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LEGISLAÇÃO APLICADA À PF P/ AGENTE ADMINSTRATIVO - PACOTE

PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

AULA – 03

Caro aluno,

Como está a luta? Beleza?

Estamos agora chegando próximo ao fim da caminhada e, nesta aula,


abordaremos uma norma bastante interessante e de muita importância para o
seu futuro ofício de como Agende Administrativo da Polícia Federal:

Lei nº 6.815/80 – O Estatuto do Estrangeiro

Ela é importante porque várias de suas futuras atividades administrativas


poderão estar relacionadas a procedimentos por ela previstos. A norma é um
tanto extensa, tenho que admitir... No entanto, fique tranquilo! Já tive todo o
trabalho de destrinchá-la e torná-la o mais didática possível. O intuito da aula
é o de trazer um detalhamento dentro da medida certa, buscando clarificar
alguns pontos e direcioná-lo objetivamente para resolver e acertar questões de
sua prova sobre esse tema.

Confesso que achar questão sobre essa lei foi um verdadeiro desafio,
certamente a tarefa mais árdua. No entanto, depois de muita pesquisa e
também de muita ralação para elaborar e adicionar boas questões, o resultado
final ficou bastante satisfatório. Cerca de 40 questões! Material
exclusivíssimo para os meus estimados alunos do Ponto!

Estude essa aula sem pressa, com bastante calma, e faça mais uma ou
duas revisões dela (a última, bem próximo à prova, ok?). Fazendo isso,
garanto, você terá toda a tranquilidade para gabaritar as questões sobre o
Estatuto do Estrangeiro.

Então vamos lá! Concentração total, foco e objetivo!

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LEI Nº 6.815/80 – O ESTATUTO DO ESTRANGEIRO

1. INTRODUÇÃO

A Lei 6.815/80, mais conhecida como a Lei do Estrangeiro, teve o condão


de definir a situação jurídica do estrangeiro no Brasil e criar o Conselho
Nacional de Imigração.

Ao regular a situação do estrangeiro no Brasil, ela tratou de


regulamentar a emissão e os tipos de vistos brasileiros, definiu os direitos e
deveres, assim como também criou as regras para deportação, extradição e
expulsão de estrangeiros.

O Departamento de Polícia Federal é o órgão competente para tratar


da aplicabilidade de grande parte das disposições da referida lei e, por esse
motivo, considero importante a inclusão dessa norma no programa de seu
concurso.

Na aplicação do Estatuto do Estrangeiro, será atendida precipuamente a


segurança nacional, a organização institucional, os interesses políticos,
socioeconômicos e culturais do Brasil, bem assim à defesa do trabalhador
nacional.

Em seu art. 1º, a Lei 6.815/80 estabelece que, satisfeitas as condições


nela previstas, em tempo de paz, qualquer estrangeiro poderá entrar e
permanecer no Brasil e dele sair, resguardados os interesses
nacionais.

Para isso, é preciso que sejam respeitadas as exigências estabelecidas


pela lei para a admissão e entrada dessas pessoas no país. Para começar,
estudaremos primeiramente a regra para a admissão de estrangeiros
analisando os tipos de vistos permitidos e suas peculiaridades.

Vamos lá, então?

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2. TIPOS DE VISTOS DE ENTRADA NO BRASIL

Regra nº 1: a concessão do visto, a sua prorrogação ou


transformação ficarão sempre condicionadas aos interesses nacionais.

Ao estrangeiro que pretenda entrar no território nacional poderá ser


concedido:

 visto de TRÂNSITO;

 visto de TURISTA;

 visto TEMPORÁRIO;

 visto PERMANENTE;

 visto de CORTESIA;

 visto OFICIAL; e

 visto DIPLOMÁTICO.

Antes de tratarmos em detalhes de cada um dos tipos de vistos, vamos a


três considerações importantíssimas:

IMPORTANTE

 É VEDADA a concessão de visto ao estrangeiro (art. 7º):

 menor de 18 anos, desacompanhado do responsável legal ou


sem a sua autorização expressa;

 considerado nocivo à ordem pública ou aos interesses


nacionais;

 anteriormente expulso do País, salvo se a expulsão tiver sido


revogada;

 condenado ou processado em outro país por crime doloso,


passível de extradição segundo a lei brasileira; ou

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 que não satisfaça às condições de saúde estabelecidas pelo


Ministério da Saúde.

 O visto é INDIVIDUAL e sua concessão poderá se estender a


dependentes legais, desde que esses dependentes não se
enquadram em nenhuma das vedações acima citados.

 A POSSE ou a PROPRIEDADE de bens no Brasil não confere ao


estrangeiro o direito de obter visto de qualquer natureza, ou
autorização de permanência no território nacional.

O visto concedido pela autoridade consular configura mera expectativa


de direito, podendo a entrada, a estada ou o registro do estrangeiro ser
obstado ocorrendo qualquer dos casos do artigo 7º (citados no quadro acima),
ou a inconveniência de sua presença no território nacional, a critério do
Ministério da Justiça.

Visto de TRÂNSITO

O visto de trânsito poderá ser concedido ao estrangeiro que, para


atingir o país de destino, tenha de entrar em território nacional.

IMPORTANTE

 O visto de TRÂNSITO é válido para uma estada de ATÉ 10 dias


improrrogáveis e uma só entrada.

 NÃO SE EXIGIRÁ visto de trânsito ao estrangeiro em viagem


contínua, que só se interrompa para as escalas obrigatórias do
meio de transporte utilizado.

Visto de TURISTA

O visto de turista poderá ser concedido ao estrangeiro que venha ao Brasil


em caráter recreativo ou de visita.

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Comentário:

Se o intuito desse cidadão australiano fosse apenas o de visitar ou


realizar atividades recreativas no Brasil, não seria problema nenhum ser
concedido a ele o visto de turista. Até porque o seu período de férias está
dentro do máximo permitido no Estatuto do Estrangeiro: estada não excedente
a 90 dias. Acontece que a questão afirma que o seu propósito é o de ministrar
aulas remuneradas de surfe e comercializar aparelhos eletrônicos oriundos da
Austrália. Nesse caso, caro aluno, o referido Estatuto expressamente veda a
concessão do visto de turista, pois vimos que a regra estabelecida é que
àquele que tenha finalidade imigratória ou intuito de exercício de atividade
remunerada não será concedido o visto de turista. E mesmo que haja
reciprocidade entre o Brasil e a Austrália, ok?

Gabarito: Errado

Visto TEMPORÁRIO

O visto temporário poderá ser concedido ao estrangeiro que pretenda


vir ao Brasil:

 em viagem cultural ou em missão de estudos;

Para essas pessoas, o prazo de estada no Brasil corresponderá à


duração da missão do contrato, ou da prestação de serviços,
comprovada perante a autoridade consular e observado o disposto na
legislação trabalhista.

 em viagem de negócios;

 na condição de artista ou desportista;

Para esses casos, o prazo de estada será de até 90 dias.

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No caso do estrangeiro artista ou desportista, cabe ressaltar também que


o visto temporário só será concedido se ele satisfizer às exigências especiais
estabelecidas pelo Conselho Nacional de Imigração e for parte em contrato de
trabalho, visado pelo Ministério do Trabalho, salvo no caso de comprovada
prestação de serviço ao Governo brasileiro.

 na condição de estudante;

Para os estudantes, o prazo do visto temporário será de até 01 ano,


prorrogável, quando for o caso, mediante apresentação de prova do
aproveitamento escolar e da matrícula.

 na condição de cientista, professor, técnico ou profissional de outra


categoria, sob regime de contrato ou a serviço do Governo
brasileiro;

 na condição de correspondente de jornal, revista, rádio, televisão


ou agência noticiosa estrangeira.

O prazo de estada no Brasil para esses profissionais corresponderá


também à duração da missão do contrato, ou da prestação de serviços,
comprovada perante a autoridade consular e observado o disposto na
legislação trabalhista.

O visto do estrangeiro cientista, professor e técnico acima citado só será


concedido se forem satisfeitas as exigências especiais estabelecidas pelo
Conselho Nacional de Imigração e for parte em contrato de trabalho, visado
pelo Ministério do Trabalho, salvo no caso de comprovada prestação de serviço
ao Governo brasileiro.

 na condição de ministro de confissão religiosa ou membro de


instituto de vida consagrada e de congregação ou ordem religiosa.

Para os estrangeiros acima citados, o prazo do visto temporário será de


até 01 ano. Entretanto, para eles há o direito à prorrogação de prazo de
estada, mas essa prorrogação não excederá também a 01 ano.
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Visto PERMANENTE

O visto permanente poderá ser concedido ao estrangeiro que pretenda


se fixar definitivamente no Brasil.

Mas que interesse teria o Brasil em nele ter estrangeiros fixados


definitivamente?

A Lei em estudo, o nosso Estatuto do Estrangeiro, estabelece que a


imigração objetivará, primordialmente, propiciar mão de obra
especializada aos vários setores da economia nacional, visando:

 à Política Nacional de Desenvolvimento em todos os aspectos;

 ao aumento da produtividade;

 à assimilação de tecnologia e;

 à captação de recursos para setores específicos.

Para obter visto permanente, o estrangeiro deverá satisfazer, além dos


requisitos estabelecidos em regulamentos próprios, as exigências de caráter
especial previstas nas normas de seleção de imigrantes estabelecidas pelo
Conselho Nacional de Imigração.

ATENÇÃO!

 A concessão do visto permanente PODERÁ ficar condicionada, por


prazo não superior a 05 anos, às seguintes condições:

 ao exercício de atividade certa e;

 à fixação em região determinada do território nacional.

A informação acima quer nos dizer que, se o estrangeiro que tiver o visto
permanente não comprovar exercício de atividade certa e fixação em região
determinada do território nacional, seu visto poderá ter apenas validade de até
no máximo 05 anos.

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Vistos de CORTESIA, OFICIAL e DIPLOMÁTICO

Sobre esses vistos, algumas informações relevantes:

É o Ministério das Relações Exteriores o órgão competente para definir os


casos de concessão, prorrogação ou dispensa dos vistos diplomáticos, oficial e
de cortesia.

Para a concessão dos vistos de cortesia, oficial e diplomático está


dispensada a cobrança de emolumentos consulares. Cabe destacar que
tal cobrança também não existirá para aqueles titulares de passaporte
diplomático ou de serviço para os quais forem concedidos esses tipos de vistos.

O portador de visto de cortesia, oficial ou diplomático só poderá


exercer atividade remunerada em favor:

 do Estado estrangeiro;

 de organização ou agência internacional de caráter


intergovernamental a cujo serviço se encontre no País, ou;

 do Governo ou de entidade brasileiros, mediante instrumento


internacional firmado com outro Governo que encerre cláusula
específica sobre o assunto.

Pois saiba que a desobediência a essas regras será causa de


deportação do estrangeiro!

Ainda temos no Estatuto o caso dos SERVIÇAIS (ou criados) que têm o
visto de cortesia.

Segundo suas regras, o serviçal com visto de cortesia só poderá exercer


atividade remunerada a serviço particular de titular de visto de cortesia,
oficial ou diplomático. A missão, organização ou pessoa, a cujo serviço se
encontra o serviçal, fica responsável pela sua saída do território nacional, no
prazo de 30 dias, a contar da data em que cessar o vínculo empregatício.

Se essa determinação for desobedecida o serviçal será deportado do


País!

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IMPORTANTE

 Ao titular de dos vistos DE CORTESIA, OFICIAL e DIPLOMÁTICO,


NÃO SE APLICA o disposto na legislação trabalhista
brasileira.

Mais questões para interessantes para analisarmos:

02. [CESPE – JUIZ FEDERAL – TRF/1ª – 2011] Segundo o direito


internacional costumeiro, nenhum Estado tem o direito de negar visto para o
ingresso de estrangeiro em seu território, seja em definitivo, seja a título
temporário.

