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DA INTEGRIDADE ESTRUTURAL
DOS DUTOS DA PETROBRAS
ÍNDICE:
1 – INTRODUÇÃO
2 – OBJETIVO
3 – DOCUMENTOS COMPLEMENTARES
4 – DEFINIÇÕES
5 – CONSIDERAÇÕES GERAIS
8 – PIGS INSTRUMENTADOS
10 – REPARO DE CONTINGÊNCIA
11 – TESTE HIDROSTÁTICO
DIRETRIZES PARA INTEGRIDADE DE DUTOS
§ manter postura de previsão e antecipação nas ações necessárias à operação segura de seus
dutos, realizando e mantendo permanentemente atualizados os diagnósticos da sua condição
de integridade, planejando e executando a sua manutenção, em conformidade com a
legislação, com as normas e padrões técnicos e com as melhores práticas da indústria;
§ assegurar a devida identificação, a sinalização e o cadastramento atualizado de seus dutos e
respectivas faixas de domínio, com vistas a evitar acidentes associados à ação de terceiros;
§ implementar um sistema corporativo de informações sobre os dutos, garantindo a ele o
acesso padronizado das pessoas com atividades associadas à gestão da integridade de
dutos;
§ garantir o permanente atendimento à legislação sobre transporte dutoviário e sua
regulamentação;
§ buscar, de forma contínua, a melhoria da gestão da atividade de transporte por dutos,
baseando os seus controles e ações numa permanente avaliação do risco, operando e
mantendo as instalações de acordo com as melhores práticas da indústria e realizando, onde
necessário, o investimento na tecnologia apropriada;
§ buscar o permanente comprometimento, a capacitação e o treinamento, por meio de
processos de certificação da força de trabalho e a certificação no que tange às atividades de
operação, inspeção, manutenção e de resposta a emergências;
§ desenvolver programas de educação ambiental junto às comunidades vizinhas às instalações
dutoviárias, visando à sua conscientização no sentido da prevenção de danos aos dutos e
sua orientação quando da ocorrência de situações anormais ou acidentes;
§ garantir uma permanente comunicação entre a Companhia e as comunidades vizinhas às
instalações dutoviárias;
§ manter permanentemente atualizados os programas de resposta a emergências,
considerando os diversos cenários possíveis, preparando os recursos materiais e humanos
necessários a uma resposta eficaz e os processos de comunicação que se mostrarem
necessários;
§ garantir adequação dos dutos em relação às necessidades operacionais e de segurança,
certificando-os quanto à sua aplicação.
Desta forma, a PETROBRAS irá cumprir o seu compromisso de ser uma empresa socialmente
responsável e de excelência nas questões de segurança, meio ambiente e saúde associados às
atividades de transporte por dutos, atendendo aos anseios de seus clientes e acionistas e da
sociedade.
i
APRESENTAÇÃO
Coordenador
Márcio Antônio Leorati TRANSPETRO
Membros
César José Moraes Del Vecchio CENPES
David Almeida Schimidt ENGENHARIA
Glauco Colepicolo Legatti ENGENHARIA
Guilherme Rodrigues Dias JURÍDICO
Jayme de Seta Filho SMS
Jorge Luiz Kauer CENPES
José Pedro de Souza MATERIAIS
Louise Pereira Ribeiro E&P
Murilo Brandão RH
Rui Antônio Alves da Fonseca SMS
Rui Fausto de Moura ABASTECIMENTO
bem como avaliar as condições geotécnicas das suas respectivas faixas, realizando, quando
indicada, a paralisação, reabilitação e/ou substituição dos dutos de transferência e
transporte da Companhia, de modo a restabelecer a sua perfeita condição operacional
devendo, entre outras ações:
ii
· estabelecer e aplicar programas de treinamento específicos e complementares para as
atividades de integridade de dutos e faixas de dutos;
iii
I - CORROSÃO INTERNA
a) Qualidade/Corrosividade do Produto
b) Análise de Resíduo e da Água
c) Monitoração da Corrosão
d) Inibidores
e) Revestimento Interno
iv
II - CORROSÃO EXTERNA
a) Proteção Catódica
b) Revestimento Externo
v
III - INSPEÇÃO DE FAIXA/MOVIMENTAÇÃO DO SOLO
(Geologia e Geotecnia)
vi
IV - AÇÃO POR TERCEIROS
a) Sinalização
b) Barreiras
c) Comunicação
d) Mapeamento dos Dutos
f) Gestão de Interferência
vii
V - PIG E OUTROS ENSAIOS NÃO-DESTRUTIVOS
a) Pig Geométrico
b) Pig Inercial
c) Pig Magnético
d) Pig Bi-direcional
e) Pig Defeito Planar
f) Pig Térmico
g) Pig com Placa Calibradora
h) Pig Umbilical
viii
VI - ANÁLISE DE DESCONTINUIDADES E DANOS
a) Análise de Dutos Corroídos
b) Análise de Dutos com Mossas e Ovalizações
c) Deflexões
d) Defeito Planar
ix
VII - REPARO DE CONTINGÊNCIA
x
VIII - TESTE HIDROSTÁTICO
xi
1 – INTRODUÇÃO
1
2 – OBJETIVO
2
3 – DOCUMENTOS COMPLEMENTARES
PE-3D-0205-0
PE-3D-0405
PE-33-0595-0 (UM-RNCE).
CT-CENPES/BIO 053/2001.
3
4 – DEFINIÇÕES
Ações Emergenciais – Ações que visam impedir quaisquer eventos que possam causar
resultados catastróficos e devem ser deflagradas na mesma jornada de trabalho. Devem ser
comunicadas imediatamente ao gerente operacional.
Ações Preventivas – Ações que visam mitigar a corrosão e evitar a evolução do processo
corrosivo, devendo ser deflagradas em até 10 dias.
Alças de Deformação - Efeito da restrição à dilatação térmica do duto entre pontos fixos
que favorecem o acúmulo de deformações durante ciclos operacionais. Efeito no duto
proveniente da interação solo – duto causado pela movimentação do solo, podendo ser
proveniente de flexão ou flambagem global.
Cavidades - As cavidades são vazios que podem apresentar formas esféricas, elipsóides e
etc. Estas podem se apresentar próximas ou afastadas e podem se encontrar na raiz da
solda ou na própria solda.
4
Dupla-laminação - Ocorrem no metal de base do tubo, sendo oriundas de problemas
relacionados à fabricação do material.
Duto - Designação genérica de instalação constituída por tubos ligados entre si, destinada
ao transporte de produtos de petróleo líquidos (oleoduto) ou gasosos (gasoduto).
Dutos de Navio - Terminal – Dutos que interligam navio – Píer – Terminal e Navio –
Monobóia – Terminal – Quadro de Bóias.
Falta de Fusão - Fusão incompleta entre a zona fundida e o metal de base, ou entre passes
da zona fundida.
5
Gradiente Hidráulico (GH) - Representa a pressão requerida em metros de coluna de
líquido (mcl) para vencer as perdas por fricção (perda de carga) e contrapressões impostas
ao fluxo.
Máxima Pressão de Teste - É a pressão interna, medida no ponto mais baixo do oleoduto
ou trecho, quando este está submetido à pressão de teste, conforme item 3.2 deste
procedimento.
Mínima Pressão de Teste - É a pressão interna, medida no ponto mais elevado do oleoduto
ou trecho, quando este está submetido à pressão de teste.
6
Pig - Ferramenta introduzida na tubulação com finalidades diversas (limpeza, arraste de
água livre, inspeção, separação da interface de produtos etc).
Pressão de Projeto (PP) - É a pressão pontual que define a espessura mínima calculada
pela equação de Barlow, considerando as condições operacionais mais extremas. Em
relação a dutos, esta é a máxima pressão interna durante a operação normal, considerada a
uma referência de altura especificada, para a qual o duto ou a seção de duto deve ser
projetado. A pressão de projeto deve levar em consideração condições de fluxo permanente
no range total de vazões, assim como possíveis condições de empacotamentos sobre o
comprimento total do duto ou seção de duto ao qual deve ter uma pressão constante de
projeto.
Pressão de Teste - É a pressão interna que deve ser aplicada no ponto de teste.
Pressão Máxima de Operação (PMO) - Maior pressão em cada ponto que o duto é
operado em condições de regime permanente e na condição estática.
7
Produto Aquecido - Produto cuja temperatura se encontra acima da ambiente.
8
Sistema de Regulagem de Pressão - Em relação a dutos, este é um sistema que assegura
que, independente da pressão à montante, a pressão de set é mantida (em um dado ponto
de referência) para o duto.
Temperatura Limite de Operação - Temperatura acima da qual um duto não deve operar
por colocar em risco alguma seção do mesmo.
9
5 – CONSIDERAÇÕES GERAIS
Todos os dutos devem ser cadastrados no banco de dados corporativo Webdutos, devendo
este cadastro ser mantido atualizado pelas UNs.
Todos os dutos da PETROBRAS devem ter sua integridade estrutural gerenciada por uma
Atividade ou Profissional formalmente designada(o) para esta tarefa, na UN responsável
pelo duto. Cabe a esta Atividade/ Profissional notificar ao Gerente da Unidade toda vez que
um duto não tiver condições seguras de operação.
Todas as UNs devem designar ou criar um órgão para definir e implementar um programa
permanente de auditorias, a fim de garantir a implantação e atendimento ao Programa de
Integridade Estrutural dos Dutos da PETROBRAS.
Todo duto deverá ter sua integridade avaliada através de passagem de pig de detecção de
perda de espessura com intervalo máximo de 5 anos. Na impossibilidade de execução da
passagem de pig com esta periodicidade, esta inspeção pode ser substituída pelo teste
hidrostático descrito no Capítulo 11, desde que corrosão por pites e defeitos planares
circunferenciais não sejam causas possíveis de falha do duto.
10
A Atividade/Profissional responsável pela integridade dos dutos da UN pode,
excepcionalmente, por sua responsabilidade técnica, adotar um procedimento de
gerenciamento de integridade diferente do descrito neste documento. Este procedimento
deve ser devidamente documentado.
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6 – CLASSIFICAÇÃO DOS DUTOS/TRECHOS COM BASE NA POTENCIALIDADE DAS
CONSEQÜÊNCIAS SÓCIO-ECONÔMICO-AMBIENTAIS
Esta seção apresenta o procedimento para classificação dos dutos/trechos de dutos quanto
a sua importância, tomando por base o potencial de conseqüência de sua falha. Diferentes
trechos de um mesmo duto podem apresentar diferentes classificações.
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CLASSIFICANDO O DUTO PELA CONSEQÜÊNCIA
POTENCIAL DE
CONSEQÜÊNCIA
(A, B, C, D OU E)
Para esta classificação os dutos são identificados quanto ao tipo e à vazão de produto
transportado e, quanto ao entorno do duto, identifica-se à vulnerabilidade ambiental e a
ocupação populacional do local ou do trecho em análise.
A classificação deve retratar a situação presente do duto. Portanto, sempre que ocorrer
modificações nos parâmetros que determinaram sua classificação, o duto deverá ser
reclassificado. No caso de dutos que conduzam diferentes fluidos, deverá ser considerado o
fluído de menor ponto de fulgor.
13
Tabela 6.1 – Planilha de Oleoduto / Poliduto
CLASSE DE OCUPAÇÃO
CLASSE 4 CLASSE 3 CLASSE 2 CLASSE 1
MEIO AMBIENTE MEIO AMBIENTE MEIO AMBIENTE MEIO AMBIENTE
VAZÃO
PRODUTO
M3/h E4 E3 E2 E1 E4 E3 E2 E1 E4 E3 E2 E1 E4 E3 E2 E1
> 1000 A A A A A A A A A A B C A B C C
500-1000 A A A A A A A A A C C D A C C D
LEVE
200-500 A A A A A A B B A C C E A C D E
PF ≤ 60°°C
30-200 A A A A A B B C B C D E B D E E
< 30 A A A B A B C C B D E E B D E E
> 1000 A A A A A A A B A B C C A B C C
500-1000 A A A A A A A B A B D D A B D D
PESADO
200-500 A A A B A A B C A C D E A C D E
PF > 60°°C
30-200 A A B B A B B C B C E E B C E E
< 30 A B B C A B C C B D E E B D E E
25mil-150mil B C D E
< 25mil B C D E
> 1000m3/h A A B C
500-1000 A A C C
GLP
200-500 A B C D
30-200 A B C D
< 30 m3/h A C D E
OBS:
Classe de Ocupação, vide Anexo 6.1
Densidade Populacional e Comunidades.Meio - Ambiente, vide Anexo 6.1 – Tipos de
Ambientes.
14
Esta classificação permite determinar os diferentes potenciais de conseqüência de um duto
ou de trechos deste duto e, em combinação com os potenciais de falha definidos nos
padrões de integridade de cada modo de falha, permitirá estabelecer o grau de risco para
cada trecho de duto e para cada modo de falha analisado, de forma a subsidiar a priorização
das intervenções a se realizar em uma dada malha de dutos (Figura 6.2).
PADRÃO DE
MONITORAMENTO E
CONTROLE POR POTENCIALIDADE POTENCIAL DE
MODO DE FALHA DE FALHA CONSEQÜÊNCIA
MATRIZ DE
PRIORIZAÇÃO
RISCO
GRAU DE PRIORIDADE
( P1, P2 ou P3 )
ESTABELECER PLANO DE
EXECUÇÃO
INSPEÇÃO / MANUTENÇÃO
Figura 6.2 – Critério para priorização das intervenções
O grau de risco de cada trecho e para cada modo de falha obtido, deverá ser usado na
priorização dos serviços de inspeção, de manutenção, de reparo, na determinação do nível
de automação utilizado na operação do duto e na determinação dos procedimentos e
critérios de controles operacionais.
O grau de risco de cada duto ou trecho de duto será determinado com base no resultado
obtido pela matriz da Figura 6.3. Esta matriz deverá ser aplicada para cada tipo distinto de
modo de falha de um duto, quais sejam: Corrosão Interna, Corrosão Externa, Geotécnica e
Ações por Terceiros. Estes modos de falha são tratados no Capítulo 7 - Controle dos
Modos de Falha deste Padrão.
15
A referida matriz é composta pelo produto do potencial de falha x potencial de
conseqüência. Ela apresenta como resultado 3 níveis distintos de risco (R1 = Alto, R2 =
Médio e R3 = Baixo), os quais deverão ser utilizados pela UN no estabelecimento do seu
Plano de Inspeção e de Manutenção de Faixas e Dutos.
A R1 R1 R1 R2 R2 RISCO
POTENCIAL
1
DE FALHA
POR MODO
B R1 R2 R2 R2 R3
DE FALHA
C R2 R2 R3 R3 R3
A B C D E
GRAU DE RISCO
R1 – ALTO
R2 – MÉDIO
POTENCIAL DE CONSEQÜÊNCIA
R3 - BAIXA
Considerando que o maior risco (em determinado trecho / modo de falha) é o que determina
a condição de integridade do duto, as ações de intervenção e de controle deverão se voltar
aos modos de falha e / ou trechos com maior risco. Apenas com o propósito de se ter uma
visão abrangente e geral do risco dos dutos de uma UN ou da AN, será efetuado o cálculo
do risco ponderado do duto (ponderação baseada na extensão do trecho e o risco médio
dos modos de falha envolvidos em cada trecho). Cabe salientar que para a definição e
priorização das ações de intervenção e de controle sempre deverão ser observados os
riscos calculados individualmente por modo e por trecho.
16
Formulário Exemplo – Avaliação de Risco do ORBIG
17
ANEXO 6.1
Tipos de Ambientes
Os oleodutos devem ser classificados também quanto ao eventual impacto ao meio
ambiente associado a uma eventual falha do mesmo. A Tabela – A6.2 apresenta diferentes
tipos de ambientes, em termos de grau de sensibilidade, a título de exemplo para a
classificação dos oleodutos como E1, E2, E3 ou E4 para efeito de potenciais danos
ambientais.
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Tabela – A6.2 – Tipos de Ambientes
Grau de
Classificação Exemplo
Sensibilidade
Vazamentos sem repercussão ambiental. Oceano
E1 Baixa
distante da costa, poças contidas em solo sem uso.
Área rural de uso agrícola (plantio ou dessendentação),
E2 Média Vazamento sem possibilidade de atingir mananciais de
abastecimento urbano.
Baías e região costeira de relevado interesse econômico
E3 Alta
e turístico.
Lençol freático ou manancial de abastecimento urbano,
E4 Crítica
área de proteção ambiental
Dados dois dutos (um gasoduto e um poliduto) inseridos em ambientes distintos, conforme
figura abaixo, é realizada a classificação dos mesmos de acordo com o procedimento em
pauta.
Gasoduto:
Vazão: 500 MNm3/dia
Produto: Gás Natural
Classe de Ocupação: 1 e 2
Poliduto:
Vazão: 900 m3/h
Produto: QAv, Gasolina e Diesel
Classe de Ocupação: 1 e 4
Tipos de ambientes: E1, E2 e E4
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Extração Mineral
Manancial de Abastecimento
Região Agropastoril
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A UN, usando a Classificação de Conseqüências de cada trecho do duto, associada por
meio da Matriz de Risco, aos potenciais de falha de cada modo de falha para cada trecho do
duto, definirá o risco para cada um dos trechos e por modos de falha. Com base nos
diferentes graus de riscos identificados, elaborará do Plano de Inspeção / Manutenção para
um determinado duto, tomando por base as recomendações estabelecidas no Padrão de
monitoramento e controle de cada um dos respectivos modos de falha.
21
7 – CONTROLE DOS MECANISMOS DE DEGRADAÇÃO
7.1.1 - Objetivo
O potencial será considerado severo se pelo menos um dos critérios iniciais (7.1.2.1, 7.1.2.2
ou 7.1.2.3) assim o indicar. Caso não se obtenha nenhuma evidência de severidade através
dos critérios mencionados, deverá ser feita a avaliação baseada nas recomendações do
item 7.1.2.4.
22
7.1.2.1 - Taxa de Corrosão (NACE RP0775 e N - 2364)
A determinação do potencial de corrosividade por cupom ou sonda deve ser confirmada por
três medições sucessivas ou pela concordância das duas técnicas.
*Observações:
1- O tempo de exposição ideal de troca de cupom deve ser determinado em função dos
resultados da sonda de resistência elétrica (caso exista sonda instalada), não podendo
ser superior a seis meses.
2- Havendo uma primeira avaliação, por cupom, de que a corrosão é severa, deve-se
reduzir o tempo de retirada dos próximos cupons para 45 dias.
O relatório de inspeção classifica o fluido como potencialmente severo e/ou o duto como
potencialmente crítico quando, após a validação dos defeitos por meio de medições de
campo, estes revelarem taxa de corrosão severa, ou seja, maior que 0,125 mm/ano,
calculada com base em um dos seguintes critérios (considerar o maior valor):
§ A maior perda de espessura dividida pelo tempo de operação do duto ou trecho (no caso
de substituição);
§ A maior perda de espessura de um mesmo defeito entre as duas últimas inspeções.
É importante observar que, como as inspeções com ensaios não destrutivos são realizadas
usualmente a intervalos longos, uma corrosão severa, num curto espaço de tempo, pode ser
mascarada. Se a perda de espessura média não for severa, não há garantia de que não
haja corrosão severa.
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É também importante lembrar que as ferramentas de inspeção muitas vezes localizam
outros defeitos, além de corrosão interna. Neste caso, o profissional que estiver analisando
a integridade do duto deve levar em conta a interação dos defeitos localizados numa mesma
região.
É obrigatório verificar os fatores abaixo, mesmo que os itens 7.1.2.1 a 7.1.2.3 tenham
classificado o potencial de corrosividade do fluido como moderado ou baixo. Deste modo, o
fluido é considerado com potencial de corrosividade severo se apresentar pelo menos uma
das condições abaixo associada a um ou mais itens da tabela abaixo:
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Tabela 7.1.3 - Potencial de Corrosividade
Potencial
PARÂMETRO Potencial Severo
Moderado
Pressão Parcial de H 2S no
PH2S > 0,75 psia ---
gás
Teor de H 2S no óleo > 100 mg de H2S por 1 kg de óleo ---
Teor de Sulfetos Totais na
> 100 mg/l ---
água
Corrosividade de derivados Corrosividade B+
Classificação C, D e E
segundo a NACE TM0172 eB
Teor de Oxigênio Dissolvido > 20 ppb e < que
> 50 ppb
na Água (oleoduto) 50 ppb
25
7.1.3 - Ações Gerais para Todos os Dutos:
Deve ser mantido atualizado um cadastro contendo os dados de cada duto, incluindo:
Todos os dutos, conforme definido no item 7.1.1, devem ser, obrigatoriamente, monitorados
por meio de análises de fluido e resíduo, levantamentos de taxa de corrosão e de variáveis
de processo. Na tabela 7.1.4 estão definidos os locais e os métodos aplicáveis.
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Tabela 7.1.4 - Parâmetros de Monitoração
ITEM LOCAL COMO
no ponto de amostragem a conforme rotina analítica
montante do lançador de estabelecida na TABELA B e
AMOSTRAGEM
pigs, no recebedor de pigs, procedimento de coleta do
DE FLUIDO
e em pontos intermediários CENPES - CT-33/93 (Anexo
(Tabela A Anexo 7.1.5) 7.1.3)
conforme rotina analítica
recebedor de pigs e nos
estabelecida na TABELA C e
COLETA DE provadores de corrosão
procedimento de coleta do
RESÍDUOS (quando da sua
CENPES - CT-33/93 (Anexo
substituição)
7.1.3)
avaliação de perda de massa
Instalar duas tomadas de e taxa de pites, conforme N-
PROVADORES acesso, sendo uma para 2364 (CUPOM)
DE cupom e outra para sonda, coletor de dados automático,
CORROSÃO nos pontos estabelecidos tomadas de acesso e sondas
na Tabela D, Anexo 7.1.5 . conforme Anexo 7.1.1 –
(SONDA)
VARIÁVEIS DE Acompanhamento
saída e chegada do duto
PROCESSO preferencialmente on-line
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3. Nos sistemas onde existir a injeção de produto químico, deve ser utilizada bomba
dosadora automática e exclusiva para cada duto;
4. Nos dutos de transporte e transferência de líquidos com regime de fluxo laminar e
gasodutos com velocidade menor ou igual a 2,1 m/s, deve ser lançado pig de arraste, no
máximo, mensal e semanal respectivamente;
5. Previamente à injeção de produtos químicos, identificar a presença de depósitos na
parede do duto e removê-los;
6. Todo produto químico utilizado deve ser antes testado e aprovado, em laboratório, de
acordo com os critérios e metodologias constantes do Anexo 7.1.3;
7. Reduzir o teor de água no produto, conforme tabela 7.1.5.
1. Os trechos submarinos dos dutos navio-terminal devem ser submetidos à inspeção para
verificar as condições da parede interna do duto;
2. Os trechos terrestres dos dutos navio-terminal devem ser monitorados com cupons de
corrosão, sondas corrosimétricas e inspecionados quanto à perda de espessura;
3. Adotar todas as alternativas operacionais possíveis com a finalidade de evitar a
permanência de água nos sistemas de transferência;
4. Tratar o petróleo no tanque de carga do navio, com sequestrante de H2S, sempre que o
teor de H 2S esteja acima de 100 mg/kg.
28
7.1.3.3.3 - Ações Específicas Conforme o Produto Transportado
Deve-se implementar todas as ações aplicáveis de acordo com os itens 7.1.4.1 a 7.1.4.3
abaixo (em função do potencial de corrosividade) e também as ações de controle descritas
no item 7.1.4.4 (em função do tipo de duto e agente agressivo).
Quando o potencial de corrosividade do fluido for severo, de acordo com um dos critérios
do item 7.1.2, as ações descritas na tabela 7.1.7 devem ser deflagradas, imediatamente.
Ressalta-se que estas ações não estão apresentadas em ordem de prioridade, devendo ser
plenamente atendidas, quando aplicáveis.
29
Tabela 7.1.7 - Ações Quando o Potencial de Corrosividade for Severo
AÇÃO OBSERVAÇÃO
Verificar relação PMAO/PRSC assim que houver o
dimensionamento de um defeito e também para a
dimensão máxima estimada em função da taxa de
corrosão do duto e do tempo até a próxima
inspeção/manutenção.
Atuar conforme N-2572, ASME B31.G
Identificar as causas fundamentais do processo
corrosivo.
Em caso de fluxo intermitente, efetuar a passagem de Adequar periodicidade em
pig de arraste de água, concomitantemente, ao final função da redução da taxa de
das operações. corrosão.
Aumentar a vazão de forma a ser superior a vazão de
arraste, exceto para gasodutos, conforme Anexo 7.1.2
DETRAN-CL-61.013/84.
Efetuar passagem diária de pig de arraste para os
dutos (óleo e derivados) que operam em regime Adequar periodicidade em
laminar e gasoduto cuja velocidade é menor que 2,1 função da redução da taxa de
m/s, até que se atinjam taxas de corrosão corrosão.
classificadas como baixas (item 7.1.2.1).
Realizar medição de espessura nos pontos definidos
na Tabela D do Anexo 7.1.5 e conforme item 7.1.3.1.
Passar a inspecionar com pig de detecção de
corrosão com periodicidade máxima de 3 anos. Caso
Adequar periodicidade em
a última inspeção tenha ocorrido a mais de três anos, função da redução da taxa de
programar imediatamente uma inspeção ou teste corrosão.
hidrostático.
O local poderá ser substituído
Incluir pontos de monitoração no local de falha ou
em função da relação
com perda de espessura maior ou igual a 65%.
PMAO/PRSC (N-2572).
Seguir as orientações de curto prazo do item 7.1.4.4.
30
7.1.4.2 - Classificação Moderada
7.1.4.4.1 - Oleoduto
A Tabela 7.1.10 indica as ações de controle recomendadas. De forma geral as ações de
curto prazo estão em ordem de menor impacto na operação.
31
Tabela 7.1.10 - Ações de Controle para Oleodutos
CAUSA CONTROLE OBSERVAÇÃO
FUNDAMENTAL CURTO PRAZO MÉDIO PRAZO (p/ ações de curto prazo)
o
1. – Evitar a
intermitência do
escoamento Realizar EVTEA
para definir o Esta ação deverá ser feita
o
2. – Injetar método de controle no caso do fluxo ser
inibidor de a ser adotado: mantido laminar, mesmo
corrosão e revestimento, após redução do BSW
1- CO2 e/ou H 2S
adequar sua injeção de inibidor, e/ou bombeio intermitente.
dosagem p/ que redução de BSW, Quando houver
a taxa de injeção de contaminação por
corrosão seja sequestrante de oxigênio, a injeção de
inferior a 0,025 H2S etc inibidor está condicionada
mm/a. ao teor de O 2 dissolvido
na água.
1.o – Impedir sua Algumas fontes de O 2 são
entrada no decorrentes de problemas
sistema Realizar EVTEA de selagem de vasos,
para definir o bombas e compressores.
2- O2
método de controle
o a ser adotado. No caso de água
2. – Injetar
produzida avaliar
sequestrante de
previamente a eficiência
O2
do sequestrante.
1.o – Elevar a
velocidade de
fluxo para
valores A avaliação da eficiência
Realizar EVTEA
superiores a 1 da ação implementada
para definir o
3- BACTÉRIAS m/s deverá estar de acordo
método de controle
2.o – Aumentar a com a CT CENPES/BIO
a ser adotado.
freqüência de 053/2001.
passagem de
pigs.
3o–Injetar biocida
7.1.4.4.2 - Gasoduto
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Tabela 7.1.11 - Ações de Controle para Gasodutos
CONTROLE OBSERVAÇÃO
CAUSA
FUNDAMENTAL (p/ ações de curto
CURTO PRAZO MÉDIO PRAZO prazo)
33
ANEXO 7.1.1
1- Objetivo
O presente anexo tem como objetivo orientar os técnicos no uso de sondas corrosimétricas
e cupons nas operações de monitoração e controle da corrosão em dutos, definindo
requisitos básicos para a seleção, instalação e utilização das sondas/cupons.
2- Aplicação
3.2- Seleção
34
No caso de implantação da monitoração em dutos onde não se tenha noção da taxa de
corrosão provável, deve ser selecionada uma sonda com espessura do sensor de 5 mils
(127 µm).
