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Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: SEMIOLOGIA ESPECIALIZADA

29: 54-60, jan./mar. 1996 Capítulo V

SEMIOLOGIA OFTALMOLÓGICA

OPHTALMOLOGIC SEMIOLOGY

Maria de Lourdes Veronese Rodrigues

Docente do Departamento de Oftalmologia e Otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São
Paulo.
CORRESPONDÊNCIA : Departamento de Oftalmologia e Otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - Campus Uni-
versitário - CEP: 14048-900 - Ribeirão Preto - S.P - Fax: (016) 633.5839.

RODRIGUES M de LV Semiologia oftalmológica. Medicina, Ribeirão Preto, 29: 54-60, jan./mar. 1996.

RESUMO: Iniciando pela anamnese oftalmológica e seguindo com o exame externo do globo
ocular, com a avaliação da movimentação ocular e da acuidade visual, concluimos com o exame das
estruturas oculares internas do olho com auxílio de instrumentos. Trata-se dos primeiros elementos
da propedêutica oftalmológica básica, necessária para o médico não oftalmologista.

UNITERMOS: Relações Médico-Paciente. Anamnese. Diagnóstico Oftalmológico. Exame Físico.


Oftalmologia.

1. ANAMNESE E RELACIONAMENTO COM dições para o estabelecimento deste tipo de relação,


O PACIENTE uma vez que, em muitas situações, as condições físi-
cas e ou emocionais do paciente e a urgência de se
Na Oftalmologia, como em qualquer ramo da estabelecer o tratamento, vão determinar o tipo de
Medicina, é necessário, antes do exame físico, reali- interação que necessita ser estabelecido nessa fase e
zar a anamnese, que deve ser, suficientemente, ampla que não necessariamente persistirá por todo o curso
para a obtenção de subsídios para a condução do pro- da doença. Assim, nas urgências, nos procedimentos
blema, sem se tornar excessivamente extensa. cirúrgicos e em algumas outras situações o médico pre-
O médico deve sempre iniciar cumprimen- cisa assumir a responsabilidade da conduta, estabele-
tando o paciente, inclusive apertando a mão. No caso cendo-se um modelo de Atividade/Passividade 1.
de um primeiro atendimento, ao fazer a identificação Apesar de o modelo mais freqüente de relação
do paciente, é sempre importante que o médico, tam- médico-paciente ser o de Orientação/Cooperação, no
bém, se apresente. Isso se torna fundamental se o pa- qual o médico sugere condutas esperando que o pa-
ciente tiver uma deficiência visual que o impeça de ciente concorde com elas, nas doenças crônicas é
ver o médico, pois o ajudará a estabelecer um melhor fundamental que se estabeleça um modelo de Partici-
relacionamento. pação Mútua. Neste tipo de relacionamento, o médico
O relacionamento médico-paciente, que se ini- e o paciente tem poderes equivalentes para a conse-
cia no momento do primeiro contato (visual ou atra- cução de um mesmo objetivo. Para uma interação mé-
vés de outros órgãos dos sentidos), idealmente, deve- dico-paciente adequada é necessário que o médico te-
ria ser uma relação de colaboração mútua na busca da nha capacidade de vivenciar os três modelos, confor-
cura do paciente. No entanto, nem sempre existem con- me as necessidades do momento1.

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Semiologia oftalmológica.