Comentário:

A questão traz uma generalização muito perigosa ao afirmar que nenhum


Estado tem o direito de negar visto para o ingresso de estrangeiro em seu
território, seja em definitivo, seja a título temporário. É claro que tem esse
direito sim! No caso de nosso país, por exemplo, o Estatuto do Estrangeiro
versa que a concessão do visto, a sua prorrogação ou transformação ficarão
sempre condicionadas aos interesses nacionais. Isso quer dizer, portanto,
que o Brasil tem o direito de negar visto para o ingresso de estrangeiro. Não
havendo interesse nacional, não há visto!

Gabarito: Errado

[CESPE – AGENTE DE INTELIGÊNCIA – ABIN – 2008] Com base na


legislação acerca da situação jurídica do estrangeiro no Brasil, julgue
os itens que seguem.

03. A concessão do visto, a sua prorrogação ou transformação dependem do


cumprimento dos requisitos previstos em lei, independentemente dos
interesses nacionais.

04. O visto é individual e a sua concessão poderá estender-se aos


dependentes legais do estrangeiro requerente.

05. O visto de trânsito poderá ser concedido ao estrangeiro que, para atingir o
país de destino, tenha de entrar em território nacional, mas não será exigido
ao estrangeiro em viagem contínua que só se interrompa para as escalas
obrigatórias do meio de transporte utilizado.

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Comentário 03:

Veja como, em duas questões, o nosso querido Cespe faz praticamente


a mesma afirmação! Vou repetir: os interesses nacionais precisam ser
levados em consideração para a concessão, prorrogação ou transformação
de vistos.

Gabarito: Errado

Comentário 04:

A questão está correta, mas vale ressaltar que a extensão do visto para os
dependentes legais do estrangeiro requerente será possível desde que eles (os
dependentes) não se enquadrem em nenhuma das vedações trazidas pelo art.
7º do Estatuto.

Gabarito: Certo

Comentário 05:

Exatamente! O visto de trânsito poderá ser concedido ao estrangeiro que


para atingir o país de destino, tenha de entrar em território nacional e não será
exigido ao estrangeiro em viagem contínua, que só se interrompa para as
escalas obrigatórias do meio de transporte utilizado.

Gabarito: Certo

06. [CESPE – DEFENSOR PÚBLICO – DPU – 2010] Suponha que


Raimundo, brasileiro nato, tenha saído do Brasil para morar nos Estados
Unidos da América, onde reside há mais de trinta anos, e que, nesse país,
tenha obtido a nacionalidade americana como condição para permanecer no
território americano. Nessa situação, caso deseje retornar ao Brasil para visitar
parentes, Raimundo necessitará de visto, pois, ao obter a nacionalidade
americana, perdeu a nacionalidade brasileira.

Comentário:

Essa questão trata precipuamente de disposição constitucional a respeito


da nacionalidade. O art. 14, § 4º, da CF/88 determina como um dos casos
para a perda da nacionalidade do brasileiro a aquisição de outra
nacionalidade. Mas essa regra não é absoluta e, por isso, traz exceções. Uma
delas estabelece que a nacionalidade não será perdida nos casos de imposição
de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado
estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o
exercício de direitos civis. É exatamente o que aconteceu com Raimundo. A
assertiva afirma que ele obteve a nacionalidade americana como condição para
permanecer no território americano.

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Logo, se foi uma condição imposta pelo outro país, Raimundo não perdeu
sua nacionalidade nata de brasileiro. Dessa forma, não necessitará de visto
para entrar no Brasil.

Gabarito: Errado

07. [CESPE – DEFENSOR PÚBLICO – DPU – 2010] Um imigrante e um


turista recebem o mesmo tipo de visto para ingresso no país.

Comentário:

O visto de turista poderá ser concedido ao estrangeiro que venha ao


Brasil em caráter recreativo ou de visita. No entanto, versa a lei que esse tipo
de visto não será concedido àquele que tenha finalidade imigratória ou
intuito de exercício de atividade remunerada.

Gabarito: Errado

[CESPE – JUIZ FEDERAL – TRF/5ª – 2009] Com relação ao Estatuto do


Estrangeiro (Lei n.º 6.815/1980), julgue os itens a seguir.

08. A posse ou a propriedade de bens no Brasil confere ao estrangeiro o


direito de obter visto de qualquer natureza ou autorização de permanência no
território brasileiro.

09. O visto de trânsito pode ser concedido ao estrangeiro que, para atingir o
país de destino, tenha de entrar em território brasileiro.

Comentário 08:

Muito pelo contrário! O art. 6º da Lei 6.815/80 estabelece que a posse


ou a propriedade de bens no Brasil NÃO confere ao estrangeiro o direito de
obter visto de qualquer natureza ou autorização de permanência no território
brasileiro.

Gabarito: Errado

Comentário 09:

Perfeito! Já vimos essa disposição no comentário de questão anterior. É o


que estabelece o art. 8º da lei em estudo.

Gabarito: Certo

10. [CESPE – OFICIAL DE INTELIGÊNCIA – ABIN – 2008] A propriedade


de imóvel urbano confere ao estrangeiro o direito de obter visto temporário e
autorização de permanência no território nacional, pelo prazo máximo de um
ano.
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Comentário:

Essa assertiva da nossa estimada banca está uma moleza! No


comentário da questão 07, vimos que o art. 6º da Lei 6.815/80 estabelece que
a posse ou a propriedade de bens no Brasil NÃO confere ao estrangeiro o
direito de obter visto de qualquer natureza ou autorização de permanência no
território brasileiro.

Gabarito: Errado

11. [PONTO E MARCOS GIRÃO – POLICIA FEDERAL – 2013] Ao


americano Mack Davis foi concedido visto de entrada para o Brasil. De acordo
com a disciplina imposta pela Lei 6.815/80, seu visto será automaticamente
estendido aos seus dois filhos e à sua esposa os quais foram regularmente
declarados como seus dependentes legais.

Comentário:

A Lei 6.815/80 estabelece que o visto é individual e que sua concessão


poderá ser estendida aos dependes legais. Acontece que essa extensão não se
dá de forma automática. No caso hipotético da questão, a concessão de vistos
aos dependentes de Mack Davis deverá respeitar as regras de exceção
previstas no art. 7º da referida lei. Seus dependentes não podem ser menores
de 18 anos, desacompanhados do responsável legal ou sem a sua autorização
expressa; considerados nocivos à ordem pública ou aos interesses nacionais;
anteriormente expulsos do País (salvo se a expulsão tiver sido revogada) ou
condenados ou processados em outro país por crime doloso, passível de
extradição segundo a lei brasileira.

Gabarito: Errado

12. [PONTO E MARCOS GIRÃO – POLICIA FEDERAL – 2013] Não se


concederá visto ao estrangeiro menor de 18 (dezoito) anos, desacompanhado
do responsável legal.

Comentário:

A questão traz de forma correta uma das vedações à concessão de visto


a estrangeiro. Tal vedação está expressa no art. 7º, inciso II do Estatuto.

Gabarito: Certo

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Os casos EXCEPCIONAIS

 Limitação de prazo de estada

Alguns países estabelecem limitação de 90 dias como prazo de estada a


vistos de cidadãos brasileiros, quando estes visitam ou transitam por esses
países.

Assim, para os cidadãos desses países, respeitada a reciprocidade, o


Estatuto do Estrangeiro também estabelece a validade de 90 dias para a
utilização de qualquer que seja o visto, contados da data de sua concessão,
podendo ser prorrogada pela autoridade consular uma só vez, por igual
prazo.

Nesses casos, é claro, serão cobrados os emolumentos devidos.

 Aos naturais de PAÍSES LIMÍTROFES

Ao natural de país limítrofe, domiciliado em cidade contígua ao


território nacional, respeitados os interesses da segurança nacional, poderá
ser permitida a entrada nos municípios fronteiriços a seu respectivo país,
desde que apresente prova de identidade.

A esses estrangeiros, caso pretendam exercer atividade remunerada ou


frequentar estabelecimento de ensino naqueles municípios, será fornecido:

 Documento especial que o identifique e caracterize a sua condição e;

 Carteira de Trabalho e Previdência Social, quando for o caso.

IMPORTANTE

 Os documentos acima citados NÃO conferem o direito de


residência no Brasil, NEM AUTORIZAM o afastamento dos
limites territoriais daqueles municípios.

 O estrangeiro que desobedecer à determinação acima será


deportado!

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Uma questão para treinarmos:

13. [PONTO E MARCOS GIRÃO – POLICIA FEDERAL – 2013] Paso de Los


Libres, município argentino é chamada de cidade gêmea de Uruguaiana,
município brasileiro do Estado do Rio Grande do Sul. De acordo com o Estatuo
do Estrangeiro, Juan Pablo, argentino e morador de Paso de Los Libres, pode
transitar livremente entre os dois municípios desde que tenha idoneidade
moral comprovada.

Comentário:

Juan Pablo é natural da Argentina, país limítrofe, e domiciliado em Paso


de Los Libres, cidade contígua ao território nacional. A Lei 6.815/80 estabelece
que ao natural de país limítrofe, domiciliado em cidade contígua ao território
nacional, poderá ser permitida a entrada nos municípios fronteiriços a seu
respectivo país, desde que apresente prova de identidade. Não há a exigência
expressa de prova de idoneidade moral. E mais: devem ainda ser respeitados
os interesses da segurança nacional.

Gabarito: Errado

3. AS TRANSFORMAÇÕES DE VISTOS

Antes de tratarmos das possibilidades de transformação de vistos, para


que seja facilitado o entendimento, vamos convencionar o seguinte:

Chamaremos de técnicos especializados aqueles que vêm ao Brasil na


condição de cientista, professor, técnico ou profissional de outra categoria (sob
regime de contrato ou a serviço de Governo brasileiro).

Chamaremos de religiosos aqueles que atuam na condição de ministro


de confissão religiosa ou membro de instituto de vida consagrada e de
congregação ou ordem religiosa.

Lembre-se que essas pessoas poderão ser titulares de vistos


temporários, ok?

Pois bem, os técnicos especializados e religiosos poderão obter


transformação de seus vistos temporários para o visto PERMANENTE,
satisfeitas às condições previstas no Estatuto e nos seus regulamentos.
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Para esses casos, a concessão do visto permanente poderá ficar


condicionada, por prazo não superior a 05 anos, ao exercício de atividade
certa e à fixação em região determinada do território nacional (regra já
estudada para os vistos permanentes).

A transformação de vistos acima citada ficará sem efeito, se não for


efetuado o registro no prazo de 90 dias, contados da publicação, no Diário
Oficial, do deferimento do pedido. Estudaremos sobre como se dá esse
registro logo mais adiante!!

Cabe destacar ainda que para os religiosos titulares de visto temporário


tal transformação só poderá ser concedida após o prazo de 02 anos de
residência no País.

O titular de visto diplomático ou oficial poderá obter transformação


desses vistos para o TEMPORÁRIO se:

 em viagem cultural ou em missão de estudos;

 em viagem a negócios;

 na condição de artista ou desportista;

 na condição de estudante;

 na condição de TÉCNICO ESPECIALIZADO;

 na condição de correspondente de jornal, revista, rádio, televisão


ou agência noticiosa estrangeira.

Vale dizer que o titular de visto diplomático ou oficial também poderá


obter transformação para o visto PERMANENTE. Em ambos os casos,
(transformação para provisório ou permanente) deverão ser satisfeitas as
exigências do Estatuto e, principalmente, ouvido o Ministério das Relações
Exteriores.

IMPORTANTE

 A transformação do visto OFICIAL ou DIPLOMÁTICO em temporário


ou permanente importará na CESSAÇÃO de todas as
prerrogativas, privilégios e imunidades decorrentes daqueles
vistos.

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Essa transformação também citada ficará sem efeito, se não for efetuado
o registro no prazo de 90 dias, contados da publicação, no Diário Oficial, do
deferimento do pedido.