O tipo de sonda, sua respectiva vida útil e tempo de resposta devem ser selecionados para
cada velocidade de corrosão (taxa) com base nas informações fornecidas por cada
fabricante de sonda. Normalmente tal informação é fornecida.
35
4- Tomadas de Acesso
No caso de baixa pressão (até 1500 psi max.), usar conexões flangeadas compatíveis com
a classe de pressão do sistema. O espaço entre a face externa do flange da válvula e a
geratriz inferior do duto deve ser o menor possível e compatível com o comprimento
especificado para a haste da sonda (ver Figura 2).
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Figura 2 - Exemplo de Tomada de Acesso para Sondas/Cupons de Corrosão
Para tomadas de acesso instaladas na geratriz inferior, o projeto da caixa de acesso deverá
ser feito de forma que a profundidade e largura sejam suficientes para permitir a operação
pelo técnico com a ferramenta retratora considerando o comprimento deste equipamento.
Como existem ferramentas retratoras de comprimento diferentes, a Unidade de Negócio
deverá definir qual o tipo adotado ou assumir um valor mínimo baseado nas ferramentas
usadas.
37
4.1- Oleodutos
Podem ser usadas tomadas de acesso de baixa ou alta pressão, dependendo do projeto do
duto e fluidos transportados.
4.2- Gasodutos
O valor absoluto registrado de taxa de corrosão com sonda de resistência elétrica não
corresponde ao valor real de desgaste da parede do duto e difere ainda da taxa média
obtida via cupom em um mesmo duto para o mesmo período de tempo.
A taxa de corrosão obtida por sonda corrosimétrica representa uma tendência e o seu valor
absoluto não deve ser utilizado em cálculos mais refinados como, por exemplo, de
integridade de dutos. No entanto, o valor de taxa de corrosão obtido através de sonda é
adequado à classificação de corrosividade quando esta taxa se encontra acima de 0,025
mm/ano. Nos casos em que a leitura da sonda apresentar valores menores que 0,025
mm/ano, o resultado não será confiável, pois podem ocorrer ataques localizados, que geram
falsos resultados (limitação da técnica).
Em sistemas com aquisição automática de taxa de corrosão via sonda de resistência elétrica
é recomendável que:
38
• A taxa de corrosão seja calculada usando-se filtros para cálculo médio em um intervalo
de amostragem semanal (média dos dados aquisitados nos últimos sete dias);
• Em sistemas supervisionados, deverá ser disponibilizada, para acompanhamento pelos
técnicos, a taxa de corrosão calculada com base na sua variação mensal, semanal e
diária.
Utilizar os critérios da norma N-2364, item 4.2, procurando instalar os cupons em locais com
regime de escoamento laminar (petróleo).
6.1.2.1- Material
Para confecção dos cupons deve ser utilizado material de aço carbono, especificação SAE -
1020, cuja composição química (em %) está descrita a seguir:
Fe C Mn P S
balanço 0,18 a 0,30 a 0,04 0,05
0,23 0,60 max. max.
39
6.1.2.2- Tipos de Cupons
Utilizar os cupons tipo haste ou circular. Nos trechos de dutos com passagem de "pigs" ou
"esferas", utilizar somente cupom circular tangencial (Figura 3).
Os cupons devem ser usinados, tendo o cuidado de não chanfrar as bordas, de modo a não
modificar a área exposta.
Exemplo:
Cupom tangencial: puncionar na face de contato com a arruela de isolamento.
Cupom haste: puncionar entre os furos de fixação.
Para a identificação dos cupons deve ser utilizado um código alfanumérico, identificando o
número do ponto de medição, a campanha e o número do cupom.
Exemplo: 11 B 1, onde:
40
NOTA: Em casos especiais, como pesquisa de inibidores, análises de águas etc, pode ser
adotada outra periodicidade.
6.1.4.4- Realizar limpeza da superfície do cupom através de jato de esfera de vidro, até
atingir o metal branco.
6.1.4.5 - Após o jateamento dos cupons, deve ser feita a pesagem em balança com precisão
de décimo de mg (0.0001g), tendo-se o cuidado de identificar a balança utilizada.
6.1.4.6- Os cupons, até sua utilização no campo, devem ser envolvidos em papel toalha e
colocados em um invólucro plástico vedado, contendo sílica-gel desidratada. Observar a
mudança de coloração da sílica-gel, que é indicativa da perda de eficiência da preservação.
6.1.5.1- Registrar massa inicial em décimo de miligrama (0,0001g), área inicial em cm2, data
de instalação (dia, mês e ano) e identificação dos cupons.
6.1.5.2- O cupom deve ficar isolado eletricamente das outras partes metálicas do provador,
sendo comprovada a eficiência do isolamento através de ohmímetro.
41
6.1.5.3- No caso de cupons tipo haste, o suporte de fixação (sextavado) deve ser marcado
externamente quanto à posição do mesmo no interior do equipamento, duto ou tubulação,
de modo a garantir que a face de maior área fique paralela ao fluxo.
6.1.6.1- Registrar a data da retirada (dia, mês e ano), aspecto dos cupons e variáveis do
processo.
6.1.6.2- Na retirada dos cupons, após o período de exposição, deve-se ter o cuidado de
evitar que ferramentas provoquem danos mecânicos aos mesmos.
6.1.6.3- Verificar o isolamento elétrico do cupom. Caso haja ineficiência, esta deve ser
registrada.
6.1.6.5- Os cupons que estiverem impregnados com óleo devem ser mergulhados,
cuidadosamente, em solvente não clorado (C5+, Álcool Etílico ou Acetona).
6.1.6.6- Caso a inspeção visual dos cupons demonstre quantidade significativa de produtos
de corrosão e resíduos, os mesmos devem ser registrados por fotografias, antes e após a
limpeza, sendo as fotos identificadas com o código do cupom e período de exposição.
42
6.1.6.7- Os cupons, após sua retirada, devem ser acondicionados em saco plástico,
procurando retirar todo o ar de seu interior. O manuseio deve ser feito com papel toalha,
papel higiênico, lenço de papel ou luvas limpas (do tipo cirúrgico). O saco plástico com o
cupom deve ser, então, colocado em um segundo saco plástico com sílica gel de cor azul a
fim de reduzir a umidade.
6.1.6.8- Quando não for possível coletar resíduos do próprio equipamento, os produtos de
corrosão e/ou incrustação formados nos cupons devem ser retirados no laboratório com
espátula de plástico para posterior análise química.
6.1.6.11- Para cupons de aço carbono, a decapagem ácida deve ser feita após o
desengraxamento, utilizando uma solução de CLARK conforme o ASTM-G1, apresentando
as características abaixo:
43
NOTAS:
1. Para outros materiais utilizar critérios do Anexo A.1 da Norma ASTM-G1.
2. Deve ser colocado um cupom testemunha, previamente decapado e pesado, para medir
a taxa de corrosão provocada pela solução decapante.
3. O cupom testemunha deve ter área semelhante a do cupom analisado, ou deve-se
determinar a perda de massa por unidade de área registrada na pesagem.
4. A perda de massa do cupom testemunha deve ser adicionada à massa final do cupom
decapado (diretamente para cupom com a mesma área ou através da perda de massa
por unidade de área para cupons com áreas diferentes).
Exemplo:
Cupom Testemunha:
Área Exposta = AT
Massa inicial = Mi = 10,0012g
Massa final = Mf = 10,0000g
Perda de massa = AM = 0,0012g
Cupom Qualquer:
Área encontrada Ô= Ac
Massa final do cupom Ô= Mfc
6.1.6.12- Após a decapagem ácida, os cupons devem ser lavados com água corrente e
álcool, sendo posteriormente secos com lenço de papel.
6.1.6.13- A pesagem dos cupons deve ser feita, preferencialmente, na mesma balança
utilizada na pesagem inicial, com precisão de décimo de miligramas (0.0001g).
44
6.1.7- Avaliação do Tipo de Corrosão e Cálculo da Taxa de Corrosão
6.1.7.1- Após a pesagem dos cupons, deve ser realizada uma inspeção visual visando
detectar o tipo da corrosão (se uniforme ou pitiforme).
6.1.7.2- Corrosão uniforme, utilizar a Norma N-2364 ou ASTM G1 para calcular a taxa de
corrosão.
6.1.7.3- Quando detectar corrosão por pite, a determinação do seu número e a medição da
sua profundidade deve ser realizada em laboratório, conforme Norma ASTM - G46.
6.1.7.4- Para corrosão por pite, a taxa de corrosão é obtida segundo a seguinte expressão:
6.1.7.5- Após a determinação da taxa de corrosão, deve ser utilizado o seguinte critério de
classificação:
45
F
Figura 3 – Tipos de Coupons
7- OUTRAS TÉCNICAS
Em casos especiais, devido à dificuldade de acesso aos pontos onde a água está sendo
acumulada, os provadores instalados de cupons e sondas podem não ser suficientes para
detectar o processo corrosivo. Tal situação pode ocorrer em dutos com baixo BSW e com
escoamento laminar. Nestes casos, deverá ser feita uma avaliação técnica para verificar a
necessidade ou adequabilidade de dispositivos laterais (“side-stream”) que permitam a
segregação da água e posteriormente a avaliação da sua corrosividade nas condições reais
de temperatura e pressão do duto.
46
ANEXO 7.1.2 - CIRCULAR DETRAN-CL-61.013/84
INFORMAÇÃO TÉCNICA
O tempo necessário para que haja a separação é função da agitação prévia a que o produto
esteve submetido. Para agitação moderada a separação se dá em poucas horas.
Esta velocidade critica para arraste de água não está relacionada com o número de
Reynolds e sim com o diâmetro interno da tubulação. Quanto maior o diâmetro interno,
maior a velocidade critica. O simples fato de que um escoamento se dê no regime turbulento
não significa que os depósitos de água serão arrastados. É necessário que a velocidade
critica seja superada.
47
Os gráficos em anexo mostram as vazões críticas para alguns petróleos e derivados em
função do diâmetro interno da tubulação e levando-se em conta os valores das propriedades
ali citados. Tais gráficos dão apenas uma ordem de grandeza de vazão critica, pois foram
elaborados a partir de um modelo matemático desenvolvido por WICKS e FRASER que
considera:
As gotas de água, uma vez introduzidas no fluxo de produto, comporta-se como partículas
sólidas. A velocidade critica para que haja transporte axial de partículas sólidas (ou gotas de
água) é igual à velocidade limite na qual existe um leito estacionário.
O modelo matemático não nos fornece o tempo necessário para que a água acumulada em
um ponto do oleoduto seja, totalmente, carreada pelo fluxo do produto, entretanto acredita-
se que quanto maior for a relação entre a vazão de transferência e a vazão critica, maior
será a vazão de carreamento de água e, portanto menor este tempo.
48
Figura - Vazão crítica para arraste de água em oleoduto – petróleos
49
Figura - Vazão crítica para arraste de água em oleoduto – derivados
50
ANEXO 7.1.3
1- Objetivo
Este procedimento visa padronizar o ato de coleta e identificação de amostras para análise
de fluidos, produtos de corrosão e incrustações.
51
• Vazão;
• Temperatura;
• Regime de fluxo.
4- Coleta de Amostras
Água do Mar; Água Produzida; Água de Injeção; Água Industrial; Água de Refrigeração;
Água de Condensado e Óleos com alto (> 50%) e com baixo BSW (< 50%).
52
4.2.2. Análises Microbiológicas
NOTA: As amostras de óleo com alto teor de emulsão devem ser coletadas diretamente em proveta com capacidade de 1000
ou 2000 ml, dependendo do BSW da amostra, esperando-se o tempo necessário à separação da água por decantação. Após a
decantação transferir a água por sucção, com auxílio de uma pipeta, mangueira e pró-pipete para os frascos pré-esterilizados.
53
Figura 1 – Coleta de amostra de água Figura 2 – Coleta de amostra de água
54
4.3.1 - Análises Químicas
55
4.3.2 - Análises Microbiológicas
Nota 1: A solução redutora permite que o resíduo se mantenha estável pois é composta por substâncias que oferecem
condições de pH, salinidade e potencial redox ideais para preservação das características microbiológicas do resíduo. Entram
em sua composição as seguintes substâncias: Tioglicolato de sódio (0,124 g/l); Ácido ascórbico (0,1 g/l); Resazurina (4 ml de
solução 0,025% (p/v); água com salinidade compatível com a do campo (1000 mL) e pH = 7,6.
56
d) Verificar o isolamento elétrico entre o suporte o cupom, e caso ineficiente, registrar no
rótulo. Os cupons de corrosão não devem ser reutilizados.
No caso de análises por microscopia eletrônica (MET e MEV), os cupons devem ser imersos
em solução fixadora (glutaraldeído a 2,5%, preparada em tampão de cacodilato 0,1 M) a ser
fornecida pelo CENPES. Os frascos são do tipo antibiótico de 20ml.
57
b) Teste Qualitativo para Detecção de Sulfetos e Carbonatos – colocar cerca de 3 gramas
de resíduo em Becker pequeno. Pingar, usando um conta-gotas, ácido clorídrico
concentrado e ao mesmo tempo tapar com papel impregnado de acetato de chumbo.
Utilizar luvas do tipo cirúrgicas. Se o papel ficar enegrecido pelos gases desprendidos
(H2S) indicará a presença de sulfetos no resíduo. Se houver diluição do resíduo com
borbulhamento de hidrogênio, tem-se provavelmente carbonato, caso contrário, podem
estar presentes sulfatos de bário, estrôncio ou óxido de silício (areia);
c) Exame Magnético – tem como objetivo detectar a presença de produtos de corrosão
e/ou incrustação do tipo ferromagnéticos com uso de um pequeno imã. O grau de
magnetismo da amostra pode ser avaliado colocando-se certa quantidade de amostra
triturada num papel limpo com imã por baixo do mesmo. Verifica-se, então, o percentual
da amostra magnetizada.
58
ANEXO 7.1.4
1. Objetivo
A presente especificação técnica tem como objetivo orientar os técnicos como proceder na
qualificação, compra e controle da qualidade dos inibidores utilizados no controle da
corrosão interna de dutos em aço carbono de transporte e transferência de gás, petróleo e
derivados na PETROBRAS.
2. Premissas
2.3 – Durante o processo de qualificação, o fornecedor deverá fornecer uma amostra de 200
ml do inibidor à PETROBRAS para esta seja avaliada.
2.5 – Para dutos que transportam QAV, somente poderão ser injetados inibidores de
corrosão constantes no regulamento técnico e aprovados pela edição mais atualizada do
Defence Standard 91-91(certificação DERD), e suas dosagens deverão respeitar os limites
máximos e mínimos aprovados nesta certificação e contidas na QPL 68-251.
59
2.6 – Dutos que transportem derivados claros e que não transportem QAV, caso venham a
utilizar inibidores de corrosão que não tenham certificação DERD, deverão ser qualificados
não somente quanto a sua propriedade anticorrosiva como também quanto ao seu efeito na
qualidade do produto transportado antes de serem utilizados nos dutos, afim de não
comprometer a qualidade dos produtos certificados da PETROBRAS.
3.1 – O inibidor para ser utilizado deve atender requisitos técnicos mínimos que atendam o
esquema de seleção apresentado a seguir:
• Compatibilidade com o Meio: processo (ex: emulsão, estabilidade térmica, borra,
espuma) e outros produtos químicos;
• Compatibilidade com materiais: metalurgia do sistema de injeção (tanques, gaxetas,
linhas);
• Eficiência de proteção: controle da corrosividade, partição do inibidor;
• Meio ambiente: toxidade (manuseio e descarte)
60
fornecedores, contendo timbre da companhia e assinado por técnico credenciado por
entidade de classe. Tais documentos estão definidos no item 4.
3.3 – Todo inibidor de corrosão para oleoduto e gasoduto só será aprovado se apresentar
uma eficiência igual ou superior a 90% nos testes de proteção em relação ao meio sem
inibidor ou maior que 90% dependendo da severidade esperada. Para dutos de derivados,
só serão aprovados os inibidores que atingirem classificação A ou B++, conforme o teste
NACE TM0172 utilizando água acidulada em pH 4,5. A aprovação do inibidor estará sempre
condicionada a concentração usada no seu teste.
3.5 – O inibidor deve ser sempre líquido nas condições ambientais e ter propriedades
adequadas para seu bombeio nas condições de aplicação.
3.6 – O inibidor de corrosão para oleodutos e gasodutos deve ser testado em relação a sua
compatibilidade em termos de emulsão, solubilidade e formação de borra (gunk). Para
gasodutos, dependendo do processo, o inibidor deve ser testado também quanto à sua
tendência de formação de espuma em TEG e MEA e estabilidade térmica.
3.7 – O sistema de injeção tem que ter uma tancagem mínima para um período mínimo de 1
semana, sendo recomendável dimensionar o sistema para uma capacidade maior possível.
61
4- Prazo e Local de Fornecimento de Amostras e Documentos
5- Controle de Qualidade
Os inibidores utilizados nos dutos da PETROBRAS devem ter sua qualidade verificada no
máximo a cada dois anos através da caracterização do teor de material ativo por
espectroscopia no Infravermelho (I.V), como também o tipo e percentual de solvente.
• Nome do Produto;
• Fornecedor: Nome, telefone, fax e endereço;
• Fabricante: Nome, telefone, fax e endereço;
• Nome do responsável pela elaboração do documento;
• Data da emissão do documento;
• Composição genérica dos ingredientes perigosos: Nome da família química, WT/WT%;
• Limite de exposição de cada um dos ingredientes;
• Ficha de Periculosidade contendo.
• Aparência, Odor e descrição com efeitos à sua exposição pelos vários meios de contato
possíveis;
• Primeiras Medidas de Socorro;
• Medidas de Combate a incêndio;
62
• Medidas de Acidente com Derrame;
• Manuseio e Estocagem;
• Propriedades Físico-Químicas do Inibidor.
Propriedade Método
Solubilidade: Óleo -> Água -> Solúvel, Disperso: Faixa, totalmente.
Densidade a 16C (60F): ASTM D-891
Flash Point: ASTM D-3828
Faixa de Ebulição: ASTM D-86
Ponto de Fluidez: ASTM D-97
Ponto de Fulgor: ASTM D-92
Viscosidade à 15C (60F), -1C (30F) ASTM D-445
Estado Físico:
Coeficiente de distribuição água/óleo:
o Estabilidade e Reatividade
o Informações Toxicológicas
o Informações ecológicas
o Informações para descarte do produto
o Informações para transporte
7- Sistema de Injeção
Todo sistema de injeção de inibidor dos gasodutos da PETROBRAS, deverá ter tomadas de
acesso para injeção contendo na sua extremidade final bicos especiais para pulverizar ou
atomizar o produto na massa gasosa. Preferencialmente selecionar a extremidade tipo “quill”
(bico chanfrado). Tais facilidades podem ser obtidas com os fornecedores de cupons e
sondas corrosimétricas.
63
Figura 1 – Tomadas de injeção de inibidor
64
ANEXO 7.1.5
TABELAS
65
Tabela B1 – Rotina Analítica da Fase Líquida
TIPO DE DUTO ANÁLISE METODOLOGIA FREQÜÊNCIA
CRÍTICOS NÃO CRÍTICOS
Trimestral
Semestral
OLEODUTO . Basic Water and Sediments - N-2381
(1o ponto de BSW (1)
amostragem: . SULFETOS TOTAIS N-1802
- em dutos . CO2 DISSOLVIDO(2) N-1467
submarinos é a . O2 DISSOLVIDO(3) N-1462
montante do . pH N-1215
lançador de pigs . FERRO TOTAL N-1753
- no caso de duto ASTM D 1068
terrestre é na 1a ASTM D 1976
estação de . MANGANES ASTM D 1976
bombas) ASTM 858
. ESTRÔNCIO ASTM 1976
(Natureza da N- 2486
amostra: água) . BÁRIO ASTM 1976
N- 2486
. POTÁSSIO ASTM 1976
N- 2486
. MAGNÉSIO E CÁLCIO ASTM 1976
N-1796
N-1458
. SÓDIO ASTM 1976
N- 2486
. CLORETOS ASTM 4327
N-1454
. SULFATO ASTM 4327
N-1448
. ALCALINIDADE N-1451
. ACIDOS ORGÂNICOS CENPES
PE–3D–0205-0
. DETECÇÃO E CONTAGEM N-2462
DE BRS(*) (fase aquosa e fase N-2463
oleosa) N-2464
. DETECÇÃO E CONTAGEM RT - 14/98
BANHT(**) CENPES/BIO
. RESIDUAL INIBIDOR Procedimento
CORROSÃO fornecido pelo
fabricante
66
TIPO DE DUTO ANÁLISE METODOLOGIA FREQÜÊNCIA
OLEODUTO . FERRO TOTAL N-1753
(Em pontos ASTM D 1068
intermediários e/ou ASTM D 1976
chegada de dutos) . pH N-1215
. SULFATO ASTM 4327
(Natureza da N-1448
amostra: água) . BÁRIO ASTM D 1976
N- 2486
. ESTRÔNCIO ASTM D 1976
N- 2486
. CÁLCIO ASTM D 1976
N-1796
N-1458
. DETECÇÃO E N-2462
CONTAGEM DE N-2463
BRS(*) (fase aquosa ) N-2464
. DETECÇÃO E N-2462
CONTAGEM DE N-2463
BRS(*) (fase oleosa, na N-2464
ausência de água livre)
. DETECÇÃO E RT - 14/98 CENPES/BIO
CONTAGEM BANHT(**)
. RESIDUAL INIBIDOR Procedimento fornecido
CORROSÃO pelo fabricante
NAVIO-TERMINAL . H2S N-2586
(Natureza da . SALINIDADE
amostra: óleo) . BSW N-2381
GASODUTO . SÓLIDOS N-1548
(Natureza da SUSPENSOS
amostra: . FERRO TOTAL N-1753
condensado ASTM D 1068
aquoso) ASTM D 1976
. ALCALINIDADE N-1451
. ACIDOS ORGÂNICOS CENPES
PE–3D–0205-0
Semestral
. CLORETO N-1454
Trimestral
. pH N-1215
. RESIDUAL INIBIDOR Procedimento fornecido
CORROSÃO pelo fabricante
DERIVADOS . CORROSIVIDADE AO Teste NACE TM0172 Na origem : Na origem :
CLAROS, O2, COM e SEM por batelada por
EXCETO GLP, INIBIDOR DE No destino : batelada
COM OU SEM CORROSÃO semanal No destino
TRANSPORTE DE : mensal
ÁLCOOL . PARTÍCULAS ASTM D 2276 Trimestral Semestral
CONTAMINANTES EM
SUSPENSÃO (4)
. TEOR DE ÁGUA ASTM D 4377- (KARL Na origem : Na origem :
DISSOLVIDA FISCHER) por batelada por
No destino : batelada
semanal No destino
: mensal
pH(6) N-1215 Na origem: Na origem:
para cada tipo para cada
de fluido, tipo de
mensalmente fluido,
semestral
* BRS = Bactéria Redutora de Sulfato. ** BANHT = Bactéria Anaeróbica Heterotrófica Total
67
Deverá ser utilizada tomada isocinética para amostragem da emulsão, Complementar com a
informação do gasoduto.
Em oleodutos em que a fase aquosa esteja segregada garantir que a fração de fluido
amostrada na chegada do duto seja a mesma daquela amostrada no início do
bombeamento, em função da vazão.
Em dutos de petróleo e derivados terrestres onde não houver água livre na origem, coletar
amostra de fundo do tanque de transferência para realizar as análises, exceto BSW e
Bactérias que deve ser feita na amostra do oleoduto.
Quando ocorrer algum fato diferenciado nos dados de taxa de corrosão dos pontos
intermediário em comparação com o ponto final, realizar também a análise: O2 dissolvido e
CO2 dissolvido.
68
Tabela C – Rotina Analítica do Resíduo
TIPO DE DUTO ANÁLISE METODOLOGIA FREQÜÊNCIA
DUTOS DUTOS
CRÍTICOS NÃO
CRÍTICOS
OLEODUTO E ANALISE TÉRMICA (TGA) CENPES PE–3D-0405 trimestral semestral
GASODUTO TEOR DE ORGÂNICOS EXTRAÇÃO POR SOXHLET
CARACTERIZAÇÃO DA DIFRAÇÃO DE RAIOS X
MATÉRIA INORGÂNICA (DRX) E FLUORESCÊNCIA
DE RAIOS X (FRX)
DETECÇÃO E CONTAGEM DE N-2482
BACTÉRIAS SÉSSEIS
DERIVADOSCLAR ANALISE TÉRMICA (TGA) CENPES PE–3D-0405 semestral anual
OS + DIESEL TEOR DE ORGÂNICOS EXTRAÇÃO POR SOXHLET
CARACTERIZAÇÃO DA DIFRAÇÃO DE RAIOS X
MATÉRIA INORGÂNICA (DRX) E FLUORESCÊNCIA
DE RAIOS X (FRX)
69
Tabela D – Localização de Pontos de Monitoração
TIPO DE DUTO PONTO DE MONITORAÇÃO CRITÉRIO
OLEODUTO SUBMARINO a montante de lançadores de linha principal em trecho horizontal na
pig e a jusante de geratriz inferior
recebedores de pig (*)
TERRESTRE a jusante das estações de segundo a ordem de prioridade:
bombas, na geratriz inferior local onde ocorreu falha
pontos de baixa espessura
em caso de oleoduto novo, utilizar o
histórico de um oleoduto similar.
Adotar NACE RP0775 em relação aos
pontos baixos
GASODUTO SUBMARINO Origem : a montante de Origem : linha principal em trecho horizontal
lançadores de pig na geratriz inferior
Destino : a jusante de Destino : na geratriz superior ou inferior (**)
recebedores de pig
TERRESTRE a jusante das estações de segundo a ordem de prioridade:
transferência, na geratriz local onde ocorreu falha
inferior e superior pontos de baixa espessura
após a travessia de rio, lagos etc.
em caso de gasoduto novo, utilizar o
histórico de um gasoduto similar.
Adotar NACE RP0775 em relação aos
pontos baixos
DUTOS DE DERIVADOS a jusante das estações de segundo a ordem de prioridade:
CLAROS E ESCUROS. bombas, na geratriz inferior local onde ocorreu falha
pontos de baixa espessura
após a travessia de rio, lagos etc.
em caso de duto novo, utilizar o histórico de
um duto similar.
Adotar NACE RP0775 em relação aos
pontos baixos
geratriz inferior = posição 6 horas
geratriz superior = posição 12 horas
(*) preferencialmente localizar o ponto pelo menos a uma distância de 20 vezes o diâmetro interno da tubulação
após curvas, válvulas e acessórios em geral
(**) para dutos novos, na presença de água livre, instalar dispositivo submarino de monitoração no trecho do duto
próximo a origem após a equalização da temperatura do gás com a da água do mar.
70
7.2 Corrosão Externa
7.2.1 Objetivo
• Histórico de Corrosão;
• Sistema de Proteção Catódica - Potencial Eletroquímico e Correntes de Interferência;
• Revestimento - Tipo e Dano por Terceiros;
• Tensionamento no duto por ação do meio.
O parâmetro Histórico de Corrosão, definido no item 7.2.2.1, deverá ser utilizado para efeito
de classificação do risco atual do “modo de falha - corrosão externa”, conforme planilha de
avaliação de risco do capítulo 6. Os demais parâmetros se referem ao controle do processo
corrosivo externo de um duto.
71
(A) = Alto, será objeto de Inspeção Especial Emergencial e ação corretiva imediata;
(B) = Moderado, será objeto de Inspeção Especial Periódica e ação corretiva programada;
(C) = Baixo, será objeto de Inspeção de Rotina (N-2098) e ação corretiva de rotina.
A classificação dos dutos deve ser reavaliada a cada 5 anos e à medida que as ações
corretivas forem se tornando eficazes.
NOTAS:
Os dutos terrestres que não possuem informações de histórico de inspeção por pig
instrumentado devem ser considerados como (A).
Os dutos submarinos que não possuem informações de histórico de inspeção por pig
instrumentado e não tenham sido inspecionados por ROV (ver Anexo 7.2.1) nos últimos 5
anos devem ser considerados como (A).
72
Os dutos submarinos com SPC por corrente galvânica, inspecionados integralmente por
ROV e com a efetiva comprovação de que está catodicamente protegido devem ser
considerados como (C).
