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PEÇAS DE LIBERDADE

DIFERENÇA ENTRE AS MEDIDAS DE CONTRA CAUTELA E O HABEAS CORPUS


O Habeas Corpus pode ser intentado a qualquer tempo (antes ou durante o inquérito policial, durante a instrução
criminal ou fase recursal ou após o trânsito em julgado da sentença penal). O limite para sua utilização será o fim
da aplicação da pena privativa de liberdade. Não é uma peça privativa de advogado.
As peças de liberdade, também chamadas de medidas de contra cautela (relaxamento de prisão, liberdade provi-
sória e revogação da preventiva ou temporária) são medidas para atacar a prisão que acontece antes do trânsito
em julgado da sentença penal condenatória. São peças privativas de advogados

ESPÉCIES DE CAUTELA E CONTRACAUTELA PRISIONAIS


Relaxamento da Prisão em Flagrante: Como só é cabível para flagrante ILEGAL (ilegalidade material ou formal),
o que se discute é a legalidade da prisão em flagrante. Neste caso, deve-se demonstrar onde reside a ilegalidade,
no caso concreto. A arguição é objetivo-normativa.
Liberdade Provisória: Medida que serve para atacar flagrantes LÍCITOS. Quanto à legalidade do flagrante, ela é
perfeita, não devendo ser discutida. O que se discute é a ausência de necessidade da manutenção da prisão e
ausência dos pressupostos da preventiva. Neste caso, devem ser observados os arts. 312 e 313 do CPP, no caso
de inexistirem os requisitos da prisão preventiva, consoante jurisprudência do STF e STJ, deve o juiz conceder ao
preso, de ofício, a liberdade provisória, não sendo mais possível a manutenção do flagrante além da ciência for-
mal do juiz (art. 310, CPP). A arguição, na liberdade provisória, caso haja necessidade de seu requerimento, é
subjetivo-normativa.
Revogação da Preventiva ou da Temporária: Quando o réu se encontra preso preventivamente e os pressupos-
tos da preventiva desaparecem, é possível pleitear, junto ao juiz processante, a revogação da preventiva. Da
mesma forma, se desaparecem os motivos para a prisão temporária, poderá ela ser revogada.

CABIMENTO

MEDIDA DE CONTRACAUTELA CAUSA OU CAUTELA


EFEITOS
(pedido de liberdade) (espécie de prisão)
PRISÃO
RELAXAMENTO DE PRISÃO LIBERDADE PLENA
ILEGAL
PRISÃO LIBERDADE VINCULADA
LIBERDADE PROVISÓRIA
FLAGRANTE LEGAL + 319 E 320
PRISÃO LIBERDADE PLENA
REVOGAÇÃO DA PREVENTIVA
PREVENTIVA LEGAL + 319 E 320

HIPÓTESES FÁTICAS

HIPÓTESE AUTORIDADE COATORA MEDIDA CABÍVEL


Prisão em flagrante ilegal da qual o juiz ainda não Relaxamento de prisão
Delegado de Polícia
tomou ciência endereçado ao juiz
Juiz toma ciência da prisão em flagrante legal e ain-
da não se manifestou acerca da concessão da liber-
Liberdade Provisória
dade provisória, não decretou a preventiva, nem
endereçada ao juiz
relaxou a prisão, mas ainda estamos dentro de um
prazo razoável
Juiz toma ciência da prisão em flagrante e não se
manifesta acerca da concessão da liberdade provi-
Juiz HABEAS CORPUS
sória, nem decreta a preventiva, nem relaxa a pri-
para o Tribunal
são. Ou seja, mantém o preso em flagrante além do
que autoriza a lei (art. 310 do CPP)
HABEAS CORPUS
Prisão Temporária decretada ilegalmente Juiz
para o Tribunal
HABEAS CORPUS
Prisão Preventiva decretada ilegalmente Juiz
para o Tribunal
Prisão preventiva legal cujos pressupostos Revogação da Preventiva

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desapareceram ao juiz.
Caso ele negue, Habeas
Corpus para o Tribunal
Liberdade Provisória
Prisão em Flagrante LEGAL
ao juiz
Revogação da Temporá-
ria
Prisão temporária legal cujos motivos cessaram ao juiz.
Caso ele negue, Habeas
Corpus no Tribunal
Inquérito Policial instaurado em conduta flagrante- HABEAS CORPUS
mente atípica ou quando for evidente a falta de justa Delegado de Polícia ao juiz para “trancamen-
causa to” do inquérito policial

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL E ESTRUTURA

O relaxamento de prisão, a liberdade provisória e a revogação da preventiva ou da temporária são medidas reque-
ridas através de petições endereçadas ao juiz processante, portanto, em regra, ao Juízo de 1º grau.

