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Alimentação Humana

Ampliada pela Antroposofia


Projeto Ictus Fevereiro de 1994

Dr. Gerardo Antonorsi Blanco

A Origem das Substâncias

Quando ingerimos substâncias provenientes dos diferentes reinos da natureza o que


menos influencia na realidade é a matéria ingerida. O mais importante, e o que significa
maior esforço para o corpo, é a força que ele tem que exercer para conseguir vencer as forças
que esses reinos carregam. As forças do mineral, as forças do animal e as forças do
vegetal não podem continuar trabalhando dentro do ser humano. No corpo humano
somente podem agir forças humanas. Uma função importante do aparelho digestivo é despir
as substâncias dessas forças estranhas para podê-las permear com forças propriamente
humanas.
Cada reino da natureza significa para o corpo humano um esforço diferente. O reino
mineral é o que obriga o corpo a fazer um esforço maior. De fato, na nossa alimentação é
muito pouco aquilo que nós ingerimos do reino mineral. Limita-se principalmente à água, que
é um elemento facilmente digerível; ao ar, que é talvez o elemento com o qual nós entramos
mais em contato; e alguns poucos sais minerais que são necessários na nossa dieta. A
substância mineral, mesmo em pequena quantidade, produz efeitos muito fortes dentro do ser
humano, pois é a substância mais estranha, a menos vitalizada, e a que exige mais esforço do
ser humano como um todo. Por isso os minerais influenciam até o nosso espírito.
Já a substância do reino vegetal é vitalizada, tornando-se mais facilmente digerível. O
vegetal digere substâncias do reino mineral diretamente e cria a substância viva. Na
fotossíntese a planta junta gás carbônico e água e na presença da luz solar sintetiza a glicose.
Depois que a planta faz a glicose todas as outras substâncias orgânicas precisam da glicose
como ponto de partida. A planta fez o esforço de trazer o morto ao reino da vida. Por isso,
quando nós ingerimos plantas, precisamos fazer um esforço menor do que quando ingerimos
minerais. A ingestão de vegetais influencia até o nosso corpo astral. Os corpos astral e etérico
conseguem ter forças para digerir vegetais. O espírito não precisa atuar nesse caso.
O animal está muito mais próximo do ser humano e a substância dele é bem parecida
com a nossa. No animal agem a força etérica e a outra força que denominamos força astral. A
substância animal é muito mais facilmente digerível. Se comermos um pedaço de carne com
ferro, ou um pedaço de espinafre com a mesma quantidade de ferro, nós aproveitamos muito
mais o ferro animal, porque ele foi, poderíamos dizer, aproximado da nossa constituição e o
animal fez mais um esforço para que essa substância se aproximasse do humano. Alguém
poderia pensar que então é ideal comer bastantes produtos animais pela facilidade, mas é
errado pensar que devemos facilitar tudo ao corpo. O corpo precisa realizar esforço. Se
fizermos uma alimentação muito pesada ele vai se desgastar pelo enorme esforço que tem de
fazer. Se fizermos uma alimentação muito digestiva ele vai se debilitar pelo pouco esforço
que tem a fazer. Por outro lado, a matéria animal vem envolta de astralidade, o que significa
ter que vencer, não no plano físico mas sim, no plano anímico.
O reino vegetal encontra-se no ponto exato, dando muito mais esforço para digerir que
um animal e menos esforço que um mineral. Ele, digamos assim, obriga a exercer o esforço
necessário para manter a saúde. Por isso é possível que uma pessoa alimente-se
exclusivamente de vegetais, mas não é possível que uma pessoa se alimente apenas de
animais, nem somente de minerais.
Se acompanharmos os diversos reinos nos daremos conta de que a substância que
constitui os seres inorgânicos e orgânicos vai se tornando mais complexa na medida em que
vão surgindo seres superiores. Isso deu origem à crença generalizada de que o mistério da
organização dos seres superiores estaria na complexidade da matéria que os constitui. Mas
podemos pensar o contrário: quanto mais complexa for a força criadora de um ser mais
complexas serão as substâncias. Isso significa que na visão que estamos propondo devemos
ver a substância como o reflexo das forças que a criaram e não como a origem dos seres nas
quais estão inseridas.
As substâncias mais simples sem dúvida são as do reino mineral. A água é uma
substância composta apenas de dois átomos diferentes, hidrogênio e oxigênio. Pela união
desses dois átomos temos uma substância bem especial com características próprias. A água é
uma substância do reino mineral que é elaborada a partir de ideias de vida.
Quando chegamos agora no reino vegetal vemos que a substância dele se baseia no
acréscimo de carbono à água, aparecem os hidratos de carbono. Com o simples acréscimo de
um novo elemento surgiram novas possibilidades plásticas dentro da matéria viva. Dentre os
carboidratos (ou hidratos de carbono) há os açúcares, amidos e celulose, mostrando a
variabilidade de substâncias que podem ser carboidrato. Umas são doces, plásticas,
maleáveis; outras duras, como a celulose, oferecendo estrutura.
A grande variabilidade de substâncias do reino vegetal é conseguida principalmente a
partir de três elementos químicos simples: hidrogênio, oxigênio e carbono. Cada uma dessas
substâncias veicula um tipo de força diferente. No caso dos carboidratos, quando predomina
o 'processo carbono" (o que não significa necessariamente que predomine o carbono como
substância), encontramos uma maior tendência ao endurecimento, à rigidez. Isso ocorre com
a celulose. Quando predomina o processo oxigênio, a substância é mais ativa dentro da vida.
O processo oxigênio acumula forças da vida. Nesse caso temos os amidos. Quando
predomina o processo hidrogênio, então temos substâncias portadoras de calor: os açúcares.
As gorduras também são feitas com C, H e O, em proporções diferentes. O Hidrogênio
predomina, o que mostra a intensidade do processo calórico. Quanto mais longas as cadeias
de carbono dos ácidos graxos, mais dura será a gordura (cera e parafina). Quanto mais curtas
ou maior número de ligações duplas (energéticas) possuir, mais a gordura tenderá a fazer
aromas. As gorduras intermediárias, os óleos, apresentam características de ambos os polos.
As plantas também sintetizam proteína. A essa tríade de carbono, hidrogênio,
oxigênio, agora junta-se o nitrogênio. Mas o nitrogênio no mundo vegetal é uma raridade se
comparado com o importante papel que cumpre no reino animal. De fato as estruturas
vegetais que criam as proteínas são aquelas construídas no ser vegetal na região onde ele se
aproxima evidentemente do animal: na flor e no fruto. As proteínas animais são diferentes das
proteínas vegetais, embora possam ter composições químicas semelhantes. As forças astrais
tocam de leve na planta no momento da construção da proteína, enquanto que no animal elas
estão profundamente inseridas na substância.
Segundo essa visão podemos entender que no momento em que ingerimos
carboidratos, gorduras ou proteínas, cada uma dessas substâncias irá ter um efeito diferente
no organismo. Atualmente pensa-se somente em gramas de substâncias diferentes, sem
considerar que uma proteína de ovo, de leite, de queijo e de soja são diferentes; ou que ainda
é diferente o amido contido num tubérculo como a mandioca, ou numa fruta como a banana
da terra, e que terão efeitos diferentes no nosso organismo.
Cada região do nosso corpo, cada órgão, exige que forças suprassensíveis estejam
atuando. Em princípio os alimentos agem da seguinte forma: quando ingerimos uma
substância a região do organismo que tem forças semelhantes é ativada. Assim se nós
comemos uma substância carregada de forças de calor a região do nosso corpo encarregada
de ativar a nossa temperatura irá recepcionar essas forças estranhas que estão entrando no
corpo. Nessa barreira, que coloca à essas forças, a própria força do organismo se fortalece.
Ou seja, terminamos aumentando a nossa capacidade térmica pelo fato de não ter deixado
entrar uma atividade térmica estranha ao nosso organismo. Raciocínios semelhantes podemos
estabelecer com todas as outras substâncias.

Carboidratos, Gorduras e Proteínas

Comumente vemos esses três grupos de substâncias em todos os livros de nutrição.


