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CONTRIBUIÇÃO DOS CONTEÚDOS DA DISCIPLINA GINÁSTICA OLÍMPICA

PARA A PRÁTICA NO NÚCLEO DE EXTENSÃO ACADEMIA DE GINÁSTICA E


TRAMPOLINS DO UNILESTE-MG

Demóstenes Lúcio de Miranda


Graduado em Educação Física pelo Centro Universitário do Leste de Minas Gerais – Unileste-MG

Thatiani Akemi Rodrigues Taniguchi


Docente do Curso de Graduação em Educação Física do Centro Universitário do Leste de Minas
Gerais – Unileste-MG

RESUMO
O Estágio Curricular Supervisionado busca integrar o conhecimento teórico do
estudante com a prática, propiciando ao estudante inserir seu conhecimento e
aprender junto aos núcleos de extensão. O presente estudo teve com objetivo
analisar a contribuição dos conteúdos lecionados na disciplina Teoria, Prática e
Metodologia da Ginástica II: Ginástica Olímpica para o desenvolvimento das
atividades, pelos estagiários de participação, no núcleo de extensão Academia de
Ginástica e Trampolins do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais – Unileste-
MG Através de um questionário semi – estruturado, foram entrevistados 8
estagiários, todos concluintes do curso de Educação Física, com idade entre 22 e 29
anos de ambos os sexos. Concluiu-se, a partir dos resultados obtidos, que para o
desenvolvimento das atividades no núcleo de Ginástica Olímpica há uma maior
contribuição dos conteúdos práticos. Outro dado importante foi que 62,5% dos
estagiários sentem dificuldades em desenvolver atividades no núcleo e segundo
esses estagiários a dificuldade se deve à complexidade dos movimentos da
Ginástica Olímpica.

Palavras-chaves: Estágio, Currículo, Ginástica Olímpica

ABSTRACT
The Curricular Supervised Academic Practise search to integrate the student's
theoretical knowledge with the practice, propitiating the student to insert his/her
knowledge and to learn the extension activities. The present study had with objective
to analyze the contribution of the contents taught in the discipline T.P.M. of the
Gymnastics II: Olympic gymnastics for the development of the activities, for the
participation trainees, in the nucleus of extension Gymnastics and Trampolines
Unileste-MG university. Through a questionnaire semi - structured , 8 trainees were
interviewed, all finished of the course of Physical education, with age between 22
and 29 years of both sexes. It was ended, starting from the obtained results, that for
the development of the activities in the nucleus of Olympic Gymnastics there is a
larger contribution of the practical contents. Another important die was that 62,5% of
the trainees feel difficulties in developing activities in the nucleus and second those
trainees the difficulty is due to the complexity of the movements of the Olympic
Gymnastics.

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Word-Keys: Apprenticeship, Curriculum, Gymnastics Olympic

