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MODELO CANVAS

Renato Nunes
Prof. Everton de Borba
Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Gestão da Tecnologia da Informação (GTI0145) – Seminário Interdisciplinar V
24/04/2018

RESUMO

O objetivo desta pesquisa bibliográfica é apresentar metodologias que buscam aumentar a


produtividade e evidenciar as partes mais importantes de um projeto, de modo a propiciar melhor
organização dos trabalhos a serem realizados iniciando com a formulação de ideias,
compartilhamento de informações, criação de cenários, desenho de protótipos, testes e pesquisa de
satisfação dos maiores interessados, com o intuito de descobrir primeiramente se haverá sucesso
com o produto a ser desenvolvido, permitindo economizar dinheiro e obter ganhos financeiros no
futuro. Por fim, o conteúdo desta pesquisa nos permite entender o quanto o planejamento é
importante e o que pode ser feito para fugir do convencional e adotar métodos que se adaptem às
reais necessidades das organizações.

Palavras-chave: Mapa de Empatia. Proposta de Valor. Modelo de Projeto. Plano de Negócios.

1 INTRODUÇÃO

O bom planejamento é decisivo para a obtenção do sucesso. Aplicar métodos que auxiliam e
imprimam rapidez na formulação de ideias e contribuam no envolvimento dos interessados é
primordial para que se alcancem os objetivos.

Algumas ferramentas baseiam-se nos avanços da neurociência para aplicar a base de


conhecimento por ela obtida no planejamento. Portanto, fica evidente que para planejar algo é
necessário o envolvimento de pessoas e que para organizar os pensamentos individuais é necessário
empregar conceitos e metodologias que os tornem consistentes.

Em termos gerais serão apresentados conceitos relacionados ao planejamento e algumas


ferramentas que podem ser empregadas para tornar esta importante atividade mais dinâmica,
produtiva e plausível.

2 PLANO DE PROJETO CONVENCIONAL


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As metodologias convencionais primam pela extensa documentação do plano de projeto,


tornando-o burocrático e nada visual. A leitura do documento não facilita o rápido entendimento e
onera a associação dos componentes, os quais são apresentados de forma sequencial e desconexa,
dificultando a compreensão da lógica de um modo geral.

O mesmo ocorre com o plano de negócios, em que o empreendedor pode ter levado meses
para concluir uma estrutura que contribui para o esboço e entendimento detalhado do modelo de
negócios da empresa e, segundo Dornelas et al. (2015, p.12) “[...] quando concluído, o resultado
nem sempre é considerado uma fotografia real do que é ou será o negócio”, os quais ressaltam que
“[...] mesmo o plano de negócios tradicional mais bem desenvolvido e substanciado não garante que
a empresa será um sucesso e que tudo que foi definido no plano de negócios tradicional será
executado.” (DORNELAS et al., 2015, p.5). Vale lembrar que fatores externos como concorrência,
mudanças no mercado, legislação, cenário macroeconômico e outros podem ter interferência direta
no negócio da empresa e não estão previstos plenamente no plano de negócios.

Finocchio Júnior (2013, p. 27) conceitua um plano de projeto como sendo “[...] uma
construção de hipóteses sobre um cenário futuro e desconhecido. Ele se torna consistente
justamente pela integração entre os diversos conceitos que o compõem.” e induz à reflexão ao
indagar “Como construir um plano de projeto de uma nova forma, que se afaste da linearidade
textual, que deixe evidentes as conexões entre as partes, que seja mais fácil de elaborar e
efetivamente aplicável no cotidiano?” (2013, p. 18).

Para que o plano de projeto seja plenamente concebido é necessário que metas sejam
estabelecidas, que problemas a serem resolvidos sejam expostos, que sejam vislumbradas situações
não experimentadas e, essencialmente, que esteja presente o pensamento criativo.

Com base no entendimento de que “[...] quando não dispomos de informação suficiente para
classificar algo como ‘ameaça’ ou ‘recompensa’, inconscientemente, também consideramos
‘ameaça’” (DAVID ROCK, 2009, citado por FINOCCHIO JÚNIOR, 2013, p. 30) há de se exigir
que uma metodologia forneça ferramentas que facilitem o seu uso com objetividade e praticidade.