Se acompanharmos agora, veremos que de todas elas a primeira que surge é o carboidrato, o
açúcar. Por um trabalho complexo esse carboidrato é transformado em gordura na hora de
fazer a semente; há uma atividade maior, o que significa que se essa substância é mais
trabalhada está mais próxima de nós. Posteriormente são feitas as proteínas que se
aproximam muito mais do ser humano. O que significa o seguinte: se nós ingerimos
proteínas, o esforço que temos que fazer é menor, nas gorduras um pouco maior e com os
carboidratos maior ainda. Refiro-me ao esforço de forças suprassensíveis.
Por isso é que nos encontramos numa situação análoga à dos reinos. O reino mineral é
o mais distante e os açúcares também são os mais distantes. Ambos, minerais e açúcares,
estimulam no nosso ser total as forças mais profundas, as forças do Eu, do espírito, da
individualidade. Vegetais de modo geral, e gorduras como substâncias em particular,
estimulam o corpo astral porque não é necessário fazer um esforço tão grande como para a
digestão dos minerais e açúcares.
Proteínas animais como alimento, são substâncias bem próximas da nossa organização
e somente o corpo etérico é ativado. Ele sozinho consegue dar conta do trabalho. Então, se
queremos estimular a nossa vitalidade, nosso etérico, as substâncias animais e as proteínas
podem ajudar. Se queremos estimular o astral, as gorduras e os vegetais podem cumprir esta
tarefa. Mas para estimular a nossa espiritualidade é necessário que prestemos atenção aos
carboidratos e aos minerais da nossa dieta. Não quer dizer que devamos comer apenas
carboidratos minerais se queremos estimular a vida espiritual, porque na realidade tudo é uma
questão de proporções. O que devemos dar é simplesmente uma ênfase especial aquele tipo
de substâncias que estão sendo necessárias digerir num ou noutro determinado momento.
Pode parecer estranho dizer que é o corpo etérico aquele que se encarrega de vencer
as forças da proteína, pois sabemos que a proteína carrega muito as forças astrais. Pois bem,
essas forças astrais estranhas ao organismo precisam ser vencidas, para depois serem
elaboradas pelo nosso próprio corpo. Depois que a proteína é despida de toda sua astralidade
estranha, é o corpo etérico que se encarrega de lidar com ela.
A unilateralidade sempre é sinal de desequilíbrio e nós não podemos estimular
somente uma parte da nossa organização. Podemos dar preponderância a uma ou outra
conforme a alimentação que nós ingerimos, mas em hipótese alguma devemos estimular um
lado em detrimento do outro. Por exemplo, se comermos muita carne o etérico sozinho
conseguiria resolver e isso estimularia a vitalidade. Mas o etérico precisa estar constan-
temente governado, dirigido pelos corpos acima dele: o astral e o Eu. Se estimularmos o
etérico unilateralmente, ele adoecerá porque as outras forças que se encontram acima dele
não o estão governando de maneira adequada.
Toda dieta, toda alimentação deve ser balanceada. A ciência hoje em dia conhece a
necessidade do balanceamento entre carboidratos, gorduras, proteínas, sais minerais e
vitaminas. A Antroposofia propõe que além desse balanço material substancial, nós nos
preocupemos com o balanço das forças formativas que constroem as substâncias.
É necessário lembrar que com a vida que nós levamos atualmente as substâncias têm
sofrido uma degradação, que tem desvitalizado o corpo a ponto de cada vez mais ser
necessário ingerir muita substância para preencher as lacunas das forças espirituais. Devemos
fazer um trabalho ao contrário. Fazer com que o corpo se esforce em digerir até tirar o
máximo proveito das substâncias e das forças que estão formando estas substâncias.

Os Carboidratos

Comumente ouvimos falar em carboidratos, gorduras e proteínas. Onde estas


substâncias são elaboradas na natureza?
Toda substância viva provém da glicose, que se forma na fotossíntese das plantas pela
reunião do CO2 e da água, na presença do pigmento clorofila, o qual contém magnésio. O
cálcio também é necessário nessa reação química. Dessa maneira a energia solar é
incorporada à matéria. Podemos dizer que a matéria viva é luz condensada. Essa glicose, que
é produzida no âmbito da folha, é extremamente importante para o metabolismo humano. O
nosso espírito, assim como a essência da folha, precisa sempre encontrar o caminho do meio
entre as forças terrestres e as forças cósmicas, entre as forças materiais e as forças espirituais.
Assim como a planta sintetiza a glicose a partir da luz do sol, o ser humano sintetiza a sua
substância a partir da luz interior do espírito. A glicose é fundamental nesse processo de
formação, ou de manutenção, dos processos do espírito humano dentro do corpo.
Posteriormente esta glicose pode sofrer várias transformações. A glicose tem seis
moléculas de carbono; essa unidade chama-se monossacarídeo. Esse monossacarídeo pode
sofrer transformações mais num sentido ou noutro, isto é, mais para o lado cósmico ou mais
para o lado terreno. Quando esse açúcar é transformado para o lado terreno temos a galactose
e quando é transformado mais para o lado cósmico temos a frutose. Essa galactose é
produzida principalmente no leite dos animais e ela é fundamental para o metabolismo do
sistema neuro-sensorial. A galactose é um açúcar lento e pouco ativo, quase mineral e forma a
base dos cerebrosídeos. A frutose que se forma nas frutas é muito mais acessível ao
metabolismo, ela é um pouco mais sulfúrea, mais ativa e é muito mais facilmente digerida
pelos diabéticos. A glicose, intermediária entre ambos, é na realidade o açúcar do nosso
sangue.
Quando cada um desses três monossacarídeos (galactose, glicose e frutose) unem-se a
outra molécula de glicose, fazendo um dissacarídeo, obtemos respectivamente lactose,
maltose e sacarose. Sacarose é o açúcar da cana que estamos habituados a comer. É um
dissacarídeo formado por frutose e glicose. O açúcar é uma substância que embora provenha
do reino vegetal tem características minerais, ele cristaliza e preserva-se por anos a fio.
Lembremos o que foi dito de que substâncias que tendem ao mineral ativam a atividade do
nosso Eu. Através do açúcar o Eu tem a possibilidade de chegar até a materialidade física
substancial. Poderíamos dizer que é através do veículo da glicose que o Eu, de natureza
espiritual, encarna-se até a substância material terrestre. Por isso a baixa de açúcar provoca
uma saída de si, o desmaio característico das crises hipoglicêmicas.
Mas a glicose pode ainda dar origem a polissacarídeos. São moléculas enormes com
estruturas bastante complexas nas quais muitos monossacarídeos, muitas moléculas de
açúcar, juntam-se para formar grandes estruturas. Quando essas estruturas chegam até o
máximo da densificação, ao polo mais físico, temos então a celulose, uma forma de
carboidrato não digerível pelo ser humano, porém muito importante para o nosso metabo-
lismo, pois as vísceras precisam também fazer exercício físico. As fibras constituem um
obstáculo perante ao qual as vísceras precisam trabalhar com força e desenvolver a
musculatura. Um bom funcionamento do aparelho digestivo depende de boa dose de fibras
que são feitas de celulose, ou seja, carboidratos que endureceram, que se tornaram bem
terrenos. Esses carboidratos ainda podem fazer formas mais plásticas ou menos endurecidas.
Neste caso temos o amido que é feito da reunião de bastante glicoses e já observamos uma
forma menos consistente do que na celulose e também mais digestiva, mesmo assim o amido
precisa de cozimento. Nesse âmbito intermediário temos a pectina, que é o carboidrato que se
usa para dar consistência às geleias, e a mucilagem, que é um carboidrato polissacarídeo
bastante suave que se encontra a meio caminho entre o cósmico e o terreno. Essas três
últimas substâncias, pectina, amido e mucilagem são formadas na planta como reservas de
energia. Ela usa essas substâncias e armazena energia dessa forma.
As duas maiores fontes de carboidratos que nossa cultura consome são, sem dúvida
alguma, o açúcar branco e a farinha de trigo refinada. Atualmente sabemos a quantidade de
problemas que oferece à saúde o excesso de consumo de açúcar branco, porém é bom saber
que uma certa quantidade de açúcar é necessária na alimentação para estimular o Eu. Na vida
que levamos atualmente, onde o nosso Eu, nosso espírito, é constantemente exigido, é
necessário que na nossa dieta haja açúcar. Claro que ao me referir ao açúcar me refiro ao
açúcar integral, ao açúcar mascavo, ao melado, o qual é ainda rico em forças etéricas, como
provam os testes laboratoriais, além de ser muito rico em sais minerais. O consumo excessivo
de açúcar branco tem sido relacionado com uma série de distúrbios de saúde. O aparecimento
de cáries pode se dever tanto à pobreza de sais minerais, como a própria agressão da placa
bacteriana dentária, assim como a desvitalização do corpo etérico da criança.

