas monopolistas fixam
seus preços acima dos cursos marginais. No entanto, a segunda parte é
errada, pois o monopolista só atua na parte ELÁSTICA (quando Epd≥1)
da curva de demanda com a qual ele se confronta. Em outras palavras,
ele nunca atua na parte inelástica da curva de demanda.
GABARITO: ERRADO
COMENTÁRIOS:
Esta questão deve ficar bastante clara para o estudante: a presença de
economias crescentes de escala é condizente com a existência de
monopólio naturais. Como tal situação ocasiona o surgimento de
monopólio natural, logicamente, ela não tem relação com pressões
competitivas, é justamente o contrário: tem relação com pressões
“monopolísticas”.
GABARITO: ERRADO
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COMENTÁRIOS:
!∀#
No monopólio, ! ! ! ! . Assim, percebe-se que, quanto mais inelástica
!!
!∀#
a demanda (menor a Epd, levando-se em conta que o valor mínimo de
Epd será 1, tendo em vista que o monopolista não atua quando Epd<1),
maior será o preço do monopolista.
GABARITO: CERTO
COMENTÁRIOS:
Medimos o poder de monopólio por meio do índice de Lerner (L):
!
! !!
!∀#
GABARITO: CERTO
COMENTÁRIOS:
Esta questão misturou temas de micro e macroeconomia. Para
entendermos a resposta, devemos saber o que é inflação de custos: é a
inflação provocada pelo aumento dos custos do produtor. O mark up é a
margem de preço acima do custo marginal. Percebe-se, então, que o
mark up não representa um aumento dos custos do produtor, mas tão
somente um aumento nos seus lucros, já que ele vende o produto acima
do custo marginal. Desta forma, o mark up não guarda relação com a
inflação de custos.
GABARITO: ERRADO
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A fixação de preços mais elevados em um mercado no qual a
demanda é maior é consistente com um comportamento
maximizador de lucros por parte de um monopolista que pratica
discriminação de preços.
COMENTÁRIOS:
Um monopolista discriminador cobrará mais caro dos consumidores que
cuja demanda seja mais inelástica. Nesse sentido, a discriminação de
preços do monopolista não guarda relação com o tamanho da demanda,
mas sim com a sua elasticidade. Se a demanda é maior, naturalmente, o
preço de equilíbrio será maior (sem a necessidade de haver
discriminação de preços), tendo em vista a que curva de demanda estará
mais alta e à direita. Então veja que o fato da demanda ser maior já
implica naturalmente preços mais elevados dos produtos, sem haver
discriminação de preços.
Entao, repetindo, a discriminação de preços do monopolista implica a
cobrança de preços mais elevados sobre o grupo de consumidores cuja
demanda seja mais inelástica, não tendo relação com o tamanho da
demanda.
GABARITO: ERRADO
COMENTÁRIOS:
As bibliotecas das universidades precisam de periódicos científicos, logo,
podemos dizer que elas constituem um grupo de consumidores bastante
inelásticos em relação àqueles produtos. A cobrança de assinaturas com
preços mais elevados destes consumidores guarda íntima relação com a
discriminação de preços. Assim, está incorreta a assertiva pois não
colide, mas coaduna-se com a existência de discriminação de preços.
GABARITO: ERRADO
COMENTÁRIOS:
Existem três tipos de discriminação de preços: primeiro, segundo e
terceiro graus.
Na discriminação de primeiro grau, o monopolista vende a mercadoria
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exatamente ao preço máximo que o consumidor está disposto a pagar.
Na discriminação de segundo grau, o monopolista discrimina preços de
acordo com a quantidade consumida da mercadoria.
Na discriminação de terceiro grau, o monopolista cobra preços diferentes
de pessoas diferentes independentemente das quantidades consumidas.
O mercado é dividido em vários segmentos, sendo cobrados preços
diferentes de cada segmento (jovens x velhos, homens x mulheres,
bairros pobres x bairros ricos, etc).