3 MODELOS MENTAIS

Os modelos doravante propostos aplicam lições ligadas aos avanços da neurociência, o que
faz sentido se considerarmos que o planejamento depende de pessoas e “quanto melhor
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compreendermos o funcionamento do cérebro humano e a maneira pela qual cria sentidos e


significados, melhor seremos capazes de nos comunicar e de compartilhar informações.” (WUJEC,
citado por FINOCCHIO JÚNIOR, 2013, p. 23).

Todo projeto surge a partir de uma necessidade e, portanto, o que as pessoas têm em mente
são apenas modelos mentais formados por conceitos e pelas relações entre esses conceitos. Estes
envolvem premissas, partes interessadas, recursos, entregas, riscos, etc.

A partir do modelo mental, ao tentar explicar como o negócio funcionará no mundo real,
surgem algumas indagações importantes sobre a real possibilidade de realização e a melhor forma
de se colocar em prática, ou seja, incertezas acerca de algo obscuro.

De uma maneira geral Finocchio Júnior (2013, p. 31) informa dicas preciosas para facilitar o
funcionamento cerebral durante a prática de uma metodologia envolvendo grupos de pessoas.
Quanto ao preparo, deve-se estimular um ambiente positivo, onde todos os envolvidos se
apresentam e seja exposto de maneira bem clara como será o decorrer do processo. Para manter o
foco, devem ser conduzidas sessões curtas de planejamento. A integração dos itens deve ser feita de
dois em dois com o objetivo de reduzir o esforço de processamento do cérebro. A visualização é
muito importante e deve ser explorada. Para facilitar o relacionamento, manter todos os conceitos
necessários ao plano no mesmo desenho. Os questionamentos do projeto devem ser respondidos
sequencialmente e na ordem correta. Para evitar a postura defensiva das partes interessadas, dar
autonomia para que participem ativamente. Agrupar conceitos de modo a diminuir o número de
itens processados por vez. Procurar manter o nível máximo de atenção das partes interessadas.

4 MAPA DE EMPATIA

O mapa de empatia é uma ferramenta visual que visa aplicar métodos e processos que
ajudam a conhecer melhor o problema e transformá-lo em soluções, de forma ágil, lúdica e criativa.
A ideia é ser empático, colocar-se no lugar do cliente para entender como as coisas acontecem
quando se está do outro lado e ajudá-lo a definir estratégias. Entendendo melhor o cliente é mais
fácil identificar onde ele enxerga valor e entregar valor para ele.
O Mapa da Empatia é uma ferramenta, criada pela consultoria de Design Thinking
Xplane, que ajuda a nos colocarmos no lugar dos clientes de um negócio. A ferramenta
exercita reflexões sobre o que o cliente diz, faz, vê, pensa, sente e ouve para ajudar no
desenho do modelo de negócio de uma empresa. (Pereira, 2017, grifo do autor).
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Para por em prática o Mapa de Empatia (Figua 1) de modo a alcançar contribuição para a
proposição de valor deve-se aplicar sete perguntas. Duas para definir o objetivo: Com quem
estamos sendo empáticos? O que ele precisa fazer? Quatro para entender o que o cliente observa e
colocar-se no seu lugar: O que ele vê? O que ele fala? O que ele faz? O que ele escuta? Uma para
tentar entender o que passa na cabeça do cliente, suas dores e desejos: O que ele pensa e sente?

FIGURA 1 - MAPA DE EMPATIA

FONTE: https://analistamodelosdenegocios.com.br/mapa-de-empatia-o-que-e/

5 MODELO CANVAS

O modelo Canvas é uma das maneiras mais conhecidas atualmente para conceber planos de
negócios ou projetos. Este modelo permite avaliar as oportunidades de negócios ou pode ser usado
como o documento que dará forma à lógica de um projeto. Em ambos os casos servirá de base para
a redação de um plano formal, já que o objetivo é validar a ideia ou oportunidade antes iniciar a
execução.

A estrutura do Canvas pode apresentar diferenças entre a concepção de um plano de


negócios e de um projeto. Mas, em ambos os casos é preciso distribuir em blocos perguntas
objetivas logicamente relacionadas entre si e que devem ser respondidas em equipe de modo ágil,
pois há de se levar em conta o pouco tempo disponível das partes envolvidas. Para apresentar as
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perguntas pode ser utilizada uma folha no formato A1. As respostas, por sua vez, devem ser curtas e
bem escritas. Podem ser utilizados post-its para colar as respostas.

