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CÂNCER DO COLO DO ÚTERO

1 Professora Msc. Tatiana Melo


Colo do Útero
• O colo do útero apresenta uma parte interna,
que constitui o chamado canal cervical ou
endocérvice, que é revestido por uma camada
única de células cilíndricas produtoras de muco
– epitélio colunar simples.
• A parte externa, que mantém contato com a
vagina, é chamada de ectocérvice e é revestida
por um tecido de várias camadas de células
planas – epitélio escamoso e estratificado.

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Colo do Útero

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Junção escamocolunar (JEC)
• Entre os dois epitélios, da endocérvice e da
ectocérvice, encontra-se a junção escamocolunar
(JEC), que é uma linha que pode estar tanto na
ecto como na endocérvice, dependendo da
situação hormonal da mulher.
• Na infância e no período pós-menopausa,
geralmente, a JEC situa-se dentro do canal
cervical.
• No período da menacme, fase reprodutiva da
mulher, geralmente, a JEC situa-se no nível do
orifício externo ou para fora desse – ectopia ou
eversão.

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Zona de transformação

A zona de
transformação se
localiza na JEC.
E é onde ocorre
mais de 90% das
lesões
precursoras ou
malignas do colo
do útero

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CÂNCER DO COLO DO ÚTERO

• O câncer do colo do útero é o quarto mais


incidente e a quarta causa de morte por
câncer em mulheres no Brasil.
O principal fator de risco para o desenvolvimento do
câncer do colo do útero é a infecção persistente pelo
papilomavírus humano (HPV), mais comumente os
subtipos 16 (57%) e 18 (16%), seguidos pelos HPV 58, 33,
45, 31, 52 e 35, que levam a transformações celulares
progressivas, que, se não diagnosticadas e tratadas
oportunamente, podem evoluir para o câncer em um
período de 10 a 20 anos.

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Fatores de risco

• Infecção pelo papilomavírus humano (HPV),


• Tabagismo,
• Idade da primeira relação,
• Número de parceiros sexuais,
• Multiparidade,
• Imunocomprometimento e
• Uso de contraceptivos orais
(BRASIL, 2016; INCA 2015).

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CÂNCER DO COLO DO ÚTERO
• É uma doença de desenvolvimento lento, que
pode cursar sem sintomas em fase inicial e
evoluir para quadros de sangramento vaginal
intermitente ou após a relação sexual,
secreção vaginal anormal e dor abdominal
associada com queixas urinárias ou intestinais
nos casos mais avançados (INCA, 2015).

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Prevenção e rastreio

• O uso de preservativos (camisinha) durante a


relação sexual com penetração protege
parcialmente do contágio pelo HPV, que
também pode ocorrer por intermédio do
contato com a pele da vulva, a região perineal,
a perianal e a bolsa escrotal.

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Prevenção e rastreio
• O Ministério da Saúde implementou no calendário
vacinal, a vacina tetravalente contra o HPV para meninas
de 9 a 14 anos, com esquema vacinal de duas doses (0 e 6
meses) e um reforço após cinco anos da segunda dose.
• Além disso, a vacina também é oferecida para meninos
de 12 a 13 anos, sendo que a faixa etária será ampliada
gradativamente até 2020, quando serão incluídos os
meninos com 9 anos até 13 anos.
• As mulheres e homens vivendo com HIV na faixa etária de
9 a 26 anos, receberão três doses (0, 2 e 6 meses).
• A vacina protege contra os subtipos 6, 11, 16 e 18 do HPV.
Os dois últimos são responsáveis por cerca de 70% dos
casos de câncer do colo do útero.
(INCA,2016; BRASIL,2016).
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Prevenção e rastreio
• A principal estratégia de rastreamento do
câncer do colo do útero e de suas lesões
precursoras é o exame citopatológico.
• A recomendação do Ministério da Saúde é que
seja realizado em todas as mulheres de 25 a 64
anos que iniciaram atividade sexual, e que seja
repetido a cada três anos, após dois exames
normais consecutivos realizados com um
intervalo de um ano (BRASIL, 2016).

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Recomendações

• O início da coleta deve ser aos 25 anos de


idade para as mulheres que já tiveram
atividade sexual.
• Os exames devem seguir até os 64 anos e
serem interrompidos quando, após essa
idade, as mulheres tiverem pelo menos dois
exames negativos consecutivos nos últimos
cinco anos.

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Situações Especiais
• GESTANTES
Seguir as recomendações para as demais mulheres.
Devendo sempre ser considerada uma
oportunidade a procura ao serviço de saúde para
realização de pré-natal. Não há evidências de que a
coleta endocervical aumente o risco sobre a
gestação quando utilizada a técnica adequada.