GABARITO: ERRADO
COMENTÁRIOS:
A escala mínima de eficiência relaciona-se com o padrão das economias
de escala, pois tem relação com a curva de custo médio. Então, a
primeira parte da assertiva está correta. Ao mesmo tempo, a EME
influencia a estrutura de mercado que prevalece na indústria. Quanto
maior o tamanho relativo da EME, menor é a probabilidade de haver
concorrência no mercado, e vice-versa.
GABARITO: ERRADO
COMENTÁRIOS:
A ineficiência do monopólio não decorre propriamente do preço ser
elevado, mas sim do fato de o preço ser maior que o custo marginal.
Assim, mesmo que o preço seja em um baixo valor, só o fato de ele ser
maior que o custo marginal é suficiente para atestar a ineficiência
econômica do monopólio (com exceção da situação de discriminação
perfeita de preços).
GABARITO: ERRADO
COMENTÁRIOS:
Em regra, a probabilidade de monopólios e oligopólios se perpetuarem no
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longo prazo é elevada. Essa é a regra geral, e isto acontece devido à
existência de barreiras à entrada nestes dois mercados. No entanto, a
assertiva possui uma armadilha. Existem alguns monopólios que se
perpetuam somente devido a leis que os garantam – são os monopólios
legais. A concessão de uma patente, por exemplo, é um exemplo de
monopólio legal. Desta forma, a assertiva é errada devido ao uso da
expressão “independentemente de leis que os garantam”.
GABARITO: ERRADO
COMENTÁRIOS:
O monopólio será ineficiente porque preços acima dos custos marginais,
e este é o motivo de sua ineficiência. Ademais, podemos, em teoria, ter
um monopólio eficiente economicamente, quando ele for um perfeito
discriminador de preços.
GABARITO: ERRADO
5. CONCORRÊNCIA MONOPOLÍSTICA
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como um todo. E se aproxima do monopólio na medida em que cada
firma, ao deter a exclusividade sobre o seu produto ou marca, possui
poder de monopólio. Obviamente, a quantidade de poder de monopólio
que a firma exerce depende de seu sucesso na diferenciação do seu
produto em relação aos das demais empresas. Essa mistura de
características da concorrência perfeita e do monopólio dá origem ao
termo “concorrência monopolística”.
A maioria das estruturas de mercado que vemos ocorrer na prática,
na vida real, encaixa-se perfeitamente no conceito de concorrência
monopolística. Em quase todos os setores econômicos (roupas, calçados,
alimentos, etc), temos muitas firmas, sem barreiras à entrada de novas,
e os produtos são diferenciados entre si. Essa diferenciação decorre do
fato de os consumidores enxergarem a marca de cada empresa com algo
diferente, distinguindo-as das outras marcas.
Por exemplo, a cerveja Bohemia é diferente da cerveja Kaiser, e tal
diferença está parcialmente no gosto, consistência, aroma, grau de dor de
cabeça com que se fica no dia seguinte a um porre, etc. Em razão disso,
alguns consumidores (apenas alguns!) estão dispostos a pagar alguns
centavos a mais pela latinha de Bohemia.
Mas veja que o poder de monopólio da cervejaria Bohemia sobre o
mercado é bastante limitado, pois os consumidores podem substituir
facilmente o seu produto por outras marcas (Antártica, Brahma), caso o
preço da Bohemia aumente. Embora os consumidores de Bohemia
estejam dispostos a pagar mais por ela, a grande maioria não pagará um
valor que seja muito maior. O típico consumidor deste produto paga até
R$ 0,25 a mais por latinha, mas provavelmente não pagaria R$ 1,00 a
mais. Para grande parte desses consumidores, cerveja é cerveja, de tal
maneira que as diferenças, apesar de existentes, ainda são pequenas
(ainda mais depois de vários copos tomados!).
Podemos concluir, então, que a curva de demanda enfrentada pela
firma em concorrência monopolística16 será bastante elástica, ficando no
meio termo entre a concorrência perfeita e o monopólio. Neste, a curva
de demanda da firma é igual à curva do mercado e possui inclinação
negativa. Na concorrência perfeita, a curva de demanda da firma é
perfeitamente elástica (uma reta horizontal).