IMPORTANTE

 O titular de quaisquer dos vistos de TRÂNSITO, de TURISTA,


TEMPORÁRIO e PERMANENTE poderá ter os mesmos
transformados para oficial ou diplomático.

 É VEDADA:

 a legalização da estada de clandestino e de irregular;

 a transformação em PERMANENTE, dos vistos de TRÂNSITO,


de TURISTA, de CORTESIA e;

 a transformação em PERMANENTE de visto TEMPORÁRIO


concedido em virtude de viagem cultural ou em missão de
estudos; de viagem de negócios; de condição de artista ou
desportista; de condição de estudante e de condição de
correspondentes de jornal, revista, rádio, televisão ou agência
noticiosa estrangeira.

Bom, conhecidos os tipos de vistos e suas possibilidades de


transformações, vamos conhecer agora as regras para a entrada, o registro e a
saída de estrangeiros em nosso país.

4. OS DOCUMENTOS DE VIAGEM PARA O ESTRANGEIRO

São documentos de viagem o passaporte para estrangeiro e o laissez-


passer.

Já sei que você vai me perguntar: professor, o que é esse tal de laissez-
passer? Calma! Vamos por partes, pois já já falo sobre ele!

Versa a Lei 6.815/80 que o passaporte poderá ser concedido das


seguintes formas:

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 no Brasil:

 ao apátrida e ao de nacionalidade indefinida;

 a nacional de país que não tenha representação diplomática ou


consular no Brasil, nem representante de outro país encarregado
de protegê-lo (nesse caso a concessão dependerá de prévia
consulta ao Ministério das Relações Exteriores).

 a asilado ou a refugiado, como tal admitido no Brasil.

 no Brasil e no exterior:

 ao cônjuge ou à viúva de brasileiro que haja perdido a


nacionalidade originária em virtude do casamento.

O laissez-passer é o documento de viagem concedido pela Polícia


Federal ao estrangeiro portador de documento de viagem não reconhecido pelo
governo brasileiro ou que não seja válido para o Brasil, expedido por países
com os quais não se mantém relação diplomática.

Atualmente, poderíamos citar os seguintes países que não mantém


relação diplomática com o Brasil: Reino do Butão, Ilhas Comores, República
Centro Africana e Taiwan (anteriormente território da República Popular da
China).

Segundo o nosso Estatuto do Estrangeiro, esse documento poderá ser


concedido, no Brasil ou no exterior. A concessão, no exterior, de laissez-
passer a estrangeiro registrado no Brasil como permanente, temporário ou
asilado, dependerá de audiência prévia do Ministério da Justiça.

IMPORTANTE

 O PASSAPORTE e o LAISSEZ-PASSER são de propriedade da


União, cabendo a seus titulares a posse direta e o uso regular.

Para finalizar, uma questão para estudo:

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14. [PONTO E MARCOS GIRÃO – POLICIA FEDERAL – 2013] São


documentos de viagem o passaporte para estrangeiro e o laissez-passer. Em
todas as situações previstas na lei para a concessão de passaporte a
estrangeiros, haverá a necessidade de prévia consulta ao Ministério das
Relações Exteriores.

Comentário:

Caro aluno, não é por aí! Apenas em uma situação prevista na Lei
6.815/80 haverá a necessidade de prévia consulta ao Ministério das Relações
Exteriores: é no caso da concessão de visto ao nacional de país que não
tenha representação diplomática ou consular no Brasil, nem representante de
outro país encarregado de protegê-lo.

Gabarito: Errado

5. A ENTRADA DE ESTRANGEIROS NO BRASIL

A entrada no território nacional somente será feita pelos locais onde


houver fiscalização dos órgãos competentes dos Ministérios da Saúde, da
Justiça e da Fazenda.

Nenhum estrangeiro procedente do exterior poderá afastar-se do local de


entrada e inspeção, sem que o seu documento de viagem e o cartão de
entrada e saída hajam sido visados pelo órgão competente do Ministério da
Justiça. Caso isso ocorra, será configurada situação ensejadora de deportação
desse estrangeiro!!

É o transportador ou seu agente que responderá, a qualquer tempo, pela


manutenção e demais despesas do passageiro em viagem contínua ou do
tripulante que não estiver presente por ocasião da saída do meio de
transporte, bem como pela retirada dos mesmos do território nacional.

Suponhamos que você, estrangeiro, é passageiro de um voo que pousa


apenas para fazer uma escala no Brasil (viagem contínua). Essa escala é
demorada e, por isso, você resolve fazer um city tour na cidade do pouso. Por
algum imprevisto, você chega atrasado ao aeroporto e perde seu voo. Será a
companhia aérea não só a responsável pela sua manutenção e demais
despesas causadas pelo transtorno como também pela sua retirada do
território nacional! A mesma coisa acontecerá se um dos tripulantes dessa
aeronave se atrasar e perder o voo.

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Agora, não sendo apurada a responsabilidade do transportador pelas


despesas com a retirada do estrangeiro, nem podendo este ou terceiro por ela
responder, serão tais despesas custeadas pelo Tesouro Nacional.

IMPORTANTE

 Não poderá ser resgatado no Brasil, SEM PRÉVIA


AUTORIZAÇÃO do Ministério da Justiça, o bilhete de viagem do
estrangeiro que tenha entrado no território nacional na condição
de TURISTA ou em TRÂNSITO.

Isso que dizer que se você é estrangeiro e vem ao Brasil na condição de


turista ou em trânsito, já deve vir com todos os bilhetes referente à sua
viagem previamente resgatados no seu país de origem. Somente com prévia
autorização do Ministério da Justiça é que você poderá resgatá-los no Brasil!

O estrangeiro admitido no território nacional na condição de ASILADO


POLÍTICO ficará sujeito, além dos deveres que lhe forem impostos pelo
Direito Internacional, a cumprir as disposições da legislação vigente e as que o
Governo brasileiro lhe fixar.

IMPORTANTE

 O ASILADO POLÌTICO não poderá sair do País sem prévia


autorização do Governo brasileiro.

 A desobediência a essa regra importará a renúncia ao asilo e


impedirá o reingresso nessa condição.

Ao estrangeiro que tenha entrado na condição de TURISTA, TEMPORÁRIO


ou ASILADO e aos titulares de visto de CORTESIA, OFICIAL ou DIPLOMÁTICO,
poderá ser concedida a prorrogação do prazo de estada no Brasil.

 Para aqueles na condição de TURISTA, a prorrogação do prazo de


estada não excederá a 90 dias, podendo ser cancelada a critério do
Ministério da Justiça.

 A prorrogação do prazo de estada do titular do visto TEMPORÁRIO


para RELIGIOSO não excederá a 01 ano.

Veja como a nossa banca é bem previsível. Duas questões praticamente


idênticas, mas com gabaritos diferentes:
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15. [CESPE – AGENTE DE INTELIGÊNCIA – ABIN – 2008] Ao estrangeiro


que tenha entrado no Brasil na condição de turista, temporário ou asilado, e
aos titulares de visto de cortesia, oficial ou diplomático, poderá ser concedida a
prorrogação do prazo de estada no Brasil.

Comentário:

Uma repetição fidelíssima do art. 34 da Lei 6.815/80 o qual você acabou


de estudar logo acima!

Gabarito: Certo

16. [CESPE – OFICIAL DE INTELIGÊNCIA – ABIN – 2008] Ao estrangeiro


portador de visto de cortesia, oficial ou diplomático, que tenha entrado no país,
poderá ser concedida a prorrogação do prazo de estada no Brasil, a qual não
exceder 90 dias e poderá ser cancelada a critério do Ministério da Justiça.

Comentário:

Como eu já havia dito, redação quase idêntica a da questão anterior. A


diferença é que essa erra, pois a exigência de que o prazo de prorrogação não
exceda a 90 dias e que de este poderá ser cancelado a critério do Ministério da
Justiça se dá apenas para o visto de turista.

Gabarito: Errado

6. O REGISTRO DO ESTRANGEIRO

O estrangeiro admitido no país é obrigado a registrar-se e a identificar-se


pelo sistema datiloscópico, no órgão brasileiro competente, observadas as
disposições regulamentares.

E como se dá esse registro? Quais as regras para os prazos de registro?

Vamos a elas:

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 Registro no Ministério da JUSTIÇA

Será registrado no Ministério da Justiça, dentro dos 30 dias


seguintes à sua entrada no país o estrangeiro admitido:

 na condição de PERMANENTE;

 em uma das seguintes condições de TEMPORÁRIO em virtude de:

 viagem cultural ou em missão de estudos;

 condição de estudante e;

 na condição de cientista, professor, técnico ou profissional de


outra categoria, sob regime de contrato ou a serviço do
Governo brasileiro;

 condição de correspondentes de jornal, revista, rádio,


televisão ou agência noticiosa estrangeira.

Nos casos acima, o nome e a nacionalidade do estrangeiro, para o efeito


de registro, serão os constantes do documento de viagem.

 Registro no Ministério das RELAÇÕES EXTERIORES

Deverá providenciar seu registro no Ministério das Relações


Exteriores, titular de visto DIPLOMÁTICO, OFICIAL ou de CORTESIA:

 acreditado junto ao Governo brasileiro ou;

 cujo prazo previsto de estada no País seja superior a 90 dias.

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Atenção: a mesma regra se aplica ao estrangeiro titular de passaporte


de serviço, oficial ou diplomático, que haja entrado no Brasil ao amparo de
acordo de dispensa de visto sempre que sua estada no Brasil deva ser
superior a 90 dias.

IMPORTANTE

 Ao estrangeiro registrado será fornecido documento de


identidade.

 A emissão de documento de identidade, salvo nos casos de


ASILADO ou de titular de visto de CORTESIA, OFICIAL ou
DIPLOMÁTICO, está sujeita ao pagamento de taxa (respeitados os
princípios de reciprocidade).

 Mudança de domicílio ou residência

O estrangeiro registrado é obrigado a comunicar ao Ministério da


Justiça a mudança do seu domicílio ou residência, devendo fazê-lo nos 30
dias imediatamente seguintes à sua efetivação.

 Aquisição de outra nacionalidade

O estrangeiro que adquirir nacionalidade diversa da constante do registro


deverá, nos 90 dias seguintes, requerer a averbação da nova
nacionalidade em seus assentamentos.

 ALTERAÇÃO de registro

O NOME do estrangeiro, constante do registro, poderá ser alterado:

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 se obtiver naturalização brasileira

 se tiver decretada sua expulsão;

 se temporário ou asilado, no término do prazo de sua estada no


território nacional.

 quando ocorrer a transformação dos vistos de trânsito, de turista,


temporário e permanente em oficial ou diplomático.

Aos trabalhos!

17. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TRF/5ª – 2009] O registro do


estrangeiro deve ser mantido mesmo se o registrado obtiver naturalização
brasileira.

Comentário:

Acabamos de ver que a obtenção de naturalização brasileira é um dos


casos de cancelamento de registro. Exatamente o oposto do que afirma a
questão.

Gabarito: Errado

18. [PONTO E MARCOS GIRÃO – POLICIA FEDERAL – 2013] Compete ao


Ministro da Justiça autorizar a alteração de assentamentos constantes do
registro de estrangeiro.

Comentário:

Esse foi um dos destaques que fizemos!! É o que prevê o art. 44 do


Estatuto do Estrangeiro: é do Ministro da Justiça a competência para
autorizar a alteração de assentamentos constantes do registro de estrangeiro.

Gabarito: Certo

19. [PONTO E MARCOS GIRÃO – POLICIA FEDERAL – 2013] O


estrangeiro terá o registro cancelado se permanecer ausente do Brasil por
prazo superior a cinco anos.

Comentário:

Terá seu registro cancelado o estrangeiro que permanecer ausente do


Brasil por prazo superior ao de 02 anos e não ao de 05 anos, como assevera a
questão.