As Gorduras

Na natureza as gorduras surgem no momento da elaboração da semente. Cada germe é


coberto por uma fina camada de gordura.
Qual é o papel da gordura em relação ao germe? Sabemos que o germe, assim como
toda a semente, representa a fase terra do vegetal. Porém ela é produto de uma fase calórica.
A gordura que envolve a semente é um pequeno manto de calor para que o germe possa não
sucumbir às geladas e escuras forças da terra. Isso significa que a gordura protege a matéria
física do excesso de forças terrestres e coloca em contato com as forças cósmicas do calor. Se
analisamos a quantidade de calorias que uma grama de gordura fornece, percebemos que de
todas as substâncias de fato é aquela que mais calorias carrega dentro de si.
As gorduras são compostas também de carbono, hidrogênio e oxigênio, porém de uma
forma diferente de que nos carboidratos. Estas contêm muito mais hidrogênio, que é um
portador de calor.
Encontramos na molécula de gordura também muitas ligações duplas, isto é, uma
ligação muito mais energética entre os carbonos. Quando existem muitas ligações dizemos
que a gordura é insaturada; quando há muito hidrogênio substituindo essas ligações que é
saturada. Quanto mais hidrogênio, quanto mais matéria, a gordura tende a ser mais dura. O
mesmo vale para as cadeias de carbono. Então podemos analisar as gorduras da seguinte
forma: quanto mais carbonos e quanto mais ligações de hidrogênio, mais terrena ela será; em
contraposição, quanto mais ligações duplas e menos hidrogênio ela será mais cósmica. No
primeiro extremo dessa classificação encontramos gorduras dura como a parafina, no extremo
oposto encontramos gorduras voláteis. As gorduras ideais encontram-se na metade do
caminho entre esses dois extremos. Os óleos vegetais apresentam cadeias médias. Por isso
são gorduras em estado líquido. Já gorduras mais duras como a banha, ou a gordura de côco,
por apresentarem muito mais cadeias de carbono, são mais pesadas e indigestas.
Uma pessoa que pesa setenta quilos tem mais ou menos sete quilos de gordura: 4,7
quilos insaturadas e 2,3 quilos saturadas. As saturadas mais no sistema nervoso, formando
parte da constituição dos tecidos. As insaturadas principalmente na esfera do metabolismo
acessíveis à organização do Eu. A necessidade de gordura no organismo é em média setenta
gramas por dia.
As gorduras passam por todo o trato digestivo praticamente sem serem atacadas por
enzimas, apenas já no duodeno são trabalhadas pela a ação dos ácidos biliares e da lipase
pancreática. Assim, as gorduras são transformadas em ácidos graxos, glicerina e beta
monoglicídeos. Essa modificação química não é tão profunda quanto a que ocorre na digestão
de proteínas. É interessante que as gorduras são diretamente absorvidas e transportadas peia
linfa. Portanto, a gordura introduz um pouco do seu organismo original, por isso devemos nos
preocupar muito com a sua origem. Tratando-se da gordura vegetal ela precisa ser totalmente
destruída e novamente ressintetizada, ela não passa pela parede intestinal. A gordura animal
não é totalmente destruída e passa diretamente para o ser humano. É, portanto, uma
facilitação para o organismo. Disse Steiner que quem se alimenta de gorduras vegetais será
capaz de formar mais forças internas.
Dentre as gorduras recomendáveis ao homem estão principalmente os óleos de origem
vegetal. Recomenda-se vegetais que possuam uma forte ligação com a luz solar, como o
algodão, o girassol, o milho ou o arroz. O óleo de oliva, da família das oleáceas, é um óleo de
excelente qualidade para o consumo humano. Outros óleos como o de gergelim, soja e o óleo
de amendoim, são mais pesados para o consumo humano. Algumas palmeiras também
fornecem óleos tais como o babaçu ou o dendê, o buriti e a muriti. As palmeiras das quais
provêm esses óleos representam o ponto superior das monocotiledôneas. Encontramos ali
preciosos óleos para o consumo humano. Também cabe mencionar a gordura de cocô e
lembrar o consumo de nozes e castanhas, sendo estas muito ricas em gorduras, proteínas e
fósforo, entre outros minerais. São um excelente recurso, muito alimentício, principalmente
para os vegetarianos.
Um fato importante é que nunca devemos guardar o óleo de frituras, pois formam-se
toxinas que podem ser até cancerígenas. O processo de aquecimento das gorduras transforma
os ácidos graxos, formando substâncias como a acroleína que causa o cheiro peculiar das
frituras.
Alguns derivados do metabolismo das gorduras, como o colesterol, têm um papel
muito importante no nosso organismo. O colesterol é o produto de degradação da gordura e é
fundamental na fabricação de muitos hormônios, como são os sexuais (estradiol, testosterona
e progesterona) e o cortisol, entre outros. Isto quer dizer que muitas atividades dependentes
do corpo astral usam a gordura como base. Nos ensina Steiner que as gorduras servem de
base ao corpo astral. De fato, na adolescência quando este corpo atua mais, o metabolismo
das gorduras intensifica-se e surgem assim todos os hormônios derivados do colesterol. Em
pessoas nas quais as atividades do corpo astral encontra-se enfraquecida na região do
metabolismo o colesterol começa a aumentar no sangue. Por isso, na visão da Antroposofia,
procura-se estimular a atuação desse campo no metabolismo em lugar de apenas restringir as
dietas. Lembremos que muito do colesterol encontrado no sangue não provém da dieta e é
produzido pelo próprio organismo.

As Proteínas

As proteínas são substâncias tipicamente animais. Os corpos animais são constituídos


de muita proteína. Todos os processos fisiológicos dos animais, assim como a estruturação do
corpo, exige proteínas. Porém essas já começam a serem elaboradas dentro do vegetal
justamente nas fases em que o vegetal aproxima-se das forças astrais, das forças formativas
animais.
Na molécula de proteína entra um novo elemento: o nitrogênio. Esse nitrogênio
encontra-se livre na natureza. Existem algumas famílias vegetais, dentre as quais destacam-se
principalmente as leguminosas, que têm por finalidade fixar o nitrogênio à matéria viva. Para
que o nitrogênio possa ser absorvido por essas plantas, é necessário que ocorra uma
transformação graças aos trovões que ocorrem constantemente na atmosfera. Desta forma o
nitrogênio ionizado torna-se mais facilmente assimilável pelas raízes das leguminosas, onde
encontram- se bactérias fixadoras do nitrogênio. Dessa maneira, o nitrogênio, que é um
elemento que carrega forças astrais, junta-se ao carbono, hidrogênio e oxigênio e forma-se a
proteína. Ou seja, as proteínas também são inicialmente geradas no reino vegetal embora elas
encontrem o seu esplendor e a sua maior variação dentro do reino animal. As leguminosas são
plantas com muitíssima influência do astral.
Mesmo que a proteína seja elaborada nas plantas, a intervenção das forças astrais no
reino vegetal é bem menos intensa do que no reino animal. As proteínas do reino vegetal são
consideradas pela química contemporânea como de inferior qualidade em relação às animais.
Essa qualidade inferior é atribuída ao menor número de aminoácidos contidos nas proteínas
vegetais. Os aminoácidos são moléculas menores que, ao se juntarem em longas cadeias,
formam as proteínas. Existe um total de vinte aminoácidos, oito dos quais nós não con-
seguimos sintetizar e precisamos ingerir. Esses oito aminoácidos encontram-se no reino
vegetal. Os outros doze presentes na proteína animal, nosso organismo consegue sintetizar,
não sendo, portanto, indispensáveis para a nossa dieta. Por outro lado, as proteínas vegetais
são feitas principalmente na região das flores, frutos e sementes, que é uma região onde a
planta recebe muitas influências da luz e do calor formando proteínas altamente digestivas.
As proteínas dos cereais, praticamente não consideradas pela bioquímica moderna como
fonte de proteína. são poucas em termos de quantidade, mas devemos considerar muito a
qualidade.
No reino animal encontramos três fontes principais de proteínas: leite, ovos e carne. O
leite é uma importantíssima fonte de proteínas, que são produzidas numa região na qual o
animal doa algo do seu próprio organismo ao filhote. Esse leite, ou essas proteínas, são muito
pouco carregadas de torças astrais, muito mais etéricas e são perfeitamente assimiláveis pelo
organismo humano.
Já os ovos possuem proteínas bastante complexas (os ovos contêm bastante proteína e
gordura), além de bastante enxofre, pelo qual deveriam ser evitados por pessoas que tem
tendências a muitas inflamações. Também não são recomendados na primeira infância, pois a
criança está tentando se concentrar e os ovos dispersam. O efeito que se percebe na criança
que come muito ovo é uma perda da capacidade natural de escolher a alimentação sadia.
Nós ingerimos as carnes muito mais pelo prazer do sabor do que exatamente pelas
necessidades proteicas. A proteína do animal, da carne, tecidos carregados de sangue, estes
sim carregam muito da astralidade do animal. Nos afirma Steiner que, dentre os diversos
produtos de uso animal, a carne de peixe é aquela que representa um peso muito maior para o
ser humano. Recomenda Steiner que tenhamos cuidado com a origem do animal. Animais
inferiores como porcos, peixes inclusive, e galinhas, carregam uma força de paixão muito
pouco elaborada com a qual teremos de lidar depois. O ser humano precisa depois continuar
vencendo aquelas forças astrais que recebeu através da proteína animal.
Quanto às necessidades mínimas proteicas do organismo existem algumas
divergências. Algumas tabelas recomendam uma grama por quilo de peso por dia, outras
recomendam meia grama por quilo de peso por dia. Ao que me parece, o segundo valor está
mais próximo da realidade, pois pessoas em jejum perdem trinta gramas de proteína por dia.
O que é diferente de pessoas que ingerem proteínas sem estarem jejuando, onde as
necessidades se tornam aparentemente maiores. Hoje em dia o consumo de proteínas nos
países industrializados ultrapassam a cem gramas por dia e pode estar na gênese de uma série
de doenças, pois o metabolismo das proteínas leva, no final, a uma série de subprodutos que
podem ser prejudiciais à nossa saúde, dentre os quais encontram-se o ácido úrico, a ureia e as
purinas.
As proteínas recebem um intensa ação enzimática, principalmente pela pepsina
estomacal e pela tripsina pancreática. Dessa forma, as proteínas são absolutamente
degradadas como não ocorria com as gorduras. Se existe alguma dificuldade digestiva
teremos dispepsias putrefativas. Pode ocorrer que, por algum problema digestivo, proteínas
com características estranhas sejam absorvidas, o que leva a um efeito tóxico no organismo.
Essas proteínas tentam ser eliminadas por várias vias. Na pele podemos encontrar reações
alérgicas, assim como alguns fenômenos de asma brônquica, a nível das vias aéreas. Se essa
insuficiência ocorre a nível renal, podemos ter manifestações de nefroses. Doenças como a
gota, e todas em que atuam ácido úrico, também revelam uma dificuldade na digestão
proteica.
Ao contrário das gorduras e carboidratos, as proteínas não são armazenadas em
grandes quantidades. Elas precisam estar constantemente em movimento. Existem dois polos
para os quais as proteínas se organizam. Um são as proteínas globais, muito mais plásticas, e
outras as escleroproteínas, que estão ligadas aos tendões e à cartilagem e possuem uma vida
mais longa. Entretanto, o papel principal das proteínas é se manter constantemente em estado
coloidal dentro do nosso organismo, sempre servindo de mediadores para todas as forças
plásticas. Vemos nisso uma atuação das forças etéricas. O nosso corpo etérico precisa de
proteínas para poder plasmar no mundo físico a sua forma.
Em relação às proteínas, gorduras e carboidratos, podemos dizer o seguinte: as
proteínas exigem principalmente da atividade do nosso corpo etérico; as gorduras do nosso
corpo astral; e os carboidratos, com os açúcares, do Eu. Por sua vez é também o corpo etérico
que evita a putrefação das proteínas a nível digestivo; é o corpo astral que evita que as
gorduras fiquem ransas; e o Eu é o que combate as fermentações. Quando aparecem esses
processos a nível digestivo já sabemos qual dos corpos está agindo de maneira inadequada
com relação a digestão.