Na concorrência monopolística, teremos um meio termo. Ou seja, a
curva de demanda da firma será negativamente inclinada, assim como no
monopólio, mas será com pouquíssima inclinação (bastante “deitada”),
indicando haver uma alta elasticidade da demanda17. Essa alta
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elasticidade é explicada pela existência de inúmeros produtos substitutos
que o consumidor pode adquirir.
A curva de demanda para a firma em concorrência monopolística
pode ser observada na figura 17, onde se percebe que a curva de
demanda da firma não é tão inclinada como no monopólio, mas também
não chega a ser horizontal como na concorrência perfeita.
Cme
D
Rmg
Quantidade
0 QE produzida (Q)
<3#?(≅,>,3()∋3Α∋+Β#!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!53!∀#!23!
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!
<3#?(≅,>,3()∋3Α∋+Β#(Χ(08+∋(65!
O LONGO PRAZO da concorrência monopolística:
A sistemática do equilíbrio de longo prazo da concorrência
monopolística é (quase) igual àquele visto na concorrência perfeita. Se,
no curto prazo, houver lucro econômico positivo como verificado na figura
17, haverá incentivo à entrada de novas empresas, uma vez que não há
barreiras à entrada. À medida que novas firmas são introduzidas, essa
empresa que está auferindo lucros econômicos perderá vendas e
participação no mercado, de modo que sua curva de demanda individual
será deslocada para baixo, como mostrado na figura 18.
R$
PLP=Cme Cme
D
No longo prazo, o preço é
igual ao custo médio, de
forma que teremos lucro zero. D
Rmg
Quantidade
0 QE produzida (Q)
<3#?(≅,>,3()∋3Α∋+Β#!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!59!∀#!23!
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<3#?(≅,>,3()∋3Α∋+Β#(Χ(08+∋(65!
Este fato nos obriga a dizer que a empresa monopolisticamente
competitiva opera com excesso de capacidade. Se você observar o
equilíbrio de longo prazo deste mercado, verá que a firma não se equilibra
no ponto de custo médio mínimo, como ocorre na concorrência perfeita.
Ou seja, a firma inserida em um mercado de competição monopolística é
incapaz de minimizar seu custo médio.
Desta forma, ela acaba se equilibrando ainda quando seu nível de
produção apresenta economias de escala (ramo descendente da curva de
custo médio) e isto quer dizer que ela poderia aumentar a produção e, ao
mesmo tempo, reduzir o custo médio. Em outras palavras, ela possui
instalações e máquinas que não estão sendo utilizadas ao máximo. Por
isso, elas operam com excesso de capacidade. Ou, em outras palavras,
elas operam com capacidade ociosa.
Também é importante ressaltar que na concorrência monopolística
o preço cobrado pelo produto é sempre maior que o custo marginal, de
forma diferente do que ocorre na concorrência perfeita, onde P=Cmg.
Aliás, o único mercado em que o preço cobrado é igual ao custo marginal
é a concorrência perfeita, em todos os outros, o preço cobrado é superior
ao custo marginal. Pelo fato de cobrar preços superiores ao custo
marginal, o mercado de concorrência monopolística é ineficiente
economicamente (assim como o monopólio também o é).
COMENTÁRIOS:
Na concorrência monopolística, o equilíbiro de longo prazo acontece
quando o lucro econômico é zero. Ademais, mercados organizados sob a
forma de concorrência monopolística não possuem barreiras à entrada.
GABARITO: ERRADO
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<3#?(≅,>,3()∋3Α∋+Β#(Χ(08+∋(65!
substanciais para as firmas que operam nesse tipo de mercado.
COMENTÁRIOS:
No longo prazo, o equilíbrio da concorrência monopolista acontece da
mesma firma que na concorrência perfeita: com as firmas obtendo lucro
econômico zero ou lucro normal.
GABARITO: ERRADO
COMENTÁRIOS:
A maior dificuldade da questão era relacionada ao Português, afinal, o
que significa “não-colusiva”? Operar de forma “não-colusiva” significa
operar de forma que não seja imprópria. Desta forma, está correta a
assertiva.
