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1.g) Ligado por NEM: segue o mesmo raciocínio que o caso 1.f
(sujeito composto ligado por OU) – verbo pode ficar no plural ou no
singular.
Nem Paulo nem Maria conquistaram a simpatia de Joana.(valor
aditivo)
Nem Ciro nem Enéas será eleito presidente.(valor alternativo ou
excludente)
Nesses dois últimos casos (1.f e 1.g - sujeito composto ligado por
OU/NEM), havendo, entre os sujeitos, algum expresso por um
pronome reto, devemos seguir a regra 1.c (primazia das pessoas –
1ª. e 2ª):
Nem meu primo, nem eu frequentamos tal sociedade.(1ª p.plural)
E continuam os professores:
“É uma construção fixa, que não deve ser confundida com outra
semelhante, mas móvel, em que o verbo ser antecede o sujeito e
passa, naturalmente, a concordar com ele e a harmonizar-se com o
tempo dos outros verbos.
Compare-se, por exemplo, ao anterior o seguinte exemplo:
‘José é que trabalhou, mas foram os irmãos que se
aproveitaram do seu esforço.’
Ou este:
‘Foi José que trabalhou, mas os irmãos é que se aproveitaram
do seu esforço.’
Assim, quando o “é que” estiver juntinho, não se modifica – é uma
expressão denotativa e, portanto, invariável (você ainda se lembra
daquele quadro das classes de palavras? Pois estão lá do lado das
INVARIÁVEIS as palavras denotativas).
Se a expressão se separar, ficando um dos elementos – o verbo,
normalmente - antes do sujeito diretamente (ou seja, sem uma
preposição, por exemplo), com ele deve o verbo SER concordar (Foi
José que trabalhou).
Caso essa separação ocorra, mas entre o verbo e o nome haja uma
preposição, prevalece a não flexão verbal (FOI por atitudes assim
QUE ele se separou da mulher. Î Por atitudes assim, ele se separou
da mulher.)
7.b) Obras
O mesmo acontece com qualquer outro nome próprio precedido de
artigo definido
Os Lusíadas narram as conquistas portuguesas.
a) Considerando que
b) por meio
c) continuarem
d) já não têm
e) serem
a) A
b) B
c) C
d) D
e) E
QUESTÕES DE FIXAÇÃO
1 - (NCE UFRJ / INCRA / 2005)
Texto 4 - PERIGO REAL E IMEDIATO
Vilma Gryzinski – Veja, 12/10/2005
Desde que a era das fotografias espaciais começou, há quarenta
anos, uma nova e prodigiosa imagem se formou no arquivo mental
da humanidade sobre o que é o planeta no qual vivemos. Do
nosso ponto de vista no universo, provavelmente não existe nada
que se compare à beleza desta vívida esfera azul, brilhando na
imensidão do espaço, água e terra entrelaçadas num abraço
eterno, envoltas num cambiante véu de nuvens.
(...)
As regras de concordância nominal dizem que o adjetivo posposto a
dois substantivos concorda com o mais próximo ou com o plural dos
dois; no caso de “água e terra entrelaçadas”, a afirmativa correta,
entre as que estão abaixo, é:
(A) o adjetivo também poderia aparecer na forma “entrelaçada”;
(B) a forma “entrelaçados” do adjetivo também estaria correta;
(C) se anteposto, a única forma possível do adjetivo seria
“entrelaçada”;
(D) por coerência lógica, a única forma possível do adjetivo é
“entrelaçadas”;
(E) o adjetivo refere-se exclusivamente ao substantivo “água”.
5 - (FGV/PREF.ARAÇATUBA/2001)
A alternativa correta quanto à concordância nominal é
A. A empregada mesmo viu tudo.
B. Já fiz isso bastante vezes.
C. Passado a crise, voltaram.
D. As frutas chegaram meio estragadas.
8 - (FGV/PREF.ARAÇATUBA/2001)
Assinale a alternativa errada quanto ao emprego de "acerca de", "há
cerca de" e "a cerca de".
A. Ficou há cerca de dez passos da esquina.
B. Fez uma exposição acerca do impasse.
C. Viajou há cerca de uma semana.
D. Dirigiu-se a cerca de cem pessoas.
19 – (ESAF/Fiscal de Fortaleza/1998)
Indique entre os itens sublinhados o que contém erro gramatical ou
impropriedade vocabular.
Tudo parece indicar, a essa altura, que(A) as repercussões da crise
dos países asiáticos sobre a América Latina serão bem menos
acentuadas do que(B) se imaginava faz(C) poucos meses. Pouco a
pouco, foram-se percebendo(D) que os problemas daquela região
são devidos à(E) desorganização de seus sistemas financeiros e a
uma especulação imobiliária desenfreada.
20 - (FGV/PREF.ARAÇATUBA/2001)
A concordância verbal está correta em
A. Precisam-se de muitos técnicos.
B. Os Estados Unidos é contrário a essas medidas.
C. Neste mês, deve haver muitos feriados.
D. Tratavam-se de profissionais competentes.
22 - (FCC/BANCO DO BRASIL/2006)
É preciso corrigir a seguinte frase, na qual há um equívoco quanto
à concordância verbal:
(A) As maravilhas que se dizem a respeito de uma vida bucólica ou
primitiva não parecem ter em nada animado o cronista.
(B) Não consta, entre as fobias declaradas pelo cronista, a de se
sentir distante de alguém a quem o prendam laços afetivos.
(C) Não se ouvem apenas os cantos do mar, mas também os sons de
insetos e animais que podem representar uma séria ameaça.
(D) Uma das convicções do bem-humorado cronista é a de que usar
bermudas longas constituem a maior de suas concessões à vida
natural.
