Sie sind auf Seite 1von 28

Antiguidade Clássica

Grécia

Os períodos principais são: Período Creto - micênico (XX/XII A.C.)-, Período


Homérico (XII/VIII A.C.); Período Arcaico (VIII/VI A.C.) e Período Clássico
(VIIIV A.C.). No primeiro período ocorre o povoamento da Grécia pelos
indo-europeus ou arianos (aqueus, jônios, eólios e dórios). Fundação da
cidade de Micenas que será o primeiro centro civilizatório grego,
influenciado pela ilha de Creta.

Nesse período surgem a llíada e Odisséia atribuída a Homero que narra


a Guerra de Tróia. No fim do período homérico surgem as poleis (plural de
polis = cidade-estado). No Período Arcaico ocorrerá a evolução da polis:
monarquia/aristocracia/tirania e democracia. O grande modelo será
Atenas. Exceção: Esparta. Esta última, depois da Guerra contra a
Messênia, transformar-se-á num verdadeiro acampamento militar. Em
compensação Atenas conhecerá uma evolução exemplar. O regime
aristocrático será superado com a ascensão dos comerciantes e da
colonização. Primeiro: a contestação dará origem aos legisladores
(Drácon e Sólon), depois será a vez da tirania, com Psístrato e,
finalmente, a democracia com Clístenes. No Período clássico teremos o
apogeu da civilização grega, da democracia ateniense. Mas também as
Guerras Médicas ou Pérsicas nas quais a Grécia sairá vitoriosa. Porém,
será também o inicio da hegemonia ateniense e das guerras entre as
cidades: a mais importante será a Guerra do Peloponeso que colocará
frente a frente Esparta e Atenas, na qual será derrotada esta última. Daí o
declínio da civilização grega que termina com a invasão macedônica.
Segue-se o período helenístico, época de domínio de Alexandre Magno,
quando então ocorrerá a helenização do Oriente, isto é, a cultura grega
será levada para o Oriente.

Roma

Os principais períodos são- Monarquia (753 a.C.1509 a.C.); República


(509 a.C.127 a.C.) e Império (27 a.C.1476 d.C.). A República inicia-se com
a queda do rei Tarquínio, o Soberbo - de origem etrusca. O poder é
tomado pelos patrícios (nobres romanos). Eles monopolizam o governo, o
que dará origem aos protestos dos plebeus, que depois de muita luta irão
conquistar vários direitos: o de ter representação política (Tribunato da
Plebe) e leis escritas (Lei das Doze Tábuas). Com o equilíbrio da República
haverá a expansão romana e as Guerras Púnicas (contra Cartago, norte
da África). No século I A.C., Roma domina toda a bacia do Mediterrâneo.
As conquistas acarretam miséria dos plebeus que perdem as terras e vão
para as cidades. Os irmãos Graco - tribunos da plebe - tentarão uma
reforma agrária, que fracassará. Então, virão os tempos das ditaduras
que destruirão a República: a de Mário, Sila, o Primeiro Triunvirato (César,
Pompeu e Crasso), a Ditadura de César, o Segundo Triunvirato (Otávio,
Marco Antônio e Lépido). Enfim, Otávio derrotando seus rivais será
proclamado imperador.
História Medieval (VIXV)

Império Bizantino

(Império Romano do Oriente – 476/1453)

1. 527/565 - Governo de Justiniano.

1. Tentativa de reconquista do Ocidente: conquista da África do Norte (Reino


dos Vândalos), a Itália (Reino Ostrogodo) e o sul da Espanha (Reino
Visigodo). A reconquista teve curta duração, excetuando-se a Itália onde
constituiu-se o Exarcado de Ravena.

1. Levantamento popular no Hipódromo (Revolta de Nika - 532) que


termina com sangrenta repressão. Fixa-se a posição autocrática do
Estado - Cesaropapismo - com o imperador também intervindo nos
assuntos eclesiásticos.

1. Sob a direção de Triboniano, elabora-se o Corpus Juris Cíviles, dividido em


lnstitutiones (tratado escolar), Digesto ou Pandectas (compilação das
obras jurídicas clássicas), o Codex Justinianus (Constituições Imperiais) e
as "Novelas" (Leis publicadas por Justiniano a partir de 534).

1. A vida do Império foi conturbada por diversas querelas religiosas,


destacando-se as Heresias dos lconoclastas e a dos Monofisistas. O
monofisismo pregava haver em Cristo apenas uma natureza, a Divina. Em
451, o Concílio de Calcedônia já havia aprovado a tese do Papa Leão I de
que Cristo tinha duas naturezas (Humana e Divina) em uma só pessoa.
Tais contendas acabavam tomando cunho político donde o
Cesaropapismo Imperial. Os Iconoclastas pregavam a retomada do
cristianismo primitivo e o fim da adoração de imagens (Ícones). Em 726,
o Imperador Leão IIII Isaurico proíbe as imagens nas igrejas, exceto a de
Cristo. A partir de 730 se decretou pena de morte aos adoradores de
imagens.

1. A partir das Cruzadas, na Baixa Idade Média, após sofrer urna invasão do
Ocidente (4a. cruzada) que lá fundara o Reino Latino de Constantinopla
(1204 1 1261), o Império Bizantino definha até 'ser tomado pelos Turcos
Otomanos (queda de Constantinopla em 1453), deixando uma profunda
herança cultural da Antiguidade clássica, seus mosaicos e â Igreja de
Santa Sofia, construída no governo de Justiniano.
Alta Idade Média (VIXI)

O Reino dos Francos

1. Dinastia Merovíngia (481/751)

A importância do Reino dos Francos principia- se com Clóvis, a quem é


atribuída a unificação do reino e a conversão dos francos ao cristianismo.
Em sua organização administrativa, dividiu o território em condados.
Entre seus funcionários destaca-se o Major Domus (Prefeito do Palácio ou
Mordomo do Passo).

A partir de 640, o governo passa a ser exercido "de fato" por este
funcionário. Ganha destaque Carlos Martel, que consegue conter a
expansão muçulmana no Ocidente na histórica batalha de Poitiers, em
732. Seu filho, Pepino, a Breve, afasta o último rei merovíngio, Chiderico
III, tornando-se Rei dos Francos e fundando a Dinastia Carolíngia.

2. Dinastia Carolíngia (7511987)

Seu principal soberano é o filho de Pepino, o Breve- Carlos Magno


(7681814). Investiu contra os muçulmanos na Península Ibérica
montando a Marca Hispânica; inicia pela força das armas a cristianização
dos saxões. Derrota os lombardos no norte da Itália e confirma a doação
feita por seu pai ao Papa (Patrimônio de São Pedro, origem do Estado
Pontifício). É sagrado Imperador dos Romanos pela Papa Leão 111;
altera o título para Imperador dos Cristãos, iniciando uma série de
longos conflitos entre o Poder Temporal (Imperadores) e o Poder Espiritual
(Papas). As bases do Império Carolíngio estão nos Missi Dominici que
inspecionam os condados: as leis escritas em Latim nas Capitulárias
organizam a Reino em seus vários setores, incluindo o juramento de
fidelidade obriga tório para todos os Condes e Homens Livres.

Florescem as artes, a literatura e o comércio (Renascimento


Carolíngio). Corri a morte de seu filho e sucessor, Luís, o Piedoso, seus
netos passam a disputar o poder. Tal disputa culmina com o Tratado de
Verdun, em 843 que dividiu o Reino.

