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Livro Eletrônico

Aula 02

Passo Estratégico de Direito Constitucional p/ TRT-RJ (TJAA) - AOCP

Professores: Equipe Túlio Lages, Murilo Soares, Tulio Lages

44554538818 - Gabriella Bueno


Passo EstratŽgico Ð AOCP/TRT RJ
Direito Constitucional p/ TJAA
Analista Tœlio Lages

Administra•‹o Pœblica. Fun•›es essenciais ˆ


Justi•a: MinistŽrio Pœblico. Advocacia Pœblica;
Advocacia; Defensoria Pœblica.

Introdu•‹o ................................................................................1
An‡lise Estat’stica .....................................................................1
An‡lise das Quest›es ................................................................2
Orienta•›es de Estudo (Checklist) e Pontos a Destacar............11
Question‡rio de Revis‹o...........................................................22
Anexo I Ð Lista de Quest›es ....................................................47
Refer•ncias Bibliogr‡ficas .......................................................51

Introdu•‹o

Ol‡!
Este relat—rio aborda o(s) assunto(s) ÒAdministra•‹o Pœblica.Ó e
ÒFun•›es essenciais ˆ Justi•a: MinistŽrio Pœblico. Advocacia
Pœblica; Advocacia; Defensoria Pœblica.Ó
Com base na an‡lise estat’stica (t—pico a seguir), conclu’mos o primeiro
assunto Ž de import‰ncia mŽdia. J‡ o segundo assunto possui
import‰ncia baixa a mŽdia.
Boa leitura!

An‡lise Estat’stica

Com base na an‡lise estat’stica das quest›es colhidas (por volta de 95),
temos o seguinte resultado para o(s) assunto(s) que ser‡(‹o) tratado(s)
neste relat—rio:

% aproximado de cobran•a
em provas de n’vel mŽdio
Assunto
realizadas pela AOCP desde
2008

Administra•‹o Pœblica 5,3%

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Fun•›es Essenciais ˆ Justi•a 1,1%


Tabela 1

Com base na tabela acima, Ž poss’vel verificar que, no contexto das


provas da AOCP para cargos de n’vel mŽdio, que o assunto:
a) ÒAdministra•‹o PœblicaÓ possui import‰ncia mŽdia, j‡ que foi cobrado
em 5,3% das assertivas.
b) ÒFun•›es Essenciais ˆ Justi•aÓ possui import‰ncia baixa a mŽdia, j‡
que foi cobrado em 1,1% das assertivas.
...
ƒ importante destacar que os percentuais de cobran•a, para cada tema,
podem variar bastante. Sendo assim, adotaremos a seguinte
classifica•‹o quanto ˆ import‰ncia dos assuntos:

% de cobran•a Import‰ncia do assunto

AtŽ 2,9% Baixa a MŽdia

De 3% a 6,9% MŽdia

De 7% a 9,9% MŽdia a Alta

10% ou mais Alta

An‡lise das Quest›es

1.(2017/AOCP/ CM Maring‡/TŽcnico) No que concerne aos direitos


garantidos pela Constitui•‹o Federal ao servidor pœblico, Ž correto
afirmar que
a) o direito de greve ser‡ exercido nos termos e nos limites definidos
em ato espec’fico.
b) Ž l’cita a vincula•‹o ou equipara•‹o de quaisquer espŽcies

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remunerat—rias para o efeito de remunera•‹o de pessoal do servi•o


pœblico.
c) os cargos, empregos e fun•›es pœblicas s‹o acess’veis aos brasileiros
que preencham os requisitos estabelecidos em lei, vedados aos
estrangeiros.
d) os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judici‡rio
poder‹o ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo.
e) a lei reservar‡ percentual dos cargos e empregos pœblicos para as
pessoas portadoras de defici•ncia e definir‡ os critŽrios de sua
admiss‹o.

GABARITO: ÒEÓ
Essa assertiva Ž a literalidade do art. 37, inciso VIII, da CF/1988:
Art. 37 (...)
VIII - a lei reservar‡ percentual dos cargos e empregos
pœblicos para as pessoas portadoras de defici•ncia e definir‡
os critŽrios de sua admiss‹o;

A: errada. A greve ser‡ exercida nos termos e limites definidos em lei


espec’fica, n‹o em ato espec’fico, conforme o art. 37, inciso VII, da
CF/1988:
Art. 37 (...)
VII - o direito de greve ser‡ exercido nos termos e nos limites
definidos em lei espec’fica;

B: errada. ƒ vedada, portanto il’cita, a vincula•‹o ou equipara•‹o de


quaisquer espŽcies remunerat—rias para o efeito de remunera•‹o de
pessoal do servi•o pœblico, nos termos do art. 37, inciso XIII, da
CF/1988:
Art. 37 (...)
XIII - Ž vedada a vincula•‹o ou equipara•‹o de quaisquer
espŽcies remunerat—rias para o efeito de remunera•‹o de
pessoal do servi•o pœblico;

C: errada. Os cargos, empregos e fun•›es pœblicas s‹o acess’veis aos


brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, bem como
aos estrangeiros, tambŽm na forma da lei, consoante o art. 37, inciso I,
da CF/1988:
Art. 37 (...)
I - os cargos, empregos e fun•›es pœblicas s‹o acess’veis aos
brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei,
assim como aos estrangeiros, na forma da lei;

D: errada. Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder


Judici‡rio n‹o poder‹o ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo,
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de acordo com o art. 37, inciso XII, da CF/1988:


Art. 37 (...)
XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do
Poder Judici‡rio n‹o poder‹o ser superiores aos pagos pelo
Poder Executivo;

2.(2016/AOCP/ UFFS/Assistente) Via de regra, de acordo com o


que estabelece a Constitui•‹o Federal, Ž proibida a acumula•‹o de
cargos pœblicos, no entanto, como exce•‹o prevista na pr—pria
Constitui•‹o, Ž permitida a acumula•‹o de cargos pœblicos
a) no caso de um cargo de professor com outro tŽcnico ou cient’fico.
b) em qualquer caso, desde que haja compatibilidade de hor‡rios e a
soma das remunera•›es n‹o ultrapasse o teto constitucional.
c) no caso de dois cargos tŽcnicos ou cient’ficos.
d) no caso de um cargo de professor com qualquer outro, desde que
haja compatibilidade de hor‡rios.
e) no caso de um cargo de profissional da saœde com outro tŽcnico ou
cient’fico.

GABARITO: ÒAÓ
Vejamos o teor do art. 37, inciso XVI, da CF/1988:
Art. 37 (...)
XVI - Ž vedada a acumula•‹o remunerada de cargos pœblicos,
exceto, quando houver compatibilidade de hor‡rios,
observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro tŽcnico ou cient’fico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de
saœde, com profiss›es regulamentadas;

ƒ poss’vel a acumula•‹o de um cargo de professor com outro tŽcnico ou


cient’fico (assertiva ÒbÓ), com amparo na al’nea ÒbÓ do dispositivo
supramencionado.
B: errada. A acumula•‹o remunerada de cargos pœblicos, mesmo
havendo compatibilidade de hor‡rios e respeito ao teto constitucional, Ž
exceptiva, ao contr‡rio do que sugere a assertiva.
C: errada. O artigo supramencionado n‹o autoriza a acumula•‹o
remunerada de 2 cargos tŽcnicos ou cient’ficos assim indistintamente.
D: errada. Um cargo de professor somente pode ser acumulado com
outro de professor ou com outro tŽcnico ou cient’fico.
E: errada. Um cargo de profissional da saœde somente pode ser

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acumulado com outro cargo de profissional da saœde, com profiss›es


regulamentadas.
3.(2015/AOCP/TRE-AC/TŽcnico) ƒ fun•‹o institucional do MinistŽrio
Pœblico, segundo a Constitui•‹o Federal,
a) defender judicialmente os direitos e interesses das popula•›es
ind’genas.
b) exercer outras fun•›es que lhe forem conferidas, desde que
compat’veis com sua finalidade, inclusive a representa•‹o judicial e a
consultoria jur’dica de entidades pœblicas, quando inexistente o corpo
jur’dico pr—prio.
c) promover a•‹o popular, para a prote•‹o do meio ambiente e de
outros interesses difusos e coletivos.
d) exercer o controle interno da atividade policial, na forma da lei.
e) promover, somente quando n‹o exercido pelo particular, a a•‹o
penal pœblica.

GABARITO: ÒAÓ
Essa fun•‹o est‡ prevista no art. 129, inciso V, da CF/1988:
Art. 129. S‹o fun•›es institucionais do MinistŽrio Pœblico:
(...)
V - defender judicialmente os direitos e interesses das
popula•›es ind’genas;

B: errada. ƒ vedado ao MinistŽrio Pœblico o exerc’cio da representa•‹o


judicial e de consultoria jur’dica de entidades pœblicas, nos termos do
art. 129, inciso IX, da CF/1988:
Art. 129. S‹o fun•›es institucionais do MinistŽrio Pœblico:
(...)
IX - exercer outras fun•›es que lhe forem conferidas, desde
que compat’veis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a
representa•‹o judicial e a consultoria jur’dica de entidades
pœblicas.

C: errada. O MinistŽrio Pœblico pode promover inquŽrito civil ou a•‹o


pœblica, n‹o a•‹o popular, para a prote•‹o do meio ambiente e de
outros interesses difusos e coletivos Ð art. 129, inciso III, da CF/1988:
Art. 129. S‹o fun•›es institucionais do MinistŽrio Pœblico:
(...)
III - promover o inquŽrito civil e a a•‹o civil pœblica, para a
prote•‹o do patrim™nio pœblico e social, do meio ambiente e
de outros interesses difusos e coletivos;

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D: errada. O MinistŽrio Pœblico exerce o controle EXTERNO (n‹o


interno) da atividade policial:
Art. 129. S‹o fun•›es institucionais do MinistŽrio Pœblico:
(...)
VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma
da lei complementar mencionada no artigo anterior;

E: errada. Conforme o art. 129, inciso I, da CF/1988, o MinistŽrio


Pœblico deve promover privativamente a a•‹o penal pœblica:
Art. 129. S‹o fun•›es institucionais do MinistŽrio Pœblico:
I - promover, privativamente, a a•‹o penal pœblica, na forma
da lei;

Em raz‹o da exiguidade de quest›es recentes de certos assuntos, ser‹o


comentadas tambŽm quest›es cobradas pela FCC.

4. (2017/TRE-SP/TŽcnico Judici‡rio/Administrativo) Em
conformidade com a Constitui•‹o Federal, implicar‡ a nulidade do ato e
a puni•‹o da autoridade respons‡vel, nos termos da lei, a inobserv‰ncia
da regra constitucional segundo a qual
(A) Ž vedado aos estrangeiros o acesso a cargos, empregos e fun•›es
pœblicas.
(B) o prazo de validade do concurso pœblico ser‡ de atŽ dois anos,
prorrog‡vel uma vez, por igual per’odo.
(C) Ž vedada a acumula•‹o remunerada de dois cargos ou empregos
privativos de profissionais de saœde, com profiss›es regulamentadas.
(D) os acrŽscimos pecuni‡rios percebidos por servidor pœblico dever‹o
ser computados para fins de concess‹o de acrŽscimos ulteriores.
(E) as fun•›es de confian•a, exercidas exclusivamente por servidores
ocupantes de cargo em comiss‹o, destinam-se apenas ˆs atribui•›es de
dire•‹o, chefia e assessoramento.

GABARITO: letra ÒBÓ.


Relembremos o teor do art. 37, incisos II e III e ¤ 2¼, da CF/1988:
Art. 37 (É)
II - a investidura em cargo ou emprego pœblico depende de
aprova•‹o prŽvia em concurso pœblico de provas ou de provas e
t’tulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou
emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomea•›es para
cargo em comiss‹o declarado em lei de livre nomea•‹o e
exonera•‹o;
III - o prazo de validade do concurso pœblico ser‡ de atŽ dois anos,

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prorrog‡vel uma vez, por igual per’odo;


(...)
¤ 2¼ A n‹o observ‰ncia do disposto nos incisos II e III implicar‡ a
nulidade do ato e a puni•‹o da autoridade respons‡vel, nos termos
da lei.

Assim, somente ocorrer‡ a nulidade do ato e a puni•‹o da autoridade


respons‡vel por esse ato nos casos de: a) n‹o observa•‹o da realiza•‹o
de concurso pœblico para a investidura de cargo ou emprego pœblico; e
b) n‹o observa•‹o do prazo de validade do concurso pœblico (atŽ 2
anos, prorrog‡vel uma vez, por igual per’odo).
A œnica assertiva que apresenta uma dessas hip—teses Ž a letra ÒbÓ.
A assertiva ÒaÓ est‡ errada Ð os estrangeiros, na forma da lei, podem
ter acesso a cargos pœblicos, conforme autorizado pelo art. 37, caput,
da CF/1988:
Art. 37 (É)
I - os cargos, empregos e fun•›es pœblicas s‹o acess’veis aos
brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim
como aos estrangeiros, na forma da lei;

A assertiva ÒcÓ est‡ errada Ð a acumula•‹o remunerada de dois cargos


ou empregos privativos de profissionais de saœde, com profiss›es
regulamentadas Ž permitida pelo art. 37, inciso XVI, al’nea ÒcÓ, da
CF/1988:
Art. 37 (É)
XVI - Ž vedada a acumula•‹o remunerada de cargos pœblicos,
exceto, quando houver compatibilidade de hor‡rios, observado em
qualquer caso o disposto no inciso XI:
(...)
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de
saœde, com profiss›es regulamentadas;

Sendo permitido pela CF/1988, n‹o h‡ falar em nulidade do ato.


A assertiva ÒdÓ est‡ errada Ð Ž exatamente o contr‡rio, a CF/1988
determina que Òos acrŽscimos pecuni‡rios percebidos por servidor
pœblico n‹o ser‹o computados nem acumulados para fins de concess‹o
de acrŽscimos ulterioresÓ, nos termos do art. 37, inciso XIV.
A assertiva ÒeÓ est‡ errada Ð as fun•›es de confian•a destinam-se aos
servidores ocupantes de cargo efetivo, n‹o em comiss‹o, conforme art.
37, inciso V, da CF/1988:
Art. 37 (É)
V - as fun•›es de confian•a, exercidas exclusivamente por
servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comiss‹o, a
serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condi•›es
e percentuais m’nimos previstos em lei, destinam-se apenas ˆs

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atribui•›es de dire•‹o, chefia e assessoramento;

5. (2016/TRT 20»/TŽcnico Judici‡rio/Administrativo) Considere


I. Ministro de Estado.
II. Secret‡rio Estadual.
III. Vereador.
IV. Prefeito.
De acordo com a Constitui•‹o Federal, ser‹o remunerados,
exclusivamente, por subs’dio fixado em parcela œnica, vedado o
acrŽscimo de qualquer gratifica•‹o, adicional, abono, pr•mio, verba de
representa•‹o ou outra espŽcie remunerat—ria, obedecidas as normas
constitucionais pertinentes, os cargos indicados em
(A) II, III e IV, apenas.
(B) I, II e III, apenas.
(C) I, II, III e IV.
(D) I, III e IV, apenas.
(E) I e II, apenas.