Gabarito: Errado

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7. A SAÍDA E O RETORNO DO ESTRANGEIRO AO PAÍS

 A SAÍDA do Brasil

Não se exigirá visto de SAÍDA do estrangeiro que pretender sair do


território nacional. Entretanto, essa regra não é absoluta, pois o Ministro da
Justiça poderá, a qualquer tempo, estabelecer a exigência de visto de saída,
quando razões de segurança interna aconselharem a medida. Nesse
caso, o ato que estabelecer a exigência disporá sobre o prazo de validade do
visto e as condições para a sua concessão.

NÃO ESQUEÇA!

 No caso do ASILADO, sua saída do país estará condicionada à


prévia autorização do governo brasileiro.

 O RETORNO do estrangeiro ao Brasil

O estrangeiro registrado como temporário, que se ausentar do Brasil,


poderá regressar independentemente de novo visto, se o fizer dentro do
prazo de validade de sua estada no território nacional.

A prova da data da saída será feita pela anotação aposta, pelo órgão
competente do Ministério da Justiça, no documento de viagem do estrangeiro,
no momento em que o mesmo deixar o território nacional.

Veja como o Cespe cobrou:

20. [CESPE – OFICIAL DE INTELIGÊNCIA – ABIN – 2008] Exige-se visto


de saída do estrangeiro que pretender sair do território nacional,
independentemente de ato do ministro da Justiça.

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Comentário:

Caro aluno, a regra geral é que não há a exigência de visto de saída para
estrangeiros. Agora, vimos que a regra não é absoluta, pois há de fato a
possibilidade excepcionalíssima de que o visto de saída possa ser exigido
(quando razões de segurança interna aconselharem a medida). Porém, para
que isso aconteça, será imprescindível ato do Ministro da Justiça.

O ato que estabelecer a exigência disporá sobre o prazo de validade do


visto e as condições para a sua concessão. Logo, a questão erra ao usar o
termo “independentemente” em sua afirmativa.

Gabarito: Errado

8. AS VEDAÇÕES AO ESTRANGEIRO

O estrangeiro residente no Brasil goza de todos os direitos


reconhecidos aos brasileiros, nos termos da Constituição e das leis. No
entanto, o Estatuto do Estrangeiro trouxe para eles algumas vedações. Veja:

É VEDADO AO ESTRANGEIRO:

 Ser proprietário, armador ou comandante de navio nacional,


inclusive nos serviços de navegação fluvial e lacustre;

Enquanto o proprietário é aquele a quem o navio pertence, por estar


registrado em seu nome nos órgãos competentes, o armador (que
eventualmente pode ser o mesmo proprietário) é aquele que arma o navio, ou
seja, apresta o navio colocando todo o necessário para que o navio esteja em
condições de navegabilidade.

Atenção: A vedação acima não se aplica aos navios nacionais de pesca


e cabe também ao português no gozo de direitos e obrigações previstos no
Estatuto da Igualdade.

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 Ser proprietário de empresa jornalística de qualquer espécie, e de


empresas de televisão e de radiodifusão, sócio ou acionista de
sociedade proprietária dessas empresas;

 Ser responsável, orientador intelectual ou administrativo de


empresa jornalística de qualquer espécie e de empresas de televisão
e de radiodifusão;

Atenção: essa vedação também cabe ao português no gozo de direitos


e obrigações previstos no Estatuto da Igualdade.

 Obter concessão ou autorização para a pesquisa, prospecção,


exploração e aproveitamento das JAZIDAS, MINAS e demais
RECURSOS MINERAIS e dos POTENCIAIS DE ENERGIA HIDRÁULICA;

 Ser proprietário ou explorador de aeronave brasileira, ressalvado o


disposto na legislação específica;

Perceba que essa regra também não é absoluta e, a depender de


legislação específica, o estrangeiro poderá sim ser proprietário ou explorador
de aeronave brasileira. O explorador de aeronave é a pessoa física ou jurídica,
proprietária ou não, que a utiliza, legitimamente, por conta própria, com ou
sem fins.

 Ser corretor de navios, de fundos públicos, leiloeiro e despachante


aduaneiro;

Os corretores de navios são aqueles que têm como função aproximar


pessoas que desejam contratar as operações relativas ao engajamento de
cargas, fretamento, arrendamento e compra e venda de navios e a promoção
de providências concernentes à entrada, ao desembaraço e à saída das
embarcações.

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 Participar da administração ou representação de sindicato ou


associação profissional, bem como de entidade fiscalizadora do
exercício de profissão regulamentada;

 Ser prático de barras, portos, rios, lagos e canais;

O serviço de praticagem consiste no conjunto de atividades profissionais


de assessoria ao comandante do navio, requeridos por força de peculiaridades
locais, que dificultem a livre e segura movimentação da embarcação. São os
práticos, portanto, os responsáveis por este tipo de serviço.

 Possuir, manter ou operar, mesmo como amador, aparelho de


radiodifusão, de radiotelegrafia e similar, salvo reciprocidade de
tratamento; e

 Prestar assistência religiosa às Forças Armadas e auxiliares, e


também aos estabelecimentos de internação coletiva.

Atenção: Ao português no gozo de direitos e obrigações previstos no


Estatuto da Igualdade também é vedado prestar assistência religiosa às Forças
Armadas e auxiliares. Para eles, no entanto, a vedação não se aplica aos
estabelecimentos de internação coletiva.

 Exercer atividade de natureza política, nem tomar parte, direta ou


indiretamente, nos negócios públicos do Brasil;

Atenção: essa vedação não se aplica ao português beneficiário do


Estatuto da Igualdade ao qual tiver sido reconhecido o gozo de direitos
políticos.

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 Organizar, criar ou manter sociedade ou quaisquer entidades de


caráter político, ainda que tenham por fim apenas a propaganda ou
a difusão, exclusivamente entre compatriotas, de ideias, programas
ou normas de ação de partidos políticos do país de origem;

 Exercer ação individual, junto a compatriotas ou não, no sentido de


obter, mediante coação ou constrangimento de qualquer natureza,
adesão a ideias, programas ou normas de ação de partidos ou
facções políticas de qualquer país;

 Organizar desfiles, passeatas, comícios e reuniões de qualquer


natureza, ou deles participar, com os fins a que se referem às duas
últimas vedações acima mencionadas.

IMPORTANTE

 É lícito aos estrangeiros associarem-se para fins culturais,


religiosos, recreativos, beneficentes ou de assistência, filiarem-se a
clubes sociais e desportivos, e a quaisquer outras entidades
com iguais fins, bem como participarem de reunião
comemorativa de datas nacionais ou acontecimentos de
significação patriótica.

PS: As entidades acima mencionadas, se constituídas de mais da


metade de associados estrangeiros, somente poderão
funcionar mediante autorização do Ministro da Justiça.

 O Ministro da Justiça poderá, sempre que considerar conveniente


aos interesses nacionais, impedir a realização, por estrangeiros,
de conferências, congressos e exibições artísticas ou
folclóricas.

Agora, duas questõezinhas da mais nova banca do pedaço:

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21. [PONTO E MARCOS GIRÃO – POLICIA FEDERAL – 2013] É vedado a


todo o estrangeiro prestar assistência religiosa às Forças Armadas e auxiliares
e também aos estabelecimentos de internação coletiva.

Comentário:

Cuidado com a afirmação! De fato, a todo estrangeiro é vedado prestar


assistência religiosa às Forças Armadas e auxiliares. Contudo, no caso da
prestação de assistência religiosa aos estabelecimentos de internação coletiva,
a vedação não é aplicada somente aos portugueses no gozo de direitos e
obrigações previstos no Estatuto da Igualdade (portugueses equiparados).

Gabarito: Errado

22. [PONTO E MARCOS GIRÃO – POLICIA FEDERAL – 2013] De acordo m


co a Lei 6.815/98, respeitadas as disposições constitucionais e legais, pode-se
afirmar com absoluta certeza que o estrangeiro residente no Brasil goza de
todos os direitos reconhecidos aos brasileiros.

Comentário:

Certíssimo! É o que regulamenta o art. 95 da Lei 6.815/80. Não esqueça


que a igualdade de direitos entre brasileiros e estrangeiros residente no Brasil
deve ser promovida nos termos da CF/88 e das leis brasileiras.

Gabarito: Certo

9. A NATURALIZAÇÃO DO ESTRANGEIRO

A concessão da naturalização de estrangeiro é faculdade exclusiva do


Poder Executivo e será feita mediante portaria do Ministro da Justiça.

Para a concessão da naturalização serão exigidas as seguintes condições:

 capacidade civil, segundo a lei brasileira (18 anos);

 ser registrado como permanente no Brasil;

 residência contínua no território nacional, pelo prazo mínimo de


04 anos, imediatamente anteriores ao pedido de naturalização;

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 ler e escrever a língua portuguesa, consideradas as condições do


naturalizando;

 exercício de profissão ou posse de bens suficientes à


manutenção própria e da família;

 bom procedimento;

 inexistência de denúncia, pronúncia ou condenação no Brasil ou


no exterior por crime doloso a que seja cominada pena mínima
de prisão, abstratamente considerada, superior a 1 (um) ano; e

 boa saúde.

IMPORTANTE

 Não se exigirá a prova de boa saúde a nenhum estrangeiro que


residir no País há mais de 02 anos.

O prazo mínimo de 04 anos de residência poderá ser reduzido se o


naturalizando preencher quaisquer das seguintes condições:

Residência mínima de 01 ano:

 se tiver filho ou cônjuge brasileiro;

 se for filho de brasileiro;

 se houver prestado ou puder prestar serviços relevantes ao Brasil, a


juízo do Ministro da Justiça;

Residência mínima de 02 anos:

 se for recomendado por sua capacidade profissional, científica ou


artística;

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Residência mínima de 03 anos:

 se for proprietário, no Brasil, de bem imóvel, cujo valor seja igual,


pelo menos, a mil vezes o Maior Valor de Referência;

 se for industrial que disponha de fundos de igual valor;

 se possuir cota ou ações integralizadas de montante, no mínimo,


idêntico, em sociedade comercial ou civil, destinada, principal e
permanentemente, à exploração de atividade industrial ou agrícola.

IMPORTANTE

 Será dispensado o requisito da residência, exigindo-se apenas


a estada no Brasil por 30 dias, quando se tratar:

 de cônjuge estrangeiro casado há mais de 05 anos com


diplomata brasileiro em atividade; ou

 de estrangeiro que, empregado em Missão Diplomática ou em


Repartição Consular do Brasil, contar mais de 10 anos de
serviços ininterruptos.

Se verificada, a qualquer tempo, a falsidade ideológica ou material de


qualquer dos requisitos exigidos acima, será declarado nulo o ato de
naturalização sem prejuízo da ação penal cabível pela infração cometida.

O estrangeiro admitido no Brasil durante os primeiros 05 anos de vida,


estabelecido definitivamente no território nacional, poderá, enquanto menor,
requerer ao Ministro da Justiça, por intermédio de seu representante
legal, a emissão de CERTIFICADO PROVISÓRIO DE NATURALIZAÇÃO, que
valerá como prova de nacionalidade brasileira até 02 anos depois de
atingida a maioridade.

A naturalização se tornará DEFINITIVA se o titular do certificado


provisório, até 02 anos após atingir a maioridade, confirmar
expressamente a intenção de continuar brasileiro, em requerimento
dirigido ao Ministro da Justiça.

Em todos os casos, a portaria de naturalização será publicada no Diário


Oficial, arquivada no órgão competente do Ministério da Justiça, que emitirá

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certificado relativo a cada naturalizando, o qual será solenemente entregue


pelo juiz federal da cidade onde tenha domicílio o interessado.

Onde houver mais de um juiz federal, a entrega será feita pelo da


Primeira Vara. Quando não houver juiz federal na cidade em que tiverem
domicílio os interessados, a entrega será feita através do juiz ordinário da
comarca e, na sua falta, pelo da comarca mais próxima.

IMPORTANTE

 A naturalização FICARÁ SEM EFEITO se o certificado não for


solicitado pelo naturalizando no prazo de 12 meses contados da
data de publicação do ato, salvo motivo de força maior,
devidamente comprovado.

