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15/10/2017 Pitágoras

Pitágoras

O filósofo grego compara a vida às grandes festas de


Olímpia: alguns acorriam ali para competir, outros para
se divertir, outros para fazer negócios e alguns, poucos, CURSO FILOSOFIA PRÁTICA
não procuravam aplausos, diversão nem lucro, A Sabedoria Viva das Antigas Civilizações

limitando-se a observar o que ali se fazia e como.

Inteligência criadora e ordenadora, Iniciado de primeira


ordem, Pitágoras partilha com alguns homens
extraordinários o privilégio de ter visto o seu nome
perpetuado através dos séculos e de a sua vida e
filosofia terem sido objecto de biografias e estudos
sobre as suas supostas actividades múltiplas.
Apesar disto, se destrinçarmos a imensa lenda tecida à
sua volta daquilo que ele terá sido na realidade, a única
coisa que se pode garantir com um grau suficiente de Vide Programa do Curso
certeza é o seguinte: foi filho de Mnesarcos; nasceu em
Samos, provavelmente entre 571 e 570 a.C.; emigrou
para a Magna Grécia, fixou-se em Crotona, e ali fundou
uma Escola filosófica que foi também uma Associação ACTIVIDADES N.A. EM
religiosa e política. PORTUGAL
O carácter dos seus ensinamentos, a novidade das suas
ideias e até o género de vida «pitagórico» de que falava
Platão, adoptado pela sua Escola, explicam Aveiro
suficientemente como, em redor de um certo número Braga
de dados autênticos da sua vida, foi possível forjar-se
Coimbra
uma abundante literatura apócrifa, que não pode
qualificar-se senão como pura lenda, e que inviabiliza, Lisboa
inclusivamente, qualquer tipo de unanimidade não só Oeiras-Cascais
acerca da sua vida e obra, mas também sobre a sua Porto
própria morte, que o próprio Diógenes Laércio, o seu biógrafo mais digno de crédito, refere de três ou quatro
maneiras diferentes, incorrendo por vezes ele próprio no terreno da superstição. Tome-se como exemplo a
terrível fobia em relação às favas, tão imprópria de um vegetariano e, ao mesmo tempo, de um Iniciado como Notícias
era o caso de Pitágoras. E que dizermos da anedota absurda segundo a qual ele teria encontrado a morte pelo
facto de ter pisado um campo de favas.

Parece-nos mais lógico acreditar que, como pretende Aristoxenos, Pitágoras tenha falecido em Metaponte, para
N OVA AC R Ó P O L E
onde se teria deslocado, farto de lutar contra a hostilidade do poderoso Kilón, do que vê-lo escapar com vida ao
INTERNACIONAL
incêndio da casa onde pereceram quase todos os pitagóricos, graças à sua suposta faculdade de se tornar
invisível, como pretende uma das lendas, ou ainda que tivesse sido feito prisioneiro e morto por não consentir
em atravessar um campo de favas, como pretende outra. No relato de Porfírio, fiel ao original de Dikaiarchós, na Anuários
fuga de Pitágoras com os seus quarenta discípulos para escapar às perseguições de Kilón, o filósofo de Samos
Resoluções da Assembleia Geral
refugiou-se em Metaponte, onde se terá deixado morrer de fome no interior do Santuário das Musas.