Exemplo de endereçamento:
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA CRIMINAL DA COMARCA
__________

Relaxamento de Prisão: Art. 5º, LXV, da CF c/c art. 310, I, do CPP.

Liberdade Provisória: Art. 5º, LXVI, CF c/c arts. 310, III; e, 321, ambos do CPP.

Revogação da Preventiva: Arts. 282, §5º; 316, ambos do CPP.

Revogação da Temporária: Art. 282, §5º.

RELAXAMENTO DE PRISÃO

ILEGALIDADES FORMAIS
 Ausência total de testemunhas durante a lavratura do flagrante (art. 304 CPP);
o o
 Desrespeito ao direito ao silêncio e à garantia de não auto-incriminação (art. 5 , LXIII, da CF/88 c/c arts. 6 , V,
o
e 186 do CPP e art. 8 , 2, g, do Pacto de São José da Costa Rica);
o o
 Impedimento da participação do advogado durante o interrogatório policial (art. 5 , LXIII, da CF/88 c/c art. 7 ,
XXI, do EOAB – Lei 8.906/94);
 Ausência de comunicação imediata do flagrante ao Juiz, Ministério Público e/ou à família do preso ou pessoa
por ele indicada (art. 5º, LXII, LXV, da CF/88 c/c art. 306, caput, CPP e art. 7º, 6, do Pacto de São José da Costa
Rica);
o
 Não entrega da nota de culpa dentro de 24h (art. 5º, LXIV, da CF/88 e art. 306, §2 , CPP);
o
 Ausência de remessa dos autos do flagrante ao Juiz e à Defensoria Pública dentro de 24h (art. 306, §1 , CPP e
art. 7º, 6, do Pacto de São José da Costa Rica);
 Não realização da Audiência de Custódia ou Apresentação em prazo razoável (CNJ, art. 7º, 5, do Pacto de São
José da Costa Rica e art. 310 do CPP);
 Uso indevido de algemas (Súmula Vinculante 11).

Atenção às prerrogativas e imunidades de agentes públicos! Em especial, Senadores, Deputados Fede-


rais e Estaduais, membros da Magistratura e Ministério Público.

Deputados e Senadores: Art. 53, §2º da CF.


Deputados Estaduais: Art. 27, §1º, da CF.
Magistrados: Art. 33, II da LOMAN (LC 35/79).
Membros do Ministério Público: Art. 40, III, da LOMP (Lei 8.625/93)
ILEGALIDADES MATERIAIS

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 O preso não está em flagrante (art. 302 CPP);
o
 Prova obtida por meio ilícito (art. 5 , LVI, da CF/88 c/c art. 157, CPP);
 Flagrante forjado;
 Flagrante preparado (Súmula 145 do STF);
 Vedações à prisão em flagrante (arts. 28 da Lei 11.343/06, art. 301 do CTB e art. 69, parágrafo único, da Lei
9.099/95).

ESTRUTURA DO RELAXAMENTO DE PRISÃO


Exemplo:
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA CRIMINAL DA COMARCA
__________

FUNDAMENTAÇÃO
o
Art. 5 , LXV, CRFB/88 - A prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária;
Art. 310, I, CPP - Ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz deverá fundamentadamente:
I - relaxar a prisão ilegal;

ESTRUTURA DO RELAXAMENTO DE PRISÃO


1. DOS FATOS
(Narrar suscintamente como ocorreu a prisão, enfatizando os aspectos que a tornam ilegal.)
2. DA ILEGALIDADE DA PRISÃO
3. DA TOTAL AUSÊNCIA DOS PRESSUPOSTOS DA PRISÃO PREVENTIVA
4. DO PEDIDO

ENDEREÇAMENTO
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ____
(Regra Geral)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ____ VARA CRIMINAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE
_____ (Crimes da Competência da Justiça Federal)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA DO TRIBUNAL DO JÚRI DA COMAR-
CA DE ______ (Crimes dolosos contra a vida, tentados ou consumados)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO ___ JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DA CO-
MARCA DE ______ (Infrações de menor potencial ofensivo)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DO ___ JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL FEDERAL DA
SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ______(Infrações federais de menor potencial ofensivo)