A anamnese pode ser iniciada com o estabele- ectrópio, hordélos, chalázios, triquíase; hiperemias
cimento da Queixa Principal, seguido de perguntas oculares; opacificações da córnea ou alterações da sua
sobre a História da Moléstia Atual, os Antecedentes forma e do seu diâmetro; perfurações oculares da
Pessoais e os Antecedentes Familiares. Os pontos que parte anterior do globo ocular; cicatrizes de trauma-
devem ser mais enfatizados vão depender do tipo de tismos ou cirurgias; bolhas filtrantes (cirurgias anti-
problema e da idade do paciente. glaucomatosas); pterígios; alterações da profundi-
Assim, não é necessário perguntar a um pa- dade da câmara anterior; alterações da iris; alterações
ciente de 80 anos, que veio à consulta queixando de da pupila, medicamentosas ou não; alterações do limbo
dor ocular aguda, sobre as condições do seu nasci- esclero-corneal; tumorações da conjuntiva e das pál-
mento. Mas esta informação é fundamental no caso pebras; corpos estranhos; opacificações do cristalino
de uma criança com estrabismo. e do vítreo, retinoblastomas, etc.
O exame ocular externo é válido, mesmo quan-
2. EXAME OCULAR EXTERNO do o examinador não tiver conhecimentos de Oftal-
mologia, desde que ele conheça a morfologia normal
O globo ocular, pela sua anatomia, permite a para detectar eventuais patologias e, ou variações da
observação de quase todas as suas estruturas, princi- normalidade. Em caso de dúvida, sempre deve ser
palmente com o auxílio de aparelhos, que cada vez consultado um especialista.
estão se tornando mais sofisticados. O exame da pupila deve incluir a observação
No entanto, sem nenhum instrumental espe- do tamanho, da forma e da posição; se há algo visível
cializado pode-se fazer um exame ocular externo que através dela (ex: leucocoria); a pesquisa das reações
traga informações importantes, tanto para o oftalmo- direta e consensual à luz; a reação à acomodação; e o
logista quanto para o médico de outras especialida- “swinging test” (Marcos Gunn). Este último teste é
des, que deve incluí-lo em sua rotina (pelo menos muito importante para a detecção de lesões da retina
parte dele), pois pode detectar inclusive manifestações ou do nervo óptico (defeitos pupilares aferentes): se
de doenças sistêmicas. um olho for cego e o outro normal, a luz indo de um
Desta forma, o exame físico do paciente oftal- olho para outro induz contração de ambas as pupilas
mológico deve se iniciar com o exame ocular externo quando o olho normal é iluminado; esta contração é
que consiste, predominantemente, na inspeção desar- alternada com uma relativa dilatação de ambas as pu-
mada das estruturas mais anteriores do globo ocular e pilas quando o olho cego é iluminado2.
de seus anexos. No caso de se detectar uma leucocoria, se se jul-
Com o auxílio de um foco luminoso faz-se a gar que a opacificação está no cristalino, é aconselhá-
inspeção de: vel utilizar a classificação preconizada por Mehra &
- posição do globo ocular; Minassian3 para graduá-la. O resumo dessa classifi-
- posição da fenda inter-palpebral; cação Tabela I.
- bordas palpebrais;
- pele palpebral;
- conjuntival bulbar; Tabela I - Critérios de Classificação das Opacificações do
- carúncula; Cristalino (Mehra & Minassian, 1988).
- conjuntiva tarsal (após eversão das pálpebras, sendo Grau de
Critério
que para a superior pode-se utilizar um cotonete ou Opacificação
algum outro objeto pequeno que dê apoio, para faci- 0 sem opacificações
litar a manobra);
1 pequenos pontos opacificados
- limbo esclero-corneal;
- córnea; 2A opacificação parcial menor que a
- câmara anterior; área não opacificada
- íris; e 2B opacificação parcial maior que a
- pupila. área não opacificada
3 opacificação total
Com o exame ocular externo podem ser detec- 4 afacia ou deslocamento do cristalino
tados desvios oculares pela simples observação ou atra- 5 outra opacificação impedindo
vés da localização do reflexo luminoso na superfície a avaliação do cristalino
da córnea; alterações das pálpebras, como entrópio,

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M. de Lourdes V. Rodrigues

A palpação só é necessária se houver infla- entre o paciente e a tabela, anotando a nova distância
mação ou edema de pálpebra ou da região lacrimal. como numerador da fração da acuidade5. Se mesmo
Pode ser utilizada, também, quando se suspeita de assim o maior optotipo não for identificado verifi-
glaucoma agudo (digito-pressão). Neste caso, deve ser ca-se se o paciente:
feita através das pálpebras. Em todos os casos, a pal- a - “conta dedos”;
pação deve ser delicada e cuidadosa. b - detecta movimentos de mão;
Nos casos em que houver exoftalmia pulsátil, c - identifica a localização de um foco luminoso (pro-
pode ser realizada a ausculta, que permite o diagnós- jeção luminosa) ou
tico de fístula carótido-cavernosa4 . d - percebe luz (percepção luminosa).

