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Leonardo de Medeiros Garcia

Coordenador da Coleção

Leonardo Barreto Moreira Alves


Promotor de Justiça do Ministério Público do Estado de Minas Gerais.
Bacharel em Direito pela Universidade Federal da Bahia (UFBA).
Especialista em Direito Civil pela PUC/MG.
Mestre em Direito Privado pela PUC/MG.
Professor de Direito Processual Penal dos cursos Damásio Educacional,
Pro Labore e Supremo Concursos.
Professor de Direito Processual Penal da Fundação Escola Superior
do Ministério Público de Minas Gerais (FESMPMG).
Membro do Conselho Editorial do Ministério Público do Estado de Minas Gerais.
www.leonardomoreiraalves.com.br.

COLEÇÃO SINOPSES
PARA CONCURSOS

DIREITO
DIREITO
PROCESSUAL
PROCESSUAL
PENAL
PENAL PARTE ESPECIAL

4ª edição
2014
GUIA DE LEITURA DA COLEÇÃO

Guia de leitura
da Coleção

A Coleção foi elaborada com a metodologia que entendemos ser


a mais apropriada para a preparação de concursos.
Neste contexto, a Coleção contempla:

• DOUTRINA OTIMIZADA PARA CONCURSOS


Além de cada autor abordar, de maneira sistematizada, os
assuntos triviais sobre cada matéria, são contemplados temas atuais,
de suma importância para uma boa preparação para as provas.

Não obstante, boa parcela da doutrina, há tempos, sustentava


a inconstitucionalidade da execução provisória, sob o argumento de
que ela violaria princípios como a presunção de inocência e a digni-
dade da pessoa humana.
Nesse prisma, reconhecendo a pertinência deste argumento, o
Pleno do STF, em julgamento histórico proferido no HC nº 84078/MG,
sob a relatoria do então Ministro Eros Grau, na data de 5/2/2009,
por 7 (sete) votos a 4 (quatro), resolveu por bem encerrar qual-
quer polêmica decidindo que a execução provisória é inconsti-
tucional, eis que afronta o princípio da não culpabilidade (art.
5º, inciso LVII, do Texto Constitucional). Corolário imediato disso é

• ENTENDIMENTOS DO STF E STJ SOBRE OS PRINCIPAIS PONTOS


Qual o entendimento do STF sobre o assunto?
O STF, no julgamento da ADIN nº 1.570-2, decidiu pela inconstituciona-
lidade do art. 3º da Lei nº 9.034/95 (no que se refere aos dados “fis-
cais” e “eleitorais”), que previa a figura do juiz inquisidor, juiz que
poderia adotar direta e pessoalmente as diligências previstas no art.
2º, inciso III, do mesmo diploma legal (“o acesso a dados, documen-
tos e informações fiscais, bancárias, financeiras e eleitorais”).

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LEONARDO BARRETO MOREIRA ALVES

• PALAVRAS-CHAVES EM OUTRA COR


As palavras mais importantes (palavras-chaves) são colocadas
em outra cor para que o leitor consiga visualizá-las e memorizá-las
mais facilmente.

Conforme entendimento doutrinário prevalecente, o impedi-


mento do juiz é causa de nulidade absoluta do ato processual. De
se registrar que parcela minoritária, mas respeitável, da doutrina
entende que o ato praticado por juiz impedido é inexistente, já que
falta jurisdição (NUCCI, 2008, p. 833-834). Já a suspeição é causa de
nulidade relativa (NUCCI, 2008, p. 833-834).

• QUADROS, TABELAS COMPARATIVAS, ESQUEMAS E DESENHOS


Com esta técnica, o leitor sintetiza e memoriza mais facilmente
os principais assuntos tratados no livro.

• QUESTÕES DE CONCURSOS NO DECORRER DO TEXTO


Através da seção “Como esse assunto foi cobrado em concurso?” é
apresentado ao leitor como as principais organizadoras de concurso
do país cobram o assunto nas provas.