 No curso do processo de naturalização, poderá qualquer do povo


IMPUGNÁ-LA, desde que o faça fundamentadamente.

 A naturalização (salvo na hipótese da provisória para crianças até 05


anos) só produzirá efeitos após a entrega do certificado e
confere ao naturalizado o gozo de todos os direitos CIVIS e
POLÍTICOS, excetuados os que a Constituição Federal atribui
exclusivamente ao brasileiro nato.

 A naturalização não importa aquisição da nacionalidade brasileira


pelo CÔNJUGE e FILHOS do naturalizado, nem autoriza que estes
entrem ou se radiquem no Brasil sem que satisfaçam às exigências
aqui estudadas.

 A naturalização não extingue a responsabilidade civil ou penal


a que o naturalizando estava anteriormente sujeito em qualquer
outro país.

Uma parada para mais questões:

23. [PONTO E MARCOS GIRÃO – POLICIA FEDERAL – 2013] A


naturalização não importa aquisição da nacionalidade brasileira pelo cônjuge e
filhos do naturalizado, nem autoriza que estes entrem ou se radiquem no Brasil
sem que satisfaçam às exigências desta Lei.

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Comentário:

A naturalização é individual. Cada estrangeiro deve preencher os


requisitos exigidos e peticionar pela sua naturalização. O art. 123 da lei em
estudo estabelece que a naturalização não importa em aquisição da
nacionalidade brasileira pelo cônjuge e filhos do naturalizado, nem autoriza
que estes entrem ou se radiquem no Brasil, sem que satisfaçam às exigências
nela previstas.

Gabarito: Certo

24. [PONTO E MARCOS GIRÃO – POLICIA FEDERAL – 2013] Harold


Becker, suíço residente no Brasil, preencheu todos os requisitos exigidos na lei
e a ele foi concedida, pelo Ministério da Justiça, no dia 27/04/11, a sua
naturalização. É correto afirmar que a partir desta data estará extinta qualquer
responsabilidade civil ou penal a que estava anteriormente sujeito em seu país.

Comentário:

De forma alguma! A lei é clara: a naturalização não extingue a


responsabilidade civil ou penal a que o naturalizando estava anteriormente
sujeito em qualquer outro país (art. 124 da Lei 6.815/80).

Gabarito: Errado

25. [PONTO E MARCOS GIRÃO – POLICIA FEDERAL – 2013] A residência


contínua no território nacional, pelo prazo mínimo de 04 anos, imediatamente
anteriores ao pedido de naturalização é uma das condições a serem obedecidas
pelo naturalizando. O Estatuto do Estrangeiro prevê flexibilização deste tempo
de residência para a concessão da naturalização.

Comentário:

Beleza! Há várias situações previstas pela Lei 6.815/80 que flexibilizam o


tempo mínimo de residência no Brasil para os naturalizandos. Exemplos:
residência mínima de 01 ano se tiver filho ou cônjuge brasileiro; residência
mínima de 02 anos se for recomendado por sua capacidade profissional,
científica ou artística; residência mínima de 03 anos se for industrial que
disponha de fundos de igual valor, dentre outros.

Gabarito: Certo

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26. [PONTO E MARCOS GIRÃO – POLICIA FEDERAL – 2013] O


estrangeiro admitido no Brasil durante os primeiros 05 anos de vida,
estabelecido definitivamente no território nacional, poderá, enquanto menor,
requerer ao Ministro da Justiça, por intermédio de seu representante legal, a
emissão de Certificado Provisório de Naturalização. Esse certificado valerá
como prova de nacionalidade brasileira até 02 anos depois de atingida a
maioridade. Findo esse prazo, a naturalização desse estrangeiro será
automática.

Comentário:

Cuidado com a pegadinha! O Certificado Provisório de Naturalização a


que se refere a assertiva valerá sim como prova de nacionalidade brasileira
até 02 anos depois de atingida a maioridade. No entanto, findo esse prazo, a
naturalização desse estrangeiro NÃO será automática. Ela só será definitiva se
o titular do certificado provisório, até 02 anos após atingir a maioridade,
confirmar expressamente a intenção de continuar brasileiro, em
requerimento dirigido ao Ministro da Justiça.

Gabarito: Errado

10. A DEPORTAÇÃO DO ESTRANGEIRO

Caro aluno, estamos diante de um assunto pelo qual o Cespe tem um


verdadeiro caso de amor em suas provas: a deportação de estrangeiro!
Muita atenção com as regrinhas estabelecidas para a deportação!

A deportação consistirá na saída compulsória do estrangeiro e será


feita para o país da nacionalidade ou de procedência do estrangeiro, ou para
outro que consinta em recebê-lo.

Pois bem, já vimos no decorrer dessa aula alguns dos principais casos
que ensejam à deportação de estrangeiro. No entanto, os casos mais clássicos
de deportação acontecem quando um estrangeiro entra ou tem estada
irregular no país e não se retira voluntariamente do território nacional no prazo
fixado. Cabe destacar que a deportação poderá ser feita independentemente
de fixação de prazo, desde que conveniente aos interesses nacionais.

Caro aluno, o Estatuto prevê, em seu art. XX, que o estrangeiro,


enquanto não se efetivar a deportação, poderá ser recolhido à prisão por
ordem do Ministro da Justiça, pelo prazo de 60 dias. Prevê ainda que o

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estrangeiro poderá ser dispensado de QUAISQUER PENALIDADES relativas à


entrada ou estada irregular no Brasil ou formalidade cujo cumprimento possa
dificultar a deportação.

Agora atenção, muita atenção:

Apesar das disposições acima ainda constarem na letra do Estatuto, não


há mais que se falar em prisão administrativa depois da "reforma" do Código
Penal, promovida pela Lei 12.403/11. Uma das mudanças no CP foi a
revogação dos dispositivos que previam a possibilidade de prisões
administrativas.

Conclusão: o Ministro da Justiça não poderá mais efetuar a prisão


acima prevista! Assim, toda e qualquer menção do Estatuto sobre
prisão determinada pelo Ministro da Justiça (ou por ele delegada a
alguém) não se aplica mais nos dias atuais.

Professor, e para a minha prova, o que faço??

Bom, sinceramente não creio que o Cespe se arriscará em cobrar os


dispositivos que tratam a respeito da possibilidade de decretação de prisão
pelo Ministro da Justiça, mesmo que eles não tenham sido ainda
expressamente revogados no Estatuto.

Se assim o fizer, correrá sério risco de chuva de recursos e a banca


saber disso. Fique tranquilo!

Prossigamos:

IMPORTANTE

 Não sendo exequível a deportação ou quando existirem


indícios sérios de PERICULOSIDADE ou INDESEJABILIDADE do
estrangeiro, será procedida a sua EXPULSÃO.

 Não se procederá à deportação se implicar em EXTRADIÇÃO


INADMITIDA pela lei brasileira;

 O deportado só poderá reingressar no território nacional se


ressarcir o Tesouro Nacional, com correção monetária, das
despesas com a sua deportação e efetuar, se for o caso, o
pagamento da multa devida à época, também corrigida.

Comprove então a paixão do Cespe pelo tema:

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27. [CESPE – DEFENSOR PÚBLICO – DPU – 2010] Considere que, por


meio do controle realizado em aeroporto brasileiro, se tenha impedido o
ingresso de um chinês que tentava entrar ilegalmente no país e, de imediato,
ele tenha sido mandado de volta ao seu país de origem, no mesmo avião que o
trouxera. Nesse caso, é correto afirmar que esse chinês foi deportado.

Comentário:

A deportação consiste na saída compulsória do estrangeiro e será feita


para o país da nacionalidade ou de procedência do estrangeiro, ou para outro
que consinta em recebê-lo. Vimos que os casos mais clássicos de deportação
acontecem quando um estrangeiro entra ou tem estada irregular no país e não
se retira voluntariamente do território nacional no prazo fixado. Dessa forma,
podemos concluir que o chinês de nossa questão foi realmente deportado.

Gabarito: Certo

28. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TRF/5ª – 2011] O estrangeiro,


enquanto não se efetivar a deportação, poderá ser recolhido à prisão por
ordem do ministro da justiça, pelo prazo improrrogável de sessenta dias,
sendo vedado dispensá-lo de penalidades relativas à entrada ou estada
irregular no território brasileiro ou de qualquer outra formalidade, ainda que
isso possa dificultar a deportação.

Comentário:

A questão acima foi provavelmente elaborada antes da entrada em vigor


da Lei 12.403/11, norma essa que revogou, como vimos, dispositivos do CP
que previam a possibilidade de prisões administrativas. Para os dias atuais, a
questão já estaria errada nesse ponto. Bom, mas afora isso, a assertiva
também erra ao afirmar que é vedado dispensar o estrangeiro de penalidades
relativas à entrada ou estada irregular no território brasileiro ou de qualquer
outra formalidade, ainda que isso possa dificultar a deportação. Pelo contrário!

Se for para tornar célere o processo de expulsão, o estrangeiro


poderá sim ser dispensado das penalidades relativas à entrada ou estada
irregular no território brasileiro ou de qualquer outra formalidade.

Gabarito: Errado

29. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TRF/5ª – 2007] De acordo com o que


dispõe o direito internacional, a deportação é uma forma de exclusão de
estrangeiro que tenha ingressado de forma irregular no país ou cuja estada
tenha se tornado irregular, ficando este estrangeiro impedido de retornar
mesmo após sanada a irregularidade que provocou a deportação.

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Comentário:

O Estatuto do Estrangeiro não é rígido quanto à possibilidade de retorno


de estrangeiro deportado ao Brasil. O deportado poderá sim retornar ao
território nacional desde que providencie o ressarcimento ao Tesouro Nacional,
com correção monetária, das despesas com a sua deportação e efetuar, se for
o caso, o pagamento da multa devida à época, também corrigida.

Gabarito: Errado

30. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TRF/1ª – 2011] A deportação, como


forma de exclusão do estrangeiro do território brasileiro, somente se efetiva
mediante ato que, exarado pelo ministro de Estado da Justiça, impeça o
retorno do deportado ao país.

Comentário:

Mais uma questão do Cespe que tentar levá-lo ao erro insinuando que o
estrangeiro deportado não pode retornar ao país. Totalmente confusa a
assertiva!

Gabarito: Errado

11. A EXPULSÃO DO ESTRANGEIRO

 Casos que provocam a expulsão de estrangeiro

É passível de expulsão o estrangeiro cujo procedimento o torne


nocivo à conveniência e aos interesses nacionais ou que, de qualquer
forma, atentar contra:

 a segurança nacional;

 a ordem política ou social;

 a tranquilidade ou moralidade pública e;

 a economia popular

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E não para por aí! O estatuto prevê outros casos passíveis de expulsão
de estrangeiro:

 praticar fraude a fim de obter a sua entrada ou permanência no


Brasil;

 havendo entrado no território nacional com infração à lei, dele não


se retirar no prazo que lhe for determinado para fazê-lo, não
sendo aconselhável a deportação;

 entregar-se à vadiagem ou à mendicância; ou

 desrespeitar proibição especialmente prevista em lei para


estrangeiro.

IMPORTANTE

 Caberá exclusivamente ao Presidente da República resolver


sobre a conveniência e a oportunidade da expulsão ou de sua
revogação;

 A medida expulsória ou a sua revogação será feita por decreto;

 Desde que conveniente ao interesse nacional, a expulsão do


estrangeiro poderá efetivar-se, ainda que haja processo ou tenha
ocorrido condenação.

 Casos de vedação à expulsão de estrangeiro

Há casos em que a expulsão de estrangeiro é vedada. O Estatuto prevê


que não se procederá à expulsão:

 se implicar extradição inadmitida pela lei brasileira; ou

 quando o estrangeiro tiver:

 Cônjuge brasileiro do qual não esteja divorciado ou


separado, de fato ou de direito, e desde que o casamento
tenha sido celebrado há mais de 05 anos; ou

 filho brasileiro que, comprovadamente, esteja sob sua


guarda e dele dependa economicamente.

