Sie sind auf Seite 1von 4

ECONOMIA POLÍTICA INTERNACIONAL

Thyago Tomazoni – Luisa Gomez

Analise do conflito geopolítico entre Bolívia e Chile

Diferentes documentos e livros de história mencionam, que desde seu surgimento


como pais, em 1825, o território soberano da Bolívia se expandia pelo ocidente até o oceano
Pacifico fazendo fronteira no litoral com Chile e o Peru. No século XIX, a economia do Chile
era apoiada na exportação de nitratos que eram extraídos das salitreiras localizadas no
território boliviano e que se expandiam pelo deserto do Atacama e o sul do território peruano.
Por volta de 1878 o a Bolívia começou a cobrar um imposto de 10 centavos por quarto
de salitre exportado pelos chilenos. A partir dai o Chile decidiu invadir o território boliviano
argumentando que a cobrança dessa taxa quebrantava um tratado comercial assinado em 1874
onde estava estabelecido que os bolivianos não aumentariam os impostos sobre o salitre pelos
próximos 25 anos após a assinatura do tratado. Foi assim em 1879 iniciou-se “A guerra do
Pacífico” que envolveu, não somente o Chile e a Bolívia se no que também, ao Peru que
entrou na guerra como aliado dos bolivianos.
Em 1884 a guerra terminou como a vitória do Chile que, de acordo com historiadores,
estendeu suas fronteiras ao norte deixando a Bolívia sem 120.000 km² do seu território e sem
400 km² de litoral. Vinte anos depois, em 1904,
foi assinado um novo tratado que confirmava a
perca do litoral por parte da Bolívia. Embora o
tratado confirmasse a soberania do Chile sobre
esse território, também cedia aos bolivianos o
livre direito de transito comercial ao longo da
região com isenção de impostos no porto
chileno da Arica.

FONTE: El Pais
Sendo assim, para que tudo isto fosse possível, o Chile construiu uma ferrovia que
conecta o porto no Chile com a capital Boliviana, La paz. A pesar disso, em 2013 o governo
Boliviano apresentou uma demanda, perante o tribunal da Haia, alegando que este tratado não
estaria sendo cumprido e que a economia do pais estaria sendo afetada. No entanto, o governo
chileno alega que até hoje o porto continua a disposição dos bolivianos. Mesmo assim o
governo da Bolívia argumenta que o tratado de 1904 foi “injusto” e que o Chile utilizou-se da
sua posição de “vantagem” pela vitória na guerra.
Na atualidade, a Bolívia tem acesso ao mar graças aos portos chilenos do norte onde
milhares de empresas bolivianas operam a cada ano. Além disso, as autoridades aduaneiras da
Bolívia trabalham, com liberdade, nos portos da Arica e Antafagasta e estão encarregadas
pela documentação dos carregamentos que tem como destino o seu próprio pais.
Com a implantação da demanda é o de adquirir no mínimo um corredor de 10 km² de
largura que se estendem desde sua fronteira com o Chile até o pacifico, também pede uma
parte do litoral chileno para desenvolver atividades industriais e comerciais.
A questão até a presente data encontra-se sem repostas concretas, fazendo com que o
Chile seja o único país do hemisfério sul com o qual a Bolívia não mantém relações
diplomáticas (fato ocorrido em 1978 nas negociações de Charaña com apoio da OEA –
Organização dos Estados Americanos), em razão de todo o desgaste ocorrido durante o século
XIX e início do presente século. Além das questões políticas e estratégicas, o problema tem
reflexos na ordem econômica boliviana o que faz com que o tema ganhe mais destaque a
partir das novas tendências do comércio internacional em um sistema multilateral. Entre os
anos de 1979 a 1983, a OEA tentou buscar uma nova resolução para um acordo, porém, sem
sucesso.
No ano de 2011, a Bolívia por meio de um decreto, elaborou dois órgãos para
acompanhar suas necessidades em tribunais e cortes internacionais. O chamado então
Conselho Nacional de Reivindicação Marítima, tem como principal objetivo procurar
estratégias e políticas sobre a reintegração marítima, enquanto a Direção Estratégica de
Reivindicação Marítima tem como fundamento elaborar demandas marítimas junto aos
tribunais internacionais e apoiar na tramitação do processo judicial decorrente dessas
demandas.
O governo do atual presidente Evo Moraléz, apelou em um dos organismos
multilaterais internacionais, apresentando junto ao Tribunal Internacional de Justiça das
Nações Unidas, uma queixa contra o governo chileno, alegando que este não havia cumprido
com o compromisso estabelecido no acordo da Agenda de 13 Pontos de elaborar pontos
objetivos sobre como solucionar a questão e também demanda marítima da Bolívia, além de
outros acordos anteriores com o mesmo objetivo. Todos os detalhes são encontrados no livro
“El libro del mar, Bolívia).
O Chile reforça que os tratados e acordos firmados entre os dois países estão dentro da
legalidade e de acordo com o Direito Internacional, além de estar dentro do padrão para o
comércio exterior entre os dois países. O processo se encontra em negociação, assim sendo,
não se tem um posicionamento definitivo da Corte Internacional sobre a questão, continuando
assim as apelações de ambos os países nesta questão. Em 2015, a ex-presidente do Chile,
Michelle Bachelet disse “Mantemos a convicção de que a demanda boliviana carece de uma
base, porque confunde direitos com aspirações e tergiversa completamente no aspecto
histórico do que já aconteceu entre Chile e Bolívia”.
Vale salientar que os danos sofridos pela Bolívia são totalmente de ordem geográfica e
principalmente econômica. No que se refere a parte geográfica, os danos significaram a perda
de mais de 150.000 km² de seu território costeiro, mais ou menos uma superfície superior à
costa de alguns países do Caribe, como Cuba, Jamaica, Trinidad e Tobago e El Salvador,
juntas.
Um fator determinante, foi a descoberta no fim do século XIX de reservas de cobre na
região de Chuquicamata, sendo esta, a mais importantes do mundo. Com essa descoberta, o
território chileno se tornou o primeiro exportador mundial de cobre e segundo produtor depois
dos EUA, o que obviamente contribuiu para torná-lo o único país da América do Sul a ser
considerado desenvolvido. Vale ainda destacar que o Chile está num longo processo de
negociação a NAFTA (acordo comercial entre os países da América do Norte – EUA, Canadá
e México).
Em 2015 a ex-presidente do Chile, Michelle Bachelet disse “"Mantemos a convicção
de que a demanda boliviana carece de uma base, porque confunde direitos com aspirações e
tergiversa completamente no aspecto histórico do que já aconteceu entre Chile e Bolívia".
De acordo com a chancelaria chilena “somente pelo porto de Arica, a Bolívia transfere
mais do 40% do comercio que do comercio que se origina ou que tem como destino países
vizinhos. Nesta mesma região, o comercio boliviano representa mais do 80% do total da carga
que é movimentada”. Conforme o governo chileno, todo este processo e conjunto de
privilégios outorgados a Bolívia custam para o chile cerca de 100 milhões de dólares a cada
ano.
Segundo dados do Bando Mundial, o governo de Evo Morales indica que suas
exportações por contêiner são ao redor de 55,7% mais caras do que das chilenas e
aproximadamente 60% mais do que as do Peru. Além disso o IED é inferior em comparação
às demais regiões do pais com litoral. Conforme Morales “com uma saída soberana ao mar, o
pais aumentaria seu PIB a 7% a cada ano”. Espera-se que no máximo no inicio de 2019 os 15
juízes da corte internacional de justiça de Haia apresentem um veredito que coloque fim a este
processo.

Das könnte Ihnen auch gefallen