O reino de Lotário será dividido posteriormente à sua morte; o Ocidente


passará a denominar-se Francia Ocidentalis e o Oriente, Francia
Orientalis. O primeiro dará origem à França e o segundo, inicial- mente ao
Sacro Império Romano Germânico (Si RG) e posteriormente à Alemanha.
Idade Média

Alta Idade Média (VIXI) - Continuação

A Idade Média é caracterizada pelo feudalismo. Este é definido pelo


predomínio do trabalho servil. A relação social básica é entre senhores
feudais e servos. A sociedade é marcadamente estamental, isto é, sem
mobilidade social e onde os privilégios sociais dependem do nascimento
e são juridicamente consagrados.

A unidade básica de produção é o senhorio que, em determinadas


circunstâncias, transforma-se em feudo. A economia é natural (quase
sem uso da moeda), de consumo (sem mercado) e autossuficiente (basta-
se a si mesma).

Os senhores feudais organizam-se politicamente através da relação da


suserania e vassalagem, que se estabelece mediante entrega de uma
terra (senhorio) que se transforma então em feudo.

O domínio dos senhores feudais sobre os servos é expresso através da


servidão, isto é, de uma série de obrigações dos servos aos senhores:
corvéia (trabalho compulsório gratuito), talha (entrega de uma parte da
produção) e banalidades (taxa pelo uso das instalações).

Baixa Idade Média (XI/XV)


No século XI ocorrem as cruzadas (expedições militares cristãs contra o
Oriente Médio) e com isso a abertura do Mediterrâneo - dominado pelos
árabes desde o século VII. Os árabes, cuja religião muçulmana foi
fundada por Maomé no século VII, unificaram a Península Arábica e
depois se expandiram chegando a dominar a Península Ibérica no século
VIII.

Com a abertura do Mediterrâneo começa o Renascimento Comercial e


Urbano, com o surgimento de vários centros comerciais: na Itália, as
cidades de Veneza e Gênova; a Flandres que produzia tecidos de lã
reexportados pelos italianos para o Oriente; as Feiras de Champagne (na
França) que funcionavam como elos de ligação entre Flandres e Itália e
final- mente a Hansa Teutônica (União de Cidades Alemãs).

Nas cidades, os comerciantes eram dominantes (patriciado urbano), mas


os artesãos eram ativos e se organizavam em Corporações de Ofícios,
cria- das com intuito de evitar a concorrência entre os membros.
Com o comércio surge a burguesia e então o rei começará a se fortalecer.
O feudalismo entra em crise no século XIV (ocorrem as calamidades
públicas: a fome, a guerra e a peste), e é destruído.

Idade Moderna (1453/1789)

Introdução

1. Cronologia: período que situa entre a queda de Constantinopla (1453) e a


Revolução Francesa (1789).

1. A Idade Moderna é o período de transição entre o Feudalismo da Idade


Média (V/XV) e o Capitalismo da ldade Contemporânea (após 1789).
Como consequência, o Antigo Regime (= a situação política, social e
econômica da Idade Moderna) contém traços do Feudalismo e do
Capitalismo.

1. . O Antigo Regime:

a. Economia: Capitalismo Comercial: a acumulação de capital se realiza no


comércio.
• até a Revolução Industrial (1760).

a. Sociedade Estamental: divisão da sociedade em três estados (1º


Estado = clero, 20. Estado = nobreza e 30. Estado = plebe).
• até a Revolução Francesa (sociedade de classe).

a. Política: Absolutismo: concentração dos poderes nas mãos do rei (rei =


Estado).
• até a Revolução Francesa (fim do absolutismo - limitação dos poderes do
Estado).

a. Política Econômica: Mercantilismo = Intervenção do. Estado na


economia.
• até Liberalismo Econômico (Adam Smith, Malthus, David Ricardo).

a. Antigo Sistema Colonial: exploração das colônias americanas.


• até independência dos EUA (1776) e da América Latina (1817/1824).

1. Em resumo:

• Antigo Regime da Idade Moderna chega ao fim com três revoluções


burguesas do final do século XVIII: Independência das colônias inglesas
da América do Norte; Revolução Industrial e Revolução Francesa.
Expansão Marítima Européia (XV/XVI)
1. Fatores:

• Carência de Metais Preciosos: extravasamento dos metais preciosos para o


Oriente,
• Monopólio das especiarias: venezianos.
• Burguesia (comerciantes): interessada em novas rotas de comércio.

• Centralização do Poder Político: somente o rei tem condições de financiar a


expansão pelo Atlântico (Pioneirismo Português).

2. Etapas

a. Portugal inicia a expansão marítima saqueando, em 1415, Ceuta, no


norte da África.
b. em 1492, Cristóvão Colombo, a serviço dos reis da Espanha, tenta chegar
ao Oriente navegando em direção ao Ocidente - Descobrimento da
América.

3. Colonização Espanhola:

a. Conquista dos Astecas e dos Incas por Fernão Cortez e Francisco Pizarro,
respectivamente (exploração dos metais preciosos).
b. Funcionamento: somente o Porto de Sevilha pode comercializar com a
América (Regime de Porto Único).

4. Consequências da Expansão.

a. Revolução Comercial (XV/XVIII) - origina a capitalismo comercial.


b. Exploração colonial.
c. Mercantilismo = Política Econômica do Capitalismo Comercial.
Riqueza = Metais preciosos (ouro + prata).

Renascimento Cultural (XV 1 XVI)


1. Conceito: transformação cultural resultante da passagem da Idade Média
para a Idade Moderna.

1. Características:

• Volta aos ideais greco-romanos.


• Racionalismo - oposição à Fé Medieval.
• Antropocentrismo - oposição ao Teocentrismo Medieval.
• Individualismo.
• Em resumo: o Renascimento inspira-se nos modelos culturais da Antiga Grécia e Roma e
opõe-se a tudo que é Medieval.

1. Fatores:
• O Renascimento resultou da crise do feudalismo, do renascimento do
comércio e das cidades, e do surgimento de uma nova classe social: a
burguesia.

• Renascimento é a expressão dos valores burgueses: racionalismo,


antropocentrismo e individualismo.
• A Itália na época do Renascimento estava dividida em cidades-estados
independentes (Florença, Milão, Veneza), governadas por burgueses que
se destacavam, via de regra por protegerem os artistas (Protetores dos
Artistas = Mecenas).

4. O Humanista é o Intelectual do Renascimento:

• Nicolau Maquiavel, humanista italiano, deu origem à Ciência Política


Moderna, secularizando o pensamento político, no livro O Príncipe.
• Erasmo de Rotterdã, humanista holandês, escreveu O Elogia da Loucura.
• Na Inglaterra, Thomas Morus, em A Utopia, foi o primeiro a pensar em uma
sociedade sem desigualdades sociais.
• Com o Renascimento, as antigas teorias Geocê ntricas (= aterra é o centro
do universo) foram substituídas pelo Heliocentrisrno (= o Sol é o
centro), sustentado por Copérnico e Galileu Galilei. E Francis Bacon no
Novo Organum desenvolveu o método de verificação experimental na ciência
(Método lndutivo).

Reformas Religiosas (XVI)


1. Conceito:

Ruptura da Unidade Cristã do Ocidente: Advento do Protestantismo.

1. Fatores:

• Intensificação da Fé x Inadequação do Clero.


• Humanista (tradução da Vulgata = Bíblia escrita em Latim).
• Protestantismo favorece a centralização do poder político nas mãos do rei
(Inglaterra) e nas mãos dos duques na Alemanha (SIRG).
• Formação de uma nova classe social: a burguesia.

3. Precursores da Reforma (Fim do Século XIV)

• John Wyciiff-lnglaterra: traduziu a Bíblia para o Inglês.


• John Huss - Bohémia (Tchecoslováquia): foi o executado pelo Concílio de
Constança.

4. Etapas:

I.Alemanha (SIRG) - Martinho Lutero

• 1517: 95 teses (Críticas à Igreja).


