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Aula 04

Química p/ ENEM 2017 (Com videoaulas)


Professor: Wagner Bertolini

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QUÍMICA PARA O ENEM 2017
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Prof. Wagner Bertolini

Aula: REAÇÕES ORGÂNICAS E SEUS MECANISMOS

SUMÁRIO PÁGINA
1. “Conversa” com o concursando 01
2. Reações orgânicas 01
3. Questões 75

1. CONVERSA COM O CONCURSANDO


Olá meus queridos alunos.
Para você que já estava com saudades de mim, segue a cacetada de reações.
Temos hoje um assunto bem amplo: reações orgânicas.
Aqui meu caro aluno, montei a aula com a seguinte intenção pedagógica: você
encontrará a parte básica, para ver como são as reações, o que elas produzem, as
diferenças entre os produtos e reagentes, etc. Depois, segue uma parte com o
mecanismo reacional característico de cada tipo de reação.
Na minha singela opinião creio que a parte de mecanismos não é muito cobrada em
provas. Os concursos querem saber seu conhecimento geral e, nem sempre, o
específico.
Porque, na prática, o mais importante é saber o que a reação produzirá. Como
produzirá depende do mecanismo reacional.
A meu ver, de uma maneira bem simples, diria que o mecanismo reacional serve para
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explicar algumas diferenças entre os produtos.


Por isto, recomende que guarde com muito carinho meus “esqueminhas reacionais”
que fiz, sempre que possível. Eles são muito práticos e ajudarão muito a resolver as
questões de forma mais rápida.
Bons estudos.

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2. REAÇÕES ORGÂNICAS
Os principais tipos de reações que precisaremos estudar podem ser classificados de
acordo com o “modo” com que ocorrem.
As reações mais importantes são classificadas em 3 tipos básicos: substituição,
adição e eliminação.
Como curiosidade ficam as seguintes ideias:
- A reação de substituição não irá modificar o grau de insaturação ao se passar de
reagente para produto (ou seja: se o reagente é saturado o produto será saturado).
- Na reação de adição teremos a diminuição do grau de insaturação (pois,
insaturação será usada para adionar os novos ligantes).
- Na reação de eliminação teremos o aumento do grau de insaturação (pois, nova
ligação entre carbonos será formada ao se eliminar ligantes).
Em nossa aula não teremos condições de discutir aprofundadamente todas as
reações. Veremos as mais importantes.

A) Reações de substituição
Um nucleófilo (base de Lewis) é um ânion ou molécula neutra que possui um par de
elétrons não-compartilhados. Por exemplo, quer HO- quer H2O podem atuar como
nucleófilos reagindo com alcanos halogenados para produzir álcoois:

Muitas substâncias podem atuar como substratos de substituições nucleófilas, além


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dos derivados halogenados dos alcanos. Para ser reativa, uma molécula deve possuir
bons grupos migrantes.
Nos alcanos halogenados o halogênio substituinte é o grupo migrante: deixa a
molécula sob a forma de ânion. Para ser um bom grupo migrante, o substituinte
deve ser capaz de deixar a molécula sob a forma de íon (ou molécula)
relativamente estável, fracamente básico. Os halogenetos são relativamente
estáveis e são bases muito fracas, pelo que constituem bons grupos migrantes.

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PRINCIPAIS REAÇÕES DE HIDROCARBONETOS


A) SUBSTITUIÇÃO
A.1. SUBSTITUIÇÃO EM ALCANOS
Os alcanos são hidrocarbonetos alifáticos saturados de fórmula geral: CnH2n+2. São
conhecidos como parafinas (do latim parum affinis, “pouca afinidade, isto é, pouco
reativo) porque apresentam fraca tendência a se combinarem.
Nos alcanos existem apenas ligações covalentes C – C e C – H, a estrutura dos
carbonos é tetraédrica e os ângulos de ligação são de 109°28’.
Vamos recordar alguns alcanos:
CH4 Metano (gás dos pântanos)
H3C__ CH3 Etano
H3C__ CH2__ CH3 Propano
H3C__ CH2__ CH2__ CH3 Butano

Propriedades Físicas dos Alcanos


O ponto de ebulição aumenta de 20 a 30 °C para cada carbono adicionado à ca deia.
Em condições ambientais verificam-se os três estados físicos: gases (de 1 a 4
carbonos), líquidos (de 5 a 18 carbonos) e sólidos (mais de 18 carbonos).
No caso dos alcanos isômeros, quanto mais ramificada a cadeia, mais baixo o ponto
de ebulição.
O ponto de fusão aumenta com o tamanho da cadeia carbônica, porém esse aumento
não é muito regular como o ponto de ebulição.
Para a densidade valem as mesmas considerações feitas para o P.E. Os alcanos são
menos densos que a água, já que as interações entre as moléculas são mais fracas.
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Os alcanos são solúveis em solventes apolares, como benzeno, CCl4, CS2, éter etc.
Respeitando a regra: “semelhante dissolve semelhante” (apolar dissolve apolar).

Reações
Os alcanos participam de poucas reações. Estas ocorrem somente em condições
rigorosas e normalmente resultam de misturas de produtos. No final da reação,
obtêm-se produtos da substituição de átomos de hidrogênio do alcano por outros
átomos ou grupos de átomos.

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O hidrogênio que sofre mais facilmente substituição é o ligado ao carbono terciário, e


o mais dificilmente substituível é o ligado ao carbono primário. Temos, portanto, a
seguinte ordem decrescente da facilidade de substituição do hidrogênio.

A ordem de reatividade apresentada indica a orientação da reação para o alcano.

Com a saída de hidrogênio, verifica-se a formação de radicais, que são derivados de


um alcano. A estabilidade de um radical está relacionada com o alcano que o originou.
Se a facilidade da retirada de átomos de hidrogênio se coloca pela ordem: terc. > sec.
> prim. > CH4, da mesma maneira, também se deve colocar a ordem de facilidade de
formação dos radicais:
Terc. > Sec. > Prim. > · CH3
Portanto, quanto mais estável for um radical, mais facilmente ele será formado.
Vários são os tipos de substituições e estas recebem nomes particulares, conforme
veremos nos casos abaixo:

1. Reação de Halogenação
É a reação de substituição que, neste caso, ocorre entre alcanos e halogênios,
principalmente cloro e bromo. Verificam-se reações com o flúor, desde que este se
encontre diluído com um gás inerte (a reação com flúor é extremamente explosiva e
perigosa); com o iodo praticamente não se observa reação.
Na reação de halogênios com alcanos, forma-se mistura de mono, di, tri, poli
halogênios alcanos. 04178253905

Na reação com metano e cloro forma-se uma mistura de derivados clorados do


metano. A velocidade das reações de halogenação pode aumentar na presença de
luz solar ou ultravioleta.
É uma reação que ocorre por um mecanismo de radicais livres:

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Veja exemplo abaixo:

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Já os alcanos com 3 ou mais átomos de carbono sofrem esta reação fornecendo uma
mistura de compostos e ocorrendo em maior quantidade a reação que aconteceu no
carbono mais reativo.

Exemplo

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Observação
As reações de halogenação dos alcanos ocorrem através de uma substituição via
radical livre. O mecanismo pode ser representado da seguinte maneira:

1a etapa: Cl Cl 2Cl Cisão homolítica

2a etapa: H3C H + Cl H3C + HCl

3a etapa: H3C + Cl Cl H3C __ Cl + Cl


O radical livre Cl• formado na 3a etapa reage com o hidrocarboneto, conforme descrito
na 2a etapa. 04178253905

2. Reação de Nitração
É a reação que se dá entre alcanos e ácido nítrico (HNO3 ou HO – NO2).
Os alcanos podem ser nitrados utilizando-se ácido nítrico concentrado em condições
enérgicas (aprox. 400oC), produzindo nitro-compostos.
Os mesmos aspectos vistos para a halogenação devem ser considerados para a
nitração.

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Esquematicamente:

3. Sulfonação
Os alcanos podem ser sulfonados utilizando-se ácido sulfúrico concentrado a altas
temperatura, produzindo ácidos sulfônicos:

A.2. SUBSTITUIÇÃO EM AROMÁTICOS


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Os hidrocarbonetos aromáticos são o benzeno, seus derivados e outros compostos


que a ele se assemelham.
Alguns aromáticos importantes:

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A característica química do núcleo benzênico são as reações de substituição


eletrófila aromática, que consistem na substituição de hidrogênio por outros átomos
ou grupos de átomos:

1. Halogenação no Benzeno
O cloro e o bromo na presença de AlCl3, como catalisador, dão reação de substituição
com o benzeno, sendo que o iodo não reage com esse hidrocarboneto.

2. Nitração no Benzeno
Os hidrocarbonetos aromáticos reagem com mistura sulfonítrica (HNO 3 concentrado
e H2SO4 concentrado) formando nitroderivados aromáticos.

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3. Sulfonação do Benzeno
Os hidrocarbonetos aromáticos reagem com H2SO4 fumegante, com ligeiro
aquecimento por meio de reação de substituição.

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4. Alquilação (Reação de Friedel-Crafts)


São reações que ocorrem envolvendo hidrocarbonetos aromáticos e haletos
orgânicos.

5. Acilação (Reação de Friedel-Crafts)


São reações que ocorrem envolvendo hidrocarbonetos aromáticos e haletos de ácido.

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A.3. Radicais Dirigentes (Visão geral)


As posições 1,2; 1,3; 1,4 nos compostos aromáticos são chamadas, respectivamente,
de posições orto, meta, para.

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Exemplos

Quando um radical estiver ligado ao anel benzeno ou a um grupo funcional, estes


dirigirão a substituição e serão denominados radicais dirigentes.
Os radicais dirigentes podem ser agrupados em duas classes:

I. Radicais orto e para dirigentes


São radicais que, quando ligados ao núcleo aromático, orientam as substituições
exclusivamente para as posições orto e para. Simbolicamente, representamos estes
radicais por X.

Os principais radicais orto-para dirigentes:

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Exemplos
a) Monocloração do tolueno (metilbenzeno)

Ocorre nesta posição devido ao fato do radical metil (– CH3) ser orto ou para dirigente.

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b) A trinitração do tolueno produz o trinitro-tolueno (TNT), usado como explosivo.

OBS: podemos generalizar dizendo que os radicais são SATURADOS.

II. Radicais meta dirigentes


São os radicais que, quando ligados ao núcleo aromático, orientam as substituições
exclusivamente para as posições meta.
Representamos simbolicamente por Y:

São os seguintes os principais radicais metadirigentes:

Exemplo:
Monocloração do nitrobenzeno:

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OBS: podemos generalizar dizendo que os radicais são INSATURADOS ou que


apresentam ligação dativa.

APROFUNDANDO O ESTUDO SOBRE RADICAIS DIRIGENTES


Consideremos a nitração do benzeno, do tolueno e do (trifluorometil)benzeno:

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O tolueno é mais reativo do que o benzeno. A sua nitração ocorre de 20 a 25 vezes


mais depressa do que a nitração do benzeno. Ao invés, a nitração do
(trifluorometil)benzeno é cerca de 40000 vezes mais lenta do que a do benzeno. O
efeito é semelhante para todas as reações de substituição eletrofílica aromática. Diz-
se, portanto, que o grupo metilo do tolueno ativa o anel, e que o trifluorometilo desativa
o anel. Substituintes ativantes aumentam a velocidade das reações de substituição
eletrofílica aromática. Substituintes desativantes diminuem a velocidade das reações
de substituição eletrofílica aromática.