GABARITO: letra ÒcÓ.


Vejamos o que disp›e o art. 39, ¤ 4¼, da CF/1988:
¤ 4¼ O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os
Ministros de Estado e os Secret‡rios Estaduais e Municipais ser‹o
remunerados exclusivamente por subs’dio fixado em parcela œnica,
vedado o acrŽscimo de qualquer gratifica•‹o, adicional, abono,
pr•mio, verba de representa•‹o ou outra espŽcie remunerat—ria,
obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI.

Item I Ð certo. Ministro de Estado recebe subs’dio.


Item II Ð certo. Secret‡rio Estadual recebe subs’dio.
Item III Ð certo. Vereador (membro do Poder Legislativo e detentor de
mandato eletivo) recebe subs’dio.
Item IV Ð certo. Prefeito (membro do Poder Executivo e detentor de
mandato eletivo) recebe subs’dio.
6. (2017/TRE-SP/TŽcnico Judici‡rio/Administrativo) Aos
integrantes das carreiras da Advocacia Pœblica e da Defensoria Pœblica
aplica-se igualmente a regra constitucional segundo a qual
(A) ingressam nas classes iniciais das carreiras mediante concurso
pœblico de provas e t’tulos, sendo vedado o exerc’cio da advocacia fora
das atribui•›es institucionais.
(B) exercem, nos termos da lei complementar que dispuser sobre a

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organiza•‹o e o funcionamento da institui•‹o que integram, as


atividades de consultoria e assessoramento do Poder Executivo.
(C) gozam das garantias de inamovibilidade e vitaliciedade, adquiridas
ap—s tr•s anos de efetivo exerc’cio da fun•‹o, mediante avalia•‹o de
desempenho perante os —rg‹os pr—prios, ap—s relat—rio circunstanciado
das corregedorias.
(D) est‹o proibidos de receber, a qualquer t’tulo e sob qualquer
pretexto, honor‡rios, percentagens ou custas processuais.
(E) far‹o jus a um abono de perman•ncia, previsto para os servidores
titulares de cargo efetivo, caso completem as exig•ncias para
aposentadoria volunt‡ria com proventos integrais e optem por
permanecer em atividade.

GABARITO: letra ÒEÓ.


O abono de perman•ncia Ž um Òb™nusÓ devido aos servidores que
cumprirem os requisitos para aposentadoria volunt‡ria com proventos
integrais mas preferirem continuar trabalhando.
Vejamos o teor dos arts. 40, ¤ 19, 131, caput, e 134, ¤ 1¼, da CF/1988:
Art. 40, ¤ 19: O servidor de que trata este artigo que tenha
completado as exig•ncias para aposentadoria volunt‡ria
estabelecidas no ¤ 1¼, III, a, e que opte por permanecer em
atividade far‡ jus a um abono de perman•ncia equivalente ao valor
da sua contribui•‹o previdenci‡ria atŽ completar as exig•ncias para
aposentadoria compuls—ria contidas no ¤ 1¼, II.
(...)
Art. 131. A Advocacia-Geral da Uni‹o Ž a institui•‹o que,
diretamente ou atravŽs de —rg‹o vinculado, representa a Uni‹o,
judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei
complementar que dispuser sobre sua organiza•‹o e
funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento
jur’dico do Poder Executivo.
(...)
Art. 134, ¤ 1¼: Lei complementar organizar‡ a Defensoria Pœblica
da Uni‹o e do Distrito Federal e dos Territ—rios e prescrever‡
normas gerais para sua organiza•‹o nos Estados, em cargos de
carreira, providos, na classe inicial, mediante concurso pœblico de
provas e t’tulos, assegurada a seus integrantes a garantia da
inamovibilidade e vedado o exerc’cio da advocacia fora das
atribui•›es institucionais.

A assertiva ÒaÓ est‡ errada Ð no caso da Advocacia Pœblica, a CF/1988


n‹o veda o exerc’cio da advocacia fora das atribui•›es institucionais. A
proibi•‹o refere-se apenas aos Defensores Pœblicos.
A assertiva ÒbÓ est‡ errada Ð a consultoria e o assessoramento do Poder

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Executivo s‹o exercidos apenas pela Advocacia Pœblica, n‹o pela


Defensoria Pœblica.
A assertiva ÒcÓ est‡ errada Ð os Advogados Pœblicos e os Defensores
Pœblicos podem adquirir estabilidade, n‹o vitaliciedade. E apenas os
Defensores Pœblicos possuem inamovibilidade.
A assertiva ÒdÓ est‡ errada Ð a CF/1988 n‹o estabelece essa proibi•‹o
em rela•‹o aos Advogados e Defensores Pœblicos.
7. (2016/TRT 20»/TŽcnico Judici‡rio/Administrativo) A
Constitui•‹o Federal veda ao membro do MinistŽrio Pœblico exercer
(A) qualquer outra fun•‹o pœblica, ainda quando estiver em
disponibilidade, com exce•‹o de exercer uma fun•‹o de magistŽrio.
(B) qualquer outra fun•‹o pœblica, ainda quando estiver em
disponibilidade, sem qualquer exce•‹o.
(C) qualquer outra fun•‹o pœblica, com exce•‹o de exercer a fun•‹o de
defensor pœblico quando estiver em disponibilidade.
(D) algumas fun•›es pœblicas predeterminadas taxativamente no texto
constitucional.
(E) qualquer outra fun•‹o pœblica, exceto quando estiver em
disponibilidade, sem qualquer exce•‹o.

GABARITO: letra ÒAÓ.


Os membros do MP podem exercer cumulativamente apenas a fun•‹o
pœblica de magistŽrio, restri•‹o aplic‡vel ainda que o membro esteja
em disponibilidade.
Relembremos o que disp›em os arts. 40, ¤ 19, 131, caput, e 134, ¤ 1¼,
da CF/1988:
Art. 128: (É) ¤ 5¼: Leis complementares da Uni‹o e dos Estados,
cuja iniciativa Ž facultada aos respectivos Procuradores-Gerais,
estabelecer‹o a organiza•‹o, as atribui•›es e o estatuto de cada
MinistŽrio Pœblico, observadas, relativamente a seus membros:
II - as seguintes veda•›es:
d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra fun•‹o
pœblica, salvo uma de magistŽrio;

A assertiva ÒbÓ est‡ errada Ð h‡ exce•‹o ˆ regra de impossibilidade de


cumula•‹o do exerc’cio de fun•›es pœblicas: o magistŽrio.
A assertiva ÒcÓ est‡ errada Ð ainda que o membro esteja
indisponibilidade, n‹o pode cumular fun•›es pœblicas, exceto em
rela•‹o ao exerc’cio do magistŽrio.
A assertiva ÒdÓ est‡ errada Ð a œnica exce•‹o ˆ cumula•‹o de fun•›es

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pœblicas Ž o exerc’cio do magistŽrio.


A assertiva ÒeÓ est‡ errada Ð o fato do membro estar em disponibilidade
n‹o afasta a veda•‹o da regra de impossibilidade de cumula•‹o de
fun•›es pœblicas, que possui exce•‹o: o exerc’cio do magistŽrio.

Orienta•›es de Estudo (Checklist) e Pontos a Destacar

Administra•‹o Pœblica

Ler os arts. 37 a 41 da CF, tendo em mente os seguintes pontos:


1.! CF, art. 37, caput:
1.1.! Memorizar o rol dos princ’pios da Administra•‹o Pœblica
expressos no caput do art. 37 da CF/88, o conceito de cada um dos
princ’pios, bem como os —rg‹os e entidades que devem observ‡-los.
1.2.! Princ’pio da legalidade - diferen•a entre legalidade
administrativa e reserva legal prevista no CF/88, art. 5¼, inciso II.
Diferen•a entre legalidade e legitimidade.
1.3.! Princ’pio da impessoalidade - enfoques do princ’pio da
impessoalidade: imputa•‹o dos atos praticados pelos agentes pœblicos
diretamente ˆs pessoas jur’dicas em que atuam; veda•‹o ˆ promo•‹o
pessoal de autoridades e servidores pœblicos. Rela•‹o entre o princ’pio
da impessoalidade e o da isonomia (previsto na CF/88, arts. 5¼, inciso
I, e 19, inciso III).
1.4.! Princ’pio da moralidade - rela•‹o entre moralidade
administrativa e probidade administrativa. As espŽcies de penalidades
decorrentes dos atos de improbidade administrativa, conforme CF/88,
art. 37, ¤ 4¼, com aten•‹o para a impossibilidade de pena de
cassa•‹o de direitos pol’ticos, consoante CF, art. 15, caput.
1.5.! Princ’pio da moralidade - possibilidade de atua•‹o do MinistŽrio
Pœblico na defesa da moralidade administrativa mediante a•‹o civil
pœblica, consoante CF/88, art. 129, inciso III.
1.6.! Princ’pio da moralidade Ð precedente importante:
1.6.1.! ÒA nomea•‹o de c™njuge, companheiro ou parente em
linha reta, colateral ou por afinidade, atŽ o terceiro grau,
inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma

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pessoa jur’dica investido em cargo de dire•‹o, chefia ou


assessoramento, para o exerc’cio de cargo em comiss‹o ou de
confian•a ou, ainda, de fun•‹o gratificada na administra•‹o
pœblica direta e indireta em qualquer dos poderes da Uni‹o, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Munic’pios, compreendido o
ajuste mediante designa•›es rec’procas, viola a Constitui•‹o
FederalÓ1.

1.7.! Princ’pio da publicidade - A transpar•ncia como regra na


Administra•‹o Pœblica, com fulcro no direito fundamental ˆ
informa•‹o previsto na CF, art. 5¼, inciso XXXIII, bem como no
previsto na CF, art. 5¼, inciso LX. A concretiza•‹o do princ’pio da
publicidade por meio dos direitos constitucionais de peti•‹o (CF, art.
5¼, inciso XXXIV, al’nea ÒaÓ) e de certid‹o (CF, art. 5¼, inciso XXXIV,
al’nea ÒbÓ).
1.8.! Princ’pio da efici•ncia Ð Desdobramentos constitucionais do
princ’pio da efici•ncia na CF, art. 37, ¤3¼, incisos I a III, ¤8¼, incisos I
a III, art. 39, ¤¤ 2¼ e 7¼, art. 41, ¤ 1¼, inciso III e ¤4¼. O controle da
efici•ncia da Administra•‹o Pœblica: controle externo (CF, art. 70,
caput e art. 71, caput), sistema de controle interno (art. 70, caput e
art. 74, inciso II) e controle judicial.
2.! CF, art. 37, inciso XXI (Licita•‹o) Ð notar que, como regra, Ž
necess‡ria a realiza•‹o de licita•‹o pœblica, com exce•‹o nos casos
especificados na legisla•‹o.
3.! CF, art. 37, ¤ 4¼ (Improbidade Administrativa) Ð observar que
os atos de improbidade administrativa possuem natureza civil
(inclusive o pr—prio dispositivo fala em Òsem preju’zo da a•‹o penal
cab’velÓ).
4.! CF, art. 37, ¤ 6¼ (Responsabilidade Civil do Estado) Ð observar:
4.1.! que se trata de responsabilidade objetiva (independentemente
de dolo ou culpa);
4.2.! que tal responsabilidade alcan•a as pessoas jur’dicas de direito
pœblico e as de direito privado prestadoras de servi•os pœblicos,
integrantes ou n‹o da Administra•‹o Pœblica.
4.3.! que a responsabilidade alcan•a os danos produzidos tanto a
terceiros usu‡rios como a n‹o usu‡rios do servi•o pœblico2.
4.4.! que no caso de dolo ou culpa do agente, o Estado possui direito
de regresso (a•‹o regressiva);

1
STF Ð Sœmula Vinculante 13.
2
STF Ð RE 591.874.

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4.5.! que como regra geral, o Estado n‹o pode ser responsabilizado
por ato judicial, excetuando-se o caso previsto no art. 5¼, LXXV,
circunscritos ˆ esfera penal Ð dever de indenizar o condenado por erro
judici‡rio, assim como o que ficar preso alŽm do tempo fixado na
senten•a.
5.! CF, art. 37, ¤ 8¼ (Contrato de Gest‹o) Ð observar que o objetivo
do contrato de gest‹o previsto no dispositivo Ž o de aumentar a
autonomia do —rg‹o/entidade, sendo, por outro lado, fixadas metas
de desempenho.
Os demais dispositivos da CF sobre o assunto versam especificamente
sobre o tema agentes pœblicos. Os principais pontos de tal tema s‹o
abordados no respectivo PDF do Passo EstratŽgico de Direito
Administrativo, em raz‹o de ser um tema cobrado em ambas as
matŽrias. Mesmo assim, ser‹o aqui novamente trazidos:
1.! Agentes pœblicos: conceito e classifica•‹o. Agentes de fato;
2.! Cargo, empregos e fun•›es pœblicas:
2.1.! Conceito e diferen•as entre os institutos.
2.2.! Forma e requisitos de acesso (CF, art. 37, incisos I, V,
VIII).
2.3.! Concurso pœblico: regras constitucionais (CF, art. 37,
incisos II a IV e ¤ 2¼). Exce•›es ˆ regra de exig•ncia
de concurso pœblico (cargos eletivos + CF, art. 37,
incisos II e IX, art. 198, ¤ 4¼ e ADCT, art. 53, inciso I).
Cargos em que o ingresso deve se dar,
necessariamente, mediante aprova•‹o em concurso
pœblico de provas e t’tulos (CF, arts. 93, inciso I, 129,
¤ 3¼, 131, ¤ 2¼, 132, 134, ¤ 1¼ e 206, inciso V).
2.4.! Cargos privativos de brasileiro nato (CF, art. 12, ¤ 3¼).
2.5.! Sœmulas e precedentes importantes:
2.5.1.! ÒS— por lei se pode sujeitar a exame psicotŽcnico a
habilita•‹o de candidato a cargo pœblicoÓ3.
2.5.2.! ÒA nomea•‹o de c™njuge, companheiro ou parente em
linha reta, colateral ou por afinidade, atŽ o terceiro grau,
inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da
mesma pessoa jur’dica investido em cargo de dire•‹o,
chefia ou assessoramento, para o exerc’cio de cargo em
comiss‹o ou de confian•a ou, ainda, de fun•‹o gratificada
na administra•‹o pœblica direta e indireta em qualquer

3
STF Ð Sœmula Vinculante 44.

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dos poderes da Uni‹o, dos Estados, do Distrito Federal e


dos Munic’pios, compreendido o ajuste mediante
designa•›es rec’procas, viola a Constitui•‹o FederalÓ4.

