Sie sind auf Seite 1von 67

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA

DO CEARÁ

COORDENAÇÃO DA INDÚSTRIA

JOSÉ JARDAS SARAIVA FERNANDES

ANÁLISE E PROJETO DE UM CONVERSOR CC-CC CÚK


PARA LED.

MARACANAÚ – CE
ABRIL/2018
JOSÉ JARDAS SARAIVA FERNANDES

ANÁLISE E PROJETO DE UM CONVERSOR CC-CC CÚK


PARA LED.

Parte manuscrita do Projeto de


Graduação do aluno José Jardas
Saraiva Fernandes, apresentado à
Coordenadoria da indústria do Instituto
Federal do Ceará, campus Maracanaú,
como requisito parcial para obtenção
do grau de Tecnólogo em Manutenção
Industrial.

Orientador: Prof. MSc. Luiz Daniel


Bezerra

Coordenador: Prof. Dr. Samuel Vieira


Dias

MARACANAÚ – CE
ABRIL/2018
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Ficha catalográfica elaborada pelo Bibliotecário
Luiz Carlos Silveira de Sousa - CRB-3/942

F363 Fernandes, José Jardas Saraiva.


Análise e projeto de um conversor CC-CC CÚK
para LED / José Jardas Saraiva Fernandes -- 2018.
66 f.

Monografia (Tecnólogo em Manutenção Industrial)


-- Instituto Federal de Educação Ciência e
Tecnologia do Ceará, campus Maracanaú, 2018.
Orientador: Prof. Me. Luiz Daniel Bezerra.

1.CONVERSOR CC-CC - PROJETO. 2.TECNOLOGIA DO


LED. 3.CONVERSOR CÚK. I.Título.

621.317
Sistema AutoCata(Desenvolvido por Cledson Oliveira)
SIBI/PROEN – Biblioteca Rachel de Queiroz – IFCE-Maracanaú
Dedico este trabalho a Francisco da Silva Fernandes (In memoriam) e Valdenia
Saraiva Fernandes, aqueles que sempre acreditaram em meu potencial e
trabalharam muito para eu chegar até aqui.
AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, principalmente, por ter me concedido paciência, inteligência


e me proporcionado forças para nunca desistir dos meus objetivos. A minha esposa
Danielly Fernandes pelo incentivo a nunca parar, sempre me encorajando a continuar
e me ajudando em diversas etapas desse trabalho. Ao meu professor Luiz Daniel pelo
acompanhamento e as devidas orientações e por ter cedido o laboratório para fazer
os devidos testes. Aos bolsistas do LPC Daniel Dias, Rosenberg Braga que me
ajudaram bastante na simulação e execução do projeto e a todos que de alguma forma
possibilitaram para a conclusão do desse trabalho. Ao meu irmão Gladson pela edição
de imagens e ao meu amigo Alisson monteiro pelas correções e de grande ajuda na
formatação do trabalho.
RESUMO

Este trabalho apresenta a simulação e projeto de um conversor CC-CC


abaixador não isolado de topologia Cúk em modo de condução continua com entrada
de 24V e saída de 12V em malha aberta, O objetivo é estudo dessa estrutura que é
usada como driver para lâmpadas de LED de alta eficiência para várias finalidades
este trabalho focará na aplicação automotiva, principalmente de veículos de grande
porte que possuem tensão de 24V. Também é mostrado as diversas etapas para o
desenvolvimento do sistema que vão de cálculos e especificação dos componentes
envolvidos, simulação, modelagem da PCB. O circuito construído foi projetado para
alimentação de uma carga de LEDs de 30W. Ao final desse trabalho será possível a
implementação prática para construção de um protótipo.

Palavra-Chave: Cúk, LED, Automotivo.


ABSTRACT

This work presents the simulation and design of a DC-CC inverter down-
converter of a topology Cúk in continuous conduction mode with 24V input and open-
loop 12V output. The objective is to study this structure that is used as driver for light
bulbs. high efficiency LED for various purposes this work will focus on the automotive
application, mainly of large vehicles that have a voltage of 24V. It also shows the
various steps for the development of the system ranging from calculations and
specification of the components involved, simulation, modeling of PCB. The built circuit
is designed to power a load of 30W LEDs. At the end of this work will be possible the
practical implementation to build a prototype..

Keys words : Cúk, LED,Automotive.


LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1: ANÁLISE HISTÓRICA DO LED........................................................................................................................... 18
FIGURA 2 : POLUIÇÃO LUMINOSA ARTIFICIAL E FORMA DE PROJEÇÃO DA LUZ .......................................................................... 20
FIGURA 3: DEMONSTRAÇÃO DE CUSTOS X TEMPO DE USO................................................................................................... 20
FIGURA 4: TECNOLOGIA DE LÂMPADAS E SUAS EFICIÊNCIAS LUMINOSAS TÍPICAS ...................................................................... 21
FIGURA 5: FATURAMENTO DA INDÚSTRIA DO LED AUTOMOTIVO PARA 2016 E 2022 ............................................................. 22
FIGURA 6: OLHO HUMANO........................................................................................................................................... 23
FIGURA 7: RESPOSTA DO OLHO A DIVERSAS NÍVEIS DE ILUMINÂNCIA ..................................................................................... 24
FIGURA 8: COMPARATIVO ENTRE DIAGRAMA DE DENSIDADE ESPECTRAL DE POTÊNCIA. A) VASP E B) LED..................................... 25
FIGURA 9: PARQUE BOTÂNICO EM BRASÍLIA - DF ILUMINADO COM VAPOR DE SÓDIO A ESQUERDA E LED A DIREITA ....................... 26
FIGURA 10: EMISSÃO DE LUZ ATRAVÉS DO FÓTON............................................................................................................. 27
FIGURA 11: FUNCIONAMENTO DO LED .......................................................................................................................... 28
FIGURA 12: GERAÇÃO DO LED DE COR BRANCA COM LED´S RGB ...................................................................... 29
FIGURA 13: COMBINAÇÃO LED AZUL MAIS CAMADA DE FÓSFORO (AMARELO) ....................................................................... 30
FIGURA 14: LED UV MAIS CAMADA DE FOSFORO RGB ..................................................................................................... 31
FIGURA 15: MODELAGEM ELÉTRICA DO LED ................................................................................................................... 32
FIGURA 16 : CHIP LED 10W - EPISTAR .......................................................................................................................... 33
FIGURA 17: CONVERSOR BUCK E AS FORMAS DE ONDA TÍPICA EM MCC ................................................................................ 35
FIGURA 18: CONVERSOR BOOST E AS FORMAS DE ONDA TÍPICA EM MCC .............................................................................. 36
FIGURA 19: CONVERSOR BUCK-BOOST E AS FORMAS DE ONDA TÍPICA EM MCC ..................................................................... 37
FIGURA 20 : GANHO CONVERSORES ESTÁTICOS ................................................................................................................ 37
FIGURA 21: CONVERSOR CÚK ....................................................................................................................................... 39
FIGURA 22: CORRENTE NO CAPACITOR C1 ....................................................................................................................... 39
FIGURA 23: ONDULAÇÃO DE CORRENTE NO INDUTOR L1 ................................................................................................... 40
FIGURA 24: ONDULAÇÃO DE CORRENTE NO INDUTOR L2 ................................................................................................... 41
FIGURA 25: ONDULAÇÃO DE CORRENTE NO CAPACITOR 𝑐2 ................................................................................................ 41
FIGURA 26: CIRCUITO CÚK ........................................................................................................................................... 45
FIGURA 27: SIMULAÇÃO DA TENSÃO DE SAÍDA ................................................................................................................. 46
FIGURA 28: SIMULAÇÃO DA CORRENTE DE SAÍDA .............................................................................................................. 46
FIGURA 29: SIMULAÇÃO DA CORRENTE DE ENTRADA ......................................................................................................... 47
FIGURA 30: DIAGRAMA SIMPLIFICADO DO NE555 - ADAPTADO ........................................................................................... 48
FIGURA 31: A) CIRCUITO ASTÁVEL B) FORMA DE ONDAS DA TENSÃO DE SAÍDA E CAPACITOR ..................................................... 49
FIGURA 32: DIAGRAMA ESQUEMÁTICO ........................................................................................................................... 50
FIGURA 33: LAYOUT DA PLACA DO CONVERSOR ................................................................................................................ 50
FIGURA 34: LAYOUT DE TRILHAS DA PLACA ...................................................................................................................... 51
FIGURA 35: CIRCUITO MONTADO .................................................................................................................................. 52
FIGURA 36: CORRENTE DE SAÍDA DO CONVERSOR ............................................................................................................. 53
FIGURA 37: CORRENTE DE ENTRADA DO CONVERSOR......................................................................................................... 53
FIGURA 38: TENSÃO NA CARGA .................................................................................................................................... 54
FIGURA 39: CARACTERÍSTICAS DOS INDUTORES ................................................................................................................ 62
LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1: CURVA TENSÃO X CORRENTE NO LED ............................................................................................................ 32


LISTA DE QUADROS

QUADRO 1: CONDIÇÃO VISUAL X NÍVEL DE ILUMINÂNCIA .................................................................................................... 24


QUADRO 2: ESPECIFICAÇÕES DO PROJETO ....................................................................................................................... 42
QUADRO 3: CONFIGURAÇÃO DOS TERMINAIS DO 555 ....................................................................................................... 47
LISTA DE TABELAS

TABELA 1: PARÂMETROS DOS INDUTORES ....................................................................................................................... 64


TABELA 2: POSSIBILIDADE DE CONSTRUÇÃO ..................................................................................................................... 65
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

BEN Balanço Energético Nacional


EPE Empresa de Pesquisa Energética
IFCE Instituto Federal de educação do Ceará
MME Ministério de Minas e Energia
PROCEL Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica
LISTA DE SÍMBOLOS

vr(t) Tensão instantânea sobre o resistor (V)

t Tempo (s)

R Valor da resistência do resistor (Ω)

i(t) Corrente instantânea no elemento (A)

vl(t) Tensão instantânea sobre o indutor (V)

L Valor da indutância do indutor (H)

vc(t) Tensão instantânea sobre o capacitor (V)

C Valor da capacitância do capacitor (F)

IRC Índice de Reprodução de Cores

VASP Vapor de Sódio de Alta Pressão.