Orientação

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Ao contrário do benzeno, no tolueno as diferentes posições do anel não são


equivalentes. A substituição no tolueno pode originar produtos substituídos em orto,
meta ou para. Na nitração do tolueno, formam-se predominantemente os isômeros
orto- e para-. O isômero meta- forma-se apenas em quantidades vestigiais. Diz-se por
isso que o grupo metilo é orto-, para-dirigente. A nitração do (trifluorometil)benzeno

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produz um resultado diferente: forma-se quase exclusivamente o isômero meta. Diz-


se, portanto, que o substituinte trifluorometil é um meta-dirigente.
Já vimos que a substituição eletrofílica aromática ocorre através de um intermediário:
o cátion cicloexadienilo. O estudo da estrutura e da estabilidade deste cátion é a
chave para a compreensão do efeito dos substituintes na velocidade e na
regioselectividade. O princípio fundamental é: um carbocátion mais estável forma-se
mais rapidamente que um carbocátion menos estável. Consideremos novamente a
nitração do tolueno. O grupo metilo aumenta a densidade eletrônica do anel por efeito
indutivo, tornando todas as suas posições mais susceptíveis de ataque eletrofílico do
que as posições correspondentes no benzeno. Além disso, no caso do ataque orto,
as estruturas contribuintes incluem um carbocátion terciário muito estável, devido ao
efeito indutivo do grupo metilo:

No caso do ataque meta, todas as estruturas contribuintes são carbocátions


secundários. O ataque em orto será, portanto, favorecido em comparação com o
ataque em meta.

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Exercício: Comprove que no caso do ataque para, também existe um carbocátion


terciário entre as estruturas contribuintes.
Algo diferente se passa no caso do (trifluorometil)benzeno. O grupo trifluorometilo
retira densidade eletrônica ao anel por efeito indutivo, tornando todas as suas
posições menos suscetíveis de ataque eletrofílico do que as posições
correspondentes no benzeno. Tal como no tolueno, o ataque do

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(trifluorometil)benzeno pelo NO2+ em posição orto dá origem a um carbocátion


terciário entre as estruturas contribuintes:

No entanto este carbocátion terciário é extremamente instável: a grande


eletronegatividade dos átomos de flúor cria uma deficiência eletrônica significativa no
carbono (assinalada por +).

O carbocátion terciário possui então duas cargas positivas em átomos adjacentes, o


que o instabiliza bastante. O mesmo acontece quando o ataque é realizado em para.
O ataque em meta não tem este inconveniente, pelo que o produto da nitração do
(trifluorometil)benzeno será quase exclusivamente o isômero meta.

Grupos ativantes

EFEITO NA VELOCIDADE SUBSTITUINTE EFEITO NA ORIENTAÇÃO

Muito fortemente ativantes -NH2,-NHR,-NR2, -OH

Fortemente ativantes
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Orto-, para-dirigentes

-OR,

Ativantes -R, -CH=CR2,

Desativantes -F, -Cl, -Br, -I

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Fortemente desativantes
Meta-dirigentes

Muito fortemente desativantes -CF3, -NO2

Conforme se pode ver na tabela, vários substituintes ativantes orto-, para-dirigentes


contêm um átomo de oxigênio ou de nitrogênio ligado ao anel benzênico. Os cátions
cicloexadienilo formados por ataque orto- ou para- são estabilizados por doação de
um par de elétrons não compartilhados do oxigênio ou nitrogênio. Observemos o
intermediário formado por ataque orto- de um anel contendo um grupo alcóxi (-OR).

O par de elétrons não compartilhados do oxigênio estabiliza o cátion originado de


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ataque para- da mesma forma, mas o cátion originado pelo ataque meta- não
beneficia desta estabilização. Conforme ilustrado por este exemplo, substituintes com
pares de elétrons não compartilhados ligados ao anel são orto-, para-dirigentes.
Todos os substituintes ativantes estabilizam o cátion doando densidade eletrônica ao
anel. Além disso, todos os substituintes ativantes são orto-, para-dirigentes.

Grupos desativantes
Todos os substituintes meta- dirigentes são desativantes, por exemplo, reagem mais
lentamente do que o benzeno. Geralmente, os substituintes desativantes encontram-

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se ligados ao anel benzênico através de átomos com uma carga positiva (total ou
parcial), cujo efeito é retirar densidade eletrônica do anel e diminuir a estabilidade do
cátion cicloexadienilo. Um exemplo comum é o grupo carbonilo (C=O). A ligação
carbono-oxigênio é bastante polarizada, e o átomo de carbono (o menos
eletronegativo do par) é a zona positiva do dipolo:

Os intermediários da nitração do benzaldeído são:

A nitração do benzaldeído dá origem, quase exclusivamente, ao isômero meta-, uma


vez que os intermediários do ataque em orto- e em para- são instáveis devido à
presença de cargas positivas em átomos adjacentes.
Os halogênios são substituintes peculiares: apesar de desativantes, são orto-, para-
dirigentes. O seu efeito desativante é devido à sua elevada eletronegatividade, que
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provoca diminuição de densidade eletrônica no anel. No entanto, tal como o oxigênio


e o nitrogênio, os halogênios possuem pares de elétrons não compartilhados que
podem ser doados ao carbono carregado positivamente, o que estabiliza os
intermediários derivados de ataque orto- e para-:

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Outras Reações do Benzeno e seus Derivados


I. Hidrogenação
É lenta e necessita de temperatura e pressão elevadas devido à grande estabilidade
do anel benzênico.
Exemplo:

II. Oxidação
A utilização de oxidante como MnO4-/H+ (KMnO4 / H2SO4 ) ou K2Cr2O7 / H2SO4 a
quente provoca oxidação da cadeia lateral mas nunca afeta o anel benzeno. A
oxidação sempre acontece no carbono ligado ao anel (carbono ). Através dessa
reação, podem-se sintetizar ácidos carboxílicos aromáticos.
Exemplos 04178253905

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III. Substituição na cadeia lateral ou no Anel aromático?


Quando temos um hidrocarboneto aromático com cadeia lateral podemos ter a
substituição ocorrendo em diferentes posições: na cadeia ou no núcleo
aromático.
Para que você saiba onde irá ocorrer a reação recomendo que memorize este
macetinho:
A reação do tolueno com o cloro ocorre com substituição do hidrogênio preso na
cadeia lateral ou no núcleo aromático, dependendo das suas condições. Se a reação
ocorrer na presença de luz ou de calor, a substituição ocorrerá no grupo – CH3 (cadeia
lateral).

Regra C.C.C.: calor, claridade, cadeia.

Mas se a reação de tolueno com cloro ocorrer com a ausência de luz e com a
presença do frio, na presença de FeCl3 como catalisador, a substituição será feita no
núcleo aromático.
A substituição será dividida pelo – CH3 (grupo paradirigente e orto).
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Regra N.N.N.: noite, neve, núcleo.

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Portanto, é importante observar as diferenças de condições da reação para se


determinar onde ocorrerá a substituição.

B) REAÇÕES DE ADIÇÃO
B.1. ADIÇÃO EM ALCENOS
Alcenos são hidrocarbonetos alifáticos insaturados por uma dupla-ligação de fórmula
geral CnH2n. São também conhecidos como olefinas, devido ao seu aspecto visual.
O alceno mais importante é o etileno:

1. Propriedades físicas
Assemelham-se aos alcanos, sendo insolúveis em solventes polares, são menos
densos que a água e apresentam baixo ponto de fusão e ebulição.

2. Propriedades químicas
A química dos alcenos é a química da ligação dupla. Como a ligação dupla consiste
em uma ligação forte e uma ligação fraca, as reações envolvem a quebra da ligação
fraca. Esta espécie de reação é denominada reação de adição eletrofílica

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Reações de adição
1. Adição de halogênio

A reação ocorre via carbocátions. A nuvem p polariza a ligação Br-Br, provocando a


sua dissociação heterolítica e a formação de um carbocátion.

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Br- (uma base de Lewis) adiciona então ao carbocátion. A adição ocorre do lado
oposto àquele a que se encontra o outro átomo de Br (adição anti), devido a razões
estereoquímicas. No caso do cloro a reação é menos estereoespecífica.
O cloro e o bromo transformam facilmente os alcenos em di-haletos vicinais (dois
haletos vizinhos), dissolvidos normalmente em um solvente inerte, como o tetracloreto
de carbono. O iodo, em geral, não reage.
A adição prossegue rapidamente, à temperatura ambiente ou inferior, constituindo a
melhor maneira de se obter di-haletos vicinais. Sabemos que as moléculas de um
halogênio qualquer é apolar, ou seja, não há diferença de eletronegatividade entre os
átomos na molécula.
Sabemos também que a adição em alcenos se dá pelo ataque dos elétrons pi a um
eletrófilo. Neste caso, não há um eletrófilo com carga real. No entanto, as moléculas
do halogênio criam um dipolo induzido pelo forte campo elétrico gerado pelas nuvens
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pi das moléculas do alceno que se encontram no meio.


A densa nuvem eletrônica da dupla ligação tende a repelir a nuvem eletrônica do
halogênio, fazendo com que o átomo de halogênio que estiver mais próximo da dupla
seja relativamente mais positivo e o mais afastado relativamente negativo.

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IMPORTANTE: A adição de solução de Iodo (I2) aos alcenos pode servir também
como método de análise, para se determinar, por exemplo, o número de duplas
ligações existentes no composto, através da verificação da quantidade de iodo
consumido na reação. Normalmente denominamos tal técnica de índice de Iodo.

2. Hidrogenação catalítica (método de Sabatier - Senderens)


É a reação com H2, na presença de Ni ou Pd como catalisador. Pode ser considerada
uma reação de redução.

Exemplo

É uma adição em que o ataque se dá ao mesmo tempo e de um mesmo lado (cis).

Utiliza-se a hidrogenação de alcenos para a produção de alcanos. Isto se dá pela


quebra da dupla ligação, originando-se duas ligações simples.
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IMPORTANTE: A adição de hidrogênio aos alcenos pode servir também como


método de análise, para se determinar, por exemplo, o número de duplas ligações
existentes no composto, através da verificação da quantidade de hidrogênio
consumido na reação. A quantidade de calor liberado na hidrogenação de um mol de
um composto insaturado chama-se calor de hidrogenação. Essa quantidade de calor
em quase todos os alcenos gira em torno de 31 kcal por cada ligação dupla no
composto. Os calores de hidrogenação podem também nos dar informações sobre as

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estabilidades relativas dos compostos insaturados. Geralmente, quanto menor o calor


liberado na hidrogenação, maior a estabilidade do composto.
A reação requer o uso de catalisador. Este atua diminuindo a energia de ativação
necessária para que a reação ocorra. Os reagentes são adsorvidos na sua superfície,
rompendo as ligações pi e enfraquecendo as ligações sigma, o que facilita a reação.
O paládio, a platina e o níquel podem servir como catalisadores da hidrogenação

3. Halogenidretos em alcenos
Os alcenos adicionam halogenidretos (HCl, HBr, HI, HF), formando haletos de alquila.
Esquematicamente, temos:

O HCl, o HBr e o HI transformam os alcenos nos correspondentes haletos de alquila.


A reação consiste em fazer passar o haleto de hidrogênio, gasoso e anidro,
diretamente através do alceno. Alcenos com mais de dois carbonos poderiam dar
origem a mais de um produto. No entanto, na grande maioria dos casos, apenas um
deles se forma ou existe um deles que se forma em maior quantidade em relação ao
outro. A orientação da adição nos alcenos depende da estabilidade do carbocátion.
Veja o exemplo abaixo:

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1) Regra de Markovnikov
Nas reações de adição, a porção positiva (H+) a adicionar dirige-se para o carbono
mais hidrogenado da insaturação.
Exemplo

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2) Regra de Karash
Na presença de peróxido (O2)2– ocorre inversão da regra de Markovnikov (o
halogenidreto usado deve ser o brometo de hidrogênio HBr).

