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1INTRODUÇÃO
Engana-se quem pensa que a preocupação com a qualidade dos produtos oferecidos aos
clientes é coisa recente. Por volta de 2150 a.C., o código de Hamurabi já demonstrava uma
preocupação com a durabilidade e funcionalidade das habitações produzidas na época, de
tal forma que, se um construtor negociasse um imóvel que não fosse sólido o suficiente para
atender a sua finalidade e desabasse, ele, construtor, seria imolado. Os fenícios amputavam
a mão do fabricante de determinados produtos que não fossem produzidos, segundo as
especificações governamentais, com perfeição.
A contribuição de pesquisadores de áreas aparentemente distintas, como filosofia,
administração ou engenharia, dedicados a estudar a questão, tem levado, por um lado, a
uma considerável abrangência da noção do que seja qualidade e, por outro, a confusões e
equívocos quando se tenta colocar em prática determinadas definições.
As empresas devem buscar soluções pertinentes, a partir da administração, visando que no
final do processo, estão os clientes, avaliando, escolhendo e consumindo. O cliente é a figura
principal de todo processo organizacional, é necessário que as decisões empresariais e
tarefas operacionais levem em consideração as necessidades e expectativas do consumidor
e tentem superá-las, para atender o requisito de satisfazer completamente o cliente.
A regra quanto à qualidade está no envolvimento da empresa com o seu pessoal, uma firme
orientação para as pessoas.
MERCADO
PRODUTO BOM
EMPRESA
EMPREGOS
(MÃO-DE-OBRA)
O Controle de Qualidade pode ser definido como sendo um sistema dinâmico e complexo,
que abrange todos os setores da fábrica – de forma direta ou indireta – com o objetivo de
melhorar a qualidade do produto final e manter essa melhoria, operando em níveis
economicamente aceitáveis.
É a inspeção das matérias-primas, do produto em fabricação, do produto final e do
equipamento. É a investigação e a análise das causas, dos defeitos e da reação do
mercado. É o planejamento dos métodos dos planos de amostragem, dos níveis de
qualidade e das especificações de qualidade para coordenação dos esforços que
culminará na produção em níveis os mais econômicos possíveis, garantindo a inteira
satisfação do cliente.
Exemplos:
a) Uma empresa que trabalha com tecido listrado no sentido horizontal e que, no processo
de fabricação, utiliza técnica e tecnologia próprias para casamento de listras, estará
produzindo uma qualidade com custos extras (listras casadas = mais tecido + mão-de-
obra), caso o mercado consumidor não corresponda a este aumento de custos. Essa
empresa, simplesmente estará encarecendo o seu produto e desequilibrando a relação
custo/benefício.
Sendo, porém, inversa à situação do mercado, ou seja, o mercado consumidor exige
listras casadas correspondentes ao seu custo extra e a empresa não produz seus
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produtos casando as listras, embora deseja mesmo assim atingir aquele mercado, então
nesse caso, o produto que ela produzir será considerado de baixa qualidade.
b) Uma empresa que produz roupas de trabalho precisa, normalmente, levar muito em
consideração resistência dos materiais e das costuras utilizadas na construção do seu
produto. Sendo necessário a realização de testes próprios relacionados com tipo dos
materiais empregados e ao uso da roupa, essa empresa precisa, também levar em
consideração a funcionalidade e o conforto da vestimenta, pois esses fatores poderão ser
julgados, como de vital importância para a sua aceitação no mercado.
3.1 INSPEÇÃO: tem por objetivo, tomar conhecimento dos padrões previamente
estabelecidos e verificar se o produto os está refletindo.
a) Por atributo: É a inspeção através da qual a unidade do produto é classificada como boa
ou má (passa, não passa), ou seja, quando simplesmente verificamos a presença ou a
ausência de determinadas características qualitativas do produto.
