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casamento

x
pornografia
Miguel Dolny

Este eBook é uma produção do projeto “O mal que eu não quero”.


Ele pode ser compartilhado em qualquer mídia sem aviso pré-
vio, desde que citada a fonte: DOLNY, Miguel. Casamento x
Pornografia. O mal que eu não quero, Florianópolis: 2017.

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Índice

Introdução ............................................................ 04

1) O que a pornografia pode causar ao casamento ?...............06

2) Por que a pornografia causa esses males?...................... 10

3) Como lutar? 3 princípios para combater


a pornografia em seu casamento .................................. 14

Questões para reflexão...... ........................................20

Referências.............................................................21
Introdução
“A pornografia pode destruir seu casamento”.
Você já ouviu ou leu essa frase? Achou ela sensacionalista
demais, ou digna de alguma ponderação?
Se você pesquisar na internet, procurando conteúdos que
abordam essa temática, vai encontrar muitas respostas. Algumas
dizem que a pornografia pode até mesmo ser benéfica para o
casamento, para dar uma “apimentada” na relação. As outras,
que condenam a pornografia, geralmente o fazem por uma das
seguintes razões: ou, porque a ciência comprova que ela é malé-
fica, ou porque Deus a condena.
Mas, será que a pornografia é tão ruim assim? E, se for,
quais as justificativas para isso?
Neste eBook, vou apresentar a resposta para as três ques-
tões fundamentais, que podem esclarecer essas dúvidas e ajudar
você a lutar contra a pornografia, para evitar que ela destrua seu
casamento.
Primeiramente, vamos descobrir o que a pornografia
pode causar ao casamento. Na sequência, entender porque ela
tem esse potencial. E, finalmente, como combatê-la.
Ao final, apresento algumas questões para reflexão. Tire
um tempo para fazer essa leitura, e converse com seu cônjuge
sobre o assunto. É possível lutar. A pornografia não precisa des-
truir seu casamento.

casamento x pornografia 04
1) O que a pornografia pode
causar ao casamento?
56% dos divórcios têm relação direta com um interesse
excessivo por pornografia, por parte de um dos cônjuges.
Isso é o que revela o relatório da AAML, instituição norte-
-americana que reúne especialistas em Direito de Família (DE-
DMON, 2002). No entanto, apesar de ser a mais drástica, essa
é apenas uma das consequências prejudiciais que a pornografia
pode trazer a um casamento.
De acordo com a socióloga Jill Manning (2005), pesquisas
indicam que o consumo de pornografia está associado ao surgi-
mento dos seguintes fatores, entre outros:

• Aumento de problemas conjugais, e do risco de divórcio;


• Aumento do interesse por práticas sexuais violentas ou
abusivas;
• Aumento do número de pessoas com problemas relacio-
nados a comportamentos sexuais aditivos;
• Diminuição da intimidade e da satisfação sexual;
• Infidelidade;
• Desvalorização da monogamia, e da criação de filhos.

O papel determinante da pornografia em cada um desses


fatores pode ser demonstrado de diversas formas. Por exem-

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plo, sabe-se que a exposição a conteúdo pornográfico causa no
cérebro do consumidor uma descarga de hormônios que, em
excesso e associada a um comportamento repetido diversas ve-
zes, o leva a uma redução de interesse por outras atividades –
como a convivência familiar e até mesmo a relação sexual com o
cônjuge – fenômeno que é conhecido como “dessensibilização”
(WILSON, 2012).
Ver pornografia também torna as pessoas mais tolerantes
à violência – especialmente contra a mulher – e mais propensas
a agirem violentamente no relacionamento com outros indiví-
duos. A agressão física é extremamente comum em vídeos por-
nográficos, sendo detectada em quase 90% das ocasiões (BRID-
GES, 2010), e isso leva o indivíduo que consome pornografia a
normalizar as atitudes de atores e atrizes, e o influencia a prati-
car os mesmos comportamentos.
Além disso, a pornografia é apresentada como uma fer-
ramenta para distração e prazer, com a proposta de satisfação
sexual garantida, a qualquer momento, e da forma que o con-
sumidor desejar. Dessa forma, gera em seu usuário expectativas
distorcidas com relação à sexualidade, e um senso de que ser
satisfeito é o principal objetivo em um relacionamento.
Mesmo que o interesse da indústria pornográfica seja ven-
der sua imagem como algo inofensivo, fica claro que os impac-
tos negativos que a pornografia pode trazer a um indivíduo são
diversos. E, para quem está no contexto de um casamento, é
inevitável que esses efeitos se alastrem, atingindo assim o cônju-
ge, e também os filhos.
07 casamento x pornografia
2) Por que a pornografia causa
esses males?
Estatisticamente, a pornografia está entre os principais
causadores do fim de um casamento. Como vimos, isso aconte-
ce porque ela deturpa as opiniões e comportamentos de quem a
consome, levando a males como a falta de diálogo, infidelidade
e a violência.
Mas, o que está por trás disso? Na verdade, há um discur-
so sendo contado. Todas as vezes que o marido ou a esposa vê
pornografia, está recebendo informações sobre uma narrativa,
sobre um determinado modo de viver o relacionamento e a se-
xualidade. Esse discurso é convincente; mesmo sendo fantasio-
so, impacta de muitas maneiras a realidade.
Então, quais são as mentiras que a pornografia conta e que
podem acabar com o casamento? E quais são as verdades que
podem transformar essa situação?