• 1520: O Papa Leão excomunga Lutero.
• 1521: Na Dieta de Worms, Lutero é banido da Alemanha pelo Imperador
Carlos V, mas refugia-se no castelo de Frederico, duque da Saxônia.
• Na Dieta de Spira (152611529), Carlos V procura impedir a expansão do
Luteranismo, o que motiva o Protesto dos príncipes Luteranos, que
passam a ser conhecidos como Protestantes.
• Em 1530, nas Confissões de Augsburg, Felipe Melanchton expõe os
princípios do Luteranisrno:
a. Salvação pela Fé.
b. Abolição do Celibato Clerical.
c. Livre interpretação da Bíblia.
d. A Liturgia é rezada em Alemão.

I.Suíça:

• João Calvino toma o poder na cidade de Genebra.


• Calvino - Salvação - Predestinação.
• Calvinismo - Critério -Acumulação de capital.

NOTA:
O calvinismo adequa-se à mentalidade burguesa, favorecendo a
acumulação de capital e, portanto, o desenvolvimento do Capitalismo.

c) Inglaterra: O rei Henrique VIII, por motivos políticos e econômicos,


rompe com Roma através do Ato de Supremacia (1543) e dá origem ao
Anglicanismo.

d) A Reforma Católica:

• Concílio de Trento (1545/1563): confirma a doutrina, mas proíbe a venda de


indulgências.
• Contrarreforma: "índice de livros Proibidos” e “lnquisição = Tribunais
Eclesiásticos".
• Atuação da "Companhia de Jesus" fundada por Inácio de Loyola em 1534.

Absolutismo Monárquico (XV/XVIII)


1. Conceito:

Governo pessoal do rei (Estado = rei)

2. Fatores:

• A concentração dos poderes nas mãos do rei resulta da luta equilibrada


pelo poder político entre a burguesia e a nobreza. A intervenção do
estado na economia, através do Mercantilismo, visa ao fortalecimento do
Estado, o que contribui, ainda mais, para a concentração do poder.

• Teóricos do Absolutismo:
- Jacques Bossuet: Política Tirada da Sagrada Escritura.
- Thomas Hobbes: O Leviathã.
Nota

Com Bossuet, formula-se a teoria do direito divino dos reis, segundo a


qual o poder absolutista deriva de um consentimento de Deus e não dos
súditos.

3. Absolutismo Francês:

a) Início:
Após a "Guerra dos Cem Anos" (1337/1453).

b) Século XVI:

Com a crise do absolutismo, iniciam-se as "Guerras de Religião' que


opõem os "Católicos" aos 'Huguenotes" (Protestantes), lidera- dos por
Henrique de Navarra.

c) Em 1589, com a ascensão ao trono de Henrique de Navarra (converte-


se ao catolicismo), encerram-se as guerras de religião e tem início a
Dinastia Bourbon.

d) “‘A Dinastia Bourbon” (158911789):


• Henrique IV - "Edito de Nantes" Liberdade de culto aos protestantes.
• Luís XIII - ministro - Cardeal Richelieu.
• Luís XIV:
* Governo - Cardeal Mazarino: reprime as 'Frondas' (Revoltas da Nobreza).
• Governo Pessoal- ("Auge do Absolutismo") Domestica nobreza (constrói
Versalhes) e seu Ministro das Finanças, Colbert, estimula o
desenvolvimento das manufaturas de luxo ("Mercantilismo Colbertista ou
Industrial”).

4. Absolutismo Inglês

a) Com a "Guerra das Duas Rosas" (14551/1485), a nobreza inglesa,


enfraquecida, não consegue evitar a ascensão política de HenriqueVIl
(dinastia Tudor) - início do absolutismo.

b) Dinastia Tudor (1485/1603)


• Henrique VIII - rompe com a igreja (Anglicanismo), confisca as terras da
Igreja.
• Elizabeth I (1558/1603) - interfere na economia (Mercantilismo), protege os
corsários que atacam as embarcações espanholas cheias de prata, e
vence a guerra contra Felipe II, Rei da Espanha, em 1588 (destruição “da
‘Invencível Armada”).

c) Dinastia Stuart (1603/1640):


• Jaime I
(160311625) Crise do Absolutismo
• Carlos I Conflito: Rei x Parlamento
(162511640)
Nota

O Absolutismo inglês, ao contrário do francês, foi sempre Absolutismo de


fato e não de direito. A Magna Carta (1215), documento imposto ao rei
pelos barões feudais ingleses, exigia que o rei se submetesse às decisões
do Parlamento, com relação à cobrança de impostos. Mais tarde, o
Parlamento divide-se em Câmara do Comuns (burguesia) e Câmara dos
Lordes (nobreza). Com o enfraquecimento do Parlamento, o poder passa
a ser exercido pelo rei de forma absolutista, isto é, sem consultar o
Parlamento e, portanto, desrespeitando a Magna Carta. Durante a
Dinastia Stuart, a burguesia fortalecida no governo de Elizabeth I exige,
através da Câmara dos Comuns, o cumprimento da Magna Carta, isto é,
exige que o rei obedeça às determinações do Parlamento. Em suma, o
Parlamento que possuía o poder de direito (Magna Carta) pretendia
transformá-la em poder de fato, e o rei, por sua vez, procurava mudar a
lei, transformando o seu poder de fato em poder de direito. Assim,
durante o século XVII, eclodem as grandes revoluções burguesas da
Inglaterra que opõem rei e Parlamento e que findam com a vitória da
burguesia e do Parlamento.

As Revoluções Inglesas do Século XVII

1. Revolução Puritana (1640/1660):

a. Conceito:

• Revolução liderada pela burguesia (Puritanos = Calvinistas Ingleses)


contra o absolutismo da dinastia Stuart. Conflito entre o Parlamento e o
rei.
• Guerra Civil (1642/1645); Oliver Cromwell - comandante dos "Cabeças
Redondas" - vence as tropas do rei em Naseby (1645) e em 1649 Carlos I
é executado.

'b) República Inglesa" (1649/1660)

• Oliver Cromwell - "Ato de Navegação" (1 645)


• Estímulo à marinha inglesa.

2. Restauração dos Stuarts (1660/1688)

a. Carlos II (1660/1685).
b. Jaime II (1685/1688) - Tentativa de restabelecimento do Absolutismo.

2. Revolução Gloriosa (1688)


a. Deposição de Jaime II.
b. O Parlamento oferece a coroa a Guilherme de Orange, que, no entanto, é
obrigado a aceitar a "Declaração dos Direitos" (1689) (Bill of Rights), que
impõe a supremacia do Parlamento na Inglaterra (Parlamentarismo).

Nota:

A Revolução Puritana, liderada por Oliver Cromwell, e a Revolução


Gloriosa constituem-se nas Revoluções Burguesas, portanto, anti-
absolutistas, da Inglaterra. Revoluções que impuseram o Parlamentarismo
e criaram as condições políticas para o desenvolvimento econômico e,
portanto, para a industrialização inglesa.

O Século XVIII - O lluminismo e o Despotismo


Esclarecido

1. A Crise do Antigo Regime:

a. O Antigo Regime é o período de transição para o Capitalismo. É durante o


Antigo Regime que se dará uma acumulação de capital que tornará
possível a vitória da burguesia sobre a nobreza e o rei absolutista.
b. Assim, durante o século XVIII, a crise do Antigo Regime da Idade Moderna
se manifestará na filosofia iluminista ou liberal, na Independência dos
EUA (1776), na Revolução Industrial (1760) e na Revolução Francesa (1
789).
c. As Revoluções Burguesas do final do século XVIII e início do século XIX
terão como causa cultural o lluminismo ou o Liberalismo.

