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Descrição do sistema

O sistema construtivo é composto por paredes estruturais


maciças de concreto comum moldadas no local, com
espessura de 10 cm, armadas com telas metálicas
eletrossoldadas (malha de 10 cm x 10 cm e diâmetro de 4,2
mm) posicionadas no centro das paredes. As lajes são
maciças, de concreto armado, também moldadas no local,
com 10 cm de espessura. A fundação é definida considerando
cada local de implantação das unidades habitacionais. A
cobertura é formada por estrutura de madeira, com telhado
em telhas cerâmicas.

O sistema construtivo é destinado à construção de edifícios


habitacionais de até cinco pavimentos, em atmosferas rurais e
urbanas.

Características técnicas

O sistema consiste na moldagem de paredes e lajes maciças


de concreto armado com telas metálicas centralizadas. A
estrutura é dimensionada para cada projeto específico de
arquitetura do edifício. O processo de produção do sistema
construtivo permite o controle geométrico das peças e a
obtenção de superfícies aptas a receberem o acabamento. A
espessura das paredes e das lajes é de 10 cm. Ambas são
armadas com telas de aço eletrossoldadas de malha
quadrada de 100 mm e fios com diâmetro de 4,2 mm. A
resistência característica à compressão do concreto, aos 28
dias, é de 25 MPa e a resistência mínima do concreto na
desenforma, a 15 horas, é de 1,8 MPa. A consistência
especificada para o concreto é de 22 ± 2 cm (slump test).
Materiais e componentes do sistema

Fôrmas

As fôrmas são constituídas por chapas de madeira


compensada e plastificada (faces da fôrma), reforçadas ou
estruturadas com perfis de aço fixados por meio de parafusos
passantes nos fusos que definem o distanciamento entre as
faces das fôrmas.
Revestimentos

São aplicadas placas cerâmicas nas paredes internas de


áreas molháveis aplicadas com argamassa colante sobre o
concreto. Nas paredes e tetos de áreas secas é aplicada
camada de revestimento calfinado ou de gesso e pintura. O
revestimento de piso é em placas cerâmicas nas áreas
molháveis, sendo que nas áreas secas são aplicadas placas
cerâmicas ou acabamento em cimentado liso. As paredes
externas são revestidas com textura de cores claras.

Etapas de produção

A empresa faz o acompanhamento diário da produção, em


razão da importância do planejamento executivo para o
sistema construtivo.

Produtividade da mão de obra

As produtividades são coletadas e avaliadas por


apartamento. Quanto melhor as informações sobre
produtividade, melhor será a qualidade da programação e
da gestão da mão de obra. A coleta desses indicadores faz
parte do controle. Tais indicadores alimentam futuras
programações e realimentam a própria obra, auxiliando na
reprogramação.
Execução

Fundação, baldrames e primeira laje

A escolha do tipo de fundação depende do local do


empreendimento, de acordo com o clima, solo e geografia. A
seleção deve considerar segurança, estabilidade e durabilidade,
além do alinhamento necessário para a produção das paredes.
A obra deve ser executada com nivelamento rigoroso para não
interferir nas outras etapas. O tipo de fundação mais utilizado
em casas é o radier, que deve ser construído com espaço
excedente em relação à espessura dos painéis externos das
fôrmas, permitindo o apoio e facilitando a sua montagem.

As tubulações já devem estar posicionadas e dispostas


conforme gabarito específico do projeto de instalação (foto 3).

Nesta etapa, vale observar cuidadosamente os seguintes


pontos:

1- A locação e o nivelamento das fundações devem estar de


acordo com o projeto arquitetônico e as fôrmas.

2- Deve-se tomar todas as precauções para evitar que a


umidade do solo migre para a edificação.

3- Recomenda-se a realização da cura úmida do concreto por


um período mínimo de sete dias para as fundações em laje tipo
radier.

4- A concretagem das fundações tipo radier é feita de forma


convencional, diretamente do caminhão-betoneira sobre uma
lona plástica que cobre uma camada nivelada de brita, com
espessura mínima de 3 cm .
Alinhamento dos arranques

É feito a cada 50 cm, utilizando aço CA-60, ø 5 mm, e


colocação da tela considerando a altura da parede e da laje
conforme projeto estrutural.

Corte da tela metálica

Nos locais de vãos de portas e janelas, é feito o corte da tela


metálica e colocação de reforços de tela nas janelas e portas
conforme projeto estrutural.