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Situações Especiais
• IMUNOSSUPRIMIDAS
O exame citopatológico deve ser realizado após o início
da atividade sexual, com intervalos semestrais no
primeiro ano e, se normais, manter seguimento anual
enquanto se mantiver o fator de imunossupressão.
Em mulheres HIV positivas com CD4 abaixo de 200
células/mm³, deve ter priorizada a correção dos níveis de
CD4 e, enquanto isso, deve ter o rastreamento citológico
a cada seis meses. Considerando a maior frequência de
lesões multicêntricas, é recomendado cuidadoso exame
da vulva (incluindo região perianal) e da vagina (BRASIL,
2016).
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Situações Especiais
• HISTERECTOMIZADAS
Em caso de histerectomia subtotal (com permanência do
colo do útero), deve seguir rotina de rastreio.
Nos casos de histerectomia total não há necessidade,
exceto se a histerectomia foi realizada como tratamento
de câncer de colo do útero ou lesão precursora (ou
foram diagnosticados na peça cirúrgica), situação em que
se deve seguir o protocolo de controle de acordo com o
caso (lesão precursora – controles cito/colposcópicos
semestrais até dois exames consecutivos normais; câncer
invasor – controle por cinco anos (trimestral nos
primeiros dois anos e semestral nos três anos seguintes);
se controle normal, citologia de rastreio anual.
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Situações Especiais

• MULHERES SEM HISTÓRIA DE ATIVIDADE SEXUAL


OU MENORES DE 25 ANOS
Não há indicação de rastreio, pois prevalecem lesões de
baixo grau.

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Situações Especiais

CLIMATÉRIO E PÓS-MENOPAUSA
• Devem ser rastreadas de acordo com as
orientações para as demais mulheres.
• Se necessário, proceder à estrogenização
previamente à realização da coleta.
• Para mulheres com mais 64 anos e que nunca se
submeteram ao exame, realizar dois exames com
intervalo de um ano, sendo dispensadas do
rastreio se ambos os exames forem negativos.

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• Na consulta, devem ser feitos alguns
questionamentos sobre o histórico da paciente nas
últimas 48 horas anteriores ao exame citopatológico.
No caso, deve-se atentar:
À realização de exames intravaginais.
À utilização de lubrificantes, espermicidas ou
medicamentos vaginais.
E à história de relações sexuais com preservativo.

Idealmente, essa coleta deve ser pelo menos cinco


dias após o término da menstruação.

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Coleta do Exame Citopatológico

• Colocar o espéculo, deve ser introduzido


suavemente, em posição vertical e
ligeiramente inclinado de maneira que o colo
do útero fique exposto completamente
• Não deve ser usado lubrificante, mas em casos
selecionados, principalmente em mulheres
idosas com vaginas extremamente atróficas,
recomenda-se molhar o espéculo com soro
fisiológico.

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Coleta do Exame Citopatológico
• A coleta do material deve ser realizada na
ectocérvice e na endocérvice em lâmina única.
• A amostra de fundo de saco vaginal não é
recomendada, pois o material coletado é de
baixa qualidade para o diagnóstico oncótico.

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ectocérvice endocérvice

Para coleta na ectocérvice utiliza-se espátula de Ayre, do lado


que apresenta reentrância. Encaixar a ponta mais longa da
espátula no orifício externo do colo, apoiando-a firmemente,
fazendo uma raspagem em movimento rotativo de 360° em
torno de todo o orifício cervical.
Para coleta na endocérvice, utilizar a escova endocervical.
Recolher o material introduzindo a escova endocervical e
fazer um movimento giratório de 360°, percorrendo todo o
contorno do orifício cervical.
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Interpretação do resultado do
exame citopatológico
• Em casos de resultado citológico normal,
alterações benignas e queixas ginecológicas,
deve-se seguir a rotina de rastreamento
citológico preconizada.
• Havendo queixa de corrimento ou conteúdo
vaginal anormal, a paciente deverá ser conduzida
conforme diretriz direcionada para o tratamento
de corrimento genital e infecções sexualmente
transmissíveis (BRASIL, 2016; INCA, 2016).

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Recomendação diante de resultados de
exames citopatológicos normais
RESULTADOS O QUE FAZER?
Dentro dos limites da normalidade no material examinado Seguir a rotina de
Metaplasia escamosa imatura rastreamento citológico

Reparação
Inflamação sem identificação do agente (alterações Seguir a rotina de
celulares benignas reativas ou reparativas) rastreamento citológico.
Achados microbiológicos: Lactobacillus sp., Cocos, Bacilos Seguir a rotina de
supracitoplasmáticos (sugestivos de Gardnerella/ rastreamento citológico.
Mobiluncus), Candida sp.
Atrofia com inflamação Seguir a rotina de
rastreamento citológico.
Indicando radiação Seguir a rotina de
O tratamento radioterápico prévio deve ser mencionado na rastreamento citológico.
requisição do exame.