Segundo reza a História, Pitágoras teria sido o primeiro a usar a pa-lavra «filósofo» no seu significado específico. Perguntas Frequentes
O filósofo grego comparava a vida às grandes festas de Olímpia, onde alguns acorriam para participar nas
competições desportivas, outros para se divertir, outros para fazer negócios, atraídos pelo proveito e lucro da Nova Acrópole em outros países:
venda de mercadorias, enquanto que alguns, poucos, com fins mais puros, não procuravam aplausos nem
diversões, nem lucros, mas antes acorriam ali para ver e observar atentamente o que ali se fazia e como. Estes
Seleccione país
correspondiam aos que, desapegados de todas as posses (glória, prazeres, riqueza), examinam cuidadosamente
a natureza das coisas e actuam em conformidade. A estes corresponde o nome de «filósofos».
Nova Acrópole Internacional
É muito provável que Pitágoras nada tenha escrito. David o arménio, comentador de Aristóteles no século V a.C.,
afirma nos seus comentários acerca das categorias: Não me é possível fazer um balanço dos escritos de
Pitágoras, pois Pitágoras nada deixou escrito. E o próprio Pitágoras chegaria a afirmar: Não quero confiar os
meus pensamentos a objectos inertes, mas sim a seres vivos, aos meus discípulos. Não se pense – acrescenta
SITES N.A. EM PORTUGAL
David – que os Versos de Ouro são da sua autoria. Eles são obra de algum pitagórico que, para os divulgar mais
eficazmente, após neles o nome do seu Mestre. E foi precisamente o facto de Pitágoras não ter deixado nada
escrito que contribuiu muito para o aparecimento das lendas a seu respeito.
Porto

É muito difícil distinguir no Pitagorismo a parte que corresponde realmente ao seu fundador. Só uma doutrina lhe Coimbra
pode ser atribuída com certeza absoluta: a da sobrevivência da alma depois da morte e da sua transmigração

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para outros corpos. Segundo esta doutrina, que Platão também adoptou como sua, o corpo é uma prisão para a Aveiro
alma, que nele foi encerrada pela Divindade. Enquanto a alma se encontra dentro do corpo, tem necessidade Braga
dele, pois apenas por seu intermédio pode sobreviver, mas, quando está fora dele, vive uma vida incorpórea
num mundo superior. A alma regressa a essa vida caso se tenha purificado durante a vida corpórea. Caso
contrário, volta, após a morte, ao ciclo das transmigrações.

OUTROS CURSOS
O princípio fundamental da filosofia pitagórica é o de que todas as coisas são números, ou estão formadas por
números. Não deveremos cair aqui numa leitura literal desta asserção, como o fizeram alguns historiadores da
Filosofia. A interpretação que deveremos aceitar é a de que as coisas foram constituídas segundos modelos
numéricos (tudo o que existe foi disposto segundo número, peso e medida). Daí a grande importância que
atribuíam à teoria dos números e, em geral, às relações quantitativas dos seres. A Geometria, a Física, a Arte de Falar em Público
Astronomia, a Música e, em geral, todas as disciplinas científicas apresentam uma dependência real das Cursos de Matemática e
propriedades aritméticas. Geometria Sagradas
Florais de Bach
Outros Cursos

"Assim nasceu o Instituto ou Escola Pitagórica, que


chegou a ser ao mesmo tempo Colégio educativo, R E V I S TA AC R Ó P O L E
Academia de ciência e uma pequena cidade-modelo, sob
a direcção de um Iniciado-mor"

Todos os números pertencem a uma destas categorias: par e ímpar. A unidade, o um, contém em si mesmo o
par e o ímpar. O dois é o primeiro número par, o três o primeiro ímpar, o quatro é o primeiro quadrado, o dez é a
soma dos quatro primeiros números da série, e os que se seguem são unicamente a reprodução dos dez
primeiros. A década – afirmam – é a fonte de tudo, o princípio e a rainha da vida divina, celestial e humana. O
número par é ilimitado, enquanto que o número ímpar é limitado, porque põe fim à divisão por dois. O número
par é símbolo da imperfeição, pois equivale ao ilimitado, enquanto que o ímpar representa o perfeito, o limitado,
o definido, oposição que se converte, em última análise, na raiz do bem e do mal.
As formas de exprimir esta antítese constituem as categorias, atribuídas a Alcméon de Crotona, médico, filósofo
e naturalista pitagórico do século V, que é considerado o primeiro dissecador de animais. Estas categorias são:
limitado-ilimitado, par-ímpar, unidade-multiplicidade, direita-esquerda, macho-fêmea, repouso-movimento,
recto-curvo, luz-escuridão, bom-mau e quadrado-rectângulo.