GABARITO: CERTO
COMENTÁRIOS:
A existência de produtos diferenciados (cada produtor possui o monopólio
de seu produto) é exatamente a característica que difere a concorrência
perfeita da concorrência monopolística.
GABARITO: CERTO
COMENTÁRIOS:
O mercado de lojas de vestuário dos Shopping Centers pode ser
enquadrado como concorrência monopolística. Como característica deste
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<3#?(≅,>,3()∋3Α∋+Β#(Χ(08+∋(65!
mercado, temos que, no longo prazo, as firmas são incapazes de
minimizar o custo médio. Por isso, dizemos que elas operam com
excesso de capacidade. Então, o excesso de capacidade decorre do fato
de elas não conseguirem minimizar o custo médio e não do fato de haver
poucos compradores (aliás, nem se pode falar que há poucos
compradores para este tipo de mercado de vestuário nos shopping
centers).
GABARITO: ERRADO
6. OLIGOPÓLIO
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<3#?(≅,>,3()∋3Α∋+Β#(Χ(08+∋(65!
consequência, as firmas maiores podem utilizar, por exemplo, uma guerra
de preços para expulsar novas firmas do setor.
A forma como as firmas oligopolistas irão organizar suas estratégias
de produção e precificação dos bens, na prática, pode conduzir o
oligopólio a resultados bem diferentes. Dependendo do caso, podemos ter
um oligopólio com um equilíbrio idêntico ao que seria visto na
concorrência perfeita (oligopólio de Bertrand). Por outro lado, também
podemos ter um oligopólio com um equilíbrio idêntico ao que seria visto
em um monopólio (conluio). Assim, veja que o resultado proveniente do
oligopólio dependerá muito da forma como as empresas interagem e
decidem suas estratégias de vendas e formação de preços.
Nós veremos os seguintes tipos de oligopólio:
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<3#?(≅,>,3()∋3Α∋+Β#(Χ(08+∋(65!
Assim, nós teremos um modelo em que as firmas competem
entre si alterando os preços (modelo de Bertrand), e outro modelo
em que as firmas competem entre si alterando as quantidades
(modelo de Cournot). Comecemos pelo modelo de oligopólio com
concorrência via quantidade (modelo de Cournot).
<3#?(≅,>,3()∋3Α∋+Β#!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!66!∀#!23!
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que o monopólio; e produzirá mais que o monopólio e menos que a
concorrência perfeita.
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resultado será o mesmo: reduções contínuas de preço até o ponto se
iguala preço ao custo marginal.
DEMANDA
Ramo elástico QUEBRADA
PE E
Ramo inelástico
Q
QE
O comportamento estratégico que justificaria este formato
quebrado da curva de demanda é o seguinte:
i. A partir do equilíbrio, com preço PE e produção QE, se o oligopolista
aumentasse o preço, ele não seria acompanhado pelos demais
oligopolistas. Assim, ele perderia parte importante do mercado para
os concorrentes. Ou seja, um aumento de preços acima de PE faria
com que ele enfrentasse uma demanda bem mais elástica (mais
horizontal) para os seus produtos.
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<3#?(≅,>,3()∋3Α∋+Β#(Χ(08+∋(65!
que a redução de preço seria acompanhada pelos concorrentes. Na
prática, os oligopolistas, ao reconhecer a interdependência de suas
decisões, não teriam explicações para que baixassem os preços.
De modo sucinto, este modelo descreve a característica da
rigidez de preços em setores oligopolizados, nos quais as empresas
se mostram relutantes em modificar os preços mesmo que os custos ou a
demanda sofram alterações.
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!∀#∃#%&∋()#%∗+,−∋(∗.(/0)!1(
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<3#?(≅,>,3()∋3Α∋+Β#(Χ(08+∋(65!
empresas em um oligopólio cooperam ativamente umas com as
outras, envolvem-se em um conluio.
A partir do conluio, nasce o cartel: uma organização de
empresas independentes que produzem bens similares e
trabalham juntas para aumentar os preços e restringir a produção.
Quando as empresas de um oligopólio estão organizadas sob um
cartel, ou quando realizam conluio para maximizar seus lucros em
conjunto, levando em conta sua dependência mútua, eles produzirão
quantidade e preço de monopólio, e obterão lucro de monopólio.