TCC Temperatura de Cor Correlata

Ton Tempo da chave ligada

T Período de chaveamento(s)

f frequência(Hz)

VASP Vapor de Sódio de Alta pressão

LED Light Emiter Diode (diodo emissor de luz)

VLED Queda de tensão no LED(V)

RLED Resistencia elétrica característica no LED (Ω)

d Duty cicle

CI Circuito Integrado
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 16
2 TECNOLOGIA DO LED ............................................................................................... 18
2.1 Breve histórico da tecnologia de LED......................................................................... 18
2.2 Mercado brasileiro de lâmpadas de LED .................................................................... 19
2.2.1 Em aplicações automotivas ............................................................................... 21
2.3 A luz gerada pelo LED e VASP .................................................................................. 22
2.4 Características do LED e Modelagem elétrica ............................................................ 26
2.4.1 A química da luz................................................................................................ 26
2.4.2 O diodo emissor de luz ...................................................................................... 27
2.4.3 Modelagem elétrica do LED ............................................................................. 31
3 PROJETO DO CONVERSOR....................................................................................... 33
3.1 Topologia de conversores para LED ........................................................................... 34
3.1.1 Conversor Buck ................................................................................................. 34
3.1.2 Conversor Boost ................................................................................................ 35
3.1.3 Conversor Buck-Boost ...................................................................................... 36
3.2 Desenvolvimento e simulação do conversor Cúk ....................................................... 38
3.2.1 Ganho estático do Cúk ...................................................................................... 38
3.2.2 Dimensionamento dos componentes para o Cúk .............................................. 39
3.2.3 Parâmetros do projeto do conversor .................................................................. 42
3.2.4 Simulação do Circuito ....................................................................................... 45
4 PROJETO DO PROTOTIPO ........................................................................................ 47
4.1 Circuito de controle ..................................................................................................... 47
4.2 Layout da placa............................................................................................................ 50
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES .................................................................................. 52
6 CONCLUSÃO ................................................................................................................. 55
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................... 56
ANEXOS................................................................................................................................ 60
Anexo A - Datasheet Mosfet IRF 740 ............................................................................... 60
Anexo B - Datasheet diodo schottky SR360 ..................................................................... 61
APÊNDICE ........................................................................................................................... 62
Apêndice A - Etapas para construção dos Indutores no projeto ........................................ 62
16

1 INTRODUÇÃO

Este trabalho aborda um assunto acerca do projeto e desenvolvimento de um


conversor CC-CC, topologia Cúk, usado para acionamento de carga de LED. Segundo
(RIOS, 2014), o LED ou (diodo emissor de luz) foi inventado por Nick Holonyak em
1962, utilizando uma forma inovadora com um material semicondutor diferenciando
dos sistemas predominantes de iluminação artificial, pois além do diferencial físico e
químico envolvido no processo de construção, esse trazia o conceito “green light”
apresentando alta eficiência e redução de gasto energético.
Desde que foi criado o LED não foi usado de imediato para iluminação de
interiores ou exteriores, inicialmente usado para pequenos aparelhos eletrônicos
indicando estado de ligado e desligado e em faixas de cores limitadas. Porém, a partir
do desenvolvimento de LED de luz branca a base de compostos InGaN, então
somente foi possível iniciar os estudos acerca do uso desta tecnologia em iluminação
de ambientes que vem ganhando bastante destaque. (SOARES, 2012).
O conversor Cúk é utilizado em aplicações onde é necessário transferir energia
em tensão e corrente continua , pode ser encontrado em situações onde está inserido
como estágio intermediário entre a rede elétrica e a carga de LED, em aplicações de
iluminação residencial e pública ou em sistema de captação de energia por células
fotovoltaicas, em drivers de acionamentos de motores de corrente continua com
frenagem regenerativa dentre outras aplicações, no entanto este trabalho focará no
projeto, analise e desenvolvimento aplicado em uso iluminação de LED que pode ser
usado em sistemas automotivos de transportes de grande porte.
Esse trabalho será dividido em 6 capítulos abordando todos os aspectos da
análise e desenvolvimento do conversor. No capítulo 2, será exposto uma introdução
acerca do uso de LED para iluminação em geral, baseados em dados de diversos
setores e seu modelo elétrico. No capítulo 3, será feito uma explanação sobre o
conversor do ponto de vista teórico e, especificando capacitores, indutores e pontos
de operação, bem como sobre o projeto dos elementos magnéticos, que serão
importantes nesse tipo de topologia, bem como simulações no Psim, apresentando o
comportamento desse sistema em malha aberta.
No capítulo 4 será mostrado os detalhes de construção do projeto,
planejamento da PCB desenvolvido no Altium Designer, diagramas esquemáticos e
17

detalhes do circuito de comutação da chave. No capítulo 5 será mostrado formas de


onda da saída de corrente e tensão e o comportamento do conversor com a carga de
LED que foi modelada no capitulo 2. Por fim, no capitulo 6 serão mostradas as devidas
conclusões.
18

2 TECNOLOGIA DO LED

2.1 Breve histórico da tecnologia de LED

Os primeiros relatos de matérias inorgânicos que poderiam alcançar a


luminescência estão datados de 1907, porém é dito oficialmente que somente em
1962 o primeiro LED na cor vermelha tenha sido testado em pequenos aparelhos
eletrônicos, em seguida surgiram outras cores. Um grande marco para a tecnologia
veio com a descoberta do LED na cor azul, em 1993 (RIOS,2014). Segundo
(ROSE,2014) essa cor seria fundamental para o desenvolvimento do LED branco que
seria usado para iluminação artificial de ambientes, a ideia foi promissora concedendo
aos seus desenvolvedores Isamu Akasaki, Hiroshil Amano e Shui Nakamura o prêmio
Nobel de física no ano de 2014.
Na década de 90 a indústria automobilística em geral demonstrou interesse
nessa nova tecnologia em diversos locais nos carros que incluíam painéis eletrônicos,
faróis e lanternas, que devido à crescente demanda houve considerável
desenvolvimento de cores, potências e brilhos diferenciados. Em 1998 começaram as
primeiras produções de luminárias de LED, onde eram aplicados em balizadores e
luzes de emergência nas feiras como Light Fair e Light & Building na Alemanha.
(GOIS, 2008), a figura 1 ilustra a evolução do LED.

Figura 1: Análise histórica do LED

Fonte: GOIS, 2008

Por volta de 2006 foram comercializadas as primeiras lâmpadas com eficiência


luminosa superiores a 100Lm/W e desde então nos anos posteriores novos produtos
foram desenvolvidos com 250Lm/W (RIOS, 2014).
19

No Brasil, o uso de LED foi cada vez mais acentuado como estratégia para
aumento da eficiência energética e alternativa na racionalização de energia que foi
resposta a crise energéticas nos anos iniciais do ano 2000 (ASCURRA, 2013). Desde
então novas tecnologias vem sendo pesquisadas com o intuito de diminuir cada vez
mais a eficiência dos sistemas de conversão de energia, drivers de potência bem com
o seu barateamento (CARDOSO; NOGUEIRA, 2006).
Grandes fabricantes mundiais têm investido seus recursos de forma crescente
para produção de dispositivos com maiores qualidades de tom branco ou aumento da
temperatura da cor bem como sua estabilidade com o tempo de uso, melhora da
qualidade do IRC (Índice de Reprodução de Cores) e também busca continua pela
melhora do seu custo de fabricação que ainda está acima de lâmpadas fluorescentes
e incandescentes que são ditas “tradicionais “ no mercado (PROCEL,2016).

2.2 Mercado brasileiro de lâmpadas de LED

A tecnologia de LED tem ganhado muita força no mercado nacional e


internacional pelas suas diversas vantagens em relação as outras tecnologias
disponíveis na luminotécnica e isso tem impulsionado sua popularidade na iluminação
pública, consumidores residenciais, comerciais e industriais (LOPES, 2014) e
(RIOS,2014).
A iluminação pública no brasil, segundo a PROCEL / ELETRÓBRAS em 2008,
corresponde a 4,5% da demanda nacional e 3% do consumo total de energia elétrica
do pais ou seja 2,2GW de demanda e 9,7 bilhões de KW.h/ano (RIBEIRO et al., 2012).
Logo é evidenciado a necessidade de avaliar o potencial de economia de energia
considerando novas métodos para iluminação pública tendo em vista o montante de
consumo de energia elétrica utilizada no pais (ASCURRA, 2013). Existe um vasto
potencial de economia no âmbito da iluminação com a utilização das lâmpadas de
LED, seguem abaixo algumas vantagens:

 Segundo (NOVICKI; MARTINEZ, 2010) a iluminação é direcionada a um


ponto, evitando uma grande emissão de raios luminosos em todas as direções,
causando poluição luminosa, na figura 2 apresenta uma “bolha” luminosa e
qual a forma ideal que deve ser uma fonte de luz artificial.
20
Figura 2 : Poluição luminosa artificial e forma de projeção da luz

Fonte: (Autor, 2018)

 (RIBEIRO et al., 2012) mostra que o uso mais eficiente de energia na área de
iluminação reduziria a necessidade de construção de novas usinas poupando
o meio ambiente de novas áreas ocupadas ou até mesmo as termoelétricas.
 Lâmpadas que contém mercúrio, por exemplo, usadas ainda em grande
quantidade de aplicações produzem resíduos, apresentando cerca de 21mg
de mercúrio em média.
 As luminárias de LED possuem vida útil muito maior se comparadas as outras.
(ASCURRA, 2013), ou melhor, alta manutenibilidade, conforme mostrado na
figura 2.
Figura 3: Demonstração de custos x tempo de uso

Fonte:
IMMETRO, 2016.