Finocchio Júnior (2013, p. 39, grifo do autor) informa que não existem papéis definidos na
aplicação do Canvas e destaca a importância de ser feito em equipe, mesclando pessoas com forte
conhecimento do negócio e pessoas que não o conhecem, e de haver um profissional qualificado ao
afirmar que “Pelo menos uma das pessoas presentes deve ter conhecimento sobre os conceitos
básicos envolvidos no gerenciamento de projetos e sobre como eles se relacionam entre si.”.

O Quadro 1 apresenta o modelo Canvas para desenvolvimento do plano de negócios com


seus nove blocos integrados e as perguntas que devem ser respondidas de maneira objetiva pelo
empreendedor. Dornelas et al. (2015, p.12) instrui a preencher cada bloco “[...] iniciando por sua
proposta de valor ou pelos segmentos de clientes e, então, responda às questões dos demais blocos
do lado direito: canais e relacionamentos. Em seguida, devem ser preenchidos os blocos atividades,
parceiros e recursos chave e, finalmente, os blocos de receitas e custos.”.

QUADRO 1 - MODELO DE NEGÓCIO CANVAS


Parceiros-chave Atividades-chave Propostas de valor Relacionamentos com Segmentos de
Quem são seus Quais atividades Que valores entregamos os clientes clientes
parceitos-chave? nossa proposta de aos nossos clientes? Como nós conquistamos, Para quem nós
Quem são seus valor requer? Quais problemas dos mantemos e aumentamos criamos valor?
fornecedores-chave? Quais são nossos nossos clientes ajudamos a nossos clientes? Quem são
Quais recursos-chave canais de resolver? Quais relacionamentos com nossos mais
adquirimos de nossos distribuição? Que categorias de produtos o cliente nós importantes
parceiros? Como é o e serviços oferecemos a definimos/temos? clientes?
Quais atividades relacionamento como cada segmento de clientes? Como esses Quais são
nossos parceiros cliente? Quais necessidades dos relacionamentos estão nossos clientes
realizam? Quais são as fontes de clientes nós satisfazemos? integrados no nosso modelo típicos/padrão?
receita? O que/qual é o nosso de negócio?
mínimo produto viável? Qual é o custo envolvido?

Recursos-chave Canais
Quais recursos-chave Através de quais canais
nossa proposta de nossos segmentos de
valor requer? Canais, clientes querem ser
relacionamentos, alcançados?
modelo de receita? Como outras empresas
chegam até eles hoje?
Quais canais funcionam
melhor?
Quais canais são mais
eficientes em custo?
Como promovemos a
integração dos canais com
a rotina dos clientes?
Estrutura de custos Fontes de receita
Quais são os custos mais importantes de nosso Para qual proposta de valor nossos clientes estão
modelo de negócio? dispostos a pagar?
Quais recursos-chave são os mais caros? O que eles estão comprando/pagando hoje?
Quais atividades-chave são mais caras? Qual é o nosso modelo de receita?
Quais são as nossas políticas de preço?
FONTE: Extraído de Dornelas et al. (2015, p. 17)
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A cartilha do Sebrae (2013) explica que o quadro de modelo de negócios deve ser usado
para pensar no negócio que se pretender criar, analisar ou atualizar. Que a utilização de adesivos
autocolantes facilita alterar, corrigir e incluir ideias, uma vez que não se deve escrever diretamente
no quadro, pois o uso dos adesivos possibilita utilizar cores, facilita escrever, desenhar, reescrever,
trocar de lugar, agrupar, etc. Quanto ao preenchimento apresenta dicas para cada quadro onde, o
quadro Proposta de Valor representa a razão pela qual os clientes querem adquirir o que está sendo
oferecido, ou seja, o pacote de produtos e serviços; o quadro Segmentos de Clientes refere-se ao
grupo especial de pessoas que irão adquirir o produto ou serviço, os clientes que serão atendidos; o
quadro Canais definirá os caminhos pelos quais o cliente será atendido, como o negócio alcançará
os clientes para entregar a Proposta de Valor; o quadro Relacionamento com Clientes é a forma pela
qual os clientes desejam ser atendidos, de forma a conquistá-los e fidelizá-los; o quadro Fontes de
Receitas é o alinhamento das formas de cobrança com a preferência de pagamento do cliente,
definem quanto e como se receberá do cliente; o quadro Recursos Principais define os recursos
necessários para entregar a proposta de valor; o quadro Atividades Principais apresenta as tarefas
mais importantes para fazer o negócio funcionar; o quadro Parcerias Principais relaciona a rede de
fornecedores e parceiros que podem ajudar a entregar o que está sendo prometido e; o quadro
Estrutura de Custos mostra todos os custos envolvidos na operação do negócio, ressaltando que a
diferenciação de valor associada à redução de custos ajuda a abrir espaços de mercado.
Usar recursos visuais (como o Quadro, adesivos autocolantes e cores) é também uma
maneira divertida de trabalhar de forma colaborativa. Sempre é bom quando se está criando
poder ouvir a opinião de possíveis sócios, parceiros, potenciais clientes, familiares, amigos,
enfim, quem estiver disposto a ajudar. Afinal, qualquer pessoa ao ver o Quadro completo,
deve ser capaz de visualizar o modelo e sugerir inovações que poderão depois ser validadas.
Lembre-se: ao criar o modelo, o papel aceita tudo. Você pode imaginar diferentes situações
e depois testar e escolher aquelas que vão realmente ser implementadas. (Sebrae, 2013, p.
12).