Qual o caminho para um produto de alta qualidade? Aliás, o que é um produto de alta
qualidade e como consegui-lo? Para responder a essas perguntas, é preciso considerar três
modalidades de qualidade: de produto, de processo e de projeto. Ao se pensar em um novo
produto, em seu desenvolvimento, essas três modalidades devem ser analisadas em
conjunto, a qualidade do produto em si, a qualidade do processo, que afeta o produto e,
principalmente, a qualidade do projeto, que afeta, diretamente, o produto e o processo.
Toda supervisão, equipamento e controle de qualidade que possam ser usadas, não podem
corrigir uma roupa mal projetada. No desenho do modelo começa, realmente, o ciclo de
qualidade e ocorre, muitas vezes, que os inconvenientes, falhas e ausências de bom
comportamento de uma roupa, durante o processo de fabricação, são oriundos de uma
projeto inicial deficiente.
A análise que se faz do produto, em termos de qualidade, deve ocorrer, a partir da
estruturação de seu projeto. A qualidade de projeto é agregada ao produto antes mesmo que
ele exista fisicamente.
O modelo básico deve não apenas ser bem planejado, mas também inteiramente testado
antes do início da produção, de modo a permitir a correção ou a eliminação de dificuldades e
imprevistos durante o processo, antes do comprometimento do material de trabalho e do
equipamento, ambos valiosos.
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Todos os moldes devem ser guardados pendurados e, como regra sempre marcados para
sua fácil identificação. Todos eles devem possuir piques apropriados para pences e pontos
de acasalamento destinados a mangas, colarinhos e outras peças. Também devem ser feitos
piques em outros pontos convenientes das bordas, a fim de ajudar a operadora, durante as
costuras longas, a fazer o alinhamento com facilidade e obter costuras iguais.
Cada molde deve dispor de uma linha reta orientando na posição em que precisa ser
colocada com relação á urdidura dos fios de tecido.
O papel para feitura dos moldes deve ter um peso de = 150 gramas ou, quando sob a forma
de folhas de plástico, estas devem ter, aproximadamente 0,3 milímetros.
Na elaboração e manutenção dos moldes, alguns fatores são essenciais para garantir
moldes perfeitos, quais sejam:
Fornecemos, a seguir, uma relação de perguntas alusivas ao roteiro de inspeção dos moldes:
1. O tipo de papel é adequado?
2. Os moldes e tamanhos acham-se devidamente identificados?
3. As bordas dos moldes estão retas?
4. Os cantos dos moldes estão agudos ou arredondados?
5. Os piques dos moldes estão corretos em número, tamanho e colocação?
6. Os furos estão corretamente localizados e demarcados ou marcados com
um círculo para fácil visualização?
7. Os moldes estão corretamente graduados?
8. Há reclamações oriundas da Seção de Corte ou da Seção de Riscos quanto
aos moldes?
9. Os moldes estão deformados?
10. Os moldes estão devidamente guardados e oferecem fácil localização?
11. Eles constituem um jogo completo de moldes para encaixe fácil, quando
forem feitos os riscos?
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Na compra
características de qualidade que possam afetar a utilidade do produto acabado. Quando não
for possível que o fornecedor já produza em função das características desejadas pelo
confeccionista, deve-se proceder de maneira inversa, através de seleção para a futura
compra, ou seja, a empresa, mediante a inspeção da amostra fornecida pelo fornecedor,
certifica-se de que o produto atende as especificações de qualidade por ela exigidas.
Um pequeno desvio dessas especificações não significa, necessariamente, que o produto
deva ser rejeitado. Muitas vezes, um entendimento com o fornecedor pode levá-lo a
alteração do seu produto, a fim de atender o confeccionista, com benefício para ambos.
Existem outros testes, de significativa importância, que podem ser realizados até sem a
utilização de um laboratório específico, como:
_ Gramatura / Encolhimento / Largura / Tonalidade (cartela de cinzas)
Durante a condução dos testes propostos, devem ser levados em consideração os seguintes
aspectos para o julgamento final do tecido: estética, durabilidade e utilidade.
