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MÓDULO 1
INTRODUÇÃO AO COMPORTAMENTO DAS ESTRUTURAS
DE BETÃO ARMADO
Carla Marchão
Júlio Appleton
Estes apontamentos foram elaborados com base nos outros textos da disciplina para
os quais contribuíram todos os docentes que leccionaram o Betão Armado e Pré-
Esforçado.
José Camara
ÍNDICE
3. MATERIAIS......................................................................................................................... 16
Notações
f – resistência do material
fc – tensão de rotura do betão à compressão
fct - tensão de rotura do betão à tracção
Ec – módulo de elasticidade do betão
fy – tensão de cedência do aço
fu – tensão de rotura do aço
Es – módulo de elasticidade do aço
0.50
0.20
5.00
P/2 P/2
DEV
P/2
(+)
(-) P/2
DMF
(+)
PL/4
Como se pode verificar, o maior momento flector ocorre a meio vão, estando esta
secção sujeita ao seguinte diagrama de tensões normais:
σ2 M×y M
Tensões: σ = I ; σmáx = w
h/2
I
G M em que w = y (módulo de flexão)
máx
h/2 3 2
bh 2 bh
Para uma secção rectangular, w = 12 × h = 6
y σ1
M P
EI (rigidez de flexão)
1/ R δ
(20 a 80 MPa)
fc Índice c – “concrete”
0.20 × 0.502
Mcr = fct × w = 2 × 103 × = 16.7 kNm
6
Solução: Introduzir um material com boa resistência à tracção nas regiões onde é
necessário ⇒ Betão armado (betão +armadura)
Armadura: material dúctil com bom comportamento quer à tracção quer à compressão
σ
fu
(200 a 800 MPa) fy Índice y – “yeld” (cedência)
Es (≈200 GPa) + -
fy ≈ fy
2.5 a 10% ε
fy
M I P
II
(2) (3)
(1) - fendilhação do betão
(1)
Mcr (2) - cedência das armaduras
(3) - rotura
1/ R δ
Admite-se:
2
As = 10.0 cm
d 0.50
d = 0.45 m (altura útil da armadura)
Ec = 30 GPa
0.5 3 1 4 2
Fct h/2 ⇔ As, min ≥ 0.2 × 4 × 2×10 × 3 × 10 = 1.25 cm
400×10
b fct
(antes de fendilhar)
2 Es bx2 Es bx2 Es
⇔ bx + As × E × x = 2 + As × E × d ⇔ = As × (d - x)
c c 2 Ec
(equação que traduz a igualdade de momentos estáticos)
0.2x2 -4 200 2 -3
2 = 10×10 x 30 (0.45 - x) ⇔ 0.1x + 6.67×10 - 0.03 = 0 ⇒ x = 0.143 m
x 0.143
z=d- = 0.45 - = 0.40 m
3 3
Mcr 16.7
Por equilíbrio: Mcr = Fs × z = Fc × z =16.7 kNm ⇔ Fc = z = 0.40 = 41.8 kN
σc × x × b 2Fc 2 × 41.8
Fc = ⇔ σc = bx = = 2923 kN/m2 ≅ 2.9 MPa
2 0.20 × 0.143
Fs 41.8
Fs = σs × As ⇔ σs = A = = 41800 kN/m2 = 41.8 MPa
s 10 × 10-4
(-)
0.143
LN
1/R
(+)
εs = 0.2‰ 41.8
ε σ [MPa]
Cálculo da curvatura
1 εc + εs 0.1×10-3 + 0.2×10-3
R = d = 0.45 = 6.67×10-4 m-1
Antes da fendilhação,
2.0 εc
(-) σc 2.0
εc = = = 6.67×10-5
Ec 30×103
1 2 × 6.67×10-5
(+)
R = 0.5 = 2.67×10-4 m-1
2.0 εc
σ [MPa]
1 / RI
Conforme se pode verificar, ≅ 2.5
1 / RII
LN
(+)
εs σs1 σs2
M1 M2 > M1
LN LN
z1 M1 z2 M2
M 1 < M2
F s1 F s2
a) Secção b) Estrutura
M I M I
II II
My = 160
Mcr = 16.7
1 /R 1 /R
As estruturas são compostas por inúmeras secções pelo que, o efeito da fendilhação
em algumas secções (perda de rigidez brusca nessas secções), vai conduzir a uma
diminuição gradual de rigidez da estrutura.
P
(2) (3)
(1)
Mcr
Mmáx
Flexão
Esforço transverso
Encurvadura
Equilíbrio
4) Avaliação dos efeitos estruturais das acções na estrutura, usualmente com base
numa análise elástica linear da mesma, e obtenção de esforços de cálculo
3) Avaliação dos efeitos estruturais das acções, considerando em geral uma análise
elástica linear e as propriedades médias dos materiais por forma a estimar o
comportamento previsível. Em geral é importante considerar os efeitos da fendilhação
(perda de rigidez) e fluência do betão
EXERCÍCIO 1.1
Acções:
Peso próprio
2
Revestimento=2.0 kN/m
2
Sobrecarga = 3.0 kN/m
10.00 S2
Coeficientes de majoração:
γG = γQ = 1.5
Coeficientes de combinação:
S1 ψ1 = 0.4 ; ψ2 = 0.2
2
3.00 Secção da viga: 0.30×0.85 m
1. Modelo de cálculo:
• Peso próprio
pp = γbetão × Área = [4 × 0.15 + (0.85 – 0.15) × 0.30] × 25 = 20.3kN/m
• Revestimento
rev = 2.0 × 4.0 = 8.0kN/m
2.2. Sobrecarga
p=1 kN/m
S2 S1
10.00 3.00
RA RB
DEV
[kN] 4.55 3.0
(+) (+)
(-)
x
5.45
DMF 4.5
[kNm]
(-)
(+)
10.25
ΣF = 0 ⇔ RA + RB = 13 ⇒ RA = 13 – 8.45 = 4.55kN
3
MB = – 1 × 3 × 2 = - 4.5kN/m
pL2/8
102 4.5
M½vão = 1 ×
8 - 2 = 10.25kNm L/2 L/2
4.55 × 4.55
Mmáx = = 10.35kNm
2
⇒ M½vão ≅ Mmáx
ALÍNEA A)
Secção S1 Secção S2
MS1
G = – 4.5 × 28.3 = - 127.35 kNm MS2
G = 10.25 × 28.3 = 290.1 kNm
MS1
Q = – 4.5 × 12.0 = - 54 kNm MS2
Q = 10.25 × 12.0 = 123.0 kNm
VS1
G = –5.45 × 28.3 = 154.2 kN
VS1
Q = –5.45 × 12.0 = 65.4 kN
A sobrecarga, sendo uma acção variável, pode actuar em qualquer tramo. Assim, para
cada caso, há que verificar a hipótese de carga mais desfavorável.
Deste modo,
q
g
12 × 102
MS2
Q = 8 = 150 kNm ; MS2
G = 10.25 × 28.3 = 290.1 kNm
⇒ MS2
sd = 1.5 × (290.1 + 150) = 660.2 kNm
ALÍNEA B)
Secção S1
Secção S2
3. Materiais
cil.
f ck fctk
fcd = , fctd = com γc = 1.5 (fckcil ≈ 0.8 fckcubos)
γc γc
Nota: o valor de fcd é definido a partir da resistência em cilindros, dado que estes provetes são
mais representativos da resistência do betão em peças longas.
σc
Ec
fcm
0.4 fck
εc
n 6 10 15
armaduras de pré-esforço
processo de fabrico
aderência
resistência
fyk aderência
processo de fabrico