APRESENTAÇÃO

Nome, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da Cédula de Identidade número _______, expedida pela
_________, inscrito no Cadastro de Pessoa Física do Ministério da Fazenda sob o número ____________, resi-
dência e domicílio, por seu advogado abaixo assinado, conforme procuração anexa a este instrumento, vem muito
respeitosamente à presença de Vossa Excelência, requerer o
RELAXAMENTO DA PRISÃO EM FLAGRANTE
com fundamento no art. 5º, LXV da Constituição Federal, e art. 310, I, do Código de Processo Penal, pelos moti-
vos de fato e de direito a seguir expostos:

1. Dos Fatos

2. Da Ilegalidade da Prisão em Flagrante


Mostrar claramente as ilegalidade do flagrante e discorrer sobre estas ilegalidade.

3. Da Impossibilidade de Decretação da Prisão Preventiva


Como existe a possibilidade do juiz relaxar a prisão e decretar a prisão preventiva, deve-se deixar claro ao julga-
dor que não existe motivo para tal procedimento.

4. Pedido

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Diante do exposto, postula-se a Vossa Excelência o relaxamento da prisão em flagrante imposta ao requerente,
na forma do art. 5º, LXV da CF e art. 310, I, do CPP a fim de que possa permanecer em liberdade durante o pro-
cesso.
Requer ainda a oitiva do ilustre representante do Ministério Público e a expedição do competente alvará de soltu-
ra.

Nestes termos,
Espera deferimento.
Comarca, data.
Advogado, OAB

Observação: O pedido de oitiva do Ministério Público não é obrigatório, já que como a prisão é ilegal, não haveria
necessidade de prévia oitiva do parquet. Todavia, a realização do pedido pode e deve ser feita, sem nenhum en-
cargo ao candidato.

Dúvida: Posso cumular o pedido de relaxamento de prisão com o de liberdade provisória?

ESTRUTURA DO RELAXAMENTO DE PRISÃO

Endereçamento
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE
__________________________ (Regra Geral)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ___ VARA CRIMINAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE
___________________ (Crimes da Competência da Justiça Federal).
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA DO TRIBUNAL DO JÚRI DA CO-
MARCA DE ___________________ (Crimes dolosos contra a vida, tentados ou consumados)*
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO ___ JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DA CO-
MARCA DE ___________________ (Infrações de menor potencial ofensivo)*
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO ___ JUIZADO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E
FAMILIAR CONTRA A MULHER DA COMARCA DE ___________________ (em caso de violência doméstica
contra a mulher)
* Atenção: Em caso de Júri ou Juizado Especial Criminal Federal, a expressão “Comarca de…” deverá ser
substituída por “Seção
Judiciária de…”
-> Não precisa saltar 10 linhas efetivamente.
Identificação do preso
(Fazer parágrafo) Nome, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da Cédula de Identidade número
______, expedida pela ______, inscrito no Cadastro de Pessoa Física do Ministério da Fazenda sob o número
______, residência e domicílio, por seu advogado abaixo assinado, conforme procuração anexa a este instru-
mento, vem muito respeitosamente à presença de Vossa Excelência, requerer o
RELAXAMENTO DA PRISÃO EM FLAGRANTE
Com fundamento no art. 5º, LXV da Constituição Federal, e art. 310, I, do Código de Processo Penal, pelos
motivos de fato e de direito a seguir expostos:
1. Dos Fatos
2. Da(s) ilegalidade(s) da prisão em flagrante
Mostrar claramente as ilegalidades do flagrante e discorrer sobre essas ilegalidades.
3. Da impossibilidade de decretação da prisão preventiva
Como existe a possibilidade do juiz relaxar a prisão e decretar a prisão preventiva, deve-se deixar claro ao jul-
gador que não existe motivo para a custódia cautelar.
4. Pedido
Ante o exposto, postula-se a Vossa Excelência o relaxamento da prisão em flagrante imposta ao requerente, a
fim de que possa permanecer em liberdade durante o processo.
Termos em que, ouvido o ilustre representante do Ministério Público e, expedindo-se o alvará de soltura, pede
deferimento. (Pedido de oitiva do representante do Ministério Público não obrigatório, já que a prisão demons-
tra-se flagrantemente ilegal. Todavia, a realização do pedido pode ser feita, sem nenhum encargo ao candida-
to).
Comarca, data.
Advogado, OAB

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LIBERDADE PROVISÓRIA

CABIMENTO

A liberdade provisória é a medida cabível nas hipóteses de flagrante lícito, tanto na materialidade quanto na for-
malidade, devendo-se demonstrar que NÃO EXISTE A NECESSIDADE de se manter o agente encarcerado.

