Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
Silva
1. Introdução
As bombas são comumente classificadas sob dois diferentes pontos de vista: o que
considera as características hidráulicas do fluido em movimento e o que se baseia na
finalidade específica para a qual a bomba foi construída. De acordo com o Hydraulic
Institute as bombas são divididas em duas classes:
- Rotor: órgão móvel que energiza o fluido, criando uma depressão em seu
centro para aspirá-la e uma sobrepressão na periferia para recalcá-la. É
acionada através de um eixo que lhe transmite o movimento de rotação, graças
à energia de uma fonte externa.
1
• Bombas radiais ou centrífugas. O fluido penetra axialmente no rotor,
sendo sua trajetória bruscamente desviada para a direção radial. Usadas
para pequenas vazões e grandes alturas.
2
Figura 3: Bomba helicoidal tipo parafuso de Arquimedes
Figura 4: (a) Bomba radial; (b) Bomba axial; (c) Bomba diagonal.
3
4.2 Quanto ao número de rotores existentes dentro da carcaça.
5. Tipos de rotores
4
Figura 5: Tipos de rotores convencionais para bombas hidráulicas.
6. Rotação Específica
5
Figura 6: Classificação das bombas hidrodinâmicas, segundo a rotação específica. (a)
radiais; (b) diagonais; (c) axiais.
7.1 Eixo: Ao eixo de uma bomba compete não só a tarefa de transmitir potência do
motor ao rotor da bomba como também suportar o peso do rotor e suportar as cargas
radiais e axiais impostas ao mesmo.
7.3 Caixa de gaxetas: é uma das partes mais importantes de uma turbobomba, a
quem compete impedir o vazamento do líquido no ponto ou região em que o eixo
penetra na carcaça da bomba, evitar a entrada de ar para o interior da bomba. No
interior da caixa se alojam vários anéis de gaxetas que são comprimidos por uma peça
chamada sobreposta ou aperta gaxetas até o ajuste desejado.
7.4 Selos mecânicos: apesar de diferir quanto ao aspecto construtivo, todos os selos
mecânicos funcionam segundo o mesmo princípio. São geralmente constituídos por
duas superfícies polidas que deslizam uma sobre a outra, estando uma delas fixa ao
eixo e a outra à carcaça da bomba.
7.5 Rolamentos: a função dos rolamentos nas turbobombas é manter o eixo e o rotor
em alinhamento na direção radial ou na direção axial.
7.6 Acoplamentos: com exceção das bombas tipo monobloco, nas quais o rotor está
montado numa extensão do eixo do motor, os outros tipos estão ligados ao motor
através de acoplamentos. Eles podem ser rígidos ou flexíveis.
6
Figura 7: Órgãos componentes de uma bomba centrífuga.
Legenda da Figura 7.
7
Figura 8: Bomba de carcaça bipartida horizontalmente de dupla voluta e rotor de dupla
sucção.
8. Associação de Bombas
• Em série
• Em paralelo
A associação em série é, por sua vez, o arranjo que resolve o problema de instalação
de alturas relativamente elevadas, quando se torna, então necessário o
desenvolvimento de grandes pressões. Ou pode-se usar bomba de múltiplos estágios
(melhor eficiência). A Figura 9 mostra o esquema das associações em série e em
paralelo.
8
Figura 9 – Esquema de associações de bombas e curvas características.
Além da escorva manual através do cálice, existem vários processos que permitem o
escorvamento automático das bombas, como:
• By-pass
• Reservatório auxiliar
• Escorva com conjunto ejetor
9
Figura 10.
Figura 11.
10
Figura 12: Instalação típica de bombeamento.
Onde:
Com o valor das duas grandezas entramos nos campos básicos de funcionamento das
bombas (apresentados em catálogos dos fabricantes) e selecionamos duas ou mais,
procurando aquela que apresenta a menor potência absorvida para as condições
dadas.. A especificação final ficará em função do rendimento desenvolvido pela bomba,
custos de investimento e operação, e de uma adequação entre o material da bomba e
do fluido a ser bombeado.
11
Campos básicos de funcionamento de famílias de bombas da EH Ltda.
12
PRR − PRS
Hm = H geo + + 1,15∆H
γ
onde:
Hm = altura monométrica, em m;
Hgeo = desnível geométrico, em m;
PRR = pressão no reservatório de recalque, em kgf/cm2;
PRS = pressão no reservatório de sucção, em kgf/cm2;
γ = peso específico do fluido, em kgf/m3;
∆H = perda de carga nas tubulações e acessórios (∆H =∆HR + ∆HS), em m.
A perda de carga relativa às tubulações de sucção (∆HS) e recalque (∆HR) pode ser
calculada pelo método dos comprimentos equivalentes e da fórmula de Darcy. Com o
uso da Tabela 1 ou Figura 13 pode-se determinar o comprimento equivalente dos
acessórios em função do diâmetro de sucção e diâmetro de recalque.