Estética – É o processo que o tecido vai emprestar ao produto. Não se refere a cores,
padrões ou desenhos, mas a aparência geral, à variação de cores e a textura, ao caimento e
ao movimento, à “fusão” perfeita entre tecidos e costuras e à adaptabilidade ao modelo.
Durabilidade – É a capacidade que o tecido tem de manter as suas características durante o
uso. É também, a medida do esforço necessário para destruir o tecido ou a sua capacidade
de manter essas características. Encontram-se relacionadas com a durabilidade:
A resistência à abrasão;
A resistência à lavagem;
A resistência ao desgaste prematuro e ao enfraquecimento geral do uso.
Utilidade – Refere-se às alterações prematuras da forma, da aparência e do conforto, que
podem tornar a roupa de utilidade nula ou limitada, mesmo antes que atinja os limites de
durabilidade ou que, pelo contrário, podem manter o produto útil ao uso até o final da
durabilidade do tecido.
Os cuidados dos testes orientam a Gerência sobre a maneira através da qual o tecido deve
ser processado, a fim de que os padrões de qualidade sejam mantidos.
Exemplo:
- Cuidados especiais no corte;
- Temperatura limite de funcionamento de entretelas;
- Tipos de impulsores e de agulhas a usar;
- Recomenda-se a rejeição pura e simples, quando não há
condições de processamento ou de manutenção dos padrões de qualidade.
NA RECEPÇÃO
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O controle na recepção visa assegurar que toda a matéria-prima recebida atenda aos
padrões. De uma forma geral, consideramos matéria-prima todos os materiais que entrem na
fábrica para serem transformados em produto acabado. Nesse caso as matérias-primas da
Indústria de Confecção constituem os tecidos, as entretelas, as linhas de costura, os
acessórios, etc. Um plano de controle de qualidade deverá concentrar-se muito mais nas
matérias-primas essenciais à construção do produto, ou seja, as que apresentem percentuais
maiores de utilização com relação ao produto (como tecidos, entretelas, etc.), sem contudo,
desprezar aquelas que apresentam importância menor, como por exemplo, os aviamentos
não têxteis (botões, alfinetes, aplicações, etc.). De forma específica, todos os materiais
deverão ser controlados, atendendo ao princípio de não aceitar nenhum gênero sem prévia
passagem pelo Controle de Qualidade.
As vantagens do Controle de Qualidade da matéria-prima podem ser enunciadas da seguinte
forma:
1. Melhor controle dos defeitos introduzidos no produto;
2. Melhor aproveitamento do tecido pela separação por largura;
3. Menor custo de fabricação, seja pelo reembolso dos defeitos, seja pela melhor
seleção na fonte;
4. Gradativa melhoria do material recebido, através da vigilância indiretamente
exercida sobre o fornecedor;
5. Seleção de dados comparativos sobre o desempenho de cada um;
6. Menor custo de inspeção na produção, pela redução das inspeções de defeitos
do tecido em áreas controladas.
Inspeção Visual
Os critérios para a aceitação ou rejeição de uma peça ou rolo de tecido devem ser
estabelecidos com cuidado. Uma vez aprovado o tecido como um todo, consoante os três
parâmetros anteriormente citados para área de Compras (estética, durabilidade e utilidade),
cada uma das peças deve ser objeto de inspeção, visando separar aquelas que, pela
quantidade e variedade de defeitos apresentados, serão rejeitados e devolvidos ao
fornecedor (ou aceitas, após um reajuste no preço, quando isto for viável).
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Revisadeira
Uma vez identificados os defeitos, estes serão marcados nas ourelas com cartões, fitas
gomadas ou fios coloridos e anotados numa ficha de controle, juntamente com a largura e o
comprimento.
TESTES
Além da inspeção visual do tecido na recepção, alguns testes simples devem ser efetuados,
a fim de verificar se todas as propriedades físicas e químicas solicitadas foram atendidas no
lote. Para isso, os mesmos ensaios conduzidos com a amostra oferecida para compra devem
ser repetidos com as amostras extraídas dos lotes e as que estiverem fora das
especificações, respeitadas as tolerâncias, deverão ser rejeitadas.