Demostrada as inúmeras vantagens, no brasil, a tecnologia de LED vem


despontando em consequência do seu grande potencial luminotécnica e alta eficiência
21

luminosa, conferido na figura 3, e sem esquecer do impacto positivo ao meio ambiente,


é de se esperar que sistemas de IP brasileiro aos poucos apresentem mudanças
tornando-os híbridos inicialmente, uso de LED + VASP e/ou somente LED.

Figura 4: Tecnologia de lâmpadas e suas eficiências luminosas típicas

Fonte: (EMPALUX, 2018).

Segundo (Abilux,2015) o número de lâmpadas de LED vendidas no mercado


interno em 2011 foi de 4 milhões para 25 milhões de lâmpadas em 2014, ou seja, um
crescimento de 625%, no entanto na época representava menos de 5% do total
consumido, porem até 2020 a indústria de iluminação terá 70% do seu faturamento
através dessa tecnologia.

2.2.1 Em aplicações automotivas

Embora a resolução 667 do CONTRAN publicada no DOU dia 22 de maio de


2017, fale que é proibida a substituição de lâmpadas dos sistemas de iluminação ou
sinalização de veículos por outras de potência ou tecnologia que não seja original do
fabricante, esse órgão irá exigir o uso de luzes de uso diurno (DRL- Daytime Running
Light), essas lâmpadas que funcionarão quando o carro estiver em movimento no
período diurno, tornando os carros mais visíveis nesse período, somente nesse caso
poderá ser usado a tecnologia de LED para iluminação nessa finalidade (HENRIQUE
RODIGUEZ, 2017).
22

Porém, no mercado internacional, percebe-se uma tendência que é


contraditória ao que é visível no brasil, os LED vêm ganhando muita força voltada a
esse nicho de mercado. Na figura 4, observa-se uma expectativa de mercado para
LED na área automotiva compreendendo os anos de 2016 e projeção para 2022
(DAVIS, 2017).

Figura 5: Faturamento da indústria do LED automotivo para 2016 e 2022

Fonte: (AUTOR, 2018)

Desde o ano de 2007, onde foi introduzido o primeiro farol de LED em carros,
essa tecnologia vem competindo com tecnologias existentes como lâmpadas
halogênicas e Xenon, porém o LED tem ganhado destaque pela melhora em
eficiência, menor consumo e desenho mais flexivo, essas caraterísticas causam a
disseminação em modelos atuais de veículos (DAVIS, 2017).

2.3 A luz gerada pelo LED e VASP

Primeiramente para caracterização da luz gerada pelo LED é necessário


entender como a luz é vista pelo olho humano. A engenharia de iluminação gira em
torno de alguns parâmetros que abrangem fatores econômicos, estéticos e o mais
importante de como esse órgão irá receber essa radiação. Na figura 5 analisa-se uma
ilustração das partes componentes do olho humano.
23

Figura 6: Olho humano

Fonte: (AUTOR,2018)

Na parte do fundo do olho chamada fóvea é visto que existem os bastonetes e


os cones. Os cones são responsáveis pelo reconhecimento de cores para o cérebro.
E os bastonetes são responsáveis pelo reconhecimento da luminosidade, ou seja, das
células fotossensíveis.
De acordo com (SOARES, 2012) o movimento de abertura e fechamento da
pupila faz a luz ser direcionada em diferentes regiões de acordo com o nível de
intensidade luminosa, assim de acordo com esses níveis é possível montar uma curva
característica de sensibilidade espectral do olho.
24

Em (SCHREUDER, 2008) é caracterizado a condição visual do olho em duas


escotópica, visão em baixa luminosidade e fotópica visão em alta luminosidade. No
quadro 1 pode-se caracterizar os níveis de intensidade luminosa para as condições
visuais.
Quadro 1: Condição visual x nível de iluminância

Condição visual Nível de iluminância

Escotópica < 0,01 cd/m²


Mesópica >0,01cd/m² e < 3,0 cd/m²
Fotópica > 3,0 cd/m²
Fonte: (AUTOR,2018)

Com isso podemos ver no gráfico 3 as diferentes respostas de sensibilidade


visual do olho a diferentes iluminâncias.

Figura 7: Resposta do olho a diversas níveis de iluminância

Fonte: (AUTOR, 2018)

Os cones são sensíveis a comprimentos de ondas maiores com pico de 555


nm, ou seja, nos dá a capacidade de visão noturna (visão fotóptica –curva azul) e os
bastonetes são sensíveis a comprimento de ondas menor com pico de 507nm
25

capacidade de visão diurna (visão escotópica – curva vermelha). Logo qualquer


lâmpada, deve emitir luz em comprimento de onda de 507 nm a 555 nm.

É visto na figura 8 a relação entre lâmpadas VASP e LED, pode ser visto que a
VASP possui um fluxo luminoso fotópica maior que o fluxo luminoso escotópico. Nota-
se que a distribuição de energia se distribui melhor entre 570nm e 620 nm. Agora
quando é analisado o gráfico para lâmpadas de LED pode ser observado a grande
diferença do fluxo luminoso, tendo grande cobertura na região escotópica, mais do
que na região fotópica.

Figura 8: Comparativo entre diagrama de densidade espectral de potência. a) Vasp e b) LED

Fonte: SOARES, 2012

Pode ser visto que a lâmpada de sódio alcança muito pouco o espectro útil de
iluminação, enquanto a luminária de LED consegue ter uma distribuição mais uniforme
dentro dos limites visuais do olho humano, o olho humano tem melhor capacidade de
visão com o espectro de luz emitido pelo LED, apesar da lâmpada de vapor de sódio
ter uma eficiência luminosa maior, de uma forma geral o LED pode ser especificado
com uma menor potência para alcançar uma capacidade de iluminação tão efetiva
quanto outras lâmpadas . Na figura 7 pode ser analisada a diferença visual do jardim
botânico no Distrito Federal, com a iniciativa “ Jardim botânico mais sustentável”, onde
foram substituídas todas as lâmpadas VASP de 250 W por LEDs de 80W
(MCJB,2016).
26
Figura 9: Parque botânico em Brasília - DF iluminado com vapor de sódio a esquerda e LED a
direita

Fonte: (Autor,2018)

2.4 Características do LED e Modelagem elétrica

Muitos semicondutores são feitos a partir de dopagem de silício que são criados
tipo N e tipo P. Nessas regiões tem átomos fixos com carga negativa e positiva,
respectivamente. Na combinação desses materiais esses átomos se combinam e
formam uma região neutra, sem cargas em excesso. Essa região chamada de
intrínseca agora tem átomos com carga positiva e negativa combinados, assim como
resultado dessa combinação temos uma barreira de potencial característica dos
diodos, o LED também tem esses materiais e também é feito junção deles, porém o
silício que é usado em diodos comum não é usado pois não é adequado por sua
barreira de energia ser muito baixa (Winder,2008).

2.4.1 A química da luz

A luz é um espectro eletromagnético que tem característica oscilatória e tem


velocidade de propagação constante de 300.000 Km/s, e os “ tipos de luz” são
diferidas pelos comprimentos de onda assim formandos as cores diferenciadas da luz
e outras que não conseguimos ver, pois no tópico anterior foi falado que o olho
humano só consegue perceber algumas faixas desse espectro.
Então podemos dizer que o LED consegue emitir luz por conta do fóton, que é
a energia em forma de luz, conforme mostra a figura 10.
27

Figura 10: Emissão de luz através do fóton.

Fonte: (HARRIS; FREUDENRICH, 2015)

Segundo (MARTELETO, 2011), em um átomo os elétrons se movem em orbita


ao redor do núcleo, e quanto mais distante esse elétron esta do átomo maior a
quantidade de energia, logo para um elétron subir de uma orbita menor para uma
maior, é necessário que haja uma emissão de energia externa, no entanto quando
esse cai de uma orbita maior para menor esse libera energia em forma de fóton.
Logo no LED a emissão de luz dependerá dos átomos, ou seja, do seu material de
construção, que no caso do silício e germânio usado em diodos convencionais os
fótons emitidos nesse processo, são irrisórios.

2.4.2 O diodo emissor de luz

Assim como os diodos comuns, os diodos emissores de luz possuem uma


camada P e N e também são criados a partir da junção das duas camadas.
No LED quando esse é polarizado diretamente como é visto na figura 11, há
um fluxo continuo de portadores entre as camadas, ou seja, os elétrons ficam saltando
as camadas atraídos pelas lacunas, em outras palavras pulando da banda de
condução para a banda de valência e nesse processo a energia luminosa é gerada e
transferida através do fóton pode ser relacionado que quanto mais elétrons saltarem
de uma camada para outra mais luz será liberado, então a corrente elétrica está
diretamente ligada ao fluxo luminoso emitido por esse dispositivo. O comprimento de
onda (cor emitida) vai depender do elemento inserido para a dopagem do
semicondutor são usados o gálio, alumínio, arsênio, zinco, fosforo e nitrogênio. A
28

radiação emitida encontrada comercialmente está desde ao espectro de luz


ultravioleta até ao espectro de luz infravermelho. (MARTELETO, 2011).

