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DIREITO FINANCEIRO – ME.

IGOR ALMEIDA

Metodologia
➢ Disciplina de 40h
➢ Vamos destrinchar o orçamento do Estado do Maranhão de 2018
Conteúdo
➢ Trata de receitas, despesas, créditos e orçamento público
➢ É teórica a disciplina
Prova
➢ Sem consulta (todas as provas)
Bibliografia
➢ Kyoshi Harada (não gostou muito semestre passado, mas vamos usar ele no começo)
➢ José Caldas Furtado (tem na biblioteca)
➢ Régis Oliveira
Case
➢ Vai ser case!
➢ Vamos receber no dia 15/02/18
➢ O tema vai ser créditos públicos

AULA 01 – 08/02/18

➢ Qual a premissa fundamental do Estado? É pensar como ele quer estar daqui a alguns
anos.
o Ex.: antes não existia celular, e então o Estado era responsável pelas
telecomunicações (era um serviço muito caro). Mas, depois de se popularizar, o
Estado passou essa responsabilidade para os particulares.
o Pode ser que esse raciocínio passe para a segurança, por exemplo.
o Enfim, o Estado tem que pensar no futuro, em quais as tendências, como ele
quer ficar, porque as necessidades são diferentes hoje e daqui 10 anos.
o E como isso repercute na atividade financeira do estado? É que, se hoje eu tenho
essas necessidades, eu tenho que ter recursos para executar os serviços.
o E se amanhã essas necessidades não mais existirem, eu vou precisar mudar esse
orçamento.
➢ Quais as finalidades da atividade financeira do Estado?
o Custear os serviços públicos. Ex.: educação, segurança, saúde.
o Cumprir com o poder de polícia. Ex.: urbana, ambiental, sanitária.
o Intervir na Economia Estatal. Ex.: Taxa Selic.
➢ Em regra, o direito financeiro é o ramo do direito que estuda as normas jurídicas que
tenham a ver com a atividade financeira do Estado.
o Essa atividade não é econômica, porque as atividades do Estado não geram
lucros.
o Direito financeiro é a relação entre receitas, despesas e créditos, não lucros.
➢ Art. 170 (CF/88). A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e
na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames
da justiça social, observados os seguintes princípios:
I – Soberania nacional;
II – Propriedade privada;
III – Função social da propriedade;
IV – Livre concorrência;
V – Defesa do consumidor;
VI – Defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o
impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e
prestação;
VII – Redução das desigualdades regionais e sociais;
VIII – Busca do pleno emprego;
IX – Tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis
brasileiras e que tenham sua sede e administração no País.
Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade
econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos
previstos em lei.
o O nosso Estado provém de um sistema capitalista, o que diz respeito a não
exploração direta, por parte do Estado, na economia.
o Sendo assim, qualquer um pode abrir um negócio.
o Só pode explorar nos casos do Art. 173, CF/88 (Art. 173. Ressalvados os casos
previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo
Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança
nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei).
➢ Não existe mais a possibilidade de deixar o mercado reger sozinho a economia, senão
são geradas crises. Ex.: Crise de 29.
o Por isso, o Estado está autorizado a agir como agente normativo e regulador,
mesmo que não possa explorar diretamente.
o Pode incentivar, fiscalizar e planejar (Art. 174, CF/88 – Como agente normativo
e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as
funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para
o setor público e indicativo para o setor privado).
o Observação: o planejamento é determinante para o setor público, porque, uma
vez planejado, tem de seguir à risca.
o Observação: se o Estado não agir como agente fiscalizador, as situações são
muito ruins, porque o mercado não age tal como o Estado.
➢ Planificação econômica:
o É o que é diametralmente oposto à intervenção (na Planificação, o Estado é quem
explora a economia, em todos os setores). Ex.: Rússia antigamente, Cuba
antigamente.
o É o grande agente que determina a economia.
o No Brasil isso não é possível (a Constituição veda uma economia conduzida
pelo Estado. E nem por emenda!)
➢ Intervenção econômica:
o Ex.: meta de inflação, atuação do PROCON, aumento dos combustíveis, CADE
(que fiscaliza a livre concorrência, se há monopólio nas tentativas de fusão de
empresas etc.).
o A questão é que a intervenção é legitimada constitucionalmente, e busca
exatamente respeitar o mercado livre.
➢ O que é direito financeiro?
o Não é contabilidade.
o Nesse ramo se estuda normas jurídicas.
o Direito Financeiro, então, é o estudo que tem por objetivo estudar a atividade
financeiro do Estado sob a perspectiva das normas.
o A atividade financeira do Estado também envolve contabilidade, cálculo do PIB,
outras análises que não necessariamente jurídicas.
o Mas é papel do Direito Financeiro essa análise pela perspectiva das normas.
o Visão de Geraldo Ataliba: ciência exegética que habilita – mediante critérios
puramente jurídicos – os juristas a compreender e bem aplicarem as normas
jurídicas, substancialmente financeiras postas em vigor.
o Visão de Harada: estuda a atividade financeira do Estado sob o ponto de vista
jurídico.
➢ Autonomia legislativa:
o É uma autonomia que antigamente não existia.
o Agora ele tem autonomia legislativa, muito porque a Constituição Federal assim
diz (competência concorrente entre União, Estado e DF para legislar sobre
direito financeiro).
▪ E o Município, pode legislar? Pode, claro! Porque, por exemplo, a saúde
no município é responsabilidade do Município e o dinheiro vem,
portanto, do orçamento local, não do Estado, União etc.
▪ Se a União ou o Estado fossem legislar sobre esse orçamento, haveria
ferimento à competência dos entes federados (autonomia federativa).