A medida da acuidade visual (AV) deve ser feita


3. MOVIMENTAÇÃO OCULAR para cada olho, separadamente.
As causas mais freqüentes de diminuição da
A seguir, realiza-se o estudo da movimentação acuidade visual são as ametropias (miopia, hiperme-
ocular (funcionamento dos seis músculos extra-ocu- tropia e astigmatismo). Assim, se o paciente usar ócu-
lares) de cada olho (ducções) e dos dois olhos funcio- los, deve-se realizar a medida da acuidade visual com
nando em conjunto (versões). Os músculos extra-ocu- as lentes corretoras.
lares são inervados por três nervos cranianos: o III, Para verificar se a visão pode melhorar com
motor ocular comum (reto superior, reto inferior, reto lentes, ou ainda mais com novas lentes, realiza-se a
medial e oblíquo inferior), o VI, motor ocular externo medida da acuidade visual com o orifício estenopêico
(reto lateral) e o IV, troclear (oblíquo superior). (“pinhole”). Se a acuidade visual não melhorar
O teste da cobertura (“cover test”) é utilizado quando o paciente olhar através desse pequeno orifí-
para a verificação de estrabismos ou de heteroforias, cio, que seleciona os raios que passam pelo centro da
através da “quebra” da fusão pela oclusão de um dos córnea, pode-se suspeitar de problemas da retina, de
olhos, que deve, também, ser feita de maneira alter- opacificações dos meios oculares ou de alterações
nada. Por exemplo, se uma pessoa for ortofórica e ti- neuro-oftalmológicas.
ver um de seus olhos cobertos, o outro olho continua Se o valor da acuidade visual (expresso sempre
fixando a mira (localizada a aproximadamente 30 cen- através de uma fração, em cujo numerador está a dis-
tímetros, se o teste for para perto, ou 5m se for para tância, em pés, do paciente à tabela e, no denomina-
longe) e não aparecerão movimentos oculares, mes- dor, a distância em que o optotipo forma um ângulo
mo no teste alternante. Se o paciente tiver uma hete- visual de 1 minuto de arco - ex: 20/200 ou 0,1) for
roforia (endoforia ou exoforia), quando os olhos fo- maior com optotipos isolados do que com optotipos
rem ocluídos alternadamente, o olho que está desco- agrupados, pode-se suspeitar de ambliopia5, que é uma
berto vai realizar um pequeno movimento para fixar a diminuição de acuidade visual sem problema aparente.
mira, fato que pode ocorrer, também, quando o olho A visão de perto é medida, através de tabelas
dominante for ocluído. Já nos estrabismos, a oclusão próprias, e deve ser pesquisada mesmo em pacientes
de um dos olhos será seguida de um movimento do mais jovens, pois a diminuição da acuidade visual para
outro, para fora ou para dentro, a menos que haja aproximadamente 30-40 centímetros, além de indicar
supressão ou que o olho não tenha visão. presbiopia, pode indicar grandes hipermetropias,
afacias e problemas da acomodação.
Quando houver suspeita de perdas campimé-
4. ACUIDADE VISUAL tricas, deve-se realizar uma estimativa do campo vi-
sual, confrontando o do paciente com o do exami-
A seguir, realiza-se a pesquisa da acuidade nador. Se forem detectadas anormalidades, a reali-
visual central (para longe e para perto) e a estima- zação de uma perimetria é mandatória2,5.
tiva do campo visual. Embora tenham sido propostas classificações
A acuidade visual para longe é medida em ta- abrangentes, que consideram além da acuidade visual e
belas de optotipos, com o paciente colocado a 5 metros do campo visual a capacidade do indivíduo de realizar
de distância. Quando o maior optotipo da tabela não as atividades da vida diária, a capacidade de se loco-
puder ser identificado pode-se diminuir a distância mover, etc, as deficiências visuais são classificadas

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Semiologia oftalmológica.

