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Apelação Criminal Nº 1.0704.13.

001930-7/001

<CABBCAABDCBACADCCBBABACCBBDACAAACDBA
ADDADAAAD>

EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL – CRIMES DE FURTO


QUALIFICADO – ATENUANTE INOMINADA PREVISTA NO ART.
66 DO CP – INAPLICABILIDADE – INVIABILIDADE DE REDUÇÃO
DA PENA AQUÉM DO MÍNIMO LEGAL – RECURSO NÃO
PROVIDO. 1- A atenuante inominada prevista no art. 66 do CP
apenas pode ser reconhecida quando houver uma
circunstância, não prevista expressamente em lei, que permita
verificar a ocorrência de um fato indicativo de uma menor
culpabilidade do agente. 2- A atenuante da confissão
espontânea não é apta a conduzir a redução da reprimenda
aquém do mínimo previsto em abstrato para o delito.

APELAÇÃO CRIMINAL Nº 1.0704.13.001930-7/001 - COMARCA DE UNAÍ - APELANTE(S): ALLAN SIDNEY


RODRIGUES BATISTA - APELADO(A)(S): MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS - VÍTIMA: R.N.B.,
T.L.M.

AC Ó R D ÃO

Vistos etc., acorda, em Turma, a 5ª CÂMARA CRIMINAL do


Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, na conformidade da
ata dos julgamentos, à unanimidade, em NEGAR PROVIMENTO AO
RECURSO.

DES. JÚLIO CÉSAR LORENS


RELATOR

Fl. 1/5
Apelação Criminal Nº 1.0704.13.001930-7/001

DES. JÚLIO CÉSAR LORENS (RELATOR)

VOTO

1- RELATÓRIO

Perante o Juízo da Vara Criminal da Comarca de Unaí/MG,


ALLAN SIDNEY RODRIGUES BATISTA, alhures qualificado, foi
denunciado como incurso no art. 155, §4º, incisos I e II, e art. 155, §4º,
inciso I, c/c art. 14, todos do CP.

Noticia a denúncia que, no dia 19/02/13, o denunciado subtraiu,


mediante escalada e arrombamento, vários objetos de propriedade da
vítima R.N.B. e, em seguida, tentou subtrair, mediante arrombamento,
uma câmera de propriedade da vítima T.L.M.

Após o regular trâmite, foi proferida sentença (fls. 119/136) para


condenar o réu nas sanções do art. 155, §4º, incisos I e II, e art. 155,
§4º, inciso I, c/c art. 14, na forma do art. 71, todos do CP, à pena de 02
(dois) anos e 04 (quatro) meses de reclusão, em regime inicial aberto, e
11 (onze) dias-multa, tendo a pena privativa de liberdade sido
substituída pelas restritivas de direitos de prestação de serviços à
comunidade e prestação pecuniária.

Inconformado, a tempo e modo, apelou o réu (f. 142). Em suas


razões recursais (fls. 159/160), busca a redução da pena aquém do
mínimo legal pela aplicação da atenuante inominada prevista no art. 66
do CP, ao argumento de que a pobreza, assim como fatores sociais e
econômicos, devem ser considerados para a redução da reprimenda.

Contrarrazões apresentadas (fls. 162/165), o Parquet pugnou


pelo não provimento do recurso. No mesmo sentido, opinou, nesta
instância (fls. 168/172), a douta Procuradoria-Geral de Justiça.

É o relatório.

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2- JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE

Presentes os pressupostos de admissibilidade e processamento,


conheço do recurso.

3- FUNDAMENTAÇÃO

Trata-se de apelação interposta contra a sentença que


condenou o réu pela prática de crimes de furto qualificado em
continuidade delitiva.

Inexistindo questionamentos preliminares e não vislumbrando


nos autos qualquer irregularidade ou nulidade que deva ser declarada
de ofício, passo ao exame do mérito recursal.

E, no mérito, a autoria e materialidade se encontram


demasiadamente comprovadas, tanto é que nenhuma das partes
contra elas se insurgiu.

Como visto, a defesa almeja tão somente a redução da


reprimenda aquém do mínimo pela atenuante inominada prevista no
art. 66 do CP.

Ocorre que, diversamente do esposado pela defesa, in casu é


inaplicável a citada atenuante.

Como se sabe, a atenuante inominada prevista no art. 66 do CP


apenas pode ser reconhecida quando houver uma circunstância, não
prevista expressamente em lei, que permita verificar a ocorrência de
um fato indicativo de uma menor culpabilidade do agente.

Contudo, conforme se depreende da análise dos autos, não foi


comprovada qualquer circunstância relevante a ser considerada no
presente caso, não tendo, a hipossuficiência econômica, o condão de
justificar a prática delituosa ou diminuir a censurabilidade da conduta do
agente.

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Assim sendo, não há que se falar, no caso, em aplicação da


atenuante inominada prevista no art. 66 do CP.

E mesmo que assim não fosse, certo é que comungo do


entendimento de que não é possível, na segunda fase de aplicação da
pena, ultrapassar os limites estabelecidos abstratamente na lei,
conforme dispõe as Súmulas nº. 42 do TJMG e 231 do STJ, in verbis:

Nenhuma circunstância atenuante pode reduzir a


pena aquém do mínimo legal, como nenhuma
agravante pode aumentá-la além do máximo
cominado.

A incidência da circunstância atenuante não pode


conduzir à redução da pena abaixo do mínimo
legal.

A propósito, vejamos o entendimento jurisprudencial:

PENAL E PROCESSUAL. (...) ATENUANTE.


REDUÇÃO DA PENA AQUÉM DO MÍNIMO LEGAL.
IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 231 DO STJ. (...)
Descabe a redução da pena, na segunda fase da
dosimetria, a patamar aquém do mínimo legal em
razão da existência de circunstância atenuante,
nos termos da Súmula 231 desta Corte (...). (STJ,
AgRg no AREsp 647538/SP, Rel. Min. Gurgel de
Faria, j: 09/06/15).

Destarte, a reprimenda deve ser mantida nos patamares


sentenciais.

4- DISPOSITIVO

Diante do exposto, NEGO PROVIMENTO ao recurso.

Sem custas, em razão da isenção deferida na sentença (fls.


134/135).

Assim como voto.

DES. ALEXANDRE VICTOR DE CARVALHO (REVISOR) - De


acordo com o(a) Relator(a).

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DES. EDUARDO MACHADO - De acordo com o(a) Relator(a).

SÚMULA: "NEGARAM PROVIMENTO AO


RECURSO."

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