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Recomendação diante de resultados de
exames citopatológicos normais
RESULTADOS O QUE FAZER?
Achados microbiológicos: Chlamydia sp., Efeito citopático A colpocitologia oncótica
compatível com vírus do grupo herpes, Trichomonas não é método com
vaginalis, Actinomyces sp. acurácia diagnóstica
suficiente para o
diagnóstico de infecções
microbianas, inclusive por
ISTs.
Citologia com células endometriais normais fora do Seguir a rotina de
período menstrual ou após a menopausa rastreamento citológico.

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Recomendações iniciais após o resultado de
citologia anormal
RESULTADOS O QUE FAZER?
Atipias de Em células Provavelmente não Repetição da citologia em seis meses ou 12
significado escamosas. neoplásica. meses.
indeterminado • Se dois exames citopatológicos
subsequentes com intervalo de seis (no
caso de mulheres com 30 anos ou mais)
ou 12 meses (no caso de mulheres com
menos de 30 anos) forem negativos, a
mulher deverá retornar à rotina de
rastreamento citológico trienal;
• Se achado de lesão igual ou mais grave,
encaminhar para colposcopia.*
Não se pode afastar Encaminhamento para colposcopia
lesão de alto grau.
Em células Provavelmente não Encaminhamento para colposcopia
glandulares. neoplásica.
Não se pode afastar
lesão de alto grau.
De origem Provavelmente não Encaminhamento para colposcopia
indefinida. neoplásica.
Não se pode afastar
lesão de alto grau.

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Recomendações iniciais após o resultado de
citologia anormal

RESULTADOS O QUE FAZER?


Lesão intraepitelial de baixo grau Repetição da citologia em seis meses:
• Se dois exames negativos, seguir rotina
de rastreamento;
• Se lesão igual ou mais grave,
encaminhar para colposcopia.

Lesão intraepitelial de alto grau Encaminhamento para colposcopia.


Lesão intraepitelial de alto grau, não
podendo excluir microinvasão ou
carcinoma epidermoide invasor.
Adenocarcinoma in situ ou invasor

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Atribuições do Enfermeiro na prevenção do
CA do colo uterino e de mama
a. Atender as usuárias de maneira integral.
b. Realizar consulta de enfermagem e a coleta do exame citopatológico, de
acordo com a faixa etária e quadro clínico da usuária.
c. Realizar consulta de enfermagem e o exame clínico das mamas, de acordo com
a faixa etária e quadro clínico da usuária.
d. Solicitar exames de acordo com os protocolos ou normas técnicas estabelecidos
pelo gestor local.
e. Examinar e avaliar pacientes com sinais e sintomas relacionados aos cânceres
do colo do útero e de mama.
f. Avaliar resultados dos exames solicitados e coletados, e, de acordo com os
protocolos e diretrizes clínicas, realizar o encaminhamento para os serviços de
referência em diagnóstico e/ou tratamento dos cânceres de mama e do colo do
útero.

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Atribuições do Enfermeiro na prevenção do CA do colo
uterino e de mama
g. Prescrever tratamento para outras doenças detectadas, como DSTs, na
oportunidade do rastreamento, de acordo com os protocolos ou normas
técnicas estabelecidos pelo gestor local.
h. Realizar cuidado paliativo, na UBS ou no domicílio, de acordo com as
necessidades da usuária.
i. Avaliar periodicamente, e sempre que ocorrer alguma intercorrência, as
pacientes acompanhadas em AD1, e, se necessário, realizar o
encaminhamento para unidades de internação ou Emad (Equipe
Multidisciplinar de Atenção Domiciliar).
j. Contribuir, realizar e participar das atividades de educação permanente de
todos os membros da equipe.
k. Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado
funcionamento da unidade básica de saúde.

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Referências
• BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa.
Protocolos da Atenção Básica: saúde das mulheres. Brasília, DF: Ministério
da Saúde, 2016. 230 p. Disponível em: http://189.28.128.100/.... Acesso em:
7 fev. 2017.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento
de Atenção Básica. Controle dos cânceres do colo do útero e da mama. 2.ed.
Brasília: Ministério da Saúde, 2013. Caderno 13.
• INCA. Estimativa 2016: incidência de câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA,
2015. 122 p. Disponível em: http://www.inca.gov.br/.... Acesso em: 8 fev.
2017.
• INCA. Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do Câncer do Colo do
Útero. 2.ed. Rio de Janeiro: INCA, 2016. 114 p.
• WHO. World cancer reports 2014. In: _____. Cânceres dos órgãos
reprodutivos femininos. France, 2014. p. 475-481. Disponível
em: http://publications.iarc.fr/Non-Series-Publications/World-Cancer-
Reports/World-Cancer-Report-2014. Acesso em: 8 fev. 2017.

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