3.! Contrata•‹o por tempo determinado para atender a


necessidade tempor‡ria de excepcional interesse pœblico (art.
37, inciso IX) Ð alŽm da literalidade do dispositivo, atentar
para os seguintes dispositivos da Lei 8.745/93: —rg‹os que
podem realizar a contrata•‹o (art. 1¼), natureza geral das
situa•›es que configuram necessidade tempor‡ria de
excepcional interesse pœblico (art. 2¼), o processo seletivo
simplificado para recrutamento de pessoal (art. 3¼), as
situa•›es em que a contrata•‹o prescinde de processo
seletivo (¤ 1¼ do art. 3¼) e o contrato (regido pela pr—pria Lei
8.745/93, n‹o pela CLT) como instrumento que formaliza o
v’nculo entre o agente e a Administra•‹o (art. 12).
4.! Direitos do servidor pœblico (CF, art. 37, inciso VI, VII, art. 38
e art. 39, ¤ 3¼): direito de associa•‹o sindical, direito de
greve, direitos do servidor no exerc’cio de mandato eletivo e
direitos dos trabalhadores urbanos e rurais estendidos aos
servidores.
5.! Remunera•‹o dos agentes pœblicos e acumula•‹o de cargos
pœblicos (CF, art. 37, incisos X a XVII e ¤¤ 9¼ a 12; art. 39,
¤¤ 1¼, 4¼, 5¼, 6¼ e 8¼; art. 27, ¤ 2¼ e art. 32, ¤ 3¼): espŽcies
de remunera•‹o (remunera•‹o em sentido amplo,
remunera•‹o em sentido estrito, vencimento, vencimentos,
vantagens pecuni‡rias, subs’dio, sal‡rio), forma de fixa•‹o,
altera•‹o e revis‹o, teto e subtetos remunerat—rios (aplica•‹o
em cada um dos poderes, dentro de cada esfera de governo.
Entidades que n‹o se sujeitam ao teto. Parcelas
remunerat—rias que n‹o s‹o computadas para efeito de teto),
acumula•‹o remunerada de cargos (atentar para a hip—tese
constitucional de acumula•‹o de tr•s cargos: ADCT, art. 17, ¤
1¼. Observar outras hip—teses constitucionais de acumula•‹o
alŽm do previsto inciso XVII do art. 37: art. 38, III; art. 95,
par‡grafo œnico, I; art. 128, ¤ 5¼, II, ÒdÓ; e art. 142, ¤ 3¼, II,
III e VIII), veda•‹o ˆ vincula•‹o e ˆ equipara•‹o de
remunera•›es (atentar para as hip—teses constitucionais de
equipara•‹o e vincula•‹o Ð arts. 73, ¤ 3¼ e 93, V), veda•‹o ˆ
incid•ncia cumulativa de acrŽscimos pecuni‡rios e

4
STF Ð Sœmula vinculante 13

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irredutibilidade de vencimentos e subs’dios.


5.1.! Sœmulas e precedentes importantes:
5.1.1.! ÒSalvo nos casos previstos na Constitui•‹o, o sal‡rio
m’nimo n‹o pode ser usado como indexador de base de
c‡lculo de vantagem de servidor pœblico ou de
empregado, nem ser substitu’do por decis‹o judicialÓ5.
5.1.2.! Òƒ inconstitucional a vincula•‹o do reajuste de
vencimentos de servidores estaduais ou municipais a
.
’ndices federais de corre•‹o monet‡riaÓ6
5.1.3.! ÒN‹o cabe ao poder Judici‡rio, que n‹o tem fun•‹o
legislativa, aumentar vencimentos de servidores pœblicos
sob o fundamento de isonomiaÓ7.

6.! Preced•ncia dos servidores fiscais (CF, art. 37, inciso XVIII e
XXII).
7.! Requisitos e restri•›es ao agente pœblico que possibilite o
acesso a informa•›es privilegiadas (CF, art. 37, ¤ 7¼).
8.! Regime Jur’dico ònico: previs‹o na CF, art. 39, caput.
Suspens‹o por parte do STF da efic‡cia da reda•‹o dada pela
EC 19/98 ao caput do art. 39 da CF (ADI 2135) Ð atentar para
o efeito ex nunc da decis‹o.
9.! Forma•‹o e aperfei•oamento dos servidores, bem como
desenvolvimento de programas para melhorias no servi•o
pœblico (CF, art. 39, ¤¤ 2¼ e 7¼).
10.! Regime de previd•ncia dos servidores titulares de cargos
efetivos:
10.1.!contribuintes do regime (CF, art. 40, caput e ¤ 18).
10.2.!modalidades de aposentadoria (CF, art. 40, ¤ 1¼, incisos
I a III).
10.3.!aposentadoria: requisitos de idade, tempo de
contribui•‹o e demais regras e critŽrios gerais, abono de
perman•ncia (CF, art. 40, ¤ 1¼, incisos I a III, ¤¤ 4¼, 5¼,
9¼, 10, 12, 19. ADCT, art. 100. Lei Complementar
152/2015, arts. 1¼ e 2¼).
10.4.!proventos de aposentadoria: forma de c‡lculo, regras de
acumula•‹o com proventos, pens›es e remunera•›es

5
STF Ð Sœmula Vinculante 4.
6
STF Ð Sœmula Vinculante 42.
7
STF Ð Sœmula Vinculante 37.

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(CF, art. 40 ¤¤ 2¼, 3¼, 6¼, 8¼, 11, 17, 18, 21).
10.5.!pens‹o por morte: critŽrios para concess‹o e forma de
c‡lculo (CF, art. 40, ¤¤ 7¼, 8¼, 18, 21).
10.6.!unidade de regime pr—prio (CF, art. 40, ¤ 20).
10.6.1.! ÒAplicam-se ao servidor pœblico, no que couber, as regras
do Regime Geral de Previd•ncia Social sobre
aposentadoria especial de que trata o artigo 40, ¤ 4¼,
inciso III, da Constitui•‹o Federal, atŽ edi•‹o de lei
complementar espec’ficaÓ8.

11.! Regime de previd•ncia dos ocupantes, exclusivamente de


cargo em comiss‹o, bem como de outro cargo tempor‡rio ou
de emprego pœblico (CF, art. 40, ¤ 13).
12.! Regime de previd•ncia complementar (CF, art. 40, ¤¤ 14 a
16): compet•ncia para institui•‹o, valor das aposentadorias e
pens›es, forma de institui•‹o, caracter’sticas da entidade de
previd•ncia complementar, modalidade de contribui•‹o dos
planos de benef’cios ofertados, faculdade de ingresso aos
servidores que ingressaram atŽ a data da publica•‹o do ato de
institui•‹o do regime.
13.! Regime de previd•ncia dos militares (art. 142, ¤ 3¼, X).
14.! Estabilidade dos servidores efetivos:
14.1.!Requisitos para aquisi•‹o da estabilidade (CF, art. 41,
caput e ¤ 4¼).
14.2.!Hip—teses de perda de cargo do servidor est‡vel (CF,
art. 41, ¤ 1¼ e art. 169, ¤¤ 3¼ a 7¼).
14.3.!Invalida•‹o da demiss‹o do servidor por senten•a
judicial Ð efeitos para o servidor est‡vel demitido e para
o eventual ocupante da vaga (CF, art. 41, ¤ 2¼).
14.4.!Extin•‹o do cargo ou declara•‹o de sua desnecessidade
- efeitos para o servidor est‡vel (CF, art. 41, ¤ 3¼).
14.5.!Sœmulas e precedentes importantes:
14.5.1.! ÒFuncion‡rio em est‡gio probat—rio n‹o pode ser
exonerado nem demitido sem inquŽrito ou sem as
formalidades legais de apura•‹o de sua capacidadeÓ9.
14.5.2.! ÓO est‡gio probat—rio n‹o protege o funcion‡rio contra a
extin•‹o do cargoÓ10

8
STF Ð Sœmula Vinculante 33.
9
STF Ð Sœmula 21.

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Fun•›es Essenciais ˆ Justi•a

Fazer a leitura dos arts. 127 a 135 da CF atentando-se


especialmente para os pontos e orienta•›es a seguir:
1.! Observar que as Fun•›es Essenciais ˆ Justi•a abrangem:
MinistŽrio Pœblico, Advocacia Pœblica, Advocacia Privada e
Defensoria Pœblica.
2.! CF, art. 127 Ð atentar:
2.1.! que o MinistŽrio Pœblico Ž institui•‹o permanente, aut™noma
(autonomia funcional, administrativa e or•ament‡ria) e
independente (caput e ¤¤ 1¼ a 3¼);
2.2.! para a miss‹o do MinistŽrio Pœblico: Òdefesa da ordem
jur’dica, do regime democr‡tico e dos interesses sociais e
individuais indispon’veisÓ (caput);
2.3.! para os princ’pios institucionais do MinistŽrio Pœblico: unidade,
indivisibilidade e independ•ncia funcional (¤ 1¼). Observar que
unidade Ž aplic‡vel apenas dentro de cada um dos MPs, que a
indivisibilidade Ž decorrente da unidade, que a independ•ncia
funcional se refere tanto ao MP como um todo, quanto a cada
membro individualmente.
2.4.! para o princ’pio do promotor natural, implicitamente previsto
no art. 5¼, LIII da CF. Precedente importante:
2.4.1.! Òa matriz constitucional desse princ’pio assenta-se
nas cl‡usulas da independ•ncia funcional e da inamovibilidade
dos membros da institui•‹oÓ11.

2.5.! que, como o Poder Executivo detŽm a iniciativa das leis


or•ament‡rias (art. 84, inciso XXIII), a proposta or•ament‡ria do
MinistŽrio Pœblico deve ser encaminhada ˆquele Poder. ƒ tambŽm
por isso que cabe ao Poder Executivo realizar as medidas e ajustes
referentes ao or•amento do MinistŽrio Pœblico nas hip—teses
previstas no ¤ 4¼ (caso em que o MinistŽrio Pœblico n‹o encaminha
a proposta no prazo estabelecido na lei de diretrizes or•ament‡rias)
e ¤ 5¼ (caso em que o MinistŽrio Pœblico encaminha proposta em
desacordo com os limites estipulados na lei de diretrizes
or•ament‡rias). Cumpre destacar que, encaminhando o MinistŽrio

10
STF Ð Sœmula 22.
11
STF - HC 67.759.

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Pœblico sua proposta or•ament‡ria ao Executivo obedecendo os


limites da LDO e demais requisitos previstos no art. 127, ¤ 3¼, o
chefe do Poder Executivo n‹o pode reduzir unilateralmente o
or•amento proposto, cabendo a ele remet•-lo ao Poder Legislativo
e, se entender pertinente, solicitar a redu•‹o pretendida, conforme
entendimento recente do STF:
2.5.1.! Òƒ inconstitucional a redu•‹o unilateral pelo Poder
Executivo dos or•amentos propostos pelos outros Poderes e
por —rg‹os constitucionalmente aut™nomos, como o MinistŽrio
Pœblico e a Defensoria Pœblica, na fase de consolida•‹o do
projeto de lei or•ament‡ria anual, quando tenham sido
elaborados em obedi•ncia ˆs leis de diretrizes or•ament‡rias e
enviados conforme o art. 99, ¤ 2¼, da CRFB/88, cabendo-lhe
apenas pleitear ao Poder Legislativo a redu•‹o pretendida,
visto que a fase de aprecia•‹o legislativa Ž o momento
constitucionalmente correto para o debate de poss’veis
altera•›es no Projeto de Lei Or•ament‡riaÓ12.

3.! CF, art. 128 Ð atentar:


3.1.! que n‹o h‡ MinistŽrio Pœblico municipal.
3.2.! que o MinistŽrio Pœblico do DF e Territ—rios integra o MinistŽrio
Pœblico da Uni‹o (ou seja, n‹o Ž uma espŽcie de MinistŽrio Pœblico
estadual). Inclusive, convŽm destacar que compete ˆ Uni‹o
organizar e manter o MPDFT (art. 21, XIII, CF).
3.3.! que n‹o h‡ men•‹o ˆ MinistŽrio Pœblico Eleitoral no inciso I
(embora, na pr‡tica, ele exista).
3.4.! que n‹o h‡ men•‹o ao MinistŽrio Pœblico junto ao Tribunal de
Contas nos incisos I ou II Ð com efeito, os MinistŽrios Pœblicos junto
aos Tribunais de Contas n‹o integram a estrutura org‰nica nem do
MPU, nem dos MPEs. AlŽm disso, n‹o possuem as atribui•›es
previstas no art. 129. A eles, por outro lado, s‹o aplic‡veis os
mesmos direitos, veda•›es e forma de investidura dos membros do
MP em geral (art. 130).
3.5.! que lei que organiza o MinistŽrio Pœblico (¤ 5¼) Ž
complementar e de iniciativa concorrente do Presidente do Chefe do
Poder Executivo e do Chefe do MinistŽrio Pœblico (Ou seja, ser‡ uma
lei complementar federal de iniciativa concorrente do Presidente da
Repœblica e do Procurador Geral da Repœblica na esfera federal.
Ser‡ uma lei complementar estadual de iniciativa concorrente do
Governador do Estado e do Procurador-Geral de Justi•a na esfera
estadual). Essas leis n‹o se confundem com a Lei Ordin‡ria, de