O uso de desenhos na representação de ideias possibilita o rápido entendimento do negócio


proposto como um todo, de forma a visualizar o relacionamento entre os blocos e facilitando
compreender a interação entre as partes. Desta forma, pessoas envolvidas diretamente ou não ao
modelo proposto podem contribuir na formação de um negócio mais inovador. O diferencial nesta
metodologia é o fato de ser possível verificar e corrigir visualmente sem a necessidade da
interpretação de um longo texto descritivo.

Pereira (2016) informa que "O Business Model Canvas é uma ferramenta que rapidamente
conquistou o mundo empresarial pela sua simplicidade e praticidade. Qualquer um consegue
rapidamente compreendê-lo e utilizá-lo na prototipação de suas idéias, projetos e/ou negócios.".
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O Quadro 2 apresenta o exemplo prático de um Canvas preenchido com o modelo de


negócio de um local que oferece uma experiência única da cultura e culinária brasileiras em
ambiente temático e inovador, cuja fonte de receita principal do negócio está relacionada com
comida.

QUADRO 2 - EXEMPLO PRÁTICO DE CANVAS


BRAZIL EXPERIENCE
Parceiros-chave Atividades-chave Propostas de valor Relacionamentos com Segmentos de
os clientes clientes
Marcas- Manutenção de
Ambiente Estacionamento
referência cenário Turistas:
temático
brasileiras brasileiros e
estrangeiros
Engenharia de
cardápio Apresentações
sazonais
Artesãos e
cooperativas
Limpeza Produtos típicos Moradores de
regionais
Atendimento de São Paulo
excelência

Logística
Atendimento em
Experiência inglês
Famílias
Atendimento aos cultural
clientes

Recursos-chave Canais
Hotéis
Marca Brazil Suveniers
Experience
Feiras e eventos

Parcerias com
Estabelecimento
grandes
em São Paulo
empresas
Comidas típicas

Agências de
turismo
Cenário

Site / Adwords

Chefs de cozinha Revistas de


/ Garçons bordo

Estrutura de custos Fontes de receita


Local / Produtos da
Estoque
infraestrutura $ marca
$$$ Comida $$ Produtos
Funcionários Marketing
$$$$ consignados
$$$ $$

FONTE: Extraído e adaptado de Dornelas et al. (2015, p. 55)


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Para o preenchimento dos nove blocos que compõem o modelo Canvas apresentado no
Quadro 2 foram respondidas, por uma equipe de quatro a seis pessoas, as seguintes questões: Como
conquistamos os clientes? (Proposta de Valor), Qual é o tipo de relacionamento que você quer ter
com o cliente e como administrá-lo? (Relacionamento com os Clientes) Quem serão os clientes?
(Segmentos de Clientes) Quais serão os canais de entrega? (Canais) Como será cobrado o seu
produto/serviço? Existe alguma outra forma de receita? (Fontes de Receita) Quais são os recursos-
chave para executar o que está sendo proposto? (Recursos-chave) Quem são seus parceiros?
(Parceiros-chave) Quais são as atividades-chave para entregar o que está sendo proposto?
(Atividades-chave) e Quais serão os custos fixos e variáveis? (Estrutura de Custos).