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A adoção ou o reconhecimento de filho brasileiro não constituem


impedimento à expulsão desde que estes tenham acontecidos depois do fato
que motive a expulsão.

IMPORTANTE

 Verificados o abandono do filho, o divórcio ou a separação, de


fato ou de direito, a expulsão poderá efetivar-se A QUALQUER
TEMPO.

 O RITO da expulsão

Os órgãos do Ministério Público remeterão ao Ministério da Justiça, de


ofício, até 30 dias após o trânsito em julgado, cópia da sentença
condenatória de estrangeiro autor de crime doloso ou de qualquer crime contra
a segurança nacional, a ordem política ou social, a economia popular, a
moralidade ou a saúde pública, assim como da folha de antecedentes penais
constantes dos autos.

IMPORTANTE

 Compete ao Ministro da Justiça, DE OFÍCIO ou ACOLHENDO


SOLICITAÇÃO FUNDAMENTADA, determinar a instauração de
inquérito para a expulsão do estrangeiro.

Em caso de medida interposta junto ao Poder Judiciário que suspenda,


provisoriamente, a efetivação do ato expulsório, o prazo de prorrogação acima
citado ficará interrompido, até a decisão definitiva do Tribunal a que estiver
submetido o feito.

Cabe destacar que há caso em que o inquérito será sumário e não


excederá o prazo de 15 dias, dentro do qual fica assegurado ao expulsando o
direito de defesa.

Professor, e que casos são esses?

Te respondo agora mesmo!

São os casos de:

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 infração contra a segurança nacional;

 infração contra a ordem política ou social e a economia popular;

 comércio, posse ou facilitação de uso indevido de substância


entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica e;

 desrespeito à proibição especialmente prevista em lei para


estrangeiro.

Salvo as hipóteses acima, caberá pedido de RECONSIDERAÇÃO no


prazo de 10 dias, a contar da publicação do decreto de expulsão, no Diário
Oficial da União.

O estrangeiro, cuja prisão não se torne necessária, ou que tenha o


prazo desta vencido, permanecerá em LIBERDADE VIGIADA, em lugar
designado pelo Ministério da Justiça, e guardará as normas de comportamento
que lhe forem estabelecidas. E mais: o Ministro da Justiça poderá modificar, de
ofício ou a pedido, as normas de conduta impostas ao estrangeiro e designar
outro lugar para a sua residência.

Veja como foi cobrado:

31. [CESPE – OFICIAL DE INTELIGÊNCIA – ABIN – 2008] A expulsão


consiste na saída compulsória do estrangeiro e deverá ser efetivada para o
país da nacionalidade ou de procedência do estrangeiro.

Comentário:

Pergunto: em algum momento, ao tratar da expulsão, falei que ela era


compulsória? Claro que não! A compulsoriedade é característica exclusiva
da deportação. Os critérios para a deportação são bastante objetivos
enquanto que os critérios para a expulsão gozam de certa (e não pouca!)
subjetividade. Na expulsão, o Presidente usará de discricionariedade para
observar os motivos enquanto que na deportação, ensejada a entrada ou
estada irregular do país, não há o que se falar em discricionariedade!

A banca trocou as bolas e esse conceito é o de DEPORTAÇÃO.

Gabarito: Errado

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32. [CESPE – DEFENSOR PÚBLICO – DPU – 2010] Considere que um


estrangeiro tenha sido expulso do país por pertencer a célula terrorista e ter
participado do sequestro de autoridades brasileiras. Considere, ainda, que,
após a abertura de inquérito no Ministério da Justiça, no qual foi assegurada
ampla defesa ao alienígena, o presidente da República tenha decidido, por
meio de decreto, pela sua expulsão do país. Nessa situação, o estrangeiro só
poderá voltar ao país mediante decreto presidencial que revogue o anterior.

Comentário:

Exato! É competência exclusiva do Presidente da República resolver


sobre a conveniência e a oportunidade tanto da expulsão quanto da sua
revogação. A medida expulsória ou a sua REVOGAÇÃO será feita por decreto. É
o que estabelece o art. 66 do Estatuto do Estrangeiro.

Gabarito: Certo

33. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TRF/1ª – 2011] Somente é passível de


expulsão do território brasileiro o estrangeiro que sofra condenação por crimes
que atentem contra a segurança nacional ou a ordem política ou social.

Comentário:

Não são apenas esses dois casos! É passível de expulsão o estrangeiro


cujo procedimento o torne nocivo à conveniência e aos interesses nacionais ou
que, de qualquer forma, atente contra a segurança nacional, a ordem política
ou social, a tranquilidade ou moralidade pública e a economia popular.

Gabarito: Errado

34. [PONTO E MARCOS GIRÃO – POLICIA FEDERAL – 2013] Não se


procederá à expulsão quando o estrangeiro tiver filho brasileiro.

Comentário:

Preste bem atenção: o fato de ter filho brasileiro não basta para que o
estrangeiro não seja expulso. É preciso ele comprove que esse filho esteja sob
sua guarda e dele dependa economicamente. Feito isso, aí sim esse
estrangeiro não poderá ser expulso.

Gabarito: Errado

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12. A EXTRADIÇÃO DO ESTRANGEIRO

Caro aluno, estamos diante de outro assunto muito querido pelo Cespe
e, por isso, chamo a atenção para sua regulamentação. Pois bem, todas as
regras de extradição de estrangeiro aqui estudadas devem ter como
fundamento a seguinte regra de ouro:

 A extradição poderá ser concedida quando o governo


requerente se fundamentar em tratado, ou quando prometer
ao Brasil a reciprocidade.

Pois bem, vamos começar pelos casos em que a extradição NÃO SERÁ
CONCEDIDA.

IMPORTANTÍSSIMO PARA SUA PROVA!

 Não se concederá a extradição quando:

 se tratar de BRASILEIRO, salvo se a aquisição dessa nacionalidade


verificar-se após o fato que motivar o pedido;

 o fato que motivar o pedido não for considerado crime no Brasil


ou no Estado requerente;

 o Brasil for competente, segundo suas leis, para julgar o crime


imputado ao extraditando;

 a lei brasileira impuser ao crime a pena de prisão <= a 01


ano;

 o extraditando estiver a responder a processo ou já houver


sido condenado ou absolvido no Brasil pelo MESMO FATO em
que se fundar o pedido;

 estiver extinta a punibilidade pela prescrição segundo A LEI


BRASILEIRA ou a do ESTADO REQUERENTE;

 o fato constituir crime político; e

 o extraditando houver de responder, no Estado requerente,


perante TRIBUNAL OU JUÍZO DE EXCEÇÃO.

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Atenção: o cometimento de crime político não é uma vedação absoluta


à extradição não! O Estatuto estabelece que a extradição não estará
impedida se esse crime constituir, principalmente, infração da lei penal
comum, ou quando o crime comum, conexo ao delito político, constituir o fato
principal. Caberá, exclusivamente, ao Supremo Tribunal Federal, a
apreciação do caráter da infração.

A decisão sobre que crime é considerado político cabe ao Supremo


Tribunal Federal que poderá, inclusive, deixar de considerar crimes políticos
os atentados contra Chefes de Estado ou quaisquer autoridades, bem assim os
atos de anarquismo, terrorismo, sabotagem, seqüestro de pessoa, ou que
importem propaganda de guerra ou de processos violentos para subverter a
ordem política ou social.

 CONDIÇÕES para extradição de estrangeiros

São duas as condições para concessão da extradição:

 Ter sido o crime cometido no território do Estado requerente ou serem


aplicáveis ao extraditando as leis penais desse Estado;

 Se existir sentença final de privação de liberdade, ou estar a prisão do


extraditando autorizada por Juiz, Tribunal ou autoridade competente do Estado
requerente.

Sendo cometido apenas um crime, quando mais de um Estado requerer a


extradição da mesma pessoa, pelo mesmo fato, terá preferência o pedido
daquele em cujo território a infração foi cometida.

Em se tratando de crimes diversos, terão preferência, na seguinte ordem


sucessiva:

1º - o Estado requerente em cujo território haja sido cometido o


crime mais grave, segundo a lei brasileira;

2º - o que em primeiro lugar houver pedido a entrega do extraditando,


se a gravidade dos crimes for idêntica; e

3º - o Estado de origem, ou, na sua falta, o domiciliar do extraditando,


se os pedidos forem simultâneos.

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Nos casos não previstos decidirá sobre a preferência o Governo brasileiro


e havendo tratado ou convenção com algum dos Estados requerentes,
prevalecerão suas normas no que disserem respeito às preferências acima
citadas.

 O RITO da extradição

A extradição deverá ser requerida por via diplomática ou, na falta de


agente diplomático do Estado que a requerer, diretamente de Governo a
Governo.

O pedido deve ser instruído com a cópia autêntica ou a certidão da


sentença condenatória, da de pronúncia ou da que decretar a prisão
preventiva, proferida por Juiz ou autoridade competente. Esse documento ou
qualquer outro que se juntar ao pedido conterá indicações precisas sobre o
local, data, natureza e circunstâncias do fato criminoso, identidade do
extraditando, e, ainda, cópia dos textos legais sobre o crime, a pena e sua
prescrição.

O encaminhamento do pedido por via diplomática confere


AUTENTICIDADE aos documentos e não havendo tratado que disponha em
contrário, os documentos acima indicados serão acompanhados de versão
oficialmente feita para o idioma português no Estado requerente.

O Ministério das Relações Exteriores remeterá o pedido ao Ministério da


Justiça, que ordenará a prisão do extraditando colocando-o à disposição do
Supremo Tribunal Federal.

Efetivada a prisão do extraditando, o pedido será também encaminhado


ao Supremo Tribunal Federal. A prisão perdurará até o julgamento final do
Supremo Tribunal Federal, não sendo admitidas a LIBERDADE VIGIADA, a
PRISÃO DOMICILIAR, nem a PRISÃO ALBERGUE.

 Possibilidade de prisão preventiva em caso de extradição

Em caso de urgência, poderá ser ordenada a PRISÃO PREVENTIVA do


extraditando desde que pedida, em termos hábeis, qualquer que seja o meio
de comunicação, por autoridade competente, agente diplomático ou consular
do Estado requerente. O pedido, que noticiará o crime cometido, deverá
fundamentar-se em sentença condenatória, auto de prisão em flagrante,
mandado de prisão, ou, ainda, em fuga do indiciado.

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Efetivada a prisão, o Estado requerente deverá formalizar o pedido em


90 dias, em conformidade as disposições vistas no tópico anterior.

IMPORTANTE

 A prisão preventiva aqui estudada NÃO SERÁ MANTIDA além de


90 dias, nem se admitirá novo pedido pelo mesmo fato sem que a
extradição haja sido formalmente requerida.

Voltando ao rito de extradição, ao receber o pedido, o Relator (do


Ministério da Justiça) designará dia e hora para o interrogatório do
extraditando e, conforme o caso, dar-lhe-á curador ou advogado, se não o
tiver, correndo do interrogatório o prazo de 10 dias para a defesa.

A sua defesa poderá versar sobre um desses três temas:

 a identidade da pessoa reclamada;

 o defeito de forma dos documentos apresentados ou;

 ilegalidade da extradição.

Não estando o processo devidamente instruído, o Tribunal, a


requerimento do Procurador-Geral da República, poderá converter o
julgamento em diligência para suprir a falta no prazo improrrogável de 60
dias, decorridos os quais o pedido será julgado independentemente da
diligência. Esse prazo correrá da data da notificação que o Ministério das
Relações Exteriores fizer à Missão Diplomática do Estado requerente.

 A CONCESSÃO da extradição

Concedida a extradição, será o fato comunicado através do Ministério das


Relações Exteriores à Missão Diplomática do Estado requerente que, no prazo
de 60 dias da comunicação, deverá retirar o extraditando do território
nacional. Se nesse prazo o Estado requerente não retirar o extraditando do
território nacional, será ele posto em liberdade, sem prejuízo de responder
a processo de expulsão, se o motivo da extradição o recomendar.