A harmonia é resultante de se colocar um limite ao ilimitado, de se unificar a multiplicidade. A Música constituía


a expressão mais apropriada a esta simbologia dos números. Pitágoras julgou voltar a encontrar o «cânone
NOVIDADES EDITORIAIS
musical» na harmonia das esferas celestes. Os sete astros (então conhecidos), Lua, Mercúrio, Vénus, Sol, Marte,
Júpiter e Saturno, deviam corresponder aos sete sons da oitava, e as distâncias ou intervalos entre eles
deveriam estar relacionados de idêntica forma.
TÍTULOS PUBLICADOS
A mesma correspondência numérica se observa em geometria. O ponto está representado pela unidade, a linha
pelo número dois (dois pontos determinam uma linha), a superfície pelo três, o volume pelo quatro.
Segundo a cosmografia pitagórica, o formato do mundo é esférico, e a sua geração e transformações explicam-
se graças ao seu fogo central. Em redor deste encontram-se os dez corpos celestes: o céu das estrelas fixas, os
cinco planetas, o Sol, a Lua, a Terra e a Antiterra (um astro que os pitagóricos referem para completar a
década). Todos os corpos se movem numa órbita centrípeta, que difunde o calor e a vida por todo o Universo e
que não é perceptível para os corpos intermédios. As esferas movem-se com regularidade, produzindo uma
harmonia ou música das esferas, que não notamos porque estamos a ouvi-la desde o nosso nascimento. O
Universo distingue-se em três regiões: o Olimpo ou Região dos elementos puros; o Cosmos, lugar do movimento
harmonioso, e o Uranos, zona dos seres sujeitos ao processo de geração e morte.

Para Pitágoras, tudo obedecia a uma ordem e harmonia. A inteligência mais não era do que a harmonia entre o
sujeito e o objecto. O mundo inteiro existe graças à harmonia, nada mais é do que harmonia, e o próprio Deus
não passa da Harmonia maior, do par e do ímpar, da unidade e da pluralidade, do Acordo na unidade das
dissonâncias, diferenças e contrários. Como podemos ver, a ordem não era para Pitágoras unicamente uma
relação, mas antes a essência de todas as coisas. Onde não existia ordem, tudo era matéria informe e caos.

Os pitagóricos definiam o homem como a harmonia de uma alma e de um corpo. Esta harmonia constituía toda a
realidade de ambos, posto que, segundo afirmavam, nem o finito nem o infinito existem por si mesmos; se eles
existem, é na relação mediante a qual se entrepenetram e sustentam mutuamente.

A eternidade do mundo parece constituir outra tese pitagórica, pois aos períodos de destruição sucedem-se
outros de renovação, que pressupõem o regresso aos mesmos fenómenos e à reaparição dos mesmos seres
individuais. Para os pitagóricos, o Mundo era um ser vivo que respirava. Inspirava do seio do infinito o vazio, o ar
necessário à vida. Mediante um jogo regular e eterno de inspiração e de expiração, o Mundo mantém a sua
perfeição na sua unidade enquanto Ser vivente incorruptível, eterno e imutável, pois não pode nem aumentar
nem diminuir. Os pitagóricos conheciam muito bem o movimento de rotação da Terra. Também se atribui a
Filolau a descoberta da translação da Terra à volta do Sol. E ao que parece (segundo Plínio, veiculado por
Diógenes Laércio), Pitágoras foi o primeiro a descobrir que a estrela da manhã e a da tarde são um só e único
astro: Vénus.

A alma, segundo Pitágoras (extraído de Aristóteles na sua De anima), identifica-se com as partículas emanadas
do Sol ou com o princípio que move estas partículas.

O Pitagorismo introduz na Grécia a doutrina da metempsicose, segundo a qual a alma, para atingir a perfeição,
tem de sofrer uma série de reencarnações através dos corpos. A vida é um período de prova, de expiação, e por
isso mesmo, não é lícito alguém privar-se dela. Quando a conduta do homem é indigna, ele sofre as
correspondentes penas e castigos; quando, pelo contrário, ela é virtuosa, a alma torna-se imortal e divina. Era a
este objectivo que se propugnava uma completa organização da vida.

