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1 MECÂNICA HAMILTONIANA
O movimento de corpos formou um dos objetos de pesquisas mais impor-
tantes dos pioneiros da fı́sica, de seus estudos desenvolveu-se um vasto campo
chamado mecânica. O conceito de força, estabelecido por Isaac Newton e
Gottfired Leibniz(Suisky, 2009), apesar de ser muito aplicado na engenharia
e ter se mostrado eficaz na obtenção de diversas informações de interesse de
vários sistemas, esse não é o único utilizado para o estudo do movimento.
muitas vezes a descrição do movimento no formalismo Newtoniano se torna
demasiadamente complicado. Para evitar tais problemas da aplicação dessa
teoria a certos problemas, outros métodos foram desenvolvidos.
A mecânica Hamiltoniana é uma reformulação de mecânica clássica que
faz as mesmas previsões que a Newtoniana, usando um formalismo matemático
diferente, o que resulta em uma teoria mais abstrata. Além disso, o princı́pio
de Hamilton pode ser aplicado a vários fenômenos fı́sicos que nem sempre
estão associados com as equações de Newton. Esse novo formalismo se baseia
no princı́pio de Hamilton que diz que, supondo que uma partı́cula, em um
campo gravitacional, por exemplo, se mova livremente de um ponto inicial 1
para um ponto final 2, a trajetória do movimento será aquela que minimiza
a diferença entre a energia cinética e a energia potencial. Dessa forma, caso
fosse calculado a energia cinética em cada instante e dela fosse subtraı́da a
energia potencial, integrando em relação ao tempo durante todo o caminho,
a trajetória real será aquela cujo o valor dessa integral é o menor quando
comparado ao dos demais caminhos possı́veis.
Cada trajetória terá um valor para a ação, o problema se torna então
encotrar aquela cujo esse valor é o menor e, para isso, deve-se empregar
cálculo variacional. Logo o problema se torna extremizar (achar o máximo
ou o mı́nimo) uma função do tipo
Z
S = 1t 2(T − V )dt (1)
t
Z x2
J= f {y; y 0 ; x} dx (2)
x1
Onde f {y; y 0 ; x} é um funcional e y é dependente de x. Procura-se portanto
um y(x) extremiza J para um dado funcional, sendo que qualquer outra
função, não importanto quão próxima de y(x), fará J aumentar seu valor.
Essas funções y podem ser denominadas “funções vizinhas” e podem ser
definidas como

1
y(α, x) = y(0, x) + αη(x) (3)
Sendo assim, é dado à todas as funções vizinhas a representação y = y(α, x).
A função η(x) é uma função de x que se anula quando x = x1 e x = x2 , o
que resulta em y(x) = y(α, x) nos extremos da trajetória. Substituindo a
equação 3 na equação 2, tem-se
Z x2
J(α) = f {y(α, x), y 0 (α, x); x} dx (4)
x1

O ponto que extremiza a função J(α) pode ser encontrada através da sua
primeira derivada
Z x2
∂J(α) ∂
= f {y(α, x), y 0 (α, x); x} dx = 0 (5)
∂α ∂α x1

Como os limites de integração estão fixos, pode-se passar o termo ∂α pode
ser escrito dentro do integrando. Dessa forma, tem-se, pela equação 3
Z x2 
∂f ∂y 0

∂J(α) ∂f ∂y
= + dx, (6)
∂α x1 ∂y ∂α ∂y 0 ∂α
logo,
Z x2  
∂J(α) ∂f df dη
= η(x) + 0 dx. (7)
∂α x1 ∂y ∂y dx
Separando em dois termos tem-se
Z x2 Z x2
∂J(α) ∂f df dη
= η(x)dx + 0
dx. (8)
∂α x1 ∂y x1 ∂y dx

A segunda integral pode ser resolvida por integração por partes. Con-
siderando que η(x1 ) = η(x2 ) = 0 a equação acima se torna
Z x2  
∂J(α) ∂f d ∂f
= η(x) − dx, (9)
∂α x1 ∂y dx ∂y 0
Z x2  
∂J(α) ∂f d ∂f
= − η(x)dx. (10)
∂α x1 ∂y dx ∂y 0
Como a condição de extremos exige e como para valores extremos α = 0, a
equação acima se torna
∂f d ∂f
− = 0. (11)
∂y dx ∂y 0

2
Que é conhecida como equação de Euler.
Dessa forma, o princı́pio de Hamilton pode ser dado por
Z t2
(T − U )dt = 0. (12)
t1