Como esse assunto foi cobrado em concurso?
No concurso de Analista do Tribunal de Justiça do Estado do Espírito
Santo, promovido pelo Cespe/Unb, em 2011, questionou-se sobre os cri-
térios de definição dos procedimentos ordinário e sumário: “O procedi-
mento comum será ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção
máxima cominada seja igual ou superior a quatro anos de pena priva-
tiva de liberdade; ou sumário, quando tiver por objeto crime cuja sanção
máxima cominada seja inferior a quatro anos de pena privativa de liber-
dade.”. A assertiva foi considerada correta.

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SUJEITOS NO PROCESSO PENAL

Capítulo I

Sujeitos
no processo penal
Sumário • 1. Noções gerais – 2. Juiz: 2.1. Breves
noções; 2.2. O papel do juiz moderno; 2.3. O prin-
cípio da identidade física do juiz (art. 399, § 2º,
CPP); 2.4. Regularidade do processo e princípio do
impulso oficial (art. 251 CPP); 2.5. Causas de impedi-
mento da atuação do juiz (arts. 252 e 253 CPP); 2.6.
Causas de suspeição da atuação do juiz (art. 254
CPP); 2.7. Cessação e manutenção do impedimento
ou suspeição (art. 255 CPP); 2.8. Criação proposi-
tal de animosidade por má-fé (art. 256 CPP); 2.9. A
incompatibilidade do juiz (art. 112 CPP); 2.10. Juiz
sem rosto (Lei nº 12.694/12) – 3. Ministério público:
3.1. O Ministério Público como parte imparcial ou
formal na relação processual (art. 257 CPP); 3.2.
Impedimento e suspeição do membro do Ministé-
rio Público (art. 258 CPP); 3.3. Princípio do promotor
natural e imparcial ou promotor legal – 4. Acusado:
4.1. O acusado como parte na relação processual
(art. 259 CPP); 4.2. Condução coercitiva do réu (art.
260 CPP); 4.3 Indisponibilidade do direito de defesa
(art. 261 CPP) – 5. Curador (art. 262 CPP) – 6. Defen-
sor: 6.1. A nomeação do defensor (arts. 263 e 264
CPP); 6.2. Afastamento e ausência da causa (art. 265
CPP); 6.3. Constituição do defensor e impedimento
(arts. 266 e 267 CPP) – 7. Assistente de acusação
– 8. Funcionários da justiça: 8.1. Denominação; 8.2.
Suspeição (art. 274 CPP) – 9. Peritos e intérpretes:
9.1. Perito (arts. 275 a 280 CPP); 9.2. Intérprete (art.
281 CPP).

1. NOÇÕES GERAIS
Dentre tantas e inúmeras teorias que procuram justificar a natu-
reza jurídica do processo, a doutrina majoritária, na atualidade, vem
adotando aquela preconizada pelo jurista alemão Oskar Von Bülow,
em 1868, em sua obra clássica “A teoria das exceções processuais e
os pressupostos processuais”, segundo a qual o processo pode ser
definido como uma relação jurídica, relação esta caracterizada como

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LEONARDO BARRETO MOREIRA ALVES

autônoma (independente do Direito Penal, embora tenha como um


dos seus escopos a sua aplicação), abstrata (está à disposição de
todos, mesmo que não exercida em concreto), de direito público
(ela é exercida contra o Estado) e estabelecida de forma angular e
equidistante entre o juiz e as partes (as partes, que se encontram na
base da pirâmide da relação jurídica processual, exigem do Estado-
-juiz, no topo de tal pirâmide, o provimento jurisdicional).

Na relação jurídica processual penal, além do juiz e das partes –


ativa (Ministério Público ou querelante) e passiva (acusado) –, diver-
sos outros agentes atuam no feito à medida que ele se desenvolve,
a exemplo do assistente de acusação, dos auxiliares da Justiça etc.
Nesse trilhar, todos os participantes do processo penal são conhe-
cidos pelo termo genérico “sujeitos no processo penal”, os quais
passam a ser estudados nos tópicos seguintes.

