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1.

Introdução

A organização político-administrativa brasileira é, constitucionalmente, uma


federação. Durante o Império, o Brasil foi um estado unitário. A partir das Constituições,
desde a Proclamação da República, o Brasil é uma federação de estados autônomos. Dessa
forma, observamos uma estrutura de governo descentralizada, diferenciando-se assim da
estrutura centralizada de um estado unitário.

A federação, no Brasil, é composta por 3 níveis: a União, os 27 Estados e o Distrito


Federal e os mais de cinco mil municípios espelhados pelo Brasil. Sendo esses três níveis
denominados, respectivamente, central, intermediário e local. Dessa forma, embora o
poder central desempenhe sozinho algumas atividades, como segurança nacional, não é
superior aos demais. O cumprimento das responsabilidade cabe, individualmente, a cada
um dos níveis.

Atualmente, nos encontramos em um grau elevado de descentralização fiscal mas


nem sempre foi assim. O período da Ditadura Militar no Brasil nos mostra uma forte
centralização dos recursos tributários por parte do Poder Central, que fazia a
redistribuição. Nesse modelo, os níveis intermediário e local estavam submissos as
decisões tomadas pelo governo central.

O processo de abertura da política brasileira foi proporcionando uma maior


autonomia tanto para os Estados quanto para os Municípios. Com a Constituição de 1988
então, podemos ver uma redistribuição dos recursos tributários em benefício dos mesmos.

2. O Federalismo Fiscal

O federalismo fiscal tem como objetivo tratar as competências tributárias


existentes no território nacional e, dessa forma, regras que definem e regem o
desenvolvimento e funcionamento econômico de um país. Assim, identifica-se que o
federalismo fiscal relaciona-se com a escolha da base tributária.

A organização federalista de governo é em geral defendida a partir de pelo menos um


dos três princípios: i) alocação eficiente dos recursos nacionais, ii) aumento da
participação política da sociedade e iii) proteção das liberdades básicas e dos direitos
individuais dos cidadãos. A alocação eficiente dos recursos seria obtida pela
descentralização da produção dos bens e serviços públicos nos diferentes níveis de
governo. A existência de várias esferas de governo propicia uma maior participação
política da sociedade, através da escolha dos seus representantes nos poderes
legislativo e executivo locais. Num sistema em que o poder não é centralizado há um
maior grau de proteção as liberdades básicas e aos direitos individuais dos cidadãos.
(BARBOSA et al., 1998, p.2 )

Uma definição mais ampla de organização federal pode ser identificada, segundo
Oates [(1972), p.17 apud BARBOSA et al., p.2] “É um setor público com níveis
decisórios tanto centralizados como descentralizados, nos quais as escolhas feitas a cada
nível, relativas a provisão de serviços públicos, são determinadas em grande parte pela
demanda destes serviços por parte dos residentes (e talvez de outros que aí desenvolvem
suas atividades) das respectivas jurisdições.” De modo que a partir dessa análise
conseguimos identificar que uma característica primordial do regime federalista é a
descentralização.

3. Indicadores Financeiros
3.1 Evolução da Carga Tributária

A carga tributária brasileira apresenta um desempenho crescente. Isso pode ser


identificado através da evolução identificada através de níveis inferiores a 20% do PIB
no início dos anos sessenta para um valor médio de 25% identificado nos anos setenta
devido as reformas feitas durante o Regime Militar.

A arrecadação de impostos no Brasil é bastante sensível ao desempenho da economia,


uma vez que há grande participação dos tributos sobre vendas em relação àqueles que
incidem sobre o patrimônio. Assim, os melhores resultados são obtidos na fase de
pleno sucesso dos planos de estabilização da economia, sobretudo quando aliados
inflação sob controle e crescimento econômico. (AFONSO et al., 1998, p.2)
Uma forte característica da carga tributária brasileira é sua concentração. Boa
parte da receita nacional provém de taxações do mercado por meio de impostos como
ICMS e IPI. Além disso as contribuições para a seguridade social são altas. De acordo
com dados da Assessoria Econômica do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão
ao considerarmos o período de 1997 a 2014 a elevação da carga tributária pode ser
dividida em dois períodos:

1997-2002: quando o governo empreendeu um forte ajuste fiscal concentrado no


aumento de arrecadação para enfrentar os efeitos de crises internacionais daquela
época e viabilizar a transição do sistema de câmbio fixo para o sistema de metas de
inflação, com câmbio flutuante e metas fiscais, que perdura até hoje.2 Em números, a
carga tributária passou de 26,1% do PIB, em 1996, para 32,2% do PIB, em 2002, um
aumento de 6,1 pontos percentuais (pp) do PIB em seis anos.

2004-2005: quando o governo adotou um novo ajuste fiscal para combater os efeitos
da forte depreciação cambial de 2002 e recuperar o equilíbrio fiscal. Nesse período a
carga tributária aumentou 2,2 pp do PIB em apenas dois anos, isto é, de 31,4% do
PIB, em 2003, para 33,6% do PIB, em 2005.

Assim, de acordo com o relatório denominado Evolução Recente da Carga


Tributária Federal divulgada pela Assessoria Econômica do Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão no ano de 2015, podemos encontrar cinco fatos e são eles: i) a carga
tributária federal está relativamente estável desde 2005, ii) as contribuições para o FGTS
e o sistema S subiram em 0,5% do PIB desde 2005, iii) A arrecadação federal verificada
em 2014 praticamente voltou ao patamar de 2004, quando excluídas do cálculo as
contribuições ao FGTS e ao sistema S. iv) as contribuições previdenciárias que entram na
carga tributária federal aumentaram em 1,4 pp do PIB desde 2003 v) A carga tributária
federal de 2014 foi 1% do PIB menor do que o verificado em 2002, quando excluídas do
cálculo as contribuições para o FGTS, o sistema S, o RGPS e o RPPS.

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