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A IMPORTÂNCIA DA DESRAMA NA INTEGRAÇÃO

LAVOURA-PECUÁRIA-FLORESTA

Moacir José Sales Medrado


Consultor da MCA Consultores Agroflorestais
OBJETIVO DA AULA

O objetivo desta aula não é o de esgotar o assunto. É sim, o de


repassar para você informações básicas sobre o processo de
desrama para que você possa atingir um estágio que lhe possibilite
estruturar outras questões para seguir no processo de aprendizado
desta técnica. Esta sequência de aprendizado, certamente, passará
por muita leitura mas principalmente pela troca de experiências
com os colegas no chat, com seu tutor e mesmo depois do curso,
com a sua experiência de campo.
CONTEÚDO

O conteúdo da aula será apresentado para você em dois tópicos:

TÓPICO 1 - DESRAMA: ASPECTOS BÁSICOS


TÓPICO 1
DESRAMA: ASPECTOS BÁSICOS
O QUE É DESRAMA?

Desrama é o corte ou supressão dos ramos mortos ou vivos que se


encontram ao longo do fuste, com vista a melhorar a qualidade da
madeira (GTZ, 1986, Loureiro, 1991).

QUAIS OS TIPOS DE DESRAMA?


 Natural.
 Artificial.
O QUE SIGNIFICA DESRAMA NATURAL?

Perda natural de galhos e ramos.

DE QUE DEPENDE?
 Da genética da espécie.
 Da densidade do povoamento.
O QUE SIGNIFICA DESRAMA ARTIFICIAL?

A retirada de galhos e ramos feita pelo homem, através da poda, para


eliminar ramos e galhos.
DE QUE DEPENDE?
 Da densidade do povoamento.
 Do planejamento técnico.
 Do objetivo da produção produção final.
 Do treinamento do operador.
PODA
 Árvores com poda natural:
Núcleo nodoso aumenta de volume da
base do tronco para a copa.
 Árvores podadas artificialmente:
O núcleo nodoso diminui de volume da
base do tronco para a copa.
A dimensão do núcleo nodoso é
portanto definida pelo maior diâmetro
Figura1 – Configuração do núcleo nodoso no interior
da tora após a desrama. de uma tora e medição do diâmetro máximo do núcleo
nodoso (DST = Diâmetro sobre os tocos).
PARA QUE DESRAMAR?

 Regular o sombreamento.
 Produzir madeira de qualidade (sem nós).
 Facilitar o combate e o controle de incêndios florestais.
 Facilitar o acesso e a execução de trabalhos de manejo.
 Manter o crescimento da pastagem e de culturas agrícolas em
sistemas agroflorestais.
COMO FAZER A PODA PARA A DESRAMA?
 Ao desramar deve-se ter o
cuidado de não deixar tocos
nos ramos.
 Os cortes devem ser feitos
rente ao caule mas sem feri-lo.
O QUE É UMA PODA SECA?

 É aquela com a qual eliminamos galhos secos, mortos

O QUE É UMA PODA VERDE?


 Aquela em que cortamos os galhos ainda verdes.
 Corte de galhos não devidamente protegidos na base.
 Porta de entrada para fungos patógenos.
Compartimentalização!!!!!
ENCERRAMENTO DO TÓPICO

Uma vez completada esta etapa onde conversamos sobre alguns


aspectos básicos da desrama passaremos ao tópico em que
trataremos com você sobre o planejamento da mesma.
TÓPICO 2
PLANEJAMENTO DA DESRAMA
COMO DEFINIR O MOMENTO DA PRIMEIRA
DESRAMA?
 Diâmetro do fuste a altura do peito (1.3m).

 Diâmetro da base da planta (20 cm do solo).

 Altura das árvores.


EM QUE IDADE DA ÁRVORE INICIA-SE A DESRAMA

A idade para realizar a primeira desrama depende da QUALIDADE


DO SÍTIO e exige a observação de alguns critérios.

Sítios de boa qualidade – desrama mais cedo.


A QUE ALTURA SE DEVE REALIZAR A DESRAMA?

A definição da altura da desrama (intensidade) pode ser feita com base em:

 altura de poda fixa para todas as árvores;

 comprimento de copa remanescente fixo;

 diâmetro fixo.
A PARTIR DA SEGUNDA DESRAMA, COMO SÃO
DEFINIDAS AS ÁRVORES A SEREM DESRAMADAS?

 sanidade da árvore;
 posição fitossociológica;
 qualidade do tronco;
 qualidade da copa;
 número de galhos;
 diâmetro dos galhos;
 posicionamento dos galhos.
SEITZ, 1995
SANIDADE DA ÁRVORE

 Árvores com lesões na casca.