INTRODUÇÃO

O estágio curricular supervisionado constitui um processo de ligação entre as


lógicas da educação profissional e do trabalho profissional, proporcionando ao
estudante a oportunidade de demonstrar conhecimentos e habilidades adquiridas,
adaptando-se ao campo de trabalho sob a supervisão docente e de um profissional
devidamente credenciado da área (BARROS, s/d). Segundo Santos (2001), o
estágio deve ser obrigatório desde o primeiro semestre, se possível, pois atua como
instrumento que viabiliza a extensão enquanto momento da prática profissional, da
consciência social e do compromisso político, e estar integrado a projetos
decorrentes do departamento e à temática curricular, sendo computado para a
integralização do currículo de docentes e discentes.
O estágio é, essencialmente, um período de adaptação do aluno à condição
profissional no mercado de trabalho, deve atender os objetivos do projeto
pedagógico do curso e as determinações do Conselho da profissão (BARROS, s/d).
Tem como objetivo oferecer ao futuro graduado em Educação Física um
conhecimento do real em situação de trabalho, e também um momento para se
verificar e provar a aquisição das competências e habilidades exigidas na prática
acadêmico - profissional e exigíveis dos formandos.
A prática concebida como componente curricular deverá ser contemplada e
explicitada no projeto pedagógico podendo ser vivenciada em diferentes contextos
de aplicação acadêmico-profissional desde o início do curso. Sendo assim, ela
poderá estar inserida e explicitada no contexto programático das diferentes unidades
de conhecimento constitutivas da organização curricular, ou poderá ser viabilizada
sob a forma de oficinas, laboratórios que permitam aos graduados vivenciarem o
nexo entre as dimensões conceituais e a aplicabilidade do conhecimento (MEC,
2004).
A formação do graduado em Educação Física deve assegurar a
indissociabilidade teoria-prática por meio da prática como componente curricular, do
estágio profissional curricular supervisionado (MEC, 2004).
Desde 1969, a estrutura curricular vem sendo objeto de uma ampla
discussão, com a justificativa que os currículos se caracterizavam pela excessiva
rigidez devido ao grande detalhamento dos mínimos curriculares.
Em 2003, após diversas discussões e reuniões sobre a nova grade curricular
para o curso de graduação em Educação Física, ficou determinado 3 dimensões
interdependentes. A dimensão da prática de atividades físicas, recreativas e
esportivas, a dimensão do estudo e da formação acadêmico-profissional e a
dimensão da intervenção acadêmico-profissional (MEC, 2004).
A Extensão Universitária é um processo educativo, cultural e científico que
articula o Ensino e a Pesquisa de forma indissociável e viabiliza a relação
transformadora entre Universidade e Sociedade. Além de instrumentalizadora deste
processo dialético de teoria-prática, a Extensão é um trabalho interdisciplinar que
favorece a visão integrada do social (SANTOS, 2001).
Com isso, um dos objetivos do Projeto Político Pedagógico do Unileste - MG,
é estabelecer uma relação prática do conhecimento dos alunos junto à comunidade,
nos projetos de extensão, solidificando a teoria como forma de ampliar o
conhecimento (Projeto Político Pedagógico do Curso de Educação Física, 2003).

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Um dos núcleos de Extensão do Curso de Educação Física do Unileste-MG é
o projeto de extensão Academia de Ginástica e Trampolins, que teve início em 1989.
Desde seu começo, funciona como núcleo de estágio supervisionado, dando
oportunidade aos acadêmicos de associarem a teoria desenvolvida ao longo do
curso à prática no núcleo.
A ginástica olímpica é uma modalidade esportiva composta por elementos
técnicos e uma grande variedade de movimentos. A ginástica se baseia em
movimentos corporais que envolvem balançar, saltar, apoiar, onde o domínio das
movimentações básicas é fundamental. Exige de seus professores um
aprofundamento nos estudos de diversas áreas, como: aprendizagem motora,
desenvolvimento motor, psicologia pedagogia, fisiologia do exercício entre outras
(ALEIXO & VIEIRA, 2004).
A fase de iniciação da ginástica é essencial para sua prática, onde os
iniciantes deverão ter uma boa base dos movimentos para gradativamente aumentar
seu nível de dificuldade. Por isso é necessário um grande aprofundamento teórico e
uma boa metodologia de ensino que permita ao professor sistematizar a prática de
forma coerente e progressiva.
Acredita-se que a Ginástica Olímpica deve ser ensinada de acordo com a
faixa etária da criança, já que a assimilação e a organização dos movimentos são
diferenciados, sempre levando em conta suas experiências anteriores, o grau de
coordenação e maturação de cada indivíduo (ALEIXO & VIEIRA, 2004).
Segundo Tani (2002) apud Aleixo & Vieira (2004), o conteúdo da Ginástica
Olímpica deve se encaixar às características da criança, à tarefa e ao ambiente
social de maneira que o esporte seja um fator de inserção e não de exclusão.
Deve-se evitar a especialização precoce, sempre respeitando as
características motoras da criança, pois há uma enorme complexidade nos
movimentos da Ginástica Olímpica (GRECO & BRENDA, 1998 apud ALEIXO &
VIEIRA, 2004), tornando saudável e prazeroso o envolvimento da criança na
Ginástica Olímpica.
A estratégia de atuação deve ser elaborada com bastante cuidado, já que se
deve respeitar a individualidade biológica de cada criança. Aleixo & Vieira (2004)
recomendam programas diferenciados para o desenvolvimento físico, psíquico e
social. A criança deve ser considerada como sujeito da prática e não apenas um
objeto de atuação da prática.
Assim, diante da importância do estágio curricular para a formação
profissional dos acadêmicos e sendo o núcleo de Ginástica Olímpica um espaço
para a capacitação dos mesmos, este estudo tem como objetivo analisar a
contribuição dos conteúdos lecionados na disciplina TPM da Ginástica II: Ginástica
Olímpica para o desenvolvimento das atividades, pelos estagiários de participação,
no núcleo de extensão – Academia de Ginástica e Trampolins.