pela Organização Mundial da Saúde 6 em seis cate- observação das estruturas deve seguir a seqüência:
gorias, com base apenas na acuidade visual, para disco, vasos sanguíneos, mácula.
longe, do melhor olho com a melhor correção óptica A capacitação dos estudantes de medicina para
e no campo visual Tabela II. a realização dos exames descritos, anteriormente, faz
parte dos objetivos do curso de graduação da Facul-
dade de Medicina de Ribeirão Preto. Mas, obviamen-
Tabela II - Classificação das Deficiências Visuais te, eles não são suficientes para a realização de uma
Campo semiologia oftalmológica completa, que inclui desde
Categoria AV máxima AV mínima
Visual instrumentos simples até aparelhos sofisticados e que
1 0,30 0,10 - o avanço da tecnologia torna dia a dia mais eficientes.
2 0,10 0,05 5 a 10º Nem todos os exames que serão listados a se-
3 0,05 0,02 até 5º guir (iniciando-se com os mais utilizados) são neces-
sários para todos os pacientes; a sua indicação vai
4 0,02 percepção de luz
depender do tipo de problema.
5 ausência de A biomicroscopia é realizada em um aparelho
percepção de luz
denominado lâmpada de fenda ou biomicroscópio, que
9 perdas não
quantificáveis oferece uma ampliação de 6 a 40 vezes e permite a
obtenção de cortes ópticos de diferentes formas, in-
clinações e intensidades, o que possibilita a obser-
vação das estruturas transparentes8
Do ponto de vista oftalmológico, há cegueira
quando a acuidade visual no melhor olho, com a me- Se forem utilizadas lentes de contato com espe-
lhor correção óptica, é inferior a 0,05 ou o campo vi- lhos, a lâmpada de fenda e o microscópio cirúrgico
sual inferior a 5o. Esta acuidade visual de 0,05, ou permitem o exame de diversas estruturas, como do
200/400, corresponde a contar dedos, à luz do dia, a 3 ângulo da câmara anterior (gonioscopia) e da retina.
metros de distância, bastante usada em “surveys”. A O exame da retina, também, pode ser realizado
fração que define a “cegueira legal” varia de país para através da oftalmoscopia indireta, que dá uma ima-
país, sendo que no Brasil é a visão inferior a 0,01. gem virtual, com aumento de três vezes e propicia vi-
são de conjunto e tridimensionalidade.
A documentação fotográfica do estado da re-
5. PROPEDÊUTICA INSTRUMENTADA tina é chamada de retinografia.
A retinoscopia ou esquiascopia consiste na re-
A oftalmoscopia direta ou indireta é o exame flexão de luz num ponto da retina e permite, através
que permite a observação do fundo de olho. Apesar da interpretação dos reflexos oriundos de movimentos
da oftalmoscopia direta ser monocular, e assim não do examinador, quantificar, nos diversos meridianos
haver estereopsia; de permitir somente a observação do olho, eventual vício de refração. A detecção de ví-
de pequena parte do fundo de olho cada vez; e de não cios de refração pode ser facilitada com a refratometria
propiciar o exame da retina periférica, ela tem a van- computadorizada e complementada com testes de len-
tagem de propiciar um aumento maior (aproximada- tes (este último é um exame subjetivo).
mente 14 vezes)7 e ser mais fácil para o uso de estu- A tonometria é a medida da pressão ocular e
dantes e médicos não oftalmologistas. é realizada através de diferentes tipos de tonôme-
Souza5 preconiza que o exame se inicie com o tros - identação, aplanação, pneumotônometros, sendo
“paciente fixando um ponto em frente, no infinito, com que os mais utilizados são os de aplanação (acoplados
o olho contra-lateral. Sem lentes corretoras, tendo a à lâmpada de fenda ou portáteis). A avaliação da pres-
luz focada na pupila do paciente, inicia-se o exame, a são ocular pode ser complementada com testes provo-
cerca de 50 centímetros do olho do paciente, para ob- cativos (de aumento da pressão ocular), com o estudo
servar o reflexo vermelho da pupila (em caso de opa- da variabilidade diária (curva diária de pressão) e com o
cidade dos meios transparentes, aparecerá uma man- estudo da hidrodinâmica do humor aquoso (tonografia).
cha escura no campo avermelhado)”. A perimetria e a campimetria (manual ou com-
Para o exame do fundo de olho propriamente putadorizada) consistem na quantificação do campo
dito é necessário aproximar-se mais do paciente, e a visual periférico e central.