(A) = Insuficiente, mais positivo que –0,85 V (OFF e ON), e polarização inferior a -100 mV
sobre o potencial natural do duto (ver item 7.2.3.1, nota 4);
(B) = Parcial, mais positivo que –1,0 V (ON) e mais negativo que –0,85 V (ON);
(A) = Insuficiente, mais positivo que –0,80 V, e polarização inferior a -100 mV sobre o
potencial natural do duto (ver item 7.2.3.1, nota 4);
NOTA: Os dutos que não possuem SPC ou nem registro de medição, devem ser
classificados como (A).
73
7.2.2.3 Correntes de Interferência
(B) = Revestimento térmico de espuma de poliuretano expandido com gás sem o elemento
cloro com pintura da parede do duto e com histórico de falhas;
(C) = Revestimento térmico de espuma de poliuretano expandido com gás sem o elemento
cloro com pintura da parede do duto e sem histórico de falhas, e Revestimento anticorrosivo
(Coaltar, Asfalto, FBE, Polietileno etc).
74
(A) = Iminência de obras por terceiros com máquinas escavadoras, ou histórico de danos
já causados ao revestimento do duto por máquinas ou embarcações;
NOTA: Os dutos com histórico de falhas no revestimento, mas com ações corretivas
adotadas, serão classificados como (C).
A classificação deste parâmetro refere-se a movimentação do meio (solo) que possa causar
tensionamento ao duto e gerar trincamento por corrosão sob tensão, ela é resumida nas
seguintes faixas:
NOTA: Os dutos instalados na Serra do Mar devem ser classificados como (A) ou (B).
75
NOTAS:
1. É recomendado evitar potenciais OFF mais negativos que –1,20 V (Cu/CuSO4) ou –1,10
V (Ag/AgCl).
2. Em meios anaeróbicos com bactérias redutoras de sulfato, deve-se adotar potencial de
proteção igual ou mais negativo que –0,950 V (Cu/CuSO4) ou –0,900 V (Ag/AgCl).
3. Potencial ON corresponde ao valor medido com os retificadores ligados, isto é, com a
queda ôhmica do solo presente. O potencial OFF pode ser obtido medindo
imediatamente após o desligamento simultâneo dos retificadores do SPC;
4. O critério alternativo de polarização igual ou superior a -100 mV, sobre o potencial
natural do duto, pode ser usado em locais onde o critério acima não for possível de ser
obtido, e a resistividade do solo for maior que 30.000 Ω.cm. Este critério só será válido
se aplicado ao longo de todo o trecho sob investigação (medição passo a passo a
intervalos máximo de dois metros).
5. Nos dutos com correntes de interferência, onde o potencial OFF não pode ser obtido, o
critério de proteção deve ser o potencial ON igual ou mais negativo que –0,85 V
(Cu/CuSO4) ou –0,80 V (Ag/AgCl), avaliados com registro de potenciais por 24 horas.
7.2.3.6 Para cada duto devem estar disponíveis os documentos do projeto básico e de
detalhamento, bem como as informações do histórico da operação, inspeção e manutenção
do duto, relevantes para o gerenciamento da corrosão externa.
76
• Histórico de vazamento por perda de espessura da parede externa;
• Resultados da inspeção por pig instrumentado, apontando perda de espessura por
corrosão externa do duto;
• Dados dos relatórios de inspeção do duto, como inspeção visual, proteção catódica,
revestimento, medição de espessura por ultra-som etc.
7.2.3.8 Um Plano de Inspeção Periódica deve ser implementado e mantido, com o objetivo
de estabelecer rotinas destinadas a garantir que os sistemas operem dentro dos critérios de
proteção estabelecidos, possibilitando a tomada de decisões em tempo hábil que evitem a
corrosão externa do duto.
a) Para inspeção de rotina de dutos terrestres, aplicar a Norma N-2098 – Inspeção de Duto
Terrestre em Operação.
77
b) Para dutos com SPC por corrente impressa, as inspeções dos retificadores devem
seguir a Norma N-2098 – Inspeção de Duto Terrestre em Operação.
7.2.3.9 Um Programa de Manutenção deve ser empregado para assegurar que o SPC e o
revestimento permaneçam eficazes durante a vida do duto. Ações preventivas e corretivas
devem ser tomadas onde as inspeções e testes de rotina indicarem que a proteção não está
dentro dos critérios estabelecidos.
7.2.4.1.1 Um Plano Especial de Inspeção deve ser adotado nos dutos com parâmetros
classificados como (A) ou (B), para identificar as deficiências do sistema de proteção
catódica e do revestimento. Este plano de inspeção tem por objetivo:
7.2.4.1.2 Nos dutos com parâmetros classificados como (A) este plano deve ser
emergencial, isto é, implementação prioritária seguida de um plano de reabilitação imediato
(ver item 7.2.4.2).
7.2.4.1.3 Nos dutos com parâmetros classificados como (B) este plano deve ser periódico
dentro de prazos definidos. As freqüências das inspeções devem ser reavaliadas a cada 5
anos, e à medida que as ações corretivas forem se tornando eficazes.
78
7.2.4.1.4 Inspeção de Dutos Terrestres
Nota: O duto considerado como (A) segundo a nota 1 do item 7.2.2.1, deve ser, primeiro,
inspecionado por pig instrumentado de corrosão e, conforme o resultado, ser reclassificado
pelos critérios do item 7.2.2.1 antes de ser adotada qualquer técnica de inspeção especial.
O duto com o parâmetro Potencial Eletroquímico classificado como (B), ou com Histórico de
Corrosão classificado como (B) deve adotar, ao longo de sua extensão, as técnicas de
inspeção Potencial Passo a Passo e DCVG, com periodicidade de 5 anos a 10 anos.
a) No duto com o parâmetro Correntes de Interferência classificado como (A), devem ser
executados estudo de interferência (ver item 7.2.4.2.3), registros contínuos (24 h) de
potencial tubo-solo em todos os pontos de teste, retificadores e equipamentos de
drenagem, e registros contínuos de corrente nos equipamentos de drenagem. Os
retificadores e equipamentos de drenagem devem possuir um sistema de monitoração
remota;
b) No duto com o parâmetro Correntes de Interferência classificado como (B) devem ser
executados registros contínuos (24 h) de potencial tubo-solo em todos os pontos de
teste, retificadores e equipamentos de drenagem;
c) No duto com o parâmetro Histórico de Corrosão classificado como (A) deve ser adotada,
em curto prazo (dois anos), uma das técnicas de inspeção DCVG ou Atenuação de
Corrente (AC), descritas no Anexo 7.2.1;
NOTA:
O duto considerado como (A) segundo a nota 1 do item 7.2.2.1, deve ser, primeiro,
inspecionado por pig instrumentado de corrosão e, conforme o resultado, ser reclassificado
pelos critérios do item 7.2.2.1 antes de ser adotada qualquer técnica de inspeção especial.
79
No duto com o parâmetro Histórico de Corrosão classificado como (B) deve ser adotada ao
longo de todo duto uma das técnicas DCVG ou Atenuação de Corrente, com periodicidade
de 5 a 10 anos.
b) A inspeção dos revestimentos dos dutos classificados como (A), deve ser feita, em curto
prazo (dois anos), pela técnica Atenuação de Corrente ou DCVG, e também deve ser
reinspecionado periodicamente a cada 5 anos;
c) A inspeção do revestimento de poliuretano nos dutos classificados como (B), deve ser
feita pelas técnicas Atenuação de Corrente ou DCVG, e deve ter, inicialmente, a
periodicidade de 5 anos.
NOTA:
Em serviço de sondagem de dutos com revestimento térmico de poliuretano (A) ou (B),
devem ser empregadas técnicas não destrutivas do revestimento, ou seja, sondagem
eletromagnética ou escavação. Para localização “in situ” de trechos contínuos do duto deve
ser utilizada a sondagem eletromagnética.
80
7.2.4.1.4.5 Dutos Sujeitos a Tensionamento por Ação do Meio
b) Os dutos com o parâmetro “Tensionamento por Ação do Meio" classificado como (A) ou
(B) devem ter sua faixa inspecionada sistematicamente a cada 15 dias, sazonalmente, a
cada ano, e após o período de chuvas;
NOTA:
As orientações contidas no item 7.3 devem ser consideradas para a realização das
inspeções, do controle e da estabilização da faixa.
81
7.2.4.1.5.2 Trecho Aéreo e Zona de Variação de Maré (ZVM)
b) Recomenda-se adotar nas ZVM a medida estabelecida no item 7.2.4.2.3 (g), em virtude
da criticidade operacional e das dificuldades de inspeção.
Plano de Reabilitação
a) Reforço do SPC;
7.2.4.2.2 As ações corretivas devem ser implementadas o mais breve possível, e avaliadas
periodicamente quanto a sua eficácia dentro do Plano de Inspeção Periódica.
a) A adequação do SPC deve ser executada quando ocorrer deficiência de proteção. Nela
incluí o reajuste ou reforço do sistema de forma local, com instalação de leitos de
anodos (contínuos ou não), ou de forma ampla com instalação de novos conjuntos
retificadores e leitos de anodos;
b) O controle das correntes de interferência deve ser feito estudando toda a região afetada,
consultando mapas com as malhas de dutos e fontes interferentes, instalando
equipamentos retificador e de drenagem elétrica adequadamente alocados nos pontos
de retorno dessas correntes. Os equipamentos retificadores e de drenagem elétrica
danificados devem ser imediatamente reparados. O reparo das falhas no revestimento
82
em regiões de entrada e saída da corrente de interferência pode reduzir tais
interferências;
c) O revestimento deve ser reparado quando forem detectadas falhas associadas a trechos
com deficiência de proteção catódica e após uma inspeção visual na vala. A forma de
reparo deve levar em consideração o revestimento existente, a temperatura de operação
do duto, tipo de solo e preparação de superfície;
e) Nos trechos aéreos, o esquema de pintura deve ser reparado sempre que forem
observados falhas e pontos de corrosão;
f) Havendo detecção de corrosão sob tensão, deve ser feita uma análise do defeito do
duto, complementada por técnicas específicas, para definição de troca ou reparo do
trecho do duto;
g) Nas ZVM dos risers rígidos de aço carbono de plataformas marítimas, deve ser utilizado
revestimento metálico, à base de material 70Ni30Cu (monel), UNS NO4400, com
espessura de 2 a 3 mm, conforme CT CENPES/PDEP/TMEC 072/2001;
83
ANEXO 7.2.1
Ela é baseada no princípio de que quando uma corrente alternada passa por um condutor
(no caso a tubulação), um campo magnético simétrico em volta da tubulação é produzido. O
sensor usa a indução eletromagnética para detectar e medir a intensidade do sinal. Onde o
revestimento está em boas condições a corrente atenuará numa taxa constante, o que
dependerá das propriedades do revestimento. Um defeito no revestimento ou um contato
com outra tubulação metálica ou uma falha no isolamento do SPC é identificado quando
ocorre uma mudança significante na taxa de atenuação da corrente.
Esta é uma técnica de localização rápida de uma zona com defeitos entre dois pontos de
medição. Para ser mais preciso na localização de um defeito novos pontos em intervalos
curtos na região anteriormente identificada são medidos. Nesta técnica é utilizada tecnologia
digital, de tal forma que os dados são gravados facilitando a análise e rastreamento futuro
dos dados.
Esta técnica é usada para determinar o nível de proteção catódica ao longo de toda a
extensão do duto. O potencial tubo/solo é medido a pequenos intervalos (1 a 2 m) usando
um voltímetro/microprocessador, dois eletrodos de referências (Cu/CuSO4) e um cabo
elétrico conectado a um ponto de teste. É produzido, então, um gráfico do potencial
tubo/solo em função da distância, permitindo identificar locais com deficiência nos potenciais
84
eletroquímicos ON e OFF. Esta inspeção é normalmente realizada com todos os
retificadores do SPC simultaneamente chaveados (liga-desliga) com ajuda de interruptores
sincronizados.
A inspeção por ROV de dutos submarinos permite obter uma inspeção visual do duto,
medição do seu potencial eletroquímico e medição de gradiente de campo elétrico produzido
pelas correntes dos anodos de proteção catódica.
85
catodicamente. No entanto, a técnica de medição de gradiente de campo elétrico fornece
informações mais detalhadas sobre a saída de corrente do anodo, vida remanescente do
anodo, passivação dos anodos, regiões sub protegidas e indicação de falhas no
revestimento ou revestimento de boa qualidade.
O gradiente de campo elétrico é obtido pela medição da queda ôhmica entre duas semi
células instaladas em um mesmo compartimento e com uma distância conhecida entre elas.
Este conjunto, instalado em um manipulador de ROV, é mantido perpendicular ao duto e a
diferença de potencial entre estas semi-células é medido por um voltímetro com
sensibilidade adequada para medir micro volts.
86
ANEXO 7.2.2
1.1 Para dutos instalados em regiões sujeitas à movimentação do solo, que possam
submeter o duto a esforços de compressão e tração, observar os critérios a seguir:
1.2 Para dutos com revestimento de fita de polietileno; selecionar para investigar a
ocorrência de CST todos os trechos em que ocorreram descolamento no revestimento e
deformação plástica no duto. Dar atenção especial aos primeiros 30 km de dutos enterrados
após a estação de compressores.
3. Nos locais onde ocorrer o contato direto tubo/solo aplicar a técnica de classificação
de corrosividade do solo apresentado no Anexo 7.2.3;
87
4. Remover o revestimento com jato de água e jato abrasivo em todo o local que houve
descolamento do revestimento fazer inspeção não destrutiva por partículas magnéticas;
88
ANEXO 7.2.3
1. Introdução
89
Parâmetros Índice Parâmetros Índice
do Solo Parcial do Solo Parcial
Resistividade Cloreto
(ohm.cm) (mg/Kg)
> 12000 0 < 100 0
12000 à 5000 -1 100 a 1000 -1
5000 à 2000 -2 > 1000 -4
< 2000 -4
Sulfeto (mg/Kg)
BRS (NMP/g) Ausente 0
< 2 x 10 +2 < 0,5 -2
2 x10 à 103 0 > 0,5 -4
> 103 à 6 x 104 -2
> 6 x 104 -4 Sulfato (mg/Kg)
< 200 0
PH 200 a 300 -1
>5 0 > 300 -2
<5 -1
Umidade (%)
< 20 0
> 20 -1
No critério de Trabanelli original, os índices parciais atribuídos podem ser observados entre
parênteses, em termos de faixa de potencial redox (EPH).
90
De posse dos índices parciais, deve ser calculado o índice total de agressividade do solo. O
solo é classificado conforme a tabela abaixo:
Devem ser coletadas amostras do solo que envolve o duto, exatamente no local em que
ocorreu a falha. No local definido, a perfuração deve ser feita a trado. As amostras devem
ser imediatamente coletadas do interior da massa de solo compactada no trado, através de
material estéril:
• espátulas
• frascos de vidro de 125 ml (para análise microbiológica)
• sacos plásticos de 500 g (para análise química).
Nos frascos, o solo deve ser novamente compactado, preenchendo todo o volume para
assegurar-se melhor anaerobiose, evitando contato com as mãos e a exposição prolongada
ao ar. Os frascos devem ser identificados, tampados e vedados com fita teflon.
Os sacos plásticos devem ser preenchidos, lacrados e identificados. A seguir, devem ser
mantidos em ambiente preferencialmente refrigerado, por um menor tempo possível até a
realização das análises químicas.
91
7.3 Análise Geológica-Geotécnica
7.3.1 Objetivo
Este capítulo tem por objetivo estabelecer critérios e rotinas para o mapeamento,
classificação, inspeção, monitoramento, intervenção, manutenção e gerenciamento
geológico-geotécnico ao longo das faixas de dutos terrestres e marítimos da PETROBRAS.
92
Carta Temática Geotécnica
Avaliação
Ocorrências
Inspeção Específica
Engenheiro Geotécnico
Análise Interação
Solo-Duto
Relatório
Específico
Soluções
Mitigadoras
Projeto de Projeto de
Monitoramento Estabilização
Obras de
Implantação
Manutenção
Acompanhamento
Reavaliação
Retorno para
Inspeções
93
7.3.2 Classificação das Ocorrências Geológico-Geotécnicas
94
Tabela 7.3.2.1 - Classificação das Ocorrências Geológico-Geotécnicas de Acordo com a
Probabilidade de Falha de Dutos Terrestres
95
Tabela 7.3.2.2 - Classificação das Ocorrências Geológico-Geotécnicas de Acordo com a
Probabilidade de Falha de Dutos Marítimos
96
A Classificação das Áreas quanto ao potencial de risco geológico-geotécnico deve ser feita
durante a elaboração de Carta Temática (ver item 7.3.3.1).
Elaborar, para todas as faixas, Carta Temática Geotécnica, com a Classificação das Áreas
de acordo com a sua suscetibilidade a processos de natureza geológico-geotécnica. Esta
classificação será a base para definição da periodicidade das inspeções em cada Área.
• Estabelecer uma base cartográfica em meio digital de todas as faixas de dutos e áreas
adjacentes (400 m), recomendando-se a adoção da escala mínima 1:1.000. Em áreas de
relevo pouco acidentado, poderá ser adotada a escala 1:5000.
A Carta Temática Geotécnica deverá ser reavaliada a cada 5 anos ou menos, em função do
tipo e da freqüência das ocorrências identificadas em cada área.
97
7.3.3.2 Inspeção Geológico-Geotécnica
Com base na Classificação de Áreas feita nas Cartas Temáticas, realizar inspeção
geológico-geotécnica de acordo com as periodicidades previstas nas Tabelas 7.3.3.1 e
7.3.3.2 e as recomendações descritas nos itens 7.3.3.2.1 e 7.3.3.2.2.
• Identificar e cadastrar os pontos ao longo das faixas de dutos e áreas adjacentes com
indícios de processos naturais ou antrópicos que possam representar risco para a
segurança e integridade estrutural dos dutos (Ocorrências).
98
7.3.3.2.1.1 Inspeções Sistemáticas.
Nos pontos classificados como severos (Ocorrências), deverá ser também determinado o
traçado atual do duto, conforme estabelecido no item 7.3.3.3
99
7.3.3.2.2.1 Inspeções Sistemáticas
Confirmar o nível de risco envolvido e sugerir medidas mitigadoras. Restringe-se aos pontos
(Ocorrências) classificados como severos, devendo ser deflagradas pela Atividade
responsável pela integridade do duto assim que uma Ocorrência for classificada como
severa. Sua realização deverá ser acompanhada por equipe especializada que empregará
as técnicas de inspeção definidas na fase de planejamento.
Nos pontos (Ocorrências) classificados como severos deverá ser solicitada ainda a
determinação do traçado do duto, incluindo cotas batimétricas e seu enterramento.
Devem ser consideradas as profundidades envolvidas na faixa a ser mapeada. Deverão ser
utilizadas técnicas e equipamentos compatíveis com a profundidade da mesma. Assim,
deverão ser consideradas as seguintes situações:
100
• Magnetometria;
• Pulso Induzido (PCM -Pipe Current Mapper);
• Filmagem;
• Fotografia;
• Inspeção Visual por Mergulhador;
• Pig Inercial;
• SBP (Sub Bottom Profiler);
• Técnicas de Hidroacústica Submarina.
• Dutos terrestres:
- Pulso Induzido (PCM - Pipe Current Mapper);
- Pig Inercial.
• Dutos Marítimos:
- Sonografia;
- Batimetria de Mutifeixe;
- Magnetometria por Gradiômetro;
- SBP (Sub Bottom Profiler);
- Pig Inercial;
- Técnicas de Hidroacústica Submarina;
- Pulso Induzido (Innovatum).
Obs: todas as técnicas acima, tanto nas atividades terrestres quanto marítimas, deverão ser
combinadas com tecnologias de Geodésia a Satélites (GPS)
101
Os dados obtidos deverão ser analisados e arquivados em um banco de dados, permitindo
acompanhar a evolução dos processos detectados e subsidiar a tomada de decisão quanto
à necessidade de interrupção do duto.
Tabela 7.3.3.1 - Periodicidade das Inspeções das Faixas e do Traçado de Dutos Terrestres
de Acordo com a Suscetibilidade da Área a Processos Geológico-Geotécnicos
Obs: A classificação das áreas de acordo com sua suscetibilidade a processos geológico-geotécnicos
deverá ser feita durante a elaboração da Carta Temática Geotécnica.
102
Tabela 7.3.3.2 - Periodicidade das Inspeções das Faixas e do Traçado de Dutos Marítimos
de Acordo com a Suscetibilidade da Área a Processos Geológico-Geotécnicos
Obs.: A classificação das áreas de acordo com sua suscetibilidade a processos geológico-
geotécnicos deverá ser feita durante a elaboração da Carta Temática Geotécnica.
Como dados para estas análises serão considerados o mapeamento das feições de risco
geológico-geotécnico, os dados de investigação de campo e laboratório, as características
geométricas do duto e os dados disponíveis de instrumentação (traçado e medição de
tensões etc). Esta análise deverá seguir os critérios estabelecidos no Capítulo 9.
103
7.3.3.5 Manutenção das Faixas de Dutos.
• Roçada do local;
• Limpeza e recomposição de canaletas de drenagem e descidas d’água;
• Desobstrução de bueiros e caixas de passagem;
• Limpeza e desobstrução de drenos profundos;
• Limpeza e desobstrução de piezômetros, medidores de nível d’água e inclinômetros;
• Proteção vegetal;
• Recomposição de erosões;
• Proteção de cabeças de tirantes;
• Recomposição de juntas de estruturas de concreto;
• Recomposição dos acessos.
• Calçamentos;
• Enterramento;
• Fixação por lastro;
• Liberação de engastamentos;
• Instalação de proteção mecânica;
• Sinalização da faixa;
• Atualização permanente dos mapas.
Serviços específicos tais como contenção adicional de encostas, mudanças de traçado etc,
envolvendo equipes especializadas, deverão ser tratados separadamente.
104
7.3.3.6 Gerenciamento das Informações
105
Para facilitar a atualização de dados, as Ocorrências identificadas através dos relatórios de
inspeção sistemática, sazonal e específica deverão ser enquadradas dentro de um padrão
previamente estabelecido. Da mesma maneira, as folhas de leitura de instrumentos deverão
estar padronizadas. No sistema de gerenciamento deverá constar, ainda, a data da última
alteração.
A priorização dos planos de ação deverão ser estabelecidas com base no cruzamento das
ocorrências, classificadas nas Tabelas 7.3.2.1 e 7.3.2.2, com as conseqüências sociais,
ambientais e econômicas decorrentes.
106
No caso de dutos marítimos, as medidas mitigadoras podem envolver calçamento,
enterramento, fixação por lastro, liberação de engastamentos ou a instalação de proteção
mecânica. Em casos extremos, poderá ser necessário o corte e a substituição de trechos de
dutos já comprometidos estruturalmente.
Após a realização das obras, que deverá ser feita, por uma equipe de especialistas, a
avaliação da eficiência das medidas implementadas e a reclassificação do nível de risco da
Ocorrência.
107
ANEXO 7.3.1
Deverá ser elaborada, para todas as faixas, uma Carta Temática, com a Classificação das
Áreas de acordo com a sua suscetibilidade a processos de natureza geológico-geotécnica.
Esta classificação será a base para definição da periodicidade das inspeções em cada Área.
Este trabalho deverá ser realizado por equipe multidisciplinar, composta por geólogos,
geofísicos, geomorfólogos, engenheiros geotécnicos e de geodésia.
A Carta Temática Geotécnica deverá ser reavaliada a cada 5 anos, em função do tipo e da
freqüência das Ocorrências identificadas em cada Área.
1 Dutos Terrestres
108
• Atualização da base cartográfica, com periodicidade máxima de 5 anos ou menor, a
critério da equipe multidisciplinar;
2 Dutos Marítimos
109
ANEXO 7.3.2
• Identificar e cadastrar os pontos ao longo das faixas de dutos e áreas adjacentes com
indícios de processos naturais ou antrópicos que possam representar risco para a
segurança e integridade dos dutos (ocorrências) ;
1 Dutos Terrestres
1.1 Pré-Requisitos
110
1.2 Tipos de Inspeção
• Inspeções sistemáticas;
• Inspeções sazonais;
• Inspeções específicas.
111
• Observações feitas durante as visitas de inspeção;
• Registro fotográfico georreferenciado;
• Andamento das obras em implantação (quando houver);
• Estado de conservação das obras já implantadas (quando houver);
• Leituras de instrumentos sob responsabilidade da PETROBRAS (quando houver);
• Necessidade de serviços de manutenção.
Caso seja constatada alguma situação de anormalidade, o fato deverá ser comunicado
imediatamente à Atividade responsável pela integridade do duto. Caberá à Atividade
responsável pela integridade do duto, solicitar inspeções específicas ou contratar serviços
de urgência.
Os trabalhos de campo serão precedidos por uma fase de coleta e análise de dados
referentes à faixa ou ao duto. Serão consultados:
112
• Bibliografias;
• Mapas;
• Registros pluviométricos na região;
• Interpretação de fotografias aéreas.
• Banco de imagens.
Posteriormente, serão feitas visitas ao campo pelos geólogos, com o objetivo de identificar e
cadastrar os pontos com risco geológico-geotécnico (ocorrências). Serão inspecionadas as
faixas dos dutos, bem como as encostas adjacentes às mesmas.
Todos os pontos com indícios de processos naturais ou antrópicos que representem risco
para a integridade dos dutos, tais como erosões, ravinamentos, deslizamentos, minerações,
obras de infra-estrutura urbana, loteamentos etc, deverão ser cadastrados através de fichas
descritivas, conforme modelo apresentado no Anexo 7.3.4. Observações do tipo trincas,
abatimentos, surgências de água e mau funcionamento do sistema de drenagem superficial,
indicativas de situações de risco iminente ou futuro deverão ser obrigatoriamente anotadas
nas fichas de inspeção.
Durante as visitas ao campo, atenção especial será dada aos pontos já cadastrados como
severos. Nestes locais, as equipes de inspeção deverão vistoriar as obras de estabilização
ou de monitoramento implementadas ou em implantação, bem como avaliar a sua eficiência.
113
Os pontos cadastrados durante as inspeções visuais serão classificados de acordo com o
nível de risco envolvido, segundo a Tabela 7.3.2.1.
Após cada inspeção sazonal, o cadastro de pontos de risco deverá ser atualizado e
encaminhado aos inspetores de faixa, de maneira a orientar os trabalhos de inspeção
sistemática. Os pontos classificados como severos ou moderados deverão ser submetidos a
inspeções específicas.
114
Nos pontos classificados como severos, deverá ser novamente determinado o traçado do
duto, incluindo levantamento plani-altimétrico e nível de enterramento. A visualização do
traçado do duto fornece subsídios importantes para a interpretação dos processos de
instabilização e da necessidade de intervenção imediata. Fornece subsídios ainda quanto à
extensão da área afetada, facilitando o trabalho de inspeção.
Os trabalhos de campo deverão ser precedidos pelo sobrevôo da área, de forma a melhor
avaliar a extensão do problema.
Neste relatório, deverão ser apontadas a urgência das medidas recomendadas e a ordem
de prioridade das ações, subsidiando a tomada de decisões por parte da Atividade
responsável pela integridade do duto.
115
2 Dutos Marítimos
2.1 Pré-Requisitos
Estas inspeções serão realizadas por equipe de técnicos devidamente treinados para
identificar problemas de natureza geológico-geotécnica. Para tanto, serão promovidos
cursos de treinamento e reciclagem dos técnicos, com uma periodicidade de 2 anos.
Os trabalhos de campo serão precedidos por uma fase inicial de coleta e análise de dados
referentes à faixa ou ao duto. Serão consultados:
117
Durante as inspeções sistemáticas, deverá ser observado qualquer tipo de ocorrência que
possa colocar em risco a integridade do duto, tais como zonas de erosão e descalçamento
(duto em balanço), indícios de movimentos de massa sedimentar, juntas de tração, zonas de
falhas e fraturas, escarpas, acumulações coralíneas, pavimentos rochosos, feições de
escape de fluído, travessias de cânions submarinos e zonas de hidrato de gás.
Todos os pontos com indícios de processos naturais que representem risco para a
integridade dos dutos deverão ser cadastrados através de fichas descritivas próprias,
conforme modelo apresentado no Anexo 7.3.5. Observações indicativas de situações de
risco iminente ou futuro deverão ser obrigatoriamente anotadas nas fichas de inspeção.
