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Aceitação da herança
Espécies de aceitação
Expressa
Tácita
Presumida
Expressa
Características da aceitação
Espécies de renúncia
O artigo 1.829, do Código Civil, traz um rol de herdeiros legítimos que serão
chamados a suceder. Cada inciso do artigo 1.829 é considerado uma classe de
sucessores e a classe mais próxima exclui a mais remota. Assim, enquanto
existirem herdeiros elencados no inciso I (descendentes) os do inciso II
(ascendentes) não serão chamados.
Responda:
Ana e Luiz estavam casados há oito anos e não haviam filhos. Tentaram
diversos métodos e optaram pela inseminação artificial. Com todo o
procedimento pronto, Luiz sofreu um acidente de carro e veio a falecer. Ana
resolveu que continuaria o procedimento de inseminação artificial utilizando
os embriões excedentários.
De acordo com o Art. 1.798, o filho decorrente dessa inseminação artificial post
mortem será herdeiro legítimo dos bens do Luiz
Exclusão do herdeiro/legatário
Existem duas formas de exclusão: indignidade e deserdação. Ambos os
institutos têm natureza punitiva, restritiva de direitos e por isso os efeitos da
exclusão são pessoais, não atingindo os herdeiros do excluído que herdam
como se este fosse pré-morto, ou seja, por representação. Diferente da
Renúncia, os herdeiros do excluídos, poderão herdar por representação. Não
abrange a linha sucessória. Não cabe interpretação analógica, seja na hipótese
de indignidade ou de deserdação.
Indignidade
Clique nos números abaixo para ler o conteúdo sobre Indignidade, disponível
nos artigos 1.814 a 1.818 do CC.
1ª
Art. 1.961. Os herdeiros necessários podem ser privados de sua legítima, ou
deserdados, em todos os casos em que podem ser excluídos da sucessão.
1ª
2ª
As causas de deserdação são as hipóteses do art. 1.814, bem como as do art.
1.962 e 1.963 do CC.
Art. 1.962. Além das causas mencionadas no art. 1.814, autorizam a
deserdação dos descendentes por seus ascendentes:
I - ofensa física;
II - injúria grave;
III - relações ilícitas com a madrasta ou com o padrasto;
IV - desamparo do ascendente em alienação mental ou grave enfermidade.
Art. 1.963. Além das causas enumeradas no art. 1.814, autorizam a
deserdação dos ascendentes pelos descendentes:
I - ofensa física;
II - injúria grave;
III - relações ilícitas com a mulher ou companheira do filho ou a do neto, ou
com o marido ou companheiro da filha ou o da neta;
IV - desamparo do filho ou neto com deficiência mental ou grave enfermidade.
2ª
3ª
É de iniciativa do próprio do autor da herança. Deve ser expressamente
manifestada através de Testamento.
Art. 1.964. Somente com expressa declaração de causa pode a deserdação ser
ordenada em testamento.
3ª
4ª
O prazo para a propositura da Ação de Exclusão por Deserdação é de 4 anos a
contar da Abertura do Testamento. Caso os agentes que deveriam ter
promovido a ação, perdendo o prazo, não o fazem dentro do prazo correto
previsto em lei, a vontade do autor da herança não será aceita.
Art. 1.965. Ao herdeiro instituído, ou àquele a quem aproveite a deserdação,
incumbe provar a veracidade da causa alegada pelo testador.
Parágrafo único. O direito de provar a causa da deserdação extingue-se no
prazo de quatro anos, a contar da data da abertura do testamento.
Legitimação testamentária
3ª
Art. 1.964. Somente com expressa declaração de causa pode a deserdação ser
ordenada em testamento.
3ª
4ª
Indignidade Deserdação
Instituto típico da parte
geral do Direito das
Sucessões Instituto característico da Sucessão Testamentária
Causas Art. 1814 do CC Causas Art. 1962 e 1963 do CC
Atinge herdeiros legítimos,
testamentários ou Atinge herdeiros necessários, privando-os de suas
legatários legitimas
É indispensável testamento válido, feito pelo
Não é necessário ofendido, deserdando seu herdeiro necessário,
testamento mencionando a causa da deserdação
O prazo decadencial é de 4 O prazo decadencial é de 4 anos a contar da
anos a contar do óbito abertura do testamento (art. 1965 p. único do CC)
O quinhão hereditário do herdeiro testamentário, excluído da sucessão por
indignidade, será repassado aos substitutos indicados na cédula testamentária.
Joaquim faleceu deixando os filhos Ana e Marcelo. Ana vive em união com
Sílvio, com quem tem três filhos. Ana renunciou à herança. A quem será
deferido o quinhão que lhe corresponderia? Por quê?
Justifique e fundamente juridicamente as respostas.
GABARITO
Art. 1.828. O herdeiro aparente, que de boa-fé houver pago um legado, não
está obrigado a prestar o equivalente ao verdadeiro sucessor, ressalvado a
este o direito de proceder contra quem o recebeu.
Sucessão legítima — vocação hereditária
Os filhos sempre herdam por direito próprio, pois não existe nenhum outro
parente de permeio entre eles e o autor da herança. Filhos são parentes na
linha reta de primeiro grau, o grau mais próximo existente.
Assim acontece sempre que não exista nenhum parente, com capacidade
sucessória, de grau distinto do herdeiro chamado a suceder. Se todos os filhos
não possuem capacidade sucessórias os netos serão chamados a herdar por
direito próprio e assim sucessivamente.