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M. de Lourdes V. Rodrigues

A ultra-sonografia, ecografia ou biometria é uti- do estado da circulação cerebral.


lizada para medir as diferentes estruturas oculares e A angiofluoresceinografia permite o estudo da
para a observação bidimensional dessas estruturas, de circulação da retina e da coróide e consiste na observação
corpos estranhos, de tumores, etc. Este exame é im- e documentação do estado dos vasos da retina em di-
prescindível para o cálculo de lentes intra-oculares (uti- versos tempos, após a injeção sistêmica de fluoresceína.
lizadas para substituir o cristalino). A eletro-oculografia é o registro do potencial
A ceratometria é a medida da curvatura da cór- de repouso das camadas da retina; a eletro-retinografia
nea e é utilizada nos astigmatismos, no cálculo de len- consiste no registro da atividade elétrica da retina que
tes de contato e de lentes intra-oculares e em avalia- segue a um estímulo visual; e o estudo do potencial
ções pós-operatórias. evocado visual tem o objetivo de registrar a atividade
A paquimetria é a medida da espessura da elétrica cortical (ao nível da região occipital), que
córnea, fundamental antes de cirurgias refrativas. ocorre depois de um estímulo visual4 .
A ceratoscopia é a avaliação da regularidade Na medida dos desvios oculares, são utilizados
da superfície anterior da córnea. prismas, filtros verdes e vermelhos e outros recursos.
A oftalmodinamometria é a medida da pressão Finalmente, nos últimos anos, a avaliação do
da artéria oftálmica e é utilizada para aprofunda- estado das estruturas oculares foi, grandemente, enri-
mento do estudo de alguns tipos de glaucoma e de quecida com a tomografia computadorizada e com a
quadros sistêmicos em que seja importante a avaliação ressonância nuclear magnética.

RODRIGUES M de LV Ophtalmologic semiology. Medicina, Ribeirão Preto, 29: 54-60, jan./mar. 1996.

ABSTRACT: Following anamnesis, which is the first patient-doctor contact, physical examination
must start with the inspection of anterior ocular structures and their annexes, which can provide valuable
information for such the ophtalmologist and other specialists; the next steps are to assess ocular
movements and to research strabismus also by the corneal light reflex test and the cover test; to
assess pupillary function; to measure and record visual acuity; to find out visual field defects; to perform
slit-lamp biomicroscopy; to measure and record the intraocular pressure; to perform ophthalmoscopy,
and then, according with the symptoms and signs, to choose the other tests and techniques necessary
to a diagnosis of the ocular problem or disease.

UNITERMS: Physician-Patient Relations. Medical History Taking. Diagnosis, Eye. Physical.


Examination. Ophthalmology.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 6 - WORLD HEALTH ORGANIZATION Guidelines for


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mologia. Caderno de exercícios. Legis Summa, Ribeirão
Preto, p.13-16, 1989.

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Semiologia oftalmológica.