Aplicação de desmoldante

Aplicação de desmoldante, à base de óleo mineral, nas faces


internas das fôrmas (faces do molde)
Travamento, instalações elétricas e hidráulicas

A execução do travamento interno das peças, a colocação dos


eletrodutos, das caixas elétricas, das tubulações hidrossanitárias
e o posicionamento das mangueiras para passagem de
parafusos de travamento são feitas de acordo com o projeto. As
tubulações acima de 40 mm de diâmetro são colocadas,
posteriormente, em shafts executados em alvenaria, com a
inserção de tela metálica nos encontros entre os shafts e as
paredes de concreto.

Colocação dos espaçadores plásticos nas telas

Os espaçadores são colocados a cada 50 cm, tanto na


horizontal quanto na vertical, de forma a possibilitar o cobrimento
de concreto definido em projeto.

Colocação dos gabaritos nas fôrmas

Antes do fechamento das fôrmas, são colocados os gabaritos


de portas e janelas, para garantir o vão previsto em projeto.
As fôrmas são estruturas provisórias cujo objetivo é moldar o
concreto fresco, compondo-se assim as paredes estruturais. A
resistência a pressões do lançamento de concreto até a sua
solidificação, é fator decisivo. Para isso, as fôrmas devem ser
estanques e favorecer rigorosamente a geometria das peças que
estão sendo moldadas.
A escolha da tipologia adequada e o desenvolvimento e
detalhamento do projeto de fôrmas são extremamente
importantes para a viabilidade do sistema de paredes de
concreto e para a qualidade da entrega. O projeto de fôrma deve
abordar o detalhamento dos seguintes itens:
Posicionamento dos painéis
Equipamentos auxiliares
Peças de travamento e prumo
Escoramento
Sequência de montagem e desmontagem

Todo conjunto de fôrmas deve vir acompanhado de projeto e


deve ser checado se todos os materiais estão presentes. O
material deve ser armazenado adequadamente, seguindo
orientação do fornecedor, a fim de se aproveitar ao máximo a
sua vida útil.
A montagem do sistema de fôrmas deve seguir a sequência do
projeto original, mas há uma sequência padrão, que segue a
identificação prévia das peças:

1- Nivelamento da laje de piso


2- Marcação de linhas de paredes no piso de apoio
3- Montagem das armaduras
4-Montagem das redes hidráulica e elétrica
5- Posicionamento dos painéis de fôrma
6- Montagem dos painéis: painéis internos primeiro painéis
externos em segundo opção de montagem pareada.
7- Colocação de caixilhos (portas e janelas)
8- Colocação de grampos de fixação entre painéis.
9- Posicionamento das escoras de prumo.
10-Colocação de ancoragens: fechamento das fôrmas de
paredes.
Desenforma das paredes

A desenforma é realizada no mínimo após 15 horas da


concretagem, depois de ser verificado o resultado da resistência
à compressão do concreto. O preenchimento dos furos nas
paredes, resultantes da passagem dos fusos para travamento
das fôrmas, é feito com a inserção de argamassa de cimento e
areia média (traço 1:3), antes do acabamento final dessas
paredes.

Ferramentas e equipamentos necessários para a execução


do serviço
Ferramentas
Broxa, pincel ou rolo para aplicação do desmoldante
Corda ou correntes para movimentação das peças
Deformador ou cunhas de madeira
Disco de vídia
Distanciadores (galgas)
Esquadro
Grua para movimentação dos painéis
Linha de náilon
Mangueira de nível
Martelo
Prumos de centro e de face
Serra circular manual com disco de corte para madeira
Serra de bancada com proteção para disco
Serrote
Tensores
Trena metálica
Equipamentos

Betoneira
Caçamba para concreto
Grua
Eventualmente é empregado vibrador de agulha

Segurança

O início dos serviços deve ser precedido das proteções,


evitando, dessa forma, a queda de pessoas ou materiais.

O uso de EPIs é necessário quando da execução de serviços


como:

Trabalhos em alturas superiores a 2 m: é necessário o uso do


cinturão de segurança tipo paraquedista.