 Árvores aneladas por ataques de roedores.
 Árvores atacadas por fungos ou insetos.
 Árvores com deficiência nutricional, não devem ser podadas.

SEITZ, 1995
POSIÇÃO FITOSSOCIOLÓGICA

 Regra geral – dominantes e codominantes.

 Retorno financeiro em tempo menor.

SEITZ, 1995
QUALIDADE DO TRONCO

 Árvores retas sem bifurcações ou com pequenas tortuosidades.


Árvores inclinadas com um desvio de prumo de mais de 10 cm na altura
do DAP não deverão ser podadas.

SEITZ, 1995
QUALIDADE DA COPA

 Equilibrada.
 Simétrica.
 De forma regular.
Copas desequilibradas produzem troncos excêntricos, desqualificando as
toras.
NÚMERO DE GALHOS

 Árvores com muitos galhos finos deverão ter prioridade sobre árvores
com poucos galhos grossos.
DIÂMETRO DOS GALHOS

 Árvores de galhos finos terão preferência sobre as de galhos grossos.

 Galhos grossos, mesmo podados, tem uma oclusão mais demorada.


POSICIONAMENTO DOS GALHOS

 Quanto mais horizontais, mais rápido e fácil será o corte.


 Galhos com pequenos ângulos em relação ao tronco (45 graus)
dificultam bastante a poda, mesmo quando finos.
DE QUE DEPENDE O NÚMERO DE ÁRVORES A
SEREM DESRAMADAS?
 Da densidade de plantio.
 Do regime de desbastes.
 Do número de árvores no corte final do povoamento.
 Da qualidade das árvores.
 Dos riscos:
 Ventos.
 Temperaturas extremas.
 Primeira desrama - povoamentos com mais de 1000
árvores/ha – efetuar em todas as plantas.
 Não desramar árvores dominadas, nitidamente em
desvantagem competitiva.
 Desramas posteriores – apenas nas árvores para o corte final
do povoamento.
Marcar 20 % a mais de árvores a desramar - compensação de
perdas de árvores selecionadas.
PROGRAMA DE DESRAMA – O QUE INFLUENCIA-O?

FINALIDADE DA PRODUÇÃO DA ÁRVORES


 Produto madeireiro:
 Qualidade da tora.
 Madeira e carne ou leite ou produtos agrícolas:
 Qualidade da tora.
 Regulação por luz.
FERRAMENTAS DE PODAR
EFEITO DA DESRAMA NA PRODUÇÃO DE MADEIRA
SEM NÓ
EXEMPLOS DE PROGRAMAS DE
DESRAMA
ESQUEMA DE DESRAMA DE EUCALIPTO
 1ª desrama - até cerca de 2,5 m de altura.
Início: árvores com cerca de 6 a 6,5 m de altura; o diâmetro, a cerca de 20 cm do
solo, das árvores com DAP acima da média, não deve ultrapassar o diâmetro limite
do núcleo nodoso.
 2ª desrama - até cerca de 4,5 m de altura, devendo ser iniciada quando o diâmetro
a 2,5 m de altura, das árvores a desramar, estiver com o diâmetro limite para o
núcleo nodoso.
 3ª desrama - até cerca de 6,5 m de altura, devendo ser iniciada quando o diâmetro
a 4,5 m de altura, das árvores a desramar, estiver com o diâmetro limite para o
núcleo nodoso.
A desrama não deve ultrapassar os 50% da altura total da árvore a
partir do solo, para evitar redução significativa do crescimento.

O diâmetro máximo do núcleo nodoso deve ser estabelecido de


acordo com os compradores de madeira sem nó.
EXEMPLO DE DESRAMA PROGRAMADA PARA
PINUS
1ª poda - altura das árvores dominantes de 4,5 m, poda até 2,7 m.
2ª poda - altura das árvores dominantes de 7,0 m, poda até 4,2 m.
3ª poda - altura das árvores dominantes de 10,0 m, poda até 6,0 m.
ENCERRAMENTO DA AULA

Chegamos ao final dessa aula em que tratamos do assunto desrama.


Espero que as informações repassadas juntamente como o que você
aprenderá com material de apoio e as trocas de informações
possam lhe deixar em um nível de segurança que lhe permita
começar a praticar em campo.
OBRIGADO!
Moacir José Sales Medrado

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