APÊNDICE: VOCABULÁRIO OFTALMOLÓGICO

ABDUÇÃO - movimento do globo ocular para o lado temporal. CERATECTOMIA - remoção cirúrgica de pedaço de córnea.
ABLEFARIA - ausência (geralmente congênita) das pálpebras. CERATITE - inflamação da córnea.
ACROMATOPSIA - incapacidade para ver cores. CERATOCONE - adelgaçamento e protusão da porção central da
córnea.
ACOMODAÇÃO - aumento fisiológico do poder refrativo cris-
taliniano. CERATOPLASTIA - transplante de córnea.
ADUÇÃO - movimento do globo ocular para o lado nasal. CERATOTOMIA - incisão na córnea.
AFACIA - ausência de cristalino. CHÁLASIO - inflamação nas glândulas de Meibomius (palpebrais).
AGNOSIA - incapacidade de reconhecer objetos. COLOBOMA - defeito de fusão da fissura fetal, que se traduz por
ausência da parte inferior de uma das estruturas oculares.
ACINESIA - ausência de movimento voluntário.
CONFUSÃO - percepção simultânea de dois objetos no mesmo
ALBINISMO OCULAR - problema congênito, no qual há ausência
local do espaço.
de pigmento nos tecidos oculares.
CORECTOPIA - deslocamento da pupila de sua posição central.
AMAUROSE - cegueira.
CORIORRETINITE - inflamacão da coróide e retina.
AMBLIOPIA - diminuição da visão em um ou ambos os olhos, sem
problemas anatômicos dos olhos ou vias ópticas. COROIDITE - inflamação da coróide.
AMETROPIA - vício de refração (miopia, hipermetropia ou astig- CRIPTOFTALMIA - ausência de abertura da fenda palpebral.
matismo).
DACRIOADENITE - inflamação da glândula lacrimal.
ÂNGULO DA CÂMARA ANTERIOR - junção da córnea com a íris
DACRIOCISTITE - inflamação do saco lacrimal.
(é o que se vê na gonioscopia).
DACRIOCISTORRINOSTOMIA - cirurgia para se criar nova via de
ANIRIDIA- formação incompleta ou ausência da íris.
drenagem lacrimal, entre o saco lacrimal e a cavidade nasal.
ANISEICONIA - desigualdade no tamanho das imagens retínicas
DESCOLAMENTO DE RETINA - plano de clivagem, entre o epitélio
dos dois olhos.
neuro-sensorial e pigmentar da retina.
ANISOCORIA - diferença no tamanho pupilar dos dois olhos.
DERMATOCÁLASE - excesso de pele nas pálpebras.
ANISOMETROPIA - diferença na refração entre os dois olhos.
DIPLOPIA - percepção de duas imagens de um mesmo objeto.
ANISOPIA- diferença na acuidade visual entre os dois olhos.
DISLEXIA - incapacidade de interpretar palavras escritas (leitura).
ANOFTALMIA - ausência congênita do globo ocular.
DISTIQUÍASE - presença de fileira supra numerária de cílios.
ANOPSIA - diminuição ou perda de parte do campo visual (hemia-
DUCÇÃO - movimento de um dos olhos analisado, separada-
nopsia, quadrantopsia).
mente.
ASTENOPIA - desconforto visual, após esforço visual.
ECTRÓPIO - eversão da margem palpebral.
BLEFARITE - inflamação da borda palpebral.
EMETROPIA - ausência de vício de refração.
BLEFAROCHALÁSIO - aumento do volume das pálpebras, geral-
ENDOFTALMITE - inflamação dos tecidos intra-oculares.
mente secundário a processos alérgicos.
ENOFTALMIA - retração do globo ocular na órbita.
BLEFAROFIMOSE - diminuição da abertura da fenda palpebral.
ENTRÓPIO - inversão da margem palpebral.
BLEFAROPLASTIA - cirurgia palpebral indicada nos casos de
dermatocálase. ESODESVIO - desvio ocular nasal.
BLEFAROPTOSE - (ptose palpebral) queda das pálpebras. ENUCLEAÇÃO - retirada cirúrgica do globo ocular.
BLEFAROESPASMO - espasmo involuntário do músculo orbicular. EPÍFORA - escoamento de lágrima na face, por deficiência na
drenagem.
BUFTALMIA - (macroftalmia) aumento anormal do tamanho do glo-
bo ocular. EPISCLERITE - inflamação na episclera.
CANALICULITE - inflamação do canalículo lacrimal. ESCOTOMA - área de perda visual dentro do campo visual.
CANTOTOMIA - cirurgia para aumentar a abertura das pálpebras ESTAFILOMA - adelgaçamento da esclera com protusão do teci-
(incisão do canto externo). do subjacente.
CAPSULOTOMIA - incisão na cápsula do cristalino. ESTEREOPSIA - percepção de profundidade na visão binocular.
CATARATA - opacificação do cristalino. EVISCERAÇÃO - retirada cirúrgica do conteúdo do globo ocular,
deixando-se a esclera.
CELULITE ORBITÁRIA - inflamacão do tecido conectivo orbitário,
sempre grave. EXENTERAÇÃO - retirada cirúrgica de toda a órbita e seu con-
teúdo.
CELULITE PERI-ORBITÁRIA - inflamação do tecido conectivo pré-
septal (septo palpebral), nem sempre grave. EXODESVIO - desvio ocular temporal.

