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Rotinas do Departamento de Pessoal

Cláudio Saldanha

ROTINAS DO
DEPARTAMENTO
PESSOAL

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CONCEITOS

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CONCEITOS BÁSICOS

Empregado
É toda pessoa física que presta serviços de natureza não eventual a empregador, sob a
dependência deste mediante salário.

Empregador
A empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica,
admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços. Também os profissionais liberais,
as instituições de beneficência, as associações recreativas, outras instituições sem fins
lucrativos.

Convenção
A Convenção Coletiva é um acordo de caráter normativo pelo qual dois ou mais
sindicatos representativos de categorias econômicas e profissionais estipulam condições de
trabalho aplicáveis no âmbito das respectivas representações a relações individuais de
trabalho (Art. 611 da CLT).

Acordo Coletivo
O Acordo Coletivo é um acordo celebrado entre sindicatos representativos de
categorias profissionais e uma ou mais empresas da correspondente categoria econômica,
estipulando condições de trabalho aplicáveis no âmbito da(s) empresa(s) acordante(s) às
respectivas relações de trabalho (Art. 611, parágrafo 1º da CLT).

Sindicato
O sindicato é uma associação que reúne pessoas de um mesmo segmento econômico
ou trabalhista. Por exemplo, existem sindicatos de trabalhadores (carteiros, metalúrgicos,
professores, médicos, etc) e também de empresários (conhecidos como sindicatos
patronais).Os sindicatos têm como objetivo principal a defesa dos interesses econômicos,
profissionais, sociais e políticos dos seus associados.

DRT – Delegacia Regional do Trabalho


Órgão Federal responsável pela fiscalização e pelo registro e controle dos
trabalhadores formais em todo o país.

CLT – Consolidação das Leis do Trabalho


A Consolidação das Leis do Trabalho – CLT foi aprovada no dia 1º de maio de 1943 e
reúne e sistematiza o conjunto de leis trabalhistas produzidas a partir de 1930. A CLT
introduziu direitos como horário de trabalho, férias, descanso remunerado, condições de
segurança, etc.

MPT - O Ministério Público do Trabalho (MPT)


É o ramo do Ministério Público da União (MPU) cuja função é atuar na defesa dos
direitos coletivos e individuais na área trabalhista. A Constituição da República de 1988
define, em seu artigo 127, o Ministério Público como sendo "instituição permanente, essencial
à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime
democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis".

MTE - Ministério de Trabalho e Emprego


É o órgão da Administração Pública Federal responsável pelas políticas e diretrizes
trabalhistas no país, além da fiscalização do cumprimento da legislação trabalhista em todo o
território nacional.

Súmulas
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Os Enunciados de Súmula são a tradução de decisões reiteradas de um mesmo tribunal


a respeito de determinada matéria. Com a edição destas súmulas, os tribunais visam dar
maior celeridade e segurança jurídica na prestação jurisdicional.

CONTRATOS

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TIPOS DE CONTRATO

Autônomos
É aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural em caráter eventual, a uma
ou mais empresas, sem relação emprego.É aquele que exerce por conta própria, atividade
econômica remunerada de natureza urbana, com fins lucrativos ou não.É aquele que,
pessoalmente, por conta própria e a seu risco, exerce pequena e a seu risco atividade
comercial em via pública ou de porta em porta, como comerciante ambulante.

Temporários
As empresas de trabalho temporário que tem por finalidade colocar pessoal
especializado por tempo determinado, à disposição de outras empresas que dele necessitem,
conforme previsto na Lei. 6.019/74. Ao trabalhador temporário são assegurados os seguintes
direitos: remuneração equivalente à percebida pelos empregados da mesma categoria,
pagamento de férias proporcionais, indenização por tempo de serviço, benefícios da
Previdência Social, seguro de acidentes de trabalho.

Estagiários
As pessoas Jurídicas de Direito Privado, os Órgãos da Administração Pública e as
Instituições de Ensino podem aceitar, com estagiários, alunos regularmente matriculados e
que venham freqüentando, efetivamente, cursos vinculados à estrutura do ensino público e
particular, nos níveis superiores, profissionalizante de 2º grau e supletivo. O estágio não cria
vínculo empregatício de qualquer natureza e o estagiário poderá receber bolsa, ou outra
forma de contraprestação que venha ser acordada.

Aprendizes
Considera-se aprendiz para efeitos da CLT o trabalhador de 14 a 24 anos. É proibido o
trabalho noturno, perigoso ou insalubre aos menores de 18 anos salvo na condição de
aprendiz menor de 18 anos.

Domésticos
O empregado doméstico, assim considerado aquele que presta serviços de natureza
contínua e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas. O
empregado doméstico terá direito a férias anuais e aos empregados domésticos são
assegurados os benefícios e serviços da Lei Orgânica da Previdência Social, na qualidade de
segurados obrigatórios.

Contrato Individual de Trabalho


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Considerações

Contrato de trabalho é o acordo tácito ou expresso que corresponde à relação de


emprego (art. 442 da CLT).

Na formação de um contrato de trabalho é necessário:

• capacidade nos contratantes;


• manifestação da vontade;
• objeto lícito;
• forma prescrita em lei.

As cláusulas constantes no contrato de trabalho são livre estipulação das partes desde
que não contrariem as normas legais pertinentes.

Classificação quanto a natureza:

• prazo indeterminado;
• prazo determinado;

Prazo Determinado

Como exceção, temos o contrato a prazo determinado, cuja sua celebração é válida em
determinadas situações, expressamente enumeradas na própria lei. Assim, tais contratos
somente serão válidos quando trata-se de:

− Serviços cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo.

Exemplo: Empresa adquire um equipamento industrial, cuja montagem requer a contratação


de técnico especializado. Faz-se um contrato a prazo pelo período da montagem (serviço
específico). Terminado o serviço, os próprios empregados trabalharão com o novo
equipamento.

− Atividade empresarial de caráter transitório.

Exemplo: Aumento de produção para atendimento de pedido considerável, com


necessidade de aumentar o número de empregados para atender a esta situação.

- Contrato de experiência. Esta espécie de contrato a prazo justifica-se pela sua


finalidade, ou seja, verificar a capacidade do empregado, bem como permitir a este a
possibilidade de adaptação â empresa.

Regras a Serem Obedecidas Para a Celebração de um Contrato a Prazo


Determinado:

• não pode ser estipulado por período superior a 2 (dois) anos superior e 90 (noventa)
dias, em se tratando de contrato de experiência;
• quando estipulado por prazo inferior, permite-se uma única prorrogação, até atingir o
limite máximo; (
Contrato experiência)
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• havendo mais de uma prorrogação, o contrato passará a vigorar sem determinação de


prazo;(contrato experiência)
• para a celebração de um novo contrato com o mesmo empregado, é necessário um
intervalo mínimo de 6 (seis) meses;

» DEC.2.490/98
Art.2º - Fica o empregador obrigado a anotar na Carteira de Trabalho e Previdência
Social - CTPS do empregado a sua condição de contratado por prazo determinado,
com indicação do número da lei de regência, e a discriminar em separado na
folha de pagamento tais empregados.

Prazo Indeterminado

Contrato a prazo indeterminado é a regra geral em nosso Direito Trabalhista, como


medida de inteira proteção ao próprio trabalhador.
É aquele que a extinção só ocorrerá por iniciativa de uma das partes,
espontaneamente (sem justa causa ou sem justo motivo), ou por provocação de uma das
partes que praticando ato ou fato contrário ao disposto em norma legal, causa prejuízo à
outra, possibilitando a rescisão contratual por justa causa ou indireta.

Contrato De Experiência

Finalidade

O contrato de experiência, espécie de contrato a prazo determinado, tem por objetivo


dar condições de mútuo conhecimento às partes contratantes. Durante esse período, o
empregador observará o desempenho funcional do empregado na execução de suas
atribuições, não se restringindo somente à parte técnica, mas, também, a outros aspectos
considerados importantes, como a integração à equipe de trabalho, conduta moral, social etc.

Prazo de Contrato

O prazo máximo do contrato de experiência é de 90 (noventa) dias (art. 445, parágrafo


único, da CLT). A contagem será feita em dias corridos, incluindo-se domingos e feriados.

Prorrogação

O contrato de experiência somente será prorrogado uma única vez, sendo que urna
segunda prorrogação implicará a sua transformação em contrato a prazo indeterminado,
sujeitando-se às normas que regem estes contratos.

Extinção Automática

Atingindo o prazo fixado, o contrato de experiência se extingue, ou seja, termina


automaticamente pelo decurso do prazo. Assim, se até o dia do término nenhuma das partes
se manifestar, sem sentido contrário, no dia imediato, referido contrato passará a vigorar por
prazo indeterminado.
Portanto, caso a empresa não queira dar continuidade ao contrato, deverá comunicar
ao empregado no último dia útil de trabalho dentro da experiência, evitando que o mesmo
compareça ao serviço no dia seguinte.

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Se houver acordo de compensação de horas de trabalho, relativas a dia que recaia


após o término, impedir que o empregado faça a compensação.
Exemplo: Término do contrato na 6ª feira. O empregado não deverá trabalhar além do horário
normal para compensar a jornada do sábado.

Rescisão Antecipada

Se qualquer das partes, empregador ou empregado, rescindir sem justa causa o


contrato, antes do seu término, não caberá aviso prévio, mas sim indenização prevista nos
arts.479 e 48O da CLT.
Caso a rescisão seja promovida pelo empregador, este pagará ao empregado, a título
de indenização, metade daquilo que o empregado ganharia até o final do contrato.
Se a rescisão for de iniciativa do empregado, poderá a empresa cobrar do empregado
os prejuízos advindos da demissão, não podendo referida indenização ser maior do que
aquela que o empregado receberia se estivesse sendo dispensado.

Conversão do Contrato de Experiência cm Contrato a Prazo


Indeterminado:

O art. 481 da CLT dispõe que se no texto do contrato de experiência incluir-se uma
cláusula que permita a rescisão antecipada, operando-se a rescisão antes do término, o
cálculo das verbas rescisórias será efetuado como se o contrato fosse por prazo
indeterminado, ou seja, com o pagamento do aviso prévio que integrará o tempo de serviço
para efeito de pagamento das demais verbas rescisórias.

Indenização Adicional - Extinção Automática

Ocorrendo extinção automática do contrato de experiência, no período de até 30


(trinta) dias que antecedem a correção salarial da categoria profissional, pão há que se falar
na indenização prevista no art. 9º da Lei n.º 7.238/84. por não se tratar de dispensa sem justa
causa, e sim de término da experiência, direito que pode ser exercido por qualquer das
partes.
Referido artigo dispõe; " O empregado dispensado, sem justa causa, no período de 30
(trinta) dias que antecedem a data de sua correção salarial, terá direito â indenização
adicional equivalente a um salário mensal, seja ele optante ou não pelo Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço - FGTS".

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ADMISSÃO

REGISTRO DE EMPREGADOS

Em todas as atividades será obrigatório para o empregador o registro dos respectivos


trabalhadores, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico(CLT, art. 41).

Esse registro poderá ser livro, fichas ou por sistema eletrônico, devendo as que
adotarem este último critério, seguir as instruções fornecidas pelo Ministério do Trabalho, as
quais poderão ser obtidas na DRT da localidade de sua jurisdição.

O livro ou ficha de registro de empregados deverá conter as seguintes informações :

FICHA DE REGISTRO

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LIVRO DE REGISTRO

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REGISTRO ELETRÔNICO
A portaria do Ministério do Trabalho Nº 1.121, de
08/11/1995, publicada no Diário Oficial da União,
orienta os empregadores que desejarem reutilizar a
Ficha de Registro de Empregados em meio eletrônico.
Um dos requisitos do processo é a elaboração de um
memorial descritivo do sistema a ser utilizado e das
instalações da empresa e uma cópia deve ser
depositado na Delegacia Regional do Trabalho ou
órgão autorizado pelo Ministério do Trabalho, conforme
parágrafo 1º do artigo 7º desta portaria.
Caso seja utilizada uma rede de computadores em sua
empresa, deverá ser mencionado no memorial o
software que gerencia a rede.
•Linguagem de programação utilizada

Atualização das fichas/livro

O registro de empregados, feito em livros ou fichas, deverá estar sempre atualizado e


numerado seqüencialmente por estabelecimento, cabendo ao empregador ou seu
representante legal a responsabilidade pela autenticidade das informações nele contidas.

Autenticação

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Os livros ou fichas de registro deverão ser autenticados junto ao DRT ou por outros
órgãos autorizados.

Nota :
PORTARIA 3.626/91,
Art.2
§ 2º - A autenticação do primeiro livro ou grupo de ficha, bem como de suas continuações, será
efetuada pelo Fiscal do Trabalho, quando da fiscalização no estabelecimento empregador *
(Redação pela Portaria 739/97 - D.O.U. 05.09.97).
§ 3º - Os Fiscais do Trabalho, quando da inspeção no estabelecimento empregador, poderão
autenticar livro de registro em continuação ou grupo de fichas em continuação, que ainda não tiverem
sido autenticados. * (Redação pela Portaria 402/95 - D.O.U. 02.05.95).

Centralização de documentos
A empresa poderá utilizar controle único e centralizado dos documentos, sujeitos à
inspeção do trabalho, salvo quanto ao registro de empregados, registro de horário de
trabalho e livro de inspeção do trabalho, que deverão permanecer em cada estabelecimento.

Prazos para exibição de documentos


A exibição dos documentos que ficarem centralizados em um único estabelecimento
deverá ser feita no prazo de 2 a 8 dias, a critério do agente de fiscalização.

Substituição
As empresas poderão substituir o uso de fichas por livro, ou de livro por devendo para
tanto encaminhar requerimento ao Delegado Regional do Trabalho, solicitando referida
substituição.

Ficha ou folha do Livro – Cancelamento


Efetuado o registro do empregado e este não comparecendo para iniciar suas
atividades, a ficha ou folha do livro será cancelada, devendo proceder-se à seguinte anotação
na parte destinada a "observações": - Ficha ou Folha Cancelada Em Virtude da desistência do
empregado ao emprego.

Documentação a ser apresentada:

• Carteira de Trabalho e Previdência Social;


• Cédula de Identidade;
• Título de Eleitor;
• Certificado de Reservista;
• Menor estudante - declaração da Escola que confirme estar freqüentando
algum curso;
• Cadastro de Pessoa Física (CPF);
• Exame Médico Admissional;
• Certidão de nascimento dos filhos menores de 14 anos ou inválidos de
qualquer idade, necessária
• para o pagamento do salário-família;
• Caderneta de vacinação para os filhos até 6 anos (Salário-família);e
• Declaração escolar para os filhos de 7 a 14 anos (Salário-família).