Quando o extraditando estiver sendo processado, ou tiver sido


condenado, no Brasil, por crime punível com pena privativa de liberdade, a
extradição será executada somente depois da conclusão do processo ou
do cumprimento da pena. Essa regra, no entanto, não é absoluta, pois já
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vimos que há casos em que, por conveniência do interesse nacional, a


expulsão poderá ser efetuada ainda que haja processo.

Agora, se o extraditando estiver respondendo a processo ou esteja


condenado por CONTRAVENÇÃO, nada obsta que o Governo possa entregá-lo
ao Estado requerente.

Outro caso previsto para adiamento da entrega de extraditando é quando


tal a efetivação da medida PUSER EM RISCO A SUA VIDA por causa de
enfermidade grave comprovada por laudo médico oficial.

IMPORTANTE

 Nenhuma extradição será concedida sem prévio pronunciamento


do Plenário do Supremo Tribunal Federal sobre sua
LEGALIDADE e PROCEDÊNCIA, não cabendo recurso da decisão.

 NEGADA a extradição, não se admitirá novo pedido baseado no


MESMO FATO.

A entrega do extraditando, de acordo com as leis brasileiras e respeitado


o direito de terceiro, será feita com os objetos e instrumentos do crime
encontrados em seu poder. A Lei permite, no entanto, que tais objetos e
instrumentos poderão ser entregues independentemente da entrega do
extraditando.

O extraditando que, depois de entregue ao Estado requerente, escapar à


ação da Justiça e esconder-ser no Brasil, ou por ele transitar, será detido
mediante pedido feito diretamente por via diplomática, e de novo entregue
sem outras formalidades.

Não será efetivada a entrega sem que o Estado requerente assuma o


compromisso:

 de não ser o extraditando preso nem processado por fatos


anteriores ao pedido;

 de computar o tempo de prisão que, no Brasil, foi imposta por força


da extradição;

 de comutar em pena privativa de liberdade a pena corporal ou de


morte, ressalvados, quanto à última, os casos em que a lei brasileira
permitir a sua aplicação;

 de não ser o extraditando entregue, sem consentimento do Brasil, a


outro Estado que o reclame; e
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 de não considerar qualquer motivo político, para agravar a pena.

Veja como o Cespe cobrou:

35. [CESPE – OFICIAL DE INTELIGÊNCIA – ABIN – 2008] Não se


concederá a extradição quando se tratar de brasileiro, salvo se a aquisição
dessa nacionalidade verificar-se após o fato que motivar o pedido.

Comentário:

Nessa questão, o elaborador Cespe estava com uma leve preguiça e, por
isso, promoveu um “copiar-colar” do art. 77, inciso I, da Lei 6.815/80.
Reprodução fiel, literal e corretíssima da lei.

Gabarito: Certo

36. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TRF/1ª – 2009] A medida que, para


ser adotada contra estrangeiros, exige promulgação e publicação de decreto
presidencial para ser efetivada (Lei n.º 6.815/1980) é a extradição.

Comentário:

Mais uma vez temos aqui uma tentativa da banca de confundir o


candidato. Promulgação e publicação de decreto presidencial é exigência para
a expulsão e não para a extradição. Fique ligado, pois desconfio que o
elaborador vá trazer uma pegadinha parecida em sua prova!

Gabarito: Errado

[CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TRF/5ª – 2009] Com relação ao Estatuto


do Estrangeiro (Lei n.º 6.815/1980), julgue os itens a seguir.

37. Deve ser concedida a extradição do estrangeiro quando o fato que motivar
o pedido de extradição não for considerado crime no Brasil ou no Estado
requerente.

38. Deve ser concedida a extradição do estrangeiro quando o fato que motivar
o pedido de extradição constituir crime político.

Comentário 38:

Caro aluno, estamos diante de mais uma questão para o cargo de juiz
federal e a banca sequer preocupou-se em complicar a vida do candidato.

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Apenas trocou a palavra “vedada” por “concedida”, ou seja, o certo


seria: deve ser vedada a extradição do estrangeiro quando o fato que motivar
o pedido de extradição constituir crime político.

Gabarito: Errado

Comentário 39:

De jeito nenhum! Não se concederá a extradição, quando o fato que


motivar o pedido de extradição constituir crime político. (art. 77, inciso VII).

Gabarito: Errado

39. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TRF/1ª – 2011] Tratando-se de


cooperação internacional para a repressão a atos de criminalidade comum, a
existência de vínculos conjugais ou familiares do extraditando com pessoas de
nacionalidade brasileira qualifica-se como causa obstativa da extradição.

Comentário:

Caro aluno, a existência de vínculos conjugais ou familiares do


extraditando com pessoas de nacionalidade brasileira não é causa obstativa
da extradição. Se você reler em nossa aula o rol de exceções quanto à
concessão da extradição, você verá que essa situação não está nele inserida.

Gabarito: Errado

40. [CESPE – OFICIAL DE INTELIGÊNCIA – ABIN – 2008] Não se


concederá visto ao estrangeiro condenado ou processado em outro país por
crime doloso, ainda que não seja passível de extradição, na forma da
legislação brasileira.

Comentário:

Preste bastante atenção: É VEDADA a concessão de visto ao estrangeiro


condenado ou processado em outro país por crime doloso se esse crime for
passível de extradição segundo a lei brasileira. Do contrário, ou seja, não
sendo esse crime doloso passível de extradição na lei brasileira, o visto poderá
ser concedido a esse estrangeiro. A questão erra ao afirmar que ainda que não
seja passível de extradição, o visto não será concedido na forma da legislação
brasileira.

Gabarito: Errado

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13. AS INFRAÇÕES E AS PENALIDADES PREVISTAS

Caro aluno, finalizaremos o estudo da Lei n. 6.815/80 mostrando-lhe as


infrações e penalidades por ela regulamentadas. Algumas dessas infrações
serão velhas conhecidas e servirão, na verdade, para revisarmos o que já
estudamos até aqui. Outras complementarão o nosso estudo. Vou listar aqui
apenas aquelas que considero serem as principais e “boas de prova”.

Você perceberá também que em algumas delas haverá previsão de pena


de multa calculada sobre um tal “Maior Valor de Referência”. Pois bem, para a
sua prova, sinceramente aconselho você a não se preocupar com o cálculo ou
os valores das penas de multa. Basta que você saiba apenas que a multa está
ou não prevista na infração ou penalidade, ok? Vamos a elas!

Em seu art. 1°, a Lei 6.815/80 versa que, em tempo de paz, qualquer
estrangeiro poderá, satisfeitas todas as condições por ela estabelecidas e por
nós aqui estudadas, entrar e permanecer no Brasil e dele sair, resguardados os
interesses nacionais. Assim, constitui infração:

 entrar no território nacional sem estar autorizado (clandestino):

Pena: deportação.

 introduzir estrangeiro clandestinamente ou ocultar clandestino ou


irregular:

Pena: detenção de 01 a 03 anos e, se o infrator for estrangeiro,


expulsão.

Estudamos nesta aula os vários tipos de vistos possíveis de serem


concedidos a estrangeiros. Para cada visto, condições e tempo de estada no
Brasil. A desobediência a esses prazos de estada constitui-se na seguinte
infração:

 demorar-se no território nacional após esgotado o prazo legal de


estada:

Pena: multa por dia de excesso e deportação, CASO NÃO SAIA NO


PRAZO FIXADO.

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Sobre o registro de estrangeiros, vamos revisar:

Será registrado no Ministério da Justiça, dentro dos 30 dias seguintes à


sua entrada no país o estrangeiro admitido:

 na condição de PERMANENTE;

 em uma das seguintes condições de TEMPORÁRIO em virtude de:

 viagem cultural ou em missão de estudos;

 viagem de negócios;

 condição de artista ou desportista;

 condição de estudante e;

 condição de correspondentes de jornal, revista, rádio,


televisão ou agência noticiosa estrangeira.

Pois bem:

 deixar (as pessoas acima citadas) de registrar-se no órgão


competente, dentro do prazo de 30 dias:

Pena: multa

Três novas regrinhas para não esquecer:

1ª - Sempre que lhe for exigido por qualquer autoridade ou seu


agente, o estrangeiro deverá exibir documento comprobatório de sua estada
legal no território nacional.

2ª - O estrangeiro registrado é obrigado a comunicar ao Ministério da


Justiça a mudança do seu domicílio ou residência, devendo fazê-lo nos 30
dias imediatamente seguintes à sua efetivação.

3ª - O estrangeiro que adquirir nacionalidade diversa da constante do


registro deverá, nos 90 dias seguintes, requerer a averbação da nova
nacionalidade em seus assentamentos.

Assim, quem deixar de cumprir uma das três regrinhas comete infração e
será penalizado com multa.

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Lembre-se que a empresa transportadora (aérea, terrestre ou fluvial)


deverá verificar, por ocasião do embarque, no exterior, a documentação
exigida, sendo responsável, no caso de irregularidade apurada no momento da
entrada, pela saída do estrangeiro, sem prejuízo de responder por infração
administrativa prevista na lei. E que infração administrativa é essa??

 deixar a empresa transportadora de atender à manutenção ou


promover a saída do território nacional do clandestino ou do impedido:

Pena: multa por estrangeiro.

 transportar para o Brasil estrangeiro que esteja sem a documentação


em ordem:

Pena: multa por estrangeiro, além da responsabilidade pelas


despesas com a retirada deste do território nacional.

Estudamos também que o serviçal com visto de cortesia só poderá


exercer atividade remunerada a serviço particular de titular de visto de
cortesia, oficial ou diplomático. A missão, organização ou pessoa, a cujo
serviço se encontra o serviçal, fica responsável pela sua saída do território
nacional, no prazo de 30 dias, a contar da data em que cessar o vínculo
empregatício.

Se a missão, organização ou pessoa desobedece ao disposto acima


comete a seguinte infração:

 empregar ou manter a seu serviço estrangeiro em situação irregular


ou impedido de exercer atividade remunerada:

Pena: multa por estrangeiro.

Caro aluno, o tópico 08 de nossa aula traz todas as vedações aos


estrangeiros, regulamentadas pela Lei 6.815/80. Pois bem, o desrespeito a
essas vedações levam à seguinte infração:

 infringir o disposto no artigo 106 ou 107 (vedações aos estrangeiros):

Pena: detenção de 01 a 03 anos e expulsão.

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 fazer declaração falsa em processo de transformação de visto, de


registro, de alteração de assentamentos, de naturalização, ou para a
obtenção de passaporte para estrangeiro, laissez-passer, ou, quando
exigido, visto de saída:

Pena: reclusão de 01 a 05 anos e, se o infrator for estrangeiro,


expulsão.

As multas aqui previstas, nos casos de REINCIDÊNCIA, poderão ter os


respectivos valores aumentados do DOBRO ao QUÍNTUPLO.

Para finalizarmos nosso estudo sobre o Estatuto do Estrangeiro, a noss


última questão sobre o tema:

41. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TRF/5ª – 2009] No que tange às


infrações penais previstas no Estatuto do Estrangeiro, a pena prevista para a
entrada, sem autorização, no território nacional é de deportação, e a pena
prevista para a introdução de estrangeiro clandestino ou a ocultação de
clandestino ou irregular, para o estrangeiro autor do crime, é de expulsão.

Comentário:

A questão está certíssima, de acordo com o que versa o inciso XII do art.
125 do Estatuto. Não esqueça que, no caso de introdução de estrangeiro
clandestino ou ocultação de clandestino ou de irregular, a pena será de
DETENÇÃO para o brasileiro que assim proceder e de EXPULSÃO se o
responsável pela conduta for um estrangeiro (como assevera a questão).

Gabarito: Certa

***

Caro aluno, finalizada nossa penúltima aula. Mantenha o foco e a


determinação que o grande dia da vitória está chegando!