Figura 11: Funcionamento do LED

Fonte: SOARES, 2012

Porém o uso de LED em iluminação tem um grande avanço quando foi


descoberto o LED de luz branca que é criado a partir de 3 processos conhecidos
como:

2.4.2.1 Mistura de cores a partir de LED RGB

Segundo (MARTELETO, 2011), nesse processo ocorre somatório dos


comprimentos de onda, processo na qual é chamado de mistura aditiva, logo todas os
espectros são formados das cores fundamentais vermelho (AlGaInP), verde (InGaN)
e azul (InGaN),os LEDs azul e verde apresentam uma composição muito parecida
mudando somente as quantidades de cada elemento químico no composto,
denominado de dopagem (SÁ JUNIOR, 2010), os elementos que formam as cores
são mesclados a pastilha semicondutora segundo ilustração visto na figura 12, porém
segundo (SOARES,2012), essa técnica ainda está em desenvolvimento e enfrenta
problemas de custo e complexidade.
29

Figura 12: Geração do LED de cor branca com LED´s RGB

Fonte: STEIGERWALD et al., 2002

2.4.2.2 LED azul combinando camada de fosforo (conversor fosfórico)

Essa tecnologia usa semicondutores que emitem radiação em comprimento de


onda de 470nm, luz azul, no entanto é colocado uma cobertura de fosforo na pastilha
de LED, então quando os fótons passam por essa cobertura tem um deslocamento de
comprimento de onda tendo consequência geração de luz branca, mostrado na figura
13.
(SÁ JUNIOR, 2010) diz que esse modelo de criação de led branco também
conhecido como PC-LED (Phosphor-Converted), tem uma característica bastante
negativa, o deslocamento do TCC (temperatura da Cor correlata), de um modo
simplista, seria o deslocamento da cor para o azul sendo mais frio e para o vermelho
sendo mais quente, de acordo com o ângulo de visão que para algumas aplicações
esse problema pode ser atenuado, com uso de adequadas para difundir a luz.
Esse modelo de LED branco que utiliza o fósforo, para converter o comprimento
de onda sofreu diversas mudanças ao longo do tempo, seus principais pesquisadores
foram Bando et al. em 1995, Nakamura et al. em 1996 mostrando o uso de GaInN/GaN
recoberto por fósforo e em 1997 foi revisto por Nakamura e Fason (SÁ JUNIOR, 2010).
30

Figura 13: Combinação LED azul mais camada de fósforo (amarelo)

Fonte: STEIGERWALD et al., 2002

2.4.2.3 LED ultravioleta combinando pastilhas fosfórica RGB

Também pode ser gerado luz branca usando o LED UV coberto por composição
fosfórica RGB, a luz UV é totalmente absorvida pelos fósforos que o resultado é
radiação no comprimento de onda de 525 nm (luz branca) e possui uma grande
vantagem em relação aos outros métodos que a TCC pode ser controlada fazendo
correções na mistura dos fósforos. (STEIGERWALD et al., 2002).
Esse técnica usa um principio muito parecido ao usado em lampadas
fluorescentes que o fosforo absorve o ultravioleta e o converte em diversas bandas
das cores primarias vermelho, verde e azul, onde a junção dessas bancas forma a luz
branca, pode-se citar algumas vantagens sua caracteristica principal é a formação de
um LED com altos indices de reprodução de cor (IRC), que é um termo que é medido
entre 0% e 100%, para esse processo o IRC tipico está entre 60% e 80% e quase não
muda com a temperatura de junção, a desvantagem desse método é a baixa eficiencia
que acontece no processo de transformar a luz ultravioleta em luz branca, o UV
apresenta caracteristicas degradativas do envolucro com o tempo de uso deixando-o
opaco. (SÁ JUNIOR, 2010) ilustração da formação da luz branca pode ser visto na
figura 14 .
31

Figura 14: LED UV mais camada de fosforo RGB

Fonte : STEIGERWALD et al., 2002

2.4.3 Modelagem elétrica do LED

Um ponto importante desse trabalho é entendermos como o LED vai interagir


com a conversor, conforme é mostrado em (WINDER, 2008) o LED é uma carga com
tensão constante, onde a queda de tensão dependerá da barreira de energia interna
que consequentemente depende da cor relacionado ao processo de construção,
apesar de que nem mesmo o LED da mesma cor nem sempre apresentarão a mesma
queda de potencial por conta de variações ocorridas no processo de produção.
Além da fonte de tensão constante o LED pode ser incorporado ao seu modelo,
uma resistência em serie devido as não idealidades dos semicondutores, então isso
significa que de acordo com o aumento da corrente podemos notar um deslocamento
positivo da queda de tensão.
(MIRANDA, 2012) mostra que a corrente é praticamente anulada na região
inferior a VLED enquanto o parâmetro RLED causa uma curvatura ao gráfico V-I, o
modelo elétrico do LED pode ser visto na figura 15, onde a tensão representa mínima
para condução a resistência ilustra as características dissipativas e o diodo indica um
sentido de circulação da corrente elétrica.
32
Figura 15: Modelagem elétrica do LED

Fonte : WINDER, 2008

Segundo (WINDER, 2008), a resistência em serie pode ser calculada medindo


a variação da queda de tensão (causado por um aumento de corrente) e dividindo
pelo aumento da corrente que passa pelo LED na figura 15 é visto o modelo
equivalente do LED.
Gráfico 1: Curva tensão x Corrente no LED

Fonte: (AUTOR,2018)

No gráfico 1 pode ser visto a relação de tensão/corrente no LED que será objeto
desse trabalho, segundo (WINDER,2008) que a resistência em série com a queda de
tensão segundo o modelo visto na figura 14 pode ser extraída do gráfico, relacionando
o aumento de tensão aplicado ao LED ao aumento de da região onde o crescimento
da corrente se comporta mais linearmente junto a tensão. Logo no trecho entre 9,5V
a 10V a corrente varia de 0,38 A a 0,85 A, relacionando o aumento de tensão aplicado
ao LED com o aumento de corrente, onde essa se comporta mais linearmente junto a
33

tensão, então no trecho entre 9,5V a 10V a corrente varia de 0,38 A a 0,85 A logo o
𝑅𝑙𝑒𝑑 é calculado na equação (2.1), a figura 16 mostra o arranjo das cargas que será
usado na implementação do conversor.

Figura 16 : Chip LED 10W - Epistar

Fonte: (AUTOR,2018)

∆𝑉𝑙𝑒𝑑 10−9,5
𝑅𝑙𝑒𝑑 = => ≅ 1,08 Ω (2.1)
∆𝐼𝑙𝑒𝑑 0,85−0,38

Neste capítulo, foi apresentada uma breve explicação sobre a carga que será
usado para o conversor a ser estudado nesse trabalho, abordou se sobre o
crescimento de mercado desse produto no mercado nacional e internacional, e de
como vem sendo aposta para uma fonte de energia limpa e de bastante eficiência,
também foi exposto as características de construção do LED branco. Por fim mostrou-
se o modelo elétrico e a extração de suas características.

3 PROJETO DO CONVERSOR

Quando se fala em projeto de conversores para LED é preciso primeiramente


caracterizar o correto ponto de operação, se tratando de um equipamento usado para
iluminação, o fluxo luminoso é uma variável importante, porque o mantem essa
34

variável controlada é a corrente, então o conversor precisa ser projetado para manter
a corrente no LED estável, com flutuações em valores aceitáveis.
Então existem estruturas diferenciadas que tem a finalidade de fazer esse
acionamento, que são os drivers passivos e ativos, segundo (SOARES, 2012) o
primeiro busca atingir o objetivo em baixo custo e boa eficiência, no entanto possuem
um ponto de operação muito restrito sendo que flutuações na carga ou na alimentação
já podem deslocar seu ponto de operação. Já as soluções ativas possuem um melhor
processamento da potência entre a fonte e a carga e uma maior independência das
condições da carga e da fonte.

3.1 Topologia de conversores para LED

Nesse tópico é apresentado estruturas de conversão de energia em tensão


continua, que pode fornecer, dependendo de alguns aspectos tensão variável na
saída, a energia a ser transferida da fonte para a carga depende exclusivamente dos
capacitores e/ou indutores. Cada estrutura apresenta uma variação topológica, ou
melhor, é diferenciado de acordo com a posição da chave e dos componentes
constituintes no circuito. Por sua vez cada um deles apresentam um ganho estático
característico, que pode aumentar ou diminuir a tensão que é inserido na entrada, logo
isso reflete na característica da corrente também. Esses conversores podem trabalhar
em dois regimes em MCC (modo de condução continua) e MCD (modo de condução
descontinua), nos tipos mostrados abaixo e nesse projeto será levado em
consideração o modo continuo de condução. Segundo (SIMONETTI; SEBASTION;
UCEDA, 1997), em MCD durante o período de chaveamento, é apresentando um
pequeno tempo onde nem a chave e nem o diodo conduzem, contrário ao MCC que
ambos conduzem em seus respectivos semiciclos.

3.1.1 Conversor Buck

Nesse conversor a tensão média de saída sempre terá um valor menor que a
de entrada, pode-se entender a operação desse conversor, do ponto de vista do
transistor, em dois momentos distintos, em t=0, onde é adotado que a chave está na
posição aberta e as correntes entre indutor, capacitor e LED aumentam, no segundo
instante t= t1 o transistor é desligado e para de conduzir, então o indutor vira uma
35

fonte de corrente constante e circula através do diodo, capacitor e LED e então o ciclo
é reiniciado com a chave é fechada novamente. (POMILIO,2014) diz que a tensão
aplicada na chave e diodo é igual a tensão de entrada.

Figura 17: conversor Buck e as formas de onda típica em MCC

Fonte: AUTOR,2018

Nota-se que na figura 17 a forma de onda da saída de 𝐼𝑜 , é resultando da


junção das formas de onda de correntes do transistor e diodo, é possível definir o
momento em que cada um é ligado ao longo do ciclo de chaveamento, essa estrutura
é uma excelente alternativa para drivers de LED em sistema fora da rede elétrica e
com baixar tensões de entrada, além de prover uma corrente constante e com altas
eficiências (WINDER, 2008).

3.1.2 Conversor Boost

Esse conversor apresenta comportamento contrário ao conversor buck, sua


tensão de saída é em média maior que a tensão de entrada. Existem dois momentos
onde a chave é fechada t=0 e a corrente cresce no indutor, no segundo momento t=t1,
36

agora a corrente flui entre indutor diodo e capacitor e o LED em regime permanente a
tensão media no capacitor será a soma entre a tensão da fonte de entrada e a tensão
no indutor, logo a tensão no LED será maior que na entrada.

Figura 18: Conversor Boost e as formas de onda típica em MCC

Fonte: (AUTOR,2018)

Conforme a figura 18, pode ser visto que o referencial do transistor usado nesse
conversor é comum ao da fonte de entrada deixando o sistema de comutação da
chave mais simples, esse tipo de estrutura tem grande relevância quando usado em
sistemas onde a carga de LED precisa de uma tensão maior que a da entrada
disponível (WINDER, 2008).