Proibição de retenção de documentos ou cópias

Lei 5553/68 | Lei Nº 5.553, de 6 de dezembro de 1968


Art. 1º A nenhuma pessoa física, bem como a nenhuma pessoa jurídica, de direito público ou de
direito privado, é lícito reter qualquer documento de identificação pessoal, ainda que apresentado por
fotocópia autenticada ou pública-forma, inclusive comprovante de quitação com o serviço militar, título

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de eleitor, carteira profissional, certidão de registro de nascimento, certidão de casamento,


comprovante de naturalização e carteira de identidade de estrangeiro.

Anotação na Carteira de Trabalho E Previdência Social - CTPS


Na admissão do empregado é indispensável que a empresa exija a Carteira de
Trabalho, para proceder as anotações referentes a contratação do empregado.
A Carteira de trabalho deve conter todos os dados referentes ao contrato de trabalho
do trabalhador, sendo que deverá proceder tais anotações em 48 (quarenta e oito) horas.

CONTRATO DE TRABALHO 15 ALTERAÇÃOES DE SALÁRIO


Empregador ................................................................................ Aumentado em ....../....../....Para R$......................
.................................................................................................... Na função de .........................................................
CGC/MF .....................................................................................
C.B.O. ................por motivo de............................
Rua:..............................................Nº............................................
Município:....................................................Est.:........................ ................................................................................
Esp.Estabelecimentos.................................................................... .....................................................
Cargo........................................................................................... Assinatura do Empregador
..........................................................CBO nº.............................
Data admissão.............de......................................de l9............... ANOTAÇÕES DE FÉRIAS
Registro nº ................................Fls./Ficha................................... Gozou Férias Relativas ao Período de ..................
Remuneração especificada........................................................... de ........./........./........... a ........../........../...............
................................................................................................... ................................................................................
....................................................................................................
....................................................................................................
Assinatura do Empregador
................................................................................................... FGTS – Fundo de Garantia Por Tempo de Serviço
Ass. do empregador ou a rogo c/ test. OPÇÃO RETRATAÇÃO
1º ................................................2º........................................... .................................. ...............................
Data saída ..............de ..........................................de l9............ Banco Depositado ..................................................
................................................................................................. Agência..................................................................
Ass.empregsdor ou a rogo c/test Praça ......................................................................
1ª...................................................2º.......................................... Empresa..................................................................
Com.dispensa CD Nº....................................................................
...............................................................................
Carimbo e Assinatura do Empregador

ANOTAÇÕE GERAIS 42
ANOTAÇÕES DO INSS

.....................................................................................................................
.....................................................................................................................
.....................................................................................................................
.....................................................................................................................
.....................................................................................................................
.....................................................................................................................
.....................................................................................................................
.....................................................................................................................
.....................................................................................................................
.....................................................................................................................
.....................................................................................................................
.....................................................................................................................
.....................................................................................................................
.....................................................................................................................
.....................................................................................................................
.....................................................................................................................
.....................................................................................................................
.....................................................................................................................
.....................................................................................................................
.....................................................................................................................
.....................................................................................................................
..................................................................................................................... LIVRO OU FICHA DE REGISTRO DE
.....................................................................................................................

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Nota:
Art.29 - A Carteira de Trabalho e Previdência Social será obrigatoriamente
apresentada, contra recibo, pelo trabalhador ao empregador que o admitir, o qual
terá o prazo de quarenta e oito horas para nela anotar, especificamente, a data de
admissão, a remuneração e as condições especiais, se houver, sendo facultada a
adoção de sistema manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem
expedidas pelo Ministério do Trabalho. * (Redação pela Lei 7.855/89 - D.O.U.
25.10.89).
§ 1º - As anotações concernentes à remuneração devem especificar o salário,
qualquer que seja sua forma de pagamento, seja ele em dinheiro ou em utilidades,
bem como a estimativa da gorjeta. * (Redação pela Lei 7.855/89 - D.O.U. 25.10.89).
§ 2º - As anotações na Carteira de Trabalho e Previdência Social serão feitas: *
(Redação do parágrafo e alíneas pela Lei 7.855/89 - D.O.U. 25.10.89).
a) na data-base;
b) a qualquer tempo, por solicitação do trabalhador;
c) no caso de rescisão contratual; ou
d) necessidade de comprovação perante a Previdência Social.

CAGED – Cadastro Geral de Empregados Admitidos e Desligados


ENTREGA POR MEIO ELETRÔNICO
O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) deverá ser entregue por meio
eletrônico, com a utilização do Aplicativo do CAGED Informatizado - ACI ou outro aplicativo
fornecido pelo Ministério do Trabalho e Emprego - MTE.
O aplicativo poderá ser baixado no site do Ministério do Trabalho – www.mte.gov.br.
O ACI deve ser utilizado para gerar e ou analisar o arquivo do CAGED, pelas empresas nas
quais tenha ocorrido movimentação de empregados regidos pela CLT.

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PRAZO DE ENTREGA

O arquivo do Caged, devidamente gravado, deverá ser encaminhado ao MTE, até o dia 7 do
mês subseqüente àquele em que ocorreu movimentação de empregados.

EMPRESAS COM MAIS DE UM ESTABELECIMENTO

As empresas que possuem mais de um estabelecimento deverão remeter ao MTE arquivos


específicos a cada estabelecimento.

Contribuição Sindical

A empresa deve verificar, através da Carteira de Trabalho e Previdência Social, se, no


caso da admissão, o empregado já contribuiu para o sindicato de sua categoria profissional
no emprego anterior.
Caso já tenha contribuído, anotar na ficha ou folha do livro de registro de empregados.
Se não contribuiu efetuar o desconto no mês subseqüente ao da admissão para o
recolhimento no mês seguinte. Assim, se a admissão se der no mês de outubro, desconta-se
do pagamento de novembro para recolhimento em dezembro.
Aos empregados admitidos nos meses de janeiro, fevereiro e março efetua-se o
desconto no mês de março, recolhendo-se em abril.
Após a efetivação do desconto, anotar na CTPS e na ficha ou folha do livro de registro
de empregados.

Valor da contribuição - corresponde a remuneração de um dia de trabalho. de trabalho é


considerado equivalente a:

* uma jornada normal de trabalho, no caso de pagamento por hora, dia, semana,
quinzena ou mês;
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* 1/30 da quantia percebida no mês anterior, em caso de remuneração paga por


tarefa, empreitada, comissão e parte fixa ou modalidade semelhante.

Profissional Liberal Com Vínculo Empregatício - Não Exercício da Atividade Equivalente


a Seu Título.

Os empregados que, embora liberais, não exerçam na empresa atividade equivalente a


seu título, deverão contribuir à entidade sindical da Categoria Profissional preponderante da
empresa, ainda que, simultaneamente, fora da empresa, exerça sua atividade liberal e efetue
a respectiva Contribuição Sindical.

Exame Médico CLT, Arts. 168 E 169- Port. 24/94 E 8/94 SSST/MTB.
É obrigatório o exame médico, na admissão do empregado, por conta da empresa,
nas condições especificadas na NR-07, aprovada pela Portaria n.º 3.214/73, com a redação
dada pela Portaria n.º 12/83.

- Art. 168 e 169- CLT

Exame Médico - Port. 24/94 e Port. 8/94 - SSST/MTB.

Com a publicação da Portaria SSST N.º/94, que dispõe sobre controle médico de saúde,
com importantes inovações, dentre as quais destacam-se o exame médico por ocasião:

a) de admissão - antes do início da atividade;


b) de retorno ao trabalho - nas ausências superiores a 30 dias;
c) de mudança de função - quando ocorrerá antes da data de sua mudança;
d) periodicamente- de acordo com os intervalos mínimos de tempo abaixo
discriminados;

e) e os dimensionais - deverão ser realizados obrigatoriamente até a data da


homologação.

Nota :
CLT,
Art.168 - Será obrigatório exame médico, por conta do empregador, nas
condições estabelecidas neste artigo e nas instruções complementares a serem
expedidas pelo Ministério do Trabalho: * (Redação do Artigo e incisos pela Lei
7.855/89 - D.O.U. 25.10.89).
I - na admissão;
II - na demissão;
III - periodicamente.

O PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional PCMSO

É um programa que especifica procedimentos e condutas a serem adotadas pelas


empresas em função dos riscos aos quais os empregados se expõem no ambiente de
trabalho. Seu objetivo é prevenir, detectar precocemente, monitorar e controlar possíveis
danos à saúde do empregado. Implementar o PCMSO é importante sobretudo para cumprir a
legislação em vigor. Além disso, você pode estar prevenindo possíveis conseqüências
jurídicas decorrentes do aparecimento de doenças ocupacionais, como processos cíveis,
criminais e previdenciários.

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Folha de pagamento

DISTINÇÃO ENTRE SALÁRIO E REMUNERAÇÃO

Salário

Contraprestação devida e paga pelo empregador ao empregado. Esta pode ser mensal,
quinzenal, semanal, diária, por peça ou tarefa, mas, em qualquer uma dessas situações,
respeita-se o salário mínimo, ou o salário profissional da categoria.

Remuneração
Soma do salário com outras vantagens, em decorrência do contrato.
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Art. 457 da CLT. Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos


legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação
do serviço, as gorjetas que receber.
§ 1º Integram o salário, não só a importância fixa estipulada, como também as comissões,
percentagens, gratificações ajustadas, diárias para viagens e abonos pagos ao empregado.
§ 2º Não se incluem nos salários as ajudas de custo, assim como as diárias para viagem que
não excedem cinqüenta por cento do salário percebido pelo empregado.
§ 3º Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao
empregado, como também aquela que for cobrada pela empresa ao cliente, como adicional
nas contas, a qualquer título, e destinada à distribuição aos empregados.

Salário mínimo no Brasil

O salário mínimo, no Brasil, foi estipulado no Governo Getúlio Vargas, por intermédio
de decreto-lei determinando a quantia mínima paga pelo empregador ao empregado.

Tipos de salários
Salário profissional: é fixado como o mínimo pago a determinadas profissões,
proporcional à extensão e à complexidade do trabalho.

Salário normativo: também denominado piso salarial, e fixado em sentença normativa


proferida em dissídio coletivo pelos tribunais do trabalho (Instrução Normativa nº 1 do
TST).

Salário in natura: salário recebido em forma de utilidades como alimentação, habitação,


transporte etc. A CLT permite o pagamento do salário em utilidades, embora não possa
ser somente em utilidades.

Art. 458, § 1º, da CLT. Os valores atribuídos às prestações in natura deverão ser justos, e
razoáveis, não podendo exceder, em cada caso, os percentuais das parcelas componentes do
salário mínimo (arts. 81 e 82).

O salário não pode ser pago apenas em utilidades, pois 30% do salário mínimo deverão
ser pagos em dinheiro. Os restantes 70% poderão ser pagos em utilidades (parágrafo único
do art. 82 da CLT). Por analogia, podemos dizer ( e essa é a posição jurisprudencial) que 30
%, no mínimo, do salário contratual necessariamente deverão ser pagos em dinheiro, sendo
que os restantes 70% poderão ser pagos em utilidades.
A Lei 8.860/94, veio acrescentar dois parágrafos ao artigo. 458 da CLT, estabelecendo
que a habitação e a alimentação fornecidas como salário utilidade deverão atender ao fim a
que se destinam e não poderão exceder, respectivamente , a 25% e 20%.
Em relação ao empregado rural, os descontos das prestações in natura apenas são
calculados sobre o salário mínimo ( art. 9º da Lei n.º 5.889/73) , até o limite de 20% pela
ocupação da moradia e até 25% pelo fornecimento de alimentação sadia e farta, atendidos os
preços vigentes na região. As deduções deverão ser previamente autorizadas, sem o que
serão consideradas nulas. Entende-se que o rurícula poderá receber 55% do salário mínimo
em espécie, pois pode haver o desconto de 45% em utilidades.

Salário-família: é uma remuneração paga ao empregado, pelo(s) filho(s) menor(es) de


14 ou inválido(s), e a enteado(s), quando o segurado é tutor legal dele.
O valor do salário-família é fixado por lei, estabelecendo um valor em moeda,
reajustado periodicamente. Quando o pai e a mãe não segurados, o salário-família é devido
aos dois.
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O salário-família não corresponde a nenhuma percentagem do salário-de-benefício,


como os outros benefícios, sendo também devido ao empregado ou trabalhador avulso,
estando recebendo auxílio-doença, aposentadoria por invalidez ou por idade.

Salário-maternidade: é um benefício, tendo direito o segurado da Previdência Social por


ocasião do parto. Porém o INSS exige uma carência de 10 contribuições para a concessão
do benefício.
O período de afastamento, previsto para o segurado, é de 120 dias, ou se preferir, 28
dias antes e 92 dias após o parto.Nesse período a empregada tem direito ao salário integral
e, caso esse seja variável, o cálculo será feito baseado na média dos últimos seis meses de
trabalho.
O afastamento poderá ser prorrogado por até mais duas semanas, antes e depois do
parto. Havendo problemas de saúde da mãe ou da criança, ou aborto não-criminoso,
comprovado mediante atestado médico fornecido pelo Sistema Único de Saúde, o funcionário
terá direito a um descanso de duas semanas.

EQUIPARAÇÃO SALARIAL
Não pode haver diferença salarial entre trabalhadores desenvolvendo a mesma
produtividade e perfeição técnica em uma atividade igualitária, se a diferença de tempo de
serviço não for superior a dois anos na mesma empresa.

IRREDUTIBILIDADE SALARIAL

O salário não pode sofrer redução, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo
(art. 7º, VI, CF). Admite-se a redução proporcional do salário na hipótese de redução de
jornada, quando solicitada expressamente pelo empregado, ou em casos especiais como, por
exemplo, a redução ocorrida em face de conjuntura econômica da empresa, devidamente
comprovada, nos moldes do art. 2º da Lei nº 4.923/65.

JORNADA DE TRABALHO (CLT, ART. 58)

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Jornada Normal

A jornada máxima diária de trabalho, fixada pela CF 88, é de 8 horas, não podendo
exceder a 44 horas semanais (art. 70, CF/88).
Podem, no entanto, as partes (empregado e empregador), fixarem limite inferior ao
estabelecido legalmente. Assim, se a empresa estabelece uma jornada de 40 horas
semanais, não poderá alterá-la para 44 horas, pois embora seja este o máximo permitido
essa mudança vai acarretar alteração no contrato de trabalho (art. 468, CLT).
Referida jornada se aplica a homem, mulher e menor entre 14 e 18 anos.

Intervalo para amamentação


» CLT
Art.396 - Para amamentar o próprio filho, até que este complete 6 (seis) meses de idade, a mulher
terá direito, durante a jornada de trabalho, a dois descansos especiais, de meia-hora cada um.
Parágrafo único - Quando o exigir a saúde do filho, o período de 6 (seis) meses poderá ser dilatado, a
critério da autoridade competente.

Marcação do ponto

A marcação do ponto é obrigatória para todas as empresas que possuem mais de 10


empregados (Art. 74, parágrafo 2º da CLT).