Durante as inspeções, atenção especial será dada aos pontos já cadastrados como severos
ou moderados. Nestes locais, as equipes de inspeção deverão vistoriar as condições das
instalações onde foram adotadas medidas mitigadoras, bem como avaliar a sua eficiência.
118
• Avaliar a freqüência de determinados tipos de ocorrência;
• Avaliar a eficiência de medidas corretivas eventualmente implementadas;
• Subsidiar novas inspeções.
Nestes pontos, deverá ser solicitada a determinação do traçado do duto, incluindo cotas
batimétricas e seu enterramento, com precisão imposta pela profundidade da área
investigada. A visualização do traçado do duto fornece subsídios importantes para a
interpretação dos processos de instabilidade e da necessidade de intervenção imediata.
Fornece subsídios ainda quanto à extensão da área afetada, facilitando o trabalho de
inspeção.
119
Neste relatório, deverão ser apontadas a urgência das medidas recomendadas e a ordem
de prioridade das ações, subsidiando a tomada de decisões por parte do engenheiro
responsável pela integridade do duto.
Após cada inspeção específica, o banco de dados deverá ser atualizado. Caberá à Atividade
responsável pela integridade do duto a atualização do banco de dados.
120
ANEXO 7.3.3
Status:
( ) Antigo ( ) Classificação anterior ( ) Em evolução
( ) Novo ( ) Estabilizado ( ) Em obras
Ocorrências:
( ) Escorregamento de talude ( ) Abatimentos ( ) Exposição do duto
( ) Deslizamento de encosta ( ) Recalques ( ) Erosão
( ) Queda de blocos ( ) Surgências d'água ( ) Invasão
( ) Trincas ( ) Acúmulo de água ( ) Tráfego
Irregularidades na Faixa:
( ) Mato alto ( ) Entulho ( ) Lixo ( ) Incêndio
Talude: Vegetação:
( ) Natural Inclinação: ( ) Densa ( ) Esparsa
( ) Corte Extensão: ( ) Média ( ) Inexistente
Altura:
Drenagem Natural: Drenagem Superficial:
( ) Eficiente ( ) Eficiente ( ) Danificada ( ) Inexistente
( ) Deficiente ( ) Deficiente ( ) Entupida
Obras de Estabilização:
( ) Existente ( ) Eficiente ( ) Danificada
( ) Inexistente ( ) Ineficiente
Instrumentação:
( ) Existente ( ) Avariada ( ) Inexistente
121
ANEXO 7.3.4
Status:
( ) Antigo ( ) Classificação anterior ( ) Em evolução
( ) Novo ( ) Estabilizado ( ) Em obras
Ocorrências:
( ) Escorregamento de talude ( ) Abatimentos ( ) Exposição do duto
( ) Deslizamento de encosta ( ) Recalques ( ) Erosão
( ) Queda de blocos ( ) Surgências d'água ( ) Invasão
( ) Trincas ( ) Acúmulo de água ( ) Tráfego
Causa Provável ou Agente Potencial Indutor:
( ) Corte ( ) Inundação ( ) Atividade antrópica
( ) Desmatamento ( ) Estrutura geológica ( ) Delimitação deficiente
( ) Erosão ( ) Drenagem deficiente ( ) Outros (especificar)
( ) Chuva intensa ( ) Contenção insuficiente
Risco geológico-geotécnico:
( ) Instalado ( ) Alto ( ) Moderado II
( ) Potencial ( ) Moderado I ( ) Baixo
Delimitação / Sinalização da Faixa:
( ) Eficiente ( ) Marcos avariados ( ) Placas avariadas
( ) Deficiente ( ) Marcos inexistentes ( ) Placas inexistentes
Irregularidades na Faixa:
( ) Mato alto ( ) Entulho ( ) Lixo ( ) Incêndio
Talude: Vegetação:
( ) Natural Inclinação: ( ) Densa ( ) Esparsa
( ) Corte Extensão: ( ) Média ( ) Inexistente
Altura:
Drenagem Natural: Drenagem Superficial:
( ) Eficiente ( ) Eficiente ( ) Danificada ( ) Inexistente
( ) Deficiente ( ) Deficiente ( ) Entupida
Obras de Estabilização:
( ) Existente ( ) Eficiente ( ) Danificada
( ) Inexistente ( ) Ineficiente
Tipo de Obra de Estabilização:
( ) Contenção ( ) Drenagem profunda ( ) Outra(especificar)
Instrumentação: Tipo de Instrumento:
( ) Existente ( ) Piezômetro ( ) Derfomímetro
( ) Avariada ( ) Medidor de NA ( ) Pluviômetro
( ) Inexistente ( ) Inclinômetro ( ) Outros(especificar)
122
ANEXO 7.3.5
Ponto:
Localização:
Descrição do Ponto:
Status:
( ) Antigo ( ) Classificação anterior ( ) Em evolução
( ) Novo ( ) Estabilizado ( ) Em obras
Ocorrências:
( ) Deslizamento de talude ( ) Exudação de fluidos
( ) Trincas ( ) Exposição do duto ( zona de arrebentação )
( ) Recalque ( afundamento ) ( ) Erosão
( ) Depósito de detritos ( ) Soterramento do duto
( ) Descalçamento
Talude:
( ) Natural Inclinação:
( ) Coral Extensão:
Altura:
Obras de Estabilização:
( ) Existente ( ) Danificada
( ) Inexistente
123
7.4 - Ação de Terceiros
Visando possibilitar o gerenciamento de risco das ações de terceiros, os dutos devem ser
subdivididos em trechos terrestre e submarino.
De forma a gerenciar o risco das ações de terceiros em duto terrestre, deve ser realizado o
levantamento de risco, conforme item 7.4.1.1 e análise das informações existentes sobre a
faixa do duto (registros, entrevistas e auditorias).
I - Se PC > 1,50 m.
II - Se 1,00 m ≤ PC < 1,50 m
III - Se 0,50 m ≤ PC < 1,00 m
124
IV - Se 0,20 m ≤ PC < 0,50 m
V - Se 0,00 m ≤ PC < 0,20 m
VI - Duto aéreo.
125
VI - Se existe IS a menos de 5 m de tráfego de veículos sem proteção.
III - Se a pista é uniformemente limpa e não definida e a sinalização não atende a norma N-
2200.
IV - Se a pista possui áreas com vegetação alta e não é definida e a sinalização não atende
a norma N-2200.
126
V - Se a pista é totalmente coberta com vegetação alta, não definida e a sinalização não
atende a norma N-2200.
I - Se a inspeção é diária.
V - Se a inspeção é mensal.
IV - Se existem telefones normais para receber informações da comunidade, porém não são
divulgados perante a comunidade.
127
V - Se existem telefones normais para receber informações da comunidade, porém a
comunidade é deficiente de telefones.
NÍVEIS DE RISCO
FATORES DE
RISCO
I II III IV V VI
PC
Profundidade de 1 3 5 10 15 20
Cobertura
NA
Nível de 1 3 5 7 10 15
Atividade
IS
Instalações de 1 2 4 6 8 10
Superfície
PE
Programa de 1 3 5 7 10 15
Educação Pública
CP
Condições da 1 3 5 7 10 15
Pista
FP
Freqüência de 1 3 5 7 10 15
Patrulhamento
CC
Comunicação com 1 2 4 6 8 10
a Comunidade
128
7.4.1.2 – Classificação de Risco da Faixa de Duto Terrestre
Os resultados da pontuação de cada fator de risco (PC, NA, IS etc), conforme níveis de risco
(I, II, III etc) devem ser somados e entrando-se com este valor na Tabela 7.4.2, classifica-se
a faixa do duto terrestre quanto ao seu risco final em A, B e C, ou seja, SEVERO,
MODERADO e BAIXO, respectivamente.
A Tabela 7.4.2 classifica, de forma simplificada, as situações em que há risco de que uma
ação por terceiros possa causar uma falha estrutural de um duto.
7.4.1.3.3 – Reduzir a periodicidade de inspeção, para diária, nas faixas com problema de
falta de demarcação e incidência de casos de invasão ou com constante interferência de
terceiros.
7.4.1.3.4 – Impedir a execução por terceiros de qualquer serviço na faixa que não tenha sido
analisado e aprovado pela PETROBRAS.
129
7.4.1.3.5 – Efetuar sondagem para obter a posição dos dutos sempre que não existirem
desenhos com informações georreferenciadas precisas e atualizadas.
130
• Sinalização Atende a Norma N-2200 - Deverá ser providenciado, em médio prazo (até 6
meses), a intensificação da sinalização.
• Inspeção com periodicidade semanal - Deverá ser providenciado, em médio prazo (até
6 meses), a alteração da periodicidade de inspeção para diária.
• Inspeção com periodicidade semanal - Deverá ser providenciado, em médio prazo (até
6 meses), a alteração da periodicidade de inspeção para diária.
131
• Existência de Programa de Comunicação Incompleto ou não Sistemático - Deverá ser
sistematizado ou revisado o programa utilizado ou providenciado outro, em médio prazo
(até 6 meses), com informações básicas das faixas e dutos, bem como o que fazer em
emergência.
De forma a gerenciar o risco das ações de terceiros em duto submarino deve-se inicialmente
levantar o potencial de risco a partir da análise dos registros e informações existentes sobre
sua diretriz e de entrevistas e auditorias a bordo de embarcações em atividade, bem como,
junto às autoridades fiscalizadoras na área de atuação da Unidade de Negócios, e onde o
duto está instalado. Este levantamento deve abordar, no mínimo, os aspectos listados no
item 7.4.2.1 e gerar uma pontuação total de risco correspondente, a partir da Tabela 7.4.3.
I - Se PC > 1,50 m.
132
II - Se 1,00 m ≤ PC < 1,50 m
LA - Lâmina d'Água: representa a profundidade média do mar onde o duto está instalado.
Pode ser usada como lâmina d'água média a média aritmética entre a lâmina d'água da
origem e do destino.: LDA m= LDA origem + LDA destino
I - Se não existem instalações na superfície acima da diretriz do duto, num raio de 1500 m
ao redor da mesma.
133
III - Se existe plataforma fixa desabitada ou com tripulação apenas em turno diurno até 20
pessoas acima da diretriz ou num raio de 1500 m ao redor da mesma.
IV - Se existe plataforma fixa habitada ou “jack up” com até 100 pessoas embarcadas a
bordo acima da diretriz ou num raio de 1500 m ao redor das mesmas.
VI - Se existe mais de uma plataforma ou instalações acima da diretriz num raio de 1500m
ao redor das mesmas.
2- Concessionárias e ANP – Agência Nacional do Petróleo que tem controle sobre a área
de operação e circunvizinhanças da Unidade de Negócios.
ATENÇÃO: O nível de risco será definido pela situação mais crítica do aspecto e o
julgamento feito em termos do condicionante inexistente mesmo que os demais
existam e estejam operacionais. Por exemplo: Um duto será classificado como PE-VI
134
se não houver programa de reuniões, mesmo que a Unidade de Negócios disponha de
equipamentos para combate a emergências e plano de contingência.
III - Se existe um programa de reuniões semestrais com os Grupos Terceiros I e II, além da
realização de pelo menos, 1 simulado exclusivamente para o público interno do plano de
contingência por ano.
VI - Se não existem reuniões programadas com os Grupos Terceiros I e II, não tem plano de
contingência nem equipamentos para emergência.
135
VI - Se não há cadastramento.
ATENÇÃO: O nível de risco será definido pela freqüência da vistoria, pois a inspeção
submarina é obrigatória e deve ser realizada a cada 5 anos no mínimo.
III - Se a vistoria por helicópteros for feita 3 vezes por semana e a inspeção submarina a
cada 5 anos.
VI - Se a freqüência por helicópteros for eventual ou inferior a 12 vezes por ano e a inspeção
submarina a cada 5 anos.
136
ATENÇÃO: O nível de risco será definido pela situação mais crítica do aspecto e o
julgamento feito em termos do condicionante inexistente mesmo que os demais
existam e estejam operacionais. Por exemplo: Um duto será classificado como PE-VI
se não houver programa de reuniões mesmo que a UN disponha de equipamentos
para combate a emergências e plano de contingência.
137
Tabela 7.4.3 - Pontuação de Risco para Diretriz de Duto Submarino
LA
Lâmina d'água 1 2 3 5 8 10
NA
Nível de 1 5 10 15 20 25
atividade
PE
Programa de 1 3 5 7 10 15
Educação
CD
Cadastramento 1 5 10 15 20 25
dos Dutos e
Divulgação
FP
Freqüência de 1 2 4 6 8 10
Patrulhamento
CC
Comunicação 1 2 4 5 6 7
com a
Comunidade
Os resultados da pontuação de cada fator de risco (PC, LA, NA etc), conforme níveis de
risco (I, II, III etc) da Tabela 7.4.3, devem ser somados e entrando-se com este valor na
Tabela 7.4.4, classifica-se a diretriz do duto submarino quanto ao risco final em A, B e C, ou
seja, SEVERO, MODERADO e BAIXO, respectivamente.
138
A Tabela 7.4.4 classifica, de forma simplificada, as situações em que há risco de que uma
ação por terceiros possa causar uma falha estrutural de um duto.
Para cada classe de risco da diretriz dos dutos, são estabelecidas ações específicas
mínimas a serem realizadas naquele duto.
• Inspeção visual com periodicidade menor que mensal - Deverá ser providenciada, de
imediato (até 1 mês), a alteração da periodicidade de inspeção para semanal ou diária.
139
• Ausência de Programa de Educação - Deverá ser providenciado, de imediato (até 1
mês), um programa sistematizado de educação com informações básicas sobre as
diretrizes, os procedimentos a serem cumpridos antes do início de trabalhos nas áreas
da UN onde os dutos estejam instalados, bem como o que fazer em emergência. Este
programa deverá contemplar no mínimo, comunicação com a ANP, contratadas,
embarcações, entidades representantes da comunidade que explora a pesca,
concessionárias de serviços de telecomunicações e energia elétrica, se aplicável,
Prefeituras, Corpo de Bombeiros, Marinha, IBAMA, órgão ambiental etc, com
informações básicas das diretrizes e dos dutos, bem como, sistematização das ações
em caso de emergências e programa no mínimo, anual para realização de simulados do
plano de contingência.
140
• Inspeção visual com periodicidade acima de semanal - Deverá ser providenciado, em
curto prazo (até 3 meses), a alteração da periodicidade de inspeção para semanal ou
diária.
• Programa de Educação Pública Sistemático, mas com pouca limitação - Deverá ser
providenciado, em curto prazo (até 3 meses), a implementação do Programa junto as
demais entidades atuantes na área da UN onde os dutos se encontram instalados, bem
como de programa de simulados do plano de contingência.
• Programa de Comunicação apenas com canais de radio freqüência 24 horas por dia -
Deverá ser providenciado, em médio prazo (até 6 meses), um programa de
comunicação contemplando telefones 0800 24 horas por dia.
141
ANEXO 7.4.1
Objetivo
Emitir recomendações e estabelecer critérios para orientar as providências a serem
adotadas quanto às ações de terceiros interferentes com as instalações (dutos) da
PETROBRAS.
Escopo
Serão abrangidos os seguintes aspectos:
a) Sinalização
b) Barreiras
c) Comunicação
d) Mapeamento dos dutos e faixas
e) Gestão de Interferência
f) Gerenciamento de Informações
g) Emergência
h) Auditoria
i) Classificação do Risco
A) Sinalização
A.1) Terrestre:
• Revisar a sinalização existente nas faixas de dutos terrestres de forma a atender
integralmente às orientações da norma N-2200.
142
- Fornecimento e instalação de marcos delimitadores
- Fornecimento e instalação de marcos quilométricos
- Fornecimento e instalação de placas de advertência tipo I
- Fornecimento e instalação de placas de advertência tipo II
- Pintura de marcos
- Pintura de placas
- Remoção de marcos
- Remoção de placas
A.2) Marítima:
A.2.1-PETROBRAS e Contratados
• Nos casos de intervenção em dutos nas áreas de fundeio restrito, deverá ser
respeitada uma faixa de segurança ao longo dos dutos com 100 metros de largura para
cada lado da diretriz dos mesmos. Caso esta faixa de segurança não possa ser respeita,
a instalação deverá ser sinalizada com bóia ou ROV de embarcação especial.
A.2.2-Externos a PETROBRAS
• Manter acordo com a Marinha, a fim de que a mesma divulgue através de suas Cartas
Náuticas as áreas de restrição de fundeio restrito/proibido, onde estão instalados dutos e
equipamentos.
• Nas áreas de águas rasas abrigadas onde exista a possibilidade de arraste do fundo de
embarcações sobre o duto, deverá ser adotado sistema de sinalização segundo padrão
da Marinha.
143
• Elaborar estudo de forma a proteger o duto nas áreas de águas rasas ou restringir o
limite de calado das embarcações que trafegam na área.
• Deverá ser feita inspeção por pig calibrador para verificação de deformidades, em
instalações de águas rasas (especificamente na Praia de Pelônias, onde navios tocam
no leito marinho).
• Adotar os seguintes critérios para sinalização das áreas e proteção dos dutos no
afloramento dos mesmos na parte terrestre:
- Proteção mecânica através de jaqueta de concreto ou furo direcional para dutos novos;
- Instalar placas de advertência e marcos de concreto conforme norma N-2200;
B) Barreiras
B.1) Terrestre
Em áreas com situação de risco de invasão dos limites da faixa, deverão ser adotadas as
seguintes ações:
144
C) Comunicação
145
• Implantar uma rede de marcos geodésicos que será a base de amarração de todos os
trabalhos de mapeamento citados e intervenções posteriores nas faixas quer pela
PETROBRAS quer por terceiros.
• Implantar uma rede de marcos geodésicos ao longo das faixas dos dutos.
146
0,5 metro na projeção horizontal e 10% na profundidade de enterramento, juntando os
dados advindos das informações do mapeamento em escala cadastral.
147
Contingência). Estes sistemas deverão ser integrados com as bases de dados de outros
sistemas da PETROBRAS (tais como WEBDUTOS, GISBR, GEORISCO, etc).
E) Gestão de Interferência
E.1) Terrestre:
• Elaborar e implantar procedimentos para retirada de invasões em áreas de propriedade
da PETROBRAS, considerando os aspectos jurídicos, mantendo-os atualizados. Deverá
ser considerada a seguinte orientação:
- A invasão recente deverá ser retirada de imediato.
- Nos casos de invasões já existentes com prazo menor que um ano e dia, deverá ser
providenciada liminar para reintegração de posse do terreno.
- Invasões já existentes com prazo maior que um ano e dia, deverá ser providenciada
ação judicial para reintegração de posse do terreno.
- A negociação deverá ser prevista como alternativa para as situações acima ou nos
casos onde a faixa for servidão de passagem ou estiver em área de domínio público.
148
• Manter uma estrutura contínua para inspeção das faixas de dutos e áreas de domínio da
PETROBRAS, que deverá contemplar no mínimo:
- Especificar as ocorrências que deverão ser verificadas durante a inspeção da faixa e
formalizadas através de Relatório de Inspeção;
- As ocorrências de invasão, vazamento, movimentação do solo, incêndio,
construções, escavação e estaqueamento deverão ser comunicadas, de imediato, à
PETROBRAS;
- As faixas deverão ser distribuídas por trechos e definida a periodicidade de inspeção
de cada trecho;
- Os inspetores deverão ter sua freqüência controlada por sistema eletrônico instalado
ao longo das faixas de dutos;
- Os inspetores deverão possuir, no mínimo, o primeiro grau completo e receberem
treinamento específico, com carga de oito horas em sala de aula e de oito horas em
visita de campo, com acompanhamento e aprovação da PETROBRAS;
- Deverá ser previsto meio de comunicação que permita o rápido contato do Inspetor
com a PETROBRAS quando necessário.
149
E.1.2-Formação do Processo
- Iniciar o processo dando número ao mesmo e cadastrando-o em Banco de Dados
específico, atualizando-o permanentemente até o seu encerramento.
150
- Os materiais empregados na interferência, assim como os métodos executivos, devem
estar de acordo com as normas, especificações e recomendações da Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e normas da PETROBRAS em vigor.
- Nos cruzamentos sobre os dutos, deve ser verificado se a carga adicional advinda da
obra interferente é compatível com a carga máxima admissível suportada pelos mesmos.
- Caixas de inspeção, passagem e válvulas da interferência devem estar fora dos limites
da faixa de dutos.
• Obras aéreas
- Os cruzamentos aéreos devem ser executados numa altura compatível com a finalidade
a que se destina a instalação, obedecida eventual restrições quanto à utilização da área
pela PETROBRAS.
151
- Os postes e estais devem ficar fora dos limites da faixa, a uma distância mínima de 3,0
(três) metros.
- O ângulo de cruzamento com a faixa de dutos deve ser o mais ortogonal possível, com
ângulo mínimo de 60o (sessenta graus) e as torres equidistantes da faixa.
• Obras em nível
- Verificar a necessidade de substituição do solo e de compactação, determinando o tipo
de material de reposição.
152
- Nos casos de acesso de veículos verificar a carga máxima de veículo prevista para
circular, tipo de pavimentação e facilidade de bloqueio do trânsito por tempo
indeterminado para manutenção dos dutos da PETROBRAS. Havendo necessidade
determinar a instalação de tubo camisa.
• Obras subterrâneas
- A distância mínima entre a interferência e a instalação existente deve ser de 60
(sessenta) centímetros.
- Nos cruzamentos de tubulações em aço ou ferro fundido, com diâmetro maior ou igual a
4” (quatro polegadas) com os dutos da PETROBRAS, exigir do solicitante projeto de
proteção catódica, que deverá ser enviado à atividade de proteção catódica do órgão,
para análise e emissão de Parecer Técnico.
153
• Obras especiais
- Deverá ser verificado se as orientações descritas anteriormente podem ser adequadas a
interferência.
E.1.4-Formalização do Processo
- Concluindo pela inviabilidade da interferência, o órgão irá preparar correspondência
comunicando o fato ao solicitante, com as devidas justificativas e providenciar o
encerramento do processo.
E.1.5-Execução da Obra
- Acompanhar as escavações de sondagem prévia efetuada para subsidiar o projeto e/ou
o parecer técnico;
154
- Somente liberar o início dos serviços após o recebimento do instrumento formalizador ou
outro que o substitua, com a aprovação do Titular do órgão, o documento bancário de
cobrança quitado da taxa de fiscalização, e se for o caso, a anuência de outra Unidade
da PETROBRAS ou do proprietário da área envolvida;
- Em casos extremos, onde houver potencial de risco iminente ao duto, deverá ser
procedida a interrupção da operação do duto durante o período crítico.
155
- Se forem necessárias alterações no projeto original da obra, paralizá-la, estabelecendo
as medidas de segurança necessárias, e orientar o solicitante que justifique por escrito,
para análise e aprovação;
- A continuidade dos serviços dar-se-á somente após o retorno do processo com a devida
aprovação do Titular do órgão ou responsável por ele designado.
- Deverá ser efetuada a atualização dos desenhos existentes da área envolvida, neles
inserindo os dados relativos à obra interferente tal como executada, destacando o seu
posicionamento em relação aos equipamentos e/ou instalações da PETROBRAS.
E.2) Marítima:
• Antes do início de qualquer trabalho off-shore em áreas com instalações da
PETROBRAS, a empresa responsável pela embarcação deverá contactar o órgão da
PETROBRAS responsável pelo Sistema de Informações Geográficas, visando obter as
informações georreferenciadas pertinentes. Este órgão fornecerá mapas atualizados
com as instalações e obstáculos das áreas em questão e orientações para evitar
acidentes com as instalações da PETROBRAS.
156
- Providenciar mapa contendo a delimitação da área em questão, instalações da
PETROBRAS e demais obstáculos, encaminhando-a a embarcação.
- Atualizar permanentemente o Sistema de Informações Geográficas gerenciador das
informações, repassando os dados pertinentes para a embarcação;
F) Gerenciamento de Informações
• Designar ou criar um órgão em cada Unidade Operacional, que irá centralizar e
gerenciar as informações referentes às instalações existentes, definindo os
procedimentos a serem adotados para atualização permanente da base de dados
implantada.
G) Emergência
• Para casos de emergência deverá ser elaborado e implantado previamente um Plano de
Ação de Emergência, para determinar as ações a serem efetuadas.
H) Auditoria
• Designar ou criar um órgão para definir e implementar um programa permanente de
auditorias, a fim de garantir a implantação e atendimento ao Programa de Integridade
Estrutural dos Dutos da PETROBRAS.
157
8 – PIGS INSTRUMENTADOS
8.1 - Objetivo
O Anexo 8.1 descreve os diversos tipos de pig instrumentado, incluindo a que cada pig se
aplica (tipo de defeito detectado, levantamento de coordenadas etc)
Os pigs instrumentados devem ser selecionados de acordo com o tipo de ocorrência que se
procura, sejam elas deflexões, descontinuidades, acessórios e mesmo características do
duto. Na tabela a seguir estão listados os principais tipos de ocorrências que se procura nos
dutos e os pigs com capacidade de detectá-las:
TIPOS DE PIGS
GEO MFL UT INERCIAL PERFIL UMBILICAL ULTRA- MAGNÉT. PIG
OBJETIVO DA INSPEÇAO TEMP E SÔNICO P/ P/ DETECÇAO
PRES. TRINCAS TRINCAS VAZAMENTO
AMASSAMENTOS X
MOSSAS X
OVALIZAÇÃO X
GAUGE, ENTALHES, X X X
SULCOS.
DOBRAMENTO (BUCKLE) X
EROSÃO INTERNA X X X
TRINCAS X X
RAIOS DE CURVATURA X X
CORROSÃO INTERNA X X X
CORROSÃO EXTERNA X X X
FALHAS NO X
REVESTIMENTO ISOLANTE
TÉRMICO
VALORES DE PRESSÃO E X
TEMPERATURA
MUDANÇA DE TRAÇADO X
PEQUENOS VAZAMENTOS X
EMPOLAMENTO X X
ACESSÓRIOS DO DUTO X X X
158
Deve-se observar adicionalmente que:
Os pigs magnéticos (MFL) de baixa resolução podem ser utilizados em dutos onde:
a. Correlação é possível;
b. Não se tem histórico de falhas;
c. Não críticos;
d. Não se tem histórico de inspeção.
3- Em dutos com severa corrosão interna (“tipo caminho de rato”), onde a quantificação dos
defeitos é imprescindível e com elevada precisão, deve-se empregar o pig de ultra-som
para detecção de defeitos volumétricos (UT). Nestes casos é importante uma boa
limpeza do duto, velocidade de deslocamento do pig menor que 1,5 m/s e o uso de
líquido leve e homogêneo. O pig de ultra-som tolera maiores restrições geométricas
quando comparado com o pig magnético. Portanto, nos casos de restrições geométricas,
o pig de ultra-som é a melhor alternativa para detecção de defeitos volumétricos em
linhas com restrição geométrica.
4- O pig inercial é o pig que deve ser empregado nas seguintes situações:
a. Mapear o traçado do duto (coordenadas UTM);
b. Localizar (coordenadas UTM) as indicações relatadas por outros pigs;
c. Identificar alterações de traçado provocadas por movimentação de solo ou
operações em temperaturas elevadas.
159
5- Em dutos com danos extensos no revestimento isolante térmico, e onde se deseja
identificar a região danificada através do uso de pigs, deve-se utilizar pigs para a
perfilagem de temperatura.
160
8.3.2 - Condicionamento do Duto
O duto a ser inspecionado por pig instrumentado deve ser previamente preparado a fim de
assegurar a qualidade das inspeções e evitar o aprisionamento do pig.
Para dutos sem rotina de limpeza, esta deve ser iniciada através da passagem de pigs de
espuma de baixa densidade (28 kg/m3). Progressivamente, a agressividade do pig deve ser
aumentada, primeiramente com o aumento da densidade e depois, passando-se para pigs
rígidos, como: flexpigs, raspadores etc. (ver norma N-2634).
d. Condições do pig: Ao sair do recebedor, o pig deverá ser analisado quanto ao desgaste
geral e danos localizados, como por exemplo rasgos, desgastes dos copos etc (maior
dano apresentado pelo pig pode ser indicativo de detritos no duto, válvulas com abertura
parcial, derivações etc).