Explicando as duas situações:


Adição de halogenetos de hidrogênio

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A adição de halogenetos de hidrogênio progride por carbocátions. Nestes casos,


observa-se a regra de Markovnikov: quando um alceno substituído
assimetricamente reage com um halogeneto de hidrogênio, o hidrogênio liga-se ao
carbono que tem o maior número de hidrogênios, e o halogênio ao carbono com
menos hidrogênios.
No caso do HBr, a adição pode ocorrer ao contrário da regra de Markovnikov em
condições especiais. Isto ocorre quando se efetua a reação em presença de radicais
(p. ex: peróxidos). Nestes casos, o HBr é cindido homoliticamente pelos radicais
presentes, dando origem a dois radicais: H e Br. O radical Br adicionará ao carbono

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com mais hidrogênios (por ter mais espaço livre à sua volta) dando origem a um
radical centrado no outro carbono da ligação. Este radical reagirá então com H,
completando a reação.

4. Hidratação de alcenos
São reações que envolvem o hidrocarboneto alceno e água na presença de
catalisador e em meio ácido.

Vejamos como seria:

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B.2. DIENOS
Existe uma certa semelhança entre o comportamento dos alcenos e dos dienos.
Portanto, o que se estudou para alcenos pode ser aplicado para dienos, de
maneira geral.
Vou ressaltar algumas reações mais “diferenciadas” para os DIENOS.

1. Classificação

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Os alcadienos são classificados conforme a posição das duplas-ligações.


I. Alcadienos acumulados
Quando as duas duplas estão no mesmo carbono.
Exemplos

II. Alcadienos conjugados


Quando as duas duplas estão separadas por uma ligação simples.
Exemplos

III. Alcadienos isolados


Quando as duas duplas estão separadas por mais de uma ligação simples.
Exemplos

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Os mais importantes dos alcadienos são os conjugados porque possuem maior


estabilidade e grande importância industrial.

2. Propriedades Químicas dos Alcadienos


A exemplo dos alcenos, aqui também ocorre reação de adição eletrofílica.
Evidentemente tendo duas duplas-ligações, os dienos darão essas reações em dobro
(parcial e total) quando comparadas com os alcenos.
A reação mais interessante, contudo, ocorre com os dienos conjugados, por exemplo.

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1. Halogenação total e parcial


A reação será dita total quando tivermos 2 mols de X 2 reagindo e, portanto,
sendo adicionados nas duplas

a) Total
Aqui não temos muito segredos:
Exemplo

b) parcial

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A adição 1,2 não tem nada de extraordinário. A grande novidade é o aparecimento da


adição 1,4 onde os bromos se ligam nas extremidades e a dupla pula para a posição
central. A adição 1,4 é típica dos alcadienos conjugados.
Mas. O que ocorre quando reagimos com apenas um mol de reagente?

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Mecanismo da Adição 1,4


É um mecanismo iônico do tipo adição eletrófila. Deste modo, a reação entre o H 2C
= CH – CH – CH2 e o bromo será assim explicada.

Aqui surge a novidade: os carbonos (3) e (4) têm um excesso de elétrons que é
representado pela ligação dupla (orbital ). Eles podem, então, ceder esse excesso
de elétrons em socorro ao carbono (2) que ficou positivo (íon de carbônio) e este
processo de transferir o elétron denomina-se ressonância.

Com isso, a dupla-ligação pula para o centro da molécula e o carbono (4) fica positivo.
Você poderia perguntar: qual a vantagem disso?
A vantagem é que agora o ônus da carga positiva (que nenhum carbono tolera muito
bem) está sendo dividido entre os carbonos (2) e (4) e, deste modo, o conjunto
(híbrido de ressonância) fica mais estável.
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Em resumo:
Os dienos conjugados não são apenas mais estáveis que os dienos não-conjugados
como também apresentam um comportamento especial diante de reagentes
eletrofílicos.
A ressonância dos dienos conjugados deslocaliza a nuvem pi e produz formas
canônicas do composto, tornando possíveis mais duas posições para os reagentes

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adicionados - a posição 1,2 e a posição 1,4. Por este motivo, os produtos de uma
reação desse tipo são chamados produto de adição 1,2 e produto de adição 1,4.

2. Adição de HX (hidrohalogenação)
Abaixo a reação entre o butadieno - 1,3 e o HBr:

As quantidades relativas de cada um dos produtos formados dependem da


temperatura em que a reação foi efetuada. Quando ela se realiza a baixas
temperaturas (aprox. -80o C) obtém-se uma mistura de 20% do produto 1,4 e 80% do
produto 1,2.
Se ela for realizada em temperaturas mais elevadas (aprox. 40o C), porém, obtém-se
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uma mistura de composição inversa: 20% do produto 1,2 e 80% do produto 1,4. A
temperaturas intermediárias obtém-se uma mistura cuja composição se situa entre as
duas indicadas.
Outra observação importante é a de que qualquer um dos compostos separadamente
se transforma na mistura dos dois isômeros, por aquecimento, indicando que ela
resulta do equilíbrio entre os dois compostos.
Vale lembrar que podemos ter a adição em todas as duplas ligações. Depende
apenas das condições estequiométricas.

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3. Hidratação de dienos acumulados (adição de H2O)


Os dienos que possuem duplas acumuladas reagem com água, produzindo cetonas.
Veja um exemplo de reação, envolvendo o 1,2- butadieno:

B.3. ADIÇÃO EM ALCINOS


Alcinos são hidrocarbonetos alifáticos insaturados por uma única tripla ligação, são
também denominados de hidrocarbonetos acetilênicos. Sua fórmula geral é C nH2n – 2.
Os alcinos podem ser obtidos de várias maneiras, sendo a mais importante a partir
do acetileno, que, por sua vez, é preparado do petróleo, do gás natural ou de carvão,
calcário e água. Este último processo (calcário e água) é especialmente importante
por se tornar uma alternativa, dada a dificuldade de se encontrar petróleo.

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O acetileno é o ponto de partida de inúmeras sínteses importantes na área industrial,


produzindo entre outras substâncias o etileno, acetona, ác. acético, acetaldeído,
cumeno, benzeno etc.

Alguns alcinos importantes:

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1. Classificação dos Alcinos


I. Alcinos Falsos
A tripla ligação está situada no interior da cadeia, isto acarreta comportamento normal
da tripla ligação, isto é, reação de adição semelhante aos alcenos.
Exemplos

II. Alcinos Verdadeiros


A tripla ligação está situada na extremidade da cadeia. Isto acarretará, além do
comportamento normal da tripla ligação, outro, decorrente do fato do hidrogênio
terminal ter caráter ácido. Isto explica por que estes alcinos, além da reação de
adição, também dão reação de substituição no hidrogênio ácido.
Exemplos
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2. Propriedades Físicas dos Alcinos


Sendo compostos praticamente apolares, os alcinos têm propriedades físicas
essencialmente iguais às dos alcanos e dos alcenos. Assim, são insolúveis em água,

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mas bastante solúveis em solventes orgânicos (éter, benzeno etc). Seu ponto de
ebulição aumenta com o número de átomos de carbono e são menos densos que a
água.
Considerando somente os alcinos de cadeia normal, nas condições ambientais, do
acetileno aos butinos, são gases, dos pentinos aos pentadecinos (15 C) são líquidos
e dos hexadecinos (16 C), em diante, são sólidos.

3. Propriedades Químicas dos Alcinos


Reações de Adição à Tripla Ligação
Os alcinos apresentam propriedades químicas regidas pela presença da tripla ligação.
São mais reativos que os respectivos alcenos, pois têm maior densidade eletrônica,
sendo as das ligações pi ( ) mais vulneráveis.
A reação de adição acontece tanto em alcino falso quanto com os verdadeiros. O
ponto vulnerável é a tripla ligação e, em particular, as duas ligações pi ( ), que podem
sofrer adições gradativas, dependendo do reagente e das condições energéticas da
reação.

1. Hidrogenação
É a reação com hidrogênio, na presença de catalisadores. Por hidrogenação
moderada os alcinos dão alcenos e em condições mais energéticas dão alcanos.
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Veja que, como a adição do hidrogênio ocorre como se fosse um "encaixe", no mesmo
lado, o alceno formado terá sempre a configuração cis :

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2. Halogenação
É a reação com halogênios (F2, Cl2, Br2, I2) que deve ser feita com cuidado, sendo
difícil de controlar podendo, portanto, gerar misturas.

Os alcinos reagem frente ao cloro e ao bromo da mesma maneira que os alcenos. No


entanto, a adição com os alcinos pode ocorrer uma (di-haletos) ou duas vezes
(derivado tetra-halogenado), dependendo do número de equivalentes molares do
halogênio que se emprega.

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3. Adição com HX (Halogenidretos = HCl, HBr, HI, HF)


É a reação com haletos de hidrogênio que pode ocorrer em etapas e segue a regra
de Markovnikov produzindo, no final, di-haletos gêmeos (halogênio no mesmo
carbono).

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Quando reagidos com HX, os alcinos produzem haletos e, se existir excesso de HX


pode-se obter di-aletos germinais.

Ex: acetileno e HBr:

IMPORTANTE: nos alcenos para termos dois halogênios no produto devemos


reagir com X2 e estes seriam vicinais. Aqui, em alcinos, a reação é com 2 HX e
os haletos são geminais (mesmo carbono). Já vi banca pedindo para identificar
reagentes para se chegar a tais produtos.

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4. Adição de Água
Os alcinos reagem com água na presença de H2SO4 e a solução de H+. Essa reação
produzirá enol, que, por tautomerização, produzirá o correspondente composto
carbonílico (aldeído ou cetona, dependendo da posição da insaturação).
Essa reação também obedece à regra de Markovnikov.

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Observação – Em decorrência da regra de Markovnikov, os alcinos falsos ou


verdadeiros produzem cetona, e apenas o acetileno produz aldeído.
A adição de água ao acetileno para formar acetaldeído, que pode ser oxidado a ácido
acético (vinagre), é um processo extremamente importante dentro da indústria.

O mecanismo da adição de água nos alcinos ocorre de maneira análoga à hidratação


dos alcenos.
Veja o exemplo da hidratação do acetileno:

5. Trimerização do acetileno 04178253905

Aquecendo-se o acetileno e fazendo-o passar por tubos de ferro a temperaturas


elevadas obtém-se o benzeno. O processo não é industrial porque existem outras
fontes de extração do benzeno (alcatrão da hulha e petróleo).

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Reação de Substituição nos Alcinos Verdadeiros


– Reação com metais alcalinos (Na°)
Os alcinos verdadeiros reagem com esses metais, principalmente com o sódio
metálico, através de uma reação de deslocamento, dando os acetilenos
correspondentes.

Não vamos esquecer:

não reage, alcino falso


Essa reação constitui um método rápido de identificação de alcinos
verdadeiros.

B.4. ADIÇÃO EM CICLENOS


Aqui não temos nada de especial. Os ciclenos sofrem as reações típicas dos
alcenos, gerando produtos análogos (claro, levando-se em conta as diferenças
estruturais das cadeias).

1. Halidrificação (substituição eletrofílica)


Os cicloalcenos podem reagir com HX, da mesma forma como os alcenos, produzindo
haletos: 04178253905

2- Halogenação ( substituição eletrofílica )

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Os cicloalcenos podem reagir com halogênios, da mesma forma como os alcenos,


produzindo dihaletos vicinais:

3- Hidratação
Os cicloalcenos podem ser hidratados em meio ácido, da mesma forma como os
alcenos, produzindo álcoois:

B.5. ADIÇÃO OU SUBSTITUIÇÃO EM CICLANOS


Ciclanos ou cicloalcanos são hidrocarbonetos cíclicos saturados, de fórmula geral
CnH2n, também conhecidos como cicloparafinas.
Os mais importantes ciclanos são: 04178253905

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1. Propriedades Químicas dos Ciclanos


Os ciclanos com três átomos de carbono no ciclo adicionam hidrogênio, na
presença de níquel, à temperatura relativamente baixa (80 °C); os ciclanos com
quatro átomos de carbono no ciclo também adicionam hidrogênio, na presença de
níquel, à temperatura mais alta (200 °C); os ciclanos com cinco átomos de
carbono no ciclo adicionam hidrogênio, na presença de níquel, à temperatura ainda
mais alta (300 °C).