Já as microempresas, mesmo que possuam mais de 10 empregados, estão dispensadas


da marcação do ponto (Lei 9.841/99 - Art.11).

A marcação do ponto nos intervalos para refeição e descanso não é obrigatória, sendo
opção de cada empresa controlar ou não esses horários (Enunciado 118 do TST).

O ponto poderá ser marcado de três diferentes formas:


• Mecanicamente, com cartão em relógio de ponto.
• Eletronicamente, com controle computadorizado.
• Manualmente, em livro ou papeleta externa.

Mesmo os funcionários que trabalham externamente deverão registrar os seus


horários. Para isso, a empresa poderá utilizar o cartão de ponto externo, que fica em poder
do empregado, ou utilizar uma ficha de horário de trabalho, principalmente no caso de
motoristas.

No cartão externo deverá constar o nome, a função, o número da carteira de trabalho,


os horários de trabalho e de descanso do empregado, bem como o nome e o endereço da
empresa em que trabalha.

Esse cartão deverá ser assinado mensalmente pelo empregado.

A dispensa da marcação do ponto vai depender dos seguintes fatores:

1. O empregado precisa exercer atividade externa que impeça a fixação de horários


(exemplo: vendedor pracista).

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2. O empregado precisa possuir poder de gestão (administrar um setor ou departamento


e ter subordinados) ou exercer cargo de confiança (funções de cúpula administrativa
com poderes de gestão), devendo por isso receber uma gratificação correspondente no
mínimo a 40% do seu salário-base.

3. De acordo com a Portaria MT 1120/95, as empresas podem dispensar a marcação de


ponto para todos os empregados, desde que faça isso mediante Acordo Coletivo de
Trabalho com o sindicato dos empregados.

Com esse acordo fica estabelecido que os empregados cumprirão a jornada


estabelecida pela empresa, sendo as irregularidades (faltas, atrasos, hora extra) anotadas
para acerto no final do mês. Neste caso, marca-se a ausência e não a presença.

Jornada Extraordinária

A CLT, em seu art. 59 dispõe que a jornada diária pode ser acrescida de horas
suplementares não excedente de duas, mediante acordo escrito entre empregado e
empregador ou contrato coletivo de trabalho.
Salvo nos casos de compensação de horário, as horas excedentes à jornada normal são
consideradas extraordinárias, devendo ser paga com os acréscimos de, pelo menos 50%
sobre o valor da hora normal.

Exemplo 1 – Horas-extras 50 %

Salário = R$ 466,000
Jornada Mensal = 220 horas

Horas-estras trabalhadas
40 horas-extras a 50%

Cálculo : Salário (466,00) / Jornada (220) x Hora trabalhada + Adicional da hora extra (1,5) x
quantidade de horas-extras trabalhadas (40) = R$ 127,09

Ou passo a passo

Valor de 1(uma) hora normal = Salário(466) / Jornada(220) = R$ 2,12


Valor de 1 (uma) hora-extra = Hora normal + Adicional de hora-extra (50%) = R$ 3,18
Valor da horas extras = Quantidade de horas-extras (40) x valor 1(uma) hora-extra = R$
127,20

Exemplo 1 – Horas-extras 100 %

Salário = R$ 466,000
Jornada Mensal = 220 horas

Horas-extras trabalhadas
15 horas-extras a 100%

Cálculo : Salário (466,00) / Jornada (220) x Hora trabalhada + Adicional da hora extra (2,0) x
quantidade de horas-extras trabalhadas (15) = R$ 127,09

Ou passo a passo

Valor de 1(uma) hora normal = Salário(466) / Jornada(220) = R$ 2,12


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Valor de 1 (uma) hora-extra = Hora normal + Adicional de hora-extra (100%) = R$ 4,24


Valor da horas extras = Quantidade de horas-extras (15) x valor 1(uma) hora-extra = R$
63,60

Repouso Semanal Remunerado – RSR/DSR

Direito

Todo empregado (urbano, rural, inclusive doméstico), tem direito ao repouso semanal
remunerado de 24 horas consecutivas, preferencialmente aos domingos e, nos limites das
exigências técnicas das empresas, nos feriados civis e religiosos.
Nota
» LEI 605/49
Art.6º - Não será devida a remuneração quando, sem motivo justificado, o empregado não
tiver trabalhado durante toda a semana anterior, cumprindo integralmente o seu horário de
trabalho.
§ 3º - Nas empresas em que vigorar regime de trabalho reduzido, a freqüência exigida
corresponderá ao número de dias em que o empregado tiver de trabalhar.

Repouso remunerado sobre horas extras

De acordo com a Lei nº 605/49 , art. 7º, alínea “b”, com redação dada pela Lei nº
7.415, de 9 de dezembro de l985 (DOU, de 10.12.85), computam-se no cálculo do repouso
semanal remunerado as horas extras habitualmente prestadas.

TST - ENUNCIADO Nº 172


Computam-se no cálculo do repouso remunerado as horas extras habitualmente prestadas
(ex-prejulgado nº 52). (Resolução 102/82 - DJ. 11.10.82) .

Trabalho em Dias de Repouso

Executados os casos em que a execução dos serviços seja imposta pelas exigências
técnicas das empresas, é vedado o trabalho nos dias de repouso, garantida, entretanto, a
remuneração respectiva.
Constituem exigências técnicas aquelas que, em razão do interesse público, ou pelas
condições peculiares às atividades da empresa, tornem indispensável a continuidade do
trabalho, em todas ou alguns dos respectivos serviços.

Remuneração do Repouso

A remuneração dos dias de repouso corresponde ao valor de um dia de trabalho. Assim


temos:

CATEGORIA JORNADA FIXA JORNADA VARIÁVEL


HORISTA 1 dia normal de trabalho 1/6 do total das horas
DIARISTA trabalhadas durante a semana
SEMANALISTA
TAREFA OU PEÇA Dividir o salário relativo às tarefas ou peças, executadas na
semana, pelo número de dias de serviço efetivamente
trabalhados.
COMISSIONISTA Dividir o total das comissões pelo número de dias úteis e

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multiplicar pelo número de domingos e feriados do mês


MENSALISTA O salário mensal á engloba o descanso semanal
QUINZENALISTA O salário mensal á engloba o descanso semanal

Trabalho em Dia de Repouso - Remuneração

O pagamento do trabalho realizado em dia de repouso será efetuado em dobro, salvo


se for determinado outro dia de folga, conforme dispõe o Enunciado n.º 146 do TST.
A expressão "em dobro" significa o valor das horas trabalhadas no repouso + o valor
do repouso incluso na remuneração do empregado.

Acordo de Compensação/Prorrogação

Regra geral, a compensação de horas objetiva a redução ou suspensão do trabalho em


sábados, segundas-feiras que antecedem feriados às terças-feiras, sextas-feiras que sucedem
feriados às quintas-feiras, dias de carnaval e quarta-feira de cinzas.
A compensação de horas exige acordo escrito entre empregado e empregador ou
contrato coletivo de trabalho (CLT, art. 59).
Tratando de mulheres e homens adultos, permite-se firmar livremente acordo
individual por escrito ou acordo coletivo (CF/88, art. 50, 1 e CLT, art. 59). já em relação a
menores (14 a 18 anos), é necessária a celebração de acordo específico com o respectivo
sindicato da categoria profissional (art. 611 e segs. Da CLT).
Para fins de compensação, permite-se prorrogar a jornada, até o máximo de 2 horas
diárias, respeitando a duração do trabalho normal da semana (44 horas> e o limite máximo
diário de 10 horas.
Podem-se firmar acordos de compensação e prorrogação simultaneamente, desde que
a soma de ambos não ultrapasse os limites permitidos.
Através do acordo de compensação de horas, dispensa-se o acréscimo salarial (horas-
extras) já que o excesso de horas em um dia é compensado pela diminuição em outro dia.
Para menores (14 a 18 anos) é vedado prorrogar a jornada normal, exceto nos casos
de compensação (2 horas no máximo) e excepcionalmente, por motivo de força maior, até o
máximo de 12 horas, com o acréscimo salarial, de no mínimo 50% sobre a hora normal e
desde que o trabalho do menor seja imprescindível ao funcionamento do estabelecimento.
Nas atividades insalubres (Portaria MTB 3214/78 NR-15) a prorrogação do horário
somente pode ser acordada mediante licença prévia das autoridades competentes em
matéria de medicina do trabalho, as quais, para esse efeito, procedem aos necessários
exames locais e à verificação dos métodos e processos de trabalho, quer diretamente, quer
por intermédio de autoridades sanitárias federais, estaduais e municipais (art. 60 CLT e Dec.
n.º 90.880/85, art. 70)

Intervalos Interjornadas e Entre Jornadas

A concessão de intervalos na jornada de trabalho é obrigatória para evitar que o


empregado sofra desgaste físico e emocional quando sujeito a períodos ininterruptos de
trabalho.
Entre duas jornadas de trabalho, o intervalo de descanso é de 11 horas consecutivas
contadas do término da jornada em um dia ao início da jornada seguinte para os serviços em
geral. E interjornadas, o intervalo é, no mínimo 1 hora e no máximo, 2 horas.

DURAÇÃO DO INTERVALOS LEGAIS


TRABALHO NA JORNADA ENTRE JORNADAS
ATÉ 4 HORAS - 11 HORAS
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+ DE 4 ATÉ 6 HORAS 15 MINUTOS 11 HORAS


+ DE 6 HORAS 1 HORA (min) 2 HORAS 11 HORAS
(max)

ADICIONAL NOTURNO

Trabalho Urbano

Considera-se noturno o trabalho executado entre as 22 (vinte e duas) horas de um dia


e as 5 (cinco) horas de um dia seguinte, para os empregados urbanos.
A hora noturna é computada como 52 mm. e 30 segs. E a remuneração noturna será
superior a diurna, observando o adicional mínimo de 20% sobre o valor da hora normal.

1º - Redução da hora

A hora trabalhada no período noturno não tem 60 minutos e sim 52 minutos e trinta
segundos, sendo assim, no horário compreendido entre as 22:00 pm às 05:00 am onde
temos 07 (sete) horas normais nós teremos 08 (oito) horas noturnas.

Considerando a hora normal de 60 minutos , verificamos que no intervalo 22:00 e 5:00


horas (jornada noturna) , temos apenas 7 horas . Entretanto , como a hora noturna é
computada com 52 minutos e 30 segundos , para efeito de pagamento , essas 7 horas
noturnas ficam convertidas em 8 h , conforme pode-se perceber no gráfico a seguir .

Essa hora de redução noturna é obtida pelo ganho dos 7,5 minutos por hora , pelas 8
horas de trabalho diário, obtendo-se desta forma os 60 minutos de redução.

Assim temos :

7,5 min/h (red/hora) x 8 (jornada normal) = 60 min = 1 hora

Quando da apuração da hora noturna , as horas apontadas nos cartões de ponto ou outro
sistema de controle de horas , registram o total de horas efetivamente trabalhadas , sem
entretanto considerar a redução da hora noturna.Por este motivo todas as horas laboradas no
período noturno deve-se acrescentas a redução da hora noturna correspondente.

Exemplo de Redução de Hora Noturna :

Horário de Trabalho das 22:00 às 5:00

Horas trabalhadas 7h
Redução de hora Noturna 1h
Total de Horas Pagas 8h

Pra determinação da hora noturna para turnos ininterruptos incompletos de trabalho


deve-se multiplicar o total de horas noturnas trabalhadas por 60 e dividir o resultado por 52,5
, conforme o exemplo a seguir:

Exemplo:

Agregar à redução de hora noturna as horas normais, para um empregado que


trabalhou no horário das 22:00 às 2:30 horas.

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22:00 - 02:30 = 04:30  o formato está em hora , transforma para decimal 


04 - a parte inteira mantém – 0:30 / 60 = 0,5 – a parte fracionada divide por
60

Total de horas normais trabalhadas 4:30 h ou 4,5 h

Pra conversão em horas noturnas temos duas opções:

1º Opção:

4,5 h x 60 :52,5 = 5,14 h (total de horas trabalhadas acrescido da redução de hora noturna)
ou simplesmente.

4,5 x 1,1429 = 5,14

Neste último caso foi utilizado o fator de redução de hora noturna, que serve também
para agregar a redução nas horas trabalhadas, conforme segue.

8 h (normais) = 60 min = 1,1429


7 h ( noturnas) = 52,5 min

Fator de redução da hora noturna = 1,1429

Desta forma temos:

Horas noturnas c/ red. hora not = nº de horas normais trabalhadas X 1,1429

Ou

Redução da hora noturna = n º horas normais x 0,1429

2º - Adicional sobre a hora noturna

Além da redução da hora noturna, os colaboradores que trabalham na jornada


compreendida entre 22:00 as 05:00 da manhã recebem um adicional de 20% sobre as horas
noturnas
Exemplificando temos:

Horas noturnas efetivamente trabalhadas = 30 horas


Salário: R$ 466,00
Jornada: 220 horas
15 Adicionais noturnos – 20% = salário (466,00) / jornada (220h) x percentual do adicional
noturno (0,20) x quantidade de horas noturnas (15) = R$ 6,35

Resumindo: 466 / 220 x 0,2 x 15 = 6,65

Trabalho Rural

Para o trabalhador rural, considera-se noturno o trabalho realizado entre:

* 21:00 horas de um dia e as 5:00 horas do dia seguinte, na lavoura;


* 20:00 horas de um dia e as 4:00 horas do dia seguinte, na pecuária.;

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A hora noturna corresponde a 60 (sessenta) minutos e será acrescida de um adicional


de 25% (vinte e cinco por cento), sobre o valor da hora normal.

HORAS DE SOBREAVISO

No art. 244,caput da CLT, existe a previsão que as estradas de ferro tenham


empregados, de sobreaviso e de prontidão, para executarem serviços imprevistos ou para
substituição de empregados que faltem à escala organizada.
No caso das demais profissões, as autoridades administrativas e a Justiça Trabalho, na
falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência,
analogia, por equidade e outros princípios e normas gerais do direito, principalmente do
direito do trabalho e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas
sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse
público.

ADICIONAL DE INSALUBRIDADE

Atividades ou operações insalubres são aquelas que, por sua natureza, condições ou
métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos
limites de tolerância fixados em razão da natureza, intensidade do agente e do tempo de
exposição aos seus efeitos.

Caracterização

A caracterização e a classificação da insalubridade se farão através de perícia a cargo


do Médico ou Engenheiro do Trabalho, registrados no MTB.
Adicional

O trabalho executado nestas condições assegura ao empregado a percepção do


adicional incidente sobre o salário mínimo, equivalente a.

• 40% para insalubridade de grau máximo;


• 20% para insalubridade de grau médio;
• 10% para insalubridade de grau mínimo;

Para os radiologistas, o adicional de insalubridade será equivalente a 40%, tendo como


base de cálculo o salário mínimo profissional respectivo (Lei n.º 7.349/85).
A eliminação ou neutralização do órgão competente, que comprove a inexistência de
risco à saúde do trabalhador, acarretando assim, a cessação do pagamento do adicional
respectivo.
Ocorrendo o pagamento de insalubridade em caráter permanente, o mesmo integrará
a remuneração do empregado para todos os efeitos legais.