2. JUIZ
2.1. Breves noções
O juiz é o representante do Estado que possui o poder da
jurisdição de aplicar o direito ao caso concreto. Na relação jurí-
dica processual (angular), o juiz se encontra acima das partes, no
sentido de que, por ser o responsável pelo julgamento das lides
penais, deve atuar sempre com imparcialidade, não dando prefe-
rência, a priori, nem à acusação, nem à defesa (equidistância entre
as partes).
Nesse cenário, a Constituição Federal, no seu artigo 95, caput,
estipula determinadas garantias aos magistrados como forma de
lhes permitir o cumprimento deste dever de imparcialidade. As
garantias são as seguintes: I – vitaliciedade, que, no, primeiro grau,
só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a perda
do cargo, nesse período, de deliberação do Tribunal a que o juiz

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SUJEITOS NO PROCESSO PENAL

estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transi-


tada em julgado; II – inamovibilidade, salvo por motivo de interesse
público, na forma do artigo 93, VIII, CF; III – irredutibilidade de subsí-
dio, ressalvado o disposto nos artigos 37, X e XI, 39, § 4º, 150, II, 153,
III, e 153, § 2º, I, CF.
De outro lado, a Carta Magna Federal, no seu artigo 95, pará-
grafo único, também elenca certas vedações aos juízes, no exer-
cício de suas funções: I – exercer, ainda que em disponibilidade,
outro cargo ou função, salvo uma de magistério; II – receber, a
qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo; III
– dedicar-se à atividade político-partidária; IV – receber, a qualquer
título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, enti-
dades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em
lei; V – exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou,
antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por apo-
sentadoria ou exoneração.

2.2. O papel do juiz moderno


No Estado Democrático de Direito, em que, no processo penal,
prevalece o sistema acusatório, não deve, em regra, o juiz se envol-
ver com a atividade de produção de provas, a qual deve ficar a
cargo das partes. Assim, o seu papel moderno deve cingir-se ao
julgamento da causa com imparcialidade e à tutela dos direitos fun-
damentais dos agentes envolvidos no processo penal, notadamente
do acusado.


Qual o entendimento do STF sobre o assunto?
O STF, no julgamento da ADIN nº 1.570-2, decidiu pela inconstitucionali-
dade do art. 3º da Lei nº 9.034/95 (no que se referia aos dados “fiscais”
e “eleitorais”), que previa a figura do juiz inquisidor, juiz que poderia
adotar direta e pessoalmente as diligências previstas no art. 2º, inciso
III, do mesmo diploma legal (“o acesso a dados, documentos e informa-
ções fiscais, bancárias, financeiras e eleitorais”). Posteriormente, a Lei
nº 12.850/13 não só revogou expressa e integralmente a Lei nº 9.034/95
como também não trouxe em seu corpo qualquer dispositivo semelhante
a esse respeito.

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LEONARDO BARRETO MOREIRA ALVES

Excepcionalmente, porém, a lei pode conferir ao magistrado


poderes de iniciativa probatória, principalmente se a atuação deste
agente estatal visa resguardar outros princípios do processo penal,
em especial o princípio da busca da verdade real.
É o que ocorre com o art. 156, incisos I e II, do CPP, com a reda-
ção dada pela Lei nº 11.690/08, segundo o qual é facultado ao juiz de
ofício “ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção
antecipada de provas consideradas urgentes e relevantes, obser-
vando a necessidade, adequação e proporcionalidade da medida”
(inciso I), bem como “determinar, no curso da instrução, ou antes
de proferir sentença, a realização de diligências para dirimir dúvida
sobre ponto relevante” (inciso II).

2.3. O princípio da identidade física do juiz (art. 399, § 2º, CPP)


O princípio da identidade física do juiz consiste no fato de que o
juiz que preside a instrução do processo, colhendo as provas, deve
ser aquele que julgará o feito, vinculando-se à causa (NUCCI, 2008,
p. 108). É novidade do processo penal (existia apenas no processo
civil), estando consagrado atualmente no art. 399, § 2º, CPP, com a
redação dada pela Lei nº 11.719/08.
As exceções ao princípio da identidade física do juiz previstas
no art. 132, caput, do Código de Processo Civil (se o juiz estiver con-
vocado, licenciado, afastado por qualquer motivo, promovido ou
aposentado) são aplicadas, por analogia, ao processo penal (casos
em que o juiz passará os autos ao seu sucessor), conforme posicio-
namento do STJ (Informativo nº 461).


