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RECUPERAÇÃO DE PILARES COM BAIXA

RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO. ESTUDO DE


CASO: CRISTIANO LAURITZEN RESIDENCE.
Alexandre Felinto Fernandes¹; Diego de Carvalho Moreira Lima; Jovynttino Francisco de Araujo3;
Pedro Filipe de Luna Cunha4; Rafael Lopes Pereira de Medeiros5, Milton Bezerra das Chagas
Filho6.

RESUMO - O estudo a seguir enfoca nas patologias do concreto que eventualmente surgem devido
a erros de projetos ou execução. É realizada uma análise detalhada sobre a tomada de decisão para
solução de problemas estruturais causados na fase de execução da obra e como deve proceder o
grauteamento dos pilares para a total recuperação da peça e alcance da resistência à compressão da
peça exigida pelo projeto estrutural.

Palavras-chave: Patologia do concreto, recuperação dos pilares, grauteamento.

ABSTRACT - The following study focuses on the pathologies of concrete that eventually arise due
to errors in design or implementation. Analysis of the decision-making for solving structural
problems caused in the execution phase of the work and how to do the grouting of the pillars for full
recovery part and reach the compressive strength required by part structural performed design

Keywords: Pathology of concrete, recovery of pillars, grouting.

RÉSUMÉ – L'étude qui suit porte sur les pathologies du béton qui a fini par se posent en raison
d'erreurs de conception ou de mise en œuvre. Une analyse détaillée de la prise de décision pour
résoudre les problèmes structurels causés dans la phase d'exécution des travaux et la façon de faire
les joints des piliers de la partie pleine de récupération et d'atteindre la résistance à la compression
requise par la conception structurelle de la pièce est réalisée.

Mots-clés: Pathologie du béton, la récupération des piliers, jointoiement.

1Universidade Federal de Campina Grande. Graduando em Engenharia Civil, Caixa Postal 505, Campina Grande-PB, Fone: (83)2101-1024. Email:
alexandre_ffernandes@hotmail.com.
2
Universidade Federal de Campina Grande. Graduando em Engenharia Civil, Caixa Postal 505, Campina Grande-PB, Fone: (83)2101-1024. Email:
diego.cml@hotmail.com.
3
Universidade Federal de Campina Grande. Graduando em Engenharia Civil, Caixa Postal 505, Campina Grande-PB, Fone: (83)2101-1024. Email:
jovyuna@hotmail.com.
4
Universidade Federal de Campina Grande. Graduando em Engenharia Civil, Caixa Postal 505, Campina Grande-PB, Fone: (83)2101-1024. Email:
pedro_flc@hotmail.com.
5
Universidade Federal de Campina Grande. Graduando em Engenharia Civil, Caixa Postal 505, Campina Grande-PB, Fone: (83)2101-1024. Email:
rafaeljucurutu@hotmail.com.
6
Professor Titular, Universidade Federal de Campina Grande Avenida Aprígio Veloso,882- Laboratório de Estruturas-Bloco C W, CEP 58429=140,
Campina Grande – PB. Fone: (83)2101-1166. E-mail: miltoncf@gmail.com
1. INTRODUÇÃO

As patologias podem ser superficiais, quando não atingem a parte estrutural atingindo
somente a parte de acabamento, ou em casos mais graves a parte estrutural e fundações. Todavia,
qualquer tipo de patologia deve ser tratada e resolvida rigorosamente, pois podem acarretar uma
sequência de eventos, culminando em um defeito estrutural grave (FIGUEIREDO, 2012).
O estudo de caso apresentado trata-se da fase estrutural da construção do edifício Cristiano
Lauritzen. A seguir encontra-se as informações do empreendimento:
 Nome da Construtora: Ourovel Construções e Empreendimentos Imobiliários;
 Setor: Construção Civil.
O Cristiano Lauritzen Residence está localizado na rua Desembargador Trindade Nº 250,
centro da cidade. Contemplará 33 pavimentos, sendo: 3 pavimentos tipo por andar, uma cobertura,
2 subsolos, térreo e mezanino, com área construída de 12.595,37 m² em um terreno de 1.941,56 m².

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Nessas seção serão abordados os tópicos de durabilidade do concreto, patologia das


edificações e do concreto, bem como a resistência a compressão simples.