1. O lluminismo:

a. Conceito: filosofia burguesa do século XVIII, que se define por oposição:

• ao Absolutismo: concentração de poderes nas mãos do rei.


• À Sociedade Estamental: privilégios do clero e nobreza.
• ao Mercantilismo: o estado intervém na economia.

a. Filósofos:

• John Locke-. Tratado sobre o Governo Civil - Governo Parlamentarista.


• Montesquieu: O Espírito das Leis - divisão dos poderes: Executivo /
Legislativo /Judiciário.
• Voltaire-. Cartas Filosóficas.
• Rousseau: O Contrato Social - Teoria da Vontade Geral (Democracia).

a. Economistas:

• François Quesnay-. O Quadro Econômico (Laissez Faire, Laissez Passer) -


Fonte da Riqueza = Terra (Fisiocracia).
• Adam Smith: A Riqueza das Nações - Fonte da Riqueza: Trabalho.

Nota:

O Liberalismo Econômico divide-se em duas escolas: a Fisiocracia e o


Liberalismo Clássico de Adam Smith, Malthus e David Ricardo. De uma
maneira geral, o Liberalismo é contrário à ingerência do Estado na
economia. Para os liberais, a economia dispensa o controle do Estado,
porque ela é capaz de autorregular-se através das Leis Naturais.

d) Enciclopédia:

• Difusão dos ideais lluministas.


• Enciclopedistas -. Diderot e D'Alembert.

1. O Despotismo Esclarecido:

a. Alguns reis absolutistas absorvem algumas propostas iluministas e


procuram fazer reformas sem, no entanto, abdicarem de seus poderes
absolutos.
b. Esses reis absolutistas influenciados pelo lluminismo são chamados de
Déspotas Esclarecidos.
c. Alguns Déspotas Esclarecidos:
• D Frederico II - Prússia.
• José II - Áustria.
• Catarina II - Rússia.
• D. José I (Ministro Pombal) - Portugal.
• Carlos III (Ministro Aranda) - Espanha.
História Contemporânea (1789 / )

Introdução
É somente no final do século XVIII, basicamente após três grandes
Revoluções Burguesas (independência dos Estados Unidos, Revolução
Industrial e Revolução Francesa), que se completa o processo de
formação do Sistema Capitalista. O Antigo Regime, característico da
Idade Moderna (1453 /1789), foi abaixo com três Revoluções, cedendo
lugar ao Capitalismo.

Antigo Regime (1453/1789)


• Economia: Capitalismo Comercial
• Sociedade Estamental. (Pouca mobilidade social e desigualdade perante a
lei).
• Política: Absolutismo (rei = Estado)
• Política Econômica: Mercantilismo (Intervenção do Estado na economia)

Capitalismo (Século XVIII /)


• Economia: Capitalismo Industrial
• Sociedade de Classe: Desigualdade social; apesar da lei mobilidade social;
• Política: Liberalismo Político
• Política Econômica: Liberalismo (oposição à intervenção estatal),

Revolução Francesa (1789/1799)

A Revolução Francesa, embora não fosse a única Revolução Burguesa da


história, foi o modelo clássico de Revolução Burguesa, e contou ainda com
grande participação popular (sans-culottes e camponeses), Ao contrário das
outras Revoluções, foi também um movimento preocupado com a exportação
de seus ideais.

Resultou basicamente do crescimento econômico do século XVIII, que


esbarrou nos obstáculos impostos pelo Absolutismo e nos privilégios do 1 º
Estado (clero) e do 2º Estado (a nobreza). Luís XVI e seu Ministro das Finanças
(Necker) tentaram fazer reformas que fracassaram devido à oposição do clero
e da nobreza. Luís XVI convoca, então, os Estado Gerais (1a. fase da
Revolução). No interior dos Estados Gerais houve um conflito a respeito do
critério de votação, e o rei dissolveu os Estados Gerais.

Os representantes do 3º Estado reuniram-se na Quadra de Jogo da Péla,


onde deram origem à Assembleia Constituinte (2ª fase), que extinguiu o
Absolutismo, os privilégios de nascimento e elaborou a Constituição Burguesa
de 1791. Durante a 3ª fase (A Assembleia Legislativa), a França é invadida
pelos austro-prussianos, o que desencadeou a revolta sans-culottes de 10 de
agosto de 1792, que derrubou a Monarquia e estabeleceu o Sufrágio Universal.

A Convenção (4ª fase) proclamou a 1ª República e executou o rei. A


França foi então invadida (1ª Coligação) ao mesmo tempo em que eclodiu a
Revolta Camponesa antirrevolucionária da Vendéia. Foi nessa conjuntura
política que os jacobinos, através de um golpe político, estabeleceram o
Período de Terror, liderado por Robespierre. Depois de pacificar o país,
Robespierre foi deposto (Golpe do Thermidor), iniciando pouco depois o
Diretório (5ª fase). A burguesia exerceu o poder na fase do Diretório que, no
entanto, enfrentando graves dificuldades políticas, foi extinto pelo golpe 18 do
Brumário, liderado por Napoleão Bonaparte. Bonaparte consolidou a Revolução
internamente, ao mesmo tempo em que propagou seus princípios na Europa.

Período Napoleônico (1799/1815)


Bonaparte foi o consolidador da ordem burguesa na França. Durante o
Consulado (1799 / 1804), Pacificou o país, combatendo o Movimento Jacobino
(popular), assinando a Concordata com a lgreja (1801) e concedendo anistia
aos Realistas Emigrados (1802). Organizou um corpo de leis de inspiração
burguesa, que protegia a propriedade privada e proibia a greve (Código Civil
Napoleônico - 1804). Durante o Império (1804/1814), procurou afastar da
Europa os produtos ingleses objetivando "criar mercados cativos" para
produtos franceses.

Provoca dessa forma a guerra com a Inglaterra e o Bloqueio Continental


de 1806. Como consequência do Bloqueio Continental, invade a Península
Ibérica e, mais tarde, em 1812, a Rússia.

Derrotado na Espanha e na Rússia, é vencido na Batalha de Leipzig e


exilado em 1814 na ilha de Elba. Foge de Elba em 1815, voltando ao poder
(“‘Cem Dias”) quando é definitivamente batido em Waterloo. Bonaparte
consolidou, no entanto, a Revolução, garantindo as conquistas burguesas e as
pequenas propriedades camponesas surgidas durante a Revolução.

A Europa no Século XIX

1. Congresso de Viena (1814/1815) e a Santa Aliança

O Congresso de Viena, convocado após a primeira derrota de Napoleão,


tinha como objetivo reorganizar a Europa, de acordo com os interesses das
grandes potências. O representante francês Talleyrand propôs o princípio da
Legitimidade e Metternich defendeu o equilíbrio europeu. As decisões do
Congresso não levaram em consideração nem o princípio das nacionalidades e
nem o liberalismo. Como consequência, a Europa estabelecida pelo Congresso
será marcada por agitações nacionalistas e liberais. Objetivando assegurar a
ordem europeia, as grandes potências irão se reunir em uma Santa Aliança,
que fará intervenções militares em diversas regiões da Europa.