3.1.3 Conversor Buck-Boost

O conversor Buck-Boost é formado pelos dois conversores vistos anteriormente


pois possuem estágios que lembram o buck e o boost. Este conversor pode apresentar
uma tensão de saída menor ou maior do que a tensão de entrada, dependendo do
tempo de condução da chave, ou seja, o duty cicle (d), se o d>50% a tensão de saída
será maior que a tensão de entrada operando no modo boost se d<50% o efeito
contrário acontecerá, o circuito operará como buck (AHMED,2006), uma característica
importante é que a saída dessa estrutura é invertida em relação a entrada.
37

Figura 19: Conversor Buck-Boost e as formas de onda típica em MCC

Fonte: (AUTOR,2018)

Quando o transistor estiver desligado, a fonte será desconectada, o indutor se


comporta como uma fonte de corrente, o diodo polariza diretamente e fornecerá um
caminho para corrente na carga, então a tensão na saída se tornará igual a tensão no
indutor. Quando o transistor liga o diodo se torna reversamente polarizado, a corrente
no indutor aumenta de forma linear, as formas de onda podem ser vistas na figura 19
(AHMED, 2006).
Analisou-se algumas topologias de conversores CC-CC utilizados para
desenvolvimento de formas para o acionamento lâmpadas de estado sólido, na figura
20 pode ser visto um quadro onde é descrito a relação de ganho dos conversores visto
neste tópico.
Figura 20 : Ganho conversores estáticos

Fonte: (AUTOR,2008)
38

3.2 Desenvolvimento e simulação do conversor Cúk

O conversor escolhido para o desenvolvimento do trabalho foi o Cúk, por se


tratar de um sistema que apresenta baixa ondulação de corrente, sabe-se que as
variações de corrente podem afetar o fluxo luminoso gerado pelo LED.
A transferência de energia é feita diretamente pelo capacitor, contrário aos
conversores analisados no tópico 3.1 que usam indutores. Os componentes foram
projetados para suportar correntes acentuadas, os interruptores devem suportar a
soma das tensões de entrada e saída do sistema (POMILIO,2014), então nessa parte
será detalhado a especificação de cada componente.
Será feito o desenvolvimento do conversor em modo continuo de condução
(MCC), pois, nesse modo uma melhor estabilidade da corrente na carga e analise
mais simplificada é apresentada. Além disso será desenvolvido em malha aberta, ou
seja, sem que haja nenhum monitoramento de corrente ou tensão tornando mais
simples e barato.

3.2.1 Ganho estático do Cúk

Pode-se assumir que as correntes medias em 𝐼𝐿1 e 𝐼𝐿2 são iguais e que a
corrente media no capacitor é nula, tudo isso em regime permanente.
(POMILIO,2014), assim:

𝐼𝐿2 ∙ 𝑡𝑜𝑛 = 𝐼𝐿1 ∙ (𝑇 − 𝑡𝑜𝑛) (3.1)


𝐼𝐿1 ∙ 𝑉𝑠 = 𝐼𝐿2 ∙ 𝑉𝑜𝑢𝑡 (3.2)
𝑡𝑜𝑛 (3.3)
𝑑=
𝑇

Fazendo aplicação de substituição de variáveis das eq. (1), (2) e (3) obtém-se
a tensão da saída em função da tensão de entrada e duty cycle.

𝑉𝑠 ∙ 𝑑
𝑉𝑜𝑢𝑡 = (3.4)
(1 − 𝑑)
39

3.2.2 Dimensionamento dos componentes para o Cúk

Para o circuito Cúk mostrado na figura 21, os componentes precisam ser


calculados conforme as características da carga como potência de saída, oscilação
admissíveis da tensão de saída e da corrente.

Figura 21: Conversor Cúk

FONTE: (AUTOR,2018)

3.2.2.1 Dimensionamento do capacitor C1

De acordo com (RASHID,2012), pelo gráfico da corrente no capacitor em


regime de condução continua figura 22 pode-se ver que a ondulação de tensão pode
ser calculada pela divisão da integração da corrente no capacitor pelo valor da
capacitância mostrado na expressão (3.5).

1 𝑡2
∫ 𝐼𝑐1 ∙ 𝑑𝑡 (3.5)
𝑐1 0
Figura 22: Corrente no capacitor c1

Fonte : RASHID,2012.
40

𝐼𝑠 ∙ (1 − 𝑑) (3.6)
𝐶1 =
∆𝑉𝑐1 ∙ 𝑓

Logo pode-se obter o capacitor, adotando a ondulação de tensão no capacitor.


Então na expressão (3.6) é mostrado a forma de calcular o capacitor 𝐶1 .
A tensão media nesse capacitor pode ser calculado através da equação (3.7)
em uma situação crítica, considerando um ripple de tensão de 100% foi apresentado
por (POMILIO,2014).

𝑉𝐶1 = 𝑉𝑠 + 𝑉𝑜 = 24 + 12 = 36 𝑉 (3.7)

3.2.2.2 Dimensionamento do indutor 𝑳𝟏

Os indutores são os elementos magnéticos do sistema, pois são de extrema


importância para definirem limites para a ondulação da corrente na carga e na entrada,
A ondulação da corrente no indutor 1 pode ser vista no figura 23 é descrita
através da equação (3.9).

Figura 23: Ondulação de corrente no indutor L1

Fonte: RASHID,2012.

(3.8)
∆𝐿1 = 𝐼𝐿12 − 𝐼𝐿11
𝑉𝑠 ∙ 𝑑
𝐿1 = (3.9)
𝐹 ∙ ∆𝐿1
41

3.2.2.3 Dimensionamento do indutor 𝑳𝟐

O indutor 𝐿2 é importante para definir a ondulação de corrente na carga,


mostrado na figura 24, então de forma análoga ao dimensionamento do indutor 𝐿1 .

Figura 24: Ondulação de corrente no indutor L2

Fonte : RASHID,2012

∆𝐿1 = 𝐼𝐿12 − 𝐼𝐿11 (3.10)


𝑑 ∙ 𝑉𝑠
𝐿2 = (3.11)
𝑓 ∙ ∆𝐿2

3.2.2.4 Dimensionamento do capacitor 𝑪𝟐

O 𝐶2 foi dimensionado analisando a corrente que circula por ele no ciclo como
é mostrado na figura 25, assim obtém-se a ondulação que depende da capacitância,
no entanto a ondulação nesse capacitor pode ser definida pelo projeto então a
capacitância é calculada na equação (3.12).

Figura 25: Ondulação de corrente no capacitor 𝑐2

Fonte: RASHID,2012
42

𝑑∙𝑉𝑠
𝑐2 = (3.12)
8∙∆𝑣𝑐2 ∙𝐿2 ∙𝑓2

Os valores médios para a corrente de saída e entrada foram calculados de


acordos com as equações (3.13) e (3.14) respectivamente segundo (BRITTO, 2009).

(𝑉𝑜 − 𝑉𝑙𝑒𝑑 ) (12 − 9) (3.13)


𝐼𝑜 = = = 2,5 𝐴
𝑅𝑙𝑒𝑑 1,2

A corrente de entrada de entrada é calculada aplicando a relação de ganho


vista na equação 3.4, que é calculado conforme a equação (3.12).

(𝑑) (0,33) (3.14)


𝐼𝑠 = 𝐼𝑜 ∙ = 2,5 ∙ ≅ 1,3 𝐴
(1 − 𝑑) (1 − 0,33)

3.2.3 Parâmetros do projeto do conversor

Quadro 2: Especificações do projeto

Parâmetro Símbolo Valor


Tensão de entrada 𝑉𝑠 24V
Potência de saída 𝑃𝑜 30W
Tensão na saída 𝑉𝑜 12V
Corrente na saída 𝐼𝑜 2,5 A
Corrente na entrada 𝐼𝑆 1,3 A
Ondulação de corrente no
∆𝐼𝐿1 1% ∙ 1,3
indutor 𝐿1
Ondulação de corrente no
∆𝐼𝐿2 1% ∙ 2,5
indutor 𝐿2
Ondulação de tensão no
∆𝑉𝑐1 10% ∙ 36 V
capacitor 𝐶1
Ondulação de tensão no
∆𝑉𝑐2 1% ∙ 12 V
capacitor 𝐶2
43

Frequência de
f 20 kHz
chaveamento
Fonte: (AUTOR,2018)

Para as especificações definidas no quadro 2, projetou-se cada elemento que


irá compor o conversor, magnéticos, capacitores, chave e diodo.

Será mostrado o cálculo do indutor de entrada e o de saída e seus respectivos


detalhes de construção.

3.2.3.1 Indutores 𝑳𝟏 e 𝑳𝟐

Através das equações (3.9) e (3.11) chega-se nos valores de indutância


necessários para a construção do conversor.

𝑉𝑠 ∙ 𝑑 24 ∙ 0,33
𝐿1 = = ≅ 32𝜇𝐻
𝑓 ∙ ∆𝐿1 20𝑘 ∙ 0,013

𝑉𝑠 ∙ 𝑑 24 ∙ 0,33
𝐿2 = = ≅ 16𝜇𝐻
𝑓 ∙ ∆𝐿2 20𝑘 ∙ 0,025

3.2.3.2 Capacitores 𝑪𝟏 e 𝑪𝟐

Os capacitores mínimos para o projeto são calculados pelas equações (3.6) e


(3.12), logo temos que:

𝐼𝑠 ∙ (1 − 𝑑) 1,3 ∙ (1 − 0,33)
𝐶1 = = ≅ 11,5 𝑢𝐹
∆𝑉𝑐1 ∙ 𝑓 3,6 ∙ 20000

Como esses capacitores não são valores comerciais será usado no projeto o
valor de dois capacitores de 33 uF e 22 uF em série,logo a capacitância equivalente
será aproximadamente 13uF com seu valor de tensão máxima de ruptura de 50V,
acima do valor da tensão media imposta pelo circuito.
44

𝑑 ∙ 𝑉𝑠 0,33 ∙ 24
𝐶2 = = ≅ 1,5 𝑢𝐹
8 ∙ ∆𝑣𝑐2 ∙ 𝐿2 ∙ 𝑓 2 8 ∙ 0,12 ∙ 0,013 ∙ (20000)2

Logo no projeto será usado dois capacitores de valor comercial de 3,3uF, assim
o valor equivalente de capacitância será de 1,6uF Com valor de tensão de 50V.