MATERIAIS E MÉTODOS

A amostra do estudo foi composta por 8 estagiários de participação do núcleo


de extensão Academia de Ginástica e Trampolins do Unileste - MG, sendo 5
mulheres e 3 homens, na faixa etária de 22 a 29 anos, onde todos eram alunos do 8º
período do curso de Educação Física do Unileste-MG.
Foi utilizado um questionário semi-estruturado elaborado pelo pesquisador
com auxílio do professor orientador.

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O questionário foi aplicado pelo pesquisador aos estagiários de participação
no núcleo de extensão Academia de Ginástica e Trampolins. Foi realizada uma
explicação prévia, individual, sobre o questionário e sua importância para o
andamento da pesquisa. As possíveis dúvidas sobre o questionário foram
esclarecidas pelo pesquisador.
A análise dos dados foi realizada pela estatística descritiva através do
programa Microsoft Excel.
Todos os estagiários de participação foram informados dos objetivos e
procedimentos deste estudo. O nome das pessoas envolvidas não foi divulgado e a
participação foi voluntária.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Objetivando uma maior compreensão deste estudo, os resultados foram


apresentados e discutidos simultaneamente.
Na figura 1 são apresentados os resultados sobre os conteúdos da ementa da
Ginástica Olímpica, se esses conteúdos atendem totalmente, parcialmente ou não
atendem as necessidades do estagiário durante as atividades. Nota-se que os
conteúdos relacionados à prática atendem mais as necessidades dos estagiários,
conteúdos esses que realizam uma forte ligação teoria-prática. O conteúdo sobre
Noções de Segurança, para 100% dos estagiários, atende totalmente as
expectativas durante a prática, enquanto que o conteúdo sobre a História da
Ginástica Olímpica não atende as necessidades para 58,33% dos estagiários.

FIGURA 1: Relação dos conteúdos com as necessidades dos estagiários durante a prática

Dentro da prática na Educação Física deve haver uma integração teoria e


prática através da práxis, ou seja, a prática refletida, teorizada, pois na verdade não
são termos antagônicos, opostos, mas dialéticos, complementares que formam uma
unidade (MOLA; MARCELINHO E WINTERSTEIN, 1995 apud GHILARDI, 1998).

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Segundo Barros (s/d), as aulas práticas objetivam a melhoria do
desenvolvimento teórico - prático no processo de aprendizagem, bem como o
amadurecimento pessoal e profissional do estudante.
Dentre os estagiários pesquisados, 58,33% acham que após cursarem a
disciplina estão aptos a ensinar a prática da Ginástica Olímpica, enquanto que
41,67% acham que não estão aptos a ensinar essa modalidade. Essa insegurança
em ensinar a modalidade também pode estar relacionada aos motivos pelo qual o
estagiário se insere neste núcleo. De acordo com os resultados apresentados na
figura 2, apenas 25% deles atuam no núcleo por terem facilidade com a modalidade.
Dos 75% restantes, 50% estão no núcleo devido aos dias de funcionamento, que
melhor se encaixa aos seus horários de trabalho na semana e 25% porque o núcleo,
no momento da escolha, era o único disponível.

FIGURA 2: Motivos pelo qual os estagiários atuam no núcleo de Ginástica Olímpica

Tem facilidade
com a disciplina
25% 25%

Pelos dias e
horários das
atividades
Era o único núcleo
disponível
50%

A figura 3 mostra o percentual de estagiários que sentem e que não sentem


dificuldades para desenvolver atividades no núcleo. Observa-se que 33,34% não
sentem dificuldades enquanto 6,66% sentem dificuldades.
A não apropriação das informações transmitidas pelos docentes durante as
aulas gera um desconforto quando o acadêmico se vê na situação de colocar em
prática o que se viu na teoria. Porém, segundo Tani (1996) apud Ghilardi (1998), as
disciplinas consideradas práticas, [...] devem dar oportunidades para o graduado
desenvolver sua capacidade diagnóstica, sua capacidade de observação, para o
profissional conhecer, antes de passar instrução, o que o aluno necessita aprender.
Segundo Ghilardi (1998), um curso superior de Educação Física que dura 4
anos, não é capaz de transmitir um mínimo de conhecimento necessário para a
formação de um profissional e ao mesmo tempo oferecer cursos de aperfeiçoamento
de habilidades motoras específicas. Dessa forma, o aluno que achar necessário
para seu enriquecimento profissional dominar os movimentos referentes a alguma
habilidade ou modalidade esportiva, deve ingressar num treinamento e
complementar sua formação.