Alguns desses testes, que são fundamentais para o controle interno no recebimento da
matéria-prima, poderão ser realizados com procedimentos bem mais simples e com materiais
e equipamentos não sofisticados.
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Ao receber o tecido, o revisor confere a metragem (ou o peso) indicado na Nota Fiscal com a
soma das metragens ou pesos individuais de cada peça registrada pelo fornecedor. Caso
não coincidam a metragem ou o peso da Nota Fiscal com a metragem ou o peso da soma
das peças, cabe este avisar, de imediato, ao responsável pelo Controle de Qualidade ou à
Gerência, assinalando a falta ou a sobra que tenha localizado, fazendo, em seguida, a
necessária anotação na Nota Fiscal.
O revisor deverá, em seguida, iniciar a inspeção das peças propriamente. Para tanto, ele
extraíra as amostras estatísticas a serem revisadas aleatoriamente, retirando peças do início,
do meio e do fim da partida, proporcionalmente, de acordo com a classificação adotada no
Plano de Amostragem vigente na empresa.
Durante a revisão do tecido, o revisor registra os defeitos encontrados, bem como os dados
referentes às peças (largura, comprimento, etc.), em formulário próprio.
Caso o lote não seja aceito pelo padrão, pode-se recorrer a inspeção 100%, ficando assim
com as peças boas, caso a sua quantidade justifique um corte, fazendo a devolução das
defeituosas.
No caso de se efetuar a inspeção a 100%, aconselha-se dispor de um estoque intermediário,
a fim de que, à medida que se inspeciona, não faltem peças no Almoxarifado Geral de
Tecidos e, conseqüentemente, na Produção (Setor de Corte).
Em casos extremos em que o Corte já se encontre parado ou prestes a parar pela falta de
tecido, nada custa inspecionar, nem que seja uma única peça.
CLASSIFICAÇÃO DO TECIDO
A posição influi muito no valor do defeito. Uma única trama defeituosa, ou ourela, tem o
mesmo valor prático de uma barra de dois centímetros de largura, de ourela a ourela. Ambas
deverão ser retiradas do tecido, o que dará origem a um retalho, pois fatalmente serão
atingidas outras peças da roupa. Um único ponto, isolado na peça, tem certamente, o mesmo
valor prático que três pontos menores, estreitamente grupados, pois, em ambos os casos,
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deverá ser marcada uma vez a sua posição, seja para uma futura e provável substituição da
peça do vestuário, seja para cortar o tecido, conforme a norma adotada. Um defeito existente
ao longo do urdimento, da mesma extensão que um defeito ao longo das tramas, tornam-se
mais prejudiciais, porque abrange um maior comprimento do tecido.
7. Largura (variações):
7a. Variação até 1 cm para menos na largura total.
Valor: 4 pontos.
7b. Variação entre 1 e 2 cm para menos na largura total.
Valor: 6 pontos.
7c. Variação de mais de 2 cm para menos na largura total.
Valor: Rejeite a peça.
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Defeitos de Malharia:
Critério de aceitação
De acordo com a tabela anterior, uma peça de 55 metros, que tenha tido 27 pontos (até 32)
pode ser aceita, porém exigindo cuidados especiais no corte (retirada dos defeitos) e um
contato com fornecedor para ajustamento de preços. Com 41 pontos ou mais, a peça é
rejeitada.
PLANO DE AMOSTRAGEM
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É um bom plano que determina o número de unidade de produto (espécime) década lote a
ser inspecionado (tamanho de amostra ou série de tamanhos de amostra), bem como o
critério para aceitação do lote (número de aceitação ou rejeição).
Os planos de amostragem podem ser simples, duplos ou múltiplos. Quanto ao regime de
inspeção, podem ser reduzidos, normais ou severos. Podemos adotar um plano
preestabelecido, com bases em normas, ou podemos criar e/ou adaptar um par a nossa
realidade. A prática mais comum tem sido a de adotar um Plano de Amostragem Simples, de
inspeção normal ou severa e, em alguns casos, o Plano de Amostragem Duplo, de inspeção
normal e/ou severa.