ADICIONAL DE PERICULOSIDADE

Os empregados que trabalham em condições perigosas fazem jus ao adicional 30% do


respectivo salário contratual, excluídas as gratificações, prêmios ou participações nos lucros
da empresa.
Somente fará jus ao adicional, o empregado que tiver contato permanente com
explosivos ou inflamáveis.
O serviço prestado, simultaneamente, em condições insalubres e perigosas, faculta ao
empregado optar por apenas um dos adicionais.

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O adicional de periculosidade integra o salário do empregado para todos os efeitos


legais, tais como pagamento de hora-extra, adicional noturno, férias, 13º salário, etc.
O direto à periculosidade cessa com a eliminação do risco à integridade física do
empregado.
A Lei n.º 7.369/85 estendeu o adicional de periculosidade aos trabalhadores o setor de
energia elétrica, desde que expostos a situação de risco.

Horas-extras

Súmula

“Nº 191 ADICIONAL. PERICULOSIDADE. INCIDÊNCIA (nova redação) - Res.121/2003,


DJ 19, 20 e 21.11.2003

O adicional de periculosidade incide apenas sobre o salário básico e não sobre este
acrescido de outros adicionais. Em relação aos eletricitários, o cálculo do adicional de
periculosidade deverá ser efetuado sobre a totalidade das parcelas de natureza salarial.”

Trabalho em Domicílio

RELAÇÃO DE EMPREGO: Caracteriza-se pela prestação de serviço permanente ,


subordinação hierárquica e a dependência econômica, que é o recebimento de
salário ( Consolidação das Leis do Trabalho - CLT - Art. 3o.). O art. 6º da CLT
também dispõe o seguinte: "não se distingue entre o trabalho realizado no
estabelecimento do empregador e o executado no domicílio do empregado, desde
que esteja caracterizada a relação de emprego".

SUBORDINAÇAO: O fato do trabalhador prestar os serviços em domicilio e não


estar sob o controle direto da empresa, não significa que o empregador não possa
controlá-lo, pois pode fazer isso estabelecendo metas de produção, definindo
material a ser utilizado e prazos para apresentação do produto acabado,
caracterizando-se desta forma a subordinação hierárquica, um dos princípios
básicos que o classifica como empregado.

AJUDA DE CUSTO

Entende-se por ajuda de custo a importância paga pelo empregador ao empregado,


com objetivo de proporcionar condições para a execução do serviço, não se tratando, porém,
de valores pagos pela contraprestação dos serviços.
O § 2º do art. 457 da CLT estabelece que a importância paga a título de ajuda de custo não
integra o salário, portanto, não tem natureza salarial. Nesse sentido entendeu o Tribunal
Superior do Trabalho (TST):
"Ajuda de custo. Caráter indenizatório. Ajuda de custo, qualquer que seja o seu valor, não
integra o salário em face de sua natureza indenizatória.

Adicional de transferência
Se ocorrer de o funcionário ser transferido temporariamente, em função do trabalho,
para uma região diversa da que foi contratado (se a mudança vai para o mesmo município,
não há problemas), o empregador pagará um suplemento nunca inferior a 25 % do salário do
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empregado, enquanto durar a situação. Porém se a mudança for definitiva, a empresa deverá
arcar com as despesas da mudança.

COMISSÕES

É uma das formas de salário dos empregados. Ele recebe um percentual da sua
atividade.

Art. 459 da CLT. O pagamento do salário, qualquer que seja a modalidade do trabalho,
não deve ser estipulado por período superior um mês, salvo no que concernem as comissões,
percentagens e gratificação.
Parágrafo único. Quando o pagamento houver sido estipulado por mês, deverá ser
efetuado, o mais tardar, até o quinto dia útil do mês subseqüente ao vencido.
Art. 466 da CLT. O pagamento de comissões e percentagens só é exigível depois de
ultimada a transação a que se referem.
§ 1º Nas transações realizadas por prestações sucessivas, é exigível o pagamento das
percentagens e comissões que lhes disserem respeito proporcionalmente à respectiva
liquidação.

§ 2º A cessação das relações de trabalho não prejudica a percepção das comissões e


percentagens devidas na forma estabelecida por este artigo.

Comissionista - Horas Extras - Revisão do Enunciado 56 - O empregado, sujeito a controle de


horário, remunerado à base de comissões, tem direito ao adicional de, no mínimo, 50%
(cinqüenta por cento) pelo trabalho em horas extras, calculado sobre o valor das comissões a
elas referentes. (Enunciado 340 do TST).

Não é pelo fato do empregado receber somente comissão que o mesmo não tem direito às
horas extras. A regra geral é estando o empregado à disposição da empresa por tempo
superior ao contratual, deve receber as horas extras.

Como vemos, existe a presunção legal do pagamento.

Assim, o empregado deve ter sua comissão calculada por dia; ou seja, naquele dia que
trabalhou a mais, deve ser devidamente analisado o valor da comissão que recebeu nas
horas excedentes.
ENCARGOS SOCIAIS E IMPOSTOS
INSS – EMPREGADO (SEGURADO)

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Desconto do INSS – Colaborador

Para início do cálculo do INSS devemos primeiramente formar a Base de cálculo,


onde serão somadas todas as verbas que incidem o encargo e deduzidos todos a verbas que
dever ser abatidas (faltas e etc..).

Exemplo 1 :

Vamos utilizar o contracheque de um colaborador:

Código Descrição da verba Ref Provento Desconto

0001 Salário 30,0 1.000,00


0010 Horas-extras 50% 20,0 136,36
0011 DSR/RSR Horas-extras 22,73
0005 Faltas 5,00 166,67

Formação da base de cálculo:

Base de cálculo = Salário + Horas-extras + DSR/RSR Horas-extras - Faltas = 992,42

1.000,00 + 136,36 + 22,73 - 166,67 = 992,42

Base de cálculo = R$ 992,42

Segundo a tabela acima, a alíquota a ser aplicada é a de 8%, então:

Desconto INSS = 992,42 x 8% = 79,39

Então o contracheque do nosso colaborador ficaria da seguinte forma :

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Código Descrição da verba Ref Provento Desconto

0001 Salário 30,0 1.000,00


0010 Horas-extras 50% 20,0 136,36
0011 DSR/RSR Horas-extras 22,73
0005 Faltas 5,00 166,67
0003 INSS 8,00 79,39

Tabela de incidências: http://www.previdenciasocial.gov.br/docs/pdf/tabela_incidencia.pdf

INSS – Empresa e preenchimento da guia GPS

Os valores recolhidos à previdência sobre a folha de pagamento são divididos em 5


(cinco) itens. Para sabermos os percentuais que deverão ser recolhidos pela empresa
devemos consultar a tabela do FPAS, a fim de conhecer seu código de classificação
(http://www.previdenciasocial.gov.br/pg_secundarias/paginas_perfis/perfil_Empregador_09_03
-A.asp ), em seguida devemos consultar as alíquotas correspondentes na Tabela de alíquotas
por código FPAS (http://www.previdenciasocial.gov.br/docs/pdf/tabela_fpas.pdf).

Segurados – valor descontado dos colaboradores

Empresa – valor devido pelas empresas sobre a base de cálculo, sem limite estabelecido na
tabela – 20%.

SAT (Seguro acidente de trabalho) – valor pago pela empresas para custear os benefícios aos
acidentados no trabalho, varia de 1% a 3%, dependendo do grau de risco da empresa.

Terceiros ou outras entidades – valor pago a entidades assistencialistas, tanto para os


trabalhadores tanto com as empresas (SENAC, SESC, SENAI, INCRA, SEBRAE e etc..), inclui-se
nesse percentual também o salário educação.

Exemplo de cálculo e preenchimento da GPS.

Digamos que nossa empresa é comércio varejista com as seguintes alíquotas de INSS,
lembrado que todos esses valores serão calculados em cima da base de cálculo, sem respeita
o limite da tabela, os limites da tabela só servem para cálculo do desconto do segurado.

Empresa 20% - 992,42 x 20% = 198,48


SAT 2% - 992,42 X = 19,84
Terceiros ou outras entidades 5,8 % - 992,42x 5,8% = 57,56
Segurados = 79,39
Total a ser recolhido =365,19

Preenchimento da GPS – Guia da Previdência Social

Modelo da GPS
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3. CÓDIGO DE
2100
MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL – MPS PAGAMENTO
INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -
INSS 4. COMPETÊNCIA 10/2009
GUIA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL – GPS
5. IDENTIFICADOR 00.000.000/0001-00
1. NOME OU RAZÃO SOCIAL/ FONE/ ENDEREÇO: 6. VALOR DO INSS 297,71
7.

8.

9. VALOR DE OUTRAS
57,56
ENTIDADES
2. VENCIMENTO 10. ATM, MULTA E
(Uso do INSS) JUROS
ATENÇÃO: É vedada a utilização de GPS para
recolhimento de receita de valor inferior ao estipulado 11. TOTAL
em Resolução publicada pelo INSS. A receita que 355,27
resultar valor inferior deverá ser adicionada à
contribuição ou importância correspondente nos meses
subseqüentes, até que o total seja igual ou superior ao
valor mínimo fixado.
12. AUTENTICAÇÃO BANCÁRIA

Campo 1 – dados do contribuinte, no nosso caso, será preenchido com os dados da empresa;
Campo 2 – só será preenchido em caso de recolhimento em atraso;
Campo 3 - será preenchido com o código de pagamento , no nosso caso 2100
Campo 4 – refere-se a competência dos valores pagos , no nosso exemplo mês 03/2007
Campo 5 – CNPJ da empresa.
Campo 6 – será a soma dos valores: (Empresa + SAT + Segurados) – (subtraindo-se salário-família
+salário maternidade)
Campo 7 e 8 – em branco
Campo 9 – valor de terceiro ou outras entidades
Campo 10 – multas e juros – se necessário calcular no site , é mais rápido.
Campo 11 – a soma de todos os campos

OBS: O vencimento do INSS é todo dia 10 de cada mês, sendo que o dos autônomos e
equiparados vence todo dia 15 de cada mês.

1. TABELA DE CÓDIGOSDE PAGAMENTO DO INSS


GPS

Código Descrição
1007 Contribuinte Individual – Recolhimento Mensal -
NIT/PIS/PASEP
1104 Contribuinte Individual – Recolhimento Trimestral
NIT/PIS/PASEP
1120 Contribuinte Individual – Recolhimento Mensal - Com
dedução de 45 % (Lei n.º 9.876/99) - NIT/PIS/PASEP
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1147 Contribuinte Individual – Recolhimento Trimestral - Com


dedução de 45 % (Lei n.º 9.876/99) - NIT/PIS/PASEP
1201 GRC Contribuinte Individual – DEBCAD (Preenchimento
exclusivo pelo INSS)
1406 Segurado Facultativo - Recolhimento Mensal -
NIT/PIS/PASEP
1457 Segurado Facultativo - Recolhimento Trimestral -
NIT/PIS/PASEP
1503 Segurado Especial - Recolhimento Mensal NIT/PIS/PASEP
1554 Segurado Especial - Recolhimento Trimestral -
NIT/PIS/PASEP
1600 Empregado Doméstico – Recolhimento Mensal -
NIT/PIS/PASEP
1651 Empregado Doméstico – Recolhimento Trimestral -
NIT/PIS/PASEP
1708 Reclamatória Trabalhista - NIT/PIS/PASEP
2003 Empresas Optantes pelo Simples CNPJ
2100 Empresas em Geral CNPJ
2119 Empresas em Geral CNPJ - Recolhimento exclusivo para
Outras Entidades (SESC, SESI, SENAI, etc.)
2208 Empresas em Geral CEI
2216 Empresas em Geral CEI - Recolhimento exclusivo para
Outras Entidades (SESC, SESI, SENAI, etc.)
2305 Entidades Filantrópicas com Isenção Total ou Parcial CNPJ
2321 Entidades Filantrópicas com Isenção Total ou Parcial CEI
2402 Órgãos do Poder Público CNPJ
2429 Órgãos do Poder Público CEI
2437
Órgãos do Poder Público - CNPJ Recolhimento sobre
aquisição de produto rural do Produtor Rural Pessoa Física
2500 Recolhimento sobre a Receita Bruta de Espetáculos
Desportivos e Contratos de Patrocínio CNPJ
2607 Recolhimento sobre a Comercialização de Produto Rural
CNPJ
2615 Recolhimento sobre a Comercialização de Produto Rural -
CNPJ- exclusivo para Outras Entidades (SENAR)
2631 Contribuição retida sobre a NF/Fatura da Empresa
Prestadora de Serviço CNPJ
2640 Contribuição retida sobre NF/Fatura da Prestadora de
Serviço - CNPJ (Uso exclusivo do Órgão do Poder Público -
Administração direta, Autarquia e Fundação Federal,
Estadual, do Distrito Federal ou Municipal, contratante do
serviço).
2658 Contribuição retida sobre a NF/Fatura da Empresa
Prestadora de Serviço CEI
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2682 Contribuição retida sobre NF/Fatura da Prestadora de


Serviço - CEI (Uso exclusivo do Órgão do Poder Público -
Administração Direta, Autarquia e Fundação Federal,
Estadual, do Distrito Federal ou Municipal, contratante do
serviço)
2704 Recolhimento sobre a Comercialização de Produto Rural
CEI
2712 Recolhimento sobre a Comercialização de Produto Rural
CEI - exclusivo para Outras Entidades (SENAR)
2801 Reclamatória Trabalhista CEI
2810 Reclamatória Trabalhista CEI Recolhimento exclusivo para
Outras Entidades (SESC, SESI, SENAI, etc.)
2909 Reclamatória Trabalhista CNPJ
2917 Reclamatória Trabalhista - CNPJ Recolhimento exclusivo
para Outras Entidades (SESC, SESI, SENAI, etc.)
3000 ACAL CNPJ
3107 ACAL CEI
3204 GRC Contribuição de Empresa Normal DEBCAD
(Preenchimento exclusivo pelo INSS)
4006 Pagamento de Débito DEBCAD (Preenchimento exclusivo
pelo INSS)
4103 Pagamento de Débito CNPJ (Preenchimento exclusivo pelo
INSS)
4200 Pagamento de Débito Administrativo Número do Título de
Cobrança (Preenchimento exclusivo pelo INSS)
4308 Pagamento de Parcelamento Administrativo Número do
Título de Cobrança (Preenchimento exclusivo pelo INSS)
6009 Pagamento de Dívida Ativa Débito Referência
(Preenchimento exclusivo pelo INSS)
6106 Pagamento de Dívida Ativa Parcelamento Referência
(Preenchimento exclusivo pelo INSS)
6203 Recebimento de Crédito ou de Dívida Ativa - Ação Judicial
Referência
6300 Pagamento de Dívida Ativa, Cobrança Amigável Referência
(Preenchimento exclusivo pelo INSS)
6408 Conversão em Receita de Depósito Judicial casos anteriores
à Lei n° 9.703/98 CNPJ
6432 Conversão em Receita de Depósito Judicial casos anteriores
à Lei n° 9.703/98 CEI
6440 Conversão em Receita de Depósito Judicial casos anteriores
à Lei No 9.703 -98 DEBCAD
6459 Conversão em Receita de Depósito Judicial casos anteriores
à Lei No 9.703 -98 NB
6467 Conversão em Receita de Depósito Judicial casos anteriores
à Lei No 9.703 -98 NIT/PIS/PASEP
8001 Financiamento Imobiliário Referência (Preenchimento
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exclusivo pelo INSS)


8109 Aluguéis Referência (Preenchimento exclusivo pelo INSS)
8133 Condomínio a Título de Reembolso Referência
(Preenchimento exclusivo pelo INSS)
8141 Parcelamento de Financiamento Imobiliário Referência
(Preenchimento exclusivo pelo INSS)
8150 Parcelamento de Aluguéis Referência (Preenchimento
exclusivo pelo INSS)
8168 Taxa de Ocupação - Referência (Preenchimento exclusivo
pelo INSS)
8176 Impostos e Taxas a Título de Reembolso Referência
(Preenchimento exclusivo pelo INSS)
8206 Alienação de Bens Imóveis Referência (Preenchimento
exclusivo pelo INSS)
8257 Alienação de Bens Móveis Referência (Preenchimento
exclusivo pelo INSS)
9008 Devolução de Benefício NB (Preenchimento exclusivo pelo
INSS)

Imposto de Renda Retido na Fonte - IRRF


Desconto do Imposto de renda retido na fonte (IRRF) do colaborador

Para início do cálculo do IRRF devemos primeiramente formar a base de cálculo,


onde serão somadas todas as verbas que incidem o imposto e deduzidos todos a
verbas que dever ser abatidas (faltas e etc..).