Abertura do ciclopropano
Os alicíclicos pequenos sofrem reações de abertura do anel, devido à existência
das tensões de Bayer. Estes compostos reagem com certas substâncias, dando
origem a compostos de cadeia aberta, que conferem maior estabilidade à molécula.
Especialmente o ciclopropano, cujas tensões internas são muito fortes, reage com
várias substâncias. Veja um esquema geral e aluns tipos de reações com cilanos:

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Os ciclanos com seis átomos de carbono no ciclo não adicionam hidrogênio. Em


resumo os três primeiros ciclanos (ciclopropano, ciclobutano e ciclopentano) dão
reação de adição e os demais ciclanos, reação de substituição.
Por exemplo:

II. Halogenação

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III. Reação com Halogenidreto (HCl, HBr, HI)

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2. Teoria da Tensão dos Anéis de Bayer


Pelas reações anteriores, conclui-se que a estabilidade dos ciclanos aumenta do
ciclopropano para o cicloexano. Foi em 1885 que Adolf von Bayer propôs uma teoria
para explicar o comportamento diferente dos ciclanos.
O ângulo formado por ligações simples com duas unidades de covalência do carbono
pode ser matematicamente determinado e seu valor é de 109°28’.
Ângulo de Estabilidade Total entre as Ligações.

Num ciclo de 3 átomos de carbono, o ângulo formado entre duas unidades de


covalência é de 60°.
Existe, portanto, grande tensão no ciclo e sua tendência é de abrir; daí a facilidade
com que há reação de adição com ruptura do ciclo.
Num ciclo com 4 átomos de carbono, o ângulo formado entre duas unidades de
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covalência do carbono no ciclo é de 90°:

Neste caso, a tensão é menor e a estabilidade do ciclo é maior que o ciclopropano.


Mas a tensão no ciclobutano continua, portanto, da reação de adição com ruptura do
ciclo.
Num ciclo com 5 átomos de carbono, o ângulo formado entre duas unidades de
covalência do carbono no ciclo é de 108°:

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Praticamente não há tensão no ciclo, daí então sua grande estabilidade. Porém,
mesmo com esta tensão mínima, pode haver reação de adição com ruptura do ciclo
em condições enérgicas.
A teoria de Bayer não foi satisfatória para explicar a grande estabilidade dos ciclos
com seis ou mais átomos de carbono, porque admitia que os seis ou mais átomos de
carbono do ciclo estavam num mesmo plano, e, sendo assim, haveria tensão no ciclo.
Assim, no cicloexano, se os seis átomos de carbono estivessem num mesmo plano,
o ângulo formado entre duas unidades de covalência do carbono no ciclo seria 120º,
e haveria tensão no ciclo, pois o ângulo normal é 109º 28’.
A partir do ciclo de 6 átomos de carbono, à medida que aumentasse o número de
átomos de carbono no ciclo, deveria diminuir a sua estabilidade, pois aumentaria a
tensão, o que está em desacordo com a prática, pois estes ciclos são muito estáveis.

3. Teoria de Sasche-Mohr
Em 1890, Sasche admitiu que nos hexaciclos, heptaciclos etc. os átomos de
carbono não estão num mesmo plano, e, sendo assim, o ciclo pode se formar sem
tensão. De fato, com o auxílio dos modelos de átomos de carbono, podem-se
construir os hexaciclos, heptaciclos etc., e verificar que os átomos de carbono se
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distribuem em diversos planos e o ciclo não apresenta tensão alguma. Sasche em


sua teoria admitiu que, num hexaciclo, os seis átomos de carbono podem se dispor
espacialmente de duas maneiras diferentes.
Hexaciclo em forma de C (ou forma de barco) e hexaciclo em forma de Z (ou forma
de cadeira.

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Em ambas as formas não existe tensão no ciclo, pois o ângulo de ligação é 109°28’.
Com a teoria, de Sasche surgiu o problema: deveriam existir dois isômeros do
cicloexano, correspondentes às formas C e Z. Na prática, porém, não se verifica este
tipo de isomeria.
Mohr, com auxílio dos modelos de átomos de carbono, demonstrou que, facilmente,
a forma C passa para a forma Z e vice-versa com uma ligeira torção no ciclo. Mohr
admitiu, então, que no cicloexano as moléculas com ciclo na forma C estão
continuamente se convertendo em moléculas com ciclo na forma Z e vice-versa, não
se podendo isolar uma das formas, que seria um dos isômeros.
Portanto, os ciclanos com 6 ou mais de 6 carbonos são estáveis e por isso não existe
ruptura na ligação do seu ciclo, portanto, só apresentam reação de substituição.

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HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS
Muitas das reações que estudamos para os hidrocarbonetos não aromáticos
“se repetem” aqui. Portanto, vou colocar as reações mais importantes de uma
forma mais “resumida”.

1- Nitração (Substituição eletrofílica)


O benzeno reage lentamente com o ácido nítrico concentrado a quente para fornecer
nitrobenzeno. A reação é mais rápida se realizada pelo aquecimento do benzeno com
uma mistura de ácido nítrico concentrado e ácido sulfúrico concentrado.

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O ác. Sulfúrico concentrado aumenta a velocidade da reação pelo aumento da


concentração de eletrófilos, o íon nitrônio (NO2+).

2- Sulfonação (Substituição eletrofílica)


O benzeno reage com ácido sulfúrico fumegante à temperatura ambiente para
produzir ácido benzeno-sulfônico. Ácido sulfúrico fumegante é ácido sulfúrico que
contém SO3 extra. A sulfonação também ocorre em ácido sulfúrico concentrado
sozinho, porém mais lentamente.
Em todas as reações o eletrófilo pode ser SO 3. Em ácido sulfúrico concentrado, SO3
é produzido em um equilíbrio onde H2SO4 atua tanto como um ácido quanto como
uma base.

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3- Halogenação

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O benzeno e outros compostos aromáticos podem ser halogenados, em presença de


AlCl3 ou FeCl3 (ácidos de Lewis). À primeira vista, acharíamos que a reação se
iniciasse como na halogenação de um alceno ou de um cicloalcano: devido à alta
reatividade da ligação pi, esta atacaria o halogênio simplesmente pela existência das
cargas formais na molécula desse halogênio (dipolos induzidos). No entanto, os anéis
aromáticos, por serem estruturas ressonantes, possuem menor reatividade que
alcenos e ciclenos. Por isso é necessário "potencializar" essa carga formal do
halogênio. Para isso, usa-se, por exemplo, o AlCl3, que é um ácido de Lewis, e age
recebendo um par de elétrons de um dos átomos do halogênio. Ex.:

Quando halogenamos um anel aromático que possui um radical alquila, pode-se


conseguir dois produtos diferentes, dependendo das condições em que a reação é
realizada. Por exemplo, na cloração do tolueno, se a reação for efetuada em presença
de um ácido de Lewis, no escuro e a frio, a substituição ocorrerá no anel. No entanto,
se a reação for efetuada em temperaturas elevadas e em presença de luz, a
substituição ocorrerá na cadeia lateral. O mecanismo nesse caso não é iônico, mas
via radicais livres. 04178253905

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A reação I se inicia com a ruptura homolítica do halogênio. Logo, é uma reação via
radicais livres, semelhante àquelas que ocorrem com os alcanos. Daí a preferência
pela cadeia lateral (grupo alquilo). Na prática, é necessário manter a luz, pois podem
ocorrer associações entre os átomos de cloro, regenerando o Cl 2. A reação II ocorre
na presença de ácido de Lewis, que quebra heteroliticamente o halogênio, ou seja,
formam-se íons. A reação é iônica e a orientação da entrada do eletrófilo será dada
pelo grupo que estiver presente no anel.
O mecanismo da cloração do benzeno na presença do cloreto férrico é análogo ao da
bromação. O cloreto férrico serve ao mesmo propósito nas clorações aromáticas
como o brometo férrico em bromações arométicas. Ele ajuda na geração e
transferência de um íon halogênio positivo.
O flúor reage tão rapidamente com o benzeno que a fluoração aromática requer
condições e aparelhos especiais. Mesmo assim, é difícil limitar a reação à
monofluoração.
Iodo, por outro lado, é o oposto:. é tão não reativo, que uma técnica especial tem de
ser usada para efetuar a iodação direta. Aa reação tem de ser realizada na presença
de um agente oxidante, como ácido nítrico.

4- Acilação de Friedel-Crafts (Substituição eletrofílica)


O grupo RC – é chamado de grupo acila, e uma reação onde o grupo acila é
introduzido em um composto é chamada uma reação de acilação.
Reagindo-se haletos de ácido com benzeno, em presença de AlCl3 ou FeCl3 (ácidos
de Lewis), obtém-se cetonas. O eletrófilo é o íon acetoxônio. Ex.:
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5- Alquilação de Friedel-Crafts (Substituição eletrofílica)


Trata-se de um mecanismo de preparação de aquilbenzenos. O mecanismo de
reação começa com a formação de um carbocátion. O carbocátion, então, atua como
eletrófilo (etapa 2) e ataca o anel de benzeno para formar um íon arênio. O íon arênio
(etapa 3), então, perde um próton para gerar isopropilbenzeno. Ex.:

Uma limitação séria na alquilação de Friedel-Crafts está no fato de que alguns


carbocátions, ao serem formados após a reação entre o haleto e o ácido de Lewis,
sofrem um rearranjo instantâneo, alterando o radical que se pretendia adicionar ao
anel. Esse íon sofre rearranjo sempre que, por transposição vicinal de um hidrogênio
ou de um grupo alquila, for possível formar um carbocátion mais estável. Veja:

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ÁLCOOIS

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Reações de alcoóis: Desidratação de álcoois: intramolecular e intermolecular.


Oxidação de alcoóis primários e secundários. Reduções de ácidos carboxílicos,
aldeídos e cetonas. Eliminação em derivados halogenados e di-halogenados.

A.1. ELIMINAÇÃO
1. Desidratação de Álcoois
I. Desidratação Intramolecular de Álcoois
Classificamos os álcoois em primários, secundários e terciários, conforme o grupo (–
OH) esteja ligado a carbono primário, secundário ou terciário, respectivamente.
A facilidade de desidratação é maior nos álcoois terciários, depois nos secundários e,
por último, nos primários:
Álcool terciário. >. Álcool secundário. >. Álcool primário

Isso se deve à estabilidade do carbocátion formado na cisão heterolítica que ocorre


no carbono que possuía a hidroxila –OH.
Se esse carbono for terciário, o número de grupos alquila que irão doar elétrons,
dispersando sua carga, será maior e, portanto, o carbocátion será mais estável.
A desidratação intramolecular necessita de catalisador, H2SO4 ou Al2O3 e um
aquecimento maior que a intermolecular.

Exemplos:

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Quando houver a possibilidade de formar mais de um alceno, é o mais estável que se


forma em maior quantidade. O alceno mais estável é aquele que apresenta o maior
número de radicais orgânicos ligados aos átomos de carbono da dupla ligação:

Estabilidade dos alcenos

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Portanto, podemos enunciar a regra de Saytzeff:


“Na desidratação de álcool, formar-se-á o alceno mais estável”.

Exemplo

Concluindo, podemos dizer que na desidratação intramolecular do álcool forma-se


alceno.

II. Desidratação Intermolecular dos Álcoois


Com um aquecimento mais brando que o usado para a desidratação intramolecular e
na presença de ácido forte, os álcoois sofrem desidratação intermolecular, produzindo
éteres.

Portanto, desidratação intermolecular dos álcoois produz éter.

Eliminações são reações em que, por saída de dois grupos de átomos de carbono
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vizinhos formam-se ligações duplas ou triplas.