FUNDAMENTAÇÃO

Art. 5º, LXVI, CRFB/88 - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória,
com ou sem fiança;
Art. 310, CPP - Ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz deverá fundamentadamente:
III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança.
Art. 321, CPP - Ausentes os requisitos que autorizam a decretação da prisão preventiva, o juiz deverá conceder
liberdade provisória, impondo, se for o caso, as medidas cautelares previstas no art. 319 deste Código e observa-
dos os critérios constantes do art. 282 deste Código.

ESPÉCIES DE LIBERDADE PROVISÓRIA

Em todos os casos indicar:


o
Art. 5 , LXVI, CRFB/88
c/c
Art. 310, III e 321, CPP

Liberdade Provisória mediante fiança: + 323 e 324, CPP


Liberdade Provisória sem fiança por pobreza: + 323; 324; 325, §1º e 350, CPP
Liberdade Provisória em face da presença de excludente de ilicitude: + 310, parágrafo único do CPP
Liberdade Provisória por ausência dos pressupostos da preventiva

ESTRUTURA
Estrutura do conteúdo principal:

1. DOS FATOS

2. DA TOTAL AUSÊNCIA DOS PRESSUPOSTOS DA PRISÃO PREVENTIVA

3. DA POSSIBILIDADE DE FIANÇA (se for o caso)

4. DO PEDIDO

Exemplificação:

ENDEREÇAMENTO:

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ________


(Regra Geral)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ___ VARA CRIMINAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE
_______ (Crimes da Competência da Justiça Federal)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA DO TRIBUNAL DO JÚRI DA COMAR-
CA DE ______ (Crimes dolosos contra a vida, tentados ou consumados)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO ___ JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DA CO-
MARCA DE ______ (Infrações de menor potencial ofensivo)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DO ___ JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL FEDERAL DA
SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ______(Infrações federais de menor potencial ofensivo)

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APRESENTAÇÃO/IDENTIFICAÇÃO DO PRESO
Nome, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da Cédula de Identidade número _______, expedida pela
____________, inscrito no Cadastro de Pessoa Física do Ministério da Fazenda sob o número
________________, residência e domicílio, por seu advogado abaixo assinado, conforme procuração anexa a
este instrumento, vem muito respeitosamente à presença de Vossa Excelência, requerer sua
LIBERDADE PROVISÓRIA
com fundamento no art. 5º, LXVI da Constituição Federal combinado com art. 310, III e art. 321, ambos Código de
Processo Penal, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos:

CONTEÚDO FÁTICO E JURÍDICO

1. Exposição dos Fatos


Fazer breve resumo dos fatos.

2. Da total ausência dos pressupostos da prisão preventiva


Indicar que não há fundamento que autorize a decretação da prisão preventiva, nos termos do art. 312 do Código
de Processo Penal.

3. Da afiançabilidade da conduta (se for o caso)


Indicar que o crime pelo qual o requerente foi preso é crime afiançável, uma vez que não se enquadra em nenhu-
ma das hipóteses previstas nos arts. 323 e 324 do CPP.

3. Pedido
Concessão da liberdade provisória com ou sem fiança, além do pedido subsidiário de aplicação das medidas cau-
telares previstas no art. 319 do CPP.
Pedir ainda a oitiva do representante do Ministério Público e a expedição de alvará de soltura, mediante termo de
comparecimento a todos os atos do processo, quando intimado.

Nestes termos,
Pede deferimento.
Comarca, data.
Advogado, OAB.