Mentira nº1: “Eu sou o centro, e as outras pessoas vi-


vem para me servir”
Na pornografia, você é a pessoa mais importante do uni-
verso. Todas as atrizes estão apenas aguardando pelo seu clique,
implorando para que você as escolha, e todas as câmeras se po-
sicionam para que você tenha o máximo daquela experiência.
Mas logo você percebe que tudo isso é fantasia. Você nota

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que é somente mais um na multidão de consumidores, que en-
chem os bolsos dos produtores de pornografia, causam prejuí-
zos irreversíveis para quem atua e, gradualmente, destroem sua
própria vida.
Vida de verdade é um chamado para servir o próximo. É
colocar o outro no centro, e servi-lo em amor.

Mentira nº2: “Relacionamentos são descartáveis”


Heráclito de Éfeso disse: “Nenhum homem pode banhar-se
duas vezes no mesmo rio... Pois na segunda vez o rio já não é o
mesmo, nem tão pouco o homem!”.
As circunstâncias mudam, e o ser humano muda, o tempo
todo. Mas isso não nos torna descartáveis, e sim revela nosso
potencial para transformação. A pornografia proclama a mensa-
gem de que, se você se cansa de uma pessoa, pode simplesmente
trocar por outra – como quem cancela a reprodução de um ví-
deo para iniciar outro.
Relacionamento de verdade é assumir um compromisso. É
estar disposto a amar, independente de circunstâncias.

Mentira nº3: “Sexo é como e quando eu quiser”


A pornografia apresenta pessoas como se fossem bens de
consumo. São mercadorias expostas em catálogo, dispostas para
satisfazer o desejo do consumidor, como e quando ele quiser.
É ausente de sentimento e intimidade, porque isso só é
possível desfrutar em um relacionamento real, onde há proxi-

11 casamento x pornografia
midade de corpo, mente e coração.
Prazer de verdade é o ápice da intimidade. É quando se
quer doar mais do que se espera receber.

Mentira nº4: “A pornografia pode apimentar a rela-


ção”
E se virmos pornografia juntos? Ela não pode ser um com-
bustível para “esquentar as coisas”?
Nessa situação, a presença de atrizes e atores pornográfi-
cos é virtual, mas ela realmente tem a capacidade de invadir o
pensamento de quem assiste. Assim, ver pornografia juntos é o
mesmo que convidar outra pessoa para esse relacionamento.
Ver pornografia é infidelidade, porque o divide entre quem
está em sua frente e quem está em sua mente.
Ao invés de “esquentar as coisas” e “apimentar a relação”, é
bem mais provável que a pornografia cause um incêndio em seu
relacionamento, queimando como pimenta em seus olhos.

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3) Como lutar? 3 princípios
para combater a pornografia em
seu casamento
Não há resposta pronta. Não há método infalível.Você pode
até encontrar esse tipo de promessa, mas isso não é verdade.
Combater a pornografia é muito importante para o casamento,
e para isso é preciso conhecer as armas certas. Não há caminho
fácil, mas alguns princípios devem nortear a caminhada.