1212
STF Ð ADI 5287.

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iniciativa privativa do Presidente da Repœblica para dispor sobre


normas GERAIS para a organiza•‹o do MinistŽrio Pœblico dos
Estados, do DF e dos Territ—rios (CF, art. 61, II, ÒdÓ).
3.6.! que n‹o h‡ hierarquia entre o MPU e os MPEs. Eventual
conflito de atribui•›es entre um membro do MPF e outro do MPE,
entretanto, ser‡ resolvido pelo PGR13.
3.7.! que o PGR deve ser nomeado dentre integrantes da carreira
do MPU (¤ 1¼) Ð pode ser de qualquer ramo do MPU14.
3.8.! que a nomea•‹o do PGR deve ser aprovada pela maioria do
Senado Federal (¤ 1¼), mediante voto secreto, ap—s argui•‹o
pœblica (art. 51, III, ÒeÓ).
d
3.9.! que n‹o h‡ limite constitucional ao nœmero de recondu•›es do
PGR (¤ 1¼).
3.10.!que o PGR pode ser destitu’do por iniciativa do Presidente da
Repœblica, sendo necess‡ria a aprova•‹o da maioria absoluta do
Senado Federal (¤ 2¼).
3.11.!que aos Procuradores-Gerais de Justi•a s— Ž permitida apenas
uma recondu•‹o (¤ 3¼).
3.12.!que n‹o h‡ participa•‹o do Poder Legislativo na nomea•‹o do
Procurador-Geral de Justi•a (¤ 3¼).
3.13.!que Ž poss’vel a destitui•‹o do Procurador-Geral por meio de
delibera•‹o da maioria absoluta do Poder Legislativo (ou seja, nos
Estados ser‡ a respectiva Assembleia Legislativa; j‡ no DF ser‡ o
Senado! Ð lembre-se de que o MPDFT integra o MPU).
3.14.!que, consoante entendimento do STF, caso ocorra vac‰ncia do
cargo de Procurador-Geral no curso do mandato, o pr—ximo
ocupante dever‡ cumprir um novo per’odo de dois anos (e n‹o
simplesmente completar o per’odo restante do mandato do
antecessor)15
3.15.!para as garantias funcionais dos membros do MP:
vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de subs’dios (¤ 5¼,
inciso I). Perceba que a inamovibilidade n‹o impede a remo•‹o de
of’cio do membro do MP (art. 130-A, ¤ 2¼, III).
3.16.!que a despeito de o art. 128, ¤ 5¼, inciso II, ÒbÓ, vedar o
exerc’cio da advocacia por parte dos membros do MP, o art. 29, ¤

13
STF Ð ACO 924/MG.
14
STF Ð MS 21.239.
15
STF Ð ADI 1.783-BA.

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3¼ do ADCT permite que os integrantes da carreira do MPU que


tenham sido admitidos antes da promulga•‹o da CF/88 e que
tenham optado pelo regime anterior exer•am a advocacia.
3.17.!que a quarentena prevista no ¤ 6¼ do art. 128 Ž aplic‡vel
somente ao tribunal perante o qual o membro do MP oficiava.
4.! CF, art. 129 (Fun•›es institucionais do MinistŽrio Pœblico) Ð
atentar:
4.1.! que se trata de rol n‹o-exaustivo, em raz‹o do previsto no
inciso IX.
4.2.! no que tange ˆ a•‹o civil pœblica:
4 presta ˆ prote•‹o do patrim™nio
a) que a a•‹o civil pœblica se
pœblico e social, do meio ambiente e de outros interesses
difusos e coletivos (inciso III do art. 129).
b) que promover a a•‹o civil pœblica n‹o Ž compet•ncia
exclusiva do MP (inciso III), conforme ¤ 1¼.
4.3.! que o MP exerce o controle externo (e n‹o interno) da
atividade policial (inciso VII).
4.4.! que a despeito do MP ter a compet•ncia para promover,
privativamente, a a•‹o penal pœblica, h‡ tambŽm a a•‹o penal
privada subsidi‡ria da pœblica, ajuizada quando aquela n‹o for
intentada no prazo legal (art. 5¼, LIX).
4.5.! que o oferecimento de denœncia pelo MP pode ser
fundamentado em pe•as de informa•‹o obtidas unicamente pelo
Parquet, sem necessidade de prŽvio inquŽrito policial16.
4.6.! que se houver autoriza•‹o do chefe da institui•‹o, o
integrante do MP poder‡ residir fora da comarca da respectiva
lota•‹o (¤ 2¼).
4.7.! que o concurso para ingresso na carreira do MP contar‡ com a
participa•‹o da OAB Òem sua realiza•‹oÓ (¤ 3¼), enquanto o
concurso para ingresso na magistratura contar‡ com a participa•‹o
da OAB Òem todas as fasesÓ (art. 93, inciso I).
5.! CF, art. 130-A (Conselho Nacional do MinistŽrio Pœblico) Ð
atentar:
5.1.! que o PGR Ž o presidente do CNMP (inciso I).
5.2.! que um membro de cada carreira do MPU comp›e o Conselho

16
STF Ð RE 535.478.

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(inciso II). Ou seja, um membro do MPM, um do MPT, um do MPF e


um do MPDFT.
5.3.! que os membros do CNMP s‹o processados e julgados, nos
crimes de responsabilidade, pelo Senado Federal (art. 52, II).
5.4.! que compete ao STF julgar as a•›es contra o CNMP (art. 102,
I, ÒrÓ).
5.5.! que o CNMP Ž —rg‹o de controle interno do MinistŽrio Pœblico,
fiscalizador da atua•‹o administrativa e financeira do MP, bem como
do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros (¤ 2¼).
5.6.! para a semelhan•a entre as compet•ncias do CNMP e do CNJ
(art. 103-B). b
6.! CF, art. 131 (Advocacia Pœblica) Ð observar:
6.1.! que a Advocacia Pœblica representa judicial e
extrajudicialmente os entes federativos (arts. 131, caput e 132,
caput). O STF entende, por outro lado, que em certas circunst‰ncias
e em causas espec’ficas, o Estado pode constituir outro
representante para atuar em ju’zo 17 . Ou seja, n‹o se trata de
compet•ncia exclusiva da Advocacia Pœblica.
6.2.! que a organiza•‹o e funcionamento da AGU deve ser
disciplinada por meio de lei complementar (caput).
6.3.! que a AGU, de maneira ampla, Ž o —rg‹o de advocacia pœblica
da Uni‹o, mas na execu•‹o da d’vida ativa de natureza tribut‡ria, a
representa•‹o da Uni‹o cabe especificamente ˆ Procuradoria-Geral
da Fazenda Nacional (¤ 3¼).
6.4.! que nas atividades de consultoria e assessoramento jur’dico, a
AGU age somente no Poder Executivo, porque integra este Poder
(caput). Inclusive o STF entende que cada Poder possui a
prerrogativa de manter uma assessoria jur’dica pr—pria18.
6.5.! que apesar de n‹o expresso nos arts. 131 e 132, existem
procuradorias no ‰mbito municipal Ð Ž a œnica Fun•‹o Essencial ˆ
Justi•a que se manifesta na esfera municipal.
7.! CF, art. 133 (Advocacia Privada) Ð atentar:
7.1.! que a indispensabilidade do advogado n‹o Ž absoluta, j‡ que
h‡ determinadas causas em que n‹o se faz necess‡ria sua presen•a
(ex: a•›es de habeas corpus).

17
STF Ð 121.856-ED.
18
STF Ð ADI 1.557/DF.

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7.2.! que a imunidade material do advogado n‹o Ž absoluta, n‹o


alcan•ando condutas que podem ser configuradas como crime de
calœnia, desacato ou outro excessos.
8.! CF, art. 134 (Defensoria Pœblica) Ð atentar:
8.1.! que a Defensoria presta assist•ncia jur’dica judicial e
extrajudicial aos necessitados, na forma do art. 5¼, LXXIV (caput).
Essa assist•ncia Ž integral e gratuita.
8.2.! embora o ¤ 1¼ disponha que Òlei complementar organizar‡ a
Defensoria Pœblica da Uni‹o e do Distrito Federal e dos Territ—riosÓ,
com o advento da EC 69/2012, a compet•ncia para organizar e
manter a Defensoria Pœblica do DF foi transferida da Uni‹o para o
c
pr—prio DF (vide reda•‹o atual e anterior do art. 22, XVII). Assim,
atualmente, cabe ˆ Uni‹o, mediante lei complementar, organizar a
Defensoria Pœblica da Uni‹o e dos Territ—rios e definir normas gerais
para a organiza•‹o da Defensoria Pœblica nos estados e no DF, o
que se alinha ˆ compet•ncia concorrente para legislar sobre
assist•ncia jur’dica e defensoria pœblica, definida no art. 24, XIII Ð
cabendo ˆ Uni‹o definir as normas gerais e, aos Estados e DF, as
normas espec’ficas.
8.3.! que os integrantes da Defensoria possuem a garantia da
inamovibilidade (mas n‹o possuem vitaliciedade) Ð art. 134, ¤ 1¼.
8.4.! para os princ’pios da Defensoria Pœblica: unidade,
indivisibilidade e autonomia funcional (¤ 4¼)
8.5.! que a Defensoria Pœblica possui autonomia funcional,
administrativa e or•ament‡ria (¤¤ 2¼ e 3¼). AlŽm disso, n‹o est‡
subordinada ao Poder Executivo ou qualquer dos Poderes.
8.6.! que a Defensoria pœblica possui legitimidade para propor A•‹o
Civil Pœblica (Lei 7.347/85, art. 5¼).
9.! CF, art. 135: observar que os advogados defensores pœblicos
ser‹o remunerados por subs’dio fixado em parcela œnica, na forma
do art. 39, ¤ 4¼.

Question‡rio de Revis‹o

***Question‡rio - somente perguntas***


Administra•‹o Pœblica

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1)! Nas licita•›es, conforme a CF, qual mecanismo a lei poder‡


permitir para que haja garantia do cumprimento das
obriga•›es?
2)! Que consequ•ncias a CF prev• caso constatado ato de
improbidade administrativa?
3)! A responsabilidade civil do Estado alcan•a que pessoas?
4)! Segundo a CF, quais —rg‹os e entidades podem ter sua
autonomia ampliada mediante contrato a ser firmado entre
seus administradores e o poder pœblico?
5)! Quais s‹o os princ’pios da Administra•‹o Pœblica
6
expressamente previstos na CF?
6)! Quais entes devem observam os princ’pios expressos da
Administra•‹o Pœblica? Quais Poderes?
7)! O que disp›e o princ’pio da legalidade?
8)! Qual a diferen•a do princ’pio da legalidade administrativa
do princ’pio da reserva legal aplic‡vel aos particulares?
9)! Legalidade Ž o mesmo que legitimidade? Comente.
10)! O que preceitua o princ’pio da impessoalidade?
11)! Comente a compreens‹o do princ’pio da impessoalidade sob
o enfoque da imputa•‹o dos atos praticados pelos agentes
pœblicos diretamente ˆs pessoas jur’dicas em que atuam.
12)! ƒ poss’vel a compreens‹o do princ’pio da impessoalidade
sob o viŽs da veda•‹o ˆ promo•‹o pessoal de autoridades e
servidores pœblicos?
13)! Comente a rela•‹o entre o princ’pio da impessoalidade e o
da isonomia.
14)! O que preceitua o princ’pio da moralidade?
15)! Quem deve observar a moralidade administrativa?
16)! ƒ poss’vel o controle da moralidade administrativa pelos
cidad‹os? Se sim, por meio de qual instrumento?
17)! H‡ rela•‹o entre moralidade administrativa e probidade
administrativa? Comente.
18)! O MinistŽrio Pœblico pode atuar na defesa da moralidade
administrativa?
19)! O que preceitua o princ’pio da publicidade?

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20)! A transpar•ncia deve ser vista como regra ou exce•‹o na


Administra•‹o Pœblica? O sigilo da informa•‹o ou restri•‹o
da publicidade s‹o poss’veis?
21)! Como os direitos constitucionais de peti•‹o e de certid‹o
concretizam o princ’pio da publicidade?
22)! O STF considera l’cita a divulga•‹o nominal da remunera•‹o
de autoridades e servidores pœblicos em s’tio eletr™nico?
23)! O que preceitua o princ’pio da efici•ncia?
24)! Qual a outra denomina•‹o do princ’pio da efici•ncia?
25)! Mencione alguns desdobramentos constitucionais do
princ’pio da efici•ncia?
26)! Como se d‡ o controle da efici•ncia da Administra•‹o
Pœblica?
27)! O que s‹o os princ’pios impl’citos da Administra•‹o
Pœblica? Eles possuem menos relev‰ncia que os expressos
no caput do art. 37 da CF?
28)! O que preceitua o princ’pio da supremacia do interesse
pœblico?
29)! O que preceitua o princ’pio da presun•‹o de legitimidade e
de veracidade? Essa presun•‹o Ž absoluta?
30)! O que preceitua o princ’pio da autotutela?
31)! O poder de tutela Ž o mesmo que autotutela? Explique.
32)! O que preceitua o princ’pio da continuidade dos servi•os
pœblicos?
33)! O que preceitua o princ’pio da razoabilidade e
proporcionalidade?
34)! O que preceitua o princ’pio da motiva•‹o?
35)! O que preceitua o princ’pio da seguran•a jur’dica?
36)! Qual a diferen•a entre cargo pœblico e emprego pœblico?
37)! Considerando que o empregado pœblico possui v’nculo
contratual com a entidade, regido pela CLT, pode-se dizer
que o regime jur’dico dos empregados pœblicos Ž
integralmente privado?
38)! O que s‹o fun•›es pœblicas?
39)! O que s‹o cargos em comiss‹o?
40)! A veda•‹o ao nepotismo, nos termos da sœmula vinculante
13 do STF, alcan•a a nomea•‹o para cargos pol’ticos?

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41)! Qual o instrumento por meio do qual s‹o criados (e


extintos) os cargos, empregos e fun•›es pœblicas?

Fun•›es Essenciais ˆ Justi•a

1)! Qual a fun•‹o do MinistŽrio Pœblico?


2)! O MinistŽrio Pœblico integra a estrutura de qual Poder?
3)! Qual a estrutura do MinistŽrio Pœblico da Uni‹o (MPU)?
4)! A quem cabe a iniciativa de lei de organiza•‹o do MinistŽrio
Pœblico da Uni‹o? E dos MinistŽrios Pœblicos Estaduais?
5)! Quais s‹o os princ’pios institucionais do MinistŽrio Pœblico
(MP)?
6)! O que preceitua o princ’pio do promotor natural?
7)! ƒ poss’vel o oferecimento de denœncia pelo MP sem prŽvia
investiga•‹o criminal por parte da pol’cia?
8)! Quantas recondu•›es s‹o permitidas constitucionalmente
ao cargo de Procurador Geral da Repœblica?
9)! Quantas recondu•›es s‹o permitidas constitucionalmente
ao cargo de Procurador Geral de Justi•a dos Estados?
10)! A Advocacia Geral da Uni‹o realiza atividades de
consultoria e assessoramento jur’dico de quais poderes?
11)! Aos procuradores dos Estados s‹o assegurados a garantia
da inamovibilidade? E da vitaliciedade?
12)! Aos defensores pœblicos dos Estados s‹o assegurados a
garantia da inamovibilidade? E da vitaliciedade?
13)! Quais defensorias pœblicas possuem autonomia funcional e
administrativa e iniciativa de sua proposta or•ament‡ria?
14)! A quem compete organizar e manter a Defensoria Pœblica
do Distrito Federal?
15)! Quais s‹o os princ’pios institucionais da Defensoria Pœblica
(DP)?
16)! Qual a fun•‹o da Defensoria Pœblica?