Na transferência corrente – um ente transfere a outro ente (público ou privado) uma soma de
recursos, e esse outro ente é que vai realizar o serviço de conservação ou manutenção de bens.
Despesas de custeio –

Inversões financeiras – formas de despesas pública realizadas


Despesas de capital – transferências de capital. Constituem dotações para investimentos ou
inversões financeiras que vão ser utilizadas por outros entes (público ou privado).

Execução de despesas públicas


- como se concretizam quando sai do orçamento em entra no bolso do credor.
Artigo 167, CF. veda

PASSOS.
1. Realização de empenho: reservar no orçamento público a quantidade dessa despesa.
Forma como o gestor

PRECATÓRIOS
- modalidade de despesa pública. Forma como, através de decisão do poder judiciário, o estado
paga seus débitos. Ordem judiciária que cria a obrigação de pagamento em favor de alguém
com recursos públicos.
Por determinação constitucional, o pagamento deve sempre ser em ordem cronológica. Ex.:
precatórias de JAN são pagas antes das precatórias de FEV.
Exceção: Precatória de natureza alimentar tem prioridade em relação à outras (ex.: indenização
por desapropriação). débitos que a justiça entendo como necessários à subsistência (ex.: não
pagamento de salários, pensões, aposentadoria, indenização por morte).
As emendas constitucionais assumiram outras prioridades também. No caso das precatórias de
natureza alimentar, há uma ordem de preferência a ser respeitada também, se as categorias não
estiverem presentes, respeita ordem cronológica..
Artigo 100, §2°, CF.
- Notificação: Se a Administração Pública for notificada antes de 1° de julho – a precatória é
incluída no exercício financeiro seguinte (2019). Se notificada depois de 1° de julho, só vai ser
inserida no exercício financeiro subsequente (2020).
OBS: precatória nunca é paga no exercício financeiro do ano que é dada a decisão.
OBS: esse período de final de ano é quando começa a planejar o exercício financeiro do ano
seguinte, por isso o prazo de julho.
OBS: Precatórias não pagas de forma reiterada são alvos de intervenção federal. Artigo 34, CF.

CALOTES CONSTITUCIONAIS
Artigo 33 da ADCT – prazo de 5 anos para pagar as precatórias.
- Os que tinham precatórias antes de 78 ficaram a “ver navios”.
- Depois do prazo de 5 anos, as precatórias ainda não eram pagas.
- EC 30 (incluiu o artigo 78, ADCT) – prorrogando o prazo em 10 anos – considerado o segundo
calote.
- Questionado através de ADI
- STF considerou inconstitucional essa dilação de prazo para pagamento das precatórias.
- EC 62/2009 (artigo 2° e 97 ADCT) prorrogando para 15 anos o prazo de pagamento. Além de
dilatar o prazo, criou regras específicas – regime especial indefinido – para que Estados e
municípios não estivessem obrigados a cumprir a regra do artigo 100.
- 2015 – STF ratificou a inconstitucionalidade de alguns artigos da EC 62/2009.
- STF modulou os efeitos. Moldou a decisão e vinculou através de interpretação. Reconheceu
o regime especial, só que definidamente, para estados e municípios para que não estejam
restritos a regra do artigo 100 – porque estes não estavam preparados para o pagamento
imediato. Deu prazo de 5 anos, a partir de JAN de 2016, para pagar os precatórios. Findo os 5
anos, voltarão a respeitar a regras do artigo 100. Reconheceu a inconstitucionalidade, mas todos
os precatórios pagos até 2015 foram considerados válidos. Manteve válido as compensações.
Ex.: se ele deve um tributo para a administração, compensa essa dívida. Essa possibilidade de
compensação permite também permutas entre sujeitos – através de acordo diretos (aceitar o
valor original sem juros ou correção monetária, por exemplo) com a administração pública, sem
que violem a ordem de preferência – quem tiver a preferência deve ser consultado sobre a
realização de um acordo.
- EC 94/2016 e a atual redação do §2° do artigo 100 – positivação das decisões tomadas em
2015 e editou esse §2° da CF. Artigo 101 – precatórias em mora na data do julgamento pelo
STF devem ser quitadas até 31 de DEZ de 2020.
- Teoria da impossibilidade material – (assim como no caos de pensão alimentícia no D de
Família) se o Estado não tem condições de pagar, não tem recursos orçamentários e demonstra
isso, não há como despender recursos de outras áreas para satisfazer esse interesse individual.