O Cozimento dos Alimentos

A necessidade de cozinhar os alimentos está na dependência principalmente da


digestibilidade deles.
Existem alguns alimentos cujas as substâncias foram tão aproximadas do ser humano
pela natureza que podem perfeitamente ser consumidos em estado cru. Esses alimentos
podem ser encontrados nos três reinos da natureza. No mineral, o alimento mais digestivo
sem dúvida é a água, que precisamos ingerir em quantidade razoável todos os dias. Deste
reino absorvemos, ainda, grandes quantidades de oxigênio todos os dias. Outras substâncias
já exigem do corpo maiores esforços. Do reino vegetal, as substâncias que conseguimos
assimilar com maior facilidade são aquelas produzidas principalmente na fase ar e na fase
fogo, isto é, flores frutos e algumas sementes (como cereais). Porém, nem todos os cereais
podem ser consumidos na forma crua, exigindo um cozimento prévio. Do reino animal os
alimentos mais digeríveis são o mel e o leite.
Todos esses alimentos tomaram-se mais digeríveis pelo nosso aparelho digestivo, pelo
fato de a natureza tê-los aproximado bastante da esfera da nossa digestão.
Podemos dizer que o reino mineral, ao elaborar a água, eleva-se até o plano da vida. O
reino vegetal, ao criar os frutos, as flores e algumas sementes, aproxima-se muito do reino
animal e por isso encontramos ali tantos alimentos facilmente digeríveis. O mel e o leite são
alimentos criados dentro do reino animal exatamente com o propósito de alimentar aparelhos
digestivos de filhotes. Os dois únicos casos nos quais as frutas e flores precisam ser cozidos é
quando as frutas não foram convenientemente transformadas até o nível do ser humano, como
acontece por exemplo na berinjela, no jiló, na abóbora, etc. Ou quando a pessoa está
passando por um estado de fraqueza e precisa que, com o cozimento do fogo, esse alimento
seja pré-digerido na panela. Cozinhar é na realidade uma espécie de digestão.
Podemos ainda querer fortalecer uma determinada região do organismo pela qualidade
do cozimento dos alimentos. Sabemos que os alimentos crus exigem das forças do sistema
metabólico-motor. Por isso, uma alimentação crua fortifica a formação do sangue, o sistema
digestivo e a musculatura. Uma alimentação bem cozida exigirá principalmente das forças do
sistema neuro-sensorial. Dessa maneira, se queremos atingi-lo, precisaremos cozinhar mais
os alimentos. A alimentação semi-crua ou semi-cozida - como é o hábito dos chineses e dos
orientais em geral de cozinharem as verduras apenas um pouco - atinge o sistema rítmico.
Desse modo, com os mesmos alimentos e através do processo de cocção, podemos
voluntariamente atingir mais um ou outro sistema, independentemente do alimento usado.
Vemos a imagem arquetípica do cozimento nas diversas fases da planta. No momento
em que a semente fria é colocada dentro da terra úmida, graças ao elemento água, ao calor e à
luz, a planta começa a crescer e a dar estruturas vitais como são as folhas. Se esse processo
continua ainda mais, até que as plantas se abram definitivamente à luz e ao calor,
encontramos os frutos. Isso significa que o processo de cozimento tira os alimentos do
excesso de peso terreno e eleva-os até um grau mais sutil, ou podemos dizer, degrada e toma-
os mais digestivos. É claro que em todos os casos é preciso ter bom senso, pois sempre
devemos considerar o estado no qual a natureza deixou os alimentos. Existem alimentos que
definitivamente o nosso sistema digestivo não tem condições de digerir se ingerido cru.
A alimentação crua é um excelente fortificante do nosso corpo etérico, porém
devemos ter cuidado pois no caso de extrema debilidade, em doenças graves ou então na
velhice, o corpo pode não ter as forças necessárias para elaborar essa digestão. No caso de
debilidade geral é bom acostumar o corpo pouco a pouco com esse regime. Recomenda-se na
vida normal, fazer uma alimentação crua umas duas ou três semanas, o que será ex-
tremamente revigorante para a nossa vitalidade e especialmente para o sistema digestivo.
A seguinte tabela mostra-nos o que Steiner nos diz a respeito do estado de cocção dos
alimentos:

Estado do Alimento............................................Lugar onde age


Cru........................................................................... Sistema Metabólico-motor
Semi-cozido........................................................Sistema Rítmico
Cozido.......................................................................Sistema Neuro-sensorial

Outros aspectos sobre a cocção dos alimentos, podem ser encontrados no livro "Novos
caminhos da Alimentação", da Dra. Gudrun.
O Leite e o Mel

O leite e o mel formam, em certo sentido, uma polaridade.

O Leite

É um produto do reino animal feito principalmente pelos mamíferos, embora algumas


aves também produzam um tipo de leite, para alimentar a prole. O leite possui uma grande
diferença em relação ao sangue, por ser pobre em ferro, rico em cálcio, ter proteínas que
mesmo em alta temperatura não coagulam, ser branco e ter uma proteína e um carboidrato
especial, respectivamente a caseína e a lactose. Ele, é, na realidade, pouco influenciado pelas
forças astrais e é um liquido muito etérico e plástico, que conserva muitas capacidades do
etérico. É um alimento essencial na formação do cérebro. Nele, existe uma substância,
taurina, que estimula a formação do sistema neuro-sensorial. Pelo seu teor de cálcio é
fundamental na ligação do homem com o seu corpo físico, por isso ele é mais ideal na
primeira metade da vida. É composto de gorduras em forma de emulsão; proteínas,
principalmente a caseína que é ligada ao ácido fosfórico; de açúcares a lactose; e contém
cálcio, fósforo, magnésio e vitaminas A e D.
O leite do ser humano é o mais fraco de todos os leites da natureza à exceção da
lactose.

Comparação do leite materno com os leites de outras espécies animais

Duplicação Velocidade Caseína Albumina Gordura Lactose Sais


do peso de crescimento (CaO, MgO,
em dias homem=1 e P2O5)
Ser Hum. 147 1 0,60 0,75 3,8 6,8 0,08
Vaca 47 3 2,85 0,55 3,4 4,8 0,46
Carneiro 15 9 4,50 1,00 6,1 4,7 0,60
Coelho 6 14 13,50 2,00 10,5 2,0 1,90

Podemos ver que o ser humano é o que cresce com uma velocidade menor. É
interessante notar que o leite humano nos últimos setenta anos aumentou em 12% na proteína
e 15% nos sais minerais. A duplicação do peso das crianças desceu de 172 dias em 1890 para
124 dias em 1967. Por outro lado, também observamos que crianças alimentadas
artificialmente duplicam o peso em 118,6 enquanto que as amamentadas duplicam o peso em
136,8. Com estes dados podemos entender que está havendo uma degradação do reino
humano no sentido da animalidade e que é determinada pelo aumento de peso muito rápido e
que a alimentação artificial pode estar propiciando também isso.
O leite de vaca na realidade não é roubado, ela tem um excedente grande que o ser
humano pode usar. É um animal doméstico que tem uma relação intensa com o ser humano,
pelo qual não devemos temer usar esse alimento de origem animal.
Dentre os derivados do leite devemos considerar o iogurte, no qual formam- se, pela
presença de bactérias, alguns ácidos. Eles provocam uma coagulação da caseína e por isso o
leite endurece. Todos os tipos de leite acidificados como coalhada, iogurte, etc., ajudam a
regular a flora intestinal. Apesar de ácidos têm efeito alcalinizante, ajudando a desintoxicar o
organismo e combater a arteriosclerose. São úteis no tratamento do fígado.
A ricota é um leite acidificado no qual se eliminou o soro. É um excelente alimento
que contém todos os aminoácidos de forma concentrada. Os diversos queijos destinam-se a
satisfazer mais ao paladar do que às necessidades proteicas. Especificamente as propriedades
são mais ou menos semelhantes às da ricota. A ricota é o queijo mais simples. A escolha do
queijo se deve mais a gostos pessoais, por satisfação do paladar. A ricota constitui-se num
excelente aporte de proteínas. Pode ser usada temperada, misturada nas saladas, em suflês,
como recheio de verduras, para fazer pastéis, bolo, etc.
Steiner recomenda a manteiga como a principal fonte de gorduras do ser humano. A
manteiga nos mostra um complexo de diversas gorduras. Metade saturados e a outra metade
insaturados. O seu valor alimentar está na proporção que estas gorduras guardam. O seu
ponto de fusão é trinta e sete graus; igual à temperatura do corpo pelo qual ela é facilmente
absorvida. Composta de mais ou menos 0,5% de proteínas, mais ou menos 0,7% de lactose e
poucos sais minerais.
Segundo Rudolf Steiner, o leite leva o homem à terra, mas sem impedi-lo de manter as
relações com o sistema cósmico.
O Mel

O mel, como disse, é uma polaridade em relação ao leite. Dizia Steiner que na
infância deveríamos tomar leite com mel e na velhice mel com leite.
O mel é derivado da fase calor das flores, aumentado pelos processos das abelhas, que
são seres solares. As abelhas têm um intenso processo silício e preservam o calor no favo. O
mel é um alimento que se dirige diretamente ao nosso Eu, ao nosso espírito. O mel vivifica o
corpo e evita os endurecimentos, as arteriosclerose e calcificações, por isso é ideal na
segunda metade da vida.