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FIGURA 3: Porcentagem dos estagiários que sentem dificuldades ou não para desenvolver
atividades no núcleo de Ginástica e Trampolins

Dentre os estagiários que possuem dificuldades de trabalhar com a ginástica


olímpica, 62,5% alegam que essa dificuldade se deve à complexidade dos
movimentos e 37,5% apontam o longo espaço de tempo existente entre o período
em que cursaram a disciplina e o período em que atuam como estagiários.

FIGURA 4: Motivos pelo qual os estagiários possuem dificuldades em desenvolver as atividades no


núcleo de Ginástica e Trampolins

Manoel (1996) citado por Ghilardi (1998) advoga que as disciplinas práticas
num curso de graduação deveriam desenvolver nos estudantes a capacidade de
julgamento de problemas diários, levando-se em conta a variabilidade e a
complexidade.
Aleixo e Vieira (2004) afirmam que a Ginástica Olímpica é uma modalidade
esportiva composta de uma enorme variedade de habilidades e elementos técnicos,
onde o professor/técnico deve adotar diferentes estratégias de atuação de acordo
com a idade da criança. Essa complexidade dos movimentos se torna ainda maior
se a vivência prática do estagiário com o esporte aconteceu apenas no período em
que cursou a disciplina. Porém, mesmo sendo uma experiência, muitas vezes não
desejada, segundo Betti (1992) citado por Schiavon (2003), [...] atividades fora da
sala de aula, formais ou informais, e principalmente programas de extensão à
comunidade que promovem a imediata dialética teoria-prática, devem ser fortemente
estimuladas pelas instituições de ensino superior.

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CONCLUSÃO

A partir dos resultados obtidos, conclui-se que os conteúdos ministrados na


disciplina T.P.M. da Ginástica II: Ginástica Olímpica são suficientes para atuação
dos estagiários no núcleo de estágio de Ginástica Olímpica, sendo os conteúdos
práticos os que mais contribuem para o desenvolvimento das atividades do estágio.
Nota-se o maior motivo da dificuldade dos estagiários em desenvolver as atividades
no núcleo se deve à complexidade dos movimentos da Ginástica Olímpica,
característica da modalidade. A escolha pelo estágio no núcleo de Ginástica
Olímpica se deu não pela facilidade com a modalidade, mas sim pela disponibilidade
dos estagiários nos dias e horários em que o núcleo funciona.
Recomenda-se que outros estudos sejam realizados relacionando a
contribuição da disciplina Ginástica Olímpica e do estágio supervisionado com a
atividade de egressos no mercado de trabalho de forma a orientar aos docentes de
instituições de ensino superior na formação de futuros professores.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALEIXO, Ivana & VIEIRA, Márcio; Projeto de Extensão em Ginástica Olímpica,


Uma Trajetória de 10 Anos. Belo Horizonte, 2004. Disponível em: <www.ufmg.br>.
Acesso em: 03/05/2006

BARROS, José Maria de Camargo; Considerações Sobre o Estágio na Formação


do Profissional de Educação Física. Disponível em:
<www.confef.org.br/revistasWeb/n8>. Acesso em: 28/04//2006

GUILARDI, Reginaldo. Formação Profissional em Educação Física: A Relação


Teoria e Prática, São Paulo, Junho, 1998. Disponível em:
<www.rc.unesp.br/ib/efisica/motriz>. Acesso em: 19/06/2006

MEC; I Relatório do Conselho Nacional de Educação, 2004. Disponível em:


<www.confef.org.br/extra/juris/mostra_lei.asp>. Acesso em: 07/05/2006

Projeto Político Pedagógico do Curso de Educação Física – Currículo 4.


Ipatinga: UnilesteMG, 2003.

SANTOS, Boaventura de Souza; Plano Nacional de Extensão Universitária, 2001.


Disponível em: <www.renex.org.br/pne>. Acesso em: 08/05/2006

SCHIAVON, Laurita Marconi. O Projeto Crescendo com a Ginástica: Uma


Possibilidade na Escola, 2003. Disponível em:
<http://libdigi.unicamp.br/document>. Acesso em: 20/12/2006

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