Transformador ideal Um transformador ideal é aquele em que o acoplamento
entre suas bobinas é perfeito, ou seja, todas concatenam, ou “abraçam”, o mesmo fluxo, o que vale dizer que não há dispersão de fluxo. Isso implica assumir a hipótese de que a permeabilidade magnética do núcleo ferromagnético é alta ou, no caso ideal, infinita, e o circuito magnético é fechado. Além disso, admite-se que o transformador não possui perdas de qualquer natureza, seja nos enrolamentos, seja no núcleo. Um circuito envolvendo um transformador ideal é mostrado na Figura. Na Bobina primária está conectada uma fonte de tensão alternada e na bobina Secundária tem-se uma carga com impedância.
O lado do transformador em que a fonte é conectada é comumente chamado
de Primário, sendo o lado da carga denominado secundário. Costuma-se também Denominar de lados de alta tensão e baixa tensão, independentemente do lado em que a fonte e a carga estão conectadas. Analise: Considerando que um transformador ideal caracteriza-se por não apresentar Qualquer tipo de perda, tanto elétrica como magnética, especifique quatro. Condição para se qualificar um transformador como ideal. As principais características do transformador ideal são: · o fluxo magnético gerado pela corrente no enrolamento primário é Totalmente confinado no núcleo ferromagnético e, portanto enlaça totalmente. O enrolamento secundário. Assim sendo, não há fluxo disperso · as perdas no núcleo são desprezíveis; · as resistências dos enrolamentos primário e secundário são desprezíveis. Logo, não há perdas ôhmicas (r.I2); · a permeabilidade do núcleo ferromagnético apresenta um valor muito grande, E a corrente necessária para produzir fluxo magnético é desprezível. Em Termos gerais, o fluxo é diretamente proporcional à permeabilidade do. Núcleo e à corrente pelo enrolamento. Para um mesmo fluxo gerado, quanto. Maior a permeabilidade magnética menor a corrente necessária para produzir Este fluxo.
Transformador real - características de operação
Na prática, a operação de um transformador real revela algumas características deste. pois existem perdas nas resistências dos condutores ,
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Nem todos os fluxos se encontram confinado no núcleo, existindo fluxo
disperso, A permeabilidade do núcleo mão e infinita ia perdas no núcleo existem.
Que não são previstas no modelo do transformador ideal mostrado em uma
seção Anterior. Alguns exemplos de diferenças entre o transformador real e o ideal são Discutidos a seguir. a) Se é aplicada uma tensão no primário de um transformador ideal, será. Induzida uma tensão no secundário. Se o secundário estiver em vazio (secundário em aberto, sem carga conectada a ele), obviamente não haverá. Corrente circulando no secundário. Como a relação entre as correntes do Primário e secundário é dada simplesmente pela relação de espiras, Conclui-se que a corrente no primário também será nula. No entanto, para. As mesmas condições observa-se o aparecimento de uma corrente no primário Do transformador real. O enrolamento primário de um transformador real é Uma bobina que, portanto, apresenta uma impedância. Logo, deve haver uma. Corrente no primário devido à aplicação da tensão, mesmo que o secundário. Esteja em aberto. 130 b) A tensão no secundário de um transformador real cai com o aumento da carga (aumento da corrente no secundário), mesmo que a tensão no primário seja. Mantida constante, indicando que a relação entre as tensões do primário e. Do secundário não é constante e igual à relação de espiras, mas varia de. Acordo com a carga. c) Tanto os enrolamentos como o núcleo de um transformador real apresentam Aquecimento quando sob operação contínua. Este fato demonstra que parte da Potência de entrada do transformador é dissipada no próprio equipamento, Fato que não é previsto pelo modelo do transformador ideal. Em outras Palavras, o transformador real apresenta uma eficiência menor que 100% e a. Potência de saída (entregue à carga) é menor que a potência de entrada (fornecida pela fonte). Assim, é necessária a obtenção de um modelo apropriado para a análise de um. Transformador real que leve em conta todos os fenômenos físicos envolvidos na Sua operação. As principais características que diferenciam um transformador real de um Transformador ideal é as seguintes: · a permeabilidade magnética do núcleo não é infinita. Assim, a corrente. Necessária para estabelecer um fluxo no núcleo não é desprezível; · o fluxo não fica totalmente confinado no núcleo, existindo um fluxo. Disperso, que não contribui para a indução de tensão no secundário; · as bobinas têm resistência, o que implica em perdas ôhmicas (perdas de. (Potência ativa) nos enrolamentos; · o fluxo variável no núcleo provoca perdas por histerese e por correntes Parasitas.
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Um modelo apropriado para a análise de um transformador real que leve em
conta Todo esse efeito está representado, associando-se a um. Transformador ideal, resistências e reatâncias correspondentes a cada fenômeno. Físico que ocorre na operação do transformador real.
Referencia bibliográfica
Livro maquina elétrica e transformador autor korsow Irving Lionel