(E) Fica sugerido que livros, jornais e revistas são, para o cronista,
artigos de primeira necessidade, como o são fósforos ou aspirina.
32 - (FUNRIO/CIA.DOCAS/2006)
“... a ciência investiga há muito pouco tempo."
Com o mesmo sentido do período acima o vocábulo em destaque
completa a opção:
33 - (FUNRIO/FUNAI/2009)
As frases abaixo reúnem algumas das considerações que o texto
apresenta sobre o papel da imprensa na sociedade de hoje, mas, em
uma delas, a construção sintática está em desacordo com os padrões
formais da língua. Assinale-a.
A) Não deveria haver tantas mentiras e manipulações em nome da
grande pátria.
B) Há corporações cujas pressões econômicas levam muitos veículos
a omitir informações.
C) Fazem séculos que a liberdade de expressão busca compensar as
pressões do Estado.
D) A maioria dos jornalistas pode ser acusada de não contar a
verdade para seus leitores.
E) Os Estados Unidos votaram contra a Declaração Universal dos
Direitos dos Povos Indígenas.
34 – (FUNRIO/FURP SP/2009)
Marque a alternativa que apresenta um enunciado dotado de sentido
de passividade sem, no entanto, estar formalizado, expressamente,
na voz passiva, tal como prescreve a teoria gramatical.
A) Assistia ao jogo naquele domingo de chuva fina e insistente.
B) Não se podem pescar peixes miúdos nesse lago.
C) A menina recebeu o prêmio como reconhecimento do seu esforço.
D) O artista foi aplaudido pela platéia entusiasmada.
E) Vendem-se flores artificiais e naturais pelo mesmo preço.
38 - (ESAF/AFT/2010)
Analise se o trecho a seguir atende plenamente às prescrições
gramaticais.
- Na dimensão mais importante, os detentores de um grande volume
de capital global, como empresários, membros de profissões liberais
e professores universitários, opõe-se globalmente aqueles menos
providos de capital econômico e de capital cultural, como os operários
não qualificados.
39 - (ESAF/AFT/2010)
Assinale a opção que corresponde a palavra ou expressão destacada
no texto abaixo que foi empregada de acordo com as regras de
concordância.
Como nunca antes, a ordem e a cultura do capital mostram
inequivocamente o seu rosto inumano, revelam a lógica perversa que
as(1) dominam(2) internamente e que, antes, podiam ser
escamoteadas(3) a pretexto do confronto com o socialismo: criam,
por um lado, grande riqueza e concentração de poder à custa da
devastação da natureza, da exaustão da força de trabalho e de uma
estarrecedora pobreza. A utilização crescente da informatização e da
40 - (ESAF/AFT/2010)
Analise a proposição a seguir.
- Ao contrário, formou-se ali uma elite política individualista e brutal,
que conduziram o país a um enredo de horrores no qual, o abalo
sísmico veio como epílogo cruel.O terremoto foi terrível, mas atingiu
uma nação que já vinha num beco sem saída.
43 - (ESAF/CGU – AFC/2012)
1. CARTA CAPITAL: Como o senhor avalia a economia
brasileira? Roberto Frenkel: A queda do crescimento
da economia teve a ver com três acontecimentos. A
situação nos EUA está mais positiva, há otimismo no
5. mercado norte-americano, as ações subiram e estão no
pico pós-crise, mas ainda é uma recuperação modesta.
Na zona do euro, serão dois trimestres consecutivos em
queda, o que, de acordo com a definição convencional,
caracteriza recessão. E a China está claramente
10. em desaceleração. Essas realidades tiveram um
efeito negativo sobre o crescimento brasileiro ao
longo do segundo semestre de 2011. Outro fator foi
a valorização cambial. No fim do ano passado, o
real chegou a acumular a maior valorização cambial
15. desde o início da globalização financeira, ou seja,
desde o fim dos anos 1960; e isso tem um efeito muito
negativo sobre a indústria e a atividade de modo geral.
(Trecho adaptado da entrevista de Roberto Frenkel a Luiz Antonio
Cintra, Intervir para ganhar. Carta Capital, 18 de abril de 2012, p.78)
44 - (FCC/ICMS-SP/2013)
45 - (FCC/SEFAZ SP/2013)
Do ponto de vista da concordância, está correto o seguinte
enunciado:
(A) O fôlego da transição depende, já fazem décadas, de estrutura
física e mecanismos institucionais que o sustente.
(B) Pode ter havido elevações significativas na base educacional da
população, talvez sem a proporção de ciência e engenharia que seria
desejável.
(C) É caracterizado como armadilha da média renda a situação em
que ocorre um baixo crescimento da produtividade e muito pouca
elevação do número de profissionais de alta qualificação exercendo
atividades criativas.
(D) O México precisa de leis condizente com os novos contextos
mercadológicos, precisa quebrar a rigidez em áreas como petróleo e
telecomunicações.
32. C
33. C
34. C
35. C
36. D
37. ITEM ERRADO
38. ITEM ERRADO
39. A
40. ITEM ERRADO
41. B
42. A
43. ITEM ERRADO
44. ITEM ERRADO
45. B
2–C
Vimos que, quando na função de adjunto adnominal posposto aos
nomes, existe a faculdade de concordância do adjetivo com o nome
mais próximo (concordância atrativa – opção A) ou com o conjunto
de substantivos a que se refere (concordância gramatical – opção
B) – caso 1.2 da Aula 4.
A única forma incorreta é a da letra C. Se for realizada a
concordância atrativa, o adjetivo fica no feminino singular para se
harmonizar com o substantivo proteção.