Tem várias propriedades conhecidas:


* Como expectorante para o aparelho respiratório;
* Ativa o coração e circulação;
* Serve ao tratamento de diversos distúrbios gastro-intestinais (gastrites, úlceras e
colites fermentativas);
* Pode ser usado como cosmético na pele;
* Diluindo uma colher de chá em um copo d'água, pode ser usado como colírio em
inflamações crônicas nos olhos; aplicado diretamente nas feridas, é cicatrizante e
antibiótico;
* Estimula o apetite;
* É tonificante;
* Ajuda nas afecções hepáticas, nas depressões endógenas ou por esgotamento;
* É calmante do sistema nervoso, principalmente no stress.

O mel contém açúcares especiais: 40,5% de frutose e de levulose, 34% de dextrose e


1,9% de sacarose; 2,6% de enzimas; 1,5% de proteína; e 0% de gordura. A levulose e a
dextrose são diretamente absorvidas pela parede intestinal sem precisar de transformação, por
isso são tão eficazes nas crises de hipoglicemia.
É um alimento que deveria ser reincorporado à dieta do ser humano.
As Frutas e os Cereais

Nas plantas o calor é apreendido ativamente para dentro da matéria por meio da
fotossíntese. O calor do sol, que no reino mineral pulsa em ciclos pelas órbitas celestes, no
reino vegetal é incorporado de forma ativa pelas plantas. Mas elas também se organizam no
planeta de acordo com essas regiões calóricas. Cada planta se aclimata em um determinado
lugar, em função principalmente de sua capacidade em lidar com o calor externo. Mesmo que
as plantas capturem o calor em compostos biológicos, não conseguem produzir calor para se
aquecerem.
Um fato curioso que podemos observar no reino vegetal, são as formas que os
vegetais adquirem nessas áreas. A forma revela o íntimo dos seres.
Nas regiões polares o ser da planta recolhe-se para raízes e caules, gerando as plantas
típicas dessa zona: formadas, cósmicas. Semelhante ao que ocorre nas altas montanhas. Nas
regiões temperadas há o predomínio do elemento foliar e as plantas são mais equilibradas no
que diz respeito à polaridade dos princípios formativos. Já nas regiões tropicais há uma
exacerbação dos processos flor e fruto, assim como uma vida exuberante, pois predominam
os processos terrestres sobre os cósmicos.
O ciclo de vida dos vegetais, mesmo que não cresçam nas regiões temperadas,
obedecem quatro fases: Terra, Água, Ar e Fogo (ou calor). Sem dúvida, os princípios água e
terra são os mais desenvolvidos. Na flor, ao ganharem o espaço, as plantas estão na sua fase
ar. A partir do momento em que se forma o néctar e o fruto estamos na fase calórica do
vegetal.
Todos os seres vivos têm ciclos biológicos, ritmos e pulsares próprios, que só muito
recentemente começam a ser levados a sério pela Cronobiologia. O surgimento dessas fases,
que atuam na matéria viva vegetal, é o que Goethe denominou Planta arquetípica. O etérico
manifesta uma fase depois da outra. No desenho da página 2 vemos uma roda mergulhada
parcialmente na água e girando. Em cada fase, uma parte se mostra e outra se oculta. Por
exemplo, quando uma planta está na fase calor, ela inteira esta nessa fase. Não é momento de
enraizar nem dar folhas. Essas fases estão sob o limiar, no mundo supra-sensível. Ao passo
que a fase de frutificação está manifesta.
O único momento em que as plantas produzem um pouco de calor é quando da
formação das flores e dos frutos. Os aromas vegetais são voláteis. Mas ocorre algo
interessante: na flor os princípios formativos separam-se; o elemento linear, móvel e
luminoso que adota o pólen, opõe-se ao esférico do óvulo. Os dois princípios formadores que
criam toda a forma do vegetal são agora separados. É justamente porque há a separação dos
opostos, que o calor pode atuar! É nesse cenário que se forma o néctar. A doçura que mais
adiante no reino humano será necessária para unir o Eu ao sangue.
As manifestações calóricas mensuráveis com termômetro são poucas. Mas o princípio
arquetípico do calor se manifesta sem dúvida. Isto é a possibilidade do mundo uno agir no
terreno.
A fecundação na planta não ocorre entre os gametas masculino e feminino, mas
porque o princípio calórico, cósmico, pode unir-se novamente ao terreno.
Esses dois processos correspondem, no reino mineral, às forças polares entre a Sílica e
o Cálcio. A sílica conduz as forças dos planetas exteriores, e o cálcio dos interiores. Assim o
Sol pode agir em plenitude.
Nos cereais e nas frutas suculentas, encontramos a hipertrofia dessa oposição. O
processo de amadurecimento dos frutos é, quimicamente, um cozimento a fogo lento, que
entretanto depende de uma fonte de calor exterior ao ser vegetal, isto é, do Sol.
Quando no processo calórico predomina o elemento silícico, temos formas
punctiformes, pontiagudas, finas, que tendem a agulhas (cereais, alecrim, equisetum, pinho,
etc.). Mas quando predomina o elemento cálcico, então temos frutos suculentos (abóbora,
uva, maçã, etc.). Tanto uma pequena semente de alecrim quanto a enorme semente do côco,
são o produto da fase calor desses vegetais. Na semente de alecrim vemos uma
predominância do calor cósmico por sobre a matéria. No côco vemos muita matéria permeada
de calor.
A fase calórica, embora bastante fugaz, caracteriza-se por separar os elementos
constitutivos para novamente reuni-los. E, algo importante, nesta região o ser do vegetal
dá um pulo e alcança o próximo reino: o animal. Graças ao calor há uma elevação e os
vegetais reproduzem formas animais ou substâncias alimentícias para o reino seguinte.
As frutas e cereais, que podem ser consumidas a qualquer hora do dia, representam
uma polaridade da fase calor do ciclo de vida das plantas.
Como vimos, há nos frutos, uma separação do princípio calórico em formas silicosas
(cereais) e cálcicas (frutos). Ambas as formas de alimento são fundamentais ao ser humano.
Nos cereais há um predomínio do processo da sílica, pelo qual são carboidratos apropriados
para o sistema neuro- sensorial. As frutas são feitas sob as forças do processo do cálcio, pelo
que se adequam mais ao metabolismo. O cálcio emula as forças dos três planetas interiores
(Mercúrio, Vênus e Lua); ao passo que o silício o faz com os planetas exteriores (Marte,
Júpiter, e Saturno).
As Frutas

As frutas representam a fase calórica do vegetai, no qual a substância já foi pra-


ticamente cozida. A principal ação das frutas no organismo é estimular o sistema metabólico.
As frutas devem ser evitadas por pessoas obesas, especialmente se contêm muito açúcar. Por
esse motivo os diabéticos também devem ter cuidado. As pessoas que sofrem de enterites,
gastrites ou úlceras, devem evitar principalmente as frutas cítricas e com capacidade de
aumentar o movimento intestinal. As pessoas com problemas biliares devem evitar frutas com
caroço duro, assim como as muito ácidas e as bananas, exceto a banana maçã.
No Brasil existem inúmeras frutas das quais conhecemos grandes propriedades
medicinais. Das frutas tipicamente brasileiras temos a família da anacardiácea, dentre as
quais encontra-se o caju, a cajamanga, manga e o umbu.

Das frutas mais consumidas em São Paulo temos:

Bromeliáceas
O abacaxi, fruta com a peculiaridade de conter leveduras no seu interior, permite sua
fermentação. É bastante rico em vitaminas A, B e C, além de potássio, magnésio, fósforo,
cálcio e sódio.

Caricáceas
O mamão, que ninguém sabe dizer na realidade de onde é nativo, contém na sua seiva
um fermento solúvel, a papaína, que aumenta a capacidade digestiva, assim como confere
uma leve ação laxante, calmante gástrico e intestinal. As sementes têm propriedades
vermífugas. O mamão possui muito hidrato de carbono e proteína, contém poucos sais
minerais e muita vitamina A, B e C.

Moráceas
Figo, amora, jaca e fruta-pão são seus principais representantes. O figo é rico
principalmente em vitaminas A e B, e sais minerais como cálcio, fósforo, ferro, magnésio,
potássio e sócio. Os frutos maduros podem ser consumidos preferencialmente crus. Pelo seu
alto teor de açúcar podem ser usados como adoçantes em alguns doces.
Musáceas
A banana é uma planta extremamente nutritiva, muito rica em hidratos de carbono,
principalmente saca- rose, glicose e frutose, proteínas, sais (principalmente potássio, fósforo,
cálcio, ferro), uma pequena quantidade de sódio magnésio, além de vitaminas A, B, C e E.
Possui um pequeno teor de gordura.

Mirtáceas
São plantas odoríferas, com um processo calórico intenso, como a jabuticaba, a goiaba
e as pitangas.

Passifloráceas
Maracujá e maracujá-açu. Esta família lida intensamente com forças astrais e dela
conhecemos as suas propriedades calmantes.

Rosáceas
Extremamente equilibrada, esta família nos oferece uma quantidade enorme de frutas.
Dentre as mais conhecidas dessa família, todas com muito boa estruturação, temos a maçã, o
marmelo, as ameixas, o pêssego, a nêspera, o damasco, as cerejas, a nectarina e o morango.
Todas estas frutas têm um intenso processo interno e ajudam no processo humano da
encarnação.