***Question‡rio: perguntas com respostas***


1)! Nas licita•›es, conforme a CF, qual mecanismo a lei poder‡
permitir para que haja garantia do cumprimento das

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obriga•›es?
A lei poder‡ permitir exig•ncias de qualifica•‹o tŽcnica e
econ™mica, desde que indispens‡veis ˆ garantia do cumprimento
das obriga•›es (CF, art. 37, XXI).
2)! Que consequ•ncias a CF prev• caso constatado ato de
improbidade administrativa?
Suspens‹o dos direitos pol’ticos, perda da fun•‹o pœblica,
indisponibilidade dos bens e ressarcimento ao er‡rio, na forma e
grada•‹o previstas em lei, sem preju’zo da a•‹o penal cab’vel (CF,
art. 37, ¤ 4¼).
3)! A responsabilidade civil do Estado alcan•a que pessoas?
Pessoas jur’dicas de direito pœblico e as de direito privado
prestadoras de servi•os pœblicos, integrantes ou n‹o da
Administra•‹o Pœblica (CF, art. 37, ¤ 6¼).
4)! Segundo a CF, quais —rg‹os e entidades podem ter sua
autonomia ampliada mediante contrato a ser firmado entre
seus administradores e o poder pœblico?
îrg‹os e entidades da direta e indireta (CF, art. 37, ¤ 8¼).
5)! Quais s‹o os princ’pios da Administra•‹o Pœblica
expressamente previstos na CF?
Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Efici•ncia.
Para facilitar a memoriza•‹o dos princ’pios expressos: acr™nimo
LIMPE (L = legalidade, I = impessoalidade, M = moralidade, P =
publicidade, E = efici•ncia).
6)! Quais entes devem observam os princ’pios expressos da
Administra•‹o Pœblica? Quais Poderes?
S‹o de observa•‹o obrigat—ria para TODA a Administra•‹o Pœblica
Ð Direta e Indireta Ð de TODOS os Poderes, de TODAS as esferas
de governo Ð Uni‹o, Estados, DF e Munic’pios, consoante art. 37,
caput, da CF:
Art. 37. A administra•‹o pœblica direta e indireta de qualquer
dos Poderes da Uni‹o, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Munic’pios obedecer‡ aos princ’pios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e efici•ncia e,
tambŽm, ao seguinte:

7)! O que disp›e o princ’pio da legalidade?


O princ’pio da legalidade prescreve que a Administra•‹o s— pode
agir quando h‡ imposi•‹o ou permiss‹o da lei (considerada em
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sentido amplo), sendo que a atividade administrativa deve se dar


no mesmo sentido (e n‹o contra) e nos exatos limites (nunca
alŽm) de tal determina•‹o ou autoriza•‹o legal.
8)! Qual a diferen•a do princ’pio da legalidade administrativa
do princ’pio da reserva legal aplic‡vel aos particulares?
O princ’pio da legalidade administrativa Ž caracterizado pela
restri•‹o da vontade dos agentes administrativos pela lei, o que se
diferencia, portanto, da conduta que prevalece no setor privado,
onde h‡ predomin‰ncia da autonomia da vontade dos particulares,
em que se pode fazer tudo aquilo que a lei permite e n‹o pro’be,
em decorr•ncia do princ’pio da reserva legal - CF/88, art. 5¼,
inciso II:
II - ninguŽm ser‡ obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma
coisa sen‹o em virtude de lei;

9)! Legalidade Ž o mesmo que legitimidade? Comente.


N‹o, a legitimidade Ž mais abrangente que a legalidade, j‡ que
significa n‹o somente agir conforme o texto da lei, mas tambŽm
obedecer aos demais princ’pios administrativos.
10)! O que preceitua o princ’pio da impessoalidade?
O princ’pio da impessoalidade imp›e que a a•‹o da Administra•‹o
deve estar voltada para a atingir o objetivo previsto
(expressamente ou virtualmente) em lei, o qual visar‡ atender
sempre a uma finalidade: o interesse pœblico.
Assim, o administrador n‹o pode atuar para atender a objetivo
diverso do estabelecido em lei Ð que ser‡ sempre o interesse
pœblico Ð, ou de pratic‡-lo em benef’cio pr—prio ou de terceiros.
11)! Comente a compreens‹o do princ’pio da impessoalidade sob
o enfoque da imputa•‹o dos atos praticados pelos agentes
pœblicos diretamente ˆs pessoas jur’dicas em que atuam.
O princ’pio da impessoalidade tambŽm deve ser compreendido sob
o enfoque da imputa•‹o dos atos praticados pelos agentes
pœblicos diretamente ˆs pessoas jur’dicas em que atuam. Decorre
de tal preceito que, como os atos n‹o devem ser entendidos como
praticados pelo agente pœblico A ou agente pœblico B, mas sim
pela Administra•‹o Pœblica, esse viŽs do princ’pio da
impessoalidade acaba por retirar dos agentes pœblicos a
responsabilidade pessoal, perante terceiros, pelos atos que
praticam.
12)! ƒ poss’vel a compreens‹o do princ’pio da impessoalidade
sob o viŽs da veda•‹o ˆ promo•‹o pessoal de autoridades e

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servidores pœblicos?
Sim, o princ’pio da impessoalidade pode ser compreendido sob o
viŽs da veda•‹o ˆ promo•‹o pessoal de autoridade e servidores
pœblicos conforme CF/88, art. 37, ¤ 1¼ disp›e:
¤ 1¼ A publicidade dos atos, programas, obras, servi•os e
campanhas dos —rg‹os pœblicos dever‡ ter car‡ter educativo,
informativo ou de orienta•‹o social, dela n‹o podendo
constar nomes, s’mbolos ou imagens que caracterizem
promo•‹o pessoal de autoridades ou servidores pœblicos.

13)! Comente a rela•‹o entre o princ’pio da impessoalidade e o


da isonomia.
O princ’pio da impessoalidade encontra-se relacionado ao princ’pio
constitucional da isonomia (CF/88, arts. 5¼, inciso I, e 19, inciso
III), obrigando a Administra•‹o a conferir tratamento igualit‡rio
aos administrados que se encontrem na mesma situa•‹o f‡tica e
jur’dica. Decorrem do dever de isonomia da Administra•‹o a
necessidade da ado•‹o de procedimentos como o concurso pœblico
para provimento de cargos efetivos, a licita•‹o para a contrata•‹o
de obras, servi•os, fornecimentos, o regime de precat—rios para
pagamento de d’vidas da Fazenda Pœblica em decorr•ncia de
decis‹o judicial etc.
O teor dos dispositivos que consagram a isonomia Ž o seguinte:
Art. 5¼ (...)
I Ð homens e mulheres s‹o iguais em direitos e obriga•›es,
nos termos desta Constitui•‹o;
(...)
Art. 19. ƒ vedado ˆ Uni‹o, aos Estados, ao Distrito Federal e
aos Munic’pios:
(...)
III Ð criar distin•›es entre brasileiros ou prefer•ncias entre
si.

14)! O que preceitua o princ’pio da moralidade?


O princ’pio da moralidade preceitua que os agentes pœblicos atuem
com Žtica, honestidade, probidade, boa-fŽ, decoro, lealdade,
fidelidade funcional.
A moralidade administrativa est‡ ligada ˆ ideia do Òbom
administradorÓ Ð aquele que atua n‹o somente com respeito aos
preceitos vigentes, mas tambŽm ˆ moral Ð e n‹o se confunde com
a moralidade comum. Esta ÒŽ imposta ao homem para sua
conduta externa;Ó aquela ÒŽ imposta ao agente pœblico para sua
conduta interna, seguindo as exig•ncias da institui•‹o a que serve

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e a finalidade de sua a•‹o: o bem comumÓ19.


AlŽm disso, a moralidade administrativa diz respeito a uma moral
jur’dica, consubstanciada em regras de conduta extra’das da
disciplina interior da Administra•‹o 20 . Ou seja, deve ser
compreendida de modo objetivo, independente da no•‹o subjetiva
do agente sobre o que Ž certo ou errado em termos Žticos Ð moral
comum.
Embora tenha sido previsto na CF como um princ’pio aut™nomo, Ž
poss’vel entender a moralidade administrativa como fator de
legalidade. Nesse sentido, o TJSP j‡ decidiu que Òo controle
jurisdicional se restringe ao exame da legalidade do ato
administrativo; mas por legalidade ou legitimidade se entende n‹o
s— a conforma•‹o do ato com a lei, como tambŽm com a moral
administrativa e com o interesse coletivo Ó.21
15)! Quem deve observar a moralidade administrativa?
A moralidade administrativa deve ser observada tanto pelos
agentes pœblicos quanto pelo particular ao se relacionar com a
Administra•‹o.
16)! ƒ poss’vel o controle da moralidade administrativa pelos
cidad‹os? Se sim, por meio de qual instrumento?
Sim, mediante o instrumento da a•‹o popular, para que qualquer
cidad‹o busque a anula•‹o de ato lesivo ˆ moralidade
administrativa Ð CF, art. 5¼, inciso LXXIII:
LXXIII - qualquer cidad‹o Ž parte leg’tima para propor a•‹o
popular que vise a anular ato lesivo ao patrim™nio pœblico ou
de entidade de que o Estado participe, ˆ moralidade
administrativa, ao meio ambiente e ao patrim™nio hist—rico e
cultural, ficando o autor, salvo comprovada m‡-fŽ, isento de
custas judiciais e do ™nus da sucumb•ncia;

17)! H‡ rela•‹o entre moralidade administrativa e probidade


administrativa? Comente.
Relacionada ˆ moralidade administrativa temos a probidade
administrativa, que tambŽm deve nortear a conduta do gestor. A
conduta imoral do administrador poder‡ ser enquadrada como ato
de improbidade.
Sobre o tema, a CF estabelece que os atos de improbidade
administrativa, alŽm de importarem a a•‹o penal cab’vel,

19
Maurice Hauriou, PrŽcis Elementaires de Droit Administratif, Paris, 1926, pp. 197 e ss apud Meirelles,
2014, p. 92.
20
Meirelles, 2014, p. 92.
21
TJSP, RDA 89/134 apud Meirelles, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 30. ed. S‹o Paulo,
Malheiros Editores: 2005, p. 91.

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resultar‹o na suspens‹o dos direitos pol’ticos, na perda da fun•‹o


pœblica, na indisponibilidade de bens e no ressarcimento ao er‡rio
(art. 37, ¤ 4¼):
¤ 4¼ Os atos de improbidade administrativa importar‹o a
suspens‹o dos direitos pol’ticos, a perda da fun•‹o pœblica, a
indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao er‡rio, na
forma e grada•‹o previstas em lei, sem preju’zo da a•‹o
penal cab’vel.

Regulamentando esse dispositivo Ž que foi editada a Lei


8.429/1992.
ƒ importante notar, ainda, que o dispositivo fala em Òsuspens‹oÓ
dos direitos pol’ticos, e n‹o ÒperdaÓ de tais direitos, sendo
conveniente lembrar, alŽm disso, que a Òcassa•‹oÓ de direitos
pol’ticos Ž vedada pela CF, art. 15, caput:
Art. 15. ƒ vedada a cassa•‹o de direitos pol’ticos, cuja perda
ou suspens‹o s— se dar‡ nos casos de:

18)! O MinistŽrio Pœblico pode atuar na defesa da moralidade


administrativa?
O MinistŽrio Pœblico atua na defesa da moralidade administrativa
mediante a•‹o civil pœblica. Embora a CF n‹o fale expressamente
em Òmoralidade administrativaÓ ao tratar de tal instrumento
(CF/88, art. 129, III Ð ÒS‹o fun•›es institucionais do MinistŽrio
Pœblico: (...) promover o inquŽrito civil e a a•‹o civil pœblica, para
a prote•‹o do patrim™nio pœblico e social, do meio ambiente e de
outros interesses difusos e coletivosÓ), a Lei Org‰nica do MinistŽrio
Pœblico disp›e que incube ao Parquet Òpromover o inquŽrito civil e
a a•‹o civil pœblica, na forma da lei (...) para a anula•‹o ou
declara•‹o de nulidade de atos lesivos ao patrim™nio pœblico ou ˆ
moralidade administrativa do Estado ou de Munic’pio, de suas
administra•›es indiretas ou fundacionais ou de entidades privadas
de que participemÓ (Lei 8.625/93, art. 25, inciso IV, al’nea ÒbÓ).
19)! O que preceitua o princ’pio da publicidade?
Imp›e que a Administra•‹o confira a mais ampla divulga•‹o de
seus atos aos interessados diretos e ao povo em geral,
possibilitando-lhes, assim, controlar a conduta dos agentes
administrativos.
20)! A transpar•ncia deve ser vista como regra ou exce•‹o na
Administra•‹o Pœblica? O sigilo da informa•‹o ou restri•‹o
da publicidade s‹o poss’veis?
Inicialmente, cumpre esclarecer que se alinha ao princ’pio da
publicidade o direito fundamental ˆ informa•‹o previsto na CF, art.
5¼, inciso XXXIII:

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XXXIII - todos t•m direito a receber dos —rg‹os pœblicos


informa•›es de seu interesse particular, ou de interesse
coletivo ou geral, que ser‹o prestadas no prazo da lei, sob
pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo
seja imprescind’vel ˆ seguran•a da sociedade e do Estado;

TambŽm se alinha ao princ’pio da publicidade o disposto na CF,


art. 5¼, inciso LX:
LX - a lei s— poder‡ restringir a publicidade dos atos
processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse
social o exigirem;