Se a opção for pela concordância gramatical, por haver um
elemento masculino (cuidado), o adjetivo fica no masculino plural
(forçados). Não há, pois, possibilidade de o adjetivo ser
empregado no feminino plural (opção C).
Note que as opções D e E apresentam o adjetivo anteposto na
função de adjunto adnominal (caso 1.1 da Aula 4). Neste caso, a
única concordância possível é a atrativa (lembre-se da dica: tudo
com a letra “a” – adjetivo anteposto na função de adjunto
adnominal – concordância atrativa).
Na opção D, o adjetivo concorda com o substantivo cuidado,
enquanto que na opção E, o faz com o substantivo proteção.
3–E
Agora, o adjetivo está na função de PREDICATIVO DO OBJETO
(caso 3 da Aula 4).
O verbo tornar é transobjetivo, ou seja, além do objeto direto, ele
precisa da informação trazida pelo predicativo do objeto.
Vamos analisar cada uma das opções:
(A) o adjetivo inviável se refere ao substantivo sobrevivência (a
sobrevivência se tornará inviável, e não a criatura).
(B) o sujeito de tornará é “a elevação da temperatura”. Essa
elevação tornará a sobrevivência inviável. Por isso, está incorreta a
informação de que o sujeito está posposto. Na verdade, o sujeito
está anteposto ao verbo, na ordem direta.
(C) O pronome qualquer é o único caso em que a flexão se realiza
no meio do vocábulo, em virtude do processo de sua formação
(pronome QUAL + verbo QUER Î pronome QUAIS + QUER =
quaisquer). Assim, está incorreta tal afirmação.
(D) O numeral terceiro exerce a função sintática de adjunto
adnominal ao substantivo planeta, devendo com ele concordar em
gênero e número. Lembre-se de que numeral é classe de palavra
variável (nunca se esqueça da tabelinha, hem?).
(E) O objeto direto, que complementa o verbo tornar, é
sobrevivência. É com este substantivo que o adjetivo inviável
deve concordar em número. A expressão de qualquer criatura
exerce a função de complemento do substantivo sobrevivência.
Por isso, sua flexão não influencia a alteração do adjetivo – “A
elevação da temperatura (...) tornará inviável a sobrevivência de
quaisquer criaturas”. Está correta a assertiva.
4–A
Citamos essa questão na Aula 4, mas não chegamos a avançar na
análise. Esse momento chegou.
Mais uma vez, veremos a concordância do adjetivo na função de
predicativo do objeto (caso 3).
O verbo considerar também é transobjetivo. Seu objeto direto, na
construção, é pequenas alterações psicológicas (Os médicos
consideravam pequenas alterações psicológicas...).
O adjetivo inevitável, por se referir a alterações, deve concordar
com esse vocábulo, flexionando-se em número.
Assim, a forma correta seria: Os médicos consideravam
inevitáveis nos pacientes pequenas alterações psicológicas.
5–D
A palavra meio, quando advérbio, se mantém invariável (olha a
tabelinha aí, gente!!!). Exercerá a função sintática de adjunto
adverbial, ou seja, vem junto de um adjetivo alterando ou
delimitando o seu alcance.
Na opção A, o pronome demonstrativo mesmo se refere ao
substantivo empregada, devendo com ele concordar em gênero e
número – A empregada mesma (Ela mesma) viu tudo.
Na opção B, o vocábulo bastante é um pronome indefinido
adjetivo, devendo se flexionar de acordo com o vocábulo que
acompanha, no caso, o substantivo vezes. Na dúvida, troque
bastante por muito - Já fiz isso muitas vezes = Já fiz isso
bastantes vezes. O pronome modifica um substantivo. Cuidado
para não confundir com o advérbio bastante, que é invariável e
modifica verbo, adjetivo ou outro advérbio (Corremos bastante./
Eles são bastante altos./ Preciso que você fale bastante alto.)
Em relação à opção C, eu lhe pergunto: o que passou? Resposta: a
crise. Por isso, o particípio deve concordar com esse substantivo =
Passada a crise, voltaram.
6-A
ACORDO ORTOGRÁFICO: Grafa-se, agora, a palavra “sequência”
(d).
Eu pergunto: o que os últimos dados trataram de sepultar? Resposta:
alguma dúvida em relação à retomada do crescimento. Note que o
pronome átono “as”, presente em “sepultá-las”, se refere à palavra
“dúvida”, mencionada na primeira oração. Assim, para que haja
concordância entre os termos, o pronome deve estar no singular –
“sepultá-la”.
7–B
Primeiramente, vamos eliminar as opções que apresentam erro na
expressão “ter a ver”. Assim como na outra expressão “não ter nada
a ver com”, a preposição “a” pode ser substituída pela conjunção
“que” – ter que ver / não ter nada que ver. Essas expressões indicam
responsabilidade ou envolvimento em relação a um fato. Restam
somente duas opções: b e e.
Em seguida, temos um mote para estabelecer a diferença entre três
expressões muito parecidas: há cerca de / a cerca de / acerca de.
Para isso, vamos partir do seguinte exemplo:
“Eles saíram de casa há cerca de uma hora em direção à fazenda que
fica a cerca de 30 km de São Paulo. Tenho minhas dúvidas acerca do
tempo que levarão para chegar lá, já que a estrada está em péssimas
condições.”
8–A
9–E
Esse é um caso clássico de concordância verbal. O verbo concorda
com o núcleo do sujeito. Em “A busca de distinção entre o que é ‘do
bem’ e o que é ‘do mal’ (...)”, o núcleo é o substantivo busca. Em
torno dele, estão outros elementos que exercem a função de
adjunto adnominal (junto ao nome). Pelo fato de o núcleo ser
representado por um substantivo no singular, o verbo trazer
permaneceu no mesmo número.