Rutáceas
Uma família tropical que leva intensamente o processo calórico para frutos e flores.
Ela nos oferece a cidra, a laranja, o limão, a lima e a mexerica; frutas muito ricas em vitamina
C e das quais não aproveitamos a casca, que usada em banhos tem propriedades relaxantes e
aquecedoras do sistema metabólico-motor.
Os Cereais

Vimos que os cereais também são frutos mas, à diferença das famílias acima citadas,
precisamos continuar o cozimento para que deles possamos fazer uso em nossa alimentação.
Representam a fase calórica com um predomínio da luz, das linhas, das formas pontiagudas e
ricas em silício. A principal ação dos cereais no organismo é estimular o sistema neuro-
sensorial.
O silício, presente nos cereais integrais, foi reconhecido pela ciência oficial como um
elemento fundamental na alimentação. Mesmo não participando das reações químicas do
metabolismo, sua ação estruturante se mostra presente como molde nos processos de
formação embrionária, dentária, e óssea. É também muito importante na formação do sistema
nervoso - o líquido cefálico que envolve nosso cérebro, assim como a placenta, são ricos em
silício.
O beneficiamento do arroz e do trigo, dois dos principais cereais consumidos em São
Paulo, retira o essencial de sais minerais e silício. A farinha branca e o arroz branco são
extremamente pobres nesses elementos. Pessoas com alimentação pobre em cereais integrais
tomam uma forma arredondada ao engordar. As que com alimentação integral mantêm,
mesmo ao engordar, uma forma corporal mais proporcionalmente humana.
Os cereais são os representantes superiores da família das gramíneas, e foram a base
da alimentação de toda a civilização humana. A agricultura em todas as culturas se
desenvolveu tendo um cereal como centro. No quadro a seguir, encontram-se uma série de
características e propriedades dos sete cereais. Podemos perceber, em cada um deles, uma
relação fundamental entre as culturas que os desenvolveram e as forças arquetípicas dos
quatro elementos que predominam no cereal.
Podemos, atualmente, ter acesso a todos eles. O ideal é variarmos entre os diversos
cereais. Assim, poderemos nos beneficiar com as forças e qualidades que carregam, sem falar
nas suas excelentes qualidades nutricionais.
Cereais
Característi Planeta/
Usos
Cereal Origem Composição Efeitos no Homem cas Elemento
na alimentação
especiais Dia da
Verde: cozido para
curau, pamonha e
Proteínas 8%, manjares. Maduro:
gordura 3,2%, Teor de em forma de farinha Saturno/Terra
Torna a pessoa terrestre,
Milho América carboidratos proteínas como complemento Sábado
engorda.
63%, vitamina baixo. de bolos, pães, (Saturday)*
A. cuscuz, polentas.
Em flocos para
mingau.

Proteína 7 a
8%. gordura
Líquidos movimentados. Proteína Lua/Água
1,5 %, Cozido, mingau e
Arroz Ásia Infecções intestinais. espalhada Segunda-feira
carboidratos 75 mamadeira.
Obstipante. pelo grão. (Lunes)**
a 80%,
complexo B.

Protege o coração e a
circulação contra a
Principalmente na
arteriosclerose; ideal para Único cereal
forma de flocos,
usar na diabete; que as
misturados crus ou
Gordura 6,7%, antidepressivo devido ao sementes
deixado de molho
carboidratos, magnésio; aumenta estão soltas e Vênus/Ar
Norte da com frutas, ou
Aveia cálcio, ferro, resistência física a se movem ao Sexta-feira
Europa cozidos com água ou
complexo B e mudanças climáticas; vento. (Viernes)**
leite para mingaus.
vitamina E. fortalece a musculatura; Tem uma cor
Como complemento
as fibras aceleram o verde muito
de bolos, biscoitos e
trânsito intestinal; a intensa.
pães.
mucilagem é
antidiarreica.

Interioriza o intenso É desprovido


Rico em silício
processo silício; agindo de cálcio, Quase
e flúor, Mercúrio/Fogo
sobre os ossos e sistema portanto exclusivamente
Painço África gorduras 5%, Quarta-feira
neuro- sensorial, cabelos convém como mingaus ou
proteínas 10%, (Miercules)**
e unhas; preventivo de misturá-lo ao em sopas.
60% de amido.
cáries. leite.

*Equivalente ao dia da semana em inglês. **Equivalente ao dia da semana em espanhol.


Cereais (continuação)
Característi Planeta/
Efeitos no Usos
Cereal Origem Composição cas Elemento
Homem na alimentação
especiais Dia da semana

Amido 85%, Em grão: cozido


permeado de glúten, Harmonizador. como arroz.
quase todos os Atua sobre o Moído: como Sol/Equilíbrio
Cereal mais
Trigo Pérsia minerais, elementos e coração, sistema farinha, massas, Domingo
equilibrado.
vitaminas (especial- neuro-sensorial e tortas, pães. (Sunday)*
mente complexo B), metabolismo. Germinado:
rico em cálcio. aumenta vitalidade.

Estimula a
atividade
pensante e dos
órgãos
sensoriais. A
Silício, vitaminas e E, de todos, o
mucilagem é Cozido ou como
sais minerais, cereal que
emoliente nas farinha na forma de Marte/Equilíbrio
Oriento carboidratos, proteína cresce mais
Cevada doenças mingau. Terça-feira
Médio 9%, glicídio 70%, rápido
inflamatórias Acrescentando à (Martes)**
lipídios 1%, cálcio, (colheita em
pulmonares, farinha no pão.
fósforo e ferro. 110 dias).
respiratórias e
gastro-intestinais.
Atua
intensamente no
metabolismo.

Ação intensa nas


forças Sob a forma de
plasmadoras, farinha, junto com
Proteínas 9%, agindo até o trigo, é usado no
Dá muito bem Júpiter/Equilíbrio
Ásia glicídios 73%, lipídios esqueleto, juntas pão. Por ser
Centeio em solo Quinta-feira
Menor 1%, cálcio, fósforo e e musculatura. indigesto, é bom
pobre. (Jueves)**
ferro. Beneficia o temperá-lo com
fígado e o cominho ou
metabolismo coentro.
hídrico.

Se observamos sua origem, notaremos como cada cereal ou grupo de cereais, corresponde a um ponto
cardeal da terra: ao norte, o cereal do ar (aveia); ao sul, o cereal do fogo (painço); a leste, o cereal da
água (arroz); a oeste, o cereal da terra (milho); e no centro os mais equilibrados que permitem fazer pão,
um processo que passa necessariamente pelas quatro fases: amassar (terra), molhar (água), levedar (ar)
e assar (fogo). Destes, o trigo é o mais equilibrado, e mais adequado para fazer pão.
Os Temperos

A formação de aromas no reino vegetal corresponde ao processo calor. Os aromas, ou


óleos etéricos, são a manifestação no ser vegetal da atuação do cosmos de calor nesses seres.
Todas as plantas elaboram essas substâncias. Mas há algumas que por terem esse processo
hipertrofiado atuam com maior intensidade no corpo calórico humano. Dessa maneira
contribuem para que o Eu encontre seu caminho no físico. Essas plantas podem ser usadas
como temperos, como chás ou essências para emulsões ou óleos de uso externo. Como
temperos, além de ativarem de fato a atividade do Eu, conferem sabor especial à comida, o
que pode interessar o Eu conscientemente pela alimentação.
Os temperos podem ser divididos em três grandes grupos, segundo estimulem
determinadas funções orgânicas. São os temperos do calor, da regulação ar-água, e os que
regulam a relação água-físico.

Temperos sulfúreos (água-terra)


Os que ajudam a que o etérico se ligue adequadamente ao corpo físico são os tempe-
ros sulfúreos: cebola, alho, cebolinha, pimenta, gengibre, cúrcuma, raiz-forte e outros tempe-
ros ardidos. Imprescindíveis nos regimes de desintoxicação pelo seu teor de enxofre, como
substância e como processo.

Temperos água-ar
Os que ajudam no equilíbrio entre o etérico e astral, entre líquidos e gases. Faz parte
deste grupo a família das umbelíferas: Alcarávia (Kümmel), Erva-doce, Cominho, Salsinha,
Salsão, Levístico, Dril, Coentro.

Temperos do calor
As plantas que produzem bastante aroma, podemos denominar plantas do calor. "Os
óleos essenciais são matérias que querem se transformar em calor*, diz Steiner.