Torna-se necessário, primeiramente, codificar o lote em função do seu tamanho. Para esse
fim, utiliza-se a Tabela I, que se encontra apresentada a seguir.
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- de aceitação;
- de rejeição, em consonância com o código encontrado na
Tabela I.
Nota: Para cada regime de inspeção do Plano de Amostragem Simples existe uma tabela
específica. Assim:
Inspecionar a amostra
de 125 peças
ACEITA REJEITAR
O O
LOTE LOTE
Exemplo 2
Inspecionar a amostra
de 125 peças
ACEITA
REJEITAR
O
O
LOTE
LOTE
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Exemplo 3
Inspecionar a primeira
amostra de 125 peças
REJEITAR
ACEITA
O
O
LOTE
LOTE
No caso do exemplo 3, quando o número encontrado for maior do que 7 e menor do que
11, o lote não será aceito, nem rejeitado, nesta 1ª amostragem.
Aceitação
1ª Amostra: Quando o número de unidades defeituosas acumulado (1ª amostra + 2ª
amostra) for igual ou menor do que o 2º número de Aceitação (Ac).
Rejeição
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PARA O EXEMPLO 3
Inspecionar segunda amostra
de 200 peças verificando (d2)
ACEITA REJEITAR
O O
LOTE LOTE
A inspeção de qualidade dos aviamentos também deve ser levada a efeito no ato do
recebimento do material.
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No Risco
Os fatores que afetam a qualidade dos riscos são as superfícies a riscar, a espessura
das linhas riscadas, a orientação do fio no tecido, a orientação dos moldes e o
faceamento dos moldes.
Superfície – Para riscar, devem ser considerados alguns pontos:
O papel para riscar tem maior preferência por ser estável, não apresentando distorções
com o uso e eliminando a necessidade de linhas grossas feitas com giz.
Nota: O risco no tecido com a caneta esferográfica elimina as linhas grossas de giz,
porém dificulta o encaixe e o aproveitamento do tecido, pois, uma vez feito o risco, este
não pode ser apagado ou rasurado, na tentativa de mudar as posições dos moldes.
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b) A qualidade do papel:
O papel pontilhado é o que se recomenda por facilitar a orientação correta dos moldes
em relação ao fio do tecido.
Espessuras das linhas – A espessura das linhas do risco determina, em grande parte, a
exatidão do corte. Quanto mais grossa é a linha, menos preciso é o corte.
Orientação dos moldes – Linhas paralelas devem ser superpostas, sempre que
possível. Os cantos, quando colocados em espaços abertos (cavas e decotes) não
devem ter suas linhas distorcidas para a acomodação desses cantos.
Faceamento dos moldes – O faceamento dos moldes tem de ser correto, a fim de que
as peças faceadas sejam objeto de ser feito acasalamento, bem como para os pêlos de
uma superfície aveludada ou as estampas de um tecido estampado corram na mesma
direção.
Após a inspeção, a Inspetora deverá rubricar o risco, autorizando o seu envio ao setor de
corte ou à sua reprodução.
No caso de reprodução, as cópias também deverão ser inspecionadas quanto ao seu
grau de nitidez e, em seguida, rubricadas, seu objeto de aprovação.
No Enfesto
enfesto. Em caso assim surgem defeitos, tais como: ondas e rugas na superfície do
tecido, gerando desperdício do mesmo e, conseqüentemente com que as peças sejam
cortadas em tamanho maior do que as riscadas.
Exemplo:
Uma pequena falha no tecimento, que cai na folha debaixo de uma gola, pode passar.
Isso, naturalmente, depende dos padrões de qualidade da empresa.
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Eliminação de Defeitos
Neste método, a folha de tecido é cortada até o ponto mais próximo que cubra todas as
peças indicadas até aquele ponto.