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M. de Lourdes V. Rodrigues

EXOTALMIA - (proptose) protusão anormal do globo ocular. PANNUS - vasos sanguíneos e tecido fibroso invadindo a córnea.
FACECTOMIA - retirada cirúrgica do cristalino. PHTISIS BULBI - diminuição do tamanho e degeneração do globo
ocular, após doença ou traumatismo, com diminuição da pressão
FORIA - desvio ocular latente.
ocular (conseqüente a perda de função dos processos ciliares).
FOTOPSIA - percepção de pontos ou formas luminosas no campo
PINGUÉCULA - elevação subconjuntival peri-limbica, composta
visual.
por tecido elástico degenerado.
FUSÃO - unificação, no cérebro, de duas imagens semelhantes
POLIOSE - despigmentação dos cílios (ou pelos).
(uma de cada olho) em uma só imagem.
POLICORIA - várias pupilas.
GONIOSCOPIA - exame do ângulo da câmara anterior.
PRESBIOPIA - perda gradual da capacidade acomodativa.
GONIOTOMIA - abertura cirúrgica do trabeculado.
PSEUDOFACIA - lente intra-ocular substituindo o cristalino.
HEMERALOPIA - diminuição anormal da visão em baixas
luminosidades. PTERÍGEO - degeneração elástica da conjuntiva bulbar que cres-
ce e invade a córnea.
HEMIANOPSIA - perda da metade do campo visual de cada olho.
PTOSE - queda da pálpebra superior.
HETEROCROMIA DA ÍRIS - diferentes colorações da íris dos dois
olhos da mesma pessoa. QUADRANTOPSIA - perda de um quadrante do campo visual de
cada olho.
HETEROFORIA - estrabismo latente, compensado pela fusão.
QUEMOSE - edema de conjuntiva.
HIFEMA - presença de sangue na câmara anterior do olho.
REFRAÇÃO - procedimento que visa diagnosticar e quantificar
HIPÓPIO - presença de células inflamatórias, formando nível, na
um vício refrativo.
câmara anterior.
RECUO - técnica cirúrgica, utilizada em estrabismos, que enfra-
HORDÉOLO - inflamação das glândulas de Zeiss e Moll
quecem a ação de um músculo.
(palpebrais).
RESSECÇÃO - técnica cirúrgica utilizada em estrabismos que for-
IMPLANTE INTRA-OCULAR - lente de material sintético para a
talece a ação de um músculo.
substituição do cristalino, após retirada cirúrgica.
RETINITE - inflamação da retina.
IRIDECTOMIA - retirada de porção de tecidos da íris.
RETINOBLASTOMA - tumor maligno da retina (da infância).
IRIDOCICLITE - inflamação da íris e do corpo ciliar.
RETINOPATIA - doença não inflamatória da retina.
IRIDODIALISE - ruptura traumática da base da íris.
RETINOPEXIA - correção do deslocamento de retina.
IRIDODONESIS - movimentos da íris (tremor) por falta de apoio
do cristalino. RUBEOSIS IRIDIS - neovascularização da íris.
IRIDOTOMIA - pequeno orifício na íris. SINÉQUIA - aderência da íris a outro tecido próximo.
IRITE - inflamação da íris. SIMBLÉFARO - aderência anormal entre a conjuntiva tarsal e a
conjuntiva bulbar.
LAGOFTALMO - olho não totalmente coberto com as pálpebras
fechadas, por frouxidão da pálpebra inferior. SUPRESSÃO - inibição inconsciente do impulso visual, para evi-
tar a diplopia ou a confusão.
LEUCOCORIA - condição em que a pupila aparece branca (cata-
rata, retinoblastoma, etc.). TRABECULECTOMIA - cirurgia para retirada de fragmento do
trabeculado.
LEUCOMA CORNEANO - opacidade densa da córnea.
TRABECULOTOMIA - cirurgia para a retirada do trabeculado e do
MACROPSIA - distorsão em que as imagens retinianas são per-
canal de Schlemm.
cebidas maiores que o normal.
TRIQUÍASE - posicionamento anormal de um ou mais cílios.
METAMORFOPSIA - percepção distorcida da forma dos objetos.
TROPIA - desvio ocular manifesto (estrabismo).
MICROFTLMIA - (nanoftalmia) globo ocular com tamanho anor-
malmente reduzido. UVEITE - inflamação da úvea (íris, corpo ciliar e coróide.
MICROPSIA - condição em que as imagens retinianas são perce- VERSÃO - movimento conjugado dos dois olhos.
bidas menores que o normal.
VITRECTOMIA - cirurgia para a retirada do vítreo, que deve ser
MIDRÍASE - aumento do tamanho da pupila. substituído por material sintético.
MIOSE - diminuição do tamanho da pupila XANTELASMA - formação pequena e amarelada (geralmente
múltipla) das pálpebras, conseqüente a problemas no metabolis-
NISTAGMO - movimentos rítmicos e involuntários dos olhos.
mo lipídico.
ORTOFORIA - ausência de desvios oculares latentes.
XEROFTALMIA - ressecamento da superfície do globo ocular
ORTOTROPIA - ausência de desvios oculares manifestos. (córnea e conjuntiva).

Elaborado por:
Maria de Lourdes Veronese Rodrigues, em colaboração com Paulo Schor e Thomaz Rodolpho Júnior.

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