A banca sugere uma série de trocas e pede que se identifique em
qual delas o verbo teria de ir para o plural.
Vamos analisar qual é o núcleo do sujeito em cada uma das opções.
A resposta deverá apresentar um substantivo flexionado no plural.
(A) O núcleo é fato (singular);
(B) O núcleo é dificuldade (singular);
(C) Dessa vez a banca procurou confundir, apresentando um
outro elemento no plural, mas não é “pessoas” o núcleo do
sujeito do verbo trazer – ele é o núcleo do verbo saber
(Muitas pessoas sabem...). O núcleo do sujeito é
alternativa (...sabem que tal alternativa ...) – também
singular;
(D) O núcleo é divisão (singular);
(E) Agora, sim! O núcleo é oscilações. Não foi à toa que a
resposta estava na opção E – provavelmente, a banca
esperava que o candidato assinalasse a opção C por
engano.
10 – E
Agora, iremos ver casos de concordância verbal com sujeito
posposto ao verbo (caso 1.b da Aula 5).
Analisaremos cada uma das opções.
(A) O sujeito do verbo importar é composto – a crítica e o
elogio. Como o sujeito veio após o verbo, haveria a
possibilidade de se flexionar o verbo no plural, concordando
com todos os elementos do sujeito (concordância gramatical)
12 – C
Ótima questão que envolve a concordância com sujeito composto
ligado por OU (caso 1.f da Aula 5). Não se pode flexionar o verbo
no plural quando os elementos forem mutuamente excludentes, ou
seja, a aceitação de um elimina o outro. Nos demais casos, em que
os dois elementos podem exercer concomitantemente a ação,
aceita-se a flexão verbal no plural.
Vamos às opções:
(A) Tanto ele quanto o irmão poderiam nos apanhar, não é?
Então, essa conjunção pode ter valor aditivo, admitindo-se a
flexão verbal no plural.
(B) Os dois elementos (umidade intensa e ressecamento
excessivo) podem fazer mal, aceitando-se, assim, a forma
plural do verbo.
(C) Quantas pessoas poderiam se casar com Marta? Ao que me
conste, no Brasil, somente uma. Por isso, o verbo só poderia
ficar no singular, ou então Marta seria presa por bigamia
(rs...).
(D) Quantos meios de comunicação poderiam apresentar a
notícia em detalhes? Tantos quantos existirem: jornal,
revista, telejornal... Por isso, o verbo pode ir para o plural.
(E) E se quisermos entregar o original e a cópia: isso é possível?
Sim. Então o verbo também pode ir para o plural.
13 – D
Outra ótima questão para fixarmos os conceitos de concordância.
O erro está no emprego do verbo TER no sentido de existir. No uso
coloquial, há vários registros desse uso, inclusive literários
(Drummond: “No meio do caminho tinha uma pedra”).
Contudo, apesar de não haver menção a norma culta no enunciado,
em virtude da correção das demais opções, só nos resta indicar
esta como a incorreta.
(A) A flexão verbal com a expressão “uma e outra” (caso 2.a da
Aula 5)permite que o verbo fique no singular ou no plural.
(B) Apesar de polêmico, esse emprego do verbo no plural com a
expressão “nem um nem outro” encontra respaldo na lição do
mestre Domingos Paschoal Cegalla (caso 2.c).
(C) Optou-se por manter o verbo no singular, a exemplo do que
vimos no caso 1.e.
(E) O verbo haver é um verbo auxiliar na locução “haviam tido”. O
verbo principal, que determina a flexão verbal a ser executada pelo
auxiliar, é TER. Se estivesse sozinho na construção, esse verbo
teria de se flexionar, para concordar com o sujeito “cientistas” (“Os
cientistas tinham muito cuidado...”). Por isso, o verbo haver, na
locução verbal, deverá se flexionar no plural – haviam tido.
14 – B
A única forma correta é a apresentada na opção B. Como não há
um número inteiro percentual (0,98%), associado ao fato de não
haver complemento, o verbo só poderá ficar no singular.
O que está errado nas demais opções?
(A) O número percentual inteiro é 1 (1,85%), e não há
complemento. Assim, a única forma de concordância do verbo é no
singular (Lá, 1,85% ajudou a criar...).
(C) Cuidado com a casca de banana. A expressão “a maior parte”
está desacompanhada de complemento. Assim, mais uma vez, o
verbo só poderia ficar no singular, concordando com o núcleo
“parte”.
(D) Apesar de modernamente alguns autores aceitarem que o
verbo se flexione na 3ª pessoa do plural (vocês), em função do
desuso das segundas pessoas (tu e vós), em função do erro
gritante apresentado na opção B, vemos que a banca da Fundação
Getúlio Vargas segue as normas do padrão culto formal da língua,
exigindo que, nesse caso, o verbo se flexione na 2ª pessoa do
plural – Lá, tu e teus amigos (vós) ajudastes a criar...
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Curso Regular Teórico
Aula 5 – Sintaxe de Concordância – Parte 2
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15 – A
Com a expressão partitiva “a maioria de”, acompanhada de
complemento no plural, o verbo pode ficar no singular ou no plural.
Por isso, todas as opções seriam válidas. Por isso, já poderíamos
eliminar as opções b, d e e, pois todas apresentam a forma seção
(ou sua variante secção) e, se uma delas estivesse certa, as demais
também estariam, ocasionando a anulação por múltiplas
possibilidades de resposta (é assim que se faz prova, viu?