A fórmula de Bresse (para funcionamento contínuo) pode ser usada para cálculo do
diâmetro de recalque econômico:
DR = (0,9 a 1,2). Q
onde:
DR = 0,587 x T 0,25 x Q
onde:
13
LT v 2
∆H = f . .
D 2g
onde:
ρ .v.D
Rey = ,
µ
Onde:
µ = viscosidade absoluta,
ρ = massa específica do fluido.
γ .Q.Hm
Pt =
75.η g
onde:
Pinst = Ms x Pt
onde:
14
Tabela 1: Comprimentos equivalentes a perdas localizadas, em metros
15
Figura 13 – Comprimentos equivalentes de perdas localizadas, em metros.
16
12.5 Potência nominal do motor elétrico
13.1 NPSH
A sigla NPSH, vem da expressão Net Positive Suction Head, a qual sua tradução literal
para o Português não expressa clara e tecnicamente o que significa na prática. No
entanto, é de vital importância para fabricantes e usuários de bombas o conhecimento
do comportamento desta variável, para que a bomba tenha um desempenho
satisfatório, principalmente em sistemas onde coexistam as duas situações descritas
abaixo:
Quanto maior for a vazão da bomba e a altura de sucção, maior será a possibilidade da
bomba cavitar em função do NPSH.
Em termos técnicos, o NPSH define-se como a altura total de sucção referida a
pressão atmosférica local existente no centro da conexão de sucção, menos a pressão
de vapor do líquido.
NPSH = (Ho – h – hs – R) – Hv
Onde:
17
Hs = Perdas de carga no escoamento pela tubulação de sucção, em m;
R = Perdas de carga no escoamento interno da bomba, em m (dados
do fabricante);
Hv = Pressão de vapor do fluído escoado, em metros (Tabela 5);
Tabela 4-
Tabela 5-
Para que o NPSH proporcione uma sucção satisfatória à bomba, é necessário que a
pressão em qualquer ponto da linha nunca venha reduzir-se à pressão de vapor do
fluído bombeado. Isto é evitado tomando-se providências na instalação de sucção para
que a pressão realmente útil para a movimentação do fluído, seja sempre maior que a
soma das perdas de carga na tubulação com a altura de sucção, mais as perdas
internas na bomba, portanto:
Ho – Hv > hs + h + R
Ho – Hv – h – hs = NPSHd (disponível),
18
que é uma característica da instalação hidráulica. É a energia que o fluído possui, num
ponto imediatamente anterior ao flange de sucção da bomba, acima da sua pressão de
vapor. Esta variável deve ser calculada por quem dimensionar o sistema, utilizando-se
de coeficientes tabelados e dados da instalação.
R = NPSHr (requerido)
Este dado deve ser obrigatoriamente fornecido pelo fabricante através das curvas
características das bombas (curva de NPSH). Assim, para uma boa performance da
bomba, deve-se sempre garantir a seguinte
situação:
13.3 Cavitação
Quando a condição NPSHd > NPSHr não é garantida pelo sistema, ocorre o fenômeno
denominado cavitação. Este fenômeno dá-se quando a pressão do fluído na linha de
sucção adquire valores inferiores ao da pressão de vapor do mesmo, formando-se
bolhas de ar, isto é, a rarefação do fluído (quebra da coluna de água) causada pelo
19
deslocamento das pás do rotor, natureza do escoamento e/ou pelo próprio movimento
de impulsão do fluído.
No momento desta troca de estado, o fluído já está em alta velocidade dentro do rotor,
o que provoca ondas de pressão de tal intensidade que superam a resistência à tração
do material do rotor, podendo arrancar partículas do corpo, das pás e das paredes da
bomba, inutilizando-a com pouco tempo de uso, por conseqüente queda de rendimento
da mesma.
De forma simples e direta, podemos dizer que a curva característica de uma bomba é
a expressão cartesiana de suas características de funcionamento, expressas por
Vazão, em m3 /h na abscissa e na ordenada, Altura manométrica, em mca; rendimento
(ç), em % ; perdas internas (NPS Hr), em mca; e potência absorvida (BHP), em cv;
20
Toda curva possui um ponto de trabalho característico, chamado de “ponto ótimo”,
onde a bomba apresenta o seu melhor rendimento “η”, sendo que, sempre que
deslocar-se, tanto a direita como a esquerda deste ponto, o rendimento tende a cair.
Este ponto é a intersecção da curva característica da bomba com a curva característica
do sistema (curvas 3 e 4 – CCB x CCS).
Evita-se sempre optar-se por um determinado modelo de bomba cujo ponto de trabalho
encontra-se próximo aos limites extremos da curva característica do equipamento
(curva 2), pois, além do baixo rendimento, há a possibilidade de operação fora dos
pontos limites da mesma que, sendo à esquerda poderá não alcançar o ponto final de
uso pois estará operando no limite máximo de sua pressão e mínimo de vazão.