Pitágoras escolheu Crotona como centro da sua acção. O seu objectivo era não somente ensinar a doutrina
esotérica a um círculo de discípulos seleccionados, mas também aplicar os seus princípios à educação da
juventude e à vida do Estado. Este plano necessitava que fosse fundado um Instituto para a iniciação laica, mas

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Pitágoras tinha o propósito oculto de transformar a pouco e pouco a organização política das cidades de acordo
com este Ideal filosófico e religioso. Havia no Instituto uma secção destinada às mulheres, com Iniciação
paralela, algo diferente e adaptada às peculiaridades da sua forma de ser, o que era algo absolutamente
revolucionário para a sua época.

Assim nasceu o Instituto ou Escola Pitagórica, que chegou a ser ao mesmo tempo Colégio educativo, Academia
de ciência e uma pequena cidade-modelo, sob a direcção de um Iniciado-mor. A Escola Pitagórica é de enorme
interesse histórico, pois constituiu a mais notável tentativa de iniciação laica que se conhece.
Pitágoras era muito exigente relativamente à admissão de noviços. Dizia que nem todas as madeiras eram boas
para talhar um Mercúrio, e embora a porta de acesso ao Instituto permanecesse aberta durante o dia, havia uma
estátua de Hermes à entrada que apresentava a seguinte inscrição: eskato bebeloi (para trás, profanos).
Segundo Jâmblico, a frequência do Instituto Pitagórico compreendia:

1º o Exame prévio da família, da educação e carácter do noviço.


2º um período de três anos durante o qual se observava o aluno para ver se este tinha verdadeiros desejos de
aprender.
3º Cinco anos de silêncio e de uma vida austera durante os quais o neófito não via Pitágoras e, por fim,
4º em que era considerado digno dele, e era então autorizado a ver o Mestre e a assistir às suas lições.

O recrutamento dos membros da Ordem era feito com escrupulosa cautela. Pitágoras analisava rigorosamente a
vocação dos jovens, procurando ler nos seus rostos e adivinhar na sua atitude e porte as inclinações das suas
almas, o verdadeiro fundo do seu carácter e as aptidões próprias do seu espírito, ao ponto de se ter chegado a
dizer que Pitágoras foi o inventor da Fisiognomonia.

Uma vez cumpridos estes testes, passavam à classe dos «matemáticos», em que já podiam falar, e
inclusivamente ensinar, caso fossem capazes disso.

Assim, os membros do Instituto estavam divididos em duas classes: os ouvintes ou akustikoi, que estavam
obrigados ao silêncio, e os matematekoi ou verdadeiros discípulos, também designados, respectivamente, por
pitagoristas e pitagóricos, ou ainda exotéricos e esotéricos. Todos eles se viam obrigados à observância de
severas normas: abstinência de todo e qualquer alimento de origem animal, jejuns frequentes, uso de hábitos
brancos, exercícios físicos, exames de consciência e absoluta comunhão de bens.

Os discípulos eram submetidos às mais duras provas. Para isso, eram educados a controlar e a gerir todas as
inclinações meramente instintivas. Afirmava Pitágoras que,
quando se exercita uma contemplação profunda,
consegue-se prevenir todas as falácias do corpo, e o
filósofo é então acometido pelo desejo de o transcender.
Para isto, Pitágoras fornecia uma fórmula: o «entusiasmo»
(no seu sentido etimológico de «Deus em nós»). Ante esta
possibilidade de viver o Deus interior que carregamos
dentro de nós, o corpo transcende-se, posto que a
consciência se situa num nível mais elevado. Os pitagóricos
concebiam o justo valor que se deve outorgar ao corpo e à
alma a partir deste «entusiasmo». Porque se Deus está em
nós, ainda que momentaneamente encerrado num corpo,
esse corpo tem enorme valor, porque contém em si mesmo
Deus, mas a alma tem um valor ainda maior, porque
representa a vibração desse mesmo Deus. Deste modo, as
atenções repartiam-se quer pelo corpo quer pelo espírito. A
finalidade da Filosofia era harmonizar o corpo e o espírito,
de tal forma que o primeiro não fosse um entrave para
captar a essência do Eu superior humano.