A eliminação acompanha normalmente as reações de substituição nucleófila, em


maior ou menor grau:

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O nucleófilo tanto pode atacar nucleofilicamente o carbono do grupo migrante como


os átomos de hidrogênio. O dupleto eletrônico deixado pelo H ataca
intramolecularmente o outro átomo de carbono, expulsando C e dando origem a uma
ligação dupla C=C. Tal como a substituição nucleofílica, a eliminação também pode
ocorrer por dois processos: a eliminação pode ser unimolecular (E1) ou bimolecular
(E2).
E1
A eliminação unimolecular realiza-se em dois processos elementares, sendo o
primeiro comum às SN1.

O processo mais lento é a saída do grupo migrante: um processo unimolecular, por


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exemplo, cuja velocidade só depende da concentração de uma espécie.

E2
Realiza-se num único processo elementar, bimolecular. A saída de H e de X dá-se
mais ou menos ao mesmo tempo:

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A velocidade do processo depende da concentração da espécie atacada e da


concentração do nucleófilo. A reação é facilitada pela presença de grupos atraidores
de elétrons que tornam a substância mais ácida. Facilitam a saída de H sob a forma
de H+, como, por exemplo, o RSO2-.
Nem só os halogênios podem ser grupos emigrantes, como já se viu no estudo da
substituição. Outros grupos, p.ex. sulfonatos, fosfatos, sulfuretos, aminas e
carboxilatos também, podem ser deslocados.

De que dependem os mecanismos E1 e E2?


E1 é favorecida pelos mesmos fatores que promovem as SN1, uma vez que o passo
limitante do mecanismo é o mesmo.
E2 é favorecida por:
 bases volumosas (que devido ao seu volume não podem reagir por SN 2)
 solventes menos ionizantes
 presença de grupos na molécula que tornem os hidrogênios ácidos.
As eliminações ocorrem preferencialmente quando as bases usadas são fortes (neste
caso terão mais tendência a retirar o H+ do que a atacar o carbono central). São
normalmente realizadas a quente, uma vez que quando se aumenta a temperatura a
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velocidade das eliminações aumenta mais rapidamente do que a velocidade das


substituições, por exemplo, aumenta a razão eliminação/substituição.

Qual o hidrogênio que será retirado pela base?


O hidrogênio a ser eliminado terá de estar ligado a um carbono adjacente ao carbono
que possui o grupo migrante, a fim de se poder formar uma ligação dupla.

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O raciocínio para o caso de um mecanismo E2 é em tudo semelhante. Mas no caso


de E2, o hidrogênio retirado do carbono terá de estar numa conformação especial:
deverá estar no mesmo plano do grupo migrante, e em posição anti (o que também
se designa por antiperiplanar). Isto permite que os dois grupos se afastem por lados
diferentes da ligação dupla que está se formando.

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Isto será muito importante na análise da possibilidade de ocorrência de eliminação


em derivados do cicloexano. Por exemplo, sulfonatos de cicloexilo, na presença de
bases, produzem cicloexeno via E2. Se se introduzir um grupo volumoso (como o

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terc-butilo), que impeça o grupo migrante de ocupar a posição axial, a eliminação já


não ocorre:

Regra de Zaitsev
De um modo geral, forma-se de preferência o alceno mais substituído:

Em resumo: 04178253905

O produto formado dependerá basicamente da temperatura em que a reação for


realizada. A cerca de 180o C o produto principal é de eliminação - um alceno. Trata-
se de uma desidratação intramolecular. Veja:

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Se a reação, porém, for realizada a cerca de 140 o C, o produto principal é de


substituição - um éter. Trata-se de uma desidratação intermolecular. Veja:

2. Eliminação em álcoois cíclicos


Em meio ácido, os álcoois cíclicos podem ser desidratados resultandoem alcenos:

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B. Oxidação Enérgica dos Álcoois


Vou passar um resuminho bem prático que permite responder a muitas
questões sem precisar de fazer muita coisa, além de um raciocínio rápido sobre
esta sequência.
Além disto, serve para identificar o tipo de álcool.
Tipo de Produto da Produto da
álcool PRIMEIRA OXIDAÇÃO SEGUNDA OXIDAÇÃO
primário aldeído Ácido carboxílico

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Secundário cetona Não ocorre


terciário Não reage

Então, veja que se tentarmos a oxidação de álcool e este não reagir, trata-se de
um álcool terciário.

I. Álcool Primário
Os álcoois primários podem oxidar-se parcial ou totalmente.
A oxidação parcial de um álcool primário produz aldeído, que é novamente oxidado e
produz ácido carboxílico, o que nos leva a concluir que a oxidação total de um álcool
primário terá como produto final um ácido carboxílico.
A oxidação de um álcool primário a ácido carboxílico é possível porque o carbono do
grupo – OH de um álcool primário possui, no mínimo, 2 ligações com hidrogênio.

Um dos métodos para oxidar álcool primário a aldeído e depois a ácido carboxílico
consiste em usar solução de dicromato de potássio, K2Cr2O7, como agente oxidante.
Essa solução que possui o íon dicromato Cr2O7- tem coloração vermelho-alaranjada.
Quando esse íon oxida o álcool, o cromo sofre redução, passando a Cr 2O3 de
coloração verde (esta reação é a que acontece nos bafômetros ou etilômetros):

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Caso Especial
Oxidação do metanol
(Possui 3 ligações com hidrogênio e, portanto, 3 pontos a serem oxidados na
molécula.)

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II. Álcool Secundário


Os álcoois secundários são oxidados a cetonas, pois o carbono do grupo – OH, neste
caso, possui apenas 1 ligação com hidrogênio.

Exemplo

III. Álcool Terciário


Como neste caso o carbono do grupo – OH não possui ligações com hidrogênio, os
álcoois terciários não sofrem reação de oxidação.
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C. Reação com ácidos (Esterificação)


Uma das reações mais importantes dos álcoois é a esterificação, ou seja, a formação
de ésteres. Reage-se o álcool com um ácido, a frio, em presença de H2SO4
concentrado:

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ALDEIDOS E CETONAS
Vamos estudar estas duas funções conjuntamente, pois, ambas apresentam a
carbonila como grupo funcional.
A reação destas funções se dá na carbonila.

1. Reação com reagente de Grignard


Os aldeídos e cetonas podem reagir com composto de Grignard e posterior hidratação
em meio ácido, produzindo álcoois. O reagente de Grignard funciona como doador de
carbânion:

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Vale um esqueminha para memorizar:

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2. Reação com hidreto


Os aldeídos e cetonas podem ser tratados com um agente fornecedor de hidretos (ex:
LiAlH4) e posteriormente, tratados em meio ácido. Assim, obtemos um álcool:

Diferenciação Prática de Aldeídos e Cetonas


Em laboratórios, faz-se a diferenciação entre aldeído e cetona com base no fato de
que os aldeídos são facilmente oxidados e as cetonas não o são.
Para isso, usam-se reativos especiais que, ao provocarem a oxidação do aldeído e,
consequentemente, ao sofrerem redução, produzem um sinal físico facilmente
identificável como, por exemplo, uma mudança de cor.
Uma vez que a cetona não sofre oxidação, seu contato com esses reativos não
produz sinal algum e assim verifica-se, experimentalmente, se determinado
composto é um aldeído ou uma cetona.

I. Reativo de Tollens
Solução Amoniacal de Nitrato de Prata 04178253905

Os aldeídos produzem um precipitado de prata metálica nas paredes do frasco,


formando um espelho de prata.

As cetonas não reagem com reativo de Tollens.

II. Reativo de Fehling

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Mistura de solução alcalina de tartarato duplo de sódio e potássio (sal de Seignette)


e solução de CuSO4. A mistura é um líquido de cor azul escuro que contém o íon
cobre II.
Os aldeídos, quando tratados pelo licor de Fehling, dão um precipitado vermelho-
marrom de óxido cuproso.

As cetonas não reagem com o licor de Fehling.

A natureza polar do grupo carbonilo permite-lhe reagir quer com eletrófilos como com
nucleófilos: os nucleófilos atacarão o carbono (que tem deficiência de elétrons) e os
eletrófilos atacarão o oxigênio (que tem elevada densidade eletrônica).

3. Redução de aldeídos e cetonas


Os aldeídos e as cetonas podem ser reduzidos respectivamente a álcoois primários
e a álcoois secundários. A redução pode ser realizada (tal como a redução de
alcenos) por hidrogenação na presença de Pt, Pd, Rh ou Ni.

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Para a maior parte das aplicações laboratoriais, este método foi substituído por
métodos baseados em hidretos metálicos. Os reagentes mais comuns são o
borohidreto de sódio (NaBH4) e o LiAlH4.

4. Hidratação
Os aldeídos e as cetonas reagem com a água num equilíbrio rápido:

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O produto é um diol (uma molécula com dois grupos álcool). A quantidade de hidrato
presente no equilíbrio é muito variável, e é normalmente muito maior para os aldeídos
do que para as cetonas.
A posição do equilíbrio depende de fatores eletrônicos e de fatores estéricos
(relacionados com o volume). Substituintes que libertam densidade eletrônica (por
exemplo, grupos metilo) estabilizam o grupo carbonilo e diminuem a extensão da
hidratação.
Da mesma forma, substituintes que instabilizam o carbonilo favorecem a formação do
hidrato. Fatores estéricos: no hidrato, o carbono central está muito mais “apertado”
do que no aldeído ou cetona inicial. Quanto maiores forem R 1 e R2, maior será a
instabilização da forma hidratada e, portanto, a quantidade de hidrato presente no
equilíbrio será menor. A hidratação dos aldeídos e cetonas pode ser catalisada quer
por ácidos quer por bases.

Catálise alcalina

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Catálise ácida

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5. Formação de acetais
Sob condições de catálise ácida, os aldeídos reagem com álcoois formando diéteres
denominados acetais. O primeiro passo é o ataque (catalisado por ácido) do aldeído
por uma molécula de álcool, num processo bastante semelhante ao ocorrido na
hidratação:

Nas condições ácidas da sua formação, o hemiacetal é convertido num carbocátion:

Este carbocátion é estabilizado por ressonância, devido à presença dos pares de


elétrons não-ligantes do oxigênio:

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O acetal é formado por reação do carbocátion com outra molécula de álcool:

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Enóis

Aldeídos e cetonas com pelo menos um hidrogênio a (hidrogênio ligado ao carbono


imediatamente adjacente ao carbonilo) encontram-se em equilíbrio com um isômero
denominado enol. Este equilíbrio chama-se tautomerismo ceto-enol. Os tautômeros
são isômeros que diferem entre si apenas na posição de um átomo ou grupo de
átomos. Para cetonas e aldeídos simples, o equilíbrio encontra-se fortemente
deslocado no sentido do composto carbonilo. Isto permite sintetizar aldeídos a partir
de alcinos: a hidratação de um alcino dá origem a um enol, que está em equilíbrio
com o composto carbonilo correspondente:

A enolização pode ser catalisada por uma base forte, como o ânion hidróxido. A base
retira um hidrogênio a, dando origem ao enolato correspondente. O enolato é uma
espécie estabilizada por ressonância:

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Esta ressonância é a razão da elevada acidez dos hidrogênios a dos aldeídos e


cetonas, uma vez que o ânion enolato é mais estabilizado do que o composto
carbonilo original.