O Quadro 3 apresenta o modelo Canvas para o desenvolvimento do plano de projeto cujos


blocos possuem perguntas que devem ser respondidas de maneira objetiva.

QUADRO 3 - PROJECT MODEL CANVAS


GP PITCH
JUSTIFICATIVAS PRODUTO STAKEHOLDERS PREMISSAS RISCOS
Passado EXTERNOS
O que será entregue? & Fatores Externos Quais as premissas Quais incertezas
Por que fazer o que viabilizam o podem afetar os
projeto? Quem não trabalha projeto em relação objetivos do
diretamente no ao custo e prazo? projeto?
projeto e é
importante no seu
planejamento?
Quem são os
clientes?
OBJ SMART REQUISITOS Quem são os
patrocinadores?
Qual o objetivo do Quais as principais Quais os fatores
projeto? funções do produto? externos?
Qual o esforço Quais as principais EQUIPE GRUPO DE LINHA DO
necessário? características do ENTREGAS TEMPO
Quais competências? produto? Quem ou quais os
Quais recursos? Qual a qualidade, papéis de quem Quais entregas mais Qual a data
Qual o prazo? desempenho e trabalha no projeto? relevantes serão limite para
confiabilidade Quais terceiros realizadas durante o entrega do
BENEFÍCIOS esperados? entregam no projeto? projeto?
Futuro projeto?

Proporcionará
aumento de receita?
Haverá uso mais CUSTOS
eficiente dos ativos RESTRIÇÕES
existentes? Quais os
Haverá diminuição de Quais as limitações impostas quanto ao elementos de
custos? prazo? custos nos quais
Melhorará a imagem Quais as limitações impostas quanto aos as entregas serão
da empresa? recursos? decompostas?
Quais as limitações impostas quanto aos
padrões tecnológicos?
FONTE: Extraído e adaptado de Finocchio Junior (2013, p. 49)
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O Quadro 4 apresenta o exemplo prático de um Canvas preenchido com o plano de projeto


para uma dieta, cujo objetivo é perder peso através da reeducação alimentar e de atividades físicas,
buscando melhorar a aparência e a saúde, bem como reduzir custos, aumentar as receitas com os
negócios e inspirar pessoas à sua volta.

QUADRO 4 - PROJETO DE UMA DIETA


GP EU PITCH PROJETO EU MAGRO!
JUSTIFICATIVAS PRODUTO STAKEHOLDERS PREMISSAS RISCOS
Passado EXTERNOS
Mamma não vai forçar a Causas: sou radical e
Eu reeducado e Esposa
colesterol barra com suas ansioso
10 kg mais
aumentando tradicionais sobremesas
mobilidade magro Risco: ficar doente
reduzida Mãe devido dieta exagerada
Teremos mais de 90%
imagem mal
dos dias de treinamento Efeito: cancelamento do
cuidada
roupas não sem chuva pesada Causas: projeto
pouco costume
colegas do
vestem a exerc.
happy hour
Colegas de trabalho irão Risco: lesão com
amigos apoiar a nova atitude paralisação do treino
OBJ SMART REQUISITOS esportistas abstêmia
Efeito: diminuição do
emagracer 10 kg com Clima (fator Causas:resultado
Mamma me vê
saúde até 28 fev, tendo IMC não externo) subnutrido e insiste.
apoio multidicisplinar e deve ficar
incorporando hábitos acima de 25 Risco: quebro dieta e
Ritmo do trabalho
saudáveis, gastando até R$ devoro sobremesas
(fator externo)
6.500
percentual de Efeito: perda da
gordura corporal eficiência da dieta
EQUIPE GRUPO DE LINHA DO TEMPO
deve ficar
BENEFÍCIOS menor que 24%
ENTREGAS
Futuro Eu (gerente de
projeto) 1. Gestão do projeto
volta do dieta adquirida
colesterol à deve ficar em 2. Apoio médico
2000 cal/dia Médico
normalidade
3. Reeducação
alimentar
redução da nova rotina
Nutricionista
probabilidade incorpora 30
4. Aquisições
de doenças min de esportes
5 vezes por
5. Exercícios físicos
semana Treinador
Redução de gastos físico
com saúde em R$ 80 CUSTOS
mil (horizonte 5 anos) novo hábito
RESTRIÇÕES
alimentar rico em
fibras, pobre em 1 $90(mat.) + $300(m.obra) $390
Irei inspirar
gordura e açúcar 2 $1.110(seviços) _________ $1.110
família, amigos
não posso O treino terá 50% do treino 3 $750(mat.) + $450(serv) __ $1.200
e colegas
gastar mais que de ser fora do tem que ser na 4 $500(mat.) + $1000(eqpto) $1.500
5 $1.400(seviços) _________ $1.400
R$ 6500 nos 4 horário academia do
* reserva ________________ $560
Aumento da receita meses de comercial meu
Total ___________________ $6160
nos negócios por programa condomínio
meio da melhoria da
imagem