Princípio n° 1: Honestidade
Eu não sei qual é a sua situação em relação à pornografia.
Não sei se para você ela é um problema, ou se você está bem
resolvido nessa luta. Eu não sei, mas algumas pessoas precisam
saber. Para combater a pornografia, é preciso honestidade.
Primeiramente, você precisa ser honesto consigo mes-
mo. Compreender os males que a pornografia pode causar, ou
que já está causando em sua vida e seu relacionamento. Reco-
nhecer suas fraquezas e limitações, e assumir a responsabilidade
por seus atos. Deparar-se com a realidade pode ser amedronta-
dor, mas é necessário para que seja possível transformá-la.
Além disso, é preciso ser honesto com Deus. É claro que
Ele já conhece a sua situação; Ele sabe tudo o que você faz, pen-
sa, diz e sente. Ele sabe onde você vai, e o que você faz em frente

casamento x pornografia 14
à tela do computador. Nada será chocante para Ele. A questão
não é como Ele reage, mas como nós reagimos diante do pe-
cado. Ele já decidiu nos estender seu perdão, quando entregou
seu Filho para morrer pelos nossos pecados. E a Palavra diz que
“se confessarmos os nossos pecados a Deus, ele cumprirá a sua
promessa e fará o que é correto: ele perdoará os nossos pecados
e nos limpará de toda maldade” (1Jo 1.9). Como você reage
diante disso?
A outra pessoa que precisa de sua honestidade é seu côn-
juge... Você pode até pensar assim: “se eu confessar, isso vai
destruir meu casamento”; mas não se engane: ele já está sendo
destruído pela pornografia, ou mesmo pela falta de transparên-
cia. Esse é um passo muito importante, e é preciso cuidado para
dá-lo. Revelar seus pecados para seu cônjuge é algo que pode
machucá-lo. É necessário sabedoria para que você não cometa
uma das seguintes falhas: fazer uma confissão parcial (em que
você intencionalmente omite fatos importantes, só para aliviar-
-se do peso e poder dizer que já confessou); ou fazer uma con-
fissão que vá longe demais (revelar determinados detalhes sobre
seus pecados podem não ajudar em nada mesmo). Por isso, peça
ajuda a Deus e, se necessário, peça também a ajuda de uma pes-
soa madura na fé em Jesus.
Por fim, você também precisa ser honesto com alguém
que possa lhe acompanhar de maneira contínua, e ser seu
companheiro na batalha. Busque a ajuda de um cristão madu-
ro na fé: um pastor ou outro líder. Alguém que seja um porto
seguro para você se abrir, e que o ajude a relembrar do perdão
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e poder de Deus, e que possa ajudá-lo a seguir lutando. Uma
observação importante é que seu cônjuge não deve fazer essa
função; o melhor é seu marido ou esposa saber que você está
lutando, e que você tem ajuda de alguém para isso.

Princípio n° 2: Comprometimento
O segundo princípio que deve estar presente em sua luta
contra a pornografia é o comprometimento. O apóstolo Paulo
orienta maridos e esposas a se dedicarem ao cônjuge; no texto
do capítulo 5 do livro bíblico de Efésios, ele diz: “marido, ame
a sua esposa, assim como Cristo amou a Igreja e deu a sua vida
por ela” (v. 25).
Quando Jesus estava em sua caminhada em direção à cruz,
ele tinha em mente a Igreja, ou seja, todos nós. Ele não se sacri-
ficou somente para mostrar que era santo, mas fez isso para o
nosso bem, porque nos ama. Da mesma forma, comprometer-
-se com o combate à pornografia não é algo que você faz sim-
plesmente para se sentir melhor. É algo que você faz por amor
ao próximo – nesse caso, o seu cônjuge.
Para lutar contra a pornografia é preciso comprometimen-
to, porque realmente não é fácil. Diariamente, somos bombar-
deados por conteúdos pornográficos – seja na internet, no celu-
lar, na televisão, em conversas com amigos e em nossa própria
mente. Essa luta é um processo, e faz parte de nossa caminhada
como cristãos. É uma transformação contínua de mente e de
coração, em que não basta dizer “não” à pornografia. É preciso

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reconhecer o “sim” que Jesus diz para nós, e então dizer “sim”
para os planos que Ele tem para nós.
Lembre-se de que Jesus continua comprometido com você.
Ele não nos deixou sozinhos neste desafio, mas disse: “eu estou
com vocês todos os dias, até o fim dos tempos” (Mt 28.20). É
Ele, por meio do Espírito Santo, que “efetua em vós tanto o
querer como o realizar, segundo a sua boa vontade” (Fp 2.13).