Condensação aldólica
O aldeído pode ser parcialmente convertido em enolato por catálise alcalina. O
enolato assim formado pode atacar outra molécula de aldeído dando origem a um

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aldol (uma molécula com um grupo aldeído e um grupo álcool). Apresenta-se a seguir
o mecanismo desta reação (adição aldólica)

A adição aldólica é um equilíbrio que favorece os produtos quando o reagente é um


aldeído. Quando se usam cetonas o equilíbrio normalmente encontra-se deslocado
no sentido dos reagentes; as cetonas dão por isso fracos rendimentos de produtos de
adição aldólica. O produto da adição aldólica de um aldeído é um aldeído b-
hidroxilado. Da mesma forma, sob determinadas condições, um aldeído (ou cetona)
b-hidroxilado pode ser quebrado em duas moléculas menores numa reação que é o
inverso da adição aldólica. Uma reação deste tipo é a quebra de frutose-1,6-bisfosfato
em dihidroxiacetona fosfatada e gliceraldeído-3-fosfato, que ocorre na glicólise.
Por aquecimento, estes compostos desidratam, dando origem a uma ligação dupla
carbono-carbono conjugada com o aldeído. A desidratação ocorre sempre na direção
em que se formam ligações conjugadas C=C-C=O.

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HALETOS ORGÂNICOS
C. Eliminação de HCl, HBr e HI de Haletos Orgânicos
Verifica-se reação de eliminação quando haletos orgânicos encontram-se em
presença de KOH alcoólico.

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Nas situações em que pode ser obtido mais de um alceno, seguimos a regra de
Saytzeff.
Por exemplo:

Tratando os haletos com uma solução alcoólica aquecida de uma base inorgânica
(KOH, por exemplo) é possível transformá-los em alcenos. É importante notar que,
no caso de haletos com mais de três carbonos, podem se formar produtos diferentes,
em quantidades variadas.
No exemplo abaixo, o 2- Bromo butano dá origem a uma mistura de dois alcenos
isômeros:

2- Desalogenação de haletos vicinais com zinco


Os dihaletos vicinais, quando tratados com zinco metálico, podem ser desalogenados,
originando alcenos. Veja o exemplo abaixo:
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3- Desalogenação de dihaletos vicinais


Os dialetos vicinais, quando tratados com OH - em meio alcoólico, sofrem eliminação,
produzindo alcinos. Nesse caso, o hidrogênio atacado é o secundário. Veja:

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Caso o hidrogênio capturado seja o primário, teremos a formação de dienos


conjugados:

4. Eliminação com sódio metálico em haletos cíclicos


Com sódio metálico, os haletos cíclicos podem produzir hidrocarbonetos alicíclicos
binucleados. Ex.:
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REAÇÕES DE OXIDAÇÃO
Estudaremos reações de oxidação para alcenos. Estas podem ocorrer de três
maneiras diferentes, sendo duas delas as mais importantes: a ozonólise e a
enérgica.
Vou montar um esquema para você não perder tempo, pois, na maioria dos casos
que vejo nas provas seria o suficiente para acertar a questão.
Portanto, uma análise desta tabelinha abaixo, com muita atenção, certamente ajudará
em muito a ganhar tempo, prever os produtos, identificar o alceno, etc.
Quando você assistir à vídeo aula perceberá que a aplicação da tabelinha será muito
útil (sem a vídeo aula você também poderá usar a tabelinha, viu?).

A montagem da tabela passa por um entendimento prévio do aluno: classificar o tipo


de carbono da dupla ligação. Depois disto, basta analisar a tabela e comparar as
diferenças.
Vou colocar a tabela agora mesmo, sem mesmo dar a teoria das reações. Você
perceberá que ao estudar a teoria e já mentalizar a tabelinha conseguirá “prever” os
produtos das reações.
Muitas vezes as bancas adoram comparar os diferentes produtos para um mesmo
reagente, porém, este reagente sofrendo diferentes formas de oxidação.

Previsão de produtos formados quanto ao carbono da dupla


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Tipo de Ozonólise Enérgica


carbono
Primário Aldeído CO2 e H2O
Secundário Aldeído Ácido carboxílico
Terciário Cetona Cetona

Observe que você deve se ater às diferenças e igualdades. Por exemplo: tanto em
ozonólise quanto na oxidação enérgica se o alceno tiver carbono da dupla sendo
terciário o produto final será cetona.

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Quando temos carbono terciário no carbono da dupla? Quando ele for ramificado.
Então, meu querido aluno, se um alceno apresentar radicais nos dois carbonos da
dupla teremos como produto apenas compostos cetônicos. Se a cadeia for simétrica
em relação à dupla, teremos um único produto sendo formado duas vezes. Daí, a
banca para te ferrar poderá dizer que formou um ÚNICO produto.
Vou demonstrar abaixo:

Coloquei a marcação em azul para mostrar que temos “duas porções iguais na
molécula” e, quando isto ocorrer, teremos único produto formado duas vezes (em
dobro).

1. Ozonólise de Alcenos
Os alcenos, reagindo com o ozônio em meio aquoso, produzem aldeídos e/ou
cetonas. Trata-se de uma reação que destrói completamente a dupla ligação,
quebrando a molécula do alceno em moléculas menores.
O ozônio é um oxidante bastante enérgico e entra em reação de adição com o alceno,
formando o ozonídeo ou ozoneto, um produto intermediário instável, que então se
decompõe nos produtos finais, por hidrólise.
Na prática, faz-se borbulhar o gás ozônio numa solução do alceno em solvente inerte,
como o tetracloreto de carbono. Por evaporação do solvente em seguida, obtém-se o
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ozonídeo, que tem a forma de um óleo viscoso.


Por ser muito instável e explosivo, não se pode purificar esse ozonídeo, e faz-se reagir
diretamente com a água, geralmente em presença de um agente redutor.
A função desse agente redutor, geralmente a limalha de zinco, consiste em impedir
a ação do peróxido de hidrogênio, que se estiver presente reage com aldeídos e
cetonas.
O zinco captura um oxigênio, formando o óxido de zinco (ZnO). Veja o exemplo da
ozonólise do metil propeno:

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O produto obtido depende do tipo de cada carbono que faz a ligação dupla:
A – Se ambos os carbonos que fazem a ligação dupla forem primários ou secundários,
obteremos apenas aldeído.
B – Se ambos os carbonos que fazem a ligação dupla forem terciários, obteremos
apenas cetonas.
C – Se um dos carbonos que fazem a ligação dupla for primário ou secundário e o
outro terciário, obteremos uma mistura de aldeído e cetona.

É aqui, meu caro aluno, que eu gostaria que você antes mesmo de fazer a reação
já pense nos produtos possíveis (usando a tabelinha):

Exemplos
– Ozonólise do 2-metilbuteno
Vamos treinar o uso da tabelinha? Só pelo nome do composto você percebe que
ele só tem um radical. Logo, um dos carbonos da dupla é terciário (dará uma cetona)
e o outro dará um aldeído. Vamos ver?

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– Ozonólise do 2-buteno
Vamos treinar o uso da tabelinha? Só pelo nome do composto você percebe que
ele não tem nenhum radical. Logo, os dois carbonos da dupla não são terciários
(portanto, não formará cetona) dando apenas aldeído como produto(s). Vamos ver?

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Observação
A ozonólise caracteriza-se pela sua seletividade de não produzir ácidos carboxílicos.

Vamos ver o raciocínio INVERSO? Ou seja: das informações dos produtos obter
o alceno.

Exemplo
Um alceno forneceu por ozonólise aldeído acético e propanona. Qual é o alceno?
Como fazer?
Determinação da posição da dupla ligação na molécula. Siga os seguintes passos:
a) escreva as formulas dos produtos mencionados, colocando frente a frente as
carbonilas

b) eliminar os átomos de oxigênio das duas moléculas resultantes e unir por dupla
ligação os carbonos do radical funcional.

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O alceno é, portanto: metil-2-buteno

2. Oxidação Enérgica de Alcenos


São exemplos de oxidantes enérgicos: mistura sulfopermangânica (KMnO 4/ H2SO4) e
mistura sulfocrômica (K2Cr2O7/ H2SO4).

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Em meio ácido o permanganato é oxidante bastante enérgico e leva à ruptura da


dupla ligação, quebrando o alceno em moléculas menores. Os produtos formados na
reação dependem do tipo de carbono da dupla ligação. Carbonos primários originam
CO2 e H2O; carbonos secundários, ácidos carboxílicos, e carbonos terciários,
cetonas.

O KMnO4, em meio ácido, é um oxidante enérgico, dando-se a reação:

Um alceno, quando submetido a um oxidante enérgico, sofre oxidação com ruptura


da dupla ligação, podendo haver formação de ácidos carboxílicos, cetonas ou gás
carbônico.
* Haverá formação de gás carbônico em vez de ácido metanóico se a dupla ligação
estiver localizada na extremidade da cadeia; isso acontece porque o ácido metanóico
possui a propriedade de ser atacado pelo oxigênio, pois o ácido fórmico apresenta
caráter redutor.

Exemplos:

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Quando o alceno apresentar ramificações nos carbonos da dupla ligação, obteremos


cetona ao invés de ácido carboxílico.

Vejamos o primeiro exemplo - a oxidação do buteno-2:

* O carbono da dupla na molécula inicial era secundário; daí a formação de ácidos


carboxílicos.
O próximo exemplo é a oxidação do metil-propeno. Como os carbonos da dupla são
terciário e primário, formam-se, respectivamente cetona e CO2 + H2O (lembra da
tabelinha)?

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Aplicação da Oxidação Enérgica


A reação com KMnO4/H2SO4 pode ser empregada na localização da dupla ligação de
um alceno desconhecido, além de se constituir num método para obtenção de
cetonas e/ou ácidos carboxílicos.

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Aqui você deve seguir os mesmos passos que fiz para a ozonólise, com a
diferença de que devemos retirar todos os átomos de oxigênio dos produtos
depois de colocá-los frente a frente.
Exemplo
Um alceno produz com KMnO4/ H2SO4, ácido propanóico e butanona:

Passo a)
Vamos colocar frente a frente as carbonilas dos produtos:

Passo b)
Remover os átomos de oxigênio (todos)

e juntar os carbonos das carbonilas através da dupla:

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O alceno éo 3-metil-3-hexeno

Observação
A reação de um composto orgânico com oxigênio atômico ou molecular é uma reação
de oxidação do composto orgânico, pois o número de oxidação ou Nox do carbono
aumenta. O permanganato de potássio é chamado de agente oxidante. Outro agente
oxidante muito empregado em Química Orgânica é o dicromato de potássio
(K2Cr2O7).

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3. Oxidação Branda de Alcenos


Dica: branda começa com B de Básico. Se é Bayer é Bom
(Reação de Baeyer) - O permanganato em meio neutro ou levemente alcalino (a
enérgica é meio ácido) é oxidante brando, pois não chega a romper a dupla ligação,
mas reage introduzindo oxigênios na cadeia. O permanganato é uma solução de
coloração violeta intensa e quando ele passa para MnO2 precipita esse óxido marrom
escuro. O resultado da oxidação branda de um alceno com KMnO4 é um diálcool
vicinal (glicol). Como exemplo, vejamos a oxidação do propeno:

Em meio alcalino o KMnO4 é um oxidante brando, dando-se a seguinte reação:

Exemplo de oxidação branda de alcenos: 04178253905

Importante!!
Em função da cor violeta da solução de KMnO4, a reação de Bayer pode ser aplicada
para se distinguir um alceno do ciclano isômero; com KMnO 4 em meio alcalino o
ciclano não reage.

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OUTRAS REAÇÕES IMPORTANTES


REAÇÃO DE ESTERIFICAÇÃO
Já estudamos esta reação quando vimos reações para álcoois. Mas, vou reforçar,
pois, a hidrólise e saponificação podem ser vinculadas a esta reação.
Esta reação é a reação reversível de álcool com um ácido carboxílico na formação
de éster e água. Esta reação é utilizada na indústria para obtenção das essências de
frutas (que são ésteres), entre outros usos destes.

Pode-se deslocar o equilíbrio para o lado do éster, por exemplo, retirando-se a água
do equilíbrio, isto é, juntando-se um desidratante. Foi provado, experimentalmente,
que na reação de esterificação o oxigênio do grupo OH do álcool permanece na
molécula do éster e o oxigênio do grupo OH do ácido é eliminado sob a forma de H 2O.
Assim, fazendo a reação de um álcool marcado.