1. A França Pós-Napoleão
Com a queda de Napoleão, retorna ao governo francês a Dinastia Bourbon.
Luís XVIII outorga, em 1814, uma Constituição, que procura manter um
equilíbrio entre a burguesia e a nobreza. Com Carlos X, esse equilíbrio é
rompido, o rei, favorável apenas à nobreza, procura restabelecer o
Absolutismo. Há uma cerrada oposição burguesa e eclodem nas ruas de Paris
agitações populares, nos dias 27, 28 e 29 de julho de 1830, chamadas de
"Jornadas Gloriosas". Carlos X é deposto e a burguesia indica, para substituí-lo,
Luís Felipe de Orleans, o rei burguês. De 1830 a 1848 há um crescimento do
proletariado francês, que não tem, no entanto, direito de participação política.
A partir de 1840, o primeiro-ministro de Luís Felipe é o conservador Guizot, que
mantém a oposição sob controle até 1845, quando um conjunto de crises
resultantes de problemas agrícolas atinge a Europa. A oposição ao rei e a
Guizot, fortalecida com a crise, organiza "A Campanha dos Banquetes", onde
faz críticas à situação política francesa. A proibição da realização de um
banquete em Paris é o estopim de uma grande revolta operária (22, 23 e 24 de
fevereiro de 1848). As tropas abandonam o rei, Luís Felipe é deposto, e é
imediatamente organizado em Paris um governo provisório, que conta pela
primeira vez com a participação do operariado. O governo provisório proclama
a 2ª República Francesa e cria as "Oficinas Nacionais", visando absorver a mão-
de-obra flutuante. Mais tarde, as Oficinas Nacionais são fechadas, atirando no
desemprego milhares de operários.

Eclode, como consequência, em junho de 1848, um novo levante operário,


que é barbaramente reprimido pelo general Cavaignac. Em dezembro de 1848,
Luís Napoleão Bonaparte elege-se presidente e, em 1852, torna-se imperador,
colocando fim à 2ª República e iniciando o 2º Império.

A Revolução de 1848 contou com a participação maciça do operariado


francês, cujo programa político já era o Socialismo.

3. Unificação da Alemanha (1863/1870)

O Congresso de Viena dividiu a Alemanha em 39 Estados Independentes


que formavam uma Confederação Germânica. Em 1834, a Prússia propõe aos
demais Estados da Confederação a adoção de uma mesma tarifa aduaneira.
Tem início, dessa forma, o Zollvenrein, que facilitou o comércio entre os
Estados germânicos e promoveu o desenvolvimento da indústria pesada
prussiana. A burguesia prussiana está interessada em ampliar o mercado, o
que apenas é possível se houver a unificação política. O rei da Prússia,
Guilherme I, indica palra a chancelaria o nobre-junker Bismarck. A diplomacia
bismarckiana conjugada com o poderio do exército prussiano aglutina os
Estados germânicos em torno da Prússia e a unificação completa-se em 1870.

No entanto, para unificar os estados do Norte foi necessária a vitória


sobre a Áustria na “Guerra das 7 Semanas" e a unificação do Sul apenas foi
possível após a derrota da França, governada por Napoleão lII. A França
vencida, assina o Tratado de Frankfurt, por intermédio do qual cede à
Alemanha as regiões da Alsácia e Lorena. Guilherme I, antigo rei da Prússia, é
coroado Kaiser, na "Sala dos Espelhos" do Palácio de Versalhes, portanto,
dentro da França.

A derrota e a humilhação da França suscita o aparecimento do


nacionalismo francês anti-germânico e revanchista, que será fator da Primeira
Guerra Mundial.

4. A Unificação da Itália (1859/1870)

O Congresso de Viena fragmentou politicamente a Itália: Lombardia e


Veneza foram entregues à Áustria, o centro da Itália ao Papa, o extremo sul da
Itália, o reino das duas Sicílias, embora politicamente independente, era
governado pela dinastia de origem francesa, os Bourbons.

Algumas regiões do Reino Sardo-piemontês, situado a noroeste,


industrializam-se, a burguesia piemontesa pressiona o governo no sentindo da
unificação política, que foi realizada por Vítor Emanuel II e seu ministro
Cavours.

Este último encontra-se em 1858 com Napoleão III em Plombières, e em


troca de auxílio militar promete ceder à França, Nice e Savóia. Em 1859, inicia
a luta conjunta do Piemonte e França contra Áustria, que, derrotada, entrega a
Lombardia ao Piemonte. Contudo, na Itália, ao contrário da Alemanha, o
processo de unificação política contou com a participação decisiva da
população. Garibaldi, após organizar os "Camisas Vermelhas", recebe o apoio
da população sulista e anexa o reino das duas Sicílias. A cidade de Veneza
apenas foi anexada por Vítor Emanuel II, em 1866, quando a Áustria foi vencida
pela Prússia. Roma permaneceu sob o domínio papal até 1870. A anexação de
Roma por Vítor Emanuel II inicia um conflito com o Papa, conhecido como
"Questão Romana". Em 1929, pelo Tratado de Latrão, o Papa recebe o Vaticano,
chegando ao fim a "Questão Romana".

O Tratado de Latrão foi assinado por Mussolini e Pio XI.

Revolução Industrial

Tratou-se de uma série de alterações vividas pela Inglaterra dos séculos XVIII e
XIX, que ocorreram tanto na produção de mercadorias como nas formas de
pensar e agir, passando por mudanças também na organização da sociedade.

Tais mudanças ocorreram simultaneamente, mas a raiz de todas elas


está na alteração do caráter da produção que, em geral, se associa à utilização
de máquinas movidas por energia mecânica, em substituição às movidas pela
força humana ou animal.

Tal alteração no caráter da produção decorreu, por sua vez, de um


processo de conflito social envolvendo produtores de manufaturas (artesãos) e
capitalistas, que culminou, entre outras coisas, com a instalação da fábrica
mecanizada como unidade de produção de manufaturas dominante no "mundo
moderno".

• Sistema de Fábrica

A introdução da máquina movida a força mecânica criava uma nova


situação para o trabalhador. Funcionando independentemente de sua vontade,
a máquina obriga-o a submeter-se ao seu tempo a ao seu ritmo. Ademais, a
mecanização produzia uma maior divisão técnica do trabalho tornando o
trabalhador um simples executor de tarefas repetitivas, executor de
apenas uma parte do produto final, cujo processo de produção ele não mais
domina.

No âmbito do processo produtivo o crescente predomínio do Sistema de


Fábrica produzia uma maior divisão técnica do trabalho (cada máquina só
pode fazer uma operação simples), maior produtividade, e o surgimento do
trabalhador tarefeiro (assalariado, submetido à disciplina do tempo e do ritmo
da máquina). No âmbito da sociedade produziu a miserabilização do
trabalhador que ao ver-se transformado num simples realizador de tarefas
repetitivas viu-se na condição de ser facilmente substituído por um outro,
inexperiente, mais barato. O que, aliás, produziu o ingresso das mulheres e
crianças no mercado de trabalho assalariado.

O liberalismo e o Socialismo

Vinculado à burguesia aparece ainda no século XVIII o Liberalismo; e


como consequência do surgimento de uma classe social desprovida da
propriedade aparece no século XIX o Socialismo. Enquanto o Liberalismo
preocupa-se em legitimar a propriedade privada e a sociedade burguesa; o
socialismo critica a sociedade de classes que resulta da propriedade privada
defendendo a socialização a propriedade e abolição das desigualdades sociais.

O Socialismo divide-se em Utópico ("Acordo de Classe") e Científico


("Luta de Classe"). O Liberalismo Econômico também desde o século XVIII está
dividido em Fisiocrata (Riqueza = Terra) e Clássico (Riqueza = Trabalho
Especializado). No final do século XIX, o teórico Edward Bernstein, através de
várias "revisões" do pensamento de Marx dá origem ao "Socialismo
Revisionista", que propõe a transformação lenta e gradual do Capitalismo em
direção ao Socialismo. O Revisionismo dará origem à "Sociedade Fabiana' na
Inglaterra, base do futuro "Partido Trabalhista" (1906), e na Alemanha, ao
"Partido Socialdemocrata". Os "Revisionistas" defendem a realização
progressiva do Socialismo. Contra os Revisionistas, manifestavam-se os
"Socialistas Ortodoxos", como Lênin ("Partido Bolchevista) e Rosa Luxemburgo
("líder dos Espartaquistas, núcleo do futuro PC alemão") que mantinham a tese
da necessidade da "Revolução Operária" e da Ditadura do Proletariado, para
destruição do Capitalismo.

