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Então houve uma estreia na literatura violonística: pela primeira vez, um compositor não
violonista compôs uma peça para o instrumento. Foi Federico Moreno Torroba, cujo poema musical tinha
acabado de receber um premio da “Sinfônica Musical”, sob a direção do maestro Arbós.
Moreno Torroba foi apresentado a mim pelo primeiro violino da orquestra Señor Francés. Não
levou muito tempo para que nos tornássemos amigos, tampouco para o compositor ceder à minha sugestão:
ele comporia algo para violão? Em poucas semanas ele apareceu com uma leve, porém realmente bela
“Dança em Mi Maior”.1
1 Andrés Segóvia, Segóvia: an Autobiography of the years 1893-1920 (New York: Macmillan, 1976), p. 194.
Sua lista provisória de compositores que promulgaram esta atividade
incluíram Roussel (que escreveu um pequeno, belo trabalho – Segóvia Op. 29),
Ravel, Schoenberg, Grovlez, Turina, Torroba e Falla.2
Neste Opus 24, que está vinculado à alegre tradição vienense, Schoenberg tenta aplicar as novas
técnicas de composição sobre diversas formas antigas como o minueto e a marcha. No trabalho todo fica
claro que Schoenberg deseja imprimir os princípios dodecafónicos em cada aspecto da composição,
incluindo o vertical, i.e. nos acordes e figuras de acompanhamento.
Não é senão até a partitura ser examinada que a quantidade de labor artístico e técnica soberana
empregados se tornam aparentes.3
Por esta época Segóvia começa a transcrever peças de J.S. Bach para
violão. No centenário de morte de Bach em 1850, foi fundada a Bach –
Gesellschaft (Associação de Bach), dedicada a publicar sua obra completa. Entre
1851 e 1899, quarenta e seis volumes foram lançados. Em janeiro de 1900 a
Neue Bach Gesellschaft substituiu a original Bach – Gesellschaft, com a intenção
de apresentar a música de Bach em edições práticas. 7
Recordings....
Publications 1924-1930...
5 Gustave Samazeuilh’s Serenade (Paris, Durand, 1926), gravado por Segóvia em Andrés Segóvia, The
Intimate Guitar 2, RCA ARLI-1323, 1976.
6 Domingo Prat, Diccionario de Guitarristas (Buenos aires: Romero e Fernandez, 1934, reimpresso por
Columbus, Ohio: Edições Orphee, 1986) p. 289. Um manuscrito de uma composição de Cyril Scott para
violão, uma Sonatina em três movimentos (tida como perdida), foi descoberta entre os documentos de
Segóvia em Linares por Angelo Gilardino em 2001 (“Reverie” era na verdade o primeiro movimento).
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