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LIBRAS:

Sinais Contextualizados
(Módulo I: Gramática)

Professora Especialista em LIBRAS Luciane Albino lubergue@outlook.com

2018
Apresentação:

A Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) é uma língua gestual-visual criada


pela comunidade surda. Ela é composta de movimentos e formatos específicos
de mãos, de braços, de olhos, de face, de cabeça e de postura corporal, que
combinados fornecem as características gramaticais necessárias para a
formação de uma língua (fonológica, sintática, semântica e pragmática). É o
meio natural de comunicação entre os surdos. A Língua de Sinais é a única
que permite à pessoa surda ascender a todas as características linguísticas da
fala. Ela é indispensável à inserção dos surdos no fluxo natural da linguagem,
por depender de um canal de transmissão acessível (visual-espacial) ao surdo.

Bons estudos!

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LEGISLAÇÃO

O decreto Nº 3.298 de 20 de dezembro de 1999, classifica os graus de


surdez:
“Art.4º é considerada pessoa portadora de deficiência aquela que se
enquadrar em uma das seguintes categorias”:

A) De 25 a 40 Decibéis – Surdez Leve


B) De 41 a 55 Decibéis - Surdez Moderada
C) De 56 a 70 Decibéis - Surdez Acentuada
D) De 71 a 90 Decibéis - Surdez Severa
E) De Acima de 91 Decibéis - Surdez Profunda
F) Anacusia

LEI Nº 10.436, DE 24 DE ABRIL DE 2002

Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA. Faço saber que o Congresso Nacional


decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º É reconhecida como meio legal de comunicação e expressão a Língua


Brasileira de Sinais - Libras e outros recursos de expressão a ela associados.

Parágrafo único. Entende-se como Língua Brasileira de Sinais - Libras a forma


de comunicação e expressão, em que o sistema linguístico de natureza visual-
motora, com estrutura gramatical própria, constituem um sistema linguístico de
transmissão de ideias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do
Brasil.

Art. 2º Deve ser garantido, por parte do poder público em geral e empresas
concessionárias de serviços públicos, formas institucionalizadas de apoiar o
uso e difusão da Língua Brasileira de Sinais - Libras como meio de
comunicação objetiva e de utilização corrente das comunidades surdas do
Brasil.

Art. 3º As instituições públicas e empresas concessionárias de serviços


públicos de assistência à saúde devem garantir atendimento e tratamento
adequado aos portadores de deficiência auditiva, de acordo com as normas
legais em vigor.

Art. 4º O sistema educacional federal e os sistemas educacionais estaduais,


municipais e do Distrito Federal devem garantir a inclusão nos cursos de

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formação de Educação Especial, de Fonoaudiologia e de Magistério, em seus
níveis médio e superior, do ensino da Língua Brasileira de Sinais - Libras, como
parte integrante dos Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs, conforme
legislação vigente.

Parágrafo único. A Língua Brasileira de Sinais - Libras não poderá substituir a


modalidade escrita da língua portuguesa.

Art. 5º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 24 de abril de 2002; 181º da Independência e 114º da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO.

DECRETO Nº 5.626, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2005

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art.


84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei no 10.436, de
24 de abril de 2002, e no art. 18 da Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000.

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º Este Decreto regulamenta a Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002, e o


art. 18 da Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000.

Art. 2º Para os fins deste Decreto, considera-se pessoa surda aquela que, por
ter perda auditiva, compreende e interage com o mundo por meio de
experiências visuais, manifestando sua cultura principalmente pelo uso da
Língua Brasileira de Sinais - Libras.

DA INCLUSÃO DA LIBRAS COMO DISCIPLINA CURRICULAR

Art. 3º A Libras deve ser inserida como disciplina curricular obrigatória nos
cursos de formação de professores para o exercício do magistério, em nível
médio e superior, e nos cursos de Fonoaudiologia, de instituições de ensino,
públicas e privadas, do sistema federal de ensino e dos sistemas de ensino dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

§ 1º Todos os cursos de licenciatura, nas diferentes áreas do conhecimento, o


curso normal de nível médio, o curso normal superior, o curso de Pedagogia e
o curso de Educação Especial são considerados cursos de formação de
professores e profissionais da educação para o exercício do magistério.

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Art. 22, Inc. II, § 1o São denominadas escolas ou classes de educação bilíngue
aquelas em que a Libras e a modalidade escrita da Língua Portuguesa sejam
línguas de instrução utilizadas no desenvolvimento de todo o processo
educativo.

Art. 23. As instituições federais de ensino, de educação básica e superior,


devem proporcionar aos alunos surdos os serviços de tradutor e intérprete de
Libras - Língua Portuguesa em sala de aula e em outros espaços educacionais,
bem como equipamentos e tecnologias que viabilizem o acesso à
comunicação, à informação e à educação.

Brasília, 22 de dezembro de 2005; 184º da Independência e 117o da


República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Fernando Haddad

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Aspectos Linguísticos da Libras

Libras Fonologia:

Os sinais são formados a partir dos parâmetros: Configuração de mãos


(CM), Movimento(M), Ponto de Articulação (PA) e Orientação (O) e as
expressões faciais e corporais. A CM pode variar o uso das mãos, independe
se a mão é a direita ou a esquerda, o indivíduo vai escolher a sua mão
dominante. Existem sinais que utilizam uma mão, exemplo OUVIR, outros duas
mãos, exemplo ESPERAR, neste caso uma mão serve de apoio para a outra.
No sinal NASCER as duas mãos são utilizadas de forma espelhada e
simétricas.
Ferreira Brito (1993) identificou em média 46 configurações de
mãos, diferenciam entre elas nas posições, nos números de dedos estendidos
ou não, e nas mãos fechadas ou abertas. A autora alerta que alguns sinais
podem ter a mesma CM, o contraste está no PA e no contexto.
O PA é o local do corpo onde o sinal vai ser realizado. LARANJA
e APRENDER tem a mesma configuração de mão, a diferença que a LARANJA
é feita na boca e APRENDER na testa. Outra situação, LARANJA e SÁBADO
têm a mesma CM e PA, por isso é preciso considerar o contexto, a expressão
facial e corporal, para entender a situação, os sinais não podem ser aprendidos
isoladamente.
Continuando com a mesma autora, ela destaca que limitar o
espaço para a realização da comunicação na Libras, é muito importante, a
Língua exige uma organização espacial; os sinais devem ser realizados desde
o topo da cabeça até a cintura e executados em frente do tórax. O
movimento(M) implica no deslocamento da mão no espaço ou no corpo.
Quanto à direção dos movimentos, eles podem ser: Unidirecional, Bidirecional
e Multidirecional. A intensidade, o tempo e a frequência são características
importantes para o significado dos sinais para: a adjetivação e o plural.
A Orientação (O) é o parâmetro que analisa a direção da palma
das mãos na produção dos sinais. Neste ponto, torna-se importante considerar
os sinais não manuais, as expressões faciais e corporais; sem eles os sinais
não têm significados. Veja na figura:

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VELH@

Expressões faciais:

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Configurações de mãos:

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Números

Cardinais

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Números que representam quantidades:

Números ordinais

Morfologia:

É o estudo isolado dos sinais: da estrutura, da formação e da


classificação (Substantivo, Adjetivo, Numeral, Pronome, Verbo e Advérbio).
Segundo Fernandes (2003) a formação dos sinais podem ser simples ou
compostos, o mesmo ocorre na Língua Portuguesa, por exemplo, a palavra
guarda-chuva que é considerada composta na Língua Portuguesa, na Língua
de Sinais é um sinal simples, como o contrário, também ocorre “MAÇÃ-

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LARANJA-VÁRIOS” em Libras corresponde à palavra “frutas” em Português.
No decorrer do curso, iremos estudar estas características.

Semântica na Libras:

A Semântica é o meio de representação do sentido do enunciado, ou


seja, é o significado do sinal. Neste sentido o fator cultural é indispensável para
que ocorra a coerência, podem acontecer por intermédio de expressões faciais
(negação, sorriso, movimento da cabeça, dos olhos, de modo geral), manuais (
lentidão ou rapidez, suavidade ou rigidez de mão ao mover-se) ou corporais.

Sintaxe

É o estudo das inter-relações dos elementos estruturais da frase e as


combinações das sentenças. Descreve as regras pelas quais se combinam as
unidades significativas em frases. A Libras não pode ser estudada tendo
como base a Língua Portuguesa, pois ela tem uma gramática diferenciada,
independente da língua oral. Vejamos alguns exemplos:
Exemplo 1: LIBRAS: EU IR CASA. (verbo
direcional) Português: “Eu vou para casa.”
Para - não se usa em LIBRAS, porque está incorporado ao verbo.
Exemplo 2: LIBRAS: FLOR EU-DAR MULHER^BENÇÃO (verbo
direcional) Português: "Eu dei a flor para a mamãe."
Exemplo 3: LIBRAS: PORQUE ISTO (expressão facial de
interrogação) Português: "Para que serve isto?"
Exemplo 4: LIBRAS: IDADE VOCÊ (expressão facial de
interrogação) Português: “Quantos anos você tem?”

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Atividade 01:

Qual o seu nome?

Saudações:

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Atividade 02: Organizar em grupo diálogos com os sinais estudados. ( Atente-
se para o seu cotidiano na UEG)

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Gêneros Textuais:

Música

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Informativo:

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Referências:

ALBINO, L. G.B, & MENIN, P.A.H, “ Educação Bilíngue no enfoque


Multicultural: ludicidade no ensino de Libras a partir da Educação Infantil.
“Disponível em: http://editora-arara-
azul.com.br/site/admin/ckfinder/userfiles/files/6%C2%BA%20Artigo%20Al
bino%20%26%20Menin.pdf

BRASIL. Lei nº. 10.436, de 24 de Abril de 2002. Dispõe sobre a Língua


Brasileira de Sinais - Libras e dá outras providências. Disponível em
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/99492/lei-de-libras-lei-10436-02. Último
acesso: 13/04/2018
BRASIL. Decreto nº. 5.626, de 22 de Dezembro de 2005. Regulamenta a Lei
nº. 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de
Sinais-Libras, e o art. 18 da Lei nº. 10.098 de 19 de Dezembro de 2002.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-
2006/2005/decreto/d5626.htm. Último acesso: 13/04/2018
CAPOVILLA, F. C., & RAPHAEL, W. D. (Orgs.), Dicionário enciclopédico
ilustrado trilíngue da Língua de Sinais Brasileira. Volume I: Sinais de A a L (2a.
edição, Vol. 1, pp. 1--832). São Paulo, SP: Edusp, MEC-FNDE. 2001
CAPOVILLA, F. C., & RAPHAEL, W. D. (Orgs.), Dicionário enciclopédico
ilustrado trilíngue da Língua de Sinais Brasileira. Volume II: Sinais de M a Z
(2a. edição, Vol. 2, pp. 847--1620). São Paulo, SP: Edusp, Imprensa Oficial,
Feneis. 2001.
QUADROS, Ronice Muller de. KARNOPP, Lodenir Becker. Língua de sinais
brasileira. Estudos Linguísticos. Porto Alegre: Artmed, 2004.

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