2.1. Durabilidade das Estruturas de Concreto


É possível observar que concretos executados há mais tempo, em geral, têm durabilidade
superior aos executados recentemente. Durante os anos 60, para se produzir um concreto com
resistência à compressão de 30 MPa era necessário um consumo de cimento muito alto, entre 400 a
500 kg/m³. Com o crescimento da atividade da construção a partir da década de70 e o surgimento
da indústria do concreto pré-misturado, verificou-se uma otimização nos traços dos concretos,
procurando- se atingir concretos mais resistentes com um teor de cimento cada vez menor
(FERREIRA, 2000).
Apesar de o concreto ser o material de construção mais consumido no planeta, o
conhecimento e divulgação das práticas construtivas adequadas não acompanharam o crescimento
da atividade de construção, ocasionando seguidos descuidos nas obras, e reduzindo a capacidade do
concreto em proteger as armaduras contra a corrosão. Com o tempo, a tecnologia de fabricação do
concreto foi avançando, com a melhoria das propriedades dos aditivos, adições e ligantes,
possibilitando uma redução significativa nas seções das peças de concreto armado em função do
aumento das resistências mecânicas (FERREIRA, 2000).

2.2. Patologia das Edificações

Na construção civil, o conceito de patologia é utilizado no sentido de anomalias e fatores


que degradam as construções das mais diversas maneiras tanto como estrutural ou na parte de
acabamentos. Segundo o grupo de Patologia das Construções, da Escola Politécnica da USP,
"patologia das edificações" pode ser entendida como o estudo das origens, causas, mecanismos de
ocorrência, manifestação e consequências das situações em que os edifícios ou suas partes
construtivas apresentem um desempenho insatisfatório (ARAÚJO ET AL., 2012).
Durante a execução comumente podem aparecer erros, como por exemplo:
 Erros de interpretação dos projetos;
 Erro no uso de aditivos;
 Falta de controle tecnológico;
 Uso de concreto vencido;
 Falta de limpeza ou estanqueidade das formas;
2
 Falta de saturação das formas;
 Armadura mal posicionada;
 Falta de espaçadores e pastilhas para garantir o cobrimento;
 Falta de cuidado com os ferros superiores das lajes, permitindo o seu rebaixamento;
 Segregação do concreto por erro de lançamento;
 Falta de cura ou cura mal executada;
 Cibramentos mal executados e desformas antes do tempo;
 Erros de vibração.
 Juntas de concretagem mal posicionadas ou mal executadas;
 Adição de água no concreto fora das especificações;
 Falta de fiscalização;
 Erro de dimensionamento ou posicionamento das formas.

2.3. Patologia de Concreto


De acordo com Souza e Ripper (1998), as falhas que eventualmente ocorrem durante a etapa
de projeto são aquelas oriundas de um estudo preliminar deficiente, ou de anteprojetos equivocados,
enquanto que as falhas geradas na realização do projeto final geralmente são as responsáveis pela
implantação de problemas patológicos sérios e poder ser por diferentes fatores, como:
 Projetos inadequados (deficiência no cálculo da estrutura, avaliação da resistência do
solo, má definição do modelo analítico, entre outros;
 Falta de compatibilidade entre a estrutura e a arquitetura, bem como os demais projetos
civis;
 Especificação inadequada de materiais;
 Detalhamento insuficiente ou errado;
 Detalhes construtivos não executados;
 Falta de padronização das convenções;
 Erros de dimensionamento.
Ainda segundo Souza e Ripper (1998), seguindo a sequência lógica do processo de
construção civil, deve-se iniciar a execução após o término da concepção, com conclusão de todos
os seus estudos e projetos. Os principais defeitos que podem ocorrer na etapa de execução são:
 Falhas na armação (estribos, ancoragem, emendas, cobrimento, espaçamento);
 Falhas na concretagem (lançamento, adensamento, cura, fôrmas, juntas de dilatação,
desfôrmas e descimbramento);
 Diferença entre a planta de armação e a lista de ferro;
 Deslocamento da armadura durante a execução da concretagem;
 Projetos inadequados, deficiência no cálculo da estrutura ou avaliação da resistência do
solo.