Tabela de IRRF

36
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Exemplo 1 :

Vamos utilizar o contracheque de um colaborador:

Para cálculo do Imposto de renda precisamos saber quantos dependentes o colaborador tem
para dedução no imposto.

Dep. IR : 2 dependentes

Código Descrição da verba Ref Provento Desconto


0001 Salário 30,0 2.000,00
0010 Horas-extras 50% 20,0 272,73
0011 DSR/RSR Horas-extras 54,54
0003 INSS 11,00 255,99
1º Passo : Formação da base de cálculo:
Base de cálculo = Salário + Horas-extras + DSR/RSR Horas-extras = 2.327,27
2.000,00 + 272,73 + 54,54 = 2.327,27

Base de cálculo total = R$ 2.327,27


2º Passo : Abatimento das deduções legais

Base Total 2.327,27


Deduz valor descontado de INSS -255,99
Valor referente aos Dependentes 2007 (150,69) cada -301,38
Pensão alimentícia - 0,00
Valor da Base para aplicação da alíquota 1.783,88

3º Passo : Aplicação da alíquota conforme a tabela


37
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Valor da Base para aplicação da alíquota 1.782,88


Aplicação da alíquota correspondente 7,5% X 7,5%
Resultado após aplicação da alíquota 132,74
Parcela a deduzir todas as vezes que for utilizada esta alíquota - 112,43
Valor do IRRF a ser descontado do colaborador 20,31

1º - Passo – Preenchimento do DARF


MINISTÉRIO DA FAZENDA 02 PERÍODO DE APURAÇÃO
31.01.2010
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL 03 NÚMERO DO CPF OU CGC

Documento de Arrecadação de Receitas Federais


04 CÓDIGO DA RECEITA
00.000.000/0001-00
DARF
05 NÚMERO DE REFERÊNCIA 0561
Aprovado pela IN/SRF nº 81/96

01 NOME / TELEFONE

06 DATA DE VENCIMENTO

07 VALOR DO PRINCIPAL 20/02/2010


V eja no verso
instruções para preenchimento 08 VALOR DA MULTA 20,31

09 VALOR DOS JUROS E / OU


ENCARGOS DL - 1. 025/69
ATENÇÃO
É vedado o recolhimento de tributos e contribuições 10 VALOR TOTAL
administrados pela Secretaria da Receita Federal cujo valor total
seja inferior a R$ 10,00. Ocorrendo tal situação, adicione esse 26,12
valor ao tributo/contribuição de mesmo código de períodos
11 AUTENTICAÇÃO BANCÁRIA (Somente nas 1ª e 2ª vias)

subseqüentes, até que o total seja igual ou superior a R$ 10,00.

VALE - TRANSPORTE

As empresas estão obrigadas as custar o acesso do colaborador a empresa, sendo que


o benefício deverá ser concedido em vales-transportes ou a empresa deverá fretar os
veículos para transportar os colaboradores, sendo vedado o fornecimento em dinheiro.
O benefício do vale-transporte é para acesso do colaborador ao trabalho, sendo que em
caso de faltas, atestados médicos e outros em que o colaboradores receber o vale-transporte
para uso naqueles dias, a empresa poderá proceder o referido desconto, caso o colaborador
não devolva os vales-transportes recebidos indevidamente.
As empresas poderão descontar dos seus colaboradores até 6% (seis por cento) sobre
o salário do colaborador a título de vale-transporte, sendo o restante custo da empresa.
Então, o desconto do vale-transporte é de 6% (seis por cento) do salário do
colaborador, limitado ao valor fornecido, veja os exemplos:

Exemplo 1 – Colaborador trabalhou o mês todo

Salário R$ 466,00
Vale-transporte no mês = 52 vales de R$ 3,00 = R$ 168,00
Desconto = Salário (466,00) x 6% = R$ 27,96
Comparação = Desconto de 6% (27,96) maior do que valor fornecido (168,00) ?
Não , então desconto será de R$ 27,96

Exemplo 2 – Colaborador estava de férias

Salário R$ 466,66
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Vale-transporte no mês = 6 vales de R$ 3,00 = R$ 18,00


Desconto = Salário (466,00) x 6% = R$ 27,96
Comparação = Desconto de 6% (27,96) maior do que valor fornecido (18,00) ?
Sim , então desconto será de R$ 18,00

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FÉRIAS

FÉRIAS (ARTS. 129 E 145)

Período aquisitivo

Todo empregado adquire o direito às férias após 12 meses de contrato de trabalho -


período aquisitivo, nas seguintes proporções:

Dias de Descanso N.º de Faltas


Injustificadas
30 Até 5 faltas
24 De 6 a l4 faltas
18 De l5 a 23 faltas
12 De 24 a 32 faltas
0 Mais de 32 faltas
40
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Conforme dispõe o art. 133 da CLT, não terá direito às férias o empregado que, no
curso do período aquisitivo:

• Pedir demissão e não for readmitido dentro de 60 dias subseqüentes à sua saída;
• Permanecer em licença remunerada por mais de 30 dias;
• Deixar de trabalhar por mais de 30 dias, com percepção de salários, em decorrência de
paralisação total ou parcial dos serviços da empresa;
• Perceber prestações da Previdência Social por auxílio - doença ou acidente de trabalho,
por mais de 6 meses, dentro do período aquisitivo, ainda que descontínuos.
• A interrupção da prestação de serviços deverá ser anotada na CTPS do empregado, e
em todos os casos mencionados acima, iniciará um novo período aquisitivo, a partir do
retomo do empregado ao serviço.

Pagamento

» CLT
Art.145 - O pagamento da remuneração das férias e, se for o caso, o do abono referido no art.
143, serão efetuados até 2 (dois) dias antes do início do respectivo período. * (Redação pelo
Decreto-lei 1.535/77 - D.O.U. 13.04.77).

Período concessivo

As férias deverão ser concedidas dentro dos 12 meses subseqüentes à aquisição do


direito, sendo que é o empregador quem determinará o período de gozo em época que
melhor consulte seus interesses.
O período de gozo deverá iniciar e terminar dentro de 12 meses, pois se ultrapassar
este período, o empregador pagará a remuneração em dobro.
Regra geral, o gozo de férias deve ser em um só período, tendo em vista sua própria
finalidade, ou seja, a recuperação das energias distendidas durante o período de trabalho.
O período de férias poderá excepcionalmente ser fracionado em dois períodos, um dos
quais não poderá ser inferior a 10 dias. Tratando-se de procedimento excepcional, fica
evidente a obrigação de a empresa justificar o fracionamento em dois poderá ocorrer a
pedido do trabalhador ou por necessidade da empresa.

Aviso de férias

A concessão de férias deverá ser participada por escrito ao empregado, com


antecedência mínima de 30 dias.

Abono de pecuniário

O empregado tem direito a converter 1/3 de suas férias em abono pecuniário, o qual
deverá ser requerido por escrito, até quinze dias antes do término do período aquisitivo. Após
esse prazo, a concessão do abono ficará a critério do empregador.

Estudante

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O empregado menor estudante (16 a 24 anos) tem direito de fazer coincidir suas férias
com as férias escolares. Nesta situação, inclui-se o menor aprendiz que deverá Ter seu
período de gozo coincidente com as férias do SENAC ou do SENAI.

a) Menores de 18 e maiores de 50 anos

Esses empregados deverão gozar suas férias em um único período, sendo vedado o
fracionamento, inclusive no caso de férias coletivas.

b) Membros de uma mesma família

Os membros de uma mesma família, quando prestarem serviço ao mesmo


empregador, poderão solicitar que suas férias sejam concedidas em um mesmo período,
sendo que esta possibilidade depende da vontade do empregador, que poderá recusar o
pedido se a ausência destes empregados resultar em prejuízos para os serviços.

c) Terço constitucional
A remuneração das férias, com base no salário vigente à época do efetivo gozo, tem
acréscimo de 1/3 (um terço) sobre o valor das mesmas, conforme previsto no art. 70, XVII,
DA Constituição Federal de 1988, devendo o pagamento de ambos (férias e um terço) ser
efetuados até 2 dias antes do início do gozo.

Cálculo

Quando o colaborador completa seu período aquisitivo (período em que trabalha para
adquirir o direito às férias) a empresa tem 12 meses para conceder o gozo de férias, período
concessivo.

Admissão: 02/01/2006
Férias: 02/01/2007
Salário: R$ 500,00

Remuneração base de cálculo

Da mesma forma que acontece com a Décimo terceira, no cálculo das férias também
devem ser consideradas a média das verbas salariais recebidas no período aquisitivo a que
se refere as férias.

Período aquisitivo – verbas pagas

Férias - média período aquisitivo

Periodo aquisitivo 02/01/2006 a 01/01/2007


Meses Hora-extra DSR Hora- Gratificação Adc.
50% extra noturno
Tipo Horas Valor Valor Horas
Jan/06 15, 129, 250, 85,0
00 00 00 0
Fev/06 18, 44, 100, 35,0
00 00 00 0
mar/06 15, 15, 180, 8,0
00 00 00 0

42
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Abr/06 12, 65, 100, 8,0


00 00 00 0
mai/06 13, 33, 100, 12,0
00 00 00 0
Jun/06 13, 35, 199, 35,0
00 00 00 0
Jul/06 13, 34, 100, 16,0
00 00 00 0
ago/06 18, 155, 202, 12,0
00 00 00 0
Set/06 23, 57, 111, 13,0
00 00 00 0
Out/06 22, 54, 115, 14,0
00 00 00 0
nov/06 12, 37, 100, 12,0
00 00 00 0
Dez/06 11, 35, 100, 12,0
00 00 00 0

Total 185, 693, 1.657, 262,0


00 00 00 0
Dividir por 12 12, 12, 12, 12,0
00 00 00 0

Média 15, 57, 138, 21,8


42 75 08 3

Médias encontradas:

Horas-extras 50% = 15,42 h


DSR Horas-extras = R$ 57,75
Gratificação = R$ 138,08
Adc noturno 20% = 21,83 h

Temos 2 ( duas ) verbas que já estão em valor


DSR Horas-extras = R$ 57,75
Gratificação = R$ 138,08

Devemos converter as que estão em horas em valor:

Horas-extras 50 % = Salário(500)/ jornada(220) x Hora-extra (1,5) x Quant. Horas (15,42) =


52,57
Adc. Noturno 20% = Salário(500)/ jornada(220) x Adc.Not (0.2) x Quant. Horas (21,83) =
9,92

Agora já temos todas as médias em valor, vamos calcular o valor que será integrado ao
salário para cálculo das Férias.
Médias = (57,75+138,08+52,57+9,92)) = 258,32
Então o valor a ser integrado ao salário será de R$ 258,32
Remuneração base de cálculo = 500,00+259,45 = 758,32
Férias = 758,32
1/3 de ferias = 758,32/3 = 252,77

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DÉCIMO TERCEIRO
SALÁRIO

DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO


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É devido a todo empregado urbano, rural ou doméstico e aos trabalhadores, o


pagamento do 13º salário, independentemente de sua remuneração ( art. 1º e § 1º da Lei
4.090/62, art. 30 da Lei 5.480/68 e art. 70 da CF/88).
A gratificação de natal - 13º salário corresponde a 1/12 da remuneração integral
devida em dezembro ao empregado por mês de serviço, também entendido como tal, a
fração igual ou superior a 15 dias. As faltas legais ou justificadas não infligem 110 direito ao
13º salário (§ 20 do art. 1º da Lei 4.090/62 e art. 70 da CF/88).
Quanto às faltas injustificadas deve-se analisar cada mês, individualmente, para se
verificar se o empregado trabalhou ou não, pelo menos 15 dias.

Prazo para Pagamento

0 13º salário é pago em duas parcelas: a primeira entre os meses de fevereiro e


novembro de cada ano e, a segunda parte até 20 de dezembro artes. 1º e 3º - Dec.
57.155/65).
A primeira parcela poderá ser paga por ocasião das férias do empregado, desde que
este tenha requerido ao empregador, por escrito, no mês de janeiro do ano a que se referir a
gratificação.

Cálculo da Primeira Parcela - Remuneração Variável

O pagamento relativo a primeira parcela é equivalente à metade do salário mensal do


mês anterior para os empregados mensalistas , horistas (para os quais se considera
220horas) e diaristas. (art. 30 Dec. 57.155/65 e art. 70, ~ CF/88).
Para os que percebem salário variável (comissionista, tarefeiros, etc.), deve ser paga a
metade da média mensal apurada até o mês de outubro (§ 1º, do art. 30, Dec. 57.155/65).
Se o salário do comissionista for misto (fixo + comissão), na 1ª parcela também se
computa a metade da parte fixa (art. 20, Dec. 57.155/65).