A condição final de limpeza é um dos principais pré-requisitos para o bom desempenho dos
pigs instrumentados.
161
Recomenda-se que as últimas etapas da limpeza fiquem a cargo da mesma empresa
operadora do pig instrumentado.
Inicialmente, deve-se passar um pig com placa calibradora com diâmetro de 94% do menor
diâmetro interno do duto. Caso a placa saia sem deformações, não é imperativa a
passagem do pig geométrico. Nos casos de indicações de obstruções e outros tipos de
dúvidas quanto à geometria do duto, deve-se utilizar o pig geométrico.
Observar que a passagem do pig com placa calibradora não assegura nenhuma informação
quanto ao raio mínimo de curvatura.
É prática usual a inspeção do duto com pig geométrico previamente à inspeção com pigs de
corrosão.
O Anexo 8.2 discute os limites aceitáveis para velocidade de deslocamento dos diversos
tipos de pig.
162
8.3.2.4 - Referências de Posição Longitudinal
Recomenda-se que, no máximo, a cada dois quilômetros do duto exista uma referência de
distância com o objetivo de minimizar os erros de localização longitudinal. A escolha de um
determinado tipo de referência de distância é função do tipo de pig que será utilizado, isto é,
o pig instrumentado deve ser capaz de registrar a marca gerada pela referência. O uso de
magnetos é preferível.
Os pigs não magnéticos como o de ultra-som, geométrico e inercial podem utilizar marcas
obtidas a partir do above ground ou sinalizadores de rádio freqüência.
A relação completa das referências deve constar de uma tabela a ser criada entre a
PETROBRAS e a empresa contratada.
Recomenda-se que todo o pig instrumentado tenha um sinalizador que auxilie na sua
localização. Normalmente isto é feito com a colocação de um emissor de ondas de rádio no
pig e um receptor de ondas portátil, que é deslocado externamente ao duto. Este sistema
permite a detecção e localização do pig, mesmo que o detector esteja afastado em
aproximadamente 3 metros do duto.
O uso destes sinalizadores permite identificar mais facilmente a passagem do pig em pontos
de acompanhamento, além de permitir a localização precisa do pig caso haja travamento da
ferramenta.
163
8.3.4 - Lançamento, Acompanhamento da Corrida e Recebimento do Pig.
Estas etapas deverão atender os requisitos dos itens 5.2, 5.3 e 5.4 da norma N-2634. No
mínimo, durante a corrida do pig, deve-se realizar o seguinte:
a. Registrar os tempos de: inicio da corrida, passagem nos pontos de acompanhamento,
chegada no recebedor;
b. Manter comunicação freqüente com a operação e entre as equipes de
acompanhamento;
c. Controlar a velocidade de passagem, especialmente quando o pig requer controle de
velocidade;
d. Registrar qualquer anomalia ocorrida durante a corrida, registrando no relatório de
acompanhamento. Por exemplo, parada do pig, parada de bombeio, excesso de
pressão, queda de vazão etc.
e. Observar que, após a passagem do pig, para os dutos onde ocorre a injeção de inibidor,
deverá ser previsto um aumento de sua concentração.
Uma vez que os pigs instrumentados têm uma grande capacidade de carrear resíduos,
recomenda-se, quando do recebimento, proceder a coleta de amostras de resíduos para
análise quanto à corrosividade. Registrar também o volume e tipo do resíduo. É
recomendável o registro fotográfico deste resíduo.
164
e. A aceitação do relatório final com a perda de um ou mais canais não consecutivos pode
ser avaliada pelo técnico da PETROBRAS responsável pela inspeção com pig.
O relatório de inspeção é característico de cada tipo de pig a ser utilizado. A seguir serão
listados os requisitos de relatório exigidos em função do tipo de pig:
Requisitos padrão:
– Especificação do pig utilizado;
– Dados da operação de campo;
– Informações sobre o duto, responsáveis pelo serviço, data, responsável pelo cliente
(técnico da PETROBRAS);
– Lista das principais anomalias encontradas com as respectivas folhas de escavação.
Indicar o posicionamento em relação à distância do lançador e a uma referência próxima
conhecida, quantificar a profundidade, largura e comprimento, identificando o tipo de
anomalia. Todas as restrições geométricas acima de 4% devem ser relatadas. Em
regiões de soldas, todas as anomalias devem ser relatadas;
– Mudanças de espessura de parede do tubo;
– Listar todos os acidentes identificados.
165
Requisitos adicionais:
– Planilha de tubos – lista seqüencial dos tubos que compõe o duto;
– Visualização tridimensional das anomalias;
– Caso seja solicitado, todas as restrições geométricas acima de 1,5% devem ser
relatadas;
– Identificação de referências tipo above ground, para facilitar a localização e manutenção
de avarias;
– Precisão do hodômetro em 1:1000.
Requisitos padrão:
– Especificação do pig utilizado;
– Dados da operação de campo;
– Informações sobre o duto, responsáveis pelo serviço, data, responsável pelo cliente
(técnico da PETROBRAS);
– Listar no relatório todas as anomalias acima de 20% de perda da espessura. Apresentar
as folhas de escavação das mais críticas (acima de 50% de perda de espessura e os
pontos que comprometem a PMAO). Indicar o posicionamento em relação à distância do
lançador e às referências adjacentes, posição horária com precisão de +/- 15 graus,
quantificar a profundidade, largura e comprimento, identificando o tipo de anomalia, se é
interno ou externo. A folha de escavação deverá apresentar a seqüência tubos antes e
depois da anomalia (aproximadamente 7 tubos ao todo);
– Lista completa dos tubos indicando hodometricamente: as soldas, a localização das
referências e das anomalias detectadas;
– Listar todos os acidentes identificados;
– Gráfico de velocidade;
– Distribuição dos defeitos ao longo do duto em forma de histograma, dando uma visão
geral. O histograma é composto pela distância longitudinal do duto no eixo X, versus
criticidade dos defeitos no eixo Y versus quantidade no eixo Z;
– Análise da pressão máxima de operação (PMAO) segundo critério estabelecido
previamente pela PETROBRAS. Esta análise correlaciona a pressão máxima admissível
e a gravidade das anomalias detectadas;
– Relatório em meio digital, contendo todas as informações descritas acima e que permita
a visualização dos dados adquiridos por todos os sensores durante a corrida.
– Precisão do hodômetro em 1:1000.
166
Requisitos adicionais:
– Identificar defeitos mecânicos (mill defects);
– Identificar soldas longitudinais;
– Identificar sinais nas regiões das soldas;
Requisitos padrão:
– Especificação do pig utilizado;
– Dados da operação de campo;
– Informações sobre o duto, responsáveis pelo serviço, data, responsável pelo cliente
(técnico da PETROBRAS);
– Listar no relatório todas as anomalias encontradas, classificando-as em três níveis de
perda espessura:
a. LEVE - de 10 a 30%;
b. MÉDIO - acima de 30% até 50%;
c. SEVERO – acima de 50%.
Requisitos padrão:
– Especificação do pig utilizado;
– Dados da operação de campo;
– Informações sobre o duto, responsáveis pelo serviço, data, responsável pelo cliente
(técnico da PETROBRAS);
167
– Listar no relatório todas as anomalias acima de 10% de perda da espessura. Apresentar
as folhas de escavação das mais críticas (acima de 50% de perda de espessura e os
pontos que comprometem a PMAO). Indicar o posicionamento em relação à distância do
lançador e às referências adjacentes, posição horária com precisão de +/- 15 graus,
quantificar a profundidade, largura e comprimento, identificando o tipo de anomalia, se é
interno ou externo. A folha de escavação deverá apresentar a seqüência tubos antes e
depois da anomalia (aproximadamente 7 tubos ao todo);
– Lista completa dos tubos indicando hodometricamente: as soldas, a localização das
referências e das anomalias detectadas;
– Listar todos os acidentes identificados;
– Gráfico de velocidade;
– Distribuição dos defeitos ao longo do duto em forma de histograma, dando uma visão
geral. O histograma é composto pela distância longitudinal do duto no eixo X, versus
criticidade dos defeitos no eixo Y versus quantidade no eixo Z;
– Análise da pressão máxima de operação (PMAO) segundo critério estabelecido
previamente pela PETROBRAS. Esta análise correlaciona a pressão máxima admissível
e a gravidade das anomalias detectadas;
– Relatório em meio digital, contendo todas as informações descritas acima e que permita
a visualização dos dados adquiridos por todos os sensores durante a corrida;
– Precisão do hodômetro em 1:1000.
Requisitos padrão:
– Especificação do pig utilizado;
– Dados da operação de campo;
– Informações sobre o duto, responsáveis pelo serviço, data, responsável pelo cliente
(técnico da PETROBRAS);
– Lista completa dos tubos indicando hodometricamente: as soldas, a localização das
referências e das anomalias detectadas;
– Gráfico de velocidade;
– Relatório em meio digital, contendo todas as informações descritas acima e a relação
das coordenadas GPS do duto;
– Precisão do hodômetro em 1:1000;
– A precisão do sistema inercial deve ser de 1:2000, isto é, em cada dois quilômetros de
duto, admite-se o erro de no máximo 1 metro.
168
8.4.6 - Pig Magnético para Detecção de Defeitos Planares
Requisitos padrão:
– Especificação do pig utilizado;
– Dados da operação de campo;
– Informações sobre o duto, responsáveis pelo serviço, data, responsável pelo cliente
(técnico da PETROBRAS);
– Listar no relatório todas as anomalias, especialmente os defeitos planares. Apresentar
as folhas de escavação das mais críticas. Indicar o posicionamento em relação à
distância do lançador e às referências adjacentes, posição horária com precisão de +/-
15 graus. A folha de escavação deverá apresentar a seqüência tubos antes e depois da
anomalia (aproximadamente 7 tubos ao todo).
– Listar todos os acidentes identificados;
– Distribuição dos defeitos ao longo do duto em forma de histograma, dando uma visão
geral. O histograma é composto pela distância longitudinal do duto no eixo X, versus
criticidade dos defeitos no eixo Y versus quantidade no eixo Z;
– Precisão do hodômetro em 1:1000.
Requisitos padrão:
– Especificação do pig utilizado;
– Dados da operação de campo;
– Informações sobre o duto, responsáveis pelo serviço, data, responsável pelo cliente
(técnico da PETROBRAS);
– Listar no relatório todas as anomalias, especialmente os defeitos planares. Apresentar
as folhas de escavação das mais críticas. Indicar o posicionamento em relação à
distância do lançador e às referências adjacentes, posição horária com precisão de +/-
15 graus. A folha de escavação deverá apresentar a seqüência tubos antes e depois da
anomalia (aproximadamente 7 tubos ao todo);
– Lista completa dos tubos indicando hodometricamente: as soldas, a localização das
referências e das anomalias detectadas;
– Listar todos os acidentes identificados;
– Gráfico de velocidade;
169
– Distribuição dos defeitos ao longo do duto em forma de histograma, dando uma visão
geral. O histograma é composto pela distância longitudinal do duto no eixo X, versus
criticidade dos defeitos no eixo Y versus quantidade no eixo Z;
– Precisão do hodômetro em 1:1000.
Requisitos padrão:
– Especificação do pig utilizado;
– Dados da operação de campo;
– Informações sobre o duto, responsáveis pelo serviço, data, responsável pelo cliente
(técnico da PETROBRAS);
– Listar no relatório todas as anomalias no gradiente de temperatura ao longo do duto,
correlacionando-as a possíveis falhas no revestimento térmico. Apresentar as folhas de
escavação dos mais críticos. Indicar o posicionamento em relação à distância do
lançador e às referências adjacentes. A folha de escavação deverá apresentar a
seqüência tubos antes e depois da anomalia (aproximadamente 7 tubos ao todo);
– Distribuição dos defeitos ao longo do duto em forma de histograma, dando uma visão
geral;
– Precisão do hodômetro em 1:1000.
Recomenda-se que todo relatório de pigs magnéticos e ultra-sônicos seja validado através
de medições de campo, em no mínimo cinco pontos diferentes. Nos dutos marítimos, a
validação só deverá ser feita caso o pig indique defeitos que necessitem de reparo. Neste
caso a validação será baseada nos trechos removidos em função da própria inspeção.
É importante notar que, após a passagem de pig instrumentado, muitas vezes é encontrada
uma quantidade muito grande de defeitos. Neste caso é prática freqüente:
a. Para indicações de redução de espessura entre 10 e 20%:
- Armazenar os dados para comparação com inspeções futuras;
170
- Comparar com a última inspeção (caso aplicável);
- Avaliar a necessidade de atuar para controlar o processo corrosivo.
b. Para dutos com redução de espessura de 20 a 50%:
- Avaliar se o processo corrosivo é interno ou externo e adotar as seguintes ações:
• Corrosão interna: atuar para controlar o processo corrosivo e efetuar monitoração
por amostragem nos pontos de corrosão indicados pelo relatório do pig
instrumentado e avaliar necessidade de reduzir o intervalo entre inspeções com
pig instrumentado;
• Corrosão externa: intervir na recuperação do revestimento externo ou no sistema
de proteção catódica de modo a inibir ou controlar o processo corrosivo;
c. Reparar ou reduzir a pressão de operação para todos os defeitos que comprometam a
pressão de operação do duto, considerando o próximo intervalo de inspeção por pig
instrumentado usando os métodos e critérios dos itens 9.2.2 e 9.2.3 do Capítulo 9;
d. Independente da redução de espessura, analisar individualmente as indicações
associadas com soldas, amassamentos e outros eventos geométricos, usando os
métodos e critérios dos itens 9.2.2 e 9.2.3 do Capítulo 9.
Apesar de não ser habitual analisar defeitos com redução de espessura entre 10 e 20%,
recomenda-se analisar os defeitos longos (conforme definição no item 9.2.3 abaixo) usando
os métodos e critérios dos itens 9.2.2 e 9.2.3 do Capítulo 9.
Para os dutos marítimos cujos projetos basearam-se nos esforços de lançamento, é prática
freqüente usar critérios menos restritivos, desde que observadas as condições necessárias
para uma eventual recuperação do duto por içamento.
Todos os serviços de inspeção com pig instrumentado deverão ser acompanhados por
profissional da PETROBRAS, registrando as informações de todas as etapas, desde a fase
de preparação até a solução das anomalias identificadas no relatório final, armazenando os
171
resultados da corrida e mantendo todos os softwares aplicáveis para avaliação dos
resultados. Todas estas informações devem ser armazenadas no prontuário do duto.
Os resultados obtidos na inspeção por pig instrumentado devem ser avaliados com base no
capítulo 9, Análise de Descontinuidade e Danos.
172
ANEXO 8.1
Pig instrumentado que utiliza o método de medição de fuga de campo magnético, com a
finalidade de adquirir informações de variações de espessura, especialmente aquelas
devido ao desgaste pela corrosão. As ferramentas do tipo pig magnético são apresentadas
no mercado com duas denominações diferentes: PIG de ALTA RESOLUÇÃO e PIG de
BAIXA RESOLUÇÃO.
173
b. Apresentam como resultados as dimensões dos defeitos quanto à profundidade, por
faixa (leve, moderada e severa), comprimento e posição horária;
c. Normalmente operam com uma quantidade de sensores menor do que os pigs de alta
resolução, impossibilitando um dimensionamento do defeito, necessitando de uma
correlação de campo.
Pig instrumentado que utiliza o método magnético para identificar defeitos planares,
especialmente trincas. A detecção dos defeitos planares é tão mais fácil quanto mais
ortogonal for a aplicação do campo magnético. Por exemplo, no caso de trincas
longitudinais, o pig deverá magnetizar o duto transversalmente.
A PETROBRAS ainda não possui experiência na utilização deste tipo de pig instrumentado.
Pig instrumentado que utiliza o método ultra-sônico para identificar defeitos planares,
especialmente trincas. A detecção dos defeitos planares é tão mais fácil quanto mais
ortogonal o defeito estiver em relação ao feixe sônico.
A PETROBRAS ainda não possui experiência na utilização deste tipo de pig instrumentado.
174
Pelas características do princípio físico de medição, o ultra-som se mostra mais adequado
para esta aplicação.
Pig Inercial
Pig Umbilical
Pig que registra valores de pressão ou de ondas acústicas para localizar pequenos
vazamentos.
A PETROBRAS ainda não possui experiência na utilização deste tipo de pig instrumentado.
175
ANEXO 8.2
A faixa de velocidade útil dos pigs é função do seu projeto e método de medição, estando
em constante evolução.
O pig geométrico possui uma grande faixa de velocidades aceitáveis, podendo ser
deslocado em uma faixa que varia de 0,1 m/s até 8 m/s.
Para os pigs magnéticos esta faixa é de 0,5 m/s até 3 m/s. Este tipo de pig é um dos mais
influenciados pela velocidade. Preferencialmente o pig deve ser operado a uma velocidade
constante, para não comprometer a qualidade dos dados adquiridos.
No caso do pig ultra-sônico, praticamente não existe limite inferior de velocidade, sendo que
o limite superior sugere-se 1,5 m/s.
O pig de temperatura e pressão tem uma faixa de velocidades de 0,2 m/s até 8 m/s.
176
ANEXO 8.3
QUESTIONÁRIO PADRÃO.
Inspeção de Dutos
(Pipeline Questionnaire)
177
1 - Dados do duto (pipeline data)
Nome Trecho terrestre (onshore)
(Name): Trecho submarino (offshore)
Trecho (section):
Fluxo bi-fásico?
(two phase flow?) Sim (yes) Não (no)
178
3 - Especificações técnicas (line specifications)
Revestimentos:
Interno (internal) Coaltar Poliuretano (polyurethane)
Externo (external) Concreto (concrete) Polietileno (polyethilene)
Outros (others):
Tubos camisa?
(casings?) Sim (yes) Não (no)
A B C D E F G H I J
Lançador
(launcher)
Recebedor
(receiver)
179
Lançador Horizontal Recebedor Horizontal
(launcher) Vertical (receiver) Vertical
Ângulo (angle)(*) Ângulo (angle)(*)
Onshore Onshore
Offshore Offshore
Soldado (welded) Soldado (welded)
Forjado (forged) Forjado (forged)
(*) – Informar se não for horizontal (if not horizontal)
180
Guindaste Sim (yes) Capacidade (T) Lança
(hoist): Não (no) (capacity): ___________ (lift height): __________
Barras
(guide bars): Sim (yes) Espaçamento (spacing) (mm):
Não (no)
Desconhecido Quantidade (quantity)
(unknown)
Fabricante Classe
(manufacturer): (class):
Diâm. interno Material
(I.D.) (mm): (material):
Largura da gaveta Série
(seat ring spacing) (mm): (serial #):
181
3.5 - Válvulas de retenção (check valves)
Tipo (type): Quantidade
Fabricante (quantity):
(manufacturer): Classe (class):
Comprimento Modelo
(length): (model):
Pode ser mantida aberta?
(can be locked open?) Sim (yes) Não (no)
182
Material removido Areia (sand)
(removed material): Parafina (wax)
Pedra (stone)
Produtos de corrosão (corrosion scale)
Outros (others)
Registro das soldas? (record of weld joints?) Sim (yes) Não (no)
183
Questionário Padrão Para
Inspeção de Dutos
(Pipeline Questionnaire)
184
6 - Especificações dos risers (risers’ specifications)
(Besides the data on the main form the following are the risers’ specifications)
Espessura Extensão
(wall thickness) (length)
(mm) (m)
Tipo Hydroballs
(type): Weld balls
flangeado (flanged)
Outros (others)
Fabricante Ângulo
(manufacturer): (angle):
Modelo Diâm. Int. min
(model): (min. I.D.):
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
185
9 – ANÁLISE DE DESCONTINUIDADES E DANOS
Os procedimentos e critérios aqui descritos são conservativos e devem ser aplicados pela
Atividade de Integridade Estrutural de Dutos das Unidades de Negócios da empresa
inclusive na definição de reparos imediatos nos dutos avaliados.
Para condições extremas, em que esta ação de reparo imediato não é viável, poderão ser
executadas avaliações através de critérios menos conservativos, desde que formalmente
aprovadas por profissional da PETROBRAS com qualificação compatível para esta tarefa. A
inviabilidade técnica do reparo por ocasião da conclusão do estudo de avaliação do duto
deverá ser justificada e registrada. Esta situação poderá prevalecer até que sejam
estabelecidas as condições para a realização dos reparos recomendados para eliminação
do dano no duto.
Alguns tipos de danos não permitem a definição de critérios e procedimentos gerais. Para
estes casos, é determinante que a avaliação do duto seja responsabilidade de equipe
multidisciplinar podendo conter especialistas de materiais, análise de tensões, mecânica dos
solos, corrosão, revestimento, operação, reparos e mecânica da fratura, entre outros.
9.2.1 - Introdução
186
A análise estrutural do defeito tem que levar em conta o tamanho relatado (após
validação do relatório), a tolerância da ferramenta de inspeção, a estimativa de
crescimento do defeito até a próxima inspeção e a interação com outros defeitos.
Apesar de não ser habitual analisar defeitos com redução de espessura entre 10 e 20%,
recomenda-se analisar os defeitos longos (conforme definição no item 9.2.3 abaixo) usando
os métodos e critérios dos Itens 9.2.2 e 9.2.3 abaixo.
Para os dutos marítimos, projetados com base nos esforços de lançamento, é prática
freqüente usar critérios menos restritivos, desde que observadas as condições necessárias
para uma eventual recuperação do duto por içamento.
Os defeitos de corrosão têm em geral contornos e topografias irregulares, porém para efeito
de avaliação estrutural terão sua geometria descrita apenas por três parâmetros: a
profundidade máxima d, o comprimento L (dimensão longitudinal) e a largura l (dimensão
circunferencial).
O comprimento L de uma região corroída deve ser medido na direção longitudinal do duto,
conforme ilustrado na figura 9.1. Esta é a convenção adotada pela norma ASME B31G.
187
Eixo longitudinal do duto
L : extensão longitudinal
medida da área corroída
Profundidade máxima
medida de corrosão
9.3.1 - Introdução
9.3.2 - Escopo
188
As recomendações contidas neste item se aplicam somente a situações em que a pressão
interna atuante no duto seja maior que a pressão externa. Caso a pressão externa seja
superior, adotar as recomendações do item 9.8.
A avaliação de dutos que apresentem seções com flambagem local (buckle), algumas vezes
confundida com mossas, não fazem parte do escopo deste trabalho. Até o momento não
foram encontradas normas que permitissem uma avaliação deste tipo de
dano/descontinuidade. Atualmente a recomendação é que este tipo de dano seja reparado,
independente de suas dimensões.
Defeitos agudos, por exemplo, provocados por pressão contra pedras pontiagudas, também
devem ser reparados, pois não foi possível localizar norma que permitisse avaliar este tipo
de dano.
9.4.1 - Introdução
As informações que devem ser utilizadas em uma avaliação de integridade são obtidas pela
análise da documentação de fabricação dos tubos, montagem do duto, relatórios de
inspeção e manutenção e dados operacional. Citam-se como relevantes as seguintes
informações:
189
A - Dados de projeto original do duto:
• Pressão de projeto no ponto;
• Pressão de teste hidrostático no ponto;
• Diâmetro nominal;
• Espessura nominal no ponto;
• Pressão máxima admissível de operação do tubo;
• Pressão máxima de operação no ponto;
• Especificação de material
C - Propriedades de material:
• Tensão de escoamento nominal do material dos tubos;
• Limite de resistência mínimo do material dos tubos;
• Tenacidade do material expressa em valores de CTOD ou energia Charpy-V
Como algumas das informações citadas podem não estar disponíveis, a metodologia de
avaliação proposta neste documento considera valores conservativos para as variáveis
principais do problema.
190
9.4.2 – Escopo
Para efeitos de aplicação deste item, todas as descontinuidades planares surgidas durante o
regime operacional, na medida do possível, devem ser eliminadas da estrutura. Tais
descontinuidades estão relacionadas à corrosão sob tensão ou a crescimento sub-crítico
devido a variações expressivas de pressão no duto (fadiga).
9.5.1 - Introdução
191
9.5.2 – Escopo
192
9.5.3 – Critérios de Avaliação
Os critérios de avaliação para dutos, conforme metodologia S-N, estão definidos no Anexo
9.4.
9.6.1 - Introdução
Os critérios definidos neste item devem ser aplicados em conjunto com as recomendações
estabelecidas pelos Grupos de Trabalho de Pigs, Corrosão Externa e Geotecnia.
9.6.2 - Escopo
A - Corrosão sob tensão nas juntas soldadas com trincamento interno devido à ação do
fluido transportado que possui contaminantes;
193
B - Corrosão sob tensão com trincamento longitudinal no metal de base ou junta soldada
devido à ação corrosiva do solo na superfície externa do duto e à tensão circunferencial
devido à pressão interna;
C - Corrosão sob tensão com trincamento circunferencial no metal de base ou junta soldada
devido à ação corrosiva do solo na superfície externa do duto e à tensão longitudinal
devido à pressão interna e ações externas, tais como deslizamento de terreno.
Considera-se que não é aceitável o transporte de fluidos que contenham contaminantes que
possam provocar o trincamento interno do duto. As conseqüências do bombeamento de
produtos contaminados podem ser imprevisíveis, devendo assim ser evitado.
Este item tem o objetivo de recomendar ações e procedimentos que permitam identificar
pontos suscetíveis à ocorrência do mecanismo de dano. Não é objetivo apresentar critérios
de cálculo que permitam a continuidade operacional de dutos com corrosão sob tensão
comprovada pela inspeção.
Dutos que possuam o fenômeno devem ser avaliados de uma forma particularizada, por
uma equipe multidisciplinar, tanto para uma possível ação de reparo quanto para a sua
reabilitação.
Dutos onde se identifica potencialmente a possibilidade de corrosão sob tensão devem fazer
parte de um planejamento de inspeção diferenciado. Este planejamento poderá incluir ações
não-convencionais, tais como testes hidrostáticos periódicos em seções do duto, partículas
194
magnéticas em superfícies externas do duto nas regiões escavadas, reparo de revestimento
e maiores freqüências para a verificação da proteção catódica do duto.
9.6.4 – Recomendações
As recomendações sugeridas para dutos sujeitos a ocorrência de corrosão sob tensão estão
definidas no Anexo 9.5.
9.7.1 - Introdução
Estas variáveis devem ser utilizadas no sentido de definição dos limites de deformação e
verificação de possíveis restrições operacionais. Como a solução de um duto com este tipo
de dano é complexa, envolvendo critérios de cálculo numéricos, entre outros recursos
necessários, não são apresentados procedimentos de avaliação neste item, mas sim
recomendações para a melhor identificação do problema.
9.7.2 - Escopo
Estão incluídos no escopo deste item dutos que trabalham com produtos aquecidos onde
existe a possibilidade de ocorrência de flambagem devido a restrições à dilatação térmica
em alguma seção do duto.
Não é incluído o efeito do solo atuando no duto que poderá ocasionar flambagem ou
deflexões excessivas.
195
9.7.3 - Recomendações
9.8.1 – Introdução
Para que um duto submarino, submetido a uma pressão externa significativa, venha
apresentar uma falha relacionada à presença de uma imperfeição geométrica, devem ser
avaliadas as condições de colapso local e colapso propagante da estrutura.
9.9.1 – Introdução
A ação do solo sobre dutos pode induzir diferentes tipos de defeitos estruturais durante a
sua vida útil. As falhas estruturais dos dutos associadas à ação do solo são em geral
proveniente da interação solo – duto causado pela movimentação vertical e / ou horizontal
do solo de fundação, seja este causado por recalque seja por deslocamento horizontal do
maciço. Nestes casos os defeitos oriundos podem ser:
196
• Flexão lateral do duto no caso de movimento de solo na direção transversal a geratriz do mesmo;
• Flambagem lateral ou vertical global no trecho comprimido do duto devido a
movimentação do solo na direção longitudinal a geratriz do mesmo;
• Desenvolvimento de trações elevadas com desenvolvimento de corrosão sobre tensão
no caso de movimentação do solo na direção longitudinal à geratriz do mesmo e ou
flexões elevadas por deslocamento lateral ou vertical do solo;
• Flexão vertical no caso de recalque ou subsidência de solos de fundação;
• Flambagem local do duto proveniente de cargas axiais induzidas por compressão e / ou flexão;
• Mossas causadas pela interação com rochas ou materiais mais rígidos;
• Cisalhamento causado por movimentação relativa de falhas geológicas ativas;
• Puncionamento do duto por rochas pontiagudas e com dureza elevada;
• Arraste e perda de sustentação em trechos de travessias de rios induzidas por
enxurradas ou em trechos de zonas de arrebentação.