Eliminando as opções inválidas e aumentando, assim, a
possibilidade de acerto).
O erro, nessa questão, é mais de natureza ortográfica: a diferença
entre cessão, sessão e seção.
Cessão é o ato de ceder (A cessão dos direitos autorais foi feita
espontaneamente).
Seção (antigamente indicada com o “c” mudo – secção – letra
ainda mantida em algumas formas, como “seccional”, que também
apresenta a forma variante “secional”) – é o ato de cortar. Por isso,
indica a parte de um todo, uma divisão, um segmento. Assim, em
um departamento (conjunto), há diversas seções (divisões).
Sessão é o tempo de duração de algum espetáculo, trabalho,
reunião ou assemelhados. No Brasil, usa-se também para indicar
cada um dos espetáculos de teatro ou cinema.
De volta à questão, se o treinamento se realizou, houve uma
sessão (tempo de duração) de treinamento.
16 – C
Como se busca o item correto, vamos analisar os erros das demais
opções.
(A) Tanto o verbo ser quanto o adjetivo capaz deverão
permanecer no singular, para concordar com o núcleo do sujeito,
representado pelo substantivo oculto dicionário, indicado pela
flexão do adjetivo rigoroso (no singular): “Nem mesmo o mais
rigoroso dos dicionários é capaz de (...)”.
(B) Há problemas graves de estruturação sintática. Isso acaba
causando um prejuízo na compreensão da oração. O que seria
17 – C
Para começar, o pronome relativo que exerce a função de sujeito do
verbo CONCENTRAR tem como antecedente um termo no singular,
seja ela entendida como “parcela” ou como “população” ( “a parcela
da população”), não justificando, assim, a flexão verbal no plural.
18 - B
O sujeito do verbo estabelecer na segunda passagem do item B é
“lei”. Afinal, é a lei que estabelece o aumento de tributos (aproveite
para estudar Direito Tributário! Conheço um ótimo professor:
Eduardo Corrêa).
Na ordem direta, a construção seria: sem que a lei estabeleça.
Aliás, o que a lei estabelece: o tributo ou o aumento do tributo? A
partir do contexto, entende-se que o aumento do tributo. Por isso, o
correto seria empregar o pronome “o”, no masculino singular, pois
esse pronome tem valor demonstrativo (sem que a lei estabeleça
isso – e o que é isso? Aumentar tributo). Assim, há dois erros de
concordância na passagem: um nominal (relação do pronome com o
nome) e outro verbal.
19 – D
Primeiramente, uma locução verbal (IR + PERCEBER) acompanhada
de pronome ‘se’ requer análise:
20 – C
Agora, vamos tratar de sujeito indeterminado.
Os verbos acompanhados do pronome SE podem formar voz
passiva (verbos transitivos diretos ou diretos e indiretos) ou
construção de sujeito indeterminado (verbos intransitivos,
transitivos indiretos e verbos de ligação).
a) O verbo precisar é transitivo indireto e rege a preposição DE
(Alguém precisa de alguma coisa). Acompanhado do
pronome, é caso de sujeito indeterminado, devendo o verbo
21 – C
Essa questão é quase um exame psicotécnico. Vamos aos poucos.
O que o examinador quer saber é se, acompanhados do pronome
SE, em voz passiva, os verbos devem ou não se flexionar.
Para começar, todos os verbos são transitivos diretos, o que
possibilita a transposição para a voz passiva.
Veja, agora, como a questão era mais simples do que parecia
inicialmente:
1ª oração
Voz ativa: movimentar a sua conta Î Voz passiva: sujeito é o
elemento que, antes, exercia a função de objeto direto: conta
Como o sujeito está no singular, o verbo também deve ficar no
singular.
Voz passiva analítica: a conta é movimentada
Voz passiva sintética (pronominal) = movimente-se a conta
2ª oração
Voz ativa: efetuar pagamentos Î Voz passiva: sujeito é o
elemento que, antes, exercia a função de objeto direto:
pagamentos
Como o sujeito está no plural, o verbo também deve ficar no plural.
Voz passiva analítica: pagamentos são efetuados
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Aula 5 – Sintaxe de Concordância – Parte 2
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3ª oração
Voz ativa: obter crédito Î Voz passiva: sujeito é o elemento que,
antes, exercia a função de objeto direto: crédito
Como o sujeito está no singular, o verbo também deve ficar no
singular.
Voz passiva analítica: crédito é obtido
Voz passiva sintética (pronominal) = obtenha-se crédito
4ª oração
Voz ativa: receber benefícios Î Voz passiva: sujeito é o elemento
que, antes, exercia a função de objeto direto: benefícios
Como o sujeito está no plural, o verbo também deve ficar no plural.
Voz passiva analítica: benefícios são recebidos
Voz passiva sintética (pronominal) = recebam-se benefícios
5ª oração
Voz ativa: adquirir produtos Î Voz passiva: sujeito é o elemento
que, antes, exercia a função de objeto direto: produtos
Como o sujeito está no plural, o verbo também deve ficar no plural.
Voz passiva analítica: produtos são adquiridos
Voz passiva sintética (pronominal) = adquiram-se produtos
22 - D
23 - E
Assim, essa flexão deve ser realizada pelo verbo auxiliar “ter”,
mantendo no singular – “... não teria havido outras
compensações...”.
24 – E
O verbo fazer indica um lapso temporal de cinco sessões. Como
estamos diante de um caso de verbo impessoal, este deve se
manter na 3ª pessoa do singular. O mesmo iria ocorrer com o verbo
haver: “Já há cinco sessões que os deputados não votam...”. Está
correta, portanto, a estrutura apresentada.