Assim, na prática, quando firmas oligopolistas entram em conluio,
em um cartel, na verdade, elas tomam suas decisões de produção como
se fossem uma só firma, monopolista do mercado. Desta forma, podemos
entender que um cartel nada mais é que um grupo de empresas que
se juntam em conluio para se comportar como um monopolista e
maximizar o lucro de todas elas, em conjunto.
Por fim, devemos ressaltar que o cartel na vida real possui algumas
dificuldades de ser implementado. A primeira delas, e mais óbvia, é a
própria proibição legal e regulação econômica que existe por trás dos
setores oligopolizados.
A segunda dificuldade é que a história nos mostra que sempre
haverá a tentativa de burla. Um membro do cartel, burlando o acordo
previamente estabelecido, pode tentar baixar os preços para aumentar a
sua participação no mercado, sem que os outros membros saibam. Enfim,
é sempre difícil administrar interesses financeiros em jogo, e geralmente
os cartéis são considerados organizações instáveis.
COMENTÁRIOS:
A hipótese básica do duopólio de Cournot é a de que a firma produzirá
com base na produção esperada de outra firma, e essa produção da
outra firma é tomada como um valor fixo.
GABARITO: ERRADO
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COMENTÁRIOS:
Realmente, no enigma de Bertrand, as empresas oligopolistas se
comportam como se estivessem em um mercado competitivo, mas não
há conluio, pelo contrário, há “guerra” de preços.
GABARITO: ERRADO
COMENTÁRIOS:
a) Incorreta. A concorrência em preços (Bertrand) é mais INTENSA que a
concorrência em quantidades (Cournot), pois naquela temos preços
iguais aos custos marginais, assim como acontece na concorrência
perfeita.
b) Correta.
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GABARITO: B
COMENTÁRIOS:
O reconhecimento de que as firmas oligopolistas podem aumentar os
seus lucros se se coalizarem leva à formação de cartéis, o que contraria o
regular funcionamento do mercado, tendo em vista que estes cartéis
podem trazer grandes perdas de bem estar à sociedade, na medida em
que podem determinar quase que unilateralmente a quantidade
produzida e o nível de preço do produto.
GABARITO: CERTO
COMENTÁRIOS:
Em primeiro lugar, o modelo da curva de demanda quebrada não é
exemplo de oligopólio colusivo (o cartel seria um oligopólio colusivo).
Ademais, a suposição é a de que, se uma firma elevar seus preços, suas
concorrentes NÃO farão o mesmo, o que favorecerá a estabilidade de
preços.
GABARITO: ERRADO
COMENTÁRIOS:
A rigidez de preços no modelo de curva de demanda quebrada ocorre
tanto para cima quanto para baixo. Ademais, não há tendência à
formação de cartel. A tendência é em relação à estabilidade de preços.
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<3#?(≅,>,3()∋3Α∋+Β#(Χ(08+∋(65!
GABARITO: ERRADO
COMENTÁRIOS:
Conforme foi explicado no tópico sobre discriminação de preços no
monopólio, a prática de discriminação de preços, em regra, eleva os
níveis de eficiência na econômica, reduzindo as perdas inerentes ao
monopólio. É bem verdade que a discriminação favorece somente aos
produtores, mas o fato é que os excedentes totais do mercado são
aumentados. Ou seja, em regra, a eficiência é aumentada quando há
discriminação de preços por parte do monopolista.
GABARITO: ERRADO
COMENTÁRIOS:
A assertiva está errada, pois é o contrário do que está lá: no modelo da
curva de demanda quebrada, as empresas oligopolistas defrontam-se
com uma curva de demanda que é mais elástica para preços superiores
àqueles que prevalecem no mercado e mais inelástica, non caso
contrário.
GABARITO: ERRADO
COMENTÁRIOS:
Nós vimos que as quantidades produzidas no equilíbrio de Cournot serão
inferiores àquelas produzidas no equilíbrio da concorrência perfeita
(competitivo) e superiores àquelas produzidas no equilíbrio de
monopólio. Com os preços, ocorrerá o inverso.