Para a avaliação dos efeitos destas ações sobre o duto, devem ser consideradas todas as
particularidades referentes, tais como tipo de solo de fundação, caracterização da feição
geológica e geotécnica de risco, histórico referente à geometria do traçado do duto,
condições de reação do solo, e propriedades mecânicas do material do duto.
9.9.2 - Escopo
Estão incluídos no escopo deste item dutos que trabalham em áreas que apresentem
feições de risco geológico e geotécnico que possam induzir danos aos dutos.
Não são incluídos neste item os efeitos do solo causados pela construção e montagem
inapropriada do duto.
9.9.3 – Recomendações
As recomendações sugeridas para dutos sujeitos a ação do solo estão definidas no Anexo 9.8.
197
ANEXO 9.1
1 - Nomenclatura
A maioria dos métodos existentes para avaliação estrutural de dutos corroídos foi
desenvolvida para defeitos isolados. Porém, muitos dos defeitos encontrados na prática
198
apresentam-se próximos uns dos outros, o que faz com que seja necessário estabelecer,
antes de aplicar o método de avaliação, se existe interação entre estes defeitos.
distancia, sC , entre eles na direção circunferencial é menor que a largura l do mais estreito
deles.
Caso o critério indique que existe interação, a avaliação estrutural dos defeitos deve ser feita
utilizando-se o defeito resultante da interação. A figura 1 representa as duas situações que
levam a interação entre defeitos.
l2
L2 sL L1
DIREÇÃO LONGITUDINAL sc
DO DUTO
l2
l1
l1
L1
Se s L < min (L1,L2) è Interagir as duas regiões Se s C < min(l1,l2) è Interagir as duas regiões
199
O procedimento para aplicação deste método encontra-se na página a seguir. O objetivo
final das verificações realizadas é saber se o duto corroído tem condições de suportar a
pressão de operação poper. As equações usadas são apresentadas a seguir.
d
≤ 0,10 (2)
tn
d
> 0,80 (3)
tn
O procedimento para aplicação do método ASME B31G é descrito pelos passos abaixo
indicados.
1) Determinar (d/tn).
2) Se (d/tn) ≤ 0,10 vai para o passo (20).
3) Se (d/tn) > 0,80 vai para o passo (17).
4) Se 0.10 < (d/tn) ≤ 0,80 continua.
5) Determinar La usando a equação (5).
6) Se L ≤ La vai para o passo (20).
7) Se L > La continua.
8) Determinar Λ usando a equação (10).
9) Se Λ ≤ 4 vai para o passo (11).
10) Se Λ > 4 vai para o passo (12).
11) Determinar pa usando a equação (14a). Vai para o passo (13).
12) Determinar pa usando a equação (15a). Vai para o passo (13).
13) Continua.
14) Se poper ≤ pa vai para o passo (20).
15) Se poper > pa e for possível reduzir a pressão de operação vai para o passo (18).
16) Se poper > pa e não for possível reduzir a pressão de operação vai para o passo (19).
17) O defeito foi reprovado. Vai para o passo (19).
18) Fazer poper igual a pa. Vai para o passo (21).
200
19) Reparar ou trocar o trecho. Vai para o passo (21).
20) O defeito foi aceito. Vai para o passo (21).
21) Deter o processo corrosivo e operar o duto normalmente.
É necessário realizar outras verificações para defeitos cuja relação (d/tn) está dentro do
seguinte intervalo:
d
0,10 < ≤ 0,80 (4)
tn
L a = 1,12.B De tn (5)
Onde,
1/2
d/t n
2
B = − 1 para 0,175 ≤ (d/tn) ≤ 0,800 (6)
1,1(d/t n ) − 0,15
L ≤ La (8)
É necessário fazer verificação da pressão interna para defeitos cujo comprimento L satisfaz
a seguinte inequação:
L > La (9)
L
Λ = 0,893. (10)
D t
e n
201
O defeito é classificado como curto quando:
Λ≤4 (11)
Λ>4 (12)
2t n
pd = γd γT σy (13)
De
1 − (2 / 3 )(d / t n )
pa = 1,1.p d 2 −1/ 2
(14a)
1 − (2 / 3)(d / tn )[1 + Λ ]
pa ≤ pd (14b)
d
pa = 1,1.pd 1 − (15a)
tn
pa ≤ pd (15b)
poper ≤ pa (16)
Defeitos para os quais a inequação (16) não foi satisfeita são aceitos, com a condição de
que a pressão de operação poper seja reduzida para pa.
202
A norma ASME B31G admite também que se realize uma análise mais rigorosa baseada na
Mecânica da Fratura.
d d
1 − π − β
(σa)x = γc.σy.
tn tn
(17)
d d
π 1 − + 2 sin β
tn tn
β = (l / 2) / R m (18)
De − t n
Rm = (19)
2
A verificação é feita comparando-se a tensão axial σx atuante no duto com a tensão axial
admissível do duto (σa)x. A tensão axial σx atuante no ponto de localização da região
corroída deverá ser determinada através de cálculos usando-se além do carregamento de
pressão, outros carregamentos que estejam atuando no duto. Caso a tensão resultante na
direção axial σx seja de compressão deve-se fazer também uma verificação da flambagem
local da parede do duto.
203
1) Determinar (d/tn).
2) Determinar Rm usando a equação (19)
3) Determinar β usando a equação (18)
4) Determinar (σa)x usando a equação (17)
5) Se σx ≤ (σa)x o defeito é aceito
6) Se σx > (σa)x o defeito é reprovado
σx ≤ (σa)x (20)
Caso a tensão resultante na direção axial σx seja de compressão deve-se fazer também
uma verificação da flambagem local da parede do duto.
204
ser aplicados também a dutos “offshore” nos quais a pressão interna seja sempre maior que
a pressão externa.
205
ANEXO 9.2
1 - Critérios de Avaliação
(c) Para oleodutos - mossas com profundidade > 6 mm em dutos com diâmetro nominal φ 4
polegadas ou com profundidade > 6% do diâmetro nominal do duto para diâmetro
nominal > 4 polegadas (ver figura 1);
(d) Para gasodutos – mossas com profundidade > 6% do diâmetro nominal do duto (ver
figura 1);
Observações:
(1) Entende-se como remoção a substituição de trecho cilíndrico de tubo danificado por
trecho cilíndrico de tubo íntegro com pressão de projeto igual ou superior à do duto em
consideração.
(2) A profundidade de uma mossa deve ser medida como sendo a distância entre o ponto
mais baixo da mossa e o prolongamento do contorno do tubo (ver figura 3).
(3) Dutos sujeitos a um grande número de ciclos de carregamento podem vir a falhar em
mossas com profundidade > 2% (mesmo sem estarem associadas a outros defeitos).
Nestes casos deve ser conduzido um cálculo da vida residual à fadiga do duto por
especialista no assunto. A definição sobre a criticidade do duto em relação à vida útil à
fadiga deve ser avaliada conforme requisitos do item 9.5 deste Capítulo.
206
(4) Dutos submarinos podem requerer uma análise criteriosa do efeito da mossa na
flambagem devido à pressão externa. Neste caso deve-se seguir as recomendações do
item 9.8.
207
2 - Figuras
A título ilustrativo são mostradas neste Item figuras que podem ser de auxílio na
compreensão da geometria de mossas associadas ou não a outros defeitos, assim como na
medição da profundidade das mesmas.
208
H
209
ANEXO 9.3
1 - Nomenclatura
O valor médio da energia Charpy-V para as 3(três) regiões distintas da junta soldada devem
ser avaliadas, a saber : Metal de Base, Cordão de Solda e Zona Termicamente Afetada.
211
A qualificação de soldagem do duto contempla resultados tanto para as soldas longitudinais
quanto para as circunferenciais de fábrica ou de campo. Os valores a serem utilizados na
avaliação da descontinuidade dependem de sua localização.
820. CV − 1420
K mat = 1
+ 630
B 4
2c
2c
2a B B
a
d
212
A - Descontinuidades superficiais orientadas na direção longitudinal do duto
2.Pb '
σn = 1,2.M.Pm +
3.(1 − α´´)
2
1 − a
c2
B.MT
M= MT = 1 + 3,2.
1− a 2 .r.B
B
[ ( c )]
α´´= B
1+ B
p.R2o B 3 B 9 B
2 3
p.Ri
Pm = +p Pb = − +
B ( ). .
R 2o − Ri2 Ri 2 Ri
.
5 Ri
km = 1 + 3.e / B
a a c
Pm π 1 − + 2 sen
B B r
σn =
2.Pb '
+
a c a 3.(1 − α´´)
2
1 − π −
B r B
[ ( c )]
α´´= B
1+ B
p.Ri
Pm =
2B
km = 1 + 3.e / B
213
C - Descontinuidades internas orientadas na direção longitudinal do duto
d.α´´
Pb + 3.Pm.α´´+ [Pb + 3.Pm.α´´] + 9.Pm (1 − α´´) + 4
2 2 2
B
σn =
d.α´´
3(1 − α´´) + 4
2
B
2a
[ ( )]
α´´= B
1+ B
c
p.R2o B 3 B 9 B
2 3
p.Ri
Pm = +p Pb = 2 . − . + .
B ( )
R o − Ri2 Ri 2 Ri
5 Ri
km = 1 + 3.e / B
p.α´´
Pb + 3.Pm.α´´+ [Pb + 3.Pm.α´´] + 9.Pm (1 − α´´) + 4
2 2 2
B
σn =
p.α´´
3(1 − α´´) + 4
2
B
2a
[ ( )]
α´´= B
1+ B
c
p.Ri
Pm =
2B
km = 1 + 3.e / B
214
A equação para cálculo da razão de colapso é: SR = σn / Sf
A tensão Sf (sigma flow) pode ser definida como o valor médio entre a tensão de
escoamento e o limite de resistência do material, até o máximo de 1,2.Sy. Para valores
maiores que 1,2.Sy, utilizar este valor máximo.
Q = 30%.Sy
σmáx = km.Pm + Pb + Q
O fator de correção da curvatura do tubo deve ser calculado através da formulação abaixo.
215
1 − a
B.MT
M= para trincas superficiais orientadas na direção longitudinal
1− a
B
c2
MT = 1 + 3,2.
2 .r.B
B.2 – Fator de dimensão finita (fw) – correção em função das dimensões da descontinuidade
em relação às dimensões do tubo. Será considerado, para qualquer avaliação, um valor
para o fator f w = 1,0.
O valor de Mm deve ser obtido através da figura M.4a do documento BS-7910 para
descontinuidades superficiais e figura M.8 do documento BS-7910 para descontinuidades
internas (embedded flaws).
216
C – Fator de intensificação de tensões.
KI = ( Y.σ). π.a
D – Determinação da relação K R
KI
KR =
K mat
2c
B
a
Trinca superficial
(surface flaw).
Dimensões : B, a, 2c
217
3,0
a / 2c = 0
2,5 a / 2c = 0,05
2,0
a / 2c = 0,10
0,15
1,5
Mm
0,20
0,25
0,30
1,0 0,35
0,40
0,45
0,50
0,5
0,0
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9
a/B
2c
2a B
d
Trinca interna
(embedded flaw).
Dimensões : B, 2a, 2c, d
218
2,5
2a / 2c = 0
2,0 0,10
0,20
1,5 0,30
0,40
Mm
0,50
0,60
1,0 0,70
0,80
0,90
1,00
0,5
0,0
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9
2a / (2a + 2d)
219
2.6 – Diagrama FAD - NÍVEL 1
O diagrama FAD - Nível 1, possui limites máximos para os valores de SR e KR . Para este
nível de avaliação, não são necessários fatores de segurança adicionais.
1.2
FAD - Nível 1
1.0
0.8
KR 0.6
0.4
0.2
0.0
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
SR
220
3 - Critérios para a Avaliação de Descontinuidades Volumétricas
Em alguns casos, descontinuidades com característica planar podem ser avaliadas como
volumétricas:
• Inclusões de escória;
• Mordeduras;
• Concavidades.
Para que seja possível utilizar os critérios dimensionais estabelecidos neste item, as
propriedades do material do duto devem obedecer aos limites apresentados na tabela 1.
Para materiais que não obedeçam aos limites definidos pela tabela 1, é exigido que a
tenacidade à fratura seja superior a 1250,0 N/mm3/2. Para materiais com tenacidade
inferiores a este valor, as descontinuidades devem ser avaliadas como planares.
221
Tabela 2 – Limites para inclusões de escória e porosidade
Porosidade
Inclusões de Escória Percentagem da área projetada Diâmetro de poro isolado
na radiografia [%]
Sem limite no comprimento;
máxima altura ou largura 5 B / 4 ou 6,0 mm, o que for
permitida: 3,0 mm. menor.
Fonte : BS-7910 – Item 7.5.3.1
Para o caso de mordeduras, onde é possível afirmar que não existem outras
descontinuidades planares associadas na região da solda, o critério de aceitação da
profundidade máxima da mordedura é: 1,0 mm ou 10% da espessura do tubo, o que for
menor. Este critério somente pode ser utilizado se o material do tubo atende aos requisitos
da tabela 1.
222
Junta soldada
longitudinal
Lw
Lw s
Lw s
Para a aceitação da dupla-laminação no metal base do tubo, devem ser obedecidos todos
os seguintes critérios:
- A distância entre os limites da dupla-laminação e as soldas circunferencial ou
longitudinal, Lw deverá ser maior que 25,4 mm ou duas vezes a espessura do tubo (2B),
o que for maior;
- O diâmetro característico da dupla-laminação, ddl deverá ser inferior a 50,8 mm;
- Os carregamentos predominantes são pressão interna e/ou pressão externa;
- O duto não está submetido a serviços cíclicos severos.
223
C
L
ddl(1)
Ldl
d dl(2)
224
ANEXO 9.4
Esta verificação é necessária, desde que dutos com variações expressivas de pressão
durante a operação possam ter sua vida útil reduzida em função destes carregamentos.
Diversos dutos são originalmente projetados sem verificações relacionadas ao
carregamento cíclico e limites operacionais.
Considera-se adequado a ocorrência de 1 (um) ciclo por dia, ao longo de 40 anos de vida
útil, totalizando 15.000 ciclos de variação de pressão equivalente a 125,0 MPa atuante na
direção circunferencial do duto.
225
Para variações de tensão atuante diferente deste valor, deve-se utilizar um fator de correção
para a contagem dos ciclos de operação, conforme tabela 1.
Para dutos que possuam este tipo de dano e com possibilidade de propagação em serviço
de descontinuidades devem ser registradas todos as variáveis operacionais importantes,
permitindo uma posterior avaliação da vida útil da estrutura. Considera-se que dutos com
vida estimada inferiores há 20 anos, segundo esta metodologia, devem ser totalmente
monitorados e devem ser considerados sujeitos a variações significativas de pressão.
226
ANEXO 9.5
• Identificar os dutos ou seções de dutos que são revestidos com fita de polietileno, já que
este é o revestimento que corresponde ao maior número de falhas associadas à
corrosão sob tensão;
• Realizar medições de tensões totais (atuantes e residuais) nos tubos expostos pelas
escavações realizadas;
• Se realizado um teste hidrostático no duto, como providência para prolongar a vida útil
da estrutura, as condições de teste devem ser avaliadas em função das características
do duto, principalmente nas regiões críticas e mais suscetíveis ao mecanismo de dano.
227
ANEXO 9.6
1 - Recomendações
D - Seções do duto, mesmo que sem desvios relevantes do traçado original, que estejam
localizados entre pontos fixos favorecendo a restrição térmica devem ser avaliados;
G - Para dutos que apresentem regiões críticas ou com possibilidade futura de acúmulo de
deflexões devem ser registradas todas as variáveis operacionais relevantes, tais como
temperaturas e pressões.
228
ANEXO 9.7
1 – Nomenclatura:
2 – Critério de Avaliação
Para uma avaliação expedita do risco de colapso de um duto com mossa, deve-se comparar
a pressão necessária para o colapso local, calculada de acordo com a formulação analítica
da norma DNV-2000 – OS-F101 Submarine Pipeline Systems e a pressão externa máxima
possível de ocorrer.
229
Onde :
pel = 2.E.(t / D)3 / (1 - ν2)
pp = 2.Sy.αfab.t / D
fo = (Dmax – Dmin) / D
pe ≤ pc / 1,65
Dmax
Dmin
Para dutos que não atendam a este critério de cálculo, deverá ser realizada uma
avaliação específica utilizando-se ferramentas numéricas e as formulações internas
da PETROBRAS.
230
ANEXO 9.8
1 - Recomendações
Recomenda-se que dutos instalados em regiões com risco geológico e geotécnico sejam
inspecionados com os seguintes objetivos:
B- Determinar o traçado atual do duto comparando, quando possível, com o traçado inicial
por ocasião da instalação;
231
A ocorrência de “flambagem local” deve ser objeto de avaliação específica, utilizando-se
metodologias e ferramentas de cálculo que permitam concluir sobre os limites de
deformação da seção analisada;
232
10 – REPARO DE CONTINGÊNCIA
10.1 - Objetivo
É indicada para substituição de trecho defeituoso quando o dano é maior que o diâmetro
nominal do duto, mesmo com ovalizações maiores que as aceitas por norma.
a) VANTAGENS
É um serviço realizado a frio; permite testar a estanqueidade do reparo sem pressurizar o
duto; absorve desalinhamentos de até 14o com spool reto; permite o retorno imediato à
operação após o reparo; permite passagem de pig, reparos submarinos podem ser
realizados em até 300 metros de profundidade, com traje atmosférico podem ser realizados
233
em até 800 metros de profundidade. A PETROBRAS possui dutos em que o reparo por
conector mecânico opera há mais de cinco anos.
b) DESVANTAGENS
Custo elevado; exige o corte do duto; não é normalizado para dutos terrestres; necessita
mão de obra especializada; requer cuidados especiais durante armazenamento; para
diâmetros acima de 26”, dado o peso elevado, é exigida uma análise mais apurada para a
aplicação; precisa ter diâmetro compatível com o do duto.
c) ESTRUTURA REQUERIDA
Complexa, com necessidade de mão-de-obra especializada e recursos para realizar
continuamente a preservação dos componentes e manutenção do ferramental. Dada a
complexidade do armazenamento e especialização da equipe, sugere-se capacitar o Grupo
de Reparo Submarino para atender a todo o sistema PETROBRAS em termos de
componentes, ferramental e mão-de-obra de execução.
É utilizada quando a dimensão do defeito na direção longitudinal do duto é menor que 150
mm, afim de permitir o emprego de braçadeiras padrão. Não se aplica quando há ovalização
do duto.
a) VANTAGENS
Fácil instalação; baixo custo; retorno imediato à operação após o reparo; permite verificar a
estanqueidade do reparo, é prevista nas normas de projeto, operação e manutenção de
dutos.
b) DESVANTAGENS
Grandes diâmetros acarretam pesos elevados, que dificultam a instalação; requerem
cuidados especiais para preservação do sistema de vedação.
c) CUIDADOS
Se for utilizada vedação de Viton, se aplica a uma grande diversidade de produtos. Na
instalação, devem ser utilizados tensionadores hidráulicos. Deve ser verificada a
necessidade de acessórios de ancoragem.
d) INFRAESTRUTURA REQUERIDA
234
Centralizada. Dada a complexidade do armazenamento e especialização da equipe, sugere-
se capacitar o Grupo de Reparo Submarino para atender a todo o sistema PETROBRAS em
termos de componentes, ferramental e mão-de-obra de execução.
a) VANTAGENS
Aplicação a frio; adequada para reparos em locais de difícil acesso por não requerer
veículos nem equipamentos; baixo custo; aplicável a trechos curvos; é adequada para
aplicação submarina (sistemas com cura a água). É prevista nas normas de projeto,
operação e manutenção de dutos.
b) DESVANTAGENS
A bandagem pré-curada requer luvas, macacão e máscara adequados. Seu comportamento
em longo prazo ainda não é conhecido.
c) CUIDADOS
Qualificação prévia dos aplicadores. A qualidade final do reparo é muito dependente do
procedimento de aplicação, que deve contemplar preparo e limpeza da superfície,
sobreposição da bandagem etc Recomenda-se aplicar o reparo com a mínima pressão
possível no duto.
d) LOGÍSTICA
O armazenamento do material requer cuidados como a mudança de posição periódica das
bandagens. Por isso, deve ser centralizado. Já a mão-de-obra pode ser qualificada
localmente sob a supervisão do fabricante.
As duplas calhas podem ser estanques (com as extremidades soldadas ao tubo) ou não
estanques (não soldadas nas extremidades). As estanques são recomendadas para defeitos
com possibilidade de vazamento. Elas podem ainda ser com interferência ou sem
235
interferência. São aplicáveis a defeitos de qualquer dimensão. O limite de comprimento
dessas calhas é ditado apenas pelas dificuldades de fabricação e instalação.
a) VANTAGENS
Adequado para todos os defeitos, incluindo defeitos com vazamento. São normalizadas, o
que permite sua aplicação como reparo definitivo.
b) DESVANTAGENS
Não recomendada para dutos submarinos em lâminas d’água acima de 20m, devido à
dificuldade na soldagem molhada, exigindo soldagem hiperbárica. Requer o transporte de
peças/equipamentos grandes e pesados, o que dificulta sua aplicação em locais de difícil
acesso. Demanda razoável tempo de preparação, devido a necessidade de projeto,
conformação etc.
c) CUIDADOS
Deve ser conformado de modo a não deixar folgas entre o tubo e as calhas. Calhas com
estanqueidade devem ser fabricadas. Requerem projeto específico, contemplando a
redução de pressão e o pré-tensionamento a ser aplicado durante a execução do reparo, e
respeitando a norma do duto. Requerem qualificação prévia do procedimento de soldagem e
do soldador. A operação de soldagem deve respeitar a norma N-2163, mesmo quando
utilizada mata-junta.
É indicada para remover regiões pequenas com baixa espessura ou trincas profundas que
não podem ser eliminadas por esmerilhamento.
a) VANTAGENS
Pode ser feita sem interrupção da operação.
b) DESVANTAGENS
Requer procedimento de soldagem e soldador qualificados, além de atendimento à norma
N-2163.
236
10.2.6 – Esmerilhamento
É a solução mais indicada para as tricas superficiais, sendo também indicada para
arrancamento de material, com o objetivo de eliminar cantos vivos. O esmerilhador deve ser
treinado e a operação deve ser acompanhada por método adequado de medição de
espessura. No caso de trinca, um método de inspeção adequado deve ser adotado para
acompanhar sua eliminação.
a) VANTAGENS
Requer poucos recursos (equipamento e pessoal).
b) CUIDADOS
O acompanhamento da espessura remanescente deve ser rigoroso.
É indicado apenas para pequenas áreas com baixa espessura. Requer procedimento de
soldagem e soldador qualificado, além de atendimento à norma N-2163.
São indicados para reparar defeitos inaceitáveis de grandes extensões, trechos do duto com
grande concentração de defeitos ou para eliminar defeitos em regiões de difícil acesso, que
não permitiria a execução de outras alternativas de reparo.
a) VANTAGEM
Permite reconstituir a condição de projeto do duto.
b) DESVANTAGENS
Requer paralisação da operação, limpeza e inertização do trecho.
OBSERVAÇÕES GERAIS
237
Em princípio, trincas devem ser removidas por esmerilhamento, antes de serem submetidas
a qualquer técnica de reparo, cuidando-se para que a redução de espessura seja a mínima
necessária.
Por razões de segurança e também para aumentar a efetividade dos reparos, recomenda-se
efetuar os reparos com a menor pressão possível no duto.
Ao solicitar um reparo, as seguintes Informações devem ser fornecidas pelo usuário do duto:
descrição do local, condição de acesso, diâmetro nominal, produto, material do duto,
espessura, pressão de operação no ponto, temperatura, estado geral do dano e tipo de
revestimento.
Reparos em dutos submarinos em catenária, tais como risers, que introduzam restrição à
vida em fadiga, devem analisados previamente por profissional qualificado.
238
REPAROS PRESERVAÇÃO MÃO DE OBRA APLICAÇÃO Observações
(defeitos sem
vazamentos)
CONECTORES Complexa Especializada Qualquer defeito Previsto nas normas DNV OS-101
em trecho reto e DNV OS-104
REPARO COM Simples Qualificado Qualquer (submerso e Previsto na norma ASME B 31.4
MATERIAL emerso).
COMPOSTO Em trechos retos e
curvos
DUPLA CALHA Simples Qualificado Qualquer (emerso e Previsto nas normas ASME B
SOLDADA submerso até 30m) 31.4 e 31.8
Em trechos retos
239
11 – TESTE HIDROSTÁTICO
11.1 - Objetivo
a) Dutos que tenham permanecido por mais de 5 anos inoperantes, e que tenham
necessidade de operar novamente;
b) Dutos que estejam operando há mais de 5 anos (sem teste), em um determinado nível
de pressão, e que necessitem operar a pressões 25% ou mais acima do nível atual,
porém ainda inferior ou igual ao valor qualificado pelo último teste realizado. Para
requalificação, por aumento de pressão de gasodutos, o teste hidrostático pode ser
substituído pelos requisitos definidos no item 6.5.7.2 da N-2246.
c) Dutos inoperantes, mesmo para períodos inferiores a 5 anos, que não possuam um
critério adequado de hibernação;
240
d) Dutos operando há mais de 25 anos, sem execução de teste hidrostático.
O teste hidrostático pode também ser aplicado a outros trechos ou dutos em situações
especiais, a critério da Atividade/Responsável pela sua integridade.
O teste hidrostático habilita o duto para operar a uma pressão interna inferior à pressão de
teste dividida pelo fator de projeto. Este valor é definido como PMAO.
A garantia do TH é puramente mecânica, porém pequenos defeitos podem vir a falhar logo
após sua execução por não ter sido estancado o processo corrosivo. Isto reforça a
necessidade de associação do TH a um sistema de controle do processo corrosivo interno
e/ou externo.
- 1,5 vez a pressão máxima admissível de operação, para a classe de pressão dos
acessórios instalados, válvulas e flanges, conforme as normas ASME B16.5 e API std-6D.
241
NOTA:
Caso a tensão na parede em algum ponto do duto ultrapasse 90% do SMYS, evitar ciclar
mais que duas vezes a pressão de teste hidrostático, evitar manter o duto pressurizado na
pressão de teste por tempo superior a duas vezes o estabelecido no procedimento de teste
e empregar um ou mais dos seguintes cuidados adicionais propostos a seguir:
A pressão do teste hidrostático em qualquer ponto do duto deve ser calculada de maneira a
garantir que o duto esteja sendo solicitado a uma pressão superior à mínima estabelecida
pelas normas de projeto específicas e definidas nos procedimentos de teste para cada uma
das condições:
242
Figura 1 - Representação esquemática de pressões em dutos, baseado na BS 8010, parte 2.
Face às inúmeras variáveis envolvidas, não é possível, na maioria dos dutos, determinar
precisamente o perfil de pressão máxima de operação ao longo do mesmo sem o uso de
software apropriado.
Alem disso, temos ainda as flutuações de pressão em regimes transitórios, oriundos, por
exemplo, de queda do sistema de bombeamento (desligamento ou falta de energia),
bloqueios indevidos do duto com ou sem abertura de PSV’s, fechamento de coluna na
243
partida (para dutos, com altura estática elevada e que operam em meia cana - sem controle
de pressão na chegada), que devem ser considerados na determinação da pressão máxima
que pode ser desenvolvida no duto.
A pressão de teste deve ser objeto de um cálculo específico que considere todos os
possíveis modos de falha e o prazo determinado para a reabilitação. A pressão de teste
ultrapassa o limite de escoamento do material e assim outros danos podem ser introduzidos
no duto.
244
ANEXO 11.1
1 Objetivo
1.1 Este procedimento fixa as condições exigíveis para a execução de teste hidrostático de
dutos ou trechos de dutos terrestres novos.
1.4 Este procedimento se aplica somente a testes hidrostáticos realizados a partir da data
de sua edição.