Onde T − U é comumente denominado de lagrangiano (L). Considerando a


equação de Euler, obtém-se
∂L d ∂L
− = 0, (13)
∂xi dx ∂ ẋi
as equações de Lagrange do movimento. Nesse método, as equações de movi-
mento são obtidas através da descrição de algumas propriedades associadas a
da partı́cula (ou sistema de partı́culas), e sem explicitar o fato que houve um
agente externo que haja sobre ela (alguma força, por exemplo). Considerando
que energia pode ser definida independentemente de conceitos newtonianos,
o princı́pio de Hamilton permite assim calcular as equações de movimento de
um corpo completamente sem recorrer a fı́sica newtoniana e, consequente-
mente, ao conceito de força. Essa é uma caracterı́stica importante pois en-
ergia é uma grandeza escalar, logo a lagrangiana é invariante à mudanças
coordenadas. Além disso, é que em certar situações não é possı́vel explicitar
todas as forças que agem sob um corpo sendo ainda possı́vel determinar a
energia cinética e potencial.
Uma lagrangiana que descreve um sistema fechado não depende explici-
tamente do tempo, ou seja,
∂L
= 0, (14)
∂t
sendo que a derivada total da lagrangiana é
dL X d ∂L X ∂L
= ẋi + ẍi . (15)
dt j
dt ∂ ẋi j
∂ ẋi

Dessa forma, temos


!
d X ∂L
L− ẋi = 0. (16)
dt j
∂ ẋi

Como o resultado da derivada é nulo, o termo derivado deve constante. Logo,


X ∂L
L− ẋi = −H. (17)
j
∂ ẋi

3
Explicitando a lagrangiana como T − U , obtemos
(T-U)-2T=-H,
logo
T+U=H=energia total do sistema.
A função H é chamada de Hamiltoniana do sistema e ela será equivalente
à energia total do sistema somente se a energia potencial (U ) for indepen-
dente da velocidade e do tempo. Um método comum para resolver problemas
de mecânica é procurar constantes do movimente, ou seja, funções das coor-
denadas e velocidades que são constantes no tempo. Um caso comum em que
tais constantes podem ser encontradas ocorre quando a lagrangiana possuı́
coordenadas xi que não são explicitas. Dessa forma, a equação de Lagrange
se reduz para
 
d ∂L
= 0. (18)
dt ∂ ẋi
Integrando temos

f rac∂L∂ ẋi = pi . (19)


Na qual pi é o momento, uma constante do movimento. Substituindo na
equação 17, temos
X
H= pi ẋi –L. (20)
j

Como H é uma função das coordenadas, do momento e da velocidade, temos


que
X  ∂H ∂H

∂H
dH = dxi + pi + dt, (21)
i
∂xi ∂pi ∂t
substituindo H pelo termo à direita na equação 20 obtemos
X ∂L ∂L

∂L
dH = ẋi dpi + ṗi dxi − dxi − dẋi − dt. (22)
i
∂x i ∂ ẋ i ∂t
Utilizando a definição de momento dada pela equação 19 cancelamos os ter-
mos explicitamente dependentes da lagrangiana dentro do somatório e temos
X ∂L
dH = (ẋi dpi + ṗi dxi ) − dt. (23)
i
∂t
A equação acima pode ser então comparada com a equação 21, o que torna
evidente que

4
∂H
= ẋi , (24)
∂pi
∂H
= −ṗi . (25)
∂xi
Que são conhecidas como as equação de Hamilton do movimento. De certa
forma não há nenhuma diferença fundamental entre a mecânica newtoni-
ana, mecânica lagrangiana, e a mecânica hamiltoniana. Todas irão fornecer
soluções equivalente para a evolução do tempo de um sistema. Aquele que
você usa para um determinado problema realmente apenas se resume em o
que é mais conveniente ou mais fácil de resolver. No formalismo lagrangiano,
as equações de movimento de lagrange descrevem uma partı́cula, por ex-
emplo, em termos de uma única equação diferencial de segunda ordem. O
formalismo Hamiltoniano, por outro lado, utiliza equações que descrevem o
movimento da partı́cula em termos de um sistema acoplado de duas equações
diferencias de primeira ordem, além de seu operador necessariamente ser uma
grandeza conservada.

2 REFERÊNCIAS
Suisky, D. (2009). Euler as physicist. 1st ed. Heidelberg: Springer,
pp.33-34.

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