O defeito é cortado fora e a outra extremidade do tecido pode ser disposta por cima, a
fim de cobrir todas as peças indicadas, na direção oposta. Não são recomendadas
maiores do que 20 (vinte) centímetros.
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2º Consiste em espalhar confete ou colocar uma tira de pano sobre a parte danificada,
após o corte e, num processo simples de folhear as camadas, localizar as partes
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No Corte
Após o corte e antes que o lote seja liberado da mesma, o Inspetor de Qualidade deve
inspecionar cada parte do produto, o que pode ser feito em três partes, a saber:
Primeira etapa – verificar, com o auxílio do molde original, cada parte do produto,
colocando a primeira sobre a segunda, de modo a dizer da exatidão e posicionamento
correto de piques e furos (pontos de referência).
Segunda etapa – Comparar, de cada parte componente do produto cortado, o primeiro
painel com o último. O inspetor de qualidade verifica se são idênticos em todos os seus
pontos, ou seja, examina-os quanto ao tamanho (ou ao contorno se são iguais), se a
profundidade dos piques nas camadas de cima, é a mesma das existentes nos piques
das camadas de baixo, se os piques estão muito ou pouco profundos e, em caso positivo
(muito ou pouco profundos), procurando as causas (máquina desnivelada, face gasta na
parte inferior, operador descuidado). Um bom procedimento para a garantia dos piques
na profundidade correta é a utilização de picadores.
O Inspetor, nesse momento, deve verificar, também (quando existir), o tamanho dos
furos, se estão muito grandes ou se não atingiram as camadas de baixo do enfesto,
casos em que deverá ajustar o tamanho da agulha (em função do tecido), bem como a
profundidade da mesma.
minutos, deixar para corrigir estes mesmos defeitos na costura significará o dispêndio de
muitas horas, ou mesmo dias, o que poderá acarretar redução no faturamento projetado,
por culpa da produção de peças defeituosas.
Empacotamento ou Preparação
4) NA COSTURA E NO ACABAMENTO
ESPECIFICAÇÕES DE QUALIDADE
É importante que todas as pessoas de uma empresa, desde que ligados a qualidade,
considerem-na segundo os mesmos padrões. É igualmente importante que as
operadoras e todo o pessoal da inspeção saibam o que é e o que não é satisfatório.
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A fim de formar uma base comum de inspeção, devem ser desenvolvidas Especificações
de Qualidade, que fornecem condições para uma avaliação uniforme por todas as
pessoas envolvidas na Inspeção, de maneira a se ter uma base sólida para um eficaz
Programa de Controle de Qualidade.
As especificações de qualidade deverão ser estabelecidas antes da fabricação normal
do produto, devendo-se ter o cuidado de estabelecer padrões passíveis de serem
atingidos.
Uma terceira forma, muito usada para registro da Especificação de Qualidade, é dispor-
se de um Formulário-Padrão, que indique os dados importantes a serem observados,
auxiliado pelo esquema de costura e enriquecido de observações oportunas. Ao ser
preparada a Especificação de Qualidade para costura, não podemos deixar de
questionar e, até mesmo, registrar alguns itens importantes na qualidade de uma
costura:
Nota: A largura da costura deverá ser todas por igual. Quando dentro da tolerância, esta
deverá ser uniforme.
Generalidades
Funcionamento
Especificação Percentual
Excelente Até 0,90%
Bom 1,00 – 1,90%
Satisfatório 2,00 – 2,90%
Ruim 3,00 – em diante
Esse programa é mais adequado às empresa que possuem uma linha de fabricação
definida, trabalhando com um único artigo e modelos diversos para uma das linhas de
fabricação.
Exemplo de pontos de inspeção numa linha de fabricação de calças sociais:
Dentro dessa seqüência, teríamos outros postos específicos até o arremate (corte de
linhas) e a revisão final.
Generalidades do Programa
ZONAS FOCAIS
A zona focal é onde a localização dos defeitos deve ser analisada mais criticamente.
Aplica-se a todos os produtos confeccionados em tecidos e malhas.