2 Documentos Complemetares
2.1 Norma-Base
245
3 Condições Gerais
3.1 Após a conclusão da lavagem e passagem do pig de enchimento deve ser efetuado o
teste hidrostático para a detecção de eventuais defeitos e para alívio das tensões
mecânicas.
3.2 A pressão mínima de teste deve ser estabelecida de acordo com as normas ASME
B31.4 para oleodutos e ASME B 31.8 para gasodutos.
3.3 A pressão de teste não deve ser superior àquela que produz na tubulação uma tensão
circunferencial superior à tensão mínima de escoamento especificada na norma de
fabricação do tubo.
a) Balança de peso morto ou instrumento equivalente com resolução de 0,1 kgf/cm2 (9,8
kPa);
b) Registrador contínuo de pressão que forneça um registro permanente em função do
tempo;
c) Manômetros com resolução máxima de 5 kgf/cm2 (490,33 kPa) e range que permita
leituras no terço médio da escala;
d) Registrador contínuo de temperatura que forneça um registro permanente em função do
tempo, sendo colocado em contato direto com o duto em trecho enterrado;
e) Termômetro de leitura direta para determinação da temperatura ambiente.
3.5 Um plano de teste hidrostático deve ser preparado previamente ao início dos trabalhos
de montagem da tubulação, a fim de se determinar, em tempo hábil, os pontos de divisão da
246
linha, a pressão de teste de cada trecho, os pontos de captação e descarte de água e os
resultados de análise da água a ser utilizada, conforme o item 2.5 do API-RP-1110.
3.6 Um procedimento de teste hidrostático deve ser preparado previamente ao início dos
trabalhos e atender ao item 2.6 do API-RP-1110, além das seguintes recomendações:
a) Toda a extensão da linha a ser testada deve estar completamente cheia de água e com
a cobertura executada;
b) As pressões de teste em qualquer ponto do trecho testado devem estar limitadas aos
valores máximo e mínimo indicados no projeto;
c) A linha deve permanecer cheia de água por, no mínimo, 24 horas antes do início do
teste; a pressão deve ser de 50% da pressão de teste;
d) A pressão deve ser elevada de forma moderada e a uma taxa constante até atingir a
100% da pressão de teste e mantida durante uma hora;
e) Em seguida, deve ser escoada a quantidade de água necessária para que a pressão
atinja 50% da pressão de teste;
f) A pressão deve ser novamente elevada de forma moderada e a taxa constante até
atingir 70% da pressão de teste; a partir deste ponto o bombeamento deve evitar
grandes variações de pressão, garantindo que incrementos de 1 kg/cm2 (98,06 kPa)
sejam perfeitamente lidos e anotados; o incremento deve ser dado com intervalo mínimo
de 3 minutos, até atingir novamente 100% da pressão de teste;
g) Observar então um período mínimo de 3 horas para estabilização da pressão;
h) Começar a contagem de tempo, recuperando a pressão quando esta cair 0,5% da
pressão de teste; limitando a repetição desse procedimento a 24 horas de linha
pressurizada ou 02 (duas) recuperações; adotando-se o que resultar maior tempo de
teste;
i) A linha será aprovada quando em 24 horas a pressão não cair abaixo de 99,5% da
pressão de teste;
j) Em situações onde haja risco de se ultrapassar a "máxima pressão de teste" indicada
pelo projeto, devido à recuperação de pressão por efeito de temperatura, deve-se reduzir
a pressão de teste para no máximo 96% da "máxima pressão de teste";
k) Preferencialmente, a pressão de teste deve ser atingida nas horas mais quentes do dia,
de forma a se evitar sobrepressões na tubulação, devido à elevação da temperatura.
247
3.6.1 Devem ser instaladas câmaras de recebimento de pig e linhas de descarte de água
nas extremidades de cada trecho, de maneira a minimizar eventuais danos ao meio
ambiente durante o escoamento.
3.7 Os trechos de travessias de rios e lagos que forem objeto de projetos específicos,
devem receber o teste hidrostático simplificado antes e após o seu lançamento, conforme
abaixo:
a) Pressurizar o trecho, com as juntas sem revestimento, durante 02 (duas) horas, com a
pressão máxima de teste;
b) Realizar inspeção visual para detectar vazamentos.
3.7.2 Após o lançamento, o trecho deve ser percorrido por pig calibrador, conforme
definido no item 4.1.6.
3.7.3 A água utilizada para o teste dos trechos citados no item 6.7 deve ser totalmente
removida imediatamente após a execução do teste.
248
CONDICIONAMENTO DE OLEODUTOS
3.9.1 O selo de água deve ser realizado após a montagem completa do oleoduto, incluindo
lançadores, recebedores, válvulas e demais complementos.
3.9.2 Durante a formação do selo, o bombeamento não pode ser interrompido, para evitar
a formação de bolsões de ar.
3.9.3 O selo de água deve abranger toda a extensão do duto e estar isento de bolsões de ar.
3.10.1 O oleoduto será considerado em condição de entrega quando o selo d’água atender
ao item 7.1.
CONDICIONAMENTO DE GASODUTOS
249
3.11.4 Na operação de esvaziamento deverá ser utilizado preferencialmente pig-espuma de
baixa densidade (28 a 33 Kgf/m3).
3.12.4 Durante a pré-secagem, a velocidade de deslocamento dos pigs deve ser mantida
entre 0,2 a 1,0 m/s.
3.13.2 Considera-se limpeza final a retirada de óxidos, areia e resíduos metálicos, realizada
durante a operação de secagem.
250
3.13.3 Nas operações de secagem e limpeza deverão ser utilizados dispositivos provisórios
de lançamento e recebimento de pigs, compostos de válvulas de bloqueio e tampões de
fecho rápido, dimensionados de acordo com as pressões máximas de trabalho.
3.13.5 A secagem deverá ser executada com pigs-espuma de baixa densidade. Os locais
de montagem de unidade de secagem e os pontos de recebimento de pigs deverão ser
preferencialmente os pontos de montagem das válvulas de bloqueio, devendo também ser
considerados os seguintes dados:
3.13.8 A operação de passagem das baterias de pigs será considerada satisfatória quando
os pigs-escova chegarem ao local de recebimento íntegro e com as escovas não saturadas
de material aderido.
3.13.9 Após a passagem dos pigs-escova, deverão ser passadas baterias de pigs-espuma
de baixa densidade. A operação de limpeza será considerada satisfatória quando a seção
transversal do pig revelar uma profundidade de espuma impregnada com sujeira menor ou
igual a uma polegada.
251
3.13.10 Para complementação da limpeza, deverão ser passados no mínimo duas baterias,
constituídas de pigs-espuma e pigs magnéticos.
3.13.14 A medição do ponto de orvalho deve ser feita com instrumento calibrado.
A soldagem dos “tie-ins” entre as seções definidas no plano de teste deverá ser
executada após a conclusão da secagem. O passe de raiz dos tie-ins deve ser
executado pelo processo TIG, para evitar a introdução de resíduos no duto.
3.14.1 Com o objetivo de evitar a retenção de umidade no sistema, não deve ser utilizada
graxa na montagem de flanges, válvulas, recebedores e lançadores.
3.14.2 Após o teste das válvulas no canteiro, estas devem ser submetidas à sopragem com
ar, de forma a garantir a retirada de toda a água do corpo e do dreno das válvulas, incluindo
as tubulações de bypass e vents.
252
3.14.3 Os lançadores, recebedores e as respectivas tubulações de interligação às unidades
deverão ser limpas e secadas, com o mesmo critério de aceitação do gasoduto.
3.16 Segurança
3.16.5 Mangueiras de alta pressão devem ser ancoradas em toda sua extensão.
3.16.6 Tubulações provisórias de descarte de água ou ar devem ser ancoradas em toda sua
extensão, de maneira a suportar os esforços gerados pelo fluxo.
253
3.16.7 As válvulas do sistema de enchimento da tubulação não devem ser fechadas
instantaneamente, a fim de se evitar efeitos dinâmicos oriundos de Golpe de Aríete.
4.17.1 A captação de água deve ser feita de modo a não alterar as características originais
do local.
4.17.4 Deve ser analisado o impacto ambiental causado pelos volumes de água captada e
descartado.
4.17.5 A energia da água de descarte deve ser dissipada por meio de instalação de difusor
na tubulação de descarte ou outro meio que impeça a erosão do terreno.
4.17.6 No local de descarte da água, deve ser construído um fosso, com fundo forrado em
pedras de mão, de modo a garantir a decantação dos resíduos sólidos existentes na água
antes de sua reintegração ao meio ambiente.
254
ANEXO 11.2
(PROCEDIMENTO)
1 Objetivo
1.1 Este procedimento fixa as condições exigíveis para a execução de teste hidrostático de
dutos ou trechos de dutos terrestres existentes.
1.4 Este procedimento se aplica somente a testes hidrostáticos realizados a partir da data
de sua edição.
2 Documentos Complemetares
2.1 Norma-Base
255
3 Condições Gerais
3.1 . As condições exigíveis para execução do teste hidrostático e os valores limites para a
pressão de teste, deverão atender ao item 5.8 da N-2098.
4 Condições Específicas
4.1.1 Equipamentos:
c) Tanque portátil para armazenamento de água para teste (pressurização), com controle
de nível;
e) Tubos, válvulas, juntas, gaxetas e outros componentes sobressalentes para troca dos
que possam falhar durante o teste;
256
g) Equipamentos de comunicação adequados à coordenação das atividades do teste.
4.1.2 Instrumentos:
a) Balança de peso morto ou instrumento equivalente com resolução de 0,1 kgf/cm² (9,8
kPa);
c) Manômetros com resolução máxima de 5 kgf/cm² (490,33 kPa) com leituras feitas no
terço médio da escala;
NOTAS:
1) Todos os instrumentos deverão possuir certificado de calibração emitido por laboratório
da Rede Brasileira de Calibração (RBC) ou por instituto equivalente no exterior, e deverão
atender aos prazos de validade do respectivo certificado.
2) A balança de peso morto deve possuir fórmula de correção da altitude de calibração para
a altitude de execução do teste.
257
4.2 Plano de Teste
258
j) Critério de aceitação para o teste de resistência e de estanqueidade.
259
injetada nas duas extremidades do trecho em teste. Em trechos maiores que 10km instalar
termômetros de contato para medição de temperatura do solo a cada 10km, no mínimo,
para permitir avaliação mais precisa do efeito da expansão térmica.
4.3.3.3 A bomba de grande volume deve ser dimensionada para que os pigs percorram o
duto a uma velocidade que minimizem a possibilidade de introduzir ar ou outra mistura
compressível atrás dos pigs de enchimento. Sugere-se como ponto de partida uma
velocidade de 0,9 a 1,3 m/s. É fundamental também controlar a contrapressão na
extremidade do duto, pois, a medida que o pig vence pontos altos do perfil, se não houver
um controle de pressão adequado, o pig acelera e permite a passagem de ar ou gás atrás
do mesmo.
260
4.3.4 Procedimento de Pressurização
4.3.4.1 Após o completo enchimento e iniciada a pressurização deve ser plotado o gráfico P
x V iniciando na pressão estática até a pressão definida no item 5.3.4.2. A verificação do
volume de ar residual contido no duto deve seguir o procedimento definido no item 5.3.4.4;
4.3.4.2 O oleoduto, ou trecho, deve ser mantido pressurizado por no mínimo, 12 horas antes
do início do teste, a uma pressão, no ponto de teste, correspondente a 50% da mínima
pressão de teste (ver item 3.3). Neste período, a pressão e temperatura devem ser
constantemente monitoradas e registradas. Espera-se, ao final deste, uma estabilização da
temperatura da água utilizada no enchimento do oleoduto ou trecho e, conseqüentemente,
da pressão;
4.3.4.3 A pressão deve ser então elevada, de forma moderada e à taxa constante até atingir
a uma pressão, no ponto de teste, correspondente a 70% da mínima pressão de teste. A
partir deste instante, o bombeamento deve evitar grandes variações de pressão, garantindo
que incrementos de 1Kg/cm² (98,06 kPa) sejam perfeitamente lidos e anotados; o
incremento deve ser dado com intervalo mínimo de 3 minutos, até atingir a 100% da pressão
de teste. O volume de água injetado deve ser medido e anotado em um gráfico pressão x
volume;
Onde:
∆Var = volume de ar residual determinado graficamente (litros)
∆Vi = volume inicial (litros);
261
Figura 1 - Medição gráfica do volume de ar residual
4.3.4.4 Aferir a pressão de teste, efetuando-se os ajustes finos necessários pela Balança de
Peso Morto, até a pressão atingir, com precisão, 100% da pressão de teste;
4.3.4.5 Atingida a pressão de teste, observar então um período mínimo de 30 minutos para
estabilização do oleoduto ou trecho e verificações de eventuais vazamentos;
4.3.4.6 Havendo queda de pressão, retornar a mesma para 100% da pressão de teste e
iniciar a contagem de tempo;
4.3.4.7 O duto ou trecho será considerado aprovado, se no período de 4 horas não houver
queda de pressão equivalente a 0,5% da máxima pressão de teste (ver exceção no item
5.3.5) e não for observado qualquer indício de vazamento. Se não houver possibilidade de
inspecionar visualmente o oleoduto e seus componentes quanto a eventuais vazamentos, o
período de teste deve ser aumentado para 8 horas. Entretanto, nas últimas 4 horas, a
pressão de teste deve ser reduzida de um valor equivalente à redução de 12% da máxima
pressão de teste.
Nota: O controle de pressão deve ser feito no ponto de teste, fazendo-se as devidas
correlações entre a pressão de teste com a mínima pressão de teste e a máxima
pressão de teste.
262
4.3.5 Critério de Aceitação – Correção para o Efeito da Variação da Temperatura
4.3.5.1 Variações de pressão superiores ao limite de 0,5% devem ser comparadas com a
variação de temperatura considerando a fórmula a seguir, extraída da norma BS 8010-2;
neste caso o valor calculado deve ser multiplicado à variação de temperatura durante o teste
e o resultado comparado com a variação de pressão observada; caso o valor calculado seja
superior ao valor verificado o teste será considerado aprovado.
∆P = (264.7*Tf)/((D/t)+100)
4.3.5.2 Caso pequenos vazamentos não possam ser estancados e seja possível sua
quantificação, o teste de resistência será considerado aprovado se a queda de pressão
atender a correlação teórica de variação de pressão com o incremento ou retirada de
volume de água. Esta correlação é dada pela fórmula a seguir, extraída da BS 8010-2.
263
∆V/∆P = V*(0,044*(D/t) + 4,5)*10-5
5 Recomendações de Segurança
5.1 O teste hidrostático deve ser desenvolvido preferencialmente durante a luz do dia para
facilitar possível identificação de vazamento, para assegurar a integridade física dos
técnicos envolvidos no teste devido à extensão a ser percorrida, e pela facilidade de
mobilização de recursos para solução de eventuais problemas.
5.3 Todo pessoal envolvido no teste deve estar utilizando equipamentos de proteção
individual adequados.
5.4 Deve ser provido um sistema eficiente de comunicação para todos os envolvidos no
teste nos pontos de patrulhamento e central de controle do teste.
A certificação final do teste hidrostático será concluída com a entrega, por parte da
executante do ensaio, dos registros de pressão nos pontos de monitoração, da carta dos
registros de pressão devidamente assinada por profissional habilitado na entidade de classe
regional, e do relatório de teste aprovado pela fiscalização da PETROBRAS contendo todo o
procedimento de teste e os resultados obtidos.
264
ANEXO 11.3
1 - Objetivo
1.2. Este procedimento se aplica a teste de dutos novos para averiguação de resistência
mecânica e estanqueidade após a construção.
2 - Normas de Referência
265
3 - Especificação do Teste Hidrostático
a) Descrição do duto;
b) Operações de preparação para o teste;
c) Requisitos de equipamentos;
d) Especificação da pressão e duração do teste;
e) Critério de aceitação para o teste de resistência e de estanqueidade;
f) Condição de entrega;
g) Procedimentos que devem ser preparados e qualificados.
O duto deverá ser descrito segundo a Folha de Alinhamento e a Folha de Dados, conforme
modelo incluído no Anexo 11.3.1.
Deverá ser executada inspeção para a identificação de vãos livres os quais deverão ser
corrigidos, antes do Teste Hidrostático, se acima do máximo comprimento admissível.
266
b.1.1) Diâmetro da Placa Calibradora
Onde:
Dp = diâmetro da placa (polegada);
DE = diâmetro externo do tubo (polegada);
e = espessura nominal de parede do tubo ou da conexão, o que for maior (polegada);
K = tolerância da espessura, conforme Tabela 1.
267
Tabela 1 - Tolerância da Espessura de Parede – K
Diâmetro Nominal Processo de Grau do Aço (API 5L)
do Duto Fabricação B X42 a X70
< 2" com/sem costura 0,20 0,15
2" a 18" com/sem costura 0,15 0,15
≥ 20" com costura 0,18 0,20
≥ 20" sem costura 0,15 0,18
Para dutos onde a expansão térmica possa acarretar flambagem lateral ou flambagem
vertical deverá ser realizada inspeção com pig geométrico para definir corretamente a
geometria pós-lançada do duto. O critério de aceitação de defeitos para pigs geométricos
deverá ser de acordo com normalização PETROBRAS e de acordo com critério de
irregularidade de construção definido por análise estrutural.
268
durante o teste de pressão. O seguinte equipamento deve ser requerido para um teste
hidrostático:
a) Bomba de alto volume para encher a linha garantindo pressão adequada para vencer a
contrapressão e manter velocidade suficiente para manter os pigs de enchimento em
movimento, garantir fluxo turbulento e minimizar interfaces;
b) Bomba de injeção que para injeção de biocida, inibidor de corrosão, corantes para
identificação de vazamentos, e outros componentes químicos, se necessários, no
segmento de teste;
g) Válvula de alívio, a ser incluída para prevenir pressurização acima do admissível durante
as operações de pressurização e teste;
h) Tanque, onde o meio de teste excedente seja descartado, e/ou para drenagem de
volume de pressurização excessivo;
i) Sensor de pressão com monitor com limites nos quais a pressão de teste esteja incluída
e subdivisões de escala adequadas para a indicação da pressão de teste,
269
l) Registrador de pressão contínuo que forneça um registro gráfico permanente em função
do tempo;
m) Sensor de temperatura com monitor com limites nos quais a temperatura estimada para
teste esteja incluída, e subdivisões de escala adequadas para a indicação da variação
da temperatura de teste.
v) Tubos, válvulas, juntas, gaxetas e outros componentes sobressalentes para troca dos
que possam falhar durante o teste.
270
OS SEGUINTES REQUISITOS DEVEM SER APLICADOS PARA INSTRUMENTOS E
EQUIPAMENTOS DE TESTE:
c) As balanças de peso morto devem ter um ‘range’ mínimo de 1.25 vezes a pressão de
teste especificada e deve ter uma acurácia melhor do que +/- 0.1 bar e uma resolução
melhor do que 0.05 bar;
d) O volume de água somada ou subtraída durante o teste de pressão deve ser medida
com uma acurácia melhor do que +/- 1% e uma resolução melhor do que 0.1%;
271
3.5 - Especificação da Pressão e Duração do Teste
3.5.1- A pressão de teste deverá ser deverá ser no mínimo 15% acima da pressão
incidental, ou 25% acima da pressão de projeto, considerando a maior entre as duas.
3.5.2- O tempo de duração do teste hidrostático deverá ser de, no mínimo, 24 horas, para
dutos novos, após a estabilização da pressão de teste.
3.5.3- A máxima tensão combinada existente para a pressão de teste, limitada pela tensão
máxima admissível normalizada, deverá ser avaliada para toda a extensão do duto,
considerando a condição de suportação do duto no solo marinho. Correções de vão livres ou
de perfil de solo deverão ser realizadas caso a tensão combinada exceda a admissível.
3.5.4- Todos os acessórios do duto (válvulas, flanges, etc) deverão ser verificados limitando-
se a pressão de teste à 1.5 vezes a classe de pressão admissível para o acessório.
3.6.1- Se a pressão não cair mais que 0,5% da pressão de teste durante tempo de patamar,
e após uma única eventual recuperação da pressão o duto em teste será considerado
aprovado.
3.6.2- Variações de pressão superiores ao limite de 0,5% devem ser comparadas com a
variação de temperatura considerando a fórmula a seguir. Neste caso o valor calculado deve
ser multiplicado à variação de temperatura durante o teste e o resultado comparado com a
variação de pressão observada, caso o valor calculado seja inferior ao valor verificado o
teste será considerado aprovado.
∆P = (t E (B – 2 A))/(D (1 - Y^2) + t E C)
Onde :
∆ P é a variação incremental de pressão [bar/°C];
272
t é a espessura nominal de parede do duto [m];
E é o módulo de elasticidade do material [bar];
B é o coeficiente de expansão da água [1/°C ];
A é o coeficiente de expansão do material do duto [1/°C ];
D é o diâmetro externo do duto [m] ;
Y é o coeficiente de Poisson;
C é o fator de temperatura conforme [bar/°C].
3.6.4- O Anexo 11.3.2 inclui valores para B, coeficiente de expansão da água, e para C,
fator de temperatura conforme para água doce, e água do mar, para serem utilizados
somente com unidades métricas.
3.6.5- Caso o sistema de dutos envolva dutos flexíveis e rígidos deverão ser considerados
os requisitos da BS-8010 (Parte 3) item 11.11.
3.7.1- Deverá ser especificada a condição de entrega do duto, ou seja, deverá ser
especificada a necessidade de serem executadas operações de desalagamento e secagem.
3.7.2- Deverá ser fornecido o período de tempo previsto entre o teste hidrostático do duto e
o início da operação.
273
3.8 - Procedimento e Documentação Técnica a ser Emitida
3.8.2- A Documentação Técnica do teste ‘conforme realizado’ deverá ser emitida de acordo
com os requisitos desta especificação, ressaltando-se os itens 4.0 e 5.0, para a aprovação
da PETROBRAS.
274
4.2 - Descrição do Duto na Condição ‘Como Lançado’
4.2.1- O duto deverá ser descrito segundo a Folha de Alinhamento e a Folha de Dados,
conforme modelo incluído no Anexo 11.3.1, as quais deverão ser emitidas na condição do
duto ‘como construído’.
4.2.2- A folha de alinhamento na condição ‘como construído’ deverá conter a localização dos
vãos livres corrigidos e de pontos do duto onde a tensão de combinada produzida durante o
teste hidrostático seja igual ou maior do que 80% da tensão de escoamento.
4.2.3- A Folha de dados deverá indicar comprimentos, elevações e localização dos pontos
de monitoração de pressão, alertando para os limites mínimo e máximo de pressão de teste.
275
4.5 - Plano de Instalação dos Instrumentos de Controle de Registro
Definir os locais de instalação dos equipamentos e instrumentos de controle e registro,
incluindo os de registro permanente e os de leitura periódica. Definir também o intervalo de
medição ou leitura.
4.8.1- Para a lavagem do duto com água, requisitos segundo item 5.7, devem ser utilizados
pelo menos dois (2) pigs com as seguintes características:
a) Um (1) pig raspador, constituído de, no mínimo, quatro discos de selagem e dois discos
suporte de poliuretano. O pig deve ser equipado com escovas de aço temperado, pré-
tensionadas, de forma a cobrir todo o perímetro da parede interna do duto;
b) Um (1) pig calibrador constituído de, no mínimo, quatro discos de selagem e dois discos
suporte de poliuretano. O pig deve ser equipado com placa calibradora conforme item
4.3.1.b;
4.8.3- Antes do lançamento do pig raspador deverá ser bombeado um volume de água
equivalente a 500 metros de duto. Antes do lançamento do pig calibrador deverá ser
bombeado um volume de água equivalente a 100 metros de duto.
276
4.8.4- O volume a ser bombeado para enchimento do duto deve ser , pelo menos, 20%
superior ao volume do duto, a fim de garantir o recebimento dos pigs de limpeza e
calibração.
Adicionalmente, ‘pinger’ deverá ser previsto para o pig de calibração, a fim de possibilitar a
verificação do recebimento de mesmo.
b) Pressurizar o duto a uma taxa de 1 bar/min até que o mesmo atinja 50% da pressão de
teste. Avaliar volume de ar segundo procedimento incluído no Anexo 11.3.4 desta
norma. O volume de ar avaliado não poderá exceder 0.2% do volume total do duto;
277
g) Completado o período de 15 minutos a pressurização deve prosseguir, à taxa de 0.1
bar/min, até uma pressão de 2 bar acima da pressão de teste;
j) Repressurizar o sistema, para pressão 2 bar acima da pressão de teste, caso seja
atingida pressão abaixo de 100% da pressão de teste, durante o período de
estabilização;
q) A despressurização deve occorrer à taxa máxima de 3 bar/min até que o duto atinja a
pressão ambiente.
278
4.9.2- Se possível, flanges, conectores mecânicos etc, mantidos sobre pressão durante o
teste, devem ser visualmente inspecionados para detecção de vazamentos.
4.9.3- Para dutos cuja tensão combinada máxima prevista para o teste hidrostático seja
igual ou maior do que 90% da tensão de escoamento, deverá ser monitorada a ocorrência
de tensões acima do escoamento (controle do limite elástico), segundo a metodologia
incluída no Anexo 11.3.5 desta norma.
A certificação final do teste hidrostático será concluída com a entrega, por parte da
executante do ensaio, dos registros de pressão nos pontos de monitoração, da carta do
registrados de pressão devidamente assinada por profissional habilitado na entidade de
classe regional, e do relatório de teste aprovado pela fiscalização da contratante contendo
todo o procedimento de teste e os resultados obtidos.
279
4.12 - Recomendações de Segurança
O teste hidrostático deve ser desenvolvido preferencialmente durante a luz do dia para
facilitar possível identificação de vazamento, para assegurar a integridade física dos
técnicos envolvidos no teste devido à extensão a ser percorrida, e pela facilidade de
mobilização de recursos para solução de eventuais problemas.
Todos pontos sensíveis em termos de integridade devem ser monitorados durante o período
de teste, e os responsáveis devem estar munidos de sistema de comunicação para adoção
de medidas contingenciais.
Todo pessoal envolvido no teste deve estar utilizando equipamentos de proteção individual
adequados.
Deve ser provido um sistema eficiente de comunicação para todos envolvidos no teste nos
pontos de patrulhamento e central de controle do teste.
280
ANEXO 11.3.1
281
282
ANEXO 11.3.2
283
284
ANEXO 11.3.3
d) O filtro a ser instalado antes da injeção no duto deve reter partículas de 30 micrometros.
e) A água deve ser limpa e isenta de agentes agressivos ao tubo. Deve ser previamente
analisada, conforme definido nas Tabelas I e II e atender aos requisitos da Tabela III.
285
Tabela I - Metodologias de Amostragem de Água para Teste Hidrostático
Parâmetros Químicos
Determinação Recipiente Volume Preservação Período
Mínimo de Máximo de
Amostra (ml) Estocagem
Alcalinidade P, V 200 Refrigerar 24h/14d
Carbono Analisar imediatamente ou
Orgânico Total V 100 refrigerar e acrescentar H 2SO4 7d/28d
até pH<2
Cloreto P, V 500 Analisar imediatamente 0,5h/2h
Condutividade P, V 500 refrigerar 28d/28d
Óleos e Graxas V, boca 1000 Acrescentar HNO3 até 28d/28d
larga pH<2, Refrigerar
Dureza P, V 100 Acrescentar HNO3 até 6 meses/6
pH<2 meses
Cálcio e Ferro P(A), V(A) - Para metais dissolvidos, filtrar 6 meses/6
imediatamente, acrescentar meses
HNO3
até pH<2
Nitrogênio P, V 500 Analisar assim que for possível ou 7d/28d
acrescentar H 2SO4 até pH<2;
refrigerar
Oxigênio Frasco de 300 Analisar imediatamente 0,5h/1h
Dissolvido DBO
Turbidez P, V - Analisar em poucos dias, manter 24h/48h
em local escuro por 24h
pH P, V - Analisar imediatamente 2h/2h
Sílica P - Refrigerar, não congelar 28d/28d
Sólidos Totais P, V - Refrigerar 7d/7-14d
Sólidos P, V - Refrigerar 7d/7-14d
Suspensos
Sulfato P, V - Refrigerar 28d/28d
Sulfeto P, V 100 Refrigerar; adicionar 4 gotas de Imediato/5d
2N (CH3COO)2Zn
pH alcalino
Notas:
- Para determinações não listadas, deve ser usado recipiente de vidro ou plástico; é preferível
refrigerar durante a estocagem e analisar o mais rápido possível.