ESTRUTURA DA LIBERDADE PROVISÓRIA

Endereçamento:
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE
___________ (Regra Geral)

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ____ VARA CRIMINAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA
DE ____________ (Crimes da Competência da Justiça Federal)

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA DO TRIBUNAL DO JÚRI DA CO-
MARCA DE ________ (Crimes dolosos contra a vida, tentados ou consumados)

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO ___ JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DA CO-
MARCA DE __________ (Infrações de menor potencial ofensivo) *

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO ___ JUIZADO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E


FAMILIAR CONTRA A MULHER DA COMARCA DE __________ (em caso de violência doméstica contra a
mulher)

* Atenção: Em caso de Júri ou Juizado Especial Criminal Federal, a expressão “Comarca de…” deverá ser
substituída por “Seção Judiciária de…”

 Não precisa saltar 10 linhas efetivamente.

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Identificação do preso.

(Fazer parágrafo) Nome, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da Cédula de Identidade número
_______________, expedida pela ________________ inscrito no Cadastro de Pessoa Física do Ministério da
Fazenda sob o número ____________________, residência e domicílio, por seu advogado abaixo assinado,
conforme procuração anexa a este instrumento, vem muito respeitosamente à presença de Vossa Excelência,
requerer a sua
LIBERDADE PROVISÓRIA
com fundamento no artigo 5º, LXVI, da Constituição Federal, e arts. 310, III, e 321, ambos do Código de Pro-
cesso Penal pelos motivos de fato e direito a seguir expostos:

 DICA: Ao ser apresentado o caso concreto, deve-se observar os artigos 323 e 324 do CPP para identificar
se o crime é ou não afiançável.

Art. 323. Não será concedida fiança:


I – nos crimes de racismo;
II – nos crimes de tortura, trafico ilícita de entorpecentes e drogas afins, terrorismo e nos definidos como crimes
hediondos;
III – nos crimes cometidos por grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado De-
mocrático;
IV – (Revogado)
V – (Revogado)

Art. 324. Não será, igualmente, concedida fiança:


I – aos que, no mesmo processo, tiverem quebrado fiança anteriormente concedida ou infringido, sem motivo
justo, qualquer das obrigações a que se referem os arts. 327 e 328 deste Código;
II – em caso de prisão civil ou militar;
III – (Revogado)
IV – quando presentes os motivos que autorizam a decretação da prisão preventiva (art. 312).

 DICA 2:
Espécies de Liberdade Provisória
Em todos os casos indicar: art. 5º, LXVI, CRFB/88 c/c art. 310, III, e 321, CPP
• Lib. Prov. mediante fiança: + 323 e 324 CPP
• Lib. Prov. sem fiança por pobreza: + 323, 324, 325 e 350 CPP
• Lib. Prov. em face da presença de excludente de ilicitude: + 310, parágrafo único e 321 CPP.
• Lib. Prov. por ausência dos pressupostos da preventiva: + 321 do CPP.

1. Dos Fatos
Deve-se fazer uma breve exposição dos fatos indicando os principais pontos do caso apresentado que servirão
de base para demonstrar a desnecessidade da manutenção da prisão preventiva.
Neste ponto NÃO precisa discorrer sobre o direito a concessão de liberdade provisória com ou sem fiança, ten-
do em vista que tal ponto será abordado no tópico seguinte.
2. Da total ausência dos pressupostos da prisão preventiva
Indicar claramente que para a manutenção do flagrante seria necessário estarem presentes os requisitos autori-
zadores da prisão preventiva ou demonstrar que existe uma causa de exclusão de ilicitude que inviabiliza a
manutenção da prisão em flagrante ou demonstrar que o caso é de liberdade provisória com fiança.
Evite entrar no mérito da questão, mas demonstre claramente a impropriedade da manutenção da prisão.
3. Da possibilidade de fiança (se for o caso)
Nesse tópico, serão abordados os casos em que seja possível o arbitramento da fiança para que o acusado
possa responder ao processo em liberdade. Aqui, verifica-se se o crime está ou não inserido nos arts. 323 e 324
do Código de Processo Penal.
4. Do Pedido
PEDIDO – NO CASO DE NÃO EXISTIR FIANÇA.
(Fazer parágrafo) Ante o exposto, postula-se a Vossa Excelência, nos termos do artigo 310, inciso III, em com-
binação com o artigo 321, ambos do Código de Processo Penal, a concessão da liberdade provisória, visto que
não há requisito autorizador para a decretação da prisão preventiva, mediante termo de comparecimento a to-

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dos os atos do processo, quando intimado.
(Fazer parágrafo) Contudo, face o critério da eventualidade, seja aplicada uma das medidas cautelares indica-
das no artigo 319 do Código de Processo Penal, conforme entenda conveniente. Requer-se ainda, a oitiva do
ilustre representante do Ministério Público e competente expedição alvará de soltura.