2.4. Baixa Resistência Característica do Concreto


A resistência à compressão simples é a propriedade mecânica mais importante do concreto,
não só porque o concreto trabalha predominantemente à compressão, como também, por que
fornece outros parâmetros físicos que podem ser relacionados empiricamente à resistência a
compressão (ANDOLFATO, 2002).

3. MATERIAIS

A seguir estão listados e descritos os materiais utilizados para o reparo dos pilares.
3
3.1. Grautes de Base Cimento
Souza e Ripper (1998), o graute é um material fluido e auto adensável no estado recém-
misturado, formulado para preencher cavidades e subsequentemente tornar-se aderente, resistente e
sem retração no estado endurecido.

Figura 1 - Graute de Base Cimento.

Figura 2 - Estocagem de Graute.

3.2.Argamassas Poliméricas
São argamassas à base de cimento Portland modificadas em polímeros, com agregados de
graduação adequada formuladas especialmente com aditivos e adições que lhe conferem
propriedades especiais. São também chamadas de argamassas base mineral e o processo de
endurecimento está baseado na reação dos grãos de cimento com a água de amassamento. Em geral
tem retração compensada e são tixotrópicas para uso em superfícies verticais e inclinadas
(AMBROSIO, 2004).

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Figura 3 - Argamassa Polimérica Tixotrópica
Fonte: < http://www.comercialrafael.com.br/>
3.3.Cascalho
O cascalho é a denominação genética de seixos, originários de fragmentos de rochas pré
existentes e se enquadram numa faixa granulométrica, variável de 2 a 256mm de diâmetro. É
definido como depósito, nível ou acumulação de fragmentos de rochas e/ou minerais mais grossos
do que areia, principalmente com tamanho de seixos. É um agregado de origem natural e tamanho
graúdo (SIMMINERAL, 2014).
O cascalho pertence ao grupo dos Agregados para construção civil (areia, brita e cascalho)
que ocupam 1º lugar em quantidade e 2º em valor no mundo. Os baixos preços unitários resultam da
relação entre limites de distância de distribuição (uso local) e larga distribuição de pequenos
empreendimentos. Na produção e comercio predominam o improviso e a informalidade
(SIMMINERAL, 2014).

Figura 4 – Cascalho.

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Figura 5 - Comparação Entre as Dimensões da Brita 19 e do Cascalho.

3.4.Martelo de Percussão
Para a quebra dos pilares, utilizou-se um martelo de percussão, pelo fato de praticamente
não criar vibrações durante o funcionamento, força de pressão reduzida, possibilitando o não
comprometimento das demais partes estruturais.

Figura 6 - Martelo de Percussão.

6
Figura 7 - Utilização do Martelo de Percussão.

4. MÉTODOS
Abaixo estão descritos os métodos executados para a recuperação estrutural de sete pilares
com a quebra e grauteamento dos mesmos.

4.1.Patologia – Concreto com Baixa Resistência

Alguns dias após a concretagem do 14º lance, foi encaminhado a obra os relatórios de
resistência dos pilares, e observou-se que sete pilares estavam com o fc28 (Resistência do concreto
com 28 dias) muito abaixo do fck do projeto que é 40 MPa. A resistência dos pilares estavam numa
faixa de 10 a 16 MPa.
Necessitou-se mais uma vez dos serviços da ATECEL para realização da esclerometria dos
pilares, segundo a NBR 7584/1995, onde constatou-se que os pilares estavam com a resistência
baixa, menores que 14 MPa. A concreteira retirou os testemunhos extraídos dos pilares (Figura 8)
para serem submetidos a novos ensaios de compressão, e novamente o fc28 foi menor que o
necessitado (40 Mpa).

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Figura 8 - Pilar com f28 = 14 MPa e Retirada de Testemunho Extraído.

Figura 9 - Diâmetro do Testemunho Extraído.

4.2.Quebra e Grauteamento do Pilares

Após a análise criteriosa da resistência dos pilares, contatou-se o engenheiro calculista


responsável e optou-se pela quebra das peças com resistência baixa e o grauteamento com adição de
cascalho.
Os pilares foram quebrados em três porções de modo que permanecesse com uma seção
mínima de 3000 cm², como mostra a figuras 10 e 11. Outro ponto a ser respeitado foi que o pilar só
poderia voltar a ser quebrado quando o graute atingisse resistência a compressão de 30 Mpa.
Também houve a necessidade do escoramento de uma laje acima, da laje com os pilares “fracos” e
duas abaixo para distribuição da carga na estrutura. A argamassa polimérica foi usada para reparo
de eventuais falhas no grauteamento dos pilares.