- A refrigeração e a estocagem devem ser a 4°C, no escuro.
- P = plástico (polietileno ou equivalente)
- V= vidro.
- V(A) ou P(A) = lavado com solução de HNO 3, proporção de 1:1.
- Agência de Proteção ao Meio Ambiente. Regras Propostas. Registro Federal 44, Nº 244, 18 de
dezembro de 1979.
286
Tabela II - Metodologias de Amostragem de Água para Teste Hidrostático
Parâmetros Microbiológicos
Volume Período Máximo
Determinação Recipiente Mínimo Preservação de Estocagem
da Amostra Recomendado
(ml)
V(C) 1 50 Manter refrigerado (não 24-48h
Bactérias congelar). O frasco deve
Redutoras de ser completamente
Sulfato (BRS) preenchido.
Bactérias V(C) 1 50 Manter refrigerado (não 24-48h
Anaeróbias congelar). O frasco deve
Heterotróficas ser completamente
Totais (BANHT) preenchido.
Bactérias V(C) 1 50 Manter refrigerado (não 24-48h
Facultativas congelar). O frasco deve
Heterotróficas ser completamente
Totais (BFHT) preenchido.
Bactérias V(C) 2 100 Manter refrigerado (não 24-48h
Aeróbias Totais congelar)
(BAHT)
Bactérias V(C) 2 50 Manter refrigerado (não 24-48h
Produtoras de congelar)
Ácidos (BPA)
Bactérias V(C) 2 50 Manter refrigerado (não 24-48h
Precipitadoras de congelar)
Ferro (BPF)
Notas:
- V(C) 1 = Frasco de vidro tipo antibiótico (cap. 50 ml), lavado com detergente, enxaguado com
água corrente, seco em estufa a 100°C, lacrado e esterilizado em autoclave por 15 min a
121°C/1 atm.
- V(C) 2 = Frasco de vidro (cap. 125 ml), boca larga e esmerilhada. Lavado com detergente,
enxaguado com água corrente, seco em estufa a 100°C e esterilizado em autoclave por 15 min a
121°C/1 atm.
287
Tabela III – QUALIDADE DA ÁGUA
Parâmetro Resultado da análise Tempo de Procedimento de
Permanência no Correção
Duto
Sólidos suspensos > 30 mg/l Independe Filtrar
Turbidez > 10 NTU Independe Filtrar
Bactérias Aeróbias > 103 col/ml > 90 dias (3) Dosar com biocida
(2) (4)
Bactérias Anaeróbias > 102 NMP/ml > 90 dias (3) Dosar com biocida
Totais (2) (4)
Cloretos e/ou Sulfatos > 10 mg/l Independe Dosar com
seqüestrador de O 2
(1) (4)
Índice de Corrosividade Em torno de 0,1 Independe Não necessário
de Larson (IL)
IL= mg/l (Cl- + SO4--) / Entre 0,1 e 0,6 Independente
mg/l (alcalinidade total)
Notas:
1) O seqüestrador de O2 para água doce é a hidrazina (N2H4) catalisada. Este é um produto líquido
normalmente fornecido na concentração de 35%. Cada mg/l de oxigênio é consumido com 6 mg/l
de hidrazina, recomendando-se para dutos, um residual de 150 a 200 mg/l. Para gasodutos,
quando a secagem for realizada num prazo máximo de 30 dias após a realização do teste
hidrostático, não é necessária a utilização de seqüestrador de O2.
2) O biocida mais eficiente é o glutaraldeído, que é fornecido nas concentrações 25%, 50% ou 42%
(combinado a um sal quaternário de amônio a 8%). Sua dosagem deve ser: 500 ppm (25%); 250
ppm (50%); 200 ppm (42%). As amostras de água para a medição dos sólidos em suspensão e
turbidez devem ser colhidas após a unidade de filtragem.
3) Caso o tempo de permanência da água no duto ultrapasse 90 dias e não tenha sido utilizada
biocida, a água deve ser substituída.
4) Sempre que for utilizada hidrazina ou biocida, deve ser providenciado o tratamento adequado da
água de descarte, de modo estabelecer condições toleradas pelo meio ambiente.
288
ANEXO 11.3.4
2- Quando uma razoável porção deste gráfico tornar-se nitidamente reta seu prolongamento
até a intercessão com o eixo das abscissas determina o volume de ar residual na linha.
4-O volume de ar residual assim determinado deve ser comparado com o volume inicial de
água na linha e obedecer à seguinte condição:
∆Var ≤ 0,002 Vi
Onde:
289
P(bar)
Gráfico PV
~50% Pressão teórico
de teste Gráfico PV
real
∆P a
∆V a
∆P b
∆V b
∆Var ∆V
(litro)
6- Além da medida prescrita no item 5 deve ser feita uma comparação entre as inclinações
das porções retas do gráfico PV considerando:
Se as duas inclinações diferirem por mais de 10% deve ser levada a cabo uma investigação
∆Pb
para determinação da causa e sua eliminação. Portanto, deve ser igual ou superior a
∆Vb
∆Pa
90% de .
∆Va
O gráfico PV teórico deve ser determinado a partir da seguinte fórmula (ver também
item 3.2 da ET-4600.00-6520-940-PEI-033):
10 . Vadic
∆ Pa =
D 1 - υ2 V + Vadic
[ Vi ( - 1) ( )] + [ i ]
e E E'
290
onde:
291
ANEXO 11.3.5
∆V
1- Controle do Limite Elástico pela Relação
∆P
Uma indicação da proximidade do limite elástico σy, durante a pressurização de uma seção
de teste, é estabelecida quando o volume de água ∆ Vn, injetado para produzir um
incremento de pressão de 1 bar, torna-se duas vezes superior ao volume ∆ V que vinha
sendo injetado para obtenção do mesmo incremento de pressão durante o traçado do
segmento reto do gráfico PV.
∆Vn / ∆P
= 2 [ ou, simplesmente, ∆ Vn = 2 ∆V ] indica a proximidade do limite
∆V / ∆P
elástico do material.
P(bar)
gradiente no trecho de
transição entre propor-
∆P c i o n a l i d a d e e i n í c i o d e
∆V n p l a s t i f i c a ç ã o
∆V n
= 2
∆V
gradiente no trecho de
∆P p r o p o r c i o n a l i d a d e
∆V
∆V
(litro)
292
2- Controle do Limite Elástico pelo Desvio de 0,2% do Volume
2.1- A indicação de que o limite elástico σy foi atingido, durante a pressurização de uma
seção de teste é, neste caso, estabelecida ao ser determinada a pressão Py, tirada no
gráfico PV, correspondente a um desvio (do trecho reto deste gráfico) igual a 0,2% do
volume inicial (Vi) de água na seção de teste.
P(bar)
Py
Desvio de
0,2% Vi
∆V
∆V0 , 2
(litro)
Obs.: O traçado do gráfico PV para controle do limite elástico pode ter início quando a
pressão atingir 50% da pressão teste; o desvio volumétrico continua sendo, neste caso,
traçado da mesma forma.
onde:
293
P = pressão (bar ) (medida) correspondente ao incremento volumétrico ∆V
E’ = módulo de elasticidade volumétrica da água à temperatura e à pressão do teste
(N/mm2)
2.2- A tensão correspondente ao limite elástico do material pode ser calculada pela seguinte
fórmula:
D e e
σy = 0,10 Py . 0,79 + 2,6 ( ) + 4 ( )2
2e D D
onde:
2.3- A condição necessária para que toda a seção de teste atinja simultaneamente o
limite elástico é que todos os tubos apresentem razoável uniformidade em suas
propriedades mecânicas e espessuras de parede além de que não haja grande diferença de
altitude entre os pontos de maior e menor elevações da seção de teste.
2.4- A não-conformidade com uma ou mais das condições citadas no item 2.3
implica em que alguns tubos atingirão o início da fase plástica primeiro do que
outros, o que não é desejável; portanto, a interpretação do resultado do controle de
σy só terá confiabilidade quando se dispuser dos certificados de qualidade dos tubos
constituintes da seção de teste e quando se tiver conhecimento dos locais onde
esses tubos foram instalados.
294
ANEXO 11.4
1 - Objetivo
2 - Normas de Referência
295
3 - Especificação do Teste Hidrostático
a) Descrição do duto;
b) Operações de preparação para o teste;
c) Requisitos de equipamentos;
d) Especificação da pressão e duração do teste;
e) Critério de aceitação para o teste de resistência e de estanqueidade;
f) Condição de entrega;
g) Procedimentos que devem ser preparados e qualificados.
Inspeção de Requalificação
a) Bomba de alto volume para encher a linha garantindo pressão adequada para vencer a
contrapressão e manter velocidade suficiente para manter os pigs de enchimento em
movimento, garantir fluxo turbulento e minimizar interfaces;
b) Bomba de injeção que para injeção de biocida, inibidor de corrosão, corantes para
identificação de vazamentos, e outros componentes químicos, se necessários, no
segmento de teste;
g) Válvula de alívio, a ser incluída para prevenir pressurização acima do admissível durante
as operações de pressurização e teste;
h) Tanque, onde o meio de teste excedente seja descartado, e/ou para drenagem de
volume de pressurização excessivo;
i) Sensor de pressão com monitor com limites nos quais a pressão de teste esteja incluída
297
e subdivisões de escala adequadas para a indicação da pressão de teste,
m) Sensor de temperatura com monitor com limites nos quais a temperatura estimada para
teste esteja incluída, e subdivisões de escala adequadas para a indicação da variação
da temperatura de teste.
298
u) Equipamentos para isolar a linha em segmentos para detecção de vazamentos;
v) Tubos, válvulas, juntas, gaxetas e outros componentes sobressalentes para troca dos
que possam falhar durante o teste
c) As balanças de peso morto devem ter um ‘range’ mínimo de 1.25 vezes a pressão de
teste especificada e deve ter uma acurácia melhor do que +/- 0.1 bar e uma resolução
melhor do que 0.05 bar;
d) O volume de água somada ou subtraída durante o teste de pressão deve ser medida
com uma acurácia melhor do que +/- 1% e uma resolução melhor do que 0.1%;
299
deve ser melhor que +/-0.2% da pressão de teste. A resolução deve ser melhor do que
0.1%.
- 1,5 vezes a pressão máxima admissível de operação, para a classe de pressão dos
acessórios instalados, válvulas e flanges.
- pressão limite de teste hidrostático das linhas flexíveis conectadas ao duto, se for o
caso;
300
3.6 - Duração do Teste
3.6.1- O tempo de duração do teste hidrostático deverá ser de, no mínimo, 8 horas, para
dutos existentes, após a estabilização da pressão de teste.
3.6.2- A máxima tensão combinada existente para a pressão de teste, limitada pela tensão
máxima admissível normalizada, deverá ser avaliada para toda a extensão do duto,
considerando a condição de suportação do duto no solo marinho. Correções de vão livres ou
de perfil de solo deverão ser realizadas caso a tensão combinada exceda a admissível.
3.7.1- Se a pressão não cair mais que 0,5% da pressão de teste durante tempo de patamar,
e após uma única eventual recuperação da pressão o duto em teste será considerado
aprovado.
3.7.2- Variações de pressão superiores ao limite de 0,5% devem ser comparadas com a
variação de temperatura considerando a fórmula a seguir. Neste caso o valor calculado deve
ser multiplicado à variação de temperatura durante o teste e o resultado comparado com a
variação de pressão observada, caso o valor calculado seja inferior ao valor verificado o
teste será considerado aprovado.
∆P = (t E (B – 2 A))/(D (1 - Y^2) + t E C)
Onde :
∆ P é a variação incremental de pressão [bar/°C];
t é a espessura nominal de parede do duto [m];
E é o módulo de elasticidade do material [bar];
B é o coeficiente de expansão da água [1/°C ];
A é o coeficiente de expansão do material do duto [1/°C ];
D é o diâmetro externo do duto [m] ;
Y é o coeficiente de Poisson;
C é o fator de temperatura conforme [bar/°C].
301
3.7.3- Seguem valores usuais para A, E Y para aço:
3.7.4- O Anexo 11.4.2 inclui valores para B, coeficiente de expansão da água, e para C,
fator de temperatura conforme para água doce, e água do mar, para serem utilizados
somente com unidades métricas.
3.7.5- Caso o sistema de dutos envolva dutos flexíveis e rígidos deverão ser considerados
os requisitos da BS-8010 (Parte 3) item 11.11.
3.8.2- A Documentação Técnica do teste ‘conforme realizado’ deverá ser emitida de acordo
com os requisitos desta especificação, ressaltando-se os itens 4.0 e 5.0, para a aprovação
da PETROBRAS.
302
4.0 - Procedimento de Teste
a) Descrição do duto;
e) Plano de raqueteamento;
h) Procedimento de pressurização;
j) Recomendações de segurança;
4.2.1- O duto deverá ser descrito segundo a Folha de Alinhamento e a Folha de Dados,
conforme modelo incluído no Anexo 11.4.1, as quais deverão ser emitidas na condição do
duto.
303
4.2.2- A folha de alinhamento deverá conter a localização dos vãos livres corrigidos e de
pontos do duto onde a tensão de combinada produzida durante o teste hidrostático seja
igual ou maior do que 80% da tensão de escoamento.
4.2.3- A Folha de dados deverá indicar comprimentos, elevações e localização dos pontos
de monitoração de pressão, alertando para os limites mínimo e máximo de pressão de teste.
d) Desenho dos lançadores e recebedores, incluindo a identificação dos pigs que devem
ser lançados e recebidos para cada lançador/recebedor;
304
4.6 - Plano de Raqueteamento
Elaborar um plano de raqueteamento e instalação de flanges cegos visando isolar a seção
em teste e protegendo os equipamentos e acessórios dispensáveis ao teste.
4.8.1- Para a lavagem do duto com água, requisitos segundo item 5.6, devem ser utilizados
pelo menos dois (2) pigs com as seguintes características:
a) Um (1) pig raspador, constituído de, no mínimo, quatro discos de selagem e dois discos
suporte de poliuretano. O pig deve ser equipado com escovas de aço temperado, pré-
tensionadas, de forma a cobrir todo o perímetro da parede interna do duto;
b) Um (1) pig calibrador constituído de, no mínimo, quatro discos de selagem e dois discos
suporte de poliuretano. O pig deve ser equipado com placa calibradora conforme item
4.3.1.b;
4.8.3- Antes do lançamento do pig raspador deverá ser bombeado um volume de água
equivalente a 500 metros de duto. Antes do lançamento do pig calibrador deverá ser
bombeado um volume de água equivalente a 100 metros de duto.
4.8.4- O volume a ser bombeado para enchimento do duto deve ser , pelo menos, 20%
superior ao volume do duto, a fim de garantir o recebimento dos pigs de limpeza e
calibração.
Adicionalmente, ‘pinger’ deverá ser previsto para o pig de calibração, a fim de possibilitar a
verificação do recebimento de mesmo.
305
4.8.5- O equipamento de bombeamento deve ser dimensionado para garantir uma
velocidade de deslocamento dos pigs entre 0,2 e 1,0 m/s.
b) Pressurizar o duto a uma taxa de 1 bar/min até que o mesmo atinja 50% da pressão de
teste. Avaliar volume de ar segundo procedimento incluído no Anexo 11.4.4 desta
norma. O volume de ar avaliado não poderá exceder 0.2% do volume total do duto;
306
i) Atingida a pressão de 2 bar acima da pressão de teste e isolado o sistema em teste,
inicia-se o período de estabilização;
j) Repressurizar o sistema, para pressão 2 bar acima da pressão de teste, caso seja
atingida pressão abaixo de 100% da pressão de teste, durante o período de
estabilização;
q) A despressurização deve ocorrer à taxa máxima de 3 bar/min até que o duto atinja a
pressão ambiente.
4.9.2- Se possível, flanges, conectores mecânicos etc, mantidos sobre pressão durante o
teste, devem ser visualmente inspecionados para detecção de vazamentos.
4.9.3- Para dutos cuja tensão combinada máxima prevista para o teste hidrostático seja
igual ou maior do que 90% da tensão de escoamento, deverá ser monitorada a ocorrência
de tensões acima do escoamento (controle do limite elástico), segundo a metodologia
incluída no Anexo 11.4.5 desta norma.
307
4.10 - Relatórios e Gráficos que Deverão ser Emitidos
A certificação final do teste hidrostático será concluída com a entrega, por parte da
executante do ensaio, dos registros de pressão nos pontos de monitoração, da carta do
registrados de pressão devidamente assinada por profissional habilitado na entidade de
classe regional, e do relatório de teste aprovado pela fiscalização da contratante contendo
todo o procedimento de teste e os resultados obtidos.
O teste hidrostático deve ser desenvolvido preferencialmente durante a luz do dia para
facilitar possível identificação de vazamento, para assegurar a integridade física dos
técnicos envolvidos no teste devido à extensão a ser percorrida, e pela facilidade de
mobilização de recursos para solução de eventuais problemas.
308
Todos pontos sensíveis em termos de integridade devem ser monitorados durante o período
de teste, e os responsáveis devem estar munidos de sistema de comunicação para adoção
de medidas contingenciais.
Todo pessoal envolvido no teste deve estar utilizando equipamentos de proteção individual
adequados.
Deve ser provido um sistema eficiente de comunicação para todos envolvidos no teste nos
pontos de patrulhamento e central de controle do teste.
309
ANEXO 11.4.1
310
311
ANEXO 11.4.2
312
313
ANEXO 11.4.3
d) O filtro a ser instalado antes da injeção no duto deve reter partículas de 30 micrometros.
e) A água deve ser limpa e isenta de agentes agressivos ao tubo. Deve ser previamente
analisada, conforme definido nas Tabelas I e II e atender aos requisitos da Tabela III.
314
Tabela I - Metodologias de Amostragem de Água para Teste Hidrostático
Parâmetros Químicos
Determinação Recipiente Volume Preservação Período
Mínimo de Máximo de
Amostra (ml) Estocagem
Alcalinidade P, V 200 Refrigerar 24h/14d
Carbono Analisar imediatamente ou refrigerar e
Orgânico Total V 100 acrescentar H2SO4 até pH<2 7d/28d
Cloreto P, V 500 Analisar imediatamente 0,5h/2h
Condutividade P, V 500 refrigerar 28d/28d
Óleos e Graxas V, boca 1000 Acrescentar HNO 3 até 28d/28d
larga pH<2, Refrigerar
Dureza P, V 100 Acrescentar HNO 3 até 6 meses/6
pH<2 meses
Cálcio e Ferro P(A), V(A) - Para metais dissolvidos, filtrar 6 meses/6
imediatamente, acrescentar HNO 3 meses
até pH<2
Nitrogênio P, V 500 Analisar assim que for possível ou 7d/28d
acrescentar H2SO4 até pH<2;
refrigerar
Oxigênio Frasco de 300 Analisar imediatamente 0,5h/1h
Dissolvido DBO
Turbidez P, V - Analisar em poucos dias, manter em 24h/48h
local escuro por 24h
pH P, V - Analisar imediatamente 2h/2h
Sílica P - Refrigerar, não congelar 28d/28d
Sólidos Totais P, V - Refrigerar 7d/7-14d
Sólidos P, V - Refrigerar 7d/7-14d
Suspensos
Sulfato P, V - Refrigerar 28d/28d
Sulfeto P, V 100 Refrigerar; adicionar 4 gotas de Imediato/5d
2N (CH3COO)2Zn
pH alcalino
Notas:
- Para determinações não listadas, deve ser usado recipiente de vidro ou plástico; é preferível
refrigerar durante a estocagem e analisar o mais rápido possível.
- A refrigeração e a estocagem devem ser a 4°C, no escuro.
- P = plástico (polietileno ou equivalente)
- V= vidro.
- V(A) ou P(A) = lavado com solução de HNO 3, proporção de 1:1.
- Agência de Proteção ao Meio Ambiente. Regras Propostas. Registro Federal 44, Nº 244, 18 de
dezembro de 1979.
315
Tabela II - Metodologias de Amostragem de Água para Teste Hidrostático
Parâmetros Microbiológicos
Volume Período Máximo
Determinação Recipiente Mínimo da Preservação de Estocagem
Amostra (ml) Recomendado
V(C) 1 50 Manter refrigerado 24-48h
Bactérias (não congelar). O
Redutoras de frasco deve ser
Sulfato (BRS) completamente
preenchido.
Bactérias V(C) 1 50 Manter refrigerado 24-48h
Anaeróbias (não congelar). O
Heterotróficas frasco deve ser
Totais (BANHT) completamente
preenchido.
Bactérias V(C) 1 50 Manter refrigerado 24-48h
Facultativas (não congelar). O
Heterotróficas frasco deve ser
Totais (BFHT) completamente
preenchido.
Bactérias V(C) 2 100 Manter refrigerado 24-48h
Aeróbias Totais (não congelar)
(BAHT)
Bactérias V(C) 2 50 Manter refrigerado 24-48h
Produtoras de (não congelar)
Ácidos (BPA)
Bactérias V(C) 2 50 Manter refrigerado 24-48h
Precipitadoras (não congelar)
de Ferro (BPF)
Notas:
- V(C) 1 = Frasco de vidro tipo antibiótico (cap. 50 ml), lavado com detergente, enxaguado com
água corrente, seco em estufa a 100°C, lacrado e esterilizado em autoclave por 15 min a
121°C/1 atm.
- V(C) 2 = Frasco de vidro (cap. 125 ml), boca larga e esmerilhada. Lavado com detergente,
enxaguado com água corrente, seco em estufa a 100°C e esterilizado em autoclave por 15 min a
121°C/1 atm.
316
Tabela III – Qualidade da Água
Parâmetro Resultado da Tempo de Procedimento
análise Permanência no de Correção
Duto
Sólidos suspensos > 30 mg/l Independe Filtrar
Turbidez > 10 NTU Independe Filtrar
Bactérias Aeróbias > 103 col/ml > 90 dias (3) Dosar com
biocida (2) (4)
Bactérias Anaeróbias > 102 NMP/ml > 90 dias (3) Dosar com
Totais biocida (2) (4)
Cloretos e/ou Sulfatos > 10 mg/l Independe Dosar com
seqüestrador de
O2 (1) (4)
Índice de Corrosividade Em torno de 0,1 Independe Não necessário
de Larson (IL)
IL= mg/l (Cl- + SO4--) / Entre 0,1 e 0,6 Independente
mg/l (alcalinidade total)
Notas:
5) O seqüestrador de O2 para água doce é a hidrazina (N2H4) catalisada. Este é um produto líquido
normalmente fornecido na concentração de 35%. Cada mg/l de oxigênio é consumido com 6 mg/l
de hidrazina, recomendando-se para dutos, um residual de 150 a 200 mg/l. Para gasodutos,
quando a secagem for realizada num prazo máximo de 30 dias após a realização do teste
hidrostático, não é necessária a utilização de seqüestrador de O2.
6) O biocida mais eficiente é o glutaraldeído, que é fornecido nas concentrações 25%, 50% ou 42%
(combinado a um sal quaternário de amônio a 8%). Sua dosagem deve ser: 500 ppm (25%); 250
ppm (50%); 200 ppm (42%). As amostras de água para a medição dos sólidos em suspensão e
turbidez devem ser colhidas após a unidade de filtragem.
7) Caso o tempo de permanência da água no duto ultrapasse 90 dias e não tenha sido utilizada
biocida, a água deve ser substituída.
8) Sempre que for utilizada hidrazina ou biocida, deve ser providenciado o tratamento adequado da
água de descarte, de modo estabelecer condições toleradas pelo meio ambiente.
317
ANEXO 11.4.4
2- Quando uma razoável porção deste gráfico tornar-se nitidamente reta seu prolongamento
até a intercessão com o eixo das abscissas determina o volume de ar residual na linha.
4- O volume de ar residual assim determinado deve ser comparado com o volume inicial de
água na linha e obedecer à seguinte condição:
∆Var ≤ 0,002 Vi
Onde:
∆Var = volume de ar residual determinado graficamente (litros)
Vi = volume inicial (litros)
318
P(bar)
Gráfico PV
~50% Pressão teórico
de teste Gráfico PV
real
∆P a
∆V a
∆P b
∆V b
∆Var ∆V
(litro)
6- Além da medida prescrita no item 5 deve ser feita uma comparação entre as inclinações
das porções retas do gráfico PV considerando:
Se as duas inclinações diferirem por mais de 10% deve ser levada a cabo uma
∆Pb
investigação para determinação da causa e sua eliminação. Portanto, deve
∆Vb
∆Pa
ser igual ou superior a 90% de .
∆Va
319
10 . Vadic
∆ Pa =
D 1 - υ2 V + Vadic
[ Vi ( - 1) ( )] + [ i ]
e E E'
onde:
320
ANEXO 11.4.5
∆V
1- Controle do Limite Elástico pela Relação
∆P
Uma indicação da proximidade do limite elástico σy, durante a pressurização de uma seção
de teste, é estabelecida quando o volume de água ∆ Vn, injetado para produzir um
incremento de pressão de 1 bar, torna-se duas vezes superior ao volume ∆ V que vinha
sendo injetado para obtenção do mesmo incremento de pressão durante o traçado do
segmento reto do gráfico PV.
∆Vn / ∆P
= 2 [ ou, simplesmente, ∆ Vn = 2 ∆V ] indica a proximidade do limite
∆V / ∆P
elástico do material.
P(bar)
gradiente no trecho de
transição entre propor-
∆P c i o n a l i d a d e e i n í c i o d e
∆V n p l a s t i f i c a ç ã o
∆V n
= 2
∆V
gradiente no trecho de
∆P p r o p o r c i o n a l i d a d e
∆V
∆V
(litro)
321
2- Controle do Limite Elástico pelo Desvio de 0,2% do Volume
2.1- A indicação de que o limite elástico σy foi atingido, durante a pressurização de uma
seção de teste é, neste caso, estabelecida ao ser determinada a pressão Py, tirada no
gráfico PV, correspondente a um desvio (do trecho reto deste gráfico) igual a 0,2% do
volume inicial (Vi) de água na seção de teste.
P(bar)
Py
Desvio de
0,2% Vi
∆V
∆V0 , 2
(litro)
Obs.: O traçado do gráfico PV para controle do limite elástico pode ter início quando a
pressão atingir 50% da pressão teste; o desvio volumétrico continua sendo, neste caso,
traçado da mesma forma.
onde:
322
∆V = incremento volumétrico do tubo sob efeito da água injetada ( e comprimida),
0,10P
calculado em litros pela expressão: ∆V = Vadic - (Vi + Vadic) .
E'
Vadic = volume de água (medido) injetado na seção de teste para elevação da pressão
(litro)
Vi = volume inicial de água na seção de teste (litro)
P = pressão (bar) correspondente ao incremento volumétrico ∆V
E’ = módulo de elasticidade volumétrica da água à temperatura e à pressão do teste
(N/mm2)
2.2- A tensão correspondente ao limite elástico do material pode ser calculada pela seguinte
fórmula:
D e e
σy = 0,10 Py . 0,79 + 2,6 ( ) + 4 ( )2
2e D D
onde:
σy = tensão de limite elástico (N/mm2)
Py = pressão (bar), obtida no gráfico PV, correspondente ao desvio volumétrico de
0,2% de Vi
D = diâmetro externo do tubo (mm)
e = espessura de parede do tubo (mm)
2.5- A condição necessária para que toda a seção de teste atinja simultaneamente o
limite elástico é que todos os tubos apresentem razoável uniformidade em suas
propriedades mecânicas e espessuras de parede além de que não haja grande diferença de
altitude entre os pontos de maior e menor elevações da seção de teste.
2.6- A não-conformidade com uma ou mais das condições citadas no item 2.3 implica em
que alguns tubos atingirão o início da fase plástica primeiro do que outros, o que não é
desejável; portanto, a interpretação do resultado do controle de σy só terá confiabilidade
quando se dispuser dos certificados de qualidade dos tubos constituintes da seção de teste
e quando se tiver conhecimento dos locais onde esses tubos foram instalados.
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