Como esse assunto foi cobrado em concurso?
No concurso de Analista Judiciário do STM, promovido pelo Cespe/
Unb, em 2011, questionou-se justamente sobre a previsão do princí-
pio da identidade física do juiz no Processo Penal, nesses termos: “O
processo penal brasileiro não adota o princípio da identidade física do
juiz em face da complexidade dos atos processuais e da longa duração
dos procedimentos, o que inviabiliza a vinculação do juiz que presi-
diu a instrução à prolação da sentença.”. A assertiva foi considerada
incorreta.

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SUJEITOS NO PROCESSO PENAL

2.4. Regularidade do processo e princípio do impulso oficial (art.


251 CPP)
Tem o juiz o dever de estabelecer a regularidade do processo.
Para tanto, uma vez iniciada a ação penal, deve conduzir o desenvol-
vimento de atos processuais, até o final da instrução, quando será
proferida sentença. Como atributo desta função, ele possui poder de
polícia na condução do processo, podendo se valer, se necessário
for, de força policial.
Outro dever do juiz é determinar o prosseguimento do feito, o
que se relaciona com a regularidade do processo: é o impulso oficial.
O juiz é inerte apenas quanto à postulação (daí porque não é parte),
mas deve dar marcha ao processo para que, chegando à sua fase
final, ele possa sentenciar.

2.5. Causas de impedimento da atuação do juiz (arts. 252 e 253 CPP)


Entende-se que o juiz exerce, na prática, a jurisdição, que é o
poder soberano do Estado de dizer o Direito no caso concreto. Entre-
tanto, há causas taxativamente previstas no art. 252 do CPP (posição
do STF, Informativos números 585 e 601) em que o juiz está impedido
de exercer a sua jurisdição.
Assim, o juiz não poderá exercer jurisdição no processo em que:
I - tiver funcionado seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim,
em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, como defen-
sor ou advogado, órgão do Ministério Público, autoridade policial,
auxiliar da justiça ou perito; II - ele próprio houver desempenhado
qualquer dessas funções ou servido como testemunha; III - tiver fun-
cionado como juiz de outra instância, pronunciando-se, de fato ou de
direito, sobre a questão; IV - ele próprio ou seu cônjuge ou parente,
consanguíneo ou afim em linha reta ou colateral até o terceiro grau,
inclusive, for parte ou diretamente interessado no feito. Há de se
lembrar que, por interpretação extensiva, sempre que o CPP, neste
dispositivo, se refere ao cônjuge quer também se referir ao compa-
nheiro.
Todas essas hipóteses são objetivas, no sentido de que envol-
vem um vínculo entre o juiz e o objeto do litígio. Além disso, em
tais situações, presume-se, de forma absoluta (juris et de jure), a

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LEONARDO BARRETO MOREIRA ALVES

parcialidade do juiz, daí porque é vedada de forma peremptória


a sua atuação naquele determinado processo. Se houver a atuação
deste magistrado, o ato por ele praticado estará eivado de nulidade
absoluta.
Complementando a regra estatuída pelo art. 252 do CPP, o art.
253 ainda assinala que “Nos juízos coletivos, não poderão servir no
mesmo processo os juízes que forem entre si parentes, consanguí-
neos ou afins, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive”.