Cálculo da Segunda Parcela - Remuneração Variável

A segunda parcela do 13º salário deve ser paga até o dia 20 de dezembro. O valor a
ser pago corresponde a: para os mensalistas, horistas e diaristas: um salário mensal, valor
de dezembro;para os que recebem salário variável (comissionista, tarefeiro, etc.): média
mensal dos valores recebidos no período de janeiro a novembro;para os que percebem, além
da parte fixa: sorna-se a parte em vigor no mês de dezembro com a média da parte variável
no período de janeiro a novembro (art.1ºe2º,Dec. 57.155/65).

Após a apuração do 13º salário integral, deduz-se o valor pago por ocasião da 1ª
parcela (§ 3º do art. 3º, Dec. 57.155/65).

Empregados Admitidos no Curso do Ano

Para os admitidos no curso do ano, atribui-se 1/12 por mês de serviço ou fração igual
ou superior a 15 dias, desde a admissão até 31/12. Tratando-se de salário variável, apura-se
a média entre o mês de admissão até o mês de novembro, somando-se à parte fixa (§ Único
do art. 1º do Decreto 57.155/65).

Salários Variáveis - Ajuste da Diferença no Pagamento do 13º Salário -


Cálculos.

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No cálculo do 13º salário integral, a ser pago em 20 de dezembro, foram considerados,


nos casos de salário variável, para apuração média salarial, os valores recebidos até o mês
de novembro. Tal procedimento é adotado pelo fato de, nessa ocasião, ser ainda impossível
saber o valor devido a esse título (comissão) no mês de dezembro.
Até o dia 10 de janeiro do ano seguinte, deve-se efetuar o ajuste da diferença que
eventualmente tenha ocorrido no cálculo do 13º salário (§ Único, art. 20, Dec. 57.155/65).
Para tanto, recalcula-se a média salarial, computando-se, agora, o valor percebido no
mês de dezembro. Se a diferença encontrada for favorável ao emprego, deverá ser paga até
aquela data. Caso contrário, o valor será descontado.

13º Salário - Reembolso Proporcional Correspondente ao Período de


Licença - Maternidade

O reembolso da gratificação natalina (13º salário) proporcional ao período


correspondente ao salário-maternidade, é efetuado pela empresa por ocasião do
recolhimento da contribuição incidente sobre o pagamento da última parcela do 13º salário
ou das verbas rescisórias. (OS INSS/DARF n.º 59, de 17/12/92).
Para apuração do montante a ser deduzido na Guia de Recolhimento da Previdência
Social - GRPS, é considerado o período em que a empregada esteve em gozo da licença-
gestante, contado dia-a-dia, dentro do exercício.
Para calcular o valor a deduzir no campo 21 da GRPS (Período da licença) proceder da
seguinte forma:

• Dividir o valor do 13º salário por 30;


• Dividir o resultado encontrado pelo número de meses considerados no cálculo
do 13º salário;
• Multiplicar o resultado dessa operação pelo número de dias de gozo da licença-
maternidade no ano respectivo.

Cálculo das médias

Todas as verbas salariais recebidos pelo colaborador no período de apuração do 13°


salário, conforme abaixo:

Período de apuração

01-01 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ 31-12
-------------|--------|--------|-------|-------|--------|-------|--------|-------|--------|---------|-------

O que são verbas salariais?

São todas as verbas pagas ao colaborador em recompensa pelo seu trabalho, são elas:

• Salário , horas-extas, adicional noturno, periculosidade, insalubridade, comissões ,


horas de sobreaviso, gratificações e etc..

Então vejamos o exemplo abaixo:

Um colaborador recebeu as verbas abaixo durante o período de apuração do 13° salário.


Salário : R$ 500 Jornada : 220 h

46
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Meses Hora-extra DSR Hora- Gratificação Adc. Noturno


50% extra 20%
Forma Horas Valor Valor Horas
Jan 12, 120,0 100, 44,
00 0 00 00
Fev 8, 21,0 100, 23,
00 0 00 00
Mar 5, 33,0 100, 14,
00 0 00 00
Abr 25, 65,0 100, 12,
00 0 00 00
Mai 12, 33,0 100, 34,
50 0 00 00
Jun 13, 35,0 100, 12,
00 0 00 00
Jul 13, 34,0 100, 11,
00 0 00 00
Ago 18, 155,0 100, 12,
00 0 00 00
Set 23, 57,0 100, 13,
00 0 00 00
Out 22, 54,0 100, 14,
00 0 00 00
Nov 12, 37,0 100, 12,
00 0 00 00
Dez 11, 35,0 100, 12,
00 0 00 00

Total 174,5 679,0 1.200, 213,


0 0 00 00
Dividir por 12, 12,0 12, 12,
12 00 0 00 00
Média 14, 56, 100, 17,
54 58 00 75

Observações :

1- O total da verba deverá ser dividido pelo número de meses trabalhados no período
pelo colaborador.
2- A verbas pagas em referência, ou seja em quantidade , tais como horas extras e
adicionais noturnos, tem sua apuração feita em quantidade, sendo em seguida
convertida em valor, usando como base de cálculo o salário do mês do pagamento do
13°.

Médias encontradas :

Horas-extras 50% = 14,54


DSR Horas-extras = R$ 56,58
Gratificação = R$ 100,00
Adc noturno 20% = 17,75 h

Temos 2 ( duas ) verbas que já estão em valor

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Cláudio Saldanha

DSR Horas-extras = R$ 56,58


Gratificação = R$ 100,00

Devemos converter as que estão em horas em valor:

Horas-extras 50 % = Salário(500)/ jornada(220) x Hora-extra (1,5) x Quant. Horas (14,54) =


49,57
Adc. Noturno 20% = Salário(500)/ jornada(220) x Adc.Not (0.2) x Quant. Horas (17,75) =
8,07

Agora já temos todas as médias em valor, vamos calcular o valor que será integrado ao
salário para cálculo do 13° salário:

Médias = (56,58 + 100+ 49,57+ 8,08) / 12 (meses do período) x 12 (meses trabalhados) =


214,23

Então o valor a ser integrado ao salário será de R$ 214,23


Valor a ser pago de 13° salário = R$ 500,00 (salário) + 214,23 (média)
Vamos ver com ficará o contracheque :

Verba Ref Provento Desconto


Décimo terceiro 12,12 714,23

54,
Inss 7,65 64

FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO DE SERVIÇO -FGTS

Desde 05/10/83, com a promulgação da Constituição Federal, o direito ao regime do


FGTS é assegurado aos trabalhadores urbanos e rurais (inclusive os temporários e avulsos),
independentemente da opção As domésticas estão excluídas deste sistema, podendo vir a
participar deste beneficio, na forma da lei vier a dispor.
As empresas sujeitas ao regime da legislação trabalhista poderão equiparar seus
diretores não empregados aos demais trabalhadores sujeitos ao regime do FGTS. Para tais
efeitos, considera-se diretor aquele que exerça cargo de administração previsto em lei,
estatuto ou contrato social, independente de cargo.

Prazo para Recolhimento

O fundo de garantia de todos os empregados, inclusive de entidades filantrópicas,


devem ser depositado em conta bancária vinculada, até o dia 7 de cada mês.
O valor do FGTS corresponde a 8% da remuneração paga ou devida no mês anterior ao
empregado, incluídos na remuneração as parcelas dos artigos 457 e 458 da CLT, além da
gratificação natalina.

Cálculo do FGTS

O FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, refere-se ao depósito mensal


efetuado obrigatoriamente pela empresa nas contas vinculadas dos seus colaboradores.

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Cláudio Saldanha

O percentual recolhido é de 8% (oito por cento), calculo sobre a base cálculo, como
veremos a seguir.

Código Descrição da verba Ref Provento Desconto

0001 Salário 30,0 1.000,00


0010 Horas-extras 50% 20,0 136,36
0011 DSR/RSR Horas-extras 22,73
0005 Faltas 5,00 166,67
0003 INSS 9,00 104,32

1º - Passo – formar a base de cálculo

Base de cálculo = soma de todas as verbas que incidem o FGTS

Base de cálculo = salário + horas-extras+ DSR/RSR Horas-extras – faltas = 1.159,09

Base de cálculo = 1.000,00 + 136,36 + 22,73 – 166,67 = 1.159,09

1 º Passo – calcular o valor a ser pago

Base de cálculo x 8% = 1.159,09 x 0,08 = 92,73

O valor da base de cálculo e do valor a ser depositado deverá ser informado mensalmente
nos contracheques dos colaboradores.

3 º Passo – Gerar arquivo para importação no SEFIP

O valor do FGTS é pago para a Caixa Econômica Federal e a guia de pagamento é


gerada pelo sistema SEFIP da Caixa, onde são enviadas também as informações dos
colaboradores para que seja efetuado o depósito.

4º - Passo – Importar arquivo no sistema Sefip

Após a geração do arquivo Sefip.re no sistema de folha Dexion é feita a importação deste
arquivo para o sistema Sefip, para posterior geração das guias para pagamento e envio das
informações para a Caixa Econômica Federal e Previdência Social.

5º - Envio do arquivo pelo Conectividade e emissão das guias GRF.

Após a importação e validação das informações o sistema indicará o envio do arquivo


pelo conectividade social

Rescisão Contratual Simulada


Constitui fraude à Lei, simulação de rescisão contratual cujo objetivo é o
levantamento do FGTS, conforme dispõe a Portaria n.º 384, de 19/06/92, do Mm, de Estado
do Trabalho e da Administração.
A constatação de casos simulados de rescisão do contrato de trabalho sem justa
causa, seguida de recontratação dentro dos 90 dias subseqüentes à data da rescisão, ou de
permanência na empresa sem a contratação, com o único objetivo de facilitar o saque do
FGTS, é considerada conduta fraudulenta do empregador pela fiscalização, podendo acarretar
para a empresa, multa administrativa.
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Cláudio Saldanha

- Alterações Introduzidas Pela Lei N.º.491/97 - Regulamentada Pelo Decreto N.º.430/97.

Rescisão Contratual - FGTS Depósito Conta Vinculada do Trabalhador

A Caixa Econômica Federal, na qualidade de agente operador do FGTS, introduz


formulário e estabelece os procedimentos ostinentes ao recolhimento da multa rescisória e
dos depósitos de FGTS do mês de rescisão e, quando for o caso, do mês imediatamente
anterior, na conta vinculada do trabalhador, consoante o disposto no art. 31 da Lei N.º
9.491/97, regulamentada pelo Decreto n.º 2.430/97.
Depósito rescisório no 1º dia útil subseqüente ao do Recolhimento.
Nos termos da nova redação dada ao art. 90 do regulamento consolidado do FGTS,
pelo Decreto n.º 2.430/97, ocorrendo a dispensa sem justa causa, inclusive a indireta, por
culpa recíproca, por força maior ou extinção normal do contrato a termo, inclusive a do
trabalho temporário, o empregador fica obrigado a efetuar no 1º dia útil subsequente à data
do efeito desligamento do trabalhador os seguintes depósitos rescisórios:

• Valores relativos aos depósitos referentes ao mês da rescisão e ao mês


imediatamente anterior, que ainda não houver sido recolhido;
• Nos casos de dispensa sem justa causa, inclusive a indireta, importância igual a
40% sobre o montante de todos os depósitos devidos na conta vinculada do FGTS,
durante a vigência do contrato de trabalho, atualizados monetariamente e
acrescidos dos respectivos juros;
• Nos casos de rescisão do contrato de trabalho decorrente de culpa recíproca ou de
força maior, reconhecida por sentença transitada em julgado, importância igual a
20% sobre o mesmo montante.

Não Recolhimento no Prazo - Empregador - Comunicações Legais

O descumprimento do prazo de recolhimento sujeita o empregador às comunicações


legais (atualização monetária, juros de mora e multa, incidente sobre o valor atualizado,
conforme edital publicado pela CEF.

Desligamento Efetivo a Contar de 16/02/98.

Os recolhimentos devidos aos trabalhadores cuja data do efeito desligamento tenha


ocorrido a partir de 16/02/98, inclusive, obrigatoriamente nas agências da caixa exceto nas
localidades onde esta não possuir agência, quando poderá ser recolhido em banco
conveniado.
Para a realização dos recolhimentos, o empregador utilizar se - á da guia de
recolhimento rescisório do FGTS - GRR, que poderá ser avulsa, pré-emitida ou GRR/SEI FGTS.

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51
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Cláudio Saldanha

RESCISÃO DE
CONTRATO

RESCISÃO DE CONTRATO DE TRABALHO

No desligamento de empregados, em decorrência de rescisão ou extinção do contrato


de trabalho, deverão ser obedecidos procedimentos estabelecidos na legislação trabalhista e
providenciaria, dentre as quais, o pagamento das diversas parcelas e descontos incidentes
sobre as mesmas e à movimentação da conta do FGTS.

Cálculo das Verbas Rescisórias

O instrumento obrigatório para pagamento das parcelas rescisórias é o formulário


"Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho", onde deverão ser discriminadas todas as
parcelas por espécie e procedidos os descontos respectivos, que variam de acordo com os
tipos de contratos que estão sendo rescindidos, os motivos ensejadores da rescisão, as
informações relativas ao FGTS e a respectiva autorização, as informações relativas ao FGTS e
a respectiva autorização para o saque conforme o caso.
52
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Dentre os principais aspectos nos desligamentos destacamos:

Aviso Prévio

Já mencionado anteriormente, é devido, nos contratos por prazo indeterminado, no


mínimo de trinta dias, podendo ser dilatado por força de convenção, acordo ou dissídio
coletivo.
O aviso prévio é formalizado por uma comunicação escrita que o empregado faz ao
empregado ou vice-versa, de que não deseja prosseguir com o vínculo empregatício.
Dado o aviso prévio, a rescisão do contrato de trabalho toma-se efetiva depois de
expirado o respectivo prazo, mas se a parte notificante reconsiderar o ato, antes de seu
termo, à outra parte é facultado aceitar ou não a reconsideração.
A reconsideração pode ocorrer:
• Pela manifestação expressa da parte notificante, antes do término do aviso;
• Pela manifestação tácita, quando há continuidade do trabalho além do prazo do
aviso.

Caso seja aceita a reconsideração, ou continuando a prestação de serviço depois de


expirado o prazo, o contrato continuará a vigorar, como se o aviso prévio não tinha sido dado
(CLT, art. 489).

Nota
AVISO PRÉVIO
MULTA - ARTIGO 477 DA CLT - AVISO-PRÉVIO CUMPRIDO EM
CASA. Aplica-se a multa prevista no art. 477 § 8º do texto consolidado, ao empregador que
descumpre os prazos para o pagamento das verbas rescisórias estabelecidas no § 6º do
referido dispositivo. Recurso de revista conhecido e não provido. (TST - AC. 2ª T - 8588/95
- Relator: Min. ALOÍSIO CARNEIRO - D.J. 12.04.96).

Remuneração do Aviso

Tratando-se de salário - fixo, trabalhado ou indenizado, o valor corresponderá ao


salário contratual, sendo salário variável, o valor do aviso será calculado com base na média
dos últimos 12 meses de trabalho ou média dos meses trabalhados, quando o tempo de
serviço for inferior a 12 meses.
Conforme dispõe o Enunciado n.º 94 do TST, as horas extras prestadas habitualmente
integram o aviso prévio.