3.2.3.3 Dimensionamento dos semicondutores

Conforme (BRITTO, 2009) a corrente media no MOSFET é determinada pela


equação (3.19),

𝐼𝑚𝑜𝑠𝑓𝑒𝑡= (𝐼𝐿1 + 𝐼𝐿2 ) ∙ 𝐷 (3.19)

Logo, temos que a corrente media no MOSFET é calculado como:

𝐼𝑚𝑜𝑠𝑓𝑒𝑡= (𝐼𝐿1 + 𝐼𝐿2 ) ∙ 𝐷 = (1,5 + 3,0) ∙ 0,33 ≅ 1,5 A

A tensão na chave é calculada de acordo com a equação (3.20).

𝑉𝑜
𝑉𝑚𝑜𝑠𝑓𝑒𝑡= (3.20)
𝐷
Assim a tensão mínima exigida para a chave é vista na equação (3.20) no
anexo A pode ser visto algumas informações do MOSFET IRF740 cuja corrente
máxima é de 10 A e tensão máxima de 400 V para tensão limite, superior ao da
aplicação, sendo assim de disponibilidade optou-se por usar essa chave no circuito.
Quanto ao diodo, segundo (BRITTO, 2009) a corrente media no diodo é
aproximadamente igual a corrente media da chave e a tensão reversa, é vista na
equação (3.21) e (3.22), respectivamente.

(3.21)
𝐼𝑑𝑖𝑜𝑑𝑜 ≅ 𝐼𝑚𝑜𝑠𝑓𝑒𝑡 = 1,5 𝐴

𝑉𝑑𝑟𝑒𝑣𝑒𝑟𝑠𝑜 = −𝑉𝑓𝑜𝑛𝑡𝑒 = −24 𝑉 (3.22)

Foi usado o diodo schottky SR360 cuja informações está no anexo B, que
possui tensão máxima reversa de 100V e corrente média de 3,0 A, logo está adequado
a ser usado no projeto.
45

3.2.4 Simulação do Circuito

O Psim foi usado para simulação do circuito, conforme a figura 26.

Figura 26: Circuito Cúk

Fonte: (AUTOR,2018)

Vale ressaltar que na simulação diodos e mosfet usados são ideais, que
caracterizam principalmente que não a queda de tensão quando ligados e sem
resistência de corpo associada eles.

3.2.4.1 Tensão de saída

Conforme o ganho estático do Cúk, mostrado na equação (3.4), é na figura 27,


pode-se ver que com que a ondulação de tensão está dentro do que foi proposto um
valor de aproximadamente 0,12V no projeto em média na simulação do conversor
apresenta uma tensão de saída aproximadamente de 12V. entre os momentos 0 s até
0,2s é o transitório que acontece pelos capacitores estarem descarregados ao
energizar o circuito. O valor da tensão apresenta polaridade invertida em relação a
entrada, assim como o conversor Buck-Boost visto no tópico 3.1.3.
46
Figura 27: Simulação da tensão de saída

Fonte: (AUTOR,2018)

3.2.4.2 Corrente de Saída e Entrada

A corrente de saída corresponde em valores médios ao valor da corrente no


indutor 𝐿2 assim como a corrente de entrada tem o mesmo valor da corrente no indutor
𝐿1 , pode-se notar que o conversor está em MCC pois em nenhum momento do ciclo
de chaveamento a corrente tanto na entrada como na saída vai para zero, ou melhor,
os valores ficam oscilando em torno dos seus respectivos valores médios
apresentados no quadro 2. Em valor médio, a corrente na simulação chega a 2,5 A e
1,1, visto na figura 28 e 29, respectivamente um valor muito próximo ao requerido no
projeto.
Figura 28: Simulação da corrente de saída

Fonte: (AUTOR,2018)
47

Figura 29: Simulação da corrente de entrada

Fonte: (AUTOR,2018)

Observou-se que o conversor simulado teve uma resposta muito aproximada


com os valores encontrados nos cálculos dos componentes, além disso foi
apresentado alguns conversores usados para mesma finalidade desse trabalho bem
como seus modos de funcionamento.

4 PROJETO DO PROTOTIPO

4.1 Circuito de controle

Para o driver de controle do conversor foi usado um circuito gerador de PWM


usando circuito integrado NE555, esses dispositivos possuem funções de
temporização baseados em associação de resistores e capacitores, combinando a
flip-flops e comparadores internos, usados para gerar funções entre 1mHz até 100kHz
e atraso de 1us até 10 horas (TEXAS INSTRUMENT, 2015). Na figura abaixo pode
ser visto o funcionamento em bloco do dispositivo.

Quadro 3: Configuração dos terminais do 555


Nº Terminal Identificador Função
1 GND Referência ao negativo, ligado à terra (ground).
2 Trigger Incia tempo ligado/desligado do ciclo
3 Out Sinal de saída
4 Reset Quando em nível baixo desliga o Flip-Flop
5 V. Control
48

6 Threshold Para o tempo ligado/desliga do ciclo


7 Discharge Entrada coletor aberto do transistor de descarga para
o capacitor
8 +Vcc Referência ao positivo, ligado a tensão de +5V ~ 15V
Fonte: (AUTOR, 2018)

O ne555 tem 8 terminais sendo 2 terminais de alimentação e 6 de controle,


como mostrado no quadro 3. Para fazer desempenhar a função designada foi
necessário usar uma associação de capacitores e resistores externos, de acordo com
a configuração da figura 30, o seu funcionamento baseia-se no monitoramento do
tempo de carga e descarga do capacitor. Os terminais Threshold e trigger estão
ligados a dois circuitos comparadores 1 e 2,O capacitor C é carregado através dos
resistores Ra e Rb quando a tensão alcança 2/3 do valor de Vcc o comparador 1
desliga a saída do flip-flop, no entanto, o mesmo capacitor descarrega através
somente do resistor Rb que usa o transistor que tem seu terminal coletor associado
ao terminal 7 do CI, logo a tensão em C começa a reduzir em função de Rb e C no
terminal trigger, após baixar do valor de 1/3 de Vcc, então o comparador 2 liga a saída,
reiniciando o ciclo. A frequência da saída para out pode ser definida na equação (4.1).

Figura 30: Diagrama simplificado do ne555 - adaptado

Fonte: (AUTOR, 2018)


1,44
𝑓≅ (4.1)
(𝑅𝑎 + 2𝑅𝑏 )𝐶
49

Na figura 31 b 𝑡𝐻 e 𝑡𝐿 é mostrado os tempo dentro do ciclo que caracterizam o


tempo ligado e tempo desligado, respectivamente, e são calculados a partir das
equações (4.2) e (4.3), (BOYLESTAD; NASHELSKY, 1999).

𝑡𝐻 ≅ 0,7(𝑅𝑎 + 𝑅𝑏 )𝐶 (4.2)

𝑡𝐿 ≅ 0,7(𝑅𝑏 )𝐶 (4.3)

Figura 31: a) Circuito Astável b) forma de ondas da tensão de saída e capacitor

Fonte: (AUTOR, 2018)

Segundo (TEXAS INSTRUMENT, 2015), deve-se definir os componentes


resistores e capacitores para o circuito mostrado na figura 31. Foram feitas no
diagrama esquemático da figura 32, o capacitor de saída do Cúk achado na equação
(3.12) foi substituído pois esse foi pensado para conduzir corrente em ambos os lados
se o conversor operar na região descontinua, foi associado capacitores eletrolíticos
dessa forma para ter como resultado um capacitor apolar (NEWTON BRAGA, 2010).
Os transistores Q3 e Q2 fazem acionamento do mosfet no circuito de potencia,
os mosfets possuem alta impedância no gate (porta de acionamento), de fato pode-
se associar a entrada do mosfet como um capacitor que por ter uma elevada, então o
tempo de acionamento e desacionamento pode ser aumentada por conta da
circulação dessa pequena corrente de carga , assim com essa configuração os tempos
de comutação da chave são diminuídos porque os transistores ajudam na drenagem
dessas cargas (NEWTON BRAGA, 2012).
50
Figura 32: Diagrama esquemático

Fonte: (AUTOR, 2018)

4.2 Layout da placa

A placa foi projetada levando em conta as características dos dispositivos do


conversor Cúk, na figura 33 pode-se ver o layout em 3d do posicionamento dos
elementos na pcb (printed circuit board).
Figura 33: layout da placa do conversor

Fonte: (AUTOR, 2018)


51

Ao do projeto da placa nesse trabalho foram usados componentes do tipo PTH


(pin through hole), ou melhor , esses elementos precisam de furos que atravessa a
placa de uma face a outra.
Os capacitores como componentes importantes no circuito de potência e
responsável por transferir energia do estágio de entrada para saída, foi colocado longe
de fontes de calor, ou melhor longe da chave, segundo (VITAL; VITAL, 2015) muitos
fatores externos e internos podem contribuir para o envelhecimento desse
componente, a exposição de altas temperaturas ambientes é um deles.
Para melhor desenvolvimento do layout e evitar alguns problemas de
interferência eletromagnética (EMI), foi separado os circuitos de potência e controle,
ou seja, separou –se o circuito por funcionalidade logica, foi diminuída a distância
entre os componentes relacionados ao mesmo caminho de sinal (BARACY, 2016),
conforme visto na figura 34.
Figura 34: Layout de trilhas da placa

Fonte: (AUTOR, 2018)

Foi usado capacitores de by-pass, localizado como C7, próximo ao CI U2, esse
capacitor próximo a um circuito integrado para minimizar ruídos em alta frequência
que resultam em sobre tensões e correntes parasitas, capacitores de desacoplamento
52

são geralmente usados entre intervalos de 10uF a 100uF (STMICROELECTRONICS,


2016).

