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INFORMATIVO DE

DESENVOLVIMENTO
TECNOLÓGICO
ANO 1 • NÚMERO 6
ABRIL 2013

MANEJO DE PERCEVEJOS
NA CULTURA DO MILHO
IMPORTÂNCIA ECONÔMICA E CICLO
Os percevejos (fitófagos da família Hemiptera) são considerados pragas importantes no início do desenvolvimento da cultura do
milho, causando danos parciais ou totais de produtividade. O aumento da área de milho safrinha, plantada após a soja, favorece
o aumento dessa praga.

Nos últimos anos, o mesmo cenário tem sido também observado em regiões tradicionais no cultivo do Milho Verão, que acabam
por receber ataque de percevejos oriundos de lavouras de inverno em final de ciclo (como trigo, aveia e cevada), de áreas de
pousio e de lavouras de feijão. No Brasil, existem três espécies de percevejos do gênero Dichelops que podem ser consideradas
pragas potenciais para a cultura do milho, ocorrendo em todas as épocas de semeadura (D. melacanthus, D. furcatus e D. phoenix
BIANCO et al., 2001). A primeira delas, tem maior predominância no Centro-Oeste, enquanto a segunda, é mais comumente
encontrada no sul do Brasil e a terceira, é considerada de pouca expressão e ocorrência (BIANCO, 2004). Entretanto, é
importante mencionar que todas essas espécies podem ser encontradas no campo, em todas as regiões de cultivo.

Dichelops Dichelops
melacanthus furcatus

O ciclo biológico, do ovo ao adulto, completa-se em aproximadamente 45 dias. Tanto as ninfas quanto os adultos, sugam a
seiva das plantas (PANIZZI,1985).

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Legenda:
a) Percevejo Barriga Verde (Dichelops furcatus);
b) Percevejo Barriga Verde, (D. melacanthus);
c) Percevejo Raspador, (Collaria scenica);
d) Percevejo Verde, (Nezara viridula);
e) Percevejo do Trigo, (Thyanta perditor);
Foto: Paulo R. V. S. Pereira, Embrapa Trigo.

CONDIÇÕES CLIMÁTICAS FAVORÁVEIS


Percevejos preferem ambientes de temperaturas mais amenas, ficam notadamente mais próximos do solo e seu ataque normal-
mente ocorre nos períodos menos quentes do dia, no entardecer e à noite.

SINTOMAS
As plantas atacadas podem apresentar folhas com pequenas perfurações, folhas do cartucho parcialmente enroladas, plantas
perfiladas e até plantas com o cartucho morto. Os danos nos tecidos vegetais são resultantes da frequência de penetração dos
estiletes e duração da alimentação, associado às secreções salivares que podem ser tóxicas e causar necrose tecidual.

Escala de notas propostas por BIANCO et al. (2001), para quantificação do ataque de percevejo Barriga Verde em milho.
Plantas com nota 2, geram perdas de 10%, com nota 3, as perdas médias são de 30% e com nota 4, há perda total de
produtividade. Fotos do Departamento de Desenvolvimento de Tecnologia – TD, 2013.

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CONTROLE
É recomendada dessecação com inseticida sobre a palhada em horário de temperatura mais amena, se
possível (BIANCO, 2005). O tratamento de sementes com o grupo químico neonicotinoide, associado ao
monitoramento do inseto e aplicação de inseticidas específicos na fase inicial, é crucial para o sucesso
da lavoura. Aplicações de inseticidas em 10 – 15 dias após a emergência das plantas se mostram
ineficazes.

É importante destacar que as biotecnologias atuais em milho não controlam o percevejo.

Recomendação de controle contemplando diferentes momentos, amplo espectro de ação e atuação em


diferentes sítios toxicológicos da praga.

RESULTADOS TD
COMPARATIVO DO USO DE TS E O USO DE 1 APLICAÇÃO
DE INSETICIDA FOLIAR PARA CONTROLE DE PERCEVEJOS
100
5

90

35
80

70

60 83
90
50 95
c
40
65
30 b

20

10 18
a 10
a
-
ST ST+1Foliar STTS
Sem ST+1Foliar
1 Aplicação Foliar (V2)
Só TS TS + 1 Aplicação Foliar (V2)
Thiamethoxam (120) Control
Tratamento com Thiametoxam (120) Sem tratamento de sementes
Average
% danosof % Damage % controle
Average of % No damage
2013, TD Monsanto

Trabalho de infestação artificial com 4 percevejos por m2 em média em seis ambientes, realizado pelo
Departamento de Desenvolvimento de Tecnologia – TD em 2013. Teste de Tukey a 5%.

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COLABORADORES
Carla Dutra – TDR na Estação Experimental de Sorriso (MT)
Fábio Bezerra dos Santos – Especialista de Campo TD na Estação Experimental de Santa Helena de Goiás (GO)
Fernando Akira Koshima – Gerente Técnico de Milho e Tratamento de Semente
Ibene Takao Kawaguchi – TDR na Estação Experimental de Santa Helena de Goiás (GO)
Marcelo José Batistela – TDR na Estação Experimental de Rondonópolis (MT)
Marlon Dias Denez – TDR na Estação Experimental de Não-Me-Toque (RS)
Wilson Andrey Boiko – MDR na Regional PRNA

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
ÁVILA, C. J.; PANIZZI, A.R. Ocurrence and damage by Dichelops (Neodichelops) melachantus (Dallas)
(Heteroptera: Pentatomidae) on corn. An Soc Entomol. Jaboticabal- SP. v.24, p.193-194, 1995.

BIANCO, R. et al. Avaliação de cultivares de Milho quanto ao dano do Percevejo Barriga Verde,
Dichelops spp. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE MILHO SAFRINHA, 2001, Londrina, PR. Anais...
Londrina-PR: Iapar, 2001. p 21.

BIANCO, R. Nível de dano e período crítico do Milho ao ataque do Percevejo Barriga Verde
(Dichelops melacanthus). In: CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO, 25., 2004, Cuiabá, MT.
Anais... Cuibá-MT: Associação Brasileira de Milho e Sorgo, 2004. p.172.

BIANCO, R. Manejo de pragas do Milho em plantio direto. In: INSTITUTO BIOLÓGICO DE SÃO PAULO.
(Org.), 2005, Campinas, SP. Encontro de fitossanidade de grãos. Campinas: Emopi, 2005. p.8-17.
PANIZZI, A. R.; SLANSKY JR, F. Review of phytophagous pentatomids (Hemiptera: Pentatomidae)
associated with soybean in the Americas. Florida Entomologist, v.68, n.1, p.184-214, 1985.

Em caso de dúvidas ou necessidade de mais informações


sobre o assunto, procure o TD mais próximo.

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