Aumentos Salariais no Curso do Aviso

O reajuste salarial ocorrido no curso do aviso prévio, beneficia ao empregado pré-


avisado da despedida, mesmo que tenha recebido antecipadamente os salários
correspondentes ao período do aviso, que integra o seu tempo de serviço para todos os
efeitos legais, conforme estabelece o Enunciado do TST n.º 5.

Indenização Adicional

O empregado dispensado, sem justa causa, no período de 30 dias que antecedem a


data de sua correção salarial (data-base), faz jus a uma indenização adicional correspondente
a um salário mensal acrescido dos adicionais legais e/ou convencionais, correlacionados á
unidade de tempo mês, não sendo computável a gratificação natalina (art. 90 da Lei n.º
6.708/79 e 7.233/34 e IN 02/92).

53
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Cláudio Saldanha

Para fins de pagamento desta indenização é contado o tempo de aviso prévio, o


indenizado (enunciado TST n.º 182 e Ofícios Circulares SRT/ GAB/DF n.º 3/81 inclusive e 8/81).
Considera-se da data do desligamento:

• Aviso Prévio Trabalhado - o último dia efetivo de trabalho;


• Aviso Prévio Indenizado - da cessação jurídica do contrato de trabalho e não do
cumprimento do aviso de dispensa ou baixa na CTPS, ou seja, o último dia de
trabalho.

Modalidade de Rescisão

Dispensa Sem Justa Causa

Quando o empregador põe fim ao contrato individual de trabalho sem culpa imputada
ao empregado.

Dispensa Com Justa Causa

Quando o empregador põe fim ao contrato de trabalho, com culpa imputável ao


empregado.
A justa causa resulta de um ato ilícito do empregado que infringindo alguma obrigação legal
ou contratual, seja explícita ou implicitamente, permite ao empregador rescindir o contrato
sem ônus.
A série de atos faltosos do empregado que justificam a rescisão do contrato individual de
trabalho, pelo empregador estão previstos no art. 482 da CLT.

Nota
Art.482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo
empregador:

a) ato de improbidade;
b) incontinência de conduta ou mau procedimento;
c) negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador e
quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado,
ou prejudicial ao serviço;
d) condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido
suspensão da execução da pena;
e) desídia no desempenho das respectivas funções;
f) embriaguez habitual ou em serviço;
g) violação de segredo da empresa;
h) ato de indisciplina ou de insubordinação;
i) abandono de emprego;
j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer
pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima
defesa, própria ou de outrem;
k) ato lesivo da honra e boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador
e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;
l) prática constante de jogos de azar.

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Cláudio Saldanha

Parágrafo Único - Constitui igualmente justa causa para dispensa do empregado a


prática, devidamente comprovada em inquérito administrativo, de atos
atentatórios à segurança nacional.

Pedido de Demissão

Quando o empregado põe fim ao contrato individual do trabalho por iniciativa própria.

Morte

Pela morte do empregado ocorre a extinção automática do contrato de trabalho,


eqüivalendo, para fins de pagamento das verbas trabalhistas, a um pedido de demissão. Os
valores deverão ser pagos aos dependentes habilitados â pensão por morte perante a
Previdência Social ou, na falta destes, entre os sucessores previstos em lei civil, indicados em
alvará judicial, expedido a requerimento dos interessados.
Mediante apresentação da certidão de dependentes ou do alvará judicial a empresa
efetuará o pagamento das verbas rescisórias, ficando a cargo do banco depositário a
liberação do FGTS, o qual preencherá os campos referentes ao saque na rescisão.
A homologação será facultativa, sendo conveniente solicitar a assistência do sindicato
ou do órgão local do MTPS (Circular CEF n.º 5/90, Portaria MTB n.º 3.238/88,Tít. III, item 5)

Culpa Recíproca

É caracterizada quando ambas as partes, empregador e empregado, colaboram para a


resolução contratual e será reconhecida como fator determinante da rescisão do contrato de
trabalho quando ambos praticam simultaneamente, atos lesivos de qualquer natureza
(morais, físicos, pecuniários, etc.), sendo decididos pela Justiça do Trabalho. (CLT, art. 484,
Lei 8.036/90, art. 18, § 20 e Enunciado n.º 14 do TST).

Despedida Indireta

O não cumprimento pelo empregador das obrigações legais e contratuais acarretam o


despedimento indireto ou rescisão indireta.

Os atos praticados contra o empregado, ensejadores desta rescisão, são os seguintes:

• Exigência de serviços superiores as suas forças, defesas por lei, contrária aos bons
costumes, ou alheios ao contrato;
• Ser tratado pelo empregador ou por seus superiores com rigor excessivo;
• Correr perigo manifesto de mal considerável;
• Não cumprir o empregador as obrigações do contrato;
• O empregador ou seus prepostos ofenderem-se fisicamente, salvo em caso de legítima
defesa, própria ou de outrem;
• O empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por peça, ou tarefa, de forma a afetar
sensivelmente a importância dos salários.

Ao ocorrer, portanto, qualquer das hipóteses acima mencionadas, o empregado poderá


considerar seu contrato de trabalho rescindido, com direito a todas as verbas seu contrato de
trabalho rescindido, com direito a todas as verem as rescisórias decorrentes do
55
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Cláudio Saldanha

desempedimento sem justa causa (rescisão indireta). Havendo resistência do empregador em


efetuar a rescisão, cabe ao empregado pleiteá-la no judiciário trabalhista (art. 483, alíneas
"a" a "z"; 490 e 487 § 4º da CLT).

Aposentadoria

Constitui um direito do empregado a opção em rescindir ou não o trabalho em virtude


da concessão da aposentadoria.
Já a aposentadoria por invalidez, para os efeitos da legislação trabalhista, suspende o
contrato de trabalho do empregado, devendo tal circunstância ser objetivo de - anotação no
livro ou ficha de Registro e na CTPS, não acarretando a rescisão do contrato.
Encontrando-se o empregado apto para o exercício de suas atividades, conforme as
determinações da Previdência Social, e havendo o cancelamento da aposentadoria, ser-lhe-á
assegurado o retomo á função que exercia quando do afastamento. Fica reservada ao
empregador a faculdade de promover a rescisão do contrato quando de seu retomo à
atividade (CLT, art. 475, § l.º).

Extinção da Empresa

Quando cessar a atividade da empresa bem como de um dos estabelecimentos por


morte do empregador ou força maior, haverá a rescisão do contrato de trabalho, fazendo jus
os empregados aos direitos trabalhistas (art. 485 da CLT e Enunciado do TST).

Normas Para Homologação da Rescisão - In 02/92

O termo de rescisão do contrato de trabalho, firmado por empregado com mais de um


ano de serviço, somente será válido com a assistência do sindicato da categoria profissional
respectiva ou perante a autoridade do Ministério do Trabalho.
O ato de assistência ao empregado é gratuito e consiste em orientar e a partes sobre o
cumprimento da lei e deverá ser prestado em conformidade com procedimentos.

Competência

São autoridades competentes par assistir o empregado na rescisão do contrato de


trabalho:

• Sindicato profissional respectivo;


• A autoridade local do Ministério do Trabalho.

Na falta destes, são competentes pela ordem;

l.º - O representante do Ministério Público, ou defensor, onde houver;


2º - O juiz de paz.

Presença do Empregado e do Empregador

No ato da homologação da rescisão contratual devem estar presentes o empregado e o


empregador.
O empregador poderá ser representado por proposto formalmente credenciado
(através de carta de preposição), e o empregado, por procurador legalmente habilitado, com
poderes expressos para receber e dar quitação.

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Tratando-se de empregado menor, será obrigatório, também no ato da homologação, a


presença do pai ou da mãe, ou de seu representante legal, que comprovará essa qualidade.

Prazo para pagamento das parcelas rescisórias

O pagamento das verbas rescisórias deverão ser efetuadas nos seguintes prazos:
 até o primeiro dia útil imediato ao término do contrato, assim entendido;
 contrato de trabalho por prazo determinado;
 aviso prévio trabalhado.
 até o décimo dia contado da notificação de demissão, quando da ausência
do aviso prévio ou indenização do mesmo, nos seguintes casos:
 não houver aviso prévio (falta grave, por exemplo);
 aviso prévio indenizado;
 dispensa do cumprimento do aviso prévio.

Documentos Necessários à Homologação

• O Termo da Rescisão do Contrato de Trabalho em 4 vias, sendo as três


primeiras vias do empregado (uma para sua documentação pessoal e
duas para a movimentação do FGTS), e a 4ª via para o empregador;
• A Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS, com as anotações
devidamente atualizadas;
• O registro do empregado no livro, ficha ou sistema informatizado;
• O comprovante do aviso prévio;
• A cópia do acordo, convenção coletiva de trabalho ou sentença normativa
da Justiça do Trabalho, se houver;
• As 2 ultimas guias de recolhimento - GRE do FGTS, ou extrato bimestral
atualizado da conta vinculada;
• A comunicação de dispensa - CD, para fins de habilitação ao Seguro
Desemprego, também quando ocorrer dispensa sem justa causa.
• Atestado médico demissional.

17.1. HIPÓTESES EM QUE É VEDADA A DISPENSA DO EMPREGADO


- GESTANTE - (Art. 10, II “b” ADCT CF/88).
Estabilidade contra despedida arbitrária ou injusta desde a confirmação da
gravidez até 5 meses após o parto.
- CIPEIRO - ( Art. 10, II “a” ADCT CF/88)
Membros titulares - representantes dos empregados gozam de estabilidade
desde o registro da candidatura até um ano após o final do mandato.
- DIRIGENTE SINDICAL - (Art. 8º, VII CF/88 e art. 543 Parágrafo 3º da CLT).
Possui estabilidade desde o registro de sua candidatura até um ano após o
final do mandato, inclusive como suplente.
- ACIDENTÁRIO - ( Art. 169, Dec. 611/92)
Garantida a manutenção do contrato de trabalho pelo prazo de 12 meses,
após a cessão do auxilio-doença do acidentário.
- ACORDOS E CONVENÇÕES COLETIVAS :
Alguns sindicatos têm assegurado estabilidade no emprego em cláusulas
de acordos e convenções coletivas, as quais devem ser obedecidas.
- PERÍODOS DE INTERRUPÇÃO OU SUSPENSÃO CONTRATUAL (Art. 471 a476, CLT).

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Nas situações em que há paralisação total do contrato de trabalho


(suspensão) e paralisação parcial (interrupção) há a estabilidade provisória no emprego.

Aviso prévio
É devido, nos contratos por prazo indeterminado, no mínimo de trinta dias, podendo
ser dilatado por força de convenção, acordo ou dissídio coletivo.
O aviso prévio é formalizado por uma comunicação escrita que o empregado faz ao
empregado ou vice-versa, de que não deseja prosseguir com o vínculo empregatício.
Dado o aviso prévio, a rescisão do contrato de trabalho toma-se efetiva depois de
expirado o respectivo prazo, mas se a parte notificante reconsiderar o ato, antes de seu
termo, à outra parte é facultado aceitar ou não a reconsideração.
A reconsideração pode ocorrer:

• Pela manifestação expressa da parte notificante, antes do término do aviso;


• Pela manifestação tácita, quando há continuidade do trabalho além do prazo do
aviso.

Caso seja aceita a reconsideração, ou continuando a prestação de serviço depois de


expirado o prazo, o contrato continuará a vigorar, como se o aviso prévio não tinha sido dado
(CLT, art. 489).

Remuneração do Aviso

Tratando-se de salário-fixo e o aviso sendo trabalhado ou indenizado, o valor


corresponderá ao salário contratual, sendo salário variável, o valor do aviso será calculado
com base na média dos últimos 12 meses de trabalho ou média dos meses trabalhados,
quando o tempo de serviço for inferior a 12 meses.
Conforme dispõe o Enunciado n.º 94 do TST, as horas extras prestadas habitualmente
integram o aviso prévio.

Exemplo : remuneração variável

Aviso prévio - últimos 12 meses

Demissão 20/05/2007
Meses Hora- DSR Hora- Gratificação Adc.
extra extra noturno
50%

Tipo Horas Valor Valor Horas


mai/06 15,0 135, 250, 85,0
0 00 00 0
jun/06 8,0 33, 100, 35,0
0 00 00 0
jul/06 15,0 15, 180, 14,0
0 00 00 0
ago/06 12,0 65, 100, 12,0
0 00 00 0
set/06 13,0 33, 100, 12,0
0 00 00 0
out/06 13,0 35, 120, 25,0
58
Rotinas do Departamento de Pessoal
Cláudio Saldanha

0 00 00 0
nov/06 13,0 34, 100, 16,0
0 00 00 0
dez/06 18,0 155, 100, 12,0
0 00 00 0
jan/07 23,0 57, 111, 13,0
0 00 00 0
fev/07 22,0 54, 115, 14,0
0 00 00 0
mar/07 12,0 37, 100, 12,0
0 00 00 0
abr/07 11,0 35, 100, 12,0
0 00 00 0

Total 175,0 688, 1.476, 262,0


0 00 00 0
Dividir por 12 12,0 12, 12, 12,0
0 00 00 0
Média 14,5 57, 123, 21,8
8 33 00 3

Observações :

1. O total da verba deverá ser dividido pelo número de meses trabalhados no período
pelo colaborador.
2. A verbas pagas em referência, ou seja em quantidade , tais como horas extras e
adicionais noturnos, tem sua apuração feita em quantidade, sendo em seguida
convertida em valor, usando como base de cálculo o salário do mês do pagamento do
13°.

Médias encontradas:
Horas-extras 50% = 14,58 h
DSR Horas-extras = R$ 57,33
Gratificação = R$ 123,00
Adc noturno 20% = 21,83 h

Temos 2 ( duas ) verbas que já estão em valor

DSR Horas-extras = R$ 57,33


Gratificação = R$ 123,00

Devemos converter as que estão em horas em valor:

Horas-extras 50 % = Salário(500)/ jornada(220) x Hora-extra (1,5) x Quant. Horas (14,58) =


49,70
Adc. Noturno 20% = Salário(500)/ jornada(220) x Adc.Not (0.2) x Quant. Horas (21,83) =
9,92

Agora já temos todas as médias em valor, vamos calcular o valor que será integrado ao
salário para cálculo do Aviso prévio.

Médias = (57,33+123,00+49,70+9,92) = 239,95

Então o valor a ser integrado ao salário será de R$ 214,23


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Valor a ser pago de aviso prévio salário = R$ 500,00 (salário) + 239,95 (média)

Aviso prévio = R$ 739,95

Aumentos Salariais no Curso do Aviso

O reajuste salarial ocorrido no curso do aviso prévio, beneficia ao empregado pré-


avisado da despedida, mesmo que tenha recebido antecipadamente os salários
correspondentes ao período do aviso, que integra o seu tempo de serviço para todos os
efeitos legais, conforme estabelece o Enunciado do TST n.º 5.