2.6. Causas de suspeição da atuação do juiz (art. 254 CPP)


Nas situações previstas no art. 254 do CPP, em um rol não taxa-
tivo, há um vício externo que igualmente veda a atuação do juiz
naquele determinado processo. Nessas situações, há presunção
relativa de parcialidade do juiz (juris tantum), motivo pelo qual
ele deve se declarar suspeito e, se não o fizer, as partes poderão
recusá-lo, oferecendo a exceção de suspeição (artigos 95 e seguin-
tes do CPP). Se o juiz acabar atuando nesse processo, o ato por ele
praticado estará eivado de nulidade relativa, nos termos do artigo
564, inciso I, do CPP.
Consoante o art. 254 do CPP, o juiz será considerado suspeito:
I - se for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer deles; II - se
ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo
a processo por fato análogo, sobre cujo caráter criminoso haja con-
trovérsia; III - se ele, seu cônjuge, ou parente, consanguíneo, ou afim,
até o terceiro grau, inclusive, sustentar demanda ou responder a
processo que tenha de ser julgado por qualquer das partes; IV – se
tiver aconselhado qualquer das partes; V - se for credor ou devedor,
tutor ou curador, de qualquer das partes; VI - se for sócio, acionista
ou administrador de sociedade interessada no processo. Há de se
lembrar que, por interpretação extensiva, sempre que o CPP, neste
dispositivo, se refere ao cônjuge quer também se referir ao compa-
nheiro.
Como já afirmado alhures, em todas essas situações há um vício
externo, no sentido de que elas envolvem um vínculo estabelecido
entre o juiz e a parte ou entre o juiz e a questão discutida no feito
(NUCCI, 2008, p. 541).

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SUJEITOS NO PROCESSO PENAL

Impedimento do juiz Suspeição do juiz


As causas de impedimento da atuação As causas de suspeição da atuação do
do juiz no processo penal estão previs- juiz no processo penal estão previstas
tas taxativamente no art. 252 do CPP. no rol não taxativo do art. 254 do CPP.
As hipóteses de impedimento são obje- O vício é externo, existindo vínculo
tivas, existindo um vínculo entre o juiz e entre o juiz e a parte ou entre o juiz e a
o objeto do litígio. questão discutida no feito.
Presume-se, de forma absoluta (juris Presume-se, de forma relativa (juris
et de jure), a parcialidade do juiz, daí tantum), a parcialidade do juiz, daí por-
porque é vedada de forma peremptó- que ele deve se declarar suspeito e, se
ria a sua atuação naquele determinado não o fizer, as partes poderão recusá-
processo. -lo, oferecendo a exceção de suspeição
(artigos 95 e seguintes do CPP).
A atuação de juiz impedido provoca a A atuação de juiz suspeito provoca a
nulidade absoluta do ato processual nulidade relativa do ato processual por
por ele praticado. ele praticado.

 Como esse assunto foi cobrado em concurso?


No XXIV concurso do Ministério Público Federal/Procurador da República,
questionou-se acerca de hipótese de suspeição do juiz, da seguinte
forma: “PEDRO, ADVOGADO DE DEFESA REITERADAMENTE ENVOLVIDO EM CONFLITOS
PESSOAIS NO FORO, PROVOCOU SÉRIA DISCUSSÃO COM O JUIZ DURANTE O INTERRO-
GATÓRIO DE SEU CONSTITUINTE, OFENDENDO O MAGISTRADO E, QUASE CHEGANDO ÀS
VIAS DE FATO, ENSEJANDO INTERVENÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO PARA CONTER OS
CONTENDENTES, APÓS, O JUIZ REPRESENTOU À OAB. NO CURSO DO PROCESSO, O JUIZ
PASSOU A INDEFERIR SISTEMATICAMENTE TODAS AS DILIGÊNCIAS REQUERIDAS POR
PEDRO. PEDRO OPÔS EXCEÇÃO DE SUSPEIÇÃO, ALEGANDO INIMIZADE CAPITAL COM O
MAGISTRADO. O JUIZ NÃO ACEITOU A SUSPEIÇÃO E REMETEU OS AUTOS AO TRIBUNAL
(ART. 100 DO CPP). O TRIBUNAL, AO JULGAR A EXCEÇÃO: a) Deverá acolhê-la, por
não ostentar o juiz isenção no processo. b) Deverá rejeitá-la, porque o advo-
gado provocou a inimizade e por ser esta posterior ao início do processo,
mas deverá impor ao juiz que se julgue impedido. c) Deverá acolhê-la, por-
que o juiz, ao demonstrar profunda hostilidade ao advogado, trata a parte
como inimiga. d) Deverá rejeitá-la, porque a simples antipatia do juiz pelo
advogado não dá ensejo à suspeição.”. A assertiva correta foi a de letra D.

2.7. Cessação e manutenção do impedimento ou suspeição (art.


255 CPP)
Nos termos do art. 255 do CPP, o impedimento ou suspeição
decorrente de parentesco por afinidade cessará pela dissolução

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