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Após o dimensionamento dos componentes e fazer as devidas simulações foi


montado um protótipo com os valores encontrados no projeto, por questão de tempo
não foi executada a construção da PCB, porém foi usada uma placa genérica vista na
figura 35, para a acomodação do circuito.
Preliminarmente foi usado um usado uma ponteira de corrente para coletar as
formas de ondas da corrente de saída, depois de entrada e uma ponteira de tensão
para medição das tensões da saída, entrada, no mosfet e no diodo. O circuito montado
pode ser visto na figura 35.
Figura 35: Circuito montado

Fonte: (AUTOR, 2018)

Foi verificado que o conversor montado teve um baixo custo de implementação


e poucos materiais a serem usados na construção. A seguir são mostradas as formas
de onda da corrente de saída e entrada conversor implementado nesse trabalho,
53

figuras 36 e 37, respectivamente. A tensão de entrada nesse trabalho foi gerada a


partir de uma fonte estabilizada.

Figura 36: Corrente de saída do conversor

Fonte: (AUTOR, 2018)

A forma de onda na corrente da figura 36 apresentou ondulações que não foram


esperadas para o projeto, nos parâmetros do projeto esperava-se uma corrente em
média de 2,3 A , porem pode ser visto que essa chega a 1,1 A com alto ripple, a
mesma discrepância é mostrada na forma de onda da corrente de entrada que no
semi-ciclo de chaveamento quase chega a 0A, ou seja, na eminência do MCD, o valor
esperado era de 1,3 A, e o valor lido foi de 600mA com ripple também fora do
esperado.
Figura 37: Corrente de entrada do conversor

Fonte: (AUTOR, 2018)


54

É presumido que os indutores foram construídos no limiar do ponto de operação


próximo ao valor mínimo requerido para o projeto, associado a incorreta aquisição de
dados precisos sobre o a carga como RLED e VLED, esses parâmetros podem ter
causado um deslocamento do ponto de operação do conversor. A seguir é mostrado
a forma de onda da tensão de saída do conversor, na figura 38.

Figura 38: Tensão na Carga

Fonte: (AUTOR, 2018)

A tensão na saída apresentou um deslocamento para baixo do esperado, ou


seja, para 10V em valores médios, o esperado na simulação foi de 12V com oscilação
de 0,12V, isso pode ter ocorrido pelo mesmo motivo do encontrado pelo qual foi
mencionado para a forma de onda da corrente, o capacitor escolhido foi dimensionado
próximo da zona de descontinuidade.
55

6 CONCLUSÃO

O conversor CC-CC mostrou muito atrativo pela sua gama diversa de


utilizações tanto para LED como para aplicações diversas, e também pela sua
massiva utilização em diversos equipamentos que se usa cotidianamente e
notadamente sendo substituto de sistemas que fazem o controle do fluxo de potência
por amplitude de corrente, chamados de conversores lineares.
Em sistema de LED apresenta muito bom comportamento quando acoplado
diretamente a rede elétrica, pois possuem 2 indutores e 2 capacitores em sua
topologia que funcionam como bons filtros.
Foi mostrado nesse trabalho diversas fatores que levam em consideração que
levam em consideração o uso do LED como fonte luminosa que seria mais confortável
para os olhos. Não obstante todo o aspecto que tange ao projeto e desenvolvimento
do conversor e verificação do comportamento em simulação. Houve um pequeno
deslocamento do ponto de operação do conversor real em relação a simulação, porém
o modo sem mudança no seu modo de funcionamento na região continua de
condução, foi percebido uma diferença no ângulo de decaimento da corrente tanto na
entrada como na saída demostrando que poderia ser um indicio que a indutância
estivesse mudando, logo como trabalhos futuros poderia ser usado um núcleo com
material magnético mais apropriado para o projeto, bem como poderá ser
implementado o mesmo conversor em malha fechada discutindo a melhor forma de
controlar o conversor ou quais variáveis mais adequadas a serem controladas.
56

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABILUX (Org.). Uso de lâmpadas LED deve crescer 30% em 2015. Disponível em:
<http://www.abilux.com.br/portal/abilux-na-midia/10/uso-de-lampadas-LED-deve-
crescer-30-em-2015>. Acesso em: 01 set. 2015.

AHMED, Ashfaq. ELETRONICA DE POTENCIA. São Paulo: Abdr, 2006.

ASCURRA, Rodrigo Esteves. EFICIÊNCIA ELÉTRICA EM ILUMINAÇÃO


PÚBLICA UTILIZANDO TECNOLOGIA LED: UM ESTUDO DE CASO. 2013. 152
f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Engenharia de Edificações e Ambiental,
Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá, 2013.

BARACY, Yago Lafourcade. ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE PLACAS DE


CIRCUITO IMPRESSO DE UM MULTIMEDIDOR DE GRANDEZAS
ELÉTRICAS. 2016. 74 f. TCC (Graduação) - Curso de Engenharia Elétrica,
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2016.

BARBI, Ivo. Projetos de fontes chaveadas. Florianópolis: Edição d(AUTOR,2018),


2001.

BOYLESTAD, Robert; NASHELSKY, Louis. Dispositivos Eletrônicos e teorias de


circuitos. Rio de Janeiro: Ltc, 1999.

BRITTO, Jonas Reginaldo de. Análise, Projeto e Implementação de Conversores


cc-cc com Ampla Faixa de Conversão Aplicados em Iluminação de Estado
Sólido. 2009. 205 f. Tese (Doutorado) - Curso de PÓs-graduaÇÃo em Engenharia
ElÉtrica, Universidade Federal de UberlÂndia, Uberlândia, 2009

CARDOSO, Rafael Balbino; NOGUEIRA, Luiz Augusto Horta. AVALIAÇÃO DO


IMPACTO ENERGÉTICO DO USO DELÂMPADAS FLUORESCENTES
COMPACTAS NO SETOR RESIDENCIAL BRASILEIRO. Disponível em:
<http://www.eletrobras.com/pci/services/DocumentManagement/FiLEDownload.EZ
TSvc.asp?DocumentID={D533D9AC-FBE9-4813-8925-
6012E7129455}&ServiceInstUID={5E202C83-F05D-4280-9004-3D59B20BEA4F}>.
Acesso em: 03 maio 2015

CHENG, Chun-an et al. A novel single-stage high power LEDs driver. 8th
International Conference On Power Electronics - Ecce Asia, [s.l.], p.2733-2740,
maio 2011. IEEE. http://dx.doi.org/10.1109/icpe.2011.5944765.
57

DRIVERS DE LÂMPADAS DE LED: TOPOLOGIAS, APLICAÇÕES E


DESEMPENHO. Mato Grosso: Icet, 2014. Disponível em:
<http://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/eng/article/download/1916/1507>
. Acesso em: 23 mar. 2018.

EMPALUX. Informações Luminotécnicas. 2018. Disponível em:


<http://www.empalux.com.br/?a1=l>. Acesso em: 09 abr. 2018.

ERICKSON, Robert W. Fundamentals of power electronics. New York: Chapman


& Hall, 1997.

GOIS, Alexandre. GOIS, 2008. Rio de Janeiro: Lighting Now, 2008. 95 p.

HARRIS, William; FREUDENRICH, Craig. How Light Works. Disponível em:


<https://science.howstuffworks.com/light7.htm>. Acesso em: 26 jan. 2015.

HART, Daniel. ELETRÔNICA DE POTENCIA: ANÁLISE E PROJETOS DE


CIRCUITOS. Porto Alegre: Amgh, 2012.

HENRIQUE RODIGUEZ. Luzes DRL serão obrigatórias, mas troca de lâmpada


será proibida. 2017. Disponível em:
<https://quatrorodas.abril.com.br/noticias/luzes-drl-serao-obrigatorias-mas-troca-
de-lampadas-sera-proibida/>. Acesso em: 26 maio 2017.

LOPES, Leonardo Barbosa. UMA AVALIAÇÃO DA TECNOLOGIA LED NA


ILUMINAÇÃO PÚBLICA. 2014. 70 f. TCC (Graduação) - Curso de Engenharia
ElÉtrica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2014

MARTELETO, Douglas Coelho. MARTELETO, 2011. 2011. 86 f. TCC (Graduação)


- Curso de Engenharia Elétrica, MARTELETO, 2011, Rio de Janeiro, 2011

MIRANDA, Pedro Henrique Almeida. CONVERSOR CA/CC COM CAPACITOR


CHAVEADO PARA LEDS DE POTÊNCIA.2012. 102 f. Dissertação (Mestrado) -
Curso de Engenharia Elétrica, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2012.

MCJB. Ouro Vermelho adota iluminação LED e reduz consumo em


70%. Disponível em: <http://www.mcjb.org.br/blog/2017/10/02/comeca-obra-de-
iluminacao-da-estrada-do-sol/>. Acesso em: 29 jun. 2016.
58

NEWTON BRAGA. Instituto Ncb (Ed.). Capacitores despolarizados. Disponível


em: <http://www.newtoncbraga.com.br/index.php/ideias-dicas-e-informacoes-
uteis/49-tiristores/503-capacitores-despolarizados>. Acesso em: 10 mar. 2010.

NEWTON BRAGA (Ed.). Técnicas de disparo de POWER


FETs. Http://www.newtoncbraga.com.br/index.php/eletronica/52-artigos-
diversos/6260-art877. Disponível em:
<http://www.newtoncbraga.com.br/index.php/eletronica/52-artigos-diversos/6260-
art877>. Acesso em: 3 nov. 2012

NOVICKI, Jackson Merise; MARTINEZ, Rodrigo. LEDS PARA ILUMINAÇÃO


PÚBLICA. Disponível em:
<http://www.cricte2004.eletrica.ufpr.br/ufpr2/tccs/41.pdf>. Acesso em: 19 mar.
2010.