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Com ácido, verificou-se que se forma éster pesado e não água pesada.

Exemplo

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Esta reação é reversível e a reação inversa chama-se hidrólise do éster.


Os ésteres podem ser facilmente preparados por condensação de um ácido
carboxílico com um álcool em condições de catálise ácida:

HIDRÓLISE DE ÉSTERES
Os ésteres podem ser hidrolisados por catálise ácida. Neste caso, o mecanismo é
exatamente o oposto da esterificação. A reação é, por isso, reversível. Quando se
pretende sintetizar o éster, remove-se a água da mistura reacional a fim de deslocar
o equilíbrio no sentido da formação do éster. Pelo contrário, quando se pretende
hidrolisar o éster, realiza-se a reação na presença de um grande excesso de água.
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A hidrólise do éster em solução básica é, no entanto, irreversível. Neste caso, a


hidrólise não é realizada pela água, mas pelo ânion hidróxido:

O último passo da reação é irreversível: o carboxilato (uma base fraca) não tem
nenhuma tendência a retirar o próton do álcool (um ácido muito fraco).

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REAÇÃO DE TRANSESTERIFICAÇÃO
A reação de transesterificação é uma reação química que pode ocorrer entre um éster
e um álcool ou entre um éster e um ácido, sempre tendo a formação de um novo
éster. Qual a necessidade disto?
Quando temos a gordura a cadeia é formada por um triglicerídeo, o que acarreta um
grande aumento do ponto de ebulição do composto, devido à grande cadeia do
composto e massa molecular.
Se empregarmos um álcool de pequena cadeia (geralmente usamos metanol ou
etanol) diminuímos a massa molar, o tamanho da estrutura e, assim, melhoramos os
aspectos de combustibilidade deste novo éster obtido por transesterificação (dou uma
dica aos meus alunos: transesterificação seria transformar um éster em outro).

Na atualidade, a reação de transesterificação de óleos vegetais ou gordura animal


(triglicerídeos) com alcoóis vem despertando muito interesse, sendo que o principal
produto da reação (éster) possui propriedades similares às do diesel de petróleo,
podendo ser utilizado puro ou adicionado ao diesel fóssil, comumente conhecido
como biodiesel. 04178253905

Neste contexto, "bio" significa ser produzido por fontes renováveis de energia de
biomassa - óleo de soja, mamona, dendê, girassol, canola - e poder incluir no
processo o etanol, que no Brasil é obtido via processo de fermentação do caldo de
cana-de-açúcar.
Para o Brasil, a produção do biodiesel é vantajosa em função da possibilidade do
cultivo de oleaginosas (plantas que servem de fonte para a obtenção de óleos) sem
afetar a produção e oferta de alimentos.

COMBUSTÃO

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É uma reação que corresponde à queima de um composto que é alimentada pelo gás
oxigênio, que recebe o nome de comburente. A combustão completa de compostos
orgânicos, geralmente hidrocarbonetos e álcoois, produz dióxido de carbono (CO 2) e
água na forma de vapor.
Se a combustão for incompleta, além de água pode haver a formação de carbono ou
monóxido de carbono.
Exemplo

3.1. Combustão Completa


a) CH4 + 2 O2 CO2 + 2H2O
b) C2H2 + 2,5 O2 2CO2 + H2O
c) C2H5OH + 3 O2 2CO2 + 3H2O

Observe que o balanceamento da equação deve ser feito considerando-se a


combustão (queima) de um mol do composto orgânico, iniciando-se pelo carbono, em
seguida hidrogênio e finalmente oxigênio.

3.2. Combustão Incompleta

Na combustão incompleta nota-se a presença de fuligem (carbono) e monóxido de


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carbono; isto se deve à quantidade insuficiente de oxigênio molecular (O 2) para


realizar a combustão total.

DESIDRATAÇÃO DE ÁCIDOS CARBOXÍLICOS


Os ácidos desidratam-se na presença de desidratantes (H2SO4, H3PO4 ou P2O5),
produzindo anidridos de ácidos.
Exemplo

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3. QUESTÕES PROPOSTAS

1. (Enem 2015). Hidrocarbonetos podem ser obtidos em laboratório por


descarboxilação oxidativa anódica, processo conhecido como eletrossíntese
de Kolbe. Essa reação é utilizada na síntese de hidrocarbonetos diversos, a
partir de óleos vegetais, os quais podem ser empregados como fontes
alternativas de energia, em substituição aos hidrocarbonetos fósseis. O
esquema ilustra simplificadamente esse processo.

Com base nesse processo, o hidrocarboneto produzido na eletrólise do


ácido 3,3-dimetil-butanoico é o
a) 2,2,7,7-tetrametil-octano..
b) 3,3,4,4-tetrametil-hexano..
c) 2,2,5,5-tetrametil-hexano.. 04178253905

d) 3,3,6,6-tetrametil-octano..
e) 2,2,4,4-tetrametil-hexano..
Resposta: [C]
Para o ácido 3,3-dimetil-butanoico, vem:

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2. (Enem PPL 2015). O papel tem na celulose sua matéria-prima, e uma


das etapas de sua produção é o branqueamento, que visa remover a lignina
da celulose. Diferentes processos de branqueamento usam, por exemplo,
cloro (C 2 ), hipoclorito de sódio (NaC O), oxigênio (O2 ) ozônio (O3 ) ou

peróxido de hidrogênio (H2O2 ). Alguns processos de branqueamento levam

à formação de compostos organoclorados. São apresentadas as estruturas


de um fragmento da lignina e do tetracloroguaiacol, um dos organoclorados
formados no processo de branqueamento.

04178253905

Os reagentes capazes de levar à formação de organoclorados no processo


citado são

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a) O2 e O3 . .

b) C 2 e O2 . .

c) H2O2 e C 2 . .

d) NaC O e O3 . .

e) NaC O e C 2. .

Resposta: [E]
Os reagentes capazes de levar à formação de organoclorados no processo
citado são NaC O (C O ) e C 2 , neste caso, chega-se à conclusão devido à

presença de cloro em suas fórmulas e na estrutura do organoclorado


fornecido no enunciado.

3. (Enem 2015). O permanganato de potássio (KMnO4 ) é um agente

oxidante forte muito empregado tanto em nível laboratorial quanto


industrial. Na oxidação de alcenos de cadeia normal, como o 1-fenil-1-propeno,

ilustrado na figura, o KMnO4 é utilizado para a produção de ácidos

carboxílicos.

Os produtos obtidos na oxidação do alceno representado, em solução


04178253905

aquosa de KMnO4 , são:

a) Ácido benzoico e ácido etanoico..


b) Ácido benzoico e ácido propanoico..
c) Ácido etanoico e ácido 2-feniletanoico..
d) Ácido 2-feniletanoico e ácido metanoico..
e) Ácido 2-feniletanoico e ácido propanoico..
Resposta: [A]
Teremos:

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4. (Enem 2015). A química verde permite o desenvolvimento tecnológico


com danos reduzidos ao meio ambiente, e encontrar rotas limpas tem sido
um grande desafio. Considere duas rotas diferentes utilizadas para a
obtenção de ácido adípico, um insumo muito importante para a indústria
têxtil e de plastificantes.

04178253905

Que fator contribui positivamente para que a segunda rota de síntese seja
verde em comparação à primeira?
a) Etapa única na síntese..
b) Obtenção do produto puro..
c) Ausência de reagentes oxidantes..
d) Ausência de elementos metálicos no processo..
e) Gasto de energia nulo na separação do produto..
Resposta: [A]

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Percebemos que a rota tradicional ocorre em três etapas:

Já a rota verde ocorre em apenas uma etapa:

Conclusão: o fator que contribui positivamente para que a segunda rota de


síntese seja verde em comparação à primeira é o fato de ocorrer em uma
única etapa gerando menos resíduos tóxicos ou subprodutos e utilizando
menos reagentes nocivos ao meio ambiente. Além disso, tem-se uma
economia de tempo na execução processo.

5. (Enem 2014). O biodiesel não é classificado como uma substância pura,


mas como uma mistura de ésteres derivados dos ácidos graxos presentes
em sua matéria-prima. As propriedades do biodiesel variam com a
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composição do óleo vegetal ou gordura animal que lhe deu origem, por
exemplo, o teor de ésteres saturados é responsável pela maior estabilidade
do biodiesel frente à oxidação, o que resulta em aumento da vida útil do
biocombustível. O quadro ilustra o teor médio de ácidos graxos de algumas
fontes oleaginosas.

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Teor médio do ácido graxo (% em massa)


Fonte Mirístic Linolei
Palmíti Esteári Oleico Linolêni
Oleagino o co
co co (C18: co
sa (C14:0 (C18:2
(C16:0) (C18:0) 1) (C18:3)
) )
Milho < 0,1 11,7 1,9 25,2 60,6 0,5
Palma 1,0 42,8 4,5 40,5 10,1 0,2
Canola < 0,2 3,5 0,9 64,4 22,3 8,2
Algodão 0,7 20,1 2,6 19,2 55,2 0,6
Amendoi
< 0,6 11,4 2,4 48,3 32,0 0,9
m
MA, F.; HANNA, M. A. “Biodiesel Production: a review”. Bioresource
Technology, Londres, v. 70, n. 1 jan. 1999 (adaptado).
Qual das fontes oleaginosas apresentadas produziria um biodiesel de maior
resistência à oxidação?
a) Milho..
b) Palma..
c) Canola..
d) Algodão..
e) Amendoim..
Resposta: [B]
Quanto menor a presença de insaturações (ligações duplas), maior a
04178253905

resistência à oxidação, ou seja, quanto mais saturado for o composto, mais


ele resiste à oxidação.
Analisando a tabela:
Mirístico Palmítico Esteárico
(C14:0) (C16:0) (C18:0)
0 0 0
insaturação insaturação insaturação

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Oleico Linoleico Linolênico


(C18:1) (C18:2) (C18:3)
1 2 3
insaturação insaturações insaturações
A partir dos ácidos graxos mirístico, palmítico e esteárico, vem:
. . . . . . . . . . . . . . . Teor médio do ácido graxo (% em massa)
Palmíti Esteáric
Mirístico
co o Total
(C14:0)
(C16:0) (C18:0)
Milho 0,1 11,7 1,9 13,7 %
Palma 1,0 42,8 4,5 48,3 %
Canola 0,2 3,5 0,9 4,6 %
Algodão 0,7 20,1 2,6 23,4 %
Amendoi
0,6 11,4 2,4 14,4 %
m

48,3 % (composto mais


Palma
saturado)

6. (Enem 2014). Grande quantidade dos maus odores do nosso dia a dia
está relacionada a compostos alcalinos. Assim, em vários desses casos,
pode-se utilizar o vinagre, que contém entre 3,5% e 5% de ácido acético,
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para diminuir ou eliminar o mau cheiro. Por exemplo, lavar as mãos com
vinagre e depois enxaguá-las com água elimina o odor de peixe, já que a
molécula de piridina (C5 H5 N) é uma das substâncias responsáveis pelo odor

característico de peixe podre.


SILVA, V. A.; BENITE, A. M. C.; SOARES, M. H. F. B. “Algo aqui não cheira
bem… A química do mau cheiro”. Química Nova na Escola, v. 33, n. 1, fev.
2011 (adaptado).
A eficiência do uso do vinagre nesse caso se explica pela
a) sobreposição de odor, propiciada pelo cheiro característico do vinagre..