DEFEITO
CRÍTICO GRANDE PEQUENO
LOCAL
ZONA 1 rejeita rejeita rejeita
ZONA 2 rejeita rejeita aceita
ZONA 3 rejeita aceita aceita
a) Tamanho do ponto:
Comprimento: Refere-se ao número de pontos por centímetro (P.P.C)
Largura: Refere-se, somente, aos pontos em que se pode alterar sua largura.
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b) Tensão do Ponto:
Refere-se ao grau de tensão com que o ponto envolve o tecido, bem como o equilíbrio
dos componentes do ponto. Este item, normalmente, é considerado como orientação
geral no treinamento das Inspetoras de Qualidade. É importante destaca-lo, a fim de não
passar despercebido.
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c) Seqüência de Pontos:
Refere-se á precisão com que estão efetuadas as costuras.
Exemplo: Costuras tortas ao invés de retas, ângulos, curvaturas, etc.
d) Elasticidade da Costura:
Refere-se ao grau de elasticidade a que pode ser submetida uma costura sem que a
linha se parta. Ela depende do número de pontos por centímetros, do tipo de ponto e da
construção das costura. Aconselha-se que a elasticidade da costura seja, pelo menos,
10% superior á elasticidade normal do tecido.
Peça Descansada
A medida da peça descansada deve ter uma dimensão máxima de a=25cm. Logo, 23cm
está bom (desde que atenda a condição b), mas 26cm está ruim.
Peça Esticada
A medica da peça esticada deve ter uma dimensão mínima de b=32cm. Logo, 33cm está
bom, 34cm também está bom, mas 31cm está ruim.
Neste caso, a peça deve ter as características de a e b, não bastando, portanto, ter
apenas uma das características. E isto porque pode ocorrer de a peça atender á
condição de 20cm (muito abaixo do mínimo), porém, ao ser esticada para o mínimo de
b=32cm, os pontos se partirem. Daí a necessidade de ter determinada, com a devida
antecedência, a elasticidade da costura.
e) Resistência a Abrasão:
Refere-se ao grau de ação abrasiva necessária para partir o ponto mais fraco. Isto é
muito importante quando se trata de roupas profissionais.
f) Largura da Costura:
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g) Distorção da Costura:
São os defeitos originados pela negligência da operadora ou por condições deficientes
do equipamento.
Exemplo: franzidos, vincos, enrugamento, pontos falhados (soltos), estiramento de um
dos lados, etc.
Quando o volume da produção por modelo for muito pequeno, a ponto de não possibilitar
tempo hábil para o desenvolvimento das especificações de qualidade por escrito,
convém fazer um esforço extra e elabora-las pelo menos para as principais operações
ou para as mais críticas, evitando a divergência de critérios quanto ao que está
considerado como qualidade (aprovada) e o que será considerado como defeito (não
passa).
Nas demais operações, que seja, pelo menos, realizada uma análise, junto com o
pessoal da produção ou da racionalização, a fim de definir um padrão de forma tácita
(não escrita) que todos conheçam e concordem quanto á possibilidade de ser atingido,
bem como ao seu enquadramento na política de qualidade da empresa.
Operadoras
Toda operadora tem a responsabilidade de, ao executar sua tarefa verificar se a anterior
está bem feita, comunicando, imediatamente, à Supervisora qualquer diferença
observada, cabendo a esta última decidir se o lote deve continuar ou se deve ser
devolvido para conserto direto pela operadora que tenha cometido o erro. Desta forma,
uma operadora controla a outra, não dando margem, ao mesmo tempo, para discussões
entre elas, já que o julgamento é sempre da Supervisora.
No caso de célula de manufatura, a operadora deve realizar o Auto-Controle, não
deixando passar o que não estiver dentro das especificações. Caso encontre defeito na
operação anterior, esta deve, primeiramente, devolve-lo a costureira que ocasionou o
defeito, pois em célula deve existir o auto gerenciamento, só comunicando a Supervisora
em caso de reincidência.