Com base nesses dois dispositivos, verifica-se que a regra geral


deve ser a transpar•ncia na Administra•‹o Pœblica e, somente em
situa•›es excepcionais, a lei (necessariamente, n‹o pode ser ato
infralegal) pode estabelecer situa•›es em que o sigilo Ž justific‡vel
Ð quando imprescind’vel ˆ seguran•a da sociedade e do Estado
(CF/88, art. 5¼, inciso XXXIII - j‡) ou quando a defesa da
intimidade ou o interesse social o exigirem (CF, art. 5¼, inciso LX).
21)! Como os direitos constitucionais de peti•‹o e de certid‹o
concretizam o princ’pio da publicidade?
De acordo com Carvalho Filho22, o direito de peti•‹o, previsto na
CF, art. 5¼, inciso XXXIV, al’nea ÒaÓ, concretiza o mencionado
princ’pio na medida em que, por meio das peti•›es, os indiv’duos
podem dirigir-se aos —rg‹os administrativos para formular
qualquer tipo de postula•‹o.
Por sua vez, o autor esclarece que as certid›es (CF, art. 5¼, inciso
XXXIV, al’nea ÒbÓ), expedidas pela Administra•‹o, registram a
verdade dos fatos administrativos, cuja publicidade permite aos
administrados a defesa de seus direitos ou o esclarecimento de
certas situa•›es.
Para fins de fixa•‹o, vejamos o teor dos dispositivos mencionados:
XXXIV - s‹o a todos assegurados, independentemente do
pagamento de taxas:
a) o direito de peti•‹o aos Poderes Pœblicos em defesa de
direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;
b) a obten•‹o de certid›es em reparti•›es pœblicas, para
defesa de direitos e esclarecimento de situa•›es de interesse
pessoal;

22)! O STF considera l’cita a divulga•‹o nominal da remunera•‹o


de autoridades e servidores pœblicos em s’tio eletr™nico?
O Supremo Tribunal Federal entende que a divulga•‹o nominal da
remunera•‹o de autoridades e servidores pœblicos em s’tio

22
Carvalho Filho, 2016, p. 27.

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eletr™nico da internet n‹o viola sua intimidade, vida privada e


seguran•a pessoal e familiar a ponto de ser considerada il’cita.
Cumpre destacar que a Corte considerou l’cita a divulga•‹o do
nome e da remunera•‹o do agente pœblico, mas n‹o de seu CPF,
identidade e endere•o residencial (STF, SS 3.902 AgR)23.
23)! O que preceitua o princ’pio da efici•ncia?
Imp›e que a Administra•‹o exer•a sua atividade com presteza,
perfei•‹o, rendimento funcional, produtividade, qualidade,
desburocratiza•‹o, de forma a obter o melhor resultado poss’vel
no atendimento do interesse pœblico. Preceitua a adequa•‹o dos
meios empregados aos fins vislumbrados, a pondera•‹o da rela•‹o
custo/benef’cio da a•‹o.
O princ’pio da efici•ncia est‡ relacionado ao modelo de
administra•‹o pœblica gerencial e alcan•a n‹o somente os servi•os
pœblicos prestados diretamente ˆ coletividade, mas tambŽm os
servi•os administrativos internos da Administra•‹o.
24)! Qual a outra denomina•‹o do princ’pio da efici•ncia?
Princ’pio da qualidade dos servi•os pœblicos.
25)! Mencione alguns desdobramentos constitucionais do
princ’pio da efici•ncia?
Alguns desdobramentos constitucionais do princ’pio da efici•ncia:
a) a possibilidade de reclama•‹o relativa a presta•‹o dos servi•os
pœblicos e de avalia•‹o peri—dica, interna e externa, da qualidade
dos servi•os, consoante art. 37, ¤3¼, incisos I a III:
¤ 3¼ A lei disciplinar‡ as formas de participa•‹o do usu‡rio na
administra•‹o pœblica direta e indireta, regulando
especialmente:
I - as reclama•›es relativas ˆ presta•‹o dos servi•os pœblicos
em geral, asseguradas a manuten•‹o de servi•os de
atendimento ao usu‡rio e a avalia•‹o peri—dica, externa e
interna, da qualidade dos servi•os;
II - o acesso dos usu‡rios a registros administrativos e a
informa•›es sobre atos de governo, observado o disposto no
art. 5¼, X e XXXIII;
III - a disciplina da representa•‹o contra o exerc’cio
negligente ou abusivo de cargo, emprego ou fun•‹o na
administra•‹o pœblica.

b) a possibilidade de celebra•‹o de contratos de gest‹o como


forma de ampliar a autonomia gerencial, or•ament‡ria e financeira
de —rg‹os e entidades da administra•‹o direta e indireta, com

23
STF, SS 3.902 AgR segundo, rel. min. Ayres Britto, j. 9/6/2011, P, DJE de 3/10/2011; = RE 586.424
ED, rel. min. Gilmar Mendes, j. 24-2-2015, 2» T, DJE de 12-3-2015.

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fixa•‹o de metas de desempenho e controles e critŽrios para sua


avalia•‹o, consoante art. 37, ¤8¼, incisos I a III:
¤ 8¼ A autonomia gerencial, or•ament‡ria e financeira dos
—rg‹os e entidades da administra•‹o direta e indireta poder‡
ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus
administradores e o poder pœblico, que tenha por objeto a
fixa•‹o de metas de desempenho para o —rg‹o ou entidade,
cabendo ˆ lei dispor sobre:
I - o prazo de dura•‹o do contrato;
II - os controles e critŽrios de avalia•‹o de desempenho,
direitos, obriga•›es e responsabilidade dos dirigentes;
III - a remunera•‹o do pessoal.

c) a determina•‹o aos entes federados que mantenham escolas de


==d4bc6==

governo para a forma•‹o e o aperfei•oamento dos servidores


pœblicos, bem como a exig•ncia de que estes participem de cursos
de aperfei•oamento com condi•‹o de promo•‹o na carreira,
consoante art. 39, ¤2¼:
¤ 2¼ A Uni‹o, os Estados e o Distrito Federal manter‹o
escolas de governo para a forma•‹o e o aperfei•oamento dos
servidores pœblicos, constituindo-se a participa•‹o nos
cursos um dos requisitos para a promo•‹o na carreira,
facultada, para isso, a celebra•‹o de conv•nios ou contratos
entre os entes federados.

d) a possibilidade de aplica•‹o de recursos or•ament‡rios


provenientes da economia com despesas correntes em cada —rg‹o,
autarquia e funda•‹o, para aplica•‹o no desenvolvimento de
programas de qualidade e produtividade, treinamento e
desenvolvimento, moderniza•‹o, reaparelhamento e racionaliza•‹o
do servi•o pœblico, inclusive sob a forma de adicional ou pr•mio de
produtividade, a ser disciplinada em lei da Uni‹o, dos Estados, do
DF e dos Munic’pios, consoante art. 39, ¤7¼:
¤ 7¼ Lei da Uni‹o, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Munic’pios disciplinar‡ a aplica•‹o de recursos or•ament‡rios
provenientes da economia com despesas correntes em cada
—rg‹o, autarquia e funda•‹o, para aplica•‹o no
desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade,
treinamento e desenvolvimento, moderniza•‹o,
reaparelhamento e racionaliza•‹o do servi•o pœblico,
inclusive sob a forma de adicional ou pr•mio de
produtividade.

e) possibilidade de perda do cargo do servidor est‡vel por


insufici•ncia de desempenho aferido em avalia•‹o peri—dica,
consoante art. 41, ¤ 1¼, inciso III:
¤ 1¼ O servidor pœblico est‡vel s— perder‡ o cargo:
(...)

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III - mediante procedimento de avalia•‹o peri—dica de


desempenho, na forma de lei complementar, assegurada
ampla defesa.

f) necessidade de avalia•‹o especial de desempenho para


aquisi•‹o de estabilidade por parte do servidor pœblico, consoante
art. 41, ¤4¼:
¤ 4¼ Como condi•‹o para a aquisi•‹o da estabilidade, Ž
obrigat—ria a avalia•‹o especial de desempenho por comiss‹o
institu’da para essa finalidade.

26)! Como se d‡ o controle da efici•ncia da Administra•‹o


Pœblica?
a) controle externo Ð Poder Legislativo e tribunais de Contas (art.
70, caput e art. 71, caput);
b) sistema de controle interno (art. 70, caput e art. 74, inciso II);
c) controle judicial Ð JosŽ dos Santos Carvalho Filho entende que
ocorrer desde que haja comprovada ilegalidade24.
Para fins de fixa•‹o, vejamos o teor dos dispositivos mencionados:
Art. 70. A fiscaliza•‹o cont‡bil, financeira, or•ament‡ria,
operacional e patrimonial da Uni‹o e das entidades da
administra•‹o direta e indireta, quanto ˆ legalidade,
legitimidade, economicidade, aplica•‹o das subven•›es e
renœncia de receitas, ser‡ exercida pelo Congresso Nacional,
mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno
de cada Poder.
(...)
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional,
ser‡ exercido com o aux’lio do Tribunal de Contas da Uni‹o,
ao qual compete:
(...)
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judici‡rio
manter‹o, de forma integrada, sistema de controle interno
com a finalidade de:
(...)
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto ˆ
efic‡cia e efici•ncia, da gest‹o or•ament‡ria, financeira e
patrimonial nos —rg‹os e entidades da administra•‹o federal,
bem como da aplica•‹o de recursos pœblicos por entidades de
direito privado;

27)! O que s‹o os princ’pios impl’citos da Administra•‹o


Pœblica? Eles possuem menos relev‰ncia que os expressos
no caput do art. 37 da CF?
Os princ’pios impl’citos s‹o aqueles reconhecidos pela doutrina e

24
Carvalho Filho, 2016, p. 33.

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jurisprud•ncia. Possuem a MESMA relev‰ncia que os princ’pios


expressos.
28)! O que preceitua o princ’pio da supremacia do interesse
pœblico?
Preceitua que o interesse pœblico deve prevalecer sobre o privado
sempre que houver conflito entre eles nas rela•›es verticais
(rela•‹o entre Administra•‹o e administrado), com vistas ao
benef’cio da coletividade, respeitando-se sempre, por —bvio, os
direitos e garantias individuais.
Como se manifesta precipuamente nas rela•›es verticais, n‹o
incide diretamente quando a Administra•‹o atua internamente
(porque n‹o h‡ rela•‹o com administrado criando obriga•›es ou
restri•›es) ou na condi•‹o de agente econ™mico Ð porque nesse
caso tal atua•‹o Ž regida eminentemente pelo direito privado,
consoante CF, art. 173, ¤1¼, inciso II:
¤ 1¼ A lei estabelecer‡ o estatuto jur’dico da empresa
pœblica, da sociedade de economia mista e de suas
subsidi‡rias que explorem atividade econ™mica de produ•‹o
ou comercializa•‹o de bens ou de presta•‹o de servi•os,
dispondo sobre:
(...)
II - a sujei•‹o ao regime jur’dico pr—prio das empresas
privadas, inclusive quanto aos direitos e obriga•›es civis,
comerciais, trabalhistas e tribut‡rios;

ƒ importante destacar que, indiretamente, a supremacia do


interesse pœblico est‡ presente em toda atividade estatal.
29)! O que preceitua o princ’pio da presun•‹o de legitimidade e
de veracidade? Essa presun•‹o Ž absoluta?
O princ’pio da presun•‹o de legitimidade e de veracidade preceitua
que os atos da Administra•‹o Pœblica devem ser considerados
leg’timos, verdadeiros e legais atŽ que se prove ao contr‡rio (essa
presun•‹o n‹o Ž absoluta, portanto, mas relativa ou juris tantum).
Pode-se apontar como decorr•ncia da presun•‹o de legitimidade a
regra insculpida na CF, art. 19, inciso II:
II - ƒ vedado ˆ Uni‹o, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Munic’pios (...) recusar fŽ aos documentos pœblicos.

30)! O que preceitua o princ’pio da autotutela?


Imp›e que a Administra•‹o Pœblica tem o poder-dever de
controlar seus pr—prios atos, inclusive de of’cio, e abrange o poder
de anular, convalidar e revogar seus atos administrativos,

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podendo envolver, portanto, aspectos tanto de legalidade quanto


de mŽrito ato.
A autotutela est‡ consagrada nas sœmulas 473 e 346 do STF:
Sœmula 473:
A Administra•‹o pode anular seus pr—prios atos, quando
eivados de v’cios que os tornam ilegais, porque deles n‹o se
originam direitos; ou revog‡-los, por motivo de conveni•ncia
ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e
ressalvada, em todos os casos, a aprecia•‹o judicial.

Sœmula 346:
A administra•‹o pœblica pode declarar a nulidade dos seus
pr—prios atos.

31)! O poder de tutela Ž o mesmo que autotutela? Explique.


N‹o. O poder de tutela Ž caracterizado pela supervis‹o (controle
de natureza final’stica, tambŽm chamado de Òsupervis‹o
ministerialÓ) realizada pela administra•‹o direta sobre as
entidades da administra•‹o indireta. J‡ a autotutela preceitua que
a Administra•‹o Pœblica tem o poder-dever de controlar seus
pr—prios atos.
32)! O que preceitua o princ’pio da continuidade dos servi•os
pœblicos?
Imp›e que a presta•‹o de servi•os pœblicos (tanto a realizada
diretamente pela Administra•‹o, quanto a delegada a particulares)
n‹o deve ser interrompida ou paralisada, j‡ que consubstancia
atividades essenciais ˆ coletividade.
Desse princ’pio decorrem consequ•ncias importantes25:
a)! a proibi•‹o relativa de greve nos servi•os pœblicos, j‡ que o
art. 37, inciso VII da CF determina que tal direito ser‡ exercido
Ònos termos e nos limites definidos em lei espec’ficaÓ. Vejamos o
teor do dispositivo, pra fins de fixa•‹o:
VII - o direito de greve ser‡ exercido nos termos e nos
limites definidos em lei espec’fica;

Inclusive, sobre o direito de greve dos servidores, convŽm


destacar que o STF proferiu recente entendimento no sentido de
que os dias parados por greve de servidor devem ser descontados,
exceto se houver acordo de compensa•‹o26.
b)! necessidade de institutos como a supl•ncia, a delega•‹o e a
substitui•‹o para preencher as fun•›es pœblicas temporariamente

25
Di Pietro, 2016, p. 102.
26
STF, RE 693.456.

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vagas;
c)! a impossibilidade da invoca•‹o, por parte de quem contrata
com a Administra•‹o Pœblica, da exce•‹o do contrato n‹o
cumprido nos contratos que tenham por objeto a execu•‹o de
servi•o pœblico;
d)! a faculdade da Administra•‹o de utilizar os equipamentos e
instala•›es da empresa que com ela contrata, para assegurar a
continuidade dos servi•os pœblicos, bem como a possibilidade de
encampa•‹o da concess‹o de servi•o pœblico, para atingir a
mesma finalidade.
33)! O que preceitua o princ’pio da razoabilidade e
proporcionalidade?
Razoabilidade: imp›e que haja compatibilidade entre os meios
empregados e os fins visados na atua•‹o da Administra•‹o, a fim
de evitar excessos, abusos, arbitrariedades.
Proporcionalidade: imp›e que os agentes pœblicos n‹o
ultrapassem os limites adequados ao fim pretendido, de maneira a
evitar o excesso de poder. ƒ fundamentado em tr•s aspectos:
a)!Adequa•‹o: compatibilidade entre o meio empregado e o fim
vislumbrado;
b)!Exigibilidade ou necessidade: a conduta deve ser necess‡ria e a
que cause menos preju’zo aos indiv’duos;
c)!Proporcionalidade em sentido estrito: as vantagens a serem
alcan•adas devem superar as desvantagens.
ƒ importante destacar que razoabilidade e proporcionalidade s‹o
conceitos muito parecidos, de modo que alguns autores entendem
que esta seria uma das vertentes daquela.
Esses princ’pios s‹o muito utilizados no controle da
discricionariedade da Administra•‹o. Trata-se de controle de
legalidade ou legitimidade, n‹o de mŽrito (o ato desarrazoado ou
desproporcional deve ser anulado, e n‹o revogado).
34)! O que preceitua o princ’pio da motiva•‹o?
O princ’pio da motiva•‹o preceitua que, como regra, todos os atos
da Administra•‹o devem ser justificados (tanto os vinculados
como os discricion‡rios), devendo ser expressamente indicados os
pressupostos de fato e de direito que o motivam, permitindo,
assim, o controle da legalidade e da moralidade de tais atos, bem
como o exerc’cio do contradit—rio e da ampla defesa por parte do
administrado.
H‡ casos em que a motiva•‹o do ato Ž dispensada. Ex:

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Exonera•‹o de servidor ocupante de cargo em comiss‹o de livre


nomea•‹o e exonera•‹o.
Embora n‹o expressamente prevista no art. 37 da Carta Magna, a
motiva•‹o Ž mencionada na CF, art. 93, inciso X, que prescreve
que
X - as decis›es administrativas dos tribunais ser‹o motivadas
e em sess‹o pœblica, sendo as disciplinares tomadas pelo
voto da maioria absoluta de seus membros

Tal regra tambŽm Ž aplic‡vel ao MinistŽrio Pœblico por for•a do art.