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b) solubilidade da piridina, de caráter ácido, na solução ácida empregada..


c) inibição da proliferação das bactérias presentes, devido à ação do ácido
acético..
d) degradação enzimática da molécula de piridina, acelerada pela presença
de ácido acético..
e) reação de neutralização entre o ácido acético e a piridina, que resulta
em compostos sem mau odor..
Resposta: [E]
A eficiência do uso do vinagre, nesse caso, se explica pela reação de
neutralização entre o ácido acético e a piridina, que apresenta caráter
básico no conceito de Lewis, o que resulta em compostos sem mau odor..
ácido
piridina acético
C5 H5 N  CH3COOH  H2O  [C5 H5 N ][CH3COO ]

7. (Enem 2013). O glifosato (C3H8NO5P) é um herbicida pertencente ao


grupo químico das glicinas, classificado como não seletivo. Esse composto
possui os grupos funcionais carboxilato, amino e fosfonato. A degradação
do glifosato no solo é muito rápida e realizada por grande variedade de
microrganismos, que usam o produto como fonte de energia e fósforo. Os
produtos da degradação são o ácido aminometilfosfônico (AMPA) e o N-
metilglicina (sarcosina):

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A partir do texto e dos produtos de degradação apresentados, a estrutura


química que representa o glifosato é:

a) .

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b) .

c) .

d) .

e) .
Resposta: [B]
De acordo com o texto o glifosato possui os grupos funcionais carboxilato,
amino e fosfonato:

Os produtos da degradação são o ácido aminometilfosfônico (AMPA) e o N-


04178253905

metilglicina (sarcosina):

Então:

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Em bastão, teremos:

8. (Enem PPL 2013). Há processos industriais que envolvem reações


químicas na obtenção de diversos produtos ou bens consumidos pelo
homem. Determinadas etapas de obtenção desses produtos empregam
catalisadores químicos tradicionais, que têm sido, na medida do possível,
substituídos por enzimas. Em processos industriais, uma das vantagens de
se substituírem os catalisadores químicos tradicionais por enzimas decorre
do fato de estas serem
a) consumidas durante o processo..
b) compostos orgânicos e biodegradáveis..
c) inespecíficas para os substratos..
d) estáveis em variações de temperatura..
e) substratos nas reações químicas..
Resposta: [B] 04178253905

As enzimas são sensíveis á temperatura, pH do meio e concentração do


substrato.
Uma das vantagens de se substituírem os catalisadores químicos
tradicionais por enzimas decorre do fato de estas serem compostos
orgânicos de fácil degradação na natureza.

9. (Enem 2012). A própolis é um produto natural conhecido por suas


propriedades anti-inflamatórias e cicatrizantes. Esse material contém mais

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de 200 compostos identificados até o momento. Dentre eles, alguns são de


estrutura simples, como é o caso do C6H5CO2CH2CH3, cuja estrutura está
mostrada a seguir.

O ácido carboxílico e o álcool capazes de produzir o éster em apreço por


meio da reação de esterificação são, respectivamente,
a) ácido benzoico e etanol..
b) ácido propanoico e hexanol..
c) ácido fenilacético e metanol..
d) ácido propiônico e cicloexanol..
e) ácido acético e álcool benzílico..
Resposta: [A]
Teremos:

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10. (Enem 2012). O benzeno é um hidrocarboneto aromático presente no


petróleo, no carvão e em condensados de gás natural. Seus metabólitos

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são altamente tóxicos e se depositam na medula óssea e nos tecidos


gordurosos. O limite de exposição pode causar anemia, câncer (leucemia)
e distúrbios do comportamento. Em termos de reatividade química, quando
um eletrófilo se liga ao benzeno, ocorre a formação de um intermediário, o
carbocátion. Por fim, ocorre a adição ou substituição eletrofílica.
Disponível em: www.sindipetro.org.br. Acesso em: 1 mar. 2012
(adaptado).

Com base no texto e no gráfico do progresso da reação apresentada, as


estruturas químicas encontradas em I, II e III são, respectivamente:

a) .
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b) .

c) .

d) .

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e) .
Resposta: [A]
Teremos:

11. (Enem PPL 2012). Um dos métodos de produção de biodiesel envolve


04178253905

a transesterificação do óleo de soja utilizando metanol em meio básico


(NaOH ou KOH), que precisa ser realizada na ausência de água. A figura
mostra o esquema reacional da produção de biodiesel, em que R representa
as diferentes cadeias hidrocarbônicas dos ésteres de ácidos graxos.

A ausência de água no meio reacional se faz necessária para.


a) manter o meio reacional no estado sólido.. .

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b) manter a elevada concentra o do meio reacional.. .


c) manter constante o volume de óleo no meio reacional.. .
d) evitar a diminuição da temperatura da mistura reacional.. .
e) evitar a hidrólise dos ésteres no meio reacional e a formação de sabão..
Resposta: [E]
A ausência de água no meio reacional se faz necessária para evitar a
hidrólise dos ésteres no meio reacional e a formação de sabão, ou seja,
para que não ocorra saponificação.

12. (Enem 2012). Há milhares de anos o homem faz uso da biotecnologia


para a produção de alimentos como pães, cervejas e vinhos. Na fabricação
de pães, por exemplo, são usados fungos unicelulares, chamados de
leveduras, que são comercializados como fermento biológico. Eles são
usados para promover o crescimento da massa, deixando-a leve e macia.
O crescimento da massa do pão pelo processo citado é resultante da
a) liberação de gás carbônico..
b) formação de ácido lático..
c) formação de água..
d) produção de ATP..
e) liberação de calor..
Resposta: [A]
O crescimento da massa do pão é resultante da liberação de gás carbônico
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(CO2 ), devido ao processo da fermentação.

13. (Enem 2012). Uma dona de casa acidentalmente deixou cair na


geladeira a água proveniente do degelo de um peixe, o que deixou um
cheiro forte e desagradável dentro do eletrodoméstico. Sabe-se que o odor
característico de peixe se deve às aminas e que esses compostos se
comportam como bases.

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Na tabela são listadas as concentrações hidrogeniônicas de alguns


materiais encontrados na cozinha, que a dona de casa pensa em utilizar na
limpeza da geladeira.
Concentração de H3O+
Material
(mol/L)
Suco de limão 10–2
Leite 10–6
Vinagre 10–3
Álcool 10–8
Sabão 10–12
Carbonato de
10–12
sódio/barrilha
Dentre os materiais listados, quais são apropriados para amenizar esse
odor?
a) Álcool ou sabão..
b) Suco de limão ou álcool..
c) Suco de limão ou vinagre..
d) Suco de limão, leite ou sabão..
e) Sabão ou carbonato de sódio/barrilha..
Resposta: [C]
A trimetilamina é a substância que caracteriza o odor de peixe. Este
composto é básico devido à presença da função amina.
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Para amenizar este odor é necessário utilizar-se um composto ácido. De


acordo com a tabela o suco de limão e o vinagre possuem a maior
concentração de cátions H3O , logo são apropriados para este fim..

14. (Enem 2011). A bile é produzida pelo fígado, armazenada na vesícula


biliar e tem papel fundamental na digestão de lipídeos. Os sais biliares são
esteroides sintetizados no fígado a partir do colesterol, e sua rota de síntese
envolve várias etapas. Partindo do ácido cólico representado na figura,
ocorre a formação dos ácidos glicólico e taurocólico; o prefixo glico-

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significa a presença de um resíduo do aminoácido glicina e o prefixo tauro-


, do ácido taurina

A combinação entre o ácido cólico e a glicina ou taurina origina a função


amida, formada pela reação entre o grupo amina desses aminoácidos e o
grupo
a) carboxila do ácido cólico..
b) aldeído do ácido cólico..
c) hidroxila do ácido cólico..
d) cetona do ácido cólico..
e) éster do ácido cólico..
Resposta: [A]
O grupo amina reage com o grupo carboxila formando o grupo amida:

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15. (Enem 2010). No ano de 2004, diversas mortes de animais por


envenenamento no zoológico de São Paulo foram evidenciadas. Estudos
técnicos apontam suspeita de intoxicação por monofluoracetato de sódio,
conhecido como composto 1080 e ilegalmente comercializado como
raticida. O monofluoracetato de sódio é um derivado do ácido
monofluoracético e age no organismo dos mamíferos bloqueando o ciclo de

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Krebs, que pode levar à parada da respiração celular oxidativa e ao acúmulo


de amônia na circulação.

O monofluoracetato de sódio pode ser obtido pela


a) desidrataçao do ácido monofluoracético, com liberação de água..
b) hidrólise do ácido monofluoracético, sem formação de água..
c) perda de íons hidroxila do ácido monofluoracético, com liberação de
hidróxido de sódio..
d) neutralização do ácido monofluoracético usando hidróxido de sódio, com
liberação de água..
e) substituição dos íons hidrogênio por sódio na estrutura do ácido
monofluoracético, sem formação de água..
Resposta: [D]
Resolução:
Teremos:

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16. (Enem 2008). A biodigestão anaeróbica, que se processa na ausência


de ar, permite a obtenção de energia e materiais que podem ser utilizados
não só como fertilizante e combustível de veículos, mas também para
acionar motores elétricos e aquecer recintos.

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O material produzido pelo processo esquematizado na figura e utilizado


para a geração de energia é o
a) biodiesel, obtido a partir da decomposição de matéria orgânica e/ou por
fermentação na presença de oxigênio..
b) metano (CH4 ), biocombustível utilizado em diferentes máquinas..

c) etanol, que, além de ser empregado na geração de energia elétrica, é


utilizado como fertilizante..
d) hidrogênio, combustível economicamente mais viável, produzido sem
necessidade de oxigênio..
e) metanol, que, além das aplicações mostradas no esquema, é matéria-
prima na indústria de bebidas..
Resposta: [B]
O metano é produzido na decomposição da matéria orgânica e sua queima
pode ser representada por:
CH4  2O2  CO2  2H2O .
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O metano (CH4 ) é o menor alcano (só um carbono) que existe e,

atualmente, é um dos mais importantes compostos derivados do petróleo.


O metano é um gás incolor e inodoro. É um dos principais constituintes do
gás natural, o qual vem sendo cada vez mais usado como combustíveis de
automóveis (GNV - Gás Natural de Veículos), substituindo a gasolina e o
álcool.
O metano recebe diversos apelidos (nomes comuns): é chamado muitas
vezes de “gás dos pântanos” ou “gás do lixo”, já que ele pode ser obtido
pele decomposição de matéria orgânica de origem animal ou vegetal em

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pântanos ou em lixões. O metano também é encontrado no subsolo e em


minas terrestres e sai junto com o petróleo, quando este é extraído de suas
reservas naturais.

17. (Enem 2006). As características dos vinhos dependem do grau de


maturação das uvas nas parreiras porque as concentrações de diversas
substâncias da composição das uvas variam à medida que as uvas vão
amadurecendo. O gráfico a seguir mostra a variação da concentração de
três substâncias presentes em uvas, em função do tempo.

O teor alcoólico do vinho deve-se à fermentação dos açúcares do suco da


uva. Por sua vez, a acidez do vinho produzido é proporcional à concentração
dos ácidos tartárico e málico. Considerando-se as diferentes características
desejadas, as uvas podem ser colhidas
a) mais cedo, para a obtenção de vinhos menos ácidos e menos alcoólicos..
b) mais cedo, para a obtenção de vinhos mais ácidos e mais alcoólicos..
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c) mais tarde, para a obtenção de vinhos mais alcoólicos e menos ácidos..


d) mais cedo e ser fermentadas por mais tempo, para a obtenção de vinhos
mais alcoólicos..
e) mais tarde e ser fermentadas por menos tempo, para a obtenção de
vinhos menos alcoólicos..
Resposta: [C]
De acordo com o gráfico, quanto mais tempo, menor a concentração de
ácidos e maior a concentração de açúcares.

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Considerando as diferentes características desejadas, as uvas podem ser


colhidas mais tarde para a obtenção de vinhos mais alcoólicos e menos
ácidos. Quanto mais maduras as uvas, maior o teor de açúcar e,
consequentemente, maior a quantidade de álcool produzida na
fermentação.

Excelente estudo. Estou à disposição.


Grande abraço.
Prof. Wagner

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