Termos em que,
Pede deferimento.

Comarca, Data
Advogado

PEDIDO – NO CASO DE EXISTIR FIANÇA

Pedido principal continua sendo o de liberdade provisória sem o arbitramento da fiança, já que é mais
benéfico ao agente primeiro que ele seja posto em liberdade sem nenhum encargo. Caso não seja pos-
sível, realizar o pedido de arbitramento da fiança.

(Fazer parágrafo) Ante o exposto, postula-se a Vossa Excelência, nos termos do artigo 310, inciso III, em com-
binação com o artigo 321, ambos do Código de Processo Penal, a concessão da liberdade provisória, visto que
não há requisito autorizador para a decretação da prisão preventiva, mediante termo de comparecimento a to-
dos os atos do processo, quando intimado.
(Fazer parágrafo) Ante o exposto, postula-se a Vossa Excelência, nos termos do artigo 310, inciso III, em com-
binação com os artigos 321, 323 e 324, todos do Código de Processo Penal, a concessão da liberdade provisó-
ria mediante o arbitramento de fiança, visto que não há requisito autorizador para a decretação da prisão pre-
ventiva, mediante termo de comparecimento a todos os atos do processo, quando intimado.
(Fazer parágrafo) Termos em que, expedindo-se o alvará de soltura, pede deferimento.

 DICA: Neste caso, não há necessidade de pedir a oitiva do MP, pois nos termos do art. 333 do CPP a fiança
não necessita de audiência deste.
Neste sentido, vale transcrever o referido artigo:

Art. 333. Depois de prestada a fiança, que será concedida independentemente de audiência do Ministério Públi-
co, este terá vista do processo a fim de requerer o que julgar conveniente.

Comarca, Data
Advogado, OAB.

REVOGAÇÃO DA PREVENTIVA/TEMPORÁRIA

FUNDAMENTAÇÃO:
Art. 282, §5º, CPP - O juiz poderá revogar a medida cautelar ou substituí-la quando verificar a falta de motivo para
que subsista, bem como voltar a decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem.
Art. 316, CPP - O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no correr do processo, verificar a falta de motivo
para que subsista, bem como de novo decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem.
Art. 282, §5º, CPP - O juiz poderá revogar a medida cautelar ou substituí-la quando verificar a falta de motivo para
que subsista, bem como voltar a decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem.

Estrutura da Revogação da preventiva

Estrutura do conteúdo principal:


1. DOS FATOS
2. DO DESAPARECIMENTO DOS MOTIVOS AUTORIZADORES DA CUSTÓDIA CAUTELAR
3. DO PEDIDO

Endereçamento:

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ________
(Regra Geral)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ___ VARA CRIMINAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE
_______ (Crimes da Competência da Justiça Federal)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA DO TRIBUNAL DO JÚRI DA COMAR-
CA DE ______ (Crimes dolosos contra a vida, tentados ou consumados)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO ___ JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DA CO-
MARCA DE ______ (Infrações de menor potencial ofensivo)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DO ___ JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL FEDERAL DA
SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ______(Infrações federais de menor potencial ofensivo)

Apresentação:
Nome, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da Cédula de Identidade número _______, expedida pela
____________, inscrito no Cadastro de Pessoa Física do Ministério da Fazenda sob o número
________________, residência e domicílio, por seu advogado abaixo assinado, conforme procuração anexa a
este instrumento, vem muito respeitosamente à presença de Vossa Excelência, requerer a

REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA


Com fundamento nos arts. 282, § 5, e 316, ambos do Código de Processo Penal, pelos motivos de fato e de direi-
to a seguir expostos:

1. Exposição dos Fatos


2.Do desaparecimento dos motivos autorizadores da custódia cautelar
Indicar que os motivos constantes no art. 312 do Código de Processo Penal não mais subsistem.
3. Pedido
Pedido de revogação da prisão preventiva, com a consequente expedição do alvará de soltura.
Pedido subsidiário da aplicação das medidas não prisionais do art. 319 e 318 (se for o caso de prisão domiciliar).

Comarca, data.
Advogado, OAB.

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