AULA 15.03.2018
RECEITAS PÚBLICAS
Conceito: Recursos que integram o tesouro público, patrimônio do Estado e estão vinculados à
despesas pública variadas.
OBS: Nem todo recurso que entra para o estado é receita pública, são recursos que tem a
finalidade vinculada ao cumprimento de despesas – prestação de serviços público, poder de
polícia e intervenção do estado no domínio financeiro. Ex.: a caução é um recurso que entra no
patrimônio do Estado, mas não vai ser utilizado para cumprir despesas.

Quais os meios de ingresso de dinheiro nos cofres públicos?


- Tributos são uma forma de ingresso de recursos.
Classificações doutrinárias que estabelecem os meios de entrada de recursos.
1) Quanto à regularidade
a) Receitas Ordinárias: receitas cotidianas, sistemáticas, típicas, que tem uma
periodicidade. Ex.: tributos.
b) Receitas extraordinárias: Forma de ingresso de recursos que visam atender despesas
extraordinárias. Só existem para atender determinados tipos de situação: guerra,
calamidade pública, estado de sítio e de defesa.
Situações específicas trabalhadas pela própria CF.
Ex.: impostos extraordinários – caso de guerra (art. 154, II)
OBS: Receitas extraordinárias não visam atender despesas ordinárias, elas estão
vinculadas a despesas extraordinárias.
2) Quanto à origem
a) Receitas originárias: receitas que o estado consegue auferir utilizando mecanismos
próprios, sem interferir em patrimônio alheio, sem caráter coercitivo. Quando utiliza
bens públicos próprios para a geração de receitas.
Ex.: EMAP – empresa pública do estado do MA, o dinheiro auferido com a
movimentação de cargas é do estado, por exemplo, se lucrar 10 milhos, pode atender
despesas da próprio EMAP ou outras despesas ordinárias do estado.
Ex.: IPTU é imposto, mas o foro, que deve ser pago por aqueles que vivem em terreno
de marinha, é um recurso que advém de um bem público.
- Empresas estatais: exploram atividade econômica e realização de serviços públicos.
- Taxas: espécie de tributo criada para que o contribuinte pague por um serviço divisível
e concreto, que possa ser aferido na prática. Ex.: taxa de lixo.
- Preço público: mecanismo de cobrança estabelecido pela Administração pública, mas
sem natureza direito público, mas de direito privado pois são estabelecidos por contrato.
Ex.: Preço da passagem de ônibus, preço público.
OBS: avaliar o interesse público envolvido. Se for primário, interesse da coletividade,
institui-se a cobrança via taxa com regime de direito público. Se secundário, interesse
da administração pública, devem ser estabelecidos preço público.
OBS: pedágios – mecanismos de cobrança pela utilização de certas vias.
OBS: limites à tributação. Exemplo: CF, artigo 150, V. – imposto que impede a
liberdade de ir e vir. É uma taxa – está sendo cobrado por uma via que está sendo
conservada por um concessionário, embora seja estabelecido em contratos como preço
público.
AULA 22/03/2018
C) Percepção de fundos
...
ETAPAS DA RECEITA PÚBLICA ORÇAMENTÁRIA
Primeira se planeja uma receita, estipular quanto vai ter no orçamento para fazer com essa
receita uma despesa pública.
- Planejamento: envolve fatores múltiplos, políticos, econômicos e inflacionários que vão dizer
se a receita vai ser maior ou menor. Utiliza-se perspectivas anteriores e algumas previsões. Uma
das formas desse planejamento é a evolução ao longo do tempo e previsão de crescimento.
- Execução da receita: passo após o planejamento, se dá em 3 etapas
i. lançamento

AULA 03/05/2018
Como os orçamentos são construídos?

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