02 - Direito de representação
Essa é uma exceção à regra de que o parente de grau mais próximo exclui o
de grau mais remoto, pois há diversidade de graus, na mesma classe de
sucessores.
Os mais próximos herdam por direito próprio e os mais afastados por direito de
representação do herdeiro pré-morto (morto antes do autor da herança),
indigno ou deserdado.
Modo de partilhar
Se um pai morre, tem um filho vivo e uma filha pré-morta, que era mãe de dois
filhos (netos do autor da herança), o filho vivo ficará com metade da herança e
a outra metade será dividida entre os netos que recebem por direito de
representação, sendo assim, a partilha por estirpe.
Se o filho morre tem pai e mães vivos, metade vai para mãe e a outra metade
vai para o pai.
Se ao morrer, não tem pai, nem mãe com capacidade sucessória e tem avô e
avó maternos vivos e apenas avó paterna, dividindo-se por linha os avós
maternos recebem 25% da herança cada um, e a avó paterna ficará com 50%
do patrimônio deixado pelo falecido, em consequência da divisão por linhas.
Art. 1.835. Na linha descendente, os filhos sucedem por cabeça, e os
outros descendentes, por cabeça ou por estirpe, conforme se achem ou
não no mesmo grau.
A sucessão que tenha como beneficiários apenas netos, pois nenhum filho ter
capacidade sucessória (por estar morto, ser deserdado ou declarado indigno
ou renuncie a herança).
Será idêntica à sucessão dos filhos, pois, nessa hipótese, também não existe
nenhum herdeiro de permeio entre o neto e o avô autor da herança. Assim, os
netos serão chamados por direito próprio e a partilha será feita por cabeça.
O cálculo para partilha por estirpe conta-se o número de sucessores por direito
próprio e soma-se ao número de representados. Divide-se a herança por esse
número. Os representantes recebem o quinhão correspondente ao direito do
representado. Se um filho pré-morto é pai de dois netos, a parte que caberia a
ele será dividida entre os netos representantes.
O artigo 1.829, inciso I, permite que, em alguns casos, o cônjuge concorra com
descendentes na sucessão, dependendo do regime de bens.
O artigo 1.829, inciso I, permite que, em alguns casos, o cônjuge concorra com
descendentes na sucessão, dependendo do regime de bens.
Não sendo o cônjuge parente dos descendentes com quem concorre não se
fala em quota mínima reservada. Da mesma forma, nas hipóteses de filiação
híbrida, isto é, filhos comuns concorrendo com filhos apenas do autor da
herança.
Atividades
2 - Jorge é casado com Lúcia pelo regime de comunhão parcial e com ela teve
um filho Roberto. De um casamento anterior Jorge teve outro filho, Carlos, que
lhe deu dois netos Júlio e Juliana. Carlos morreu em 15 de dezembro de 2007.
Jorge faleceu em maio de 2011 deixando uma casa, em Curitiba, que lhe fora
doada por seu pai e uma casa na praia adquirida na constância do casamento
com Lúcia. Responda:
GABARITO
a. Lúcia, Roberto e os netos Júlio e Juliana, por direito de representação.
Responda:
Se por alguma razão os pais não possuírem capacidade sucessória, qual será
o procedimento adotado?
GABARITO
Serão chamados os avós a suceder, por direito próprio, e a partilha será feita
por linha. Portanto, se os herdeiros forem todos de mesmo grau, deve-se
respeitar a divisão por linha. Assim, se ao morrer apenas a avó paterna estiver
viva e avô e avó maternos também, dividindo-se por linha a herança, a avó
paterna ficará com 50% dos bens, a avó materna com 25% e o avô materno
com os outros 25%.
Sucessão de irmãos
Sempre sucedem por direito próprio e a partilha será por cabeça, dividindo-se
em partes iguais se todos os irmãos forem unilaterais ou bilaterais. Porém, se
irmãos unilaterais estiverem concorrendo com bilaterais herdam de forma
distinta, conforme artigos:
SUCESSÃO DO SOBRINHO POR DIREITO DE
REPRESENTAÇÃO
Concorrendo irmão com filhos de irmãos, os sobrinhos herdam por direito de representação e a partilha
será por estirpe. Cumpre ressaltar que o direito de representação na linha colateral está limitado ao
sobrinho, conforme artigo 1.840 do código Civil.
Atividades
1. Mariana é casada com Tiago pelo regime da comunhão universal de bens. Mariana morre sem filhos,
deixando sua mãe e seus avós maternos. Como dever ser realizada a partilha dos bens deixados por Mariana?
GABARITO
Além de meeiro, Tiago será herdeiro em concorrência com a mãe de Mariana, sendo dividida a herança
em partes iguais, na forma do art. 1837, CC. Os avós serão afastados em virtude de serem parentes de
segundo grau, enquanto a mãe é de primeiro grau.
Concorrendo à herança filhos do primeiro casamento e filhos do casamento atual do autor da herança, os
primeiros herdarão a metade do que os segundos herdarem.
Concorrendo à herança somente um avô materno e dois avós paternos, a cada um tocará um terço da herança.
Se concorrerem à herança somente um filho e três netos, filhos de filho pré-morto, aos netos conjuntamente
caberá cota equivalente à cota do filho vivo.