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Figura 10 - Seção do Pilar a Ser Quebrada.

Figura 11 - Pilar com Seção Quebrada.

9
Figura 12 - Retirada das Fôrmas dos Pilares.

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES

A cada porção do pilar grauteada foram moldados quatro corpos de prova para o
rompimento aos 3, 7 e dois com 28 dias.

Figura 133 - Corpos de Prova de Graute.

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A partir do recebimento dos resultados das resistência à compressão foi liberado a quebra
das demais fatias dos pilares. Os resultados obtidos para aos três dias do grauteamento foi sempre
acima de 50 Mpa.
Observou-se após o grauteamento dos pilares uma boa aderência entre o graute e a ferragem,
e que não houve problema entre as áreas laterais das porções grauteadas.

Figura 144 - Pilar com Seção Grauteada.

A empresa responsável pela mão de obra foi terceirizada e o custo total do serviço foi de R$
70.000,00, sendo que a concreteira ficou responsável pelo pagamento da folha salarial do mês de
julho da obra.
O custo do saco de graute foi de R$ 27,50, como o mesmo foi comprado pela concreteira,
não aplicou-se o BDI (Benefícios e Despesas Indiretas). Para cada pilar usou-se aproximadamente
noventa sacos e meio metro cúbico de cascalho (m³ do cascalho = R$ 50,00). O volume médio dos
pilares é de 1 m³. Logo, o custo de material para cada pilar foi de R$ 2.500,00.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

No estudo foi abordado o tema de patologia do concreto que ocorre nas diversas obras civis.
Também explanou-se um dos métodos existentes para recuperação da estrutura sem o
comprometimento dos demais pavimentos.

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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AECWEB. Disponível em < http://www.aecweb.com.br/cont/m/cc/compra-de-insumos-para-


construcao-civil-deve-ser-estrategica_7376 >. Acessado em 20 de julho de 2014.

AMBROSIO, T. S. Patologia, Tratamento e Reforço de Estruturas de Concreto no Metrô de


São Paulo. Trabalho de Conclusão de Curso. Universidade Anhembi Morumbi. Engenharia Civil.
2004.

ANDOLFATO, R. P. Controle Tecnológico Básico do Concreto. Universidade Estadual Paulista.


Núcleo de Ensino e Pesquisa da Alvenaria Estrutural. Ilha Solteira, São Paulo. 2002.

ARAÚJO, D.; FIGUEIREDO, D. M. C.; BERNARDO, I.; COSTA, R.; FARIA, T.; BATISTA, R.
D. Patologia da Edificações. Centro Universitário de Formiga – UNIFOR. Minas Gerais. 2012.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Projeto de Estruturas de Concreto -


NBR 6118. Rio de Janeiro, 2013.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Concreto Endurecido – Avaliação da


Dureza Superficial pelo Esclerômetro de Reflexão - NBR 7584. Rio de Janeiro, 1995.

COMERCIAL RAFAEL. Disponível em < http://www.comercialrafael.com.br/site/categories


/detail/?field=id&value=4 >. Acessado em 7 de agosto de 2014.

FERREIRA, Rui Miguel. Avaliação dos ensaios de durabilidade do betão. 2000. 246 f.
Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) – Escola de Engenharia, Universidade do Minho,
Braga, 2000.

FIGUEIREDO, D. M. C. Patologia das Edificações. Centro Universitário de Formiga. UNIFOR.


Formiga, Minas Gerais. 2012.

CHAGAS FILHO, M. B. Notas de aula da disciplina Construções de Edifícios. 1º Período do


ano 2014. Departamento de Engenharia Civil. Centro de Tecnologia e Recursos Naturais.
Universidade Federal de Campina Grande. 2014.

SIM MINERAL. Disponível em < http://simineral.org.br/arquivos/AgregadosMineraisPara


ConstruoCivilAreiaBritaeCascalhoMME.pdf >. Acessado em 7 de agosto de 2014.

SOUZA, V. C. & RIPPER, T. Patologia, Recuperação e Reforço de Estruturas de Concreto. 1ª


Edição. Editora Pini. São Paulo, 1998.

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