Nas opções (A), (B) e (C), o examinador explora os verbos haver e
existir.
(A) O que existe? Resposta: “comissões parlamentares válidas e
competentes”. Como o verbo existir possui sujeito (cujo núcleo é
comissões), deve se flexionar no plural: “O autor disse que
existem comissões parlamentares...”.
(B) Já o verbo haver, no sentido de existência, não possui sujeito –
é impessoal e deve se manter na 3ª pessoa do singular: “Havia
perguntas que não foram respondidas durante o interrogatório.”.
(C) Agora, o verbo haver é o principal de uma locução verbal. A
ordem para não se flexionar (o que faria se estivesse sozinho) ele
dá ao seu auxiliar (seu “pau-mandado”): o verbo poder. Assim, a
forma correta seria: “Em toda a parte do mundo pode haver
políticos corruptos”.
(D) “É necessário reconhecer que...” – até aqui estava tudo certo.
O verbo ser possui sujeito oracional: reconhecer. O problema
surgiu mais adiante: “... reconhecer que algumas atitudes que...” –
este pronome relativo, que é o sujeito da oração adjetiva que inicia,
possui como referente o substantivo atitudes. Assim o verbo ferir
deve com este substantivo concordar: “...algumas atitudes que
ferem os princípios éticos”. Por fim, um outro erro: essa atitudes
(que ferem os princípios éticos) precisam ser punidas. O verbo
ser é o segundo auxiliar de uma locução verbal com três verbos –
somente o primeiro verbo auxiliar (precisar) deve se flexionar. Os
demais (segundo auxiliar e verbo principal) devem se manter em
formas nominais (respectivamente infinitivo impessoal e particípio).
25 – ITEM CERTO
Como vimos no caso 11, o verbo PODER/DEVER + SE +
INFINITIVO + SUBSTANTIVO PLURAL, possibilita duas formas de
construção:
1 – não se pode culpar os publicitários – é um caso de sujeito
oracional (culpar os publicitários não é possível)
2 – não se podem culpar os publicitários - é um caso de locução
verbal de voz passiva: os publicitários não podem ser
culpados.
Ambas as construções estão corretas.
26 - E
Mencionamos anteriormente que uma das possibilidades de análise
da construção “PODER/DEVER + SE + INFINITIVO” seria como
locução verbal de voz passiva pronominal (sintética). Se o sujeito
paciente estiver no plural, o verbo auxiliar deverá ser flexionado:
Devem-se evitar as aparências enganosas de exatidão.
Nessa questão, o que a banca propõe é a forma de voz passiva
analítica em uma construção idêntica.
O sujeito, no caso, é “as aparência enganosas de exatidão”.
O primeiro verbo auxiliar é “dever”. O segundo auxiliar, por ser voz
passiva, seria o verbo ser, no infinitivo impessoal.
Assim, na voz passiva analítica, a construção adequada seria:
“Devem ser evitadas as aparências enganosas de exatidão.”.
27 – ITEM ERRADO
ACORDO ORTOGRÁFICO: Agora, registra-se sem hífen a palavra
“mão de obra”.
Essa questão pegou quem teve preguiça de voltar ao texto para
analisar a proposta do examinador.
Realmente, tanto a expressão “a metade” quanto “50%” são termos
partitivos (indicam a parte de um todo). Contudo, a concordância
verbal vai depender também do complemento que foi apresentado
em relação à primeira.
Vamos deixar a preguiça de lado e ler o segmento em análise:
Quase a metade dos desempregados nos grandes centros no Brasil
é jovem.
28 - B
Essa opção envolveu dois aspectos estudados: sujeito oracional e
flexão de verbos perigosos.
Sujeito oracional mantém o verbo na 3ª pessoa do singular –
“pressupõe-se que os grupos trabalham...”.
Com os verbos derivados de pôr, ter e vir, o cuidado deve mesmo
ser redobrado, para não confiar no ouvido, pois não há diferença
fonética entre a forma singular e a plural.
Essa questão explorou o mesmo verbo da questão comentada no fim
da aula, mas de modo inverso.
29 – ITEM ERRADO
Para constatar a incorreção dessa assertiva, devemos analisar os
três primeiros períodos do texto.
A pichação é uma das expressões mais visíveis da invisibilidade
humana. – o sujeito é pichação.
São mais do que rabiscos. – o sujeito foi retomado – continua
sendo pichação. E não poderia ser “expressões”, pois, de acordo
com o sentido, o que são rabiscos é a pichação, e não a expressão.
Já no predicativo do sujeito, temos um substantivo no plural:
rabiscos. Por isso, a flexão se deu, corretamente, no plural: são
mais do que rabiscos.
São uma forma de estabelecer uma relação de pertencimento com
a comunidade (...) – agora, tanto no sujeito (presente na primeira
oração e oculto nas demais – pichação), quanto no predicativo do
sujeito (forma), os núcleos são substantivos no singular! Devido à
aproximação com a oração anterior, houve o deslize de
concordância, mantendo o verbo no plural, sem que houvesse
justificativa para tal flexão: (a pichação) é uma forma de
estabelecer...
30 – ITEM ERRADO
A passagem que nos interessa é “No entanto, foi graças ao controle
do câmbio e ao regime de incentivos criados que as importações de
bens de consumo duráveis foram contidas.”.
Estamos diante de um dos casos da expressão de realce “é que”, que
vimos no caso 5.d.
O examinador sugere a retirada do verbo foi, sob a alegação de que
é meramente expletivo (ou seja, de realce). Contudo, se houver a
retirada do verbo ser, deve haver também a retirada da conjunção
que: “No entanto, (foi) graças ao controle do câmbio e ao regime de
incentivos criados (que) as importações de bens de consumo
duráveis foram contidas.”.