GABARITO: ERRADO
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<3#?(≅,>,3()∋3Α∋+Β#(Χ(08+∋(65!
COMENTÁRIOS:
Se duas empresas duopolistas fizerem uma coalisão (organizarem um
cartel), elas se comportarão como se fosse um monopolista. Conforme
vimos, a produção de um monopolista é inferior à produção de um
duopólio de Cournot.
GABARITO: ERRADO
COMENTÁRIOS:
Exatamente isso! O resultado do duopólio de Bertand é exatamente igual
àquele verificado na concorrência perfeita, onde temos preço igual a
custo marginal.
GABARITO: CERTO
COMENTÁRIOS:
Pelo que vimos no modelo de demanda quebrada, realmente, as
empresas do setor oligopolista enfrentam rigidez para baixo (e também
para cima), pois sempre tendem a não seguir aqueles que aumentam os
preços e a seguir aqueles que abaixam os preços. Veja que a lógica
correta foi invertida.
GABARITO: ERRADO
COMENTÁRIOS:
Os cartéis são instáveis. Ademais, não se pode dizer que os lucros caem
quando as empresas se comportam unilateralmente. Geralmente, o
comportamento unilateral que ocorre na burla do cartel é no sentido de
aumentar o lucro da empresa que está fazendo a burla.
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GABARITO: ERRADO
COMENTÁRIOS:
É exatamente a ideia do modelo de Stackelberg, onde temos uma
empresa líder, portanto, indicando que há o domínio de uma firma.
GABARITO: CERTO
COMENTÁRIOS:
O modelo de Stackelberg é um modelo de oligopólio em que a
concorrência ocorre na quantidades produzidas. Existe uma firma líder,
que define a quantidade produzida. A seguidora decide seu nível de
produção a partir da decisão tomada pela líder.
Quando temos um modelo de liderança nos preços, temos o modelo da
firma dominante.
GABARITO: CERTO
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LISTA DAS QUESTÕES APRESENTADAS
(continuação da lista da aula 04)
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!∀#∃#%&∋()#%∗+,−∋(∗.(/0)!1(
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2,#3&∋(4(566(78,9−:,9()!;<!.=∃>(
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colide com a existência de discriminação de preços no mercado dessas
publicações.
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2,#3&∋(4(566(78,9−:,9()!;<!.=∃>(
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41. (CESPE/Unb – Analista – STM – 2011) - Nos shopping centers, muitas
lojas de vestuário disputam a clientela desses centros de compras por
meio da diferenciação do seu produto. O fato de várias dessas lojas terem
poucos compradores ilustra o excesso de capacidade que caracteriza a
concorrência monopolística, o que não impede que esses
estabelecimentos, no longo prazo, minimizem seus custos médios.
!
42. (CESPE/Unb - Banco da Amazônia – 2010) - Um equilíbrio de Cournot
em um mercado oligopolista mostra que a produção de cada empresa
maximiza o seu respectivo lucro, sem considerar a produção de outras
empresas.
<3#?(≅,>,3()∋3Α∋+Β#!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!27!∀#!23!
!∀#∃#%&∋()#%∗+,−∋(∗.(/0)!1(
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<3#?(≅,>,3()∋3Α∋+Β#(Χ(08+∋(65!
47. (CESPE/Unb – Economista – Ministério da Saúde – 2009) - Em
oligopólios, verificam-se curvas de demanda quebrada por ocorrer rigidez
de alterações de preços somente para cima. Daí, a tendência de formação
de cartel.
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<3#?(≅,>,3()∋3Α∋+Β#(Χ(08+∋(65!
GABARITO
23 C 24 C 25 E 26 E 27 C 28 C
29 E 30 E 31 E 32 E 33 E 34 E 35 E
36 E 37 E 38 E 39 C 40 C 41 E 42 E
43 E 44 B 45 C 46 E 47 E 48 E 49 E
50 E 51 E 52 C 53 E 54 E 55 C 56 C
<3#?(≅,>,3()∋3Α∋+Β#!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!23!∀#!23!