O Colonialismo do Século XIX

Na segunda metade do século XIX, a industrialização expande-se para


novos Países europeus e duas nações não europeias: EUA e Japão. Além de
várias transformações tecnológicas, a Segunda Revolução Industrial
caracterizou-se pela fusão de grandes empresas e consequentemente pela
substituição do Capitalismo Concorrencial pelo Monopolista.

A expansão industrial, por outro lado, leva a uma disputa entre os Países
por mercados cujo resultado foi a divisão da Ásia e da África. Inglaterra e
França conseguiram dominar as maiores e melhores colônias; Alemanha e
Itália, que se unificaram e se industrializaram tardiamente, ficaram com um
campo colonial limitado. A corrida colonialista, por outro lado, abre novas
frentes de conflito, entre as potências industrializadas. O Sudão foi disputado
por França e Inglaterra. Em 1904, após entrarem em um acordo sobre a Egito,
Inglaterra e França aproximam-se, formando a Entente Cordial. Em 1905 eclode
a 1ª crise marroquins, que opõe a França e a Alemanha. Na Conferência de
Algeciras fica estabelecida a preponderância francesa, embora a Alemanha
pudesse continuar comercializando livremente com o Marrocos. Em 1911 há
uma 2ª crise marroquina e a França, sempre apoiada pela Inglaterra, fica com o
Marrocos em prejuízo da Alemanha.
Primeira Grande Guerra (1914/1918)

1 . Significado:

Conflito entre as nações capitalistas desenvolvidas, portanto carentes de


mercados consumidores, pelo domínio de mercados externos.

2. . Fatores:

a) Nota:

As nações Capitalistas não se industrializaram todas ao mesmo tempo. O


desenvolvimento dos países capitalistas é, portanto, desigual. Quando a
Alemanha industrializou-se, grande parte do mercado mundial já se encontrava
ocupado pelo capitalismo inglês e francês. No final do século XIX, porém, o
ritmo de desenvolvimento industrial alemão superava o inglês em alguns
setores; apesar de continuar sem grandes mercados exteriores. O governo
alemão procurou então favorecer a expansão da economia alemã,
radicalizando dessa forma um conflito com a Inglaterra e a França.
Exemplos: política de dumping nos mercados externos "Estrada de Ferro
Berlim-Bagdá” (Bagdaban - 1898). Conflito com a França pelo Marrocos ('Crises
Marroquinas').
a. Outros Fatores:
• "Revanchismo Francês" devido à perda da Alsácia e Lorena para Alemanha.
Conflito nos Balcãs entre a Áustria-Hungria x Rússia + Sérvia. Nacionalismo
xenófobo (xenofobia = Aversão ao Estrangeiro).
• Paz Armada = Corrida Armamentista (1871/1914).
• Sistema de Aliança.
Tríplice Aliança = Alemanha, Áustria e Itália
X
Tríplice Entente = Inglaterra, França e Rússia
• "O Atentado de Sarajevo" (28/06/1914); assassinato do futuro imperador
austríaco Francisco Ferdinando precipita a Guerra.

3. A Guerra:
a. Ano1917: a Rússia sai da guerra (“Revolução Bolchevista”) e assina com a
Alemanha o Tratado de Brest-Litovsky (1918 - a Rússia cede territórios).

• Como consequência, da guerra submarina Alemã, os EUA declaram Guerra.

a. 1918: derrota da Alemanha e Aliados (Áustria, Hungria e Império Turco).


c) O Presidente norte-americano formula a proposta de Paz (“14 Pontos de
Wilson”).

4. Consequências

a. A Alemanha foi obrigada a aceitar o "Tratado de Versalhes" (1919) - um


verdadeiro "diktad".

a. Desmembramento do Império Austro-húngaro e o Turco.

a. Novos Estados: Hungria, Tchecoslováquia, Polônia, Iugoslávia.

a. A 14ª Proposta de Wilson dá origem à “Liga das Nações".

a. Os EUA desenvolvem-se com a guerra, transformando-se na Primeira


Potência Capitalista no Pós-guerra.
b.
c.
d.
e.
f.
g.

Nota:

O período que se estende de 1870 a 1945 será marcado por um


conflito acentuado entre as nações capitalistas imperialistas. O
desenvolvimento industrial acelerado tornava imprescindível a
anexação de mercados externos. Com a Segunda Guerra Mundial,
com o avanço do socialismo na Europa, as nações capitalistas pós-
1945 fundem seus capitais e participam conjuntamente da
exploração dos mercados internacionais, for- mando, dessa forma,
um bloco relativamente coeso.
Em suma, após 1945, atenua-se o conflito Inter imperialista devido à
internacionalização dos mercados e dos capitais.

A Revolução Russa (1917)


1. Fatores:

a. Crise do Absolutismo czarista. A Rússia não havia ainda realizado, no século


XX, a sua revolução burguesa anti-absolutista. A partir de 1890, com a
Revolução Industrial surgiram novas classes sociais (burguesia e operariado)
que não tinham direito de participação política. Em 1903, apareceram o
Partido Bolchevista (liderado por Lênin) e os menchevistas.

a. Em 1904/1905, a Rússia czarista foi derrotada pelo Japão no Oriente. À


medida que o czarismo era batido pelo Japão, internamente ao país,
eclodiam agitações camponesas ('Revolução de 1905"). O governo assinou a
paz com o Japão, liberou as tropas da frente de guerra e reprimiu o
movimento popular, terminando com a "Revolução de 1905'. Lênin
denominou o movimento de 1905 de “Ensaio Geral”.

a. Após 1905: as contradições da sociedade russa tornavam-se cada vez mais


agudas:
• Questão Social: operários: baixos salários, jornada de 15 horas, etc..
• Questão Camponesa: grande concentração da propriedade rural.
• Questão das Nacionalidades: as diversas nacionalidades do Império
iniciavam movimento por autonomia política.
• Primeira Grande Guerra: a Rússia foi seguidamente derrotada pela
Alemanha na frente de batalha; o que provocou revoltas das tropas.
• Fevereiro de 1917: greve geral na cidade de Petrogrado: queda do Czar
Nicolau II.

Nota:

A burguesia russa era dependente do capital financeiro francês. A


industrialização russa foi o resultado da aplicação de capital
europeu no país. Portanto, a burguesia, dependente e fraca, era
incapaz de absorver as reivindicações operárias, de realizar uma
reforma agrária, de conceder autonomia política às nacionalidades
e principalmente (devido à dependência com a França) de retirar a
Rússia da guerra.

2. Etapas:

a. Revolução Burguesa de Fevereiro (1 91 7). o governo (Príncipe Lvov) realiza


algumas reformas liberais, mas mantém a Rússia na guerra. Novas
manifestações operárias e queda de Lvov.

a. Governo de Kerênski. Mantém o país na guerra; nesse período o poder era


cada vez mais controlado pelos sovietes: conselhos de operários, soldados e
camponeses. Os bolchevistas vão se tornando majoritários nos sovietes.

a. Revolução Operária de Outubro (1917). Ascensão dos "bolchevistas"


(Ieninistas), apoiados pelos sovietes.

• Lênin: "Presidente dos Comissários do Povo" forma a URSS.

3. O Socialismo Soviético

a. O Comunismo de Guerra (1918/1921). Guerra Civil: 'Exército Vermelho'


(organizado por Trótski) x 'Exército Branco" (Antirrevolucionário), auxiliado
pelas potências capitalistas que invadem a Rússia (Inglaterra, Japão, França,
etc.). 1921: vitória do Exército Vermelho.