Sabemos que as plantas, como gesto do corpo vivo do planeta, tendem a manifestar-se
de modo diferente em cada região calórica, Nas regiões polares há uma hipertrofia do
elemento raiz e caule. Nas regiões temperadas, rítmicas, há uma tendência ao predomínio das
folhas. Nas regiões tropicais predominam o elemento fruto e flor, assim como uma
exuberância enorme de vitalidade. Da mesma forma, há famílias que tendem a acumular
processos calóricos nessas diversas partes.
As plantas do calor podem ser divididas em três grandes grupos que correspondem,
geograficamente, a essas três regiões segundo sua origem. Temos, portanto, plantas que
acumulam aromas nos troncos ou raízes, nas folhas, ou nas flores e frutos.
As plantas que acumulam calor em raízes e troncos, colaboram no aquecimento do
sistema neuro-sensorial, dos ossos e dos dentes. Dentre esses temos principalmente os
pinheiros, mas também a canela, o cravo e o eucalipto. Geralmente são consumidos na forma
de doces ou balas, ou na higiene bucal. Podem ser usados como banhos (emulsões de pinho
ou eucalipto) ou em massagens. Plantas com essas características são adequadas para aquecer
a região pulmonar: eucalipto, guaco, etc.
Para a higiene dentária, existe um preparado da Weleda: a Água Dentifrícia. Para
manter o dente devidamente mineralizado, o Eu tem de retirar-se. Essa fraca intervenção do
espírito, após a conclusão da formação dentária, facilita o aparecimento de cáries. As cáries
são provocadas por desvitalização do dente e/ou por excesso de inflamações gengivais. A
água dentifrícia contém uma série de elementos para regularizar essa situação peculiar da
boca: duas tinturas (Mirra e Ratânia) e cinco óleos essenciais (Lavanda, Sálvia, Eucalipto,
Menta e Cravo). A Mirra, a Ratânia, o Eucalipto e o Cravo, acumulam calor nas suas
estruturas terra (tronco e raízes), dessa forma conduzem calor para os dentes (estruturas terra
do ser humano). Menta, Sálvia e Lavanda são plantas do calor que agem localmente como
anti-sépticas, aromatizantes e reguladores térmicas.
As plantas que acumulam calor nas folhas colaboram no aquecimento dos processos
rítmicos e circulatórios. A família das labiatas leva a dianteira neste sentido: Alecrim
(Rosmarinho), Lavanda (Alfazema), Boldo, Menta, Hortelã, Melissa, Sálvia, Tomilho, Poejo,
Levante, Alfavaca, Basilicão, Manjerona, Manjericão, Orégano.
As plantas que aquecem o sistema metabólico são aquelas que acumulam essências
em flores e frutos. Distingue-se aqui a família das rutáceas: Arruda, Laranja, Limão, Lima,
Mexerica e outros cítricos. Têm poderoso efeito relaxante. Podem também ser usadas como
temperos. Outras flores, como a Rosa, a Violeta e o Jasmim possuem uma atuação
globalmente semelhante. A baunilha pertence a este grupo de plantas.
Na higiene diária podemos usar essas plantas tanto de forma externa como interna.
Devido às dificuldades da vida moderna, podem ser feitas várias recomendações aos
pacientes. Uma forma que costuma ser eficiente e prática é o óleo de uso interno. Num vidro
seco, colocam-se as ervas escolhidas, também secas, e óleo. Podemos escolher ervas dos três
grupos. Coloca-se o vidro em banho-maria. Dessa forma, os aromas se dissolvem no óleo.
Depois de frio, coa-se. Coloca-se no galheteiro e usa-se para temperar saladas, torradas ou
outros alimentos. Dessa maneira, alguém que coma fora de casa pode levar as ervas de forma
prática. Podem ser recomendadas misturas de ervas para chás ou para fazer pó e encapsular.
Recomenda-se, ainda, um banho de imersão com excelente efeito relaxante,
aquecedor e vitalizante. Numa banheira de água morna, acrescenta-se: Lavanda (Emulsão),
Pinho (Emulsão), cascas de Laranja e uma colherada de Arnica T.M. Faz-se durante um mês,
três vezes por semana.
Sem dúvida, os aromas também agem pelo sentido do olfato. Uma forma de perfumar
o ambiente com óleos aromatizados é usá-los como combustível para lamparinas. Podem,
ainda, ser usados dentro do travesseiro, para inalar o odor durante o sono.
As Hortaliças

Comumente se denomina hortaliças tudo aquilo que vem da horta, tanto folhas, como
raízes, como frutos e até flores. Apenas a diferença fundamental é que as hortaliças são
verduras que costuma se consumir como pratos salgados. A rigor deveríamos dividir as
plantas nas suas partes (raízes, folhas e frutos), mas para continuar com o costume vou usar
esse nome que é comum.

Umbelíferas
As hortaliças que usamos para saladas, refogados, sopas, etc., provêm de várias
famílias botânicas importantes. Uma delas é a das umbelíferas, que assim se chama porque as
flores parecem umbelas (guarda-sóis). É uma das famílias com maior variedade de folhas,
mostrando intensa atividade das forças formativas. São plantas com cavidades ocas,
aromáticas e que mostra que o astral e o calor penetrou na vida como um todo. A vivacidade
fala do etérico. São plantas bem vitais e aquosas, por isso são plantas que de modo geral
permitem uma boa ligação do astral e do etérico.
Entre as umbelíferas, a hortaliça talvez mais consumida é a cenoura. A cenoura é uma
raiz que apresenta características peculiares de fruto. É uma raiz que ainda tem pigmentos
fotossintéticos como o caroteno; tem substâncias aromáticas; muitos sais minerais, como
magnésio, ferro, cálcio, potássio, fósforo, arsênico, cobalto, cobre, iodo, manganês; um a
cinco por cento de silício; e doze por cento de açúcar. Como vemos, possui bastante
características tanto do processo floral como de radicular. A cenoura leva, portanto, o
processo da experiência da luz, do calor, para dentro da esfera metabólica. Dessa forma é
ideal como alimento na infância para ajudar a estruturar as forças formativas, assim como
com todos os excessos de metabolismo.
Dentro da família das umbelíferas encontramos ainda o salsão, que é uma planta
aromática, meio salobre, com propriedades diuréticas; a erva doce (o funcho) bastante
adocicada - de todas as umbelíferas é a que tem o aroma mais fino, mais próxima do calor e
por isso também serve como alimento para as crianças. Nessa família encontramos também a
mandioquinha - um tubérculo que foi carregado também de amido e é assim uma forma de
carboidrato trabalhada pela força das umbelíferas que torna o carboidrato extremamente
digestivo. Como vemos nessa família há alimentos bem próprios para a infância.

Solanáceas
As solanáceas constituem uma família aonde a intervenção do astral é muito forte. Por
isso, devemos ter cuidado pois nessa família encontramos muitas substâncias tóxicas, muita
formação de taninos. Nessa família encontra-se o tomate, a berinjela, o pimentão, a pimenta
malagueta e o jiló. Como vemos são plantas inadequadamente trabalhadas pelo elemento
calórico, pelo qual os frutos possuem poucos açúcares, poucos doces, e ainda não foram
totalmente levados até o reino animal. Assim, a maior parte deles precisa ser comido após ser
cozido. Apenas o pimentão e o tomate são consumidos crus, sendo o pimentão para muitas
pessoas indigesto.
Temos que ter muito cuidado no uso do tomate, pois além de ser uma planta que
sucumbe às forças astrais, pela fruta ter uma película extremamente delicada absorve muito
facilmente pesticidas, o que pode tomá-la tóxica dependendo da agricultura que for usada.

Compostas
Outra família importante como hortaliça é a família das compostas. Esta família é a
mais elevada e desenvolvida do reino vegetal. Chamam-se compostas porque as flores são
verdadeiros troncos de flores ricamente elaborados.
Nessa família encontramos o alface, a chicória, a escarola, o almeirão, o dente-de-leão
e a serralha dentre as mais consumidas. Todas essas folhas são bastante equilibradas, pois
produzem uma relação muito harmônica entre o cósmico e o terreno. Por este motivo se
tornam folhas que carregam forças equilibradoras para o ser humano. A presença de leite
nessas folhas mostra a intensa atividade do corpo etérico.
Existe ainda mais uma hortaliça da família das compostas: um cardo chamado
alcachofra. É amargo, útil ao tratamento do fígado. Também tem ação diurética e
hipoglicemiante.

Crucíferas
Outra família bastante usada como verdura é a família das Crucíferas. Caracterizam-se
por terem pequenas flores brancas ou amarelas em forma de cruz. Elas tem a capacidade de
carregar o elemento calor nas suas folhas e possuem um processo enxofre bastante
importante.
As crucíferas possuem muita massa e pouca forma, o que mostra bastante vitalidade
do etérico. Entre elas encontramos a couve, o repolho, a couve-de-bruxelas e a couve-flor.
Existem alguns representantes das crucíferas com óleos etéricos mais fortes. São quase
temperos, pela força digestiva que possuem. Encontramos aí a mostarda, o rabanete, o nabo e
a raiz forte. Pertence a esta família também o agrião, onde o processo sulfúreo está
particularmente intenso na folha, assim como os óleos etéricos. Temos ainda a rúcula. Rudolf
Steiner fala da importância do agrião e diz que dele o ser humano é capaz de retirar mais óleo
que dos cereais.

Quenopodiáceas
Esta é uma família que dá duas verduras importantes: a beterraba e a acelga. A
respeito da beterraba Steiner fez um interessante pronunciamento: a beterraba estimula o
pensar, e isso de tal maneira que a pessoa quer pensar. Quem não gosta de pensar não gosta
de beterraba.
Existem ainda algumas verduras pouco usadas, mas com bastante valor nutritivo.
Dentre elas encontramos as folhas de beterraba, de nabo e de abóbora, os brotos de chuchu, a
cumbuquira (brotos novos de abóbora riquíssimos em fósforo), a taioba, o caruru, a beldroega
e a bertalha. Podendo consumir essas verduras estaremos comendo bastante minerais
necessários à saúde.

Liliáceas
Dentre as Liliáceas, que na realidade são mais usadas como temperos, temos o alho, a
cebola e o aspargo. Esta família tem a capacidade de conter enxofre e, portanto, de juntar o
corpo etérico ao físico, assim como ajudar aos processos aquosos desgovernados.
Cucurbitáceas
Esta família também nos oferece alguns legumes. É a família característica das
monstruosidades. Aqui os elementos água e calor juntam-se. As mais consumidas são a
abóbora e a moranga, mas há também a abobrinha, o chuchu, o pepino e o maxixe. Todas
essas plantas trazem o calor para o elemento líquido.