Décimo terceiro salário

No caso de rescisão contratual, a empresa deverá quitar o valor devido referente ao


décimo terceiro, devendo ser contado os meses trabalhados no ano da demissão até a data
da dispensa.

Proporcional

Devido a incidência do INSS apenas no Décimo terceiro proporcional, o décimo terceiro


pago na rescisão é dividi em duas partes proporcional e indenizado, sendo que o proporcional
refere-se ao período realmente trabalhado.
Para adquirir direito ao décimo terceiro referente ao mês, o colaborador terá que
trabalhar pelo menos 15(quinze) dias no mês, essa verificação deverá ser feita mês a mês.

Exemplo1

Admissão : 02/01/2007
Demissão : 20/05/2007
Dispensa sem justa causa
Aviso prévio trabalhado
Salário : R$ 500,00
Média (exemplo anterior) : R$ 214,23
Base de calculo = R$ 714,23

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
1/12 1/12 1/12 1/12 1/12 1/12 1/12 1/12 1/12 1/12 1/12 1/12
Ok Ok Ok Ok Ok

No nosso exemplo, o colaborador terá direito a 5(cinco) meses de 13º proporcional.

Décimo terceiro - últimos 12 meses

Demissão 20/05/2007
Meses Hora-extra DSR Hora- Gratificação Adc. noturno
50% extra
Tipo Horas Valor Valor Horas
jan/07 45, 135, 187, 35,
00 00 00 00
60
Rotinas do Departamento de Pessoal
Cláudio Saldanha

fev/07 13, 33, 100, 42,


00 00 00 00
mar/07 25, 15, 180, 12,
00 00 00 00
abr/07 45, 65, 100, 12,
00 00 00 00
mai/07
jun/07
jul/07
ago/07
set/07
out/07
nov/07
dez/07

Total 128, 248, 567, 101,


00 00 00 00
Dividir por 5, 5, 5, 5,
meses 00 00 00 00
trabalhados
Média 25, 49, 113, 20,
60 60 40 20

Médias encontradas :

Horas-extras 50% = 25,60 h


DSR Horas-extras = R$ 49,60
Gratificação = R$ 113,40
Adc noturno 20% = 20,20 h

Temos 2 ( duas ) verbas que já estão em valor

DSR Horas-extras = R$ 49,60


Gratificação = R$ 113,40

Devemos converter as que estão em horas em valor:

Horas-extras 50 % = Salário(500)/ jornada(220) x Hora-extra (1,5) x Quant. Horas (25,60) =


87,27
Adc. Noturno 20% = Salário(500)/ jornada(220) x Adc.Not (0.2) x Quant. Horas (20,20) =
9,18

Agora já temos todas as médias em valor, vamos calcular o valor que será integrado ao
salário para cálculo do 13° salário proporcional:

Médias = (49,60+113,40+87,27+9,18) = 259,45

Então o valor a ser integrado ao salário será de R$ 259,45


Remuneração base de cálculo = 500,00+259,45 = 759,45
13º proporcional 05/12 avos = 759,45 / 12 X 5 = 316,43
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Cláudio Saldanha

O cálculo deverá ser realizado baseado na remuneração encontrada após o


cálculo da média.

Base de cálculo = R$ 714,23


Número de meses do ano = 12
Meses que o colaborador têm direito = 5
Décimo terceiro 05/12 anos = R$ 714,23 / 12 X 5 = R$ 297,59

Indenizado

O Décimo terceiro indenizado só ocorre quando o aviso prévio é indenizado, refere-se a


projeção do aviso, ou seja , o colaborador não trabalhou durante o aviso, a empresa preferiu
indenizar o período correspondente, porém, o mesmo tem direito a receber todas a verbas
com se tivesse trabalho o aviso, ele receberá décimo terceiro e férias referente a este
período.

Exemplo :

Admissão : 02/01/2007
Demissão : 20/05/2007
Dispensa sem justa causa
Aviso prévio indenizado
Salário : R$ 500,00
Média (exemplo anterior) : R$ 297,59

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
1/12 1/12 1/12 1/12 1/12 1/12 1/12 1/12 1/12 1/12 1/12 1/12
ok ok Ok ok ok ok

Proporcional

Indenizado

Podemos observar que o colaborador trabalhou até o dia 20/05/2007, porém se ele
tivesse cumprido aviso trabalharia até dia 19/06/2007, sendo além de receber os 5(cinco)
meses proporcionas, receberá mais 1(um) mês indenizado, por motivo do aviso prévio
indenizado.

Exemplo:

Base de cálculo = R$ 297,59


Número de meses do ano = 12
Meses que o colaborador tem direito = 1
Décimo terceiro indenizado 01/12 anos = R$ 714,23 / 12 X 1 = R$ 24,80

Férias pagas na rescisão

Férias indenizadas

Quando o colaborador completa seu período aquisitivo (período em que trabalha para
adquirir o direito às férias) a empresa tem 12 meses para conceder o gozo de férias, período
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concessivo, porém se durante o período concessivo o colaborador for dispensado, as férias


que o mesmo adquiriu o direito a usufruir deverão ser indenizadas na rescisão, juntamente
com o terço constitucional.

Admissão : 02/01/2006
Demissão : 20/05/2007
Dispensa sem justa causa
Aviso prévio indenizado
Férias : 02/01/2007 não usufruídas
Salário : R$ 500,00

Remuneração base de cálculo

Da mesma forma que acontece com a Décimo terceira, no cálculo das férias também
devem ser consideradas a média das verbas salariais recebidas no período aquisitivo a que
se refere as férias.

Período aquisitivo – verbas pagas

Férias indenizadas - média período aquisitivo

Periodo aquisitivo 02/01/2006 a 01/01/2007


Meses Hora-extra DSR Hora- Gratificação Adc.
50% extra noturno

Tipo Horas Valor Valor Horas


jan/06 15, 129, 250, 85,0
00 00 00 0
fev/06 18, 44, 100, 35,0
00 00 00 0
mar/06 15, 15, 180, 8,0
00 00 00 0
abr/06 12, 65, 100, 8,0
00 00 00 0
mai/06 13, 33, 100, 12,0
00 00 00 0
jun/06 13, 35, 199, 35,0
00 00 00 0
jul/06 13, 34, 100, 16,0
00 00 00 0
ago/06 18, 155, 202, 12,0
00 00 00 0
set/06 23, 57, 111, 13,0
00 00 00 0
out/06 22, 54, 115, 14,0
00 00 00 0
nov/06 12, 37, 100, 12,0
00 00 00 0
dez/06 11, 35, 100, 12,0
00 00 00 0

Total 185, 693, 1.657, 262,0

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Cláudio Saldanha

00 00 00 0
Dividir por 12 12, 12, 12, 12,0
00 00 00 0

Média 15, 57, 138, 21,8


42 75 08 3

Médias encontradas:

Horas-extras 50% = 15,42 h


DSR Horas-extras = R$ 57,75
Gratificação = R$ 138,08
Adc noturno 20% = 21,83 h

Temos 2 ( duas ) verbas que já estão em valor

DSR Horas-extras = R$ 57,75


Gratificação = R$ 138,08

Devemos converter as que estão em horas em valor:

Horas-extras 50 % = Salário(500)/ jornada(220) x Hora-extra (1,5) x Quant. Horas (15,42) =


52,57
Adc. Noturno 20% = Salário(500)/ jornada(220) x Adc.Not (0.2) x Quant. Horas (21,83) =
9,92

Agora já temos todas as médias em valor, vamos calcular o valor que será integrado ao
salário para cálculo das Férias indenizadas.

Médias = (57,75+138,08+52,57+9,92)) = 258,32


Então o valor a ser integrado ao salário será de R$ 258,32
Remuneração base de cálculo = 500,00+259,45 = 758,32
Férias indenizadas = 758,32
1/3 de ferias = 758,32/3 = 252,77

Férias proporcionais

Quando o colaborador não completa seu período aquisitivo (período em que trabalha
para adquirir o direito às férias) , sendo dispensado antes de adquirir o direito ao gozo de
férias, devemos pagar férias proporcionalmente ao período trabalhado dentro do período
aquisitivo, formando a base de cálculo da mesma forma que fizemos nas férias indenizados,
diferenciando-se apenas pelo período apurado.

Admissão : 02/01/2006
Demissão : 20/05/2007
Dispensa sem justa causa
Aviso prévio indenizado
Férias : 02/01/2007 não usufruídas
Salário : R$ 500,00

Remuneração base de cálculo

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Da mesma forma que acontece com a Décimo terceira, no cálculo das férias também
devem ser consideradas a média das verbas salariais recebidas no período aquisitivo a que
se refere as férias.

Período aquisitivo proporcional – verbas pagas

Férias proporcionais - média período aquisitivo

Período aquisitivo 02/01/2007 a 20/05/2007


Meses Hora-extra DSR Hora- Gratificação Adc.
50% extra noturno

Tipo Horas Valor Valor Horas


jan/07 18, 150,0 250,0 58,0
00 0 0 0
fev/07 22, 65,0 100,0 90,0
00 0 0 0
mar/07 30, 44,0 180,0 55,0
00 0 0 0
abr/07 15, 22,0 100,0 12,0
00 0 0 0
mai/07 16, 26,0 150,0 10,0
00 0 0 0

Total 101, 307,0 780,0 225,0


00 0 0 0
Dividir por 5, 5, 5, 5,
12 00 00 00 00

Média 20, 61, 156, 45,


20 40 00 00

Médias encontradas:

Horas-extras 50% = 20,20 h


DSR Horas-extras = R$ 61,40
Gratificação = R$ 156,00
Adc noturno 20% = 45,00 h

Temos 2 ( duas ) verbas que já estão em valor

DSR Horas-extras = R$ 61,40


Gratificação = R$ 156,00

Devemos converter as que estão em horas em valor:

Horas-extras 50 % = Salário (500)/ jornada(220) x Hora-extra (1,5) x Quant. Horas (20,20) =


68,86

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Adc. Noturno 20% = Salário (500)/ jornada(220) x Adc.Not (0.2) x Quant. Horas (45) =
20,45

Agora já temos todas as médias em valor, vamos calcular o valor que será integrado ao
salário para cálculo das Férias indenizadas.

Médias = (61,40+156,00+68,86+20,45) = 306,71


Então o valor a ser integrado ao salário será de R$ 306,71
Remuneração base de cálculo = 500,00+306,71 = 806,71
Férias proporcionais 06/12 = 806,71/12 x 6 = 403,36 ( multiplicamos por 6 em razão da
projeção do aviso prévio)
1/3 de ferias = 403,36 / 3 = 135,45

O 1/3 de deverá ser calculado sobre todas as férias pagas, então no caso de rescisão
de contrato devemos somar todos os valores de férias e dividir por 3, onde encontraremos o
valor total do 1/3 de férias, que também é conhecido como terço constitucional.

Saldo de salário

Refere-se ao pagamento dos dias trabalhados no mês da rescisão e devem ser


calculados sobre o salário base , sem adicionar qualquer tipo de média.

Exemplo:

Admissão: 02/01/2006
Demissão: 20/05/2007
Dispensa sem justa causa
Aviso prévio indenizado
Férias: 02/01/2007 não usufruídas
Salário: R$ 500,00

No exemplo acima o colaborador trabalhou até 20/05/2007, então são 20(vinte) dias de
saldo de salário.

Saldo de salário = salário (500) / 30 (dias totais do mês comercial) x 20 (dias devidos ) =
333,33

INSS rescisão

O calculo do INSS na rescisão segue a mesma regra do cálculo da folha, apenas


devemos observar que temos 2 (duas) base de cálculo possíveis:

Base de cálculo INSS – composta de verbas salariais (salário, horas-extras, adicionais,


gratificações e etc..)

Base de cálculo INSS 13 º - composta apenas do 13º proporcional.

IRRF rescisão

Com o cálculo do IRRF ( imposto de renda retido na fonte) acontece algo semelhante
com o que acontece com o 13º salário, a diferença é são três bases de cálculo possíveis.

66
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Base de cálculo IRRF – composta de verbas salariais (salário, horas-extras, adicionais,


gratificações e etc..)
Base de cálculo IRRF Férias - composta apenas das verbas de férias(indenizadas e
proporcionais).

Base de cálculo de IRRF 13º salário - composta apenas do 13º salário (proporcional e
indenizado).

GRRF – Guia de recolhimento rescisório do FGTS e da Contribuição Social

Nesta guia serão recolhidos os valores do FGTS referente a rescisão de contrato e, se


for o caso , o valor da multa do FGTS (40% sobre o saldo) e a contribuição social (10% sobre o
saldo).

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OBRIGAÇÕES ANUAIS

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RELAÇÕES DE INFORMAÇÕES PARA ORGÃOS OFICIAIS

RAIS

Art.1º - Fica instituída a Relação Anual de Informações Sociais - RAIS, a ser


preenchida pelas empresas, contendo elementos destinados a suprir as
necessidades de controle, estatística e informações das entidades governamentais
da área social.

Parágrafo Único - A RAIS deverá conter as informações periodicamente


solicitadas pelas instituições vinculadas aos Ministérios da Fazenda, Trabalho, Interior
e Previdência e Assistência Social, especialmente no tocante:

a) ao cumprimento da legislação relativa ao Programa de Integração Social - PIS e ao


Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público - PASEP, sob a supervisão
da Caixa Econômica Federal;

b) às exigências da legislação de nacionalização do trabalho;

c) ao fornecimento de subsídios para controle dos registros relativos ao Fundo de


Garantia do Tempo de Serviço - FGTS;

d) ao estabelecimento de um sistema de controle central da arrecadação e da


concessão de benefícios por parte do Instituto Nacional de Previdência Social - INPS;

e) à coleta de dados indispensáveis aos estudos técnicos, de natureza estatística e


atuarial, dos serviços especializados dos ministérios citados.

DIRF

Art.1º - Deverão apresentar a Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte


- DIRF as seguintes pessoas físicas e jurídicas que pagaram ou creditaram
rendimentos no ano-calendário, por si ou como representantes de terceiros:

I - estabelecimentos de pessoas jurídicas de direito privado domiciliadas no País,


inclusive as isentas;

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II - pessoas jurídicas de direito público, por intermédio de seus órgãos-sede ou


unidades orçamentárias;

III - filiais, sucursais, ou representações de pessoas jurídicas com sede no exterior;

IV - empresas individuais;

V - caixas, associações e organizações sindicais de empregados e empregadores;

VI - cartórios de justiça;

VII - condomínios;

VIII - pessoas físicas; e

IX - instituições financeiras administradoras de fundos ou clubes de investimentos.

Art.2º - Apresentarão, também, a DIRF os órgãos as autarquias e as fundações da


administração pública federal que efetuaram pagamentos a pessoas jurídicas pelo
fornecimento de bens ou prestação de serviços.

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