Neste ponto a bomba estará operando com máximo de vazão e mínimo de pressão
aumentando o BHP da mesma. Esta última posição é a responsável direta pela
sobrecarga e queima de inúmeros motores elétricos em situações não previstas pelos
usuários em função do aumento da vazão, com conseqüente aumento de corrente do
motor.
21
15. Acionamento das bombas e sintomas
22
• segurança e comodidade operacional
• investimento inicial.
A conjugação ou soma destes fatores em uma certa instalação define a opção a ser
feita, a qual, via de regra, recai num dos dois seguintes órgãos:
- motores elétricos
- motores de combustão interna (a gasolina ou diesel).
• custo
• simplicidade de construção
• facilidade de operação
• robustez
• fator de potência
• torque
• exigência ou conveniência de rotação.
Os tipos de motores mais usuais e que melhor atendem, pelo menos em parte, aos
fatores acima citados são:
23
Seus inconvenientes são:
- pequeno fator de potência (exige grande demanda inicial)
- baixo torque
- não permite variações de velocidade.
- bom torque
- permite variações de velocidade
- não requer corrente excessiva de partida
- ocupa menor espaço que o anterior
Motor síncrono
- maior rendimento
- alto fator de potência
24
25
16. Defeitos mais comuns de uma instalação de bombeamento e suas causas
26
27
Figura13: Bomba multiestágios de alta pressão tipo barril, modelo GSG – Sulzer.
1- rolamentos, 2- tambor de balanço linear, 3- fixadores do arranjo rotores difusores, 4-
unidade de extração, 5- boca de sucção, 6- rotor de sucção do 1o estágio, 7- eixo, 8-
selo tipo labirinto, 9- apoios de fixação, 10- carcaça tipo barril, 11- gaxeta de vedação,
12- alojamento da caixa de vedação, 13- câmara de selagem.
28
Figura 14: Bomba bipartida axialmente de dupla sucção tipo SMN – Sulzer. 1- eixo
extra-pesado, 2- carcaça bipartida axialmente, 3- rotor de dupla sucção, 4- vedação do
eixo, 5- mancais extra-pesados, 6- anéis de desgaste substituíveis, 7- caixa espiral, 8-
geometria hidráulica otimizada
29
Figura 15: Bomba centrífuga modelo API 610 ZE da Sulzer. 1- dupla voluta, 2- boca de
recalque, 3- flange, 4- gaxeta de vedação confinada, 5- câmara de selagem, 6- eixo-
extra pesado, 7- anel de lubrificação, 8- anéis de desgaste substituíveis, 9- rotor, 10-
bujão de drenagem, 11- tolerância de corrosão, 12- capa da carcaça, 13- selagem por
labirinto, 14- caixa de alojamento do rolamento, 15- caixa de alojamento do rolamento
nervurada.
17. ALINHAMENTO
30
Dessa forma todo conjunto deve ser realinhado, após sua instalação definitiva, sendo a
verificação deste alinhamento feita através da luva de acoplamento para as três
seguintes condições:
31
18. Tempo de Vida Útil da Bomba
Com o decorrer do uso, mesmo que em condições normais, é natural que ocorra um
desgaste interno dos componentes da bomba, principalmente quando não existe um
programa de manutenção preventiva para a mesma, ou este é deficiente. O desgaste
de buchas, rotores, eixo e alojamento de selos mecânicos ou gaxetas fazem aumentar
as fugas internas do fluído, tornando o rendimento cada vez menor.
Quanto menor a bomba, menor será o seu rendimento após algum tempo de uso sem
manutenção, pois, a rugosidade, folgas e imperfeições que aparecem são
relativamente maiores e mais danosas que para bombas de maior porte. Portanto, não
se deve esperar o desempenho indicado nas curvas características do fabricante, sem
antes certificar-se do estado de conservação de uma bomba que já possua um bom
tempo de uso.
32
A próxima figura mostra o diagrama de colinas para determinação do rendimento e
diâmetro do rotor mais apropriado para a vazão e altura manométrica de uma bomba
selecionada preliminarmente.
33
19. Alterações nas Curvas Características da Bombas
n1
Q1 = Q0 .
n0
34
A.2 Pressão: Varia proporcional ao quadrado da variação da rotação:
2
n
H1 = H 0 . 1
n0
A.3 Potência: Varia proporcional ao cubo da variação da rotação:
3
n
P1 = P0 . 1
n0
Onde:
D1
Q1 = Q0 .
D0
B.2 Altura: Varia proporcional ao quadrado do diâmetro do rotor:
2
D
H1 = H 0 . 1
D0
B.3 Potência: Varia proporcional ao cubo do diâmetro do rotor:
3
D
P1 = P0 . 1
D0
Onde:
35
sub-índice o = relaciona as grandezas originais de funcionamento da bomba;
Deve-se considerar também, que há certos limites para diminuição dos diâmetros dos
rotores, em função principalmente da sensível queda de rendimento que pode ocorrer
nestes casos. De modo geral a usinagem em rotores podem chegar a, no máximo, 20%
do seu diâmetro original.
Dagoberto C. Silva
36