A retirada apenas de uma parte da expressão “é que” prejudicaria a
coesão e coerência textuais.
31 - E
O verbo auxiliar da locução está na 3ª pessoa do plural indicando se
tratar de um sujeito indeterminado, ou seja, a ação verbal não pode
ser atribuída a uma certa pessoa, mas a qualquer uma (indicação
vaga, genérica). Por se referirem ao mesmo sujeito, deve haver
correlação entre os verbos PODER,da locução verbal PODEM DIZER, e
o verbo QUERER. Assim, o verbo QUERER também não se refere a
um ser específico, devendo se apresentar também na 3ª pessoa do
plural: Podem dizer o que QUISEREM (dizer).
32 – C
Por indicar tempo passado e decorrido, o verbo HAVER é impessoal e
não se flexiona. Construção que se assemelha à do enunciado é
indicada no item C: “Há dois meses foi entregue a pesquisa.”
As opções A, B e D apresentam o verbo HAVER também impessoal,
mas no sentido de existência.
Já na opção E, a lacuna deveria ser preenchida com a preposição “a”,
por indicar tempo futuro (“Daqui A dois meses teremos o resultado
da pesquisa.”).
33 – C
Os verbos HAVER e FAZER, quando indicam tempo decorrido, são
impessoais e não se flexionam.
Se se apresentarem como verbos principais de uma locução verbal,
exigem que o verbo auxiliar também não se flexione, como na opção
A: “Não deveria haver tantas mentiras...”.
Por isso, o erro está na opção C: “FAZ SÉCULOS que a liberdade de
expressão busca...”.
Na opção D, vemos um caso de concordância com termos partitivos:
o verbo auxiliar PODE (da locução “pode ser acusada”), bem como o
particípio, poderiam concordar com o núcleo “maioria” ou com o
complemento “jornalistas”, sempre observando a flexão também em
gênero do particípio: “A maioria dos jornalistas PODE SER ACUSADA
(concorda com MAIORIA) / PODEM SER ACUSADOS (concorda com
JORNALISTAS)...”.
34 – C
Seria necessário ao candidato ter um pouco de sensibilidade para
compreender o que buscava o examinador nessa questão.
Como muito bem mencionou no enunciado, há ideias passivas que se
transmitem por força do sentido do verbo. É o caso do verbo
RECEBER. A passividade não se faz pela construção (que, aliás, é de
voz ativa), mas pelo verbo, que dá a ideia de que a menina “sofreu” a
ação de receber o prêmio.
A construção de voz passiva, a rigor, somente se admite a partir de
verbos que possuem objetos diretos (transitivos diretos ou transitivos
diretos e indiretos), pois este objeto direto da voz ativa exercerá, na
passividade, a função sintática de sujeito (paciente). Por isso, essa
ótima questão nos dá a chance de comentar algumas formas passivas
que, na linguagem coloquial, são muito comuns, a despeito da
recomendação da norma culta. Uma delas é em relação ao verbo
ASSISTIR, que, na opção A, se apresenta em construção de voz
ativa.
Quantos já não ouviram: “O jogo foi assistido por milhares de
pessoas.”? No entanto, sabemos que, no sentido de ver/presenciar, o
verbo ASSISTIR é transitivo indireto (ponto a ser estudado na aula de
Regência). Assim, segundo o rigor gramatical, aquela construção de
voz passiva estaria incorreta.
35 - C
Na passagem “As iniciativas de política econômica para se buscar um
equilíbrio conjuntural deve, então, se basear nos conhecidos
mecanismos de mercado”, o núcleo do sujeito é INICIATIVAS. Por
isso, o verbo DEVER deveria ter sido flexionado no plural: “As
iniciativas... devem, então, se basear...”.
36 – D
Ocorre erro de concordância verbal do mesmo tipo na passagem “...
período em que a massa salarial paga pelas empresas pesquisadas
evoluíram...”. Como o verbo EVOLUIR deve concordar com o núcleo
do sujeito (massa), deveria se apresentar no singular: “... a massa
salarial ... EVOLUIU...”.
37 – ITEM ERRADO
Na passagem “Até pouco tempo, a modificação radical das regras
sobre a atuação dos bancos nos sistemas financeiros eram
alardeadas...”, o núcleo do sujeito é MODIFICAÇÃO, por isso deve o
verbo e o adjetivo correspondente concordar com ele em número e
gênero: “... a modificação... era alardeada...”. Notou como as
questão foram parecidas? Por isso, a melhor forma de aprender é
treinar, e muito!
38 – ITEM ERRADO
O candidato deve tomar todo cuidado com os verbos PÔR, TER e VIR,
e seus derivados, uma vez que, foneticamente, não há distinção
entre as formas singular e plural de tais verbos: põe / põem; compõe
/ compõem; detém / detêm; provém / provêm.
A situação piora ainda mais quando o examinador separa o sujeito do
verbo, distanciando os elementos. Essa é uma questão assim. O
núcleo do sujeito é “detentores”; antes do verbo, estão dispostos
diversos elementos e, surpresa!, o verbo ficou no singular: “opõe-se”.
O verbo deveria ter sido flexionado: “os detentores (...) opõem-se...”.
39 - A
O pronome relativo “que”, em “... revelam a lógica perversa que as
dominam...”, retoma o antecedente “lógica perversa”. Realizando as
substituições (tanto do pronome relativo quanto do oblíquo),
teríamos: “a lógica perversa DOMINA a ordem e a cultura do capital”.