• Países capitalistas: 'Cordão Sanitário" - cerco da URSS.

a. A NEP (1921/1929) - A Nova Política Econômica:

Setor privado no campo Kulacs (camponês


proprietário)
Economia mista
Setor estatal: indústria de base.

a. Planos Quinquenais (Pós - 1929)


• Planificação econômica, coletivização, fim da NEP e dos kulacs. Grande
desenvolvimento da indústria de base.

4.
Com a morte de Lênin em 1924, houve uma disputa
pelo poder entre Stálin (tese = consolidação do
socialismo na Rússia) e Trótski (tese = o socialismo
não de realiza em um só pais, há a necessidade de
exportara Revolução).

• Vitória de Stálin e exílio de Trótski.

Nazismo e Fascismo

1. Itália:

a. 1919: fundação do Partido Fascista por Benito Mussolini.

• grupo paramilitar "Camisas Negras".

a. Ascensão:

• contando com o apoio da "burguesia italiana', em 1922, após a "Marcha


sobre Roma", Mussolini torna-se primeiro-ministro. 1924: vitória eleitoral do
Partido Fascista e assassinato do líder socialista Mateoti.

a. Características do Fascismo:
• Nacionalismo fanático.
• Militarismo.
• Imperialismo: anexação da Etiópia (1935/1936).

Anti comunismo
liberalismo

• Corporativismo.

2. Alemanha

a. 1919: Fundação do “Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães”


(Nazi).

a. Após a Crise de 1929: vitórias eleitorais


• 1933 - Hitler: chanceler (primeiro-ministro):
1933 - Incêndio do Reichstag e perseguição aos comunistas.
1934 - "Noites dos Longos Punhais" e fim das "seções de assaltos' (setor
popular do Partido Nazi).

• 1934 - Hitler: chanceler e presidente:

1935 - Serviço Militar Obrigatório.


1936 - Remilitarização da Renânia.
1938 - União: Alemanha e Áustria (Anschluss)
1938 - Após a 'Conferência de Munique", anexação dos Sudetos
(Tchecoslováquia).
1939 - Ataque à Polônia, após o Pacto Germano-soviético - Início da
Segunda Guerra.

Crise de 1929 ("Quebra da Bolsa de Nova York")

1. Características:

• Crise cíclica do Capitalismo.


• Crise de superprodução.
• Atinge todos os países capitalistas e todos os setores da economia.

Nota:

A não intervenção estatal na economia foi um dos fatores que


favoreceu a crise. A superação da crise de acordo com as
propostas do economista inglês Lord Keynes, pressupôs o
aumento da intervenção estatal na economia.

2. Solução da Crise:

a. EUA:

• Franklin Roosevelt (Democrata)


• New Deal - Recuperação do Mercado Interno.

• Amplo Mercado Interno.

a. Inglaterra e França:

• Aumento da exploração das Colônias.


• Países com grandes mercados externos.

a. Alemanha, Itália e Japão:

• Países de Capitalismo Tardio, carentes da importação de produtos básicos, e


sem grandes mercados exteriores.
• Solução: desenvolvimento da indústria de guerra e anexação de mercados
exteriores (tentativa de redistribuir os mercados externos).
• Consequência: Segunda Guerra Mundial (1939/1945) Alemanha, Itália e
Japão formaram um dos blocos da Segunda Guerra Mundial: o “Eixo”.

Segunda Grande Guerra (1939/1945)

O Japão, a Alemanha nazista e a Itália fascista procuram solucionara crise


resultante da "quebra da Bolsa de Nova Iorque em 1929”, promovendo a
indústria de guerra, e iniciando uma política de anexação territorial, com a
finalidade de encontrar novos mercados fornecedores e consumidores.

A Itália fascista invade em 1936 a Etiópia; a Alemanha após anexar a


Áustria (Anschluss), recebe a aprovação da França e da Inglaterra para a
imediata invasão dos Sudetos (Região da Tchecoslováquia); e, finalmente, o
Japão depois de ocupara Manchúria, invade a China.

A "política de apaziguamento" dos governos francês e inglês para o


regime nazista baseava-se na crença de uma futura invasão da Rússia
socialista pelas tropas alemãs. As grandes nações capitalistas procuravam
utilizar o nazismo contra o seu pior inimigo: a URSS. Em 1939, Stálin consegue,
no entanto, se aproximar da Alemanha “através do Pacto Germano-soviético ":
Ribbentrop (ministro das relações exteriores da Alemanha) e Molotov (ministro
soviético) negociaram a divisão da Polônia. O Pacto Germano-soviético de 1939
favorece de imediato a URSS que transfere as suas indústrias para além dos
Montes Urais e ganha tempo para fortalecer o exército.

Após exigir em vão a devolução do porto de Dantzig e do corredor


polonês, Hitler ordena a invasão da Polônia que, no entanto, provoca a
declaração de guerra à Alemanha pela França e Inglaterra.

Em outubro de 1941, o primeiro-ministro inglês Churchill e o presidente


norte-americano Roosevelt, encontram-se a bordo do navio Augusta, e assinam
a “Carta do Atlântico”: os EUA solidarizavam-se com os povos atacados e
iniciavam o fornecimento de armas aos ingleses. A carta enfatizava, por outro
lado, o direito de autodeterminação dos povos.

OS EUA não haviam até então entrado na guerra. A participação norte-


americana resultou da disputa pela hegemonia no Pacífico com o Japão. Os EUA
possuíam capitais aplicados na Manchúria, região ocupada pelo Japão em 1931.

O governo norte-americano exige a retirada das tropas japonesas e inicia


represália contra o Japão:
• corta o envio de ferro, aço, petróleo e borracha ao Japão .
• bloqueia os capitais japoneses aplicados nos EUA.

Em dezembro de 1941, após o ataque japonês à base naval norte-


americana de Pearl-Harbour, os EUA declaram guerra.

Em 1941, a Alemanha invade a URSS: operação Barba-ruiva. Hitler


procurava assinar a paz com a Inglaterra conquistando a simpatia dos partidos
de direita ingleses através da invasão da Rússia. Além do mais Alemanha
precisava garantir o fornecimento de produtos russos: trigo da Ucrânia,
petróleo de Baku, que a divergências políticas e ideológicas entre Alemanha
nazista e a Rússia socialista, ameaçavam cortar.

Contudo, é nessa frente que a guerra se decide. Em 1943, a URSS detém


o avanço nazista na mais cruenta batalha do século: Estalingrado. Após
Estalingrado os nazistas encontram-se virtualmente batidos. Churchill teme a
expansão do Exército Vermelho sobre a Europa, e posterga, como
consequência, a abertura de uma nova frente contra os nazistas.

Em novembro de 1943 os três grandes: Churchill, Roosevelt e Stálin


encontraram-se pela primeira vez (Conferência de Teerã) e determinaram a
abertura de uma nova frente contra a Alemanha.

No Pacífico, o Japão sucumbia diante do potencial militar norte-


americano: nos EUA produzia- se a cada 3 minutos um tanque de guerra e a
cada 5 minutos um avião, e um navio por dia.

Em 1943, o Japão é derrotado na batalha de Midway. Nesse mesmo ano o


general Rommel é vencido no norte da África pelo 8º Exército inglês de
Montgomery.

Em fevereiro de 1945, na Conferência de Yalta, os "Três Grandes"


planejaram a divisão do mundo em áreas de influência. Em junho de 1945, com
o "Acordo de Potsdam", a Alemanha restou dividida em zonas de influência.

O representante norte-americano em Potsdam foi Truman em


substituição a Roosevelt que havia falecido.