POMILIO, José Antenor. ELETRONICA DE POTÊNCIA. Publicação FEEC 02/1998


e revisado em 07/2014. Campinas.

PORTELA, Evelone Pereira. DESENVOLVIMENTO DE UM CONVERSOR


AUTOMOTIVO CC/CC DE 24-12 VOLTS COM CORRENTE DE 100A. 2015. 70 f.
TCC (Graduação) - Curso de Engenharia ElÉtrica, Faculdade Independente do
Nordeste - Fainor, VitÓria da Conquista, 2015.

BRASIL.PROCEL. Apesar de mais econômica, vantagens do LED ainda são


desconhecidas. 2016. Disponível em:
<http://www.procelinfo.com.br/main.asp?ViewID={8D1AC2E8-F790-4B7E-8DDD-
CAF4CDD2BC34}¶ms=itemID={B279FB8C-DD61-47F1-95F2-
D2E7994B487F};&UIPartUID={D90F22DB-05D4-4644-A8F2-FAD4803C8898}>.
Acesso em: 08 jan. 2016.

RASHID, Muhammad H.. ELETRÔNICA DE POTENCIA: CIRCUITOS,


DISPOSITIVOS E APLICAÇÕES. SÃo Paulo: Makron Books, 1999.

RIBEIRO, Ana Cristina Cota et al. O EMPREGO DA TECNOLOGIA LED NA


ILUMINAÇÃO PÚBLICA. Exacta, Belo Horizonte, v. 1, n. 5, p.111-132, 2012.

RIOS, Luciane Rodrigues. O uso dos LEDs na iluminação de


residências. Disponível em: <https://www.ipog.edu.br/download-arquivo-
site.sp?arquivo=o-uso-dos-LEDs-na-iluminacao-de-residencias-83560.pdf.>.
Acesso em: 06 ago. 2014.
59

ROSE, J. Blue LEDs – Filling the world with new light. Kungliga
Vetenskapsakademien, p. 1–5, 2014. Disponível em:
<https://www.nobelprize.org/nobel_prizes/physics/laureates/2014/popular-
physicsprize2014.pdf>.

SCHREUDER, D. Outodoor Lighting: Physics, Vision and Perception. 1. ed.


Leidschendam: Springer, 2008. 447 p.

SIMONETTI, D.s.l.; SEBASTION, J.; UCEDA, J.. SIMONETTI; SEBASTION;


UCEDA, 1997power factor preregulators: analysis and design. Ieee Transactions
On Industrial Electronics, [s.l.], v. 44, n. 5, p.630-637, 1997. Institute of Electrical
and Electronics Engineers (IEEE). http://dx.doi.org/10.1109/41.633459.

SÁ JUNIOR, Edilson Mineiro. ESTUDO DE ESTRUTURAS DE REATORES


ELETRÔNICOS PARA LEDs DE ILUMINAÇÃO. 2010. 199 f. Tese (Doutorado) -
Curso de Engenharia ElÉtrica, Universidade Federal de Santa Catarina,
FlorianÓpolis, 2010.

SOARES, Guilherme Marcio. SOARES, 2012. 2012. 87 f. TCC (Graduação) - Curso


de Engenharia ElÉtrica, Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2012

STEIGERWALD, Daniel A. et al. Illumination With Solid State Lighting


Technology. Ieee Journal. San Jose, p. 310-319. mar. 2002.

STMICROELECTRONICS. EMC design guide for ST microcontroller. Disponível


em:
<http://www.st.com/content/ccc/resource/technical/document/application_note/a2/9
c/07/d9/2a/b2/47/dc/CD00004479.pdf/files/CD00004479.pdf/jcr:content/translations
/en.CD00004479.pdf>. Acesso em: 03 fev. 2016.

Texas Instruments. Datasheet: Lm 555. Electronic Publication, 2015

VITAL, Richard Brandão Nogueira; VITAL, Tatiane Melo. O envelhecimento de


capacitores em circuitos eletrônicos.2015. Disponível em:
<http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/semexatas/article/view/18730/17134>.
Acesso em: 19 ago. 2015.

WINDER, Steve (Ed.). Power supplier for led driver. Oxford: Newnes, 2008. 232
p.
60

ANEXOS

Anexo A - Datasheet Mosfet IRF 740


61

Anexo B - Datasheet diodo schottky SR360


62

APÊNDICE

Apêndice A - Etapas para construção dos Indutores no projeto

 Número de voltas

Para o cálculo do número de voltas do indutor é necessário ter alguns dados


do núcleo a ser utilizado. Os núcleos utilizados foram obtidos na eletrodex, núcleos
NT 27/16/12 para o indutor de entrada e o NT35/22/15 para o indutor de saída,
conforme visto na figura abaixo.

Figura 39: Características dos indutores

fonte: http://www.eletrodex.com.br

Os dados principais para efetuar o cálculo do número de voltas dos dois


indutores seria o fator de indutância Al que exprime a relação indutância por espira
quadrada, com uma verificação experimental chegou-se à conclusão que o Al dos
núcleos são diferentes do que mostrado pelo fabricante o núcleo NT-27/16/12 NT-
𝑛𝐻 𝑛𝐻
32/22/15 apresentou Al de 5863 e 7280 , respectivamente. Outro parâmetro
𝑒𝑠𝑝2 𝑒𝑠𝑝2

importante e a área da janela, para testar a possibilidade de construção mediante a


quantidade de enrolamentos. Pela equação (1) é possível calcular os enrolamentos.
63

𝐿
𝑁𝑒𝑠𝑝 = √𝐴𝑙 (1)

Então o número de voltas do indutor L1 pode ser calculada da seguinte forma.

32𝜇𝐻
𝑁𝑒𝑠𝑝 = √ ≅ 73 𝑒𝑠𝑝𝑖𝑟𝑎𝑠
𝜇𝐻
5,6
𝑒𝑠𝑝2

Da mesma forma, as espiras do indutor L2 pode ser calculado porem com


relação com fator de indutância diferente.

16𝜇𝐻
𝑁𝑒𝑠𝑝 = √ ≅ 46 𝑣𝑜𝑙𝑡𝑎𝑠
𝜇𝐻
7,2
𝑒𝑠𝑝2

 Calculo da bitola dos fios utilizados

Para o cálculo da bitola dos cabos é necessário calcular a corrente eficaz de


cada indutor e densidade de corrente máxima de corrente admitida pelo condutor, o
𝐴
valor aceitado comumente é de 450 𝑐𝑚2 , conforme mostrado na expressão (2).

𝑆 𝐼𝑒𝑓𝑖𝑐𝑎𝑧
(2)
𝑓𝑖𝑜 =
𝐽𝑚𝑎𝑥

Segundo (BARBI,2001), o diâmetro do condutor pode ser superior ao limite


fixado para o núcleo a ser usado, é necessário que seja associado condutores em
paralelo para que a corrente possa ser conduzida sem que haja superaquecimento. O
número de condutores pode ser calculado pela expressão (3).

𝑆𝑐𝑜𝑛𝑑
𝑛𝑐𝑜𝑛𝑑𝑢𝑡𝑜𝑟𝑒𝑠 = (3)
𝑆𝑠𝑘𝑖𝑛
64

O termo 𝑆𝑠𝑘𝑖𝑛 mostrado na equação acima se refere ao efeito Skin “pelicular”


que ocorre em aplicações em altas frequências, sabe-se que a corrente tende a ir para
periferia do condutor quanto maior a frequência implementada, ou seja, menor área
efetiva do condutor utilizado. A área máxima limita a área máxima, o fator ∆ vai definir
o índice de profundidade dos elétrons no condutor, e pode ser calculado pela equação
abaixo.

7,5
∆= (4)
√𝑓

O condutor não deve ter o diâmetro ultrapassado em valor em 2∆, ou melhor o


termo 𝑆𝑠𝑘𝑖𝑛 é definido dessa forma.

Tabela 1: Parâmetros dos indutores


𝐴
J [ 𝑐𝑚2 ] 𝐼𝑟𝑚𝑠 [𝐴𝑟𝑚𝑠 ] 𝑆𝑠𝑘𝑖𝑛 = 2 ∙ ∆ 𝑆𝑐𝑜𝑛𝑑 [𝑐𝑚2 ] 𝑆𝑓𝑖𝑜 [𝑐𝑚2 ] n de condutores

𝐿1 450 1,3 0,1 0,003#23 Awg 0,0028 1


𝐿2 450 2,5 0,1 0,006#19 Awg 0,0056 1
Fonte: (AUTOR,2018)

 Verificação de possibilidade de construção

Para que o indutor seja construído é necessário o teste para constatação se o


volume de fios acondicionará na área da janela do núcleo . Para a acomodação dos
fios do enrolamento é necessário que a área de janela do núcleo tenha um valor
mínimo.

𝑁𝑒𝑠𝑝∙ 𝑆𝑓𝑖𝑜 ∙ 𝑛𝑐𝑜𝑛𝑑


𝐴𝑤𝑚𝑖𝑛 = (5)
𝐾𝑤

Segundo (BARBI,2001), a possibilidade de execução e depende da


inequação (6).
65

𝐴𝑤𝑚𝑖𝑛
<1 (6)
𝐴𝑤

Tabela 2: Possibilidade de construção

𝐴𝑤 [𝑐𝑚2 ] 𝐴𝑤𝑚𝑖𝑛 [𝑐𝑚2] 𝑆𝑐𝑜𝑛𝑑 [𝑐𝑚2 ] 𝐴𝑤𝑚𝑖𝑛⁄ Resultado


𝐴𝑤
𝐿1 2,0 0,28 0,003#23 Awg 0,14 Aprovado
𝐿2 3,8 0,36 0,006#19 Awg 0,09 Aprovado
Fonte: (AUTOR,2018)

Na tabela 2 é visto que os dois núcleos usados para construção dos


magnéticos podem ser usados.

Das könnte Ihnen auch gefallen