Está correta a aplicação do pronome oblíquo “as”, uma vez que se
refere a “a ordem e a cultura do capital”, contudo há erro na flexão
do verbo DOMINAR, já que o referente do pronome relativo é termo
no singular: “lógica”.
No trecho indicado por (3), o que podia ser escamoteado seria a
“lógica perversa”, e não “a ordem e a cultura do capital”, por isso a
forma deveria concordar com “lógica”, formando: “podia ser
escamoteada”.
O verbo indicado em (4) deveria ter ficado no singular, já que deve
concordar com o núcleo “utilização”: cria.
Finalmente, para verificar a concordância de “soma-se”, construção
de voz passiva, devemos retomar o sujeito indicado na oração
anterior: “A utilização crescente da informatização e da robotização
CRIA, ao dispensar o trabalho humano, os desempregados
estruturais, hoje, totalmente descartáveis.”. O sujeito, de acordo com
o contexto, é “desempregados estruturais”. Assim, a forma verbal
deveria ter sido flexionada no plural: somam-se.
40 - ITEM ERRADO
O antecedente do pronome relativo em “... que conduziram o país a
um enredo de horrores...” é “uma elite política individualista e
brutal”.
Como o pronome relativo se encontra na função de sujeito da oração
subordinada adjetiva, deve o verbo ficar no singular: “... uma elite
(...) que conduziu o país a um enredo...”.
41 – B
O verbo DISPOR se encontra em construção de sujeito indeterminado
(“... porque não se dispõem de boas medidas...”), por isso deve ficar
na 3a pessoa do singular, e não no plural. Cuidado em relação aos
aspectos de concordância com verbos TER, VIR e PÔR (e derivados),
pois não há diferença fonética entre as formas singular e plural (põe /
põem, vem / vêm, tem / têm).
42 – A
O sujeito da construção é “uma sociedade igualitária”, expressão que
se encontra acompanhada da estrutura acessória “com amplo
respeito pela vida humana, excelentes índices de educação,
burocracia inteligente e serviços públicos voltados (de fato) para
melhorar a vida do cidadão”. Assim, está correta a justificativa de
flexão do verbo no singular.
b) O pronome relativo “que”, sujeito sintático da oração adjetiva (de
que a forma verbal PODEM participa), tem como antecedente o
sintagma “formatos sociais”, por isso o verbo PODER se flexionou no
plural (“... formatos sociais que podem propiciar vidas mais
plenas e felizes aos seus cidadãos”).
c) O sujeito do verbo REFERIR é “a igualdade e a dignidade
humana”, sendo dois os seus núcleos (igualdade e dignidade), o que
justifica a flexão do verbo no plural. Por estar anteposto ao verbo,
esta flexão é obrigatória, e não opcional, como sugere o examinador.
d) Em uma locução verbal, somente o verbo auxiliar (o primeiro, se
houver mais de um) poderá se flexionar, restando ao verbo principal
a forma invariável (no caso, o verbo principal está no infinitivo, ou
infinito, como preferiu corretamente chamar o examinador). Não é
possível, portanto, a flexão do verbo SER.
e) O verbo LEVAR flexionou-se no plural em função da presença do
sujeito composto, formado pelos núcleos “igualdade”, “respeito” e
“dignidade”.
43 – ITEM ERRADO
O verbo HAVER, no sentido de “ocorrência” ou “existência”, é
impessoal (não possui sujeito) e, por isso, permanece na 3a pessoa
do singular. Assim, o termo “otimismo” não é seu sujeito, mas seu
complemento (objeto direto), não interferindo na flexão do verbo.
44 - ITEM ERRADO
O adjetivo "venerável", no texto, está flexionado corretamente, pois,
na função de ADJUNTO ADNOMINAL, acompanha o nome em número,
mantendo-se no singular (história venerável). O mesmo não acontece
na sugestão do examinador. O verbo CONSIDERAR é daqueles que,
além do objeto, exigem um outro complemento - o predicativo do
objeto. Em relação ao aspecto de concordância, vimos que o
PREDICATIVO DO OBJETO sempre realiza a concordância gramatical
e, no caso da construção, deve concordar com "histórias". Assim,
estaria a construção correta se fosse: "Quem aprecia a arte considera
VENERÁVEIS, em todo e qualquer contexto, as HISTÓRIAS que os
quadros oferecem.".
45 - B
O verbo HAVER é impessoal e, sendo ele o verbo principal de uma
locução verbal, transmite essa "ordem" a seus auxiliares. Por isso,
está correta a forma "PODE ter havido ELEVAÇÕES...".
Vejamos o que está errado nas demais opções.
a) O verbo FAZER, na indicação de tempo decorrido, não se flexiona:
"já FAZ décadas".
c) O que é "caracterizado como armadilha da média renda"?
Resposta: A SITUAÇÃO - substantivo feminino. Por isso, o adjetivo
"caracterizado" deveria concordar em gênero com este elemento: "É
CARACTERIZADA como armadilha (...) a situação...".
d) O adjetivo "condizente" deve se flexionar para concordar com o
substantivo a que se refere: "leis".
e) Correta a flexão da forma "parece estarem". Como vimos, só um
dos verbos se flexiona: "parecem estar" ou "parece estarem".
Acertou. O erro está mais adiante. Se o elemento partitivo não
estiver acompanhado de determinante, o verbo não tem saída - só
pode realizar a concordância com este elemento, por isso incorre em
erro a flexão no plural de "chegaram a desenvolver". Se você pensou
em "concordância ideológica", pressupondo que o complemento já
estaria ali (países), na hora da prova, havendo outra opção (sem
nenhuma dúvida) bem melhor, não perca tempo nem ponto.