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Engenharia de Materiais
VIDROS, VITROCERÂMICOS E
VIDRADOS
Profa. Dra. Ana Paula F. Albers
Aula 4
O que deve ser feito para produzir vidro com determinado material?
• Vidros com fórmula geral RnOm formam-se mais facilmente quando a razão dos
raios iônicos do cátion e do oxigênio se encontra na faixa entre 0,2 e 0,4;
• Razões nesta faixa tendem a produzir cátions circundados por quatro átomos de
oxigênio, em uma configuração tetraédrica – característica comum a todos os
vidros conhecidos àquela época.
• Estrutura
denominada
“boroxol”;
• Ligações mais
fracas
1. Cada átomo de oxigênio deve coordenar-se com no máximo 2 cátions (não deve estar
ligado a mais que 2 cátions), ou seja, NCânion = 2.
2. O número de átomos de oxigênio ao redor de cada cátion deve ser pequeno (3 ou 4),
ou seja, NCcátion = 3 ou 4.
4. Pelo menos três vértices em cada poliedro devem ser compartilhados formando uma
rede tridimensional.
Tetraedro
Cubo
Octaedro
• 2ª Regra: uma estrutura iônica estável apresenta balanço entre a valência total do
ânion e somatória das valências eletrostáticas (VE) dos cátions que o circundam.
VE cátion = VE ânion
1a - Regra de Pauling:
r (Si4+) 0,40
= = 0,29 NC cátion = 4; Coordenação tetraedral
r (O2-) 1,40
Satisfaz a
2a Regra de Zachariasen!
2a - Regra de Pauling:
Carga cátion (Si4+) Carga ânion (O2-)
=
NC cátion (Si4+) NC ânion (O2-)
4 = 2 Satisfaz a
NC ânion = 2
4 NC ânion 1a Regra de Zachariasen!
• Cristalização: formação de uma fase sólida, com uma ordenação geométrica regular,
a partir de uma fase estruturalmente desordenada.
• Caso este núcleo alcance um raio crítico (dimensão mínima necessária com 50% de
probabilidade), a partir do qual ele é estável, o fenômeno de nucleação passa a
existir.
4 3
GT r Gv 4r 2
3
r = raio do núcleo formado
ΔGV = variação de energia livre por unidade de
volume para a transição de fase vidro cristal
σ = tensão superficial (entre o núcleo e o fundido)
energia de cristalização
liberada/volume
4 3
GT r Gv 4r 2 Energia Livre
3
4 3
GT r Gv 4r 2
3
2
G´= 0 rc
Gv
16 3
Gmáx
3Gv2
T: temperatura em questão
TL T
Gv *L TL: temperatura liquidus
TL L: calor latente de fusão/volume
quanto mais próximo T de TL, menor será Gv e consequentemente maior Gmáx :
o processo de nucleação é mais difícil de ocorrer próximo a liquidus:
precisa de mais energia!
f
2 cos * 1 cos
2
f
2 cos * 1 cos
2
= 180
4
D H f T
U 1 exp
a RTT
f
D = coeficiente de difusão
a = distancia interatômica (distância entre os átomos do cristal e o átomo a ser agregado)
ΔHf = variação de entalpia de fusão
ΔT = variação de temperatura
T = temperatura absoluta
Tf = temperatura de fusão
R = constante dos gases ideais
Profa. Dra. Ana Paula F. Albers 2018
Teoria Cinética de Formação do Vidro
Crescimento (U)
• Em elevadas temperaturas o crescimento é pequeno, devido a dificuldade de
dissipar o calor oriundo do processo de cristalização.
• Em baixas temperaturas o crescimento também é pequeno, pois observa-se um
aumento acentuado da viscosidade, dificultando o processo de difusão.
T
Profa. Dra. Ana Paula F. Albers 2018
Teoria Cinética de Formação do Vidro
Crescimento (U)
• Taxa de crescimento de cristais de cristobalita a partir da sílica fundida, em função
da temperatura (Varshneya, 1994):
• Vidros fotossensíveis:
2018