De novo: revise esse material mais duas vezes. Você não se


arrependerá!

Até a nossa próxima e a última aula!

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QUESTÕES DE SUA AULA

01. [CESPE – AGENTE/PAPILOSCOPISTA – POLICIA FEDERAL – 2013]


Considere que determinado cidadão australiano deseje vir de férias ao Brasil,
por um período de trinta dias, onde pretende ministrar aulas remuneradas de
surfe e comercializar aparelhos eletrônicos oriundos da Austrália. Nessa
situação, caso não haja acordo internacional entre Brasil e Austrália para a
dispensa de visto, o governo brasileiro poderá conceder o visto de turista ao
referido cidadão.

02. [CESPE – JUIZ FEDERAL – TRF/1ª – 2011] Segundo o direito


internacional costumeiro, nenhum Estado tem o direito de negar visto para o
ingresso de estrangeiro em seu território, seja em definitivo, seja a título
temporário.

[CESPE – AGENTE DE INTELIGÊNCIA – ABIN – 2008] Com base na


legislação acerca da situação jurídica do estrangeiro no Brasil, julgue
os itens que seguem.
03. A concessão do visto, a sua prorrogação ou transformação dependem do
cumprimento dos requisitos previstos em lei, independentemente dos
interesses nacionais.
04. O visto é individual e a sua concessão poderá estender-se aos
dependentes legais do estrangeiro requerente.
05. O visto de trânsito poderá ser concedido ao estrangeiro que, para atingir o
país de destino, tenha de entrar em território nacional, mas não será exigido
ao estrangeiro em viagem contínua que só se interrompa para as escalas
obrigatórias do meio de transporte utilizado.

06. [CESPE – DEFENSOR PÚBLICO – DPU – 2010] Suponha que


Raimundo, brasileiro nato, tenha saído do Brasil para morar nos Estados
Unidos da América, onde reside há mais de trinta anos, e que, nesse país,
tenha obtido a nacionalidade americana como condição para permanecer no
território americano. Nessa situação, caso deseje retornar ao Brasil para visitar
parentes, Raimundo necessitará de visto, pois, ao obter a nacionalidade
americana, perdeu a nacionalidade brasileira.

07. [CESPE – DEFENSOR PÚBLICO – DPU – 2010] Um imigrante e um


turista recebem o mesmo tipo de visto para ingresso no país.

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[CESPE – JUIZ FEDERAL – TRF/5ª – 2009] Com relação ao Estatuto do


Estrangeiro (Lei n.º 6.815/1980), julgue os itens a seguir.
08. A posse ou a propriedade de bens no Brasil confere ao estrangeiro o
direito de obter visto de qualquer natureza ou autorização de permanência no
território brasileiro.
09. O visto de trânsito pode ser concedido ao estrangeiro que, para atingir o
país de destino, tenha de entrar em território brasileiro.

10. [CESPE – OFICIAL DE INTELIGÊNCIA – ABIN – 2008] A propriedade


de imóvel urbano confere ao estrangeiro o direito de obter visto temporário e
autorização de permanência no território nacional, pelo prazo máximo de um
ano.

11. [PONTO E MARCOS GIRÃO – POLICIA FEDERAL – 2013] Ao


americano Mack Davis foi concedido visto de entrada para o Brasil. De acordo
com a disciplina imposta pela Lei 6.815/80, seu visto será automaticamente
estendido aos seus dois filhos e à sua esposa os quais foram regularmente
declarados como seus dependentes legais.

12. [PONTO E MARCOS GIRÃO – POLICIA FEDERAL – 2013] Não se


concederá visto ao estrangeiro menor de 18 (dezoito) anos, desacompanhado
do responsável legal.

13. [PONTO E MARCOS GIRÃO – POLICIA FEDERAL – 2013] Paso de Los


Libres, município argentino é chamada de cidade gêmea de Uruguaiana,
município brasileiro do Estado do Rio Grande do Sul. De acordo com o Estatuo
do Estrangeiro, Juan Pablo, argentino e morador de Paso de lós Libres, pode
transitar livremente entre os dois municípios desde que tenha idoneidade
moral comprovada.

14. [PONTO E MARCOS GIRÃO – POLICIA FEDERAL – 2013] São


documentos de viagem o passaporte para estrangeiro e o laissez-passer. Em
todas as situações previstas na lei para a concessão de passaporte a
estrangeiros, haverá a necessidade de prévia consulta ao Ministério das
Relações Exteriores.

15. [CESPE – AGENTE DE INTELIGÊNCIA – ABIN – 2008] Ao estrangeiro


que tenha entrado no Brasil na condição de turista, temporário ou asilado, e
aos titulares de visto de cortesia, oficial ou diplomático, poderá ser concedida a
prorrogação do prazo de estada no Brasil.

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16. [CESPE – OFICIAL DE INTELIGÊNCIA – ABIN – 2008] Ao estrangeiro


portador de visto de cortesia, oficial ou diplomático, que tenha entrado no país,
poderá ser concedida a prorrogação do prazo de estada no Brasil, a qual não
exceder 90 dias e poderá ser cancelada a critério do Ministério da Justiça.

17. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TRF/5ª – 2009] O registro do


estrangeiro deve ser mantido mesmo se o registrado obtiver naturalização
brasileira.

18. [PONTO E MARCOS GIRÃO – POLICIA FEDERAL – 2013] Compete ao


Ministro da Justiça autorizar a alteração de assentamentos constantes do
registro de estrangeiro.

19. [PONTO E MARCOS GIRÃO – POLICIA FEDERAL – 2013] O


estrangeiro terá o registro cancelado se permanecer ausente do Brasil por
prazo superior a cinco anos.

20. [CESPE – OFICIAL DE INTELIGÊNCIA – ABIN – 2008] Exige-se visto


de saída do estrangeiro que pretender sair do território nacional,
independentemente de ato do ministro da Justiça.

21. [PONTO E MARCOS GIRÃO – POLICIA FEDERAL – 2013] É vedado a


todo o estrangeiro prestar assistência religiosa às Forças Armadas e auxiliares
e também aos estabelecimentos de internação coletiva.

22. [PONTO E MARCOS GIRÃO – POLICIA FEDERAL – 2013] De acordo m


co a Lei 6.815/98, respeitadas as disposições constitucionais e legais, pode-se
afirmar com absoluta certeza que o estrangeiro residente no Brasil goza de
todos os direitos reconhecidos aos brasileiros.

23. [PONTO E MARCOS GIRÃO – POLICIA FEDERAL – 2013] A


naturalização não importa aquisição da nacionalidade brasileira pelo cônjuge e
filhos do naturalizado, nem autoriza que estes entrem ou se radiquem no Brasil
sem que satisfaçam às exigências desta Lei.

24. [PONTO E MARCOS GIRÃO – POLICIA FEDERAL – 2013] Harold


Becker, suíço residente no Brasil, preencheu todos os requisitos exigidos na lei
e a ele foi concedida, pelo Ministério da Justiça, no dia 27/04/11, a sua
naturalização. É correto afirmar que a partir desta data estará extinta qualquer
responsabilidade civil ou penal a que estava anteriormente sujeito em seu país.

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25. [PONTO E MARCOS GIRÃO – POLICIA FEDERAL – 2013] A residência


contínua no território nacional, pelo prazo mínimo de 04 anos, imediatamente
anteriores ao pedido de naturalização é uma das condições a serem obedecidas
pelo naturalizando. O Estatuto do Estrangeiro prevê flexibilização deste tempo
de residência para a concessão da naturalização.

26. [PONTO E MARCOS GIRÃO – POLICIA FEDERAL – 2013] O


estrangeiro admitido no Brasil durante os primeiros 05 anos de vida,
estabelecido definitivamente no território nacional, poderá, enquanto menor,
requerer ao Ministro da Justiça, por intermédio de seu representante legal, a
emissão de Certificado Provisório de Naturalização. Esse certificado valerá
como prova de nacionalidade brasileira até 02 anos depois de atingida a
maioridade. Findo esse prazo, a naturalização desse estrangeiro será
automática.

27. [CESPE – DEFENSOR PÚBLICO – DPU – 2010] Considere que, por


meio do controle realizado em aeroporto brasileiro, se tenha impedido o
ingresso de um chinês que tentava entrar ilegalmente no país e, de imediato,
ele tenha sido mandado de volta ao seu país de origem, no mesmo avião que o
trouxera. Nesse caso, é correto afirmar que esse chinês foi deportado.

28. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TRF/5ª – 2011] O estrangeiro,


enquanto não se efetivar a deportação, poderá ser recolhido à prisão por
ordem do ministro da justiça, pelo prazo improrrogável de sessenta dias,
sendo vedado dispensá-lo de penalidades relativas à entrada ou estada
irregular no território brasileiro ou de qualquer outra formalidade, ainda que
isso possa dificultar a deportação.

29. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TRF/5ª – 2007] De acordo com o que


dispõe o direito internacional, a deportação é uma forma de exclusão de
estrangeiro que tenha ingressado de forma irregular no país ou cuja estada
tenha se tornado irregular, ficando este estrangeiro impedido de retornar
mesmo após sanada a irregularidade que provocou a deportação.

30. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TRF/1ª – 2011] A deportação, como


forma de exclusão do estrangeiro do território brasileiro, somente se efetiva
mediante ato que, exarado pelo ministro de Estado da Justiça, impeça o
retorno do deportado ao país.

31. [CESPE – OFICIAL DE INTELIGÊNCIA – ABIN – 2008] A expulsão


consiste na saída compulsória do estrangeiro e deverá ser efetivada para o
país da nacionalidade ou de procedência do estrangeiro.
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32. [CESPE – DEFENSOR PÚBLICO – DPU – 2010] Considere que um


estrangeiro tenha sido expulso do país por pertencer a célula terrorista e ter
participado do sequestro de autoridades brasileiras. Considere, ainda, que,
após a abertura de inquérito no Ministério da Justiça, no qual foi assegurada
ampla defesa ao alienígena, o presidente da República tenha decidido, por
meio de decreto, pela sua expulsão do país. Nessa situação, o estrangeiro só
poderá voltar ao país mediante decreto presidencial que revogue o anterior.

33. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TRF/1ª – 2011] Somente é passível de


expulsão do território brasileiro o estrangeiro que sofra condenação por crimes
que atentem contra a segurança nacional ou a ordem política ou social.

34. [PONTO E MARCOS GIRÃO – POLICIA FEDERAL – 2013] Não se


procederá à expulsão quando o estrangeiro tiver filho brasileiro.

35. [CESPE – OFICIAL DE INTELIGÊNCIA – ABIN – 2008] Não se


concederá a extradição quando se tratar de brasileiro, salvo se a aquisição
dessa nacionalidade verificar-se após o fato que motivar o pedido.

36. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TRF/1ª – 2009] A medida que, para


ser adotada contra estrangeiros, exige promulgação e publicação de decreto
presidencial para ser efetivada (Lei n.º 6.815/1980) é a extradição.

[CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TRF/5ª – 2009] Com relação ao Estatuto


do Estrangeiro (Lei n.º 6.815/1980), julgue os itens a seguir.
37. Deve ser concedida a extradição do estrangeiro quando o fato que motivar
o pedido de extradição não for considerado crime no Brasil ou no Estado
requerente.
38. Deve ser concedida a extradição do estrangeiro quando o fato que motivar
o pedido de extradição constituir crime político.

39. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TRF/1ª – 2011] Tratando-se de


cooperação internacional para a repressão a atos de criminalidade comum, a
existência de vínculos conjugais ou familiares do extraditando com pessoas de
nacionalidade brasileira qualifica-se como causa obstativa da extradição.

40. [CESPE – OFICIAL DE INTELIGÊNCIA – ABIN – 2008] Não se


concederá visto ao estrangeiro condenado ou processado em outro país por
crime doloso, ainda que não seja passível de extradição, na forma da
legislação brasileira.

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