Em qualquer situação de transporte vertical, a carga máxima


suportada pelo equipamento tem de ser respeitada, além de
serem tomadas todas as cautelas necessárias para que não
haja quedas de materiais.
Relação dos equipamentos de proteção coletiva
necessários à execução do serviço:

Bandejas primárias e secundárias


Cancelas para bloqueio de circulação
Delimitação ou cobertura de acessos
Extintores de incêndio
Guarda-corpos
Passarelas de trabalho
Sinalizações
Tela de proteção para fachadas
Telas de proteção do andar
Relação dos EPI's necessários a execução do serviço:
Avental de borracha
Bota de segurança com bico de aço ou bota de borracha
Capacete de segurança
Cinto de segurança com trava-quedas (preso em cabo de
aço ou corda de segurança auxiliar)
Luva de proteção (vinílica ou raspa)
Óculos de segurança ou protetor facial
Protetor auricular
Uniforme de trabalho
Controle da qualidade
O controle da qualidade é exercido na obra de acordo com os
procedimentos de execução e inspeção, fichas de verificação de
materiais e serviços, projeto executivo do sistema construtivo etc.
São verificados os seguintes itens:

Instalações prediais
Gabaritos de caixilhos e dos espaçadores
Aplicação de desmoldante nos painéis de fechamento
Colocação dos painéis de fôrmas conforme numeração do
projeto de montagem, executando travamento com os
parafusos e as cunhas
Verificação do travamento e da estanqueidade das fôrmas e,
caso existam gretas na base, realização do fechamento com
argamassa de cimento e areia
Concretagem das paredes
Controle tecnológico do concreto na desenforma e aos 28
dias de acordo com a NBR 12655, incluindo a especificação
do lote de concreto
Rastreabilidade do concreto para as paredes e laje de
concreto armado
Verificação após retirada das fôrmas
Avaliações técnicas
O sistema construtivo é detentor do Documento de Avaliação Técnica no
002 - DATec no 002, emitido pelo Sinat (Sistema Nacional de Avaliações
Técnicas), em dezembro de 2010, com validade até novembro de 2012.

A seguir são apresentados os resultados da avaliação de desempenho


do sistema construtivo, conforme constam no DATec no 002.

Desempenho estrutural
O concreto emprega cimento CPV- ARI, areia industrial, brita 0 e adição
mineral. A caracterização dos agregados é feita para cada região em que
se for executar uma obra com o sistema construtivo, sendo que tal
análise pode ser solicitada diretamente aos respectivos fornecedores dos
materiais. A caracterização inicial do concreto indicou os resultados
apresentados na tabela 2.
As paredes de concreto são armadas com telas metálicas
centralizadas, em barras de aço soldadas e identificadas por "Q138"
(malha quadrada de 100 mm e fios com diâmetro de 4,2 mm), conforme
cálculos estruturais. A tela especificada atende à exigência da Diretriz
Sinat no 001 referente à seção mínima de aço das armaduras verticais e
horizontais. Nas paredes que engastam as marquises em balanço há
armaduras nas duas faces das paredes.
A espessura mínima de 10 cm para as paredes e as lajes de concreto
atende ao recomendado na Diretriz Sinat no 001, considerando as
diretrizes e premissas constantes do capítulo Projeto/normalização. In:
Comunidade da Construção. Parede de Concreto - Coletânea de Ativos
2008/2009. São Paulo: ABCP/Abesc/IBTS, 2010. São empregadas
também armaduras de reforço nos encontros entre paredes e no
contorno dos vãos de portas e janelas.
As paredes também atendem aos critérios de desempenho relativos a
cargas transmitidas por peças suspensas, a impactos de corpo mole e
corpo duro e de solicitações transmitidas por portas, em razão da análise
do sistema de fixação adotado: parafusos e buchas.
Desempenho térmico
A análise constante do DATec 002 contempla apenas a
zona bioclimática 3. Para tal zona, os resultados são
apresentados na tabela 3.

Desempenho acústico
Foi determinado em laboratório o valor de isolação a ruídos
aéreos conforme apresentado na tabela 4.
O DATec 002 ressalta que o desempenho acústico deve ser
considerado sempre para o conjunto, considerando também
demais componentes, como janelas e portas.