Leguminosas
Algumas leguminosas são usadas como hortaliças, especialmente as vagens quando
ainda estão verdes. Temos a vagem e a ervilha torta, ricas em magnésio e que são usadas por
inteiro.
O Fígado

Generalidades
O fígado é órgão mais importante da nossa vitalidade. Vitalidade é entendida aqui
como a qualidade do vivo, isto é, tudo aquilo que constrói o nosso corpo, que colabora na
manutenção e nos confere viço.
Para entendermos a função do nosso fígado, basta que lembremos de uma floresta.
Nela, observamos o crescimento de inúmeros vegetais e nos permeamos de um sentimento de
exuberância que nos desperta certa segurança, nos desperta calma. A vida é poderosa, mas é
também muito vagarosa, lenta. Podemos pensar no nosso fígado como se fosse a nossa
floresta interna. Se quisermos colaborar com o equilíbrio dessa mata devemos fomentar no
nosso dia-a-dia hábitos que lembrem essas qualidades “florestais".
Não devemos confundir vitalidade com excitabilidade, confusão esta que é muito
comum. Pela influência da vida agitada das grandes cidades, tendemos a crer que vitalidade
seja rapidez de ação ou pensamento. Mas viver num esquema de vida agitado, acelerado,
somente contribui para desgastar a nossa vitalidade, e não para aumentá-la.
Se somos obrigados a levar uma vida acelerada, então com muito mais razão temos
que aprender a criar hábitos calmos que fortifiquem as nossas forças vitais pois é aí que
vamos precisar muito mais delas.
Como se traduz a vitalidade nos sintomas corporais e na disposição psicológica? Os
sintomas de debilidade hepática são os mesmos de fraqueza etérica, pois o fígado é o órgão
que regula as atividades do corpo etérico.
Sinais físicos da saúde do fígado
 Boa disposição física.
 Acordar com a sensação de descanso.
 Sentir fome e sono em horários rítmicos.
 Ausência de sintomas dolorosos acompanhada de sensação de bem-estar corporal.
 Sentir-se bem na própria pele.

Sinais psíquicos da saúde do fígado


 Bom humor.
 Paciência.
 Facilidade de concentração e de retenção.
 Aproveitamento do tempo. "Agendar-se" facilmente.
 Facilidade para desligar dos problemas do dia e passar a um estado de repouso, o
que implica em saber relaxar todo dia após as atividades, nos finais de semana e
nas férias.

Os hábitos de vida de uma pessoa que estimulam a sua vitalidade, são aqueles que se
parecem com os que levam as pessoas que moram no campo, ou os que levavam pessoas de
uma ou duas gerações atrás nas nossas cidades atualmente movimentadas. Quais são?
Ter tempo para realizar todas as atividades com a calma necessária. Saber dosar
pausas durante o dia para se repor do desgaste, mesmo que seja por alguns minutos. Sentar
junto com as pessoas queridas todos os dias para trocar as experiências do dia ou da semana,
que são muito mais facilmente assimiláveis quando compartilhadas. Cuidar dos
relacionamentos com pessoas, seres e coisas como agricultores. A vida, assim como a
agricultura, é fomentada se sabemos "cultivar". O que significa ter tempo e dedicação para
cuidar calma e persistentemente daquilo que nos rodeia. Levar uma vida com ritmo - e não
numa rotina enfadonha - mais como se fosse uma dança, um fluxo plástico. Alimentar-se bem
e cuidar do corpo.
Por outro lado se a nossa vida se aproxima mais do ritmo acelerado metropolitano,
onde não cuidamos desses aspectos, é comum surgirem certos sintomas que nos indicam que
precisamos tomar algumas providências para subsanar o problema do momento, ou para
prevenir males piores no futuro que decorrem de uma vitalidade enfraquecida. Logicamente
que a nossa vitalidade pode diminuir por outras razões, em todo caso os sintomas são
análogos. Quais são esses sintomas?
Sintomas físicos da desvitalização
 Indisposição. Mal estar vago, difícil de definir, ou então franca indisposição.
 Dores ou sensação de peso na cabeça.
 Vistas cansadas que pioram ou melhoram a acuidade visual de um momento do
dia para o outro. Acentuação das tensões musculares. come e sono sem ritmo.
 Acordar já quebrado com sensação desagradável desabitar no próprio corpo.

Sintomas psíquicos da desvitalização


 Mau humor.
 Impaciência, "pavio curto".
 Falta de concentração, dificuldades crescentes de memória.
 Dificuldade para localizar a data ou o momento em que um fato ocorreu.
 Dificuldade para se encaixar num ritmo.
 Sensação de que o tempo voa.
 Dificuldade para relaxar e repousar.

Como o nosso fígado é um laboratório onde ocorrem muitas reações químicas ao


mesmo tempo, há um hábito que deve ser inadiavelmente tomado em conta: a alimentação.
Por isso seguem-se recomendações gerais para o cuidado do fígado, que devem ser levadas
com muito maior seriedade enquanto mais problemas de vitalidade estiverem presentes.
Regras gerais para o cuidado do fígado

 O fígado não apenas é suscetível à qualidade dos alimentos, mas também, e


especialmente, ao horário das refeições. Quanto mais regulares forem os nossos
horários de alimentação, mais facilidade haverá na digestão. Assim como em
certas horas do dia estamos mais aptos a realizar um ou outro tipo de atividade, o
fígado também tem maior ou menor facilidade de digerir um ou outro tipo de
alimento em função do horário. O fígado segue o seguinte ritmo:
Das 3:00 às 15:00 tem maior facilidade para digerir proteínas, gorduras e
alimentos crus, que exigem de muito mais força do nosso sistema digestivo e essa
maior energia atua nesse intervalo.
Das 15:00 às 3:00 o fígado digere com maior facilidade carboidratos e alimentos
cozidos.
Cereais e frutas podem ser comidos a qualquer hora.

 O fígado precisa de alimentos frescos, viçosos. Quanto menos tempo passar entre
a colheita ou o abate e a refeição, mais aproveitaremos da vitalidade dos
alimentos.

 O fígado precisa de variedade na qualidade dos alimentos. Mas, atenção, ao dizer


variedade eu me refiro a variar alimentos do mesmo grupo. Isto significa não
comer sempre o mesmo cereal, a mesma fruta, etc. Variar é importante pela
qualidade diferente que cada alimento proporciona, mas horário de fruta é sempre
de fruta e assim por diante.

Dieta de revitalização do fígado


Alimentos Permitidos:

 Adoçantes
Açúcar mascavo, mel e melado.
 Condimentos
Sal marinho não iodado, ervas frescas ou secas (WELEDA).
 Laticínios
Leite A (diluído a 50 % de água), leite B (diluído a 40 % de água), ricota,
coalhada, iogurte, queijo (fresco) de Minas, requeijão.
 Verduras e legumes
Acelga, cenoura, funcho, chicória, aipo (salsão), beterraba, alface, abóbora,
moranga, chuchu, alcachofra, pepino, abobrinha, almeirão, serralha, batata-doce,
cará, inhame, mandioquinha, batata (pouca quantidade).
 Cereais integrais
Aveia, cevada, trigo, arroz, cevadinha; pão integral.
 Gorduras
Manteiga fresca, azeite de oliva, óleos de milho ou girassol (máximo de 40 g/dia).
 Proteínas
Ovos em suflê, cozidos (duros, médios, moles), crus (1 ou 2 vezes por semana),
carnes brancas (assadas, cozidas ou grelhadas) como frango e peixes (carpa,
pescada branca, dourado, cação, tainha e linguado).
 Frutas
Mamão, laranja-lima, banana-maçã, banana prata, pera, caqui (sem casca), grape-
fruit, melão.
 Bebidas
Chás de erva doce, caseiro (WELEDA), hortelã/menta, erva cidreira; café de
cevada; suco de verduras e legumes; centrifugar cenoura e mamão, cenoura e lima,
beterraba e maçã.

Alimentos Não Permitidos

 Adoçantes
Açúcar branco.
 Condimentos
Sal iodado, cebola, mostarda, molho de tomate, curry, vinagre, pimenta, molho
inglês, molho de soja, caldo de carne/galinha industrializados.
 Laticínios
Queijos roquefort, gorgonzola, parmesão, mozzarella, prato, suíço, camembert,
nata; derivados do leite mais que 2 vezes ao dia.
 Verduras e legumes
Couve, repolho (chucrute), espinafre, brócolis, aspargo, nabo, couve-rábano,
rabanete, cogumelo, tomate.
 Grãos
Vagem, ervilha, feijão, grão-de-bico, lentilha, soja e outras leguminosas.
 Gorduras
Gorduras vegetais (côco, amendoim), margarina, banha, frituras.
 Proteínas
Carnes de porco, vaca ou carneiro; presunto, salame e outros frios; carne crua,
toucinho, peixe defumado, peixe em conserva; anchova, sardinha, camarão,
lagosta, ostra, mexilhão e outros frutos do mar.
 Frutas
Abacaxi, laranja pera, maracujá azedo e outras frutas ácidas; abacate, pêssego,
nêspera, ameixa e outros frutos de caroço duro; nozes, castanhas, amendoim, e
outras frutas oleaginosas.
 Bebidas
Café, chocolate (além de líquido, também em pó ou barra), Ovomaltine, Nescau,
sucos artificiais, refrigerantes, chá mate, chá preto, bebidas alcoólicas; líquidos em
temperaturas extremas (muito quente/muito frio).
 Confeitos
Pão de mel, bolos, pastéis, pastelão.
 Outros
Enlatados, alimentos industrializados.

Sugestão de cardápio diário

Desjejum
Chá ou café de cevada, leite diluído, cereal (torrada), pão ou mingau de aveia ou suco de
cevada com leite diluído. Frutas.

10:00 h
Suco de frutas ou iogurte com frutas, suco de verduras e legumes.

Almoço
Prato de salada de verduras e legumes crus, cereal, legumes e verduras cozidos sem gordura
(simples ou servidos na manteiga/azeite de oliva, em suflês ou em recheios de panquecas),
ovos, carnes.

16:00
Chá, torrada, derivados do leite, mel, frutas ou sucos.

Jantar
Caldo de legumes e verduras, mingau salgado, canja pouco reforçada, compota de frutas,
frutas com iogurte ou ricota, chá.

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