FONTE: Extraído e adaptado de Finocchio Junior (2013, p. 114)


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O quadro identificado por OBJ SMART apresenta o objetivo do projeto, ou seja, a


finalidade de mobilizar esforços e recursos. Finocchio Junior (2013, p. 57-58) explica que SMART
é o formato que o objetivo deve seguir e a junção das letras que formam a palavra é uma sigla, onde
S significa específico, M mensurável, A alcançável, R realista e T delimitado por tempo.
Resumidamente, este quadro deve elucidar o projeto em metas que se pretende atingir, mostrar que
pode ser comensurado, que pode ser realizado, que haverá tempo e recursos para a realização e que
terá um fim previsto.

Para o preenchimento dos treze blocos que compõem o modelo Canvas para projetos
apresentado no Quadro 4 foram respondidas, da esquerda para a direita, as seguintes questões: Por
que fazer o projeto? (Justificativas, OBJ SMART e Benefícios) O que o projeto produz? (Produto e
Requisitos) Quem trabalha no projeto? (Stakeholders Externos e Equipe) Como vamos entregar o
projeto? (Premissas, Grupo de Entregas e Restrições) Quando o projeto será concluído e quanto
custará? (Riscos, Linha do Tempo e Custos).

Finocchio Junior (2013, p. 48) salienta que ““Por que” é a pergunta mais importante a ser
respondida; ela definirá os valores que identificarão todos os envolvidos no projeto.”.

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Foi possível observar ao longo deste trabalho de pesquisa que o desenvolvimento do modelo
de negócios possui valor relevante para o sucesso do projeto. Porém, é necessário que este mesmo
modelo seja de fácil interpretação para todos os envolvidos, propiciando a interação até mesmo de
pessoas com pouco conhecimento do negócio proposto.

A partir desta necessidade, é possível afirmar que deve ser feito bom uso das ferramentas
disponíveis. Uma destas ferramentas é o modelo Canvas, que torna o modelo de negócios visual,
desburocratizado e fácil de entender através da associação dos componentes distribuídos em seus
quadros. O Mapa de Empatia também é ferramenta importante para a resolução de problemas e
pode auxiliar no preenchimento do Canvas.

Uma vez preenchido o modelo Canvas, seja para o planejamento de um novo negócio seja
para o planejamento de um novo projeto, é possível homologá-lo para posteriormente redigir o
documento necessário para o seu desenvolvimento, ou seja, o plano de negócios ou o modelo de
projeto, e contribuirá na obtenção de recursos financeiros e patrocinadores.
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REFERÊNCIAS

DORNELAS, José; BIM, Adriana; FREITAS, Gustavo de Castro; USHIKUBO, Rafaela. Plano de
negócios com o modelo Canvas: guia prático de avaliação de ideias de negócios a partir de
exemplos. 1. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2015

FINOCCHIO JÚNIOR, JOSÉ. Project model Canvas: gerenciamento de projetos sem burocracia.
1 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.

PEREIRA, Daniel. Mapa de Empatia: O que é. O Analista de Modelos de Negócios, 15 de agosto


de 2017. Disponível em: <https://analistamodelosdenegocios.com.br/mapa-de-empatia-o-que-e/>.
Acesso em: 24 abr. 2018.

PEREIRA, Daniel. O que é o Business Model Canvas. O Analista de Modelos de Negócios, 8 de


julho de 2016. Disponível em: <https://analistamodelosdenegocios.com.br/o-que-e-o-business-
model-canvas/>. Acesso em: 24 abr. 2018.

SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. O quadro de modelo de


negócios: Um caminho para criar, recriar e inovar em modelo de negócios, 2013. Disponível em:
<http://www.bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.nsf/be606c09f2e
9502c51b09634badd2821/$File/4439.pdf>. Acesso em: 17/06/2018.

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