Estanqueidade à água
Conforme o DATec no 002, a estanqueidade à água é
considerada para elementos internos em áreas molháveis e
sujeitos à ação da água de uso e lavagem dos ambientes, e
para elementos externos, sujeitos à ação da água de chuva.
As paredes externas recebem textura. A fixação das janelas é
feita por meio de parafusos e buchas e a vedação é realizada
com o emprego de selantes flexíveis. Nos pisos das áreas
molháveis, a estanqueidade à água é obtida pelo
revestimento em placas cerâmicas, pelo sistema de
impermeabilização da laje e pelos caimentos e diferenças de
cotas dos pisos.
Segurança ao fogo
Conforme o DATec no 002, as paredes de concreto moldadas
no local são compostas por materiais incombustíveis. Os
materiais de acabamento empregados no sistema construtivo
apresentam características adequadas em termos de
desenvolvimento de fumaça e propagação superficial de
chamas.
De acordo com o documento, o ensaio realizado atestou que
as paredes do sistema construtivo asseguraram a
estanqueidade, o isolamento térmico e estabilidade estrutural
pelo período de 30 minutos, com aplicação de carga
equivalente a um edifício de cinco pavimentos.
O projeto de cada edificação deve considerar as exigências
contidas nas regulamentações do Corpo de Bombeiros de cada
Estado e atender às exigências do usuário conforme a NBR
14432, além de regulamentos específicos estaduais e
municipais.
Manutenção
Segundo a SulBrasil, as paredes e lajes de concreto armado
são estruturais, não podendo ser demolidas total ou
parcialmente pelo usuário. As modificações em paredes e lajes,
como abertura de vãos e rasgos para instalações hidráulicas e
elétricas, deve ser previamente acordada com a empresa na
fase de projeto do edifício. Os cuidados na utilização constam
no Manual de Operação, Uso e Manutenção (Manual do
Usuário), preparado para cada empreendimento.

Se forem notados pontos de corrosão de armaduras, deve ser


feito o tratamento adequado, com assistência técnica de
engenheiro ou empresa especializada.
Concreto
A concretagem - e todas as ações precedentes - é fundamental para
que a estrutura executada corresponda ao projeto estrutural, garantindo a
durabilidade e a qualidade desejadas.

As produções mais eficientes ocorrem a partir de concretos dosados em


centrais e fornecidos ao canteiro em caminhões-betoneira, o que resulta
em melhores controles da qualidade de agregados, medidas em peso,
precisão de volumes, garantia da concreteira quanto ao desempenho do
concreto recebido etc.

O tempo de transporte decorrido entre o início da mistura, contado a


partir da primeira adição de água até a entrega do concreto na obra, é
muito relevante para o desempenho da obra. Esse tempo deve ser
definido de modo que o fim do adensamento não ocorra após o início da
pega do concreto lançado e das camadas ou partes contíguas a essa
remessa, evitando-se a formação de junta fria.

O tempo decorrido entre o início da mistura e a entrega do concreto no


canteiro deve ser inferior a 90 minutos; e o tempo decorrido entre o início
da mistura na central de produção e o final da descarga do concreto na
obra não deve ultrapassar 150 minutos.

No caso de concreto auto-adensável (Tipo N), o bombeamento e


lançamento devem ocorrer no máximo 40 minutos após a colocação do
aditivo hiperfluidificante, o que geralmente é feito na obra. Já o concreto
celular (Tipo L1) deve ser lançado na fôrma em até 30 minutos após a
conclusão do processo de mistura da espuma.

Verifique se o concreto está com a consistência desejada e se não


ultrapassou o abatimento (slump) ou o espalhamento (flow) limite
especificado no documento de entrega. Caso o abatimento seja inferior
ao indicado na nota fiscal, adicione água suplementar nos limites
especificados pela ABNT NBR 7212/1984, ou seja, desde que:
O abatimento seja igual ou superior a 10 mm
O abatimento seja corrigido em até 25 mm
O abatimento, após a adição, não ultrapasse o limite
máximo especificado
O tempo entre a primeira adição de água aos
materiais e o início da descarga seja superior a 15
minutos

No caso de concreto celular, especificamente, a adição


da espuma normalmente é feita no canteiro, antes da
descarga do material. Para isso, é necessário seguir os
seguintes passos:

Coleta do concreto para medição de densidade e slump


(foto 15)
Medição da massa específica do concreto (foto 16)
Verificação do slump do concreto (50 mm ≤ slump ≥ 60
mm)
Adição do aditivo superfluidificante (no caminhão)
Adição de espuma (no caminhão)
Medição da densidade: é imprescindível a aferição da
densidade do concreto celular por meio do uso de
recipientes com volume conhecido e balança eletrônica. O
concreto celular está liberado para seu lançamento nas
fôrmas quando atingir a densidade especificada (1.500
kg/m³, ± 200 kg/m³)
Medição da fluidez, a fim de preencher todos os vazios
das fôrmas - o slump mínimo recomendado é de 230 mm
(foto 17 )
Concreto liberado para o lançamento

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