129, ¤4¼ da CF:
¤ 4¼ - aplica-se ao MinistŽrio Pœblico, no que couber, o
disposto no art. 93.

35)! O que preceitua o princ’pio da seguran•a jur’dica?


O postulado da seguran•a jur’dica imp›e que a Administra•‹o
deve buscar respeitar situa•›es consolidadas no tempo, as
rela•›es jur’dicas constitu’das, amparadas pela boa-fŽ do cidad‹o.
Exemplos de concretiza•‹o do princ’pio da seguran•a jur’dica:
a) Institutos da prescri•‹o e decad•ncia;
b) Sœmula vinculante (CF, art. 103-A);
c) Prote•‹o ao ato jur’dico perfeito, direito adquirido e coisa
julgada (art. 5¼, inciso XXXVI).
Para fins de fixa•‹o, vejamos o teor dos dispositivos mencionados:
Art. 5¼ (...)
XXXVI - a lei n‹o prejudicar‡ o direito adquirido, o ato
jur’dico perfeito e a coisa julgada;
(...)
Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poder‡, de of’cio ou
por provoca•‹o, mediante decis‹o de dois ter•os dos seus
membros, ap—s reiteradas decis›es sobre matŽria
constitucional, aprovar sœmula que, a partir de sua
publica•‹o na imprensa oficial, ter‡ efeito vinculante em
rela•‹o aos demais —rg‹os do Poder Judici‡rio e ˆ
administra•‹o pœblica direta e indireta, nas esferas federal,
estadual e municipal, bem como proceder ˆ sua revis‹o ou
cancelamento, na forma estabelecida em lei.
¤ 1¼ A sœmula ter‡ por objetivo a validade, a interpreta•‹o e
a efic‡cia de normas determinadas, acerca das quais haja
controvŽrsia atual entre —rg‹os judici‡rios ou entre esses e a
administra•‹o pœblica que acarrete grave inseguran•a
jur’dica e relevante multiplica•‹o de processos sobre quest‹o
id•ntica.
¤ 2¼ Sem preju’zo do que vier a ser estabelecido em lei, a
aprova•‹o, revis‹o ou cancelamento de sœmula poder‡ ser

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provocada por aqueles que podem propor a a•‹o direta de


inconstitucionalidade.
¤ 3¼ Do ato administrativo ou decis‹o judicial que contrariar
a sœmula aplic‡vel ou que indevidamente a aplicar, caber‡
reclama•‹o ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-a
procedente, anular‡ o ato administrativo ou cassar‡ a
decis‹o judicial reclamada, e determinar‡ que outra seja
proferida com ou sem a aplica•‹o da sœmula, conforme o
caso.

36)! Qual a diferen•a entre cargo pœblico e emprego pœblico?


A rela•‹o entre o agente investido em cargo pœblico e o Estado Ž
regida por um regime jur’dico estatut‡rio definido em lei. J‡ no
caso do agente ocupante de emprego pœblico, tal rela•‹o Ž
estabelecida em contrato e regida pela CLT.
AlŽm disso, cargos pœblicos integram a estrutura de —rg‹os e
entidades de direito pœblico, enquanto os empregos pœblicos s‹o
mais comuns nas entidades administrativas de direito privado.
37)! Considerando que o empregado pœblico possui v’nculo
contratual com a entidade, regido pela CLT, pode-se dizer
que o regime jur’dico dos empregados pœblicos Ž
integralmente privado?
N‹o, o regime jur’dico dos empregados pœblicos Ž h’brido, em
raz‹o de se submeterem a certas normas de direito pœblico, como,
por exemplo, a exig•ncia de aprova•‹o prŽvia em concurso pœblico
para que ocorra a investidura no emprego pœblico, nos termos do
inciso II do art. 37 da CF/88:
II - a investidura em cargo ou emprego pœblico depende de
aprova•‹o prŽvia em concurso pœblico de provas ou de provas
e t’tulos, de acordo com a natureza e a complexidade do
cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as
nomea•›es para cargo em comiss‹o declarado em lei de livre
nomea•‹o e exonera•‹o;

38)! O que s‹o fun•›es pœblicas?


S‹o as atribui•›es que n‹o correspondem necessariamente a um
cargo ou emprego pœblico, podendo ter natureza permanente ou
tempor‡ria.
Em regra, as fun•›es de natureza permanente s‹o as chamadas
Òfun•›es de confian•aÓ, que s‹o destinadas ao desempenho de
atribui•›es de dire•‹o, chefia e assessoramento, a serem
exercidas exclusivamente a servidores ocupantes de cargos de
cargo efetivo, nos termos do inciso V do art. 37 da CF/88:
V - as fun•›es de confian•a, exercidas exclusivamente por

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servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em


comiss‹o, a serem preenchidos por servidores de carreira nos
casos, condi•›es e percentuais m’nimos previstos em lei,
destinam-se apenas ˆs atribui•›es de dire•‹o, chefia e
assessoramento;

Por sua vez, as fun•›es tempor‡rias s‹o aquelas exercidas por


servidores contratados por tempo determinado para atender a
necessidade tempor‡ria de excepcional interesse pœblico,
consoante inciso IX do art. 37 da CF:
IX - a lei estabelecer‡ os casos de contrata•‹o por tempo
determinado para atender a necessidade tempor‡ria de
excepcional interesse pœblico;

39)! O que s‹o cargos em comiss‹o?


S‹o cargos pœblicos cujo ingresso/sa’da do agente se d‡ pela livre
nomea•‹o/exonera•‹o por parte do superior (ato discricion‡rio),
n‹o sendo necess‡rio que haja prŽvia aprova•‹o em concurso
pœblico para que ocorra o ingresso, ou que sejam observados o
contradit—rio e a ampla defesa para a sa’da.
Assim como nas fun•›es de confian•a, os cargos em comiss‹o s‹o
destinados ao desempenho de atribui•›es de dire•‹o, chefia e
assessoramento, nos termos do inciso V do art. 37 da CF/88 (j‡
transcrito na resposta da quest‹o anterior).
Por outro lado, em contraposi•‹o ˆs fun•›es de confian•a, que s—
podem ser exercidas por servidores ocupantes de cargo efetivo, os
cargos em comiss‹o podem ser exercidos por qualquer pessoa,
embora o pr—prio inciso V do art. 37 da CF/88 estabele•a que tais
cargos dever‹o ser exercidos por servidores de carreira em casos,
condi•›es e percentuais m’nimos estabelecidos em lei.
Por fim, convŽm destacar que o exerc’cio de cargo em comiss‹o,
unicamente, n‹o confere estabilidade ou regime especial de
previd•ncia ao seu ocupante, ao contr‡rio dos agentes que
exercem cargos de provimento efetivo, nos termos da CF, arts. 40,
caput e 41, caput:
Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da Uni‹o,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Munic’pios, inclu’das
suas autarquias e funda•›es, Ž assegurado regime de
previd•ncia de car‡ter contributivo e solid‡rio, mediante
contribui•‹o do respectivo ente pœblico, dos servidores ativos
e inativos e dos pensionistas, observados critŽrios que
preservem o equil’brio financeiro e atuarial e o disposto neste
artigo.
(...)
Art. 41. S‹o est‡veis ap—s tr•s anos de efetivo exerc’cio os

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servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em


virtude de concurso pœblico.

40)! A veda•‹o ao nepotismo, nos termos da sœmula vinculante


13 do STF, alcan•a a nomea•‹o para cargos pol’ticos?
Como regra, n‹o, a n‹o ser que reste demonstrado que a
nomea•‹o ocorreu exclusivamente em raz‹o do parentesco, n‹o
possuindo, o nomeado, a devida qualifica•‹o para o exerc’cio do
cargo.
Para fins de memoriza•‹o, vejamos o teor da sœmula:
A nomea•‹o de c™njuge, companheiro ou parente em linha
reta, colateral ou por afinidade, atŽ o terceiro grau, inclusive,
da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa
jur’dica investido em cargo de dire•‹o, chefia ou
assessoramento, para o exerc’cio de cargo em comiss‹o ou de
confian•a ou, ainda, de fun•‹o gratificada na administra•‹o
pœblica direta e indireta em qualquer dos poderes da Uni‹o,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Munic’pios,
compreendido o ajuste mediante designa•›es rec’procas,
viola a Constitui•‹o Federal.

41)! Qual o instrumento por meio do qual s‹o criados (e


extintos) os cargos, empregos e fun•›es pœblicas?
Regra geral, por meio de lei, n‹o valendo tal regra para os
seguintes casos:
a) cria•‹o de fun•›es tempor‡rias;
b) cargos pertencentes aos servi•os da C‰mara dos Deputados ou
do Senado Federal Ð nesses casos, a cria•‹o/extin•‹o de cargos Ž
realizada por resolu•‹o do respectivo —rg‹o (CF, arts. 51, inciso IV
e 52, inciso XIII), conforme a seguir:
Art. 51. Compete privativamente ˆ C‰mara dos Deputados:
(...)
IV Ð dispor sobre sua organiza•‹o, funcionamento, pol’cia,
cria•‹o, transforma•‹o ou extin•‹o dos cargos, empregos e
fun•›es de seus servi•os, e a iniciativa de lei para fixa•‹o da
respectiva remunera•‹o, observados os par‰metros
estabelecidos na lei de diretrizes or•ament‡rias;
(...)
Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:
(...)
XIII - dispor sobre sua organiza•‹o, funcionamento, pol’cia,
cria•‹o, transforma•‹o ou extin•‹o dos cargos, empregos e
fun•›es de seus servi•os, e a iniciativa de lei para fixa•‹o da
respectiva remunera•‹o, observados os par‰metros

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estabelecidos na lei de diretrizes or•ament‡rias;

c) extin•‹o de fun•›es ou cargos pœblicos, quando vagos Ð nesse


caso, a extin•‹o pode ocorrer mediante decreto, de compet•ncia
do Presidente da Repœblica, deleg‡vel aos Ministros de Estado e ao
Advogado-Geral da Uni‹o (CF, art. 84, inciso VI, ÒbÓ e par‡grafo
œnico):
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da Repœblica:
(...)
VI Ð dispor, mediante decreto, sobre:
(...)
b) extin•‹o de fun•›es ou cargos pœblicos, quando vagos;
(...)
Par‡grafo œnico. O Presidente da Repœblica poder‡ delegar as
atribui•›es mencionadas nos incisos VI, XII e XXV, primeira
parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da
Repœblica ou ao Advogado-Geral da Uni‹o, que observar‹o os
limites tra•ados nas respectivas delega•›es.

Cumpre destacar que a iniciativa de lei para a cria•‹o/extin•‹o de


cargos Ž privativa:
a)! do Presidente da Repœblica, no ‰mbito do Poder Executivo,
conforme al’nea ÒaÓ do inciso II, ¤ 1¼, art. 61 da CF:
¤ 1¼ S‹o de iniciativa privativa do Presidente da Repœblica as
leis que:
(...)
II - disponham sobre:
a) cria•‹o de cargos, fun•›es ou empregos pœblicos na
administra•‹o direta e aut‡rquica ou aumento de sua
remunera•‹o;

b)! do Supremo Tribunal Federal, dos Tribunais Superiores e dos


Tribunais de Justi•a, conforme al’nea ÒbÓ do inciso II do art. 96
da CF:
Art. 96. Compete privativamente:
(...)
II - ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores e
aos Tribunais de Justi•a propor ao Poder Legislativo
respectivo, observado o disposto no art. 169:
(...)
b) a cria•‹o e a extin•‹o de cargos e a remunera•‹o dos seus
servi•os auxiliares e dos ju’zos que lhes forem vinculados,
bem como a fixa•‹o do subs’dio de seus membros e dos

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ju’zes, inclusive dos tribunais inferiores, onde houver;

c)! do Tribunal de Contas da Uni‹o, consoante art. 73, caput, da


CF:
Art. 73. O Tribunal de Contas da Uni‹o, integrado por nove
Ministros, tem sede no Distrito Federal, quadro pr—prio de
pessoal e jurisdi•‹o em todo o territ—rio nacional, exercendo,
no que couber, as atribui•›es previstas no art. 96.

d)! do MinistŽrio Pœblico, consoante ¤ 2¼ do art. 127 da CF:


¤ 2¼ Ao MinistŽrio Pœblico Ž assegurada autonomia funcional
e administrativa, podendo, observado o disposto no art. 169,
propor ao Poder Legislativo a cria•‹o e extin•‹o de seus
cargos e servi•os auxiliares, provendo-os por concurso
pœblico de provas ou de provas e t’tulos, a pol’tica
remunerat—ria e os planos de carreira; a lei dispor‡ sobre sua
organiza•‹o e funcionamento.

e)! da Defensoria Pœblica, consoante ¤ 4¼ do art. 133 da CF:


¤ 4¼ S‹o princ’pios institucionais da Defensoria Pœblica a
unidade, a indivisibilidade e a independ•ncia funcional,
aplicando-se tambŽm, no que couber, o disposto no art. 93 e
no inciso II do art. 96 desta Constitui•‹o Federal.