Após a guerra a área de influência soviética expandiu-se. A Rússia de


nação cercada pelo capitalismo através da política do "Cordão Sanitário",
transforma-se na grande potência do pós-guerra, rivalizando-se com os EUA.

Em 1947, o Partido Comunista assume o poder na Hungria e na Polônia. A


União Soviética lidera o bloco socialista europeu, mas a Iugoslávia sob a
liderança de Tito rompe relações com URSS em 1948.

Os Estados capitalistas liderados pelos EUA procuraram fazer frente à


expansão socialista. E é o conflito entre esses blocos que se denomina "Guerra
Fria".

Em 1947, é formulada a Doutrina Truman com a finalidade de deter a


expansão do comunismo.

Em 1947, os EUA intervêm na Grécia (contra as guerrilhas comunistas) a


na Turquia.

Como decorrência da "Doutrina Truman", os EUA procuram auxiliar na


reconstrução econômica dos países europeus arruinados pela guerra (Plano
Marshall).

O sucessor de Truman em 1953 é o republicano Eisenhower que continua


a cruzada anticomunista intervindo no Líbano em 1958 e ordenando em 1954 a
realização de sabotagens em Hanói (capital do Vietnã do Norte).

Em 1945 a Conferência de São Francisco, contando com representantes


de 50 Estados, dá origem à ONU.

Guerra Fria (1947/1989)

O período pós-guerra será marcado, não mais pelo conflito


intercapitalista, mas pela rivalidade acentuada entre o bloco capitalista
liderado pelo EUA e o bloco socialista liderado pela URSS. O confronto
ideológico, característico da Guerra Fria pressupõe, por outro lado, a existência
de um equilíbrio nuclear entre as potências líderes.

Sem dúvida, a URSS de nação cercada desde a Revolução Bolchevista de


1917, transforma-se já em 1940 em potência industrializada como
consequência da política de desenvolvimento da indústria de base dos planos
quinquenais.

Na Segunda Guerra, a URSS libertou os seguintes países europeus da


ocupação alemã: Bulgária, Romênia, Tchecoslováquia, Hungria, Polônia,
Albânia. O avanço socialista redefine, por sua vez, a relação entre os países
capitalistas, com a preocupação de conter o socialismo; o presidente norte-
americano elabora a sua Doutrina Truman cujo desdobramento mais imediato
foi o Plano Marshall para a Europa.

O sistema de aliança é outra característica da Guerra Fria: em 1949 é


criada na Europa a OTAN, organismo militar do capitalismo com vistas à
proteção europeia.

No bloco socialista corno reação à OTAN é criado em 1955 o Pacto de


Varsóvia, com a finalidade explícita de prestar assistência automática aos
países socialistas europeus em caso de agressão.

Internamente às potências líderes, a Guerra Fria favorece de um lado o


fortalecimento do poder político de Stálin e de outro, o surgimento do
movimento anticomunista fanático liderado pelo senador McCarthy, que
através de uma comissão parlamentar de inquérito promove uma violenta
devassa nos meios culturais (principalmente nos meios cinematográficos) e
políticos norte-americanos à procura de comunistas.

O 'macartismo', também conhecido como período da "caça às bruxas",


contou, na época, com a participação do deputado republicano Níxon.

A Generalização da Guerra Fria

1. A Revolução Chinesa (1949)

Em 1911 com a queda da dinastia Manchu, movimento liderado por Sun-


Yat-Sen, a república é proclamada. O Partido Nacionalista (o Kuomitang
fundado em 1912) alia-se ao Partido Comunista Chinês em 1921.
Com a morte de Sun-Yat-Sen, assume a liderança do Kuomitang Chang-
Kai-Chek que rompeu com o Partido Comunista em 1927, iniciando assim o
período da Guerra Civil. Os comunistas vencidos pelas tropas do governo,
recuam entre 1934 e 1936 para o norte (episódio conhecido como a "Grande
Marcha") e estabelecem um governo em Yenam. A invasão japonesa atenua o
conflito Kuomitang x PC e promove uma precária união desses partidos.

Com a derrota do Japão, os comunistas contando com o apoio da classe


camponesa, derrotam o Kuomitang, apoiado pelos EUA. Em 1949, Mao-Tsé-Tung
assume o poder e Chang-Kai-Chek foge para Formosa, no que é protegido pela
7ª frota norte- americana do Pacífico.

A Revolução Chinesa, no entanto, levará a médio prazo a uma cisão do


bloco socialista. Por outro lado, o modelo da revolução chinesa difere do
soviético no que concerne à participação maciça da classe camponesa.

Na União Soviética, embora o apoio camponês fosse básico para a vitória


bolchevista, a liderança da revolução coube à classe operária.

2. A Guerra da Coréia (1950/1953)

Divisão da Coréia em 1945


• Norte socialista.
• Sul capitalista.

Em 1949, com a vitória dos comunistas na China, a Coréia do Norte se


fortalece e no ano seguinte invade o Sul. A ONU considera a RPCN agressora
dos EUA enviam tropas comandadas pelo general MacArthur.

Ao contrário da Guerra do Vietnã, que é a princípio um movimento de


guerrilhas, na Coréia desenrola-se uma guerra clássica com o maciço
envolvimento da China, do lado da RPCN.

Em 1953 é assinado o armistício, mantendo-se a divisão da Coréia.

1. Guerra do Vietnã:

Divisão do Vietnã em 1945


• Norte socialista (Ho-Chi-Mín),
• Sul capitalista

Após a luta contra a ocupação japonesa, a França retorna a sua antiga


colônia da antes da guerra e invade a República Comunista do Norte.

Primeira Guerra do Vietnã (1945/1954)

Do lado francês grande auxílio norte-americano. Em 1954, a França é


vencida pelos vietnamitas, comandados pelo general Giap, na batalha de Dien-
Bien-Phu.

A conferência de Genebra cria, no entanto dois Vietnãs, cujo limite seria


o Paralelo 17.

Os franceses abandonam o Vietnã e são marcadas eleições livres para


1956, onde o Vietnã deveria novamente ser reunido. Os EUA percebendo a
possibilidade de vitória de Ho-Chi-Minh não cumprem o acordo de 1954, dando
início a Segunda Guerra do Vietnã.

Segunda Guerra do Vietnã (1956/1975)

O presidente Eisenhower auxilia com assessores militares e armamentos


o governo do Vietnã do Sul. Kennedy intensifica a participação norte-americana
aumentando o número de assessores militares.

Com o presidente Johnson os EUA começam a participar diretamente


enviando tropas e bombardeando o Vietnã do Norte.

A impossibilidade de uma vitória sobre os vietcongs, apoiados pela


população do sul e pelo Vietnã do Norte leva a uma radicalização da oposição à
guerra nos EUA.

O número de desertores do exército norte-americano cresce e Nixon


consegue vencer as eleições para a presidência dos EUA prometendo retirar os
EUA da Guerra.

A proposta de Nixon, conhecida como vietnamização, não significa uma


saída norte-americana ou uma proposta de paz, mas uma autonomização da
Guerra.

A vietnamização não conduz à vitória e Thieu, presidente sulista é


finalmente vencido 1975.

4. Revolução Cubana (1959)

1. 1956/1959 = movimento guerrilheiro contra o ditador Fulgêncio Batista.

1. Grande adesão camponesa.

1. 1959 = Primeiras medidas do governo Fidel Castro.

• Reforma agrária.
• Confisco de usinas estrangeiras.

1. 1961 = Tentativa de golpe norte-americano e desembarque de exilados na


Baía dos Porcos.

1. 1962 = Bloqueio de Cuba pelos EUA: Crise dos Mísseis.

1. 1962 = Na Conferência de Punta Del'Este, Cuba é excluída da OEA


(Organização Estados Americanos).

Das könnte Ihnen auch gefallen