Para melhor compreendermos a moral dos pitagóricos,


nada mais expressivo do que uma anedota que nos recorda
uma velha tradição acerca da capacidade dos seus fiéis para manterem a palavra dada. Conta-se que,
encontrando-se certa vez numa cidade de Itália, um pitagórico caiu gravemente doente e hospedou-se numa
pousada. Como a doença se agravara e não tinha dinheiro suficiente para pagar a estadia, ao pressentir que ia
morrer, pediu ao estalajadeiro que o levasse até à rua, após o que desenhou um sinal sobre a porta da pousada.
Poucos dias após ele ter morrido, passou por ali um pitagórico e, ao ver o símbolo, que consistia na estrela de
cinco pontas, perguntou quanto ficara a dever o seu antecessor. Depois de pagar, foi-se embora.
Se quisermos conhecer a Filosofia e a Moral pitagórica, devemos re-correr aos célebres Versos de Ouro,
preceitos admiráveis de elevada moral, que, ainda que não sejam da autoria do próprio Pitágoras, terão sido
elaborados aos poucos, como resumo básico dos seus ensinamentos morais. Nestes «Versos» encontra-se a
essência da disciplina pitagórica. Os mesmos usos e costumes que se encontravam também entre os órficos, que
tantas semelhanças tiveram com os pitagóricos. Josefo, por seu turno, afirma que os esénios levavam um
gênero de vida que havia sido introduzido, entre os gregos, pelos pitagóricos.

Esses Versos contêm as normas gerais que regem toda a sua Filosofia, aplicada tanto à vida prática como à
contemplativa.

A Igreja Católica extraiu destes Versos de Ouro a fina-flor dos seus preceitos, o «Decálogo», ou os Dez
Mandamentos. Comparemos a leitura de ambos:

1º Verso de Ouro: Honra em primeiro lugar os Deuses imortais tal como te ordenou a Lei divina.
1º mandamento da Lei de Deus: Amar a Deus acima de todas as coisas.

2º Verso de Ouro: Venera o juramento.


2º mandamento: Não invoques o santo nome de Deus em vão.

3º Verso de Ouro: Cumpre os rituais tradicionais.


3º mandamento: «Santificar os dias feriados».

4º Verso de Ouro: Honra o teu pai e a tua mãe.


4º Mandamento: Honrar pai e mãe.

E assim sucessivamente. Até o tom conciso, breve, simples dos mandamentos é pitagórico, pois outro dos traços
característicos da moral pitagórica, prática por excelência, era o gosto por tudo o que era despido de enfeites.

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Traço característico da vida pitagórica era ainda a penetração íntima da vida religiosa e da vida moral. Este
carácter religioso da Escola Pitagórica manifesta-se através do facto, não menos significativo, de admitir as
mulheres no seu seio, o que, entre os gregos da época, não era compreendido e que, tal como Pitágoras o
realizou, constituiu uma inovação absoluta na sociedade grega.

Para instaurar este exigente sistema de vida pitagórico, era necessário um carácter e uma personalidade cujo
prestígio e autoridade moral se sobrepujasse, frequente e profundamente, ao valor dos conceitos e das ideias.
Essa figura excelsa foi Pitágoras, que não se limitou a dominar o pensamento do seu tempo. O seu génio teve
um tão vasto alcance que as superstições mais insensatas, bem como os racionalismos mais seguros, puderam
coabitar sob a sua autoridade durante toda a Idade Média enquanto critério de veracidade.
Pitágoras trouxe para a Grécia a fórmula da criação das Escolas Filosóficas, e a aplicação em forma pública de
métodos psicológicos para poder conformar a alma. A sua Escola articulou um projecto iniciático e levou a cabo
uma corrente prática de vivência dos Mistérios, projecto cultural e vivencial extraordinário, que merece uma
séria investigação nos nossos dias.

Francisco Martin

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