Fun•›es Essenciais ˆ Justi•a

1)! Qual a fun•‹o do MinistŽrio Pœblico?


Defesa da ordem jur’dica, do regime democr‡tico e dos interesses
sociais e individuais indispon’veis (CF, art. 127, caput).
2)! O MinistŽrio Pœblico integra a estrutura de qual Poder?
O MinistŽrio Pœblico n‹o integra a estrutura de nenhum dos
poderes Ð Ž institui•‹o aut™noma e independente.
3)! Qual a estrutura do MinistŽrio Pœblico da Uni‹o (MPU)?
O MPU abrange:
a) MinistŽrio Pœblico Federal;
b) MinistŽrio Pœblico do Trabalho;
c) MinistŽrio Pœblico Militar;
d) O MinistŽrio Pœblico do Distrito Federal e Territ—rios.
4)! A quem cabe a iniciativa de lei de organiza•‹o do MinistŽrio
Pœblico da Uni‹o? E dos MinistŽrios Pœblicos Estaduais?
A lei de organiza•‹o do MinistŽrio Pœblico da Uni‹o Ž da iniciativa

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concorrente do Presidente da Repœblica (CF, art. 61, ¤ 1¼, II, ÒdÓ)


e do Procurador-Geral da Repœblica (CF, art. 128, ¤ 5¼).
Por sua vez, as leis de organiza•‹o dos MinistŽrios Pœblicos
Estaduais s‹o de iniciativa concorrente do Governador e do
Procurador-Geral de Justi•a Ð por simetria ao que ocorre na esfera
federal.
5)! Quais s‹o os princ’pios institucionais do MinistŽrio Pœblico
(MP)?
Unidade, indivisibilidade e independ•ncia funcional (CF, art. 127, ¤
1¼).
O princ’pio da unidade preceitua que o MP deve ser considerado
um —rg‹o œnico, composto por um s— corpo institucional. A
unidade ocorre, entretanto, dentro de cada MP (ou seja, dentro de
cada ramo do MPU e dentro de cada MinistŽrio Pœblico do Estado).
O princ’pio da indivisibilidade preceitua que os membros do MP
agem em nome da institui•‹o, n‹o em nome deles mesmos, o que
permite a substitui•‹o de um membro do MP por outro, em um
mesmo processo, sem qualquer preju’zo processual Ð os membros
do MP n‹o est‹o vinculados aos processos em que atuam.
O princ’pio da independ•ncia funcional possui acep•‹o interna e
externa. Na acep•‹o externa (ou org‰nica), preceitua que o MP
n‹o est‡ sujeito ˆ interfer•ncia de outro —rg‹o ou Poder. J‡ na
acep•‹o interna, o referido princ’pio preceitua que os membros do
MP n‹o est‹o sujeitos ˆ hierarquia funcional Ð se vinculam apenas
ao ordenamento jur’dico e a sua pr—pria convic•‹o -, embora
possam estar sujeitos ˆ hierarquia (meramente) administrativa.
6)! O que preceitua o princ’pio do promotor natural?
Preceitua que a designa•‹o de um membro do MP para atuar em
um determinado processo deve obedecer a critŽrios objetivos
preestabelecidos, evitando, assim, casu’smos e arbitrariedades
(Òacusador de exce•‹oÓ).
7)! ƒ poss’vel o oferecimento de denœncia pelo MP sem prŽvia
investiga•‹o criminal por parte da pol’cia?
Sim, o MP pode oferecer denœncia baseada em pe•as de
informa•‹o obtidas pelo pr—prio parquet, mesmo que n‹o haja
investiga•‹o criminal por parte da pol’cia, conforme entendimento
do STF27.
8)! Quantas recondu•›es s‹o permitidas constitucionalmente
ao cargo de Procurador Geral da Repœblica?

27
STF Ð RE 535.478.

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A CF n‹o limita o nœmero de recondu•›es (CF, art. 128, ¤ 1¼).


9)! Quantas recondu•›es s‹o permitidas constitucionalmente
ao cargo de Procurador Geral de Justi•a dos Estados?
Apenas uma recondu•‹o (CF, art. 128, ¤ 3¼).
10)! A Advocacia Geral da Uni‹o realiza atividades de
consultoria e assessoramento jur’dico de quais poderes?
Apenas do Poder Executivo (CF, art. 131, caput).
11)! Aos procuradores dos Estados s‹o assegurados a garantia
da inamovibilidade? E da vitaliciedade?
Nenhum dos dois, mas, apenas estabilidade, a ser adquirida ap—s
tr•s anos de exerc’cio, mediante avalia•‹o de desempenho
perante os —rg‹os pr—prios, ap—s relat—rio circunstanciado das
corregedorias (CF, art. 132, par‡grafo œnico).
12)! Aos defensores pœblicos dos Estados s‹o assegurados a
garantia da inamovibilidade? E da vitaliciedade?
Os defensores pœblicos, n‹o somente os dos Estados, possuem a
garantia da inamovibilidade, mas n‹o a da vitaliciedade (CF, art.
134, ¤ 1¼).
13)! Quais defensorias pœblicas possuem autonomia funcional e
administrativa e iniciativa de sua proposta or•ament‡ria?
Todas, conforme ¤¤ 2¼ e 3¼ do art. 134 da CF.
14)! A quem compete organizar e manter a Defensoria Pœblica
do Distrito Federal?
O pr—prio DF (arts. 22, XVII, 24, XIII da CF).
15)! Quais s‹o os princ’pios institucionais da Defensoria Pœblica
(DP)?
Unidade, indivisibilidade e independ•ncia funcional (art. 134, ¤ 4¼
da CF).
Aqui valem os mesmos preceitos aplicados aos princ’pios
institucionais do MinistŽrio Pœblico.
O princ’pio da unidade preceitua que a DP deve ser considerada
um —rg‹o œnico, composto por um s— corpo institucional. A
unidade ocorre, entretanto, dentro de cada DP.
O princ’pio da indivisibilidade preceitua que os membros da DP
agem em nome da institui•‹o, n‹o em nome deles mesmos, o que
permite a substitui•‹o de um membro da DP por outro, em um
mesmo processo, sem qualquer preju’zo processual Ð os membros
da DP n‹o est‹o vinculados aos processos em que atuam.

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O princ’pio da independ•ncia funcional possui acep•‹o interna e


externa. Na acep•‹o externa (ou org‰nica), preceitua que a DP
n‹o est‡ sujeita ˆ interfer•ncia de outro —rg‹o ou Poder. J‡ na
acep•‹o interna, o referido princ’pio preceitua que os membros da
DP n‹o est‹o sujeitos ˆ hierarquia funcional, embora possam estar
sujeitos ˆ hierarquia (meramente) administrativ
16)! Qual a fun•‹o da Defensoria Pœblica?
Nos termos do art. 134, caput, da CF, a fun•‹o da Defensoria
Pœblica Ž a orienta•‹o jur’dica, a promo•‹o dos direitos humanos e
a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos
individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, aos
necessitados, na forma do inciso LXXIV do art. 5¼ da CF.
...
Grande abra•o e bons estudos!

ÒÒCaminhos dif’ceis te levam a destinos incr’veis.Ó


(C. S. Lewis)

Tœlio Lages

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ANEXO I Ð LISTA DE QUESTÍES

1.(2017/AOCP/ CM Maring‡/TŽcnico) No que concerne aos direitos


garantidos pela Constitui•‹o Federal ao servidor pœblico, Ž correto
afirmar que
a) o direito de greve ser‡ exercido nos termos e nos limites definidos
em ato espec’fico.
b) Ž l’cita a vincula•‹o ou equipara•‹o de quaisquer espŽcies
remunerat—rias para o efeito de remunera•‹o de pessoal do servi•o
pœblico.
c) os cargos, empregos e fun•›es pœblicas s‹o acess’veis aos brasileiros
que preencham os requisitos estabelecidos em lei, vedados aos
estrangeiros.
d) os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judici‡rio
poder‹o ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo.
e) a lei reservar‡ percentual dos cargos e empregos pœblicos para as
pessoas portadoras de defici•ncia e definir‡ os critŽrios de sua
admiss‹o.
2.(2016/AOCP/ UFFS/Assistente) Via de regra, de acordo com o
que estabelece a Constitui•‹o Federal, Ž proibida a acumula•‹o de
cargos pœblicos, no entanto, como exce•‹o prevista na pr—pria
Constitui•‹o, Ž permitida a acumula•‹o de cargos pœblicos
a) no caso de um cargo de professor com outro tŽcnico ou cient’fico.
b) em qualquer caso, desde que haja compatibilidade de hor‡rios e a
soma das remunera•›es n‹o ultrapasse o teto constitucional.
c) no caso de dois cargos tŽcnicos ou cient’ficos.
d) no caso de um cargo de professor com qualquer outro, desde que
haja compatibilidade de hor‡rios.
e) no caso de um cargo de profissional da saœde com outro tŽcnico ou
cient’fico.
3.(2015/AOCP/TRE-AC/TŽcnico) ƒ fun•‹o institucional do MinistŽrio
Pœblico, segundo a Constitui•‹o Federal,
a) defender judicialmente os direitos e interesses das popula•›es
ind’genas.
b) exercer outras fun•›es que lhe forem conferidas, desde que
compat’veis com sua finalidade, inclusive a representa•‹o judicial e a
consultoria jur’dica de entidades pœblicas, quando inexistente o corpo
jur’dico pr—prio.
c) promover a•‹o popular, para a prote•‹o do meio ambiente e de

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outros interesses difusos e coletivos.


d) exercer o controle interno da atividade policial, na forma da lei.
e) promover, somente quando n‹o exercido pelo particular, a a•‹o
penal pœblica.

4. (2017/TRE-SP/TŽcnico Judici‡rio/Administrativo) Em
conformidade com a Constitui•‹o Federal, implicar‡ a nulidade do ato e
a puni•‹o da autoridade respons‡vel, nos termos da lei, a inobserv‰ncia
da regra constitucional segundo a qual
(A) Ž vedado aos estrangeiros o acesso a cargos, empregos e fun•›es
pœblicas.
(B) o prazo de validade do concurso pœblico ser‡ de atŽ dois anos,
prorrog‡vel uma vez, por igual per’odo.
(C) Ž vedada a acumula•‹o remunerada de dois cargos ou empregos
privativos de profissionais de saœde, com profiss›es regulamentadas.
(D) os acrŽscimos pecuni‡rios percebidos por servidor pœblico dever‹o
ser computados para fins de concess‹o de acrŽscimos ulteriores.
(E) as fun•›es de confian•a, exercidas exclusivamente por servidores
ocupantes de cargo em comiss‹o, destinam-se apenas ˆs atribui•›es de
dire•‹o, chefia e assessoramento.
5. (2016/TRT 20»/TŽcnico Judici‡rio/Administrativo) Considere
I. Ministro de Estado.
II. Secret‡rio Estadual.
III. Vereador.
IV. Prefeito.
De acordo com a Constitui•‹o Federal, ser‹o remunerados,
exclusivamente, por subs’dio fixado em parcela œnica, vedado o
acrŽscimo de qualquer gratifica•‹o, adicional, abono, pr•mio, verba de
representa•‹o ou outra espŽcie remunerat—ria, obedecidas as normas
constitucionais pertinentes, os cargos indicados em
(A) II, III e IV, apenas.
(B) I, II e III, apenas.
(C) I, II, III e IV.
(D) I, III e IV, apenas.
(E) I e II, apenas.
6. (2017/TRE-SP/TŽcnico Judici‡rio/Administrativo) Aos
integrantes das carreiras da Advocacia Pœblica e da Defensoria Pœblica

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aplica-se igualmente a regra constitucional segundo a qual


(A) ingressam nas classes iniciais das carreiras mediante concurso
pœblico de provas e t’tulos, sendo vedado o exerc’cio da advocacia fora
das atribui•›es institucionais.
(B) exercem, nos termos da lei complementar que dispuser sobre a
organiza•‹o e o funcionamento da institui•‹o que integram, as
atividades de consultoria e assessoramento do Poder Executivo.
(C) gozam das garantias de inamovibilidade e vitaliciedade, adquiridas
ap—s tr•s anos de efetivo exerc’cio da fun•‹o, mediante avalia•‹o de
desempenho perante os —rg‹os pr—prios, ap—s relat—rio circunstanciado
das corregedorias.
(D) est‹o proibidos de receber, a qualquer t’tulo e sob qualquer
pretexto, honor‡rios, percentagens ou custas processuais.
(E) far‹o jus a um abono de perman•ncia, previsto para os servidores
titulares de cargo efetivo, caso completem as exig•ncias para
aposentadoria volunt‡ria com proventos integrais e optem por
permanecer em atividade.
7. (2016/TRT 20»/TŽcnico Judici‡rio/Administrativo) A
Constitui•‹o Federal veda ao membro do MinistŽrio Pœblico exercer
(A) qualquer outra fun•‹o pœblica, ainda quando estiver em
disponibilidade, com exce•‹o de exercer uma fun•‹o de magistŽrio.
(B) qualquer outra fun•‹o pœblica, ainda quando estiver em
disponibilidade, sem qualquer exce•‹o.
(C) qualquer outra fun•‹o pœblica, com exce•‹o de exercer a fun•‹o de
defensor pœblico quando estiver em disponibilidade.
(D) algumas fun•›es pœblicas predeterminadas taxativamente no texto
constitucional.
(E) qualquer outra fun•‹o pœblica, exceto quando estiver em
disponibilidade, sem qualquer exce•‹o.

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GABARITO QUESTÍES OBJETIVAS


1.E 2.A 3.A
4.B 5.C 6.E
7.A

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Refer•ncias Bibliogr‡ficas

BRASIL. Supremo Tribunal Federal (STF). A Constitui•‹o e o Supremo.


5. ed. Bras’lia: STF, Secretaria de Documenta•‹o, 2016.
CAROLINA, N‡dia. VALE, Ricardo. Direito Constitucional p/ AFRFB Ð
2017. EstratŽgia Concursos.
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 20. ed. rev., atual.
e ampl. S‹o Paulo: Saraiva, 2016.
MORAES. Alexandre de. Direito Constitucional. 21. ed. S‹o Paulo: Atlas,
2007.
PAULO, Vicente. ALEXANDRINO, Marcelo. Direito Constitucional
descomplicado. 16. ed. rev., atual. e ampl. Ð Rio de Janeiro: Forense;
S‹o Paulo: MƒTODO, 2017.

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