Princípio n° 3: Fé
Se você for honesto, e mesmo que seja muito comprometi-
do, vai reconhecer que por suas próprias forças nada é possível.
Portanto, além de honestidade e comprometimento, é preciso
ter fé para lutar contra a pornografia. No entanto, essa fé não é
simplesmente uma crença de que é possível alcançar seus obje-
tivos. Na verdade, é uma fé específica: em que Deus é, no que
Ele já fez, e no que Ele quer fazer por você.
A Bíblia diz que Deus é santo (1Sm 2.2). Ele sabe o que
é melhor para nós, e nos orienta e capacita a vivermos a sua
vontade, que é santa. Mas, justamente por causa desse atributo,
Deus não poderia ficar em silêncio ou fazer vista grossa diante
do nosso pecado. No entanto, a Bíblia também diz que Deus é
amoroso (1Jo 4.8). Ele não deixa de nos amar, apesar de nosso
pecado. É importante que nossa fé esteja firmada em quem
Deus é; Ele se revela santo e amoroso, como um bom pai que
quer o melhor para seu filho, e o ama, independente de suas
falhas.

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Aqui, chegamos a um impasse: nosso pecado é uma afronta
para Deus, mas Ele nos ama tanto, que deseja nos perdoar. En-
tão, percebemos a maravilha de seu amor, quando reconhece-
mos o que Ele fez por nós: entregou seu Filho como sacrifí-
cio de justiça, para o perdão de nossos pecados. Em nosso lugar,
Jesus foi castigado. E, por causa disso, somos chamados de filhos
de Deus (1Jo 3.1). Ao compreendermos esse amor perdoador,
somos libertados de um fardo que para nós seria impossível car-
regar - nos aproximarmos de Deus. Em Jesus, Deus se aproxima
de nós, e pela fé nele, somos com Ele reconciliados.
Muito bem... Nossa situação com Deus está resolvida. Não
por causa de quem nós somos ou do que fazemos. Mas por causa
de quem Ele é e do que fez por nós. E agora, como vivenciar
essa liberdade? O que Ele quer fazer em nossa vida?
A liberdade que Deus nos dá nos move em direção ao nosso
próximo. A ressurreição de Jesus e o envio do Espírito Santo nos
dão a certeza (fé) de que estamos reconciliados com o Pai. Ago-
ra, somos enviados para a reconciliação com o nosso próximo.
Lutar contra a pornografia não é algo que possa nos aproxi-
mar de Deus - isso para nós não é possível, foi Ele quem decidiu
nos trazer para perto dele (Jo 15.16a). Mas essa atitude pode
nos reaproximar de nosso cônjuge.
Vale a pena lutar contra a pornografia. Ela não precisa des-
truir seu casamento. A luta não é fácil, mas com honestidade,
comprometimento e fé, ela se torna mais organizada, mais re-
alista. Assim seguimos como um exército que se dirige a um
campo de batalha, em formação, com uma tática bem definida.
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Questões para reflexão
• Você pode identificar algum impacto que a pornografia
trouxe ao seu casamento, ou a você, individualmente? Além
desses, que outros impactos ela poderia causar?
• Quais atitudes práticas você poderia tomar para evitar
cair nas mentiras da pornografia?
• Como você se sente ao compreender que Deus perdoa
todas as suas falhas?
• Como você se sente ao compreender que a vontade de
Deus é boa, e que Ele está ao seu lado para ajudá-lo a cumpri-la?

Medite e converse sobre essas questões com seu cônjuge.


Dediquem um tempo específico para isso, orem juntos, respei-
tem o tempo de cada um, e busquem a ajuda necessária, para
lutar com as ferramentas certas.
Que Deus abençoe as suas batalhas, e que a certeza da pre-
sença constante de nosso vitorioso comandante, Jesus, lhe dê a
força necessária para enfrentar qualquer situação.

Para obter mais informações, e para conferir mais recursos


como este, acesse www.omalqueeunaoquero.com.br

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Referências
BRIDGES, A.; WOSNITZER, R.; SUN, C. e LIBERMAN,
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DEDMON, J. Is the Internet bad for your marriage?
Online affairs, pornographic sites playing greater role
in divorces. 2002.
MANNING, J. Hearing on pornography’s impact on
marriage and the family. 2005.
WILSON, G. O grande estudo da pornografia. TE-
DxGlasgow, 2012. Disponível em: https://www.youtube.
com/watch?v=AWoZUEIGK4w

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