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Processo de Conhecimento

Plano de Ensino
• A) Apresentação
• B) Metodologia de Aula
• C) Programa
• D) Avaliações
• E) Bibliografia
Rodrigo da Cunha Lima Freire

• Mestre e Doutor em Direito Processual Civil pela
PUC/SP
• Professor de Direito Processual Civil do Mackenzie,
da FMU, do CERS e da ESA/SP
• Membro do IBDP, da ABDPro, do CEAPRO e da
ANNEP
• Advogado
Redes Sociais

• Instagram: @ProfRodrigoDaCunha
• Facebook: Rodrigo da Cunha Lima Freire
• Youtube: Rodrigo da Cunha Lima Freire – Processo Civil
• Twitter: @RodrigoCunhaCPC
Programa
• 1. DIVISÃO DO PROCESSO E RITOS PROCEDIMENTAIS
• 2. PETIÇÃO INICIAL (mencionando a tutela provisória)
• 3. LITISCONSÓRCIO
• 4. INTERVENÇÃO DE TERCEIROS
• 5. CITAÇÃO
• 6. AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO
• 7. RESPOSTA DO RÉU
• 8. REVELIA
• 9. PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES E SANEAMENTO
• 10. JULGAMENTO CONFORME O ESTADO DO PROCESSO
• 11. TEORIA GERAL DA PROVA
• 12. PROVAS EM ESPÉCIE
Avaliações intermediárias
• P1: Prova: 10
• P2: Prova: 10 + Seminário em Grupo: até 2,0
Bibliografia
• DIDIER JR., Fredie; BRAGA, Paula Sarno; OLIVEIRA, Rafael
Alexandria. Curso de Direito Processual Civil, v. 2. 12. ed. Salvador:
Jus podivm, 2017.
• FREIRE, Rodrigo da Cunha Lima; CUNHA, Maurício, Ferreira.
Código de Processo Civil para Concursos. 8. ed. Salvador: Jus
Podivm, 2018.
• GAJARDONI, Fernando da Fonseca; DELLORE, Luiz; ROQUE,
André Vasconcelos; OLIVEIRA JR., Zulmar Duarte de. Processo
de conhecimento e cumprimento de sentença – Comentários ao
CPC de 2015. São Paulo: Editora Método, 2016.
• NEVES, Daniel Amorim Assumpção. Manual de Direito
Processual Civil. 10. ed. Salvador: Jus Podivm, 2018.
• RODRIGUES, Marcelo Abelha. Manual de Direito
Processual Civil.  6ª. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2016.
• TALAMINI, Eduardo; WAMBIER, Luíz Rodrigues. Curso
Avançado de Processo Civil, vol. 2, 16ª. edição, São
Paulo: RT, 2016.
• THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de direito
processual civil, v.1. 58ª ed. Rio de Janeiro: Forense,
2017.
• Divisão do Processo (de tutelas jurisdicionais) e
Ritos Procedimentais
Tutelas Jurisdicionais

• Tutela de Conhecimento

• Tutela Executiva
Tutela de Conhecimento

• A tutela de conhecimento é composta por dois tipos de


procedimentos:
• a) Procedimentos especiais (arts. 539 ao 770 do CPC e
leis especiais – por exemplo: ações possessórias ou
mandado de segurança);
• b) Procedimento comum (arts. 318 ao 508 do CPC – por
exemplo: ação de reparação de danos ou ação
anulatória de contrato).
CPC

• Art. 318.  Aplica‐se a todas as causas o procedimento
comum, salvo disposição em contrário deste Código ou
de lei.
• Parágrafo único.  O procedimento comum aplica‐se
subsidiariamente aos demais procedimentos especiais
e ao processo de execução.
Espécies de Execução
• A tutela jurisdicional executiva pode ser realizada
pela via:
a) Da execução de título executivo extrajudicial
(Processo de Execução – arts. 771 ao 925)
b) Da execução de título executivo judicial
(Cumprimento de Sentença – arts. 513 ao 538)
Obs. Os títulos extrajudiciais estão no art. 785
do CPC e em leis especiais e os títulos judiciais
estão no art. 515 do CPC.
• Procedimento Comum
• Petição Inicial
• Ação
• Demanda
• Petição Inicial
• Requisitos da Petição Inicial
Principais Requisitos da Inicial

• Art. 319. A petição inicial indicará:
• III – o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
• IV – o pedido com as suas especificações;
• Causa de Pedir
Causa de Pedir

• Fundamentação de Fato

• Fundamentação de Direito
• Fundamentação de Fato

• Fato Constitutivo do Direito do Autor

• Fato Violador do Direito do Autor
Fundamentação de Direito

• Repercussão Jurídica dos Fatos Narrados
Não Integram a Causa de Pedir

• Mera Fundamentação Legal

• Qualificação Jurídica Dada ao Fato pelo Autor
Terceira Seção do STJ


• A ausência de indicação expressa do dispositivo
ou do inciso do art. 485 do Código de Processo
Civil não obsta o prosseguimento da ação, desde
que a fundamentação exposta seja suficiente para
a dedução do pedido rescisório. Precedentes. (AR
3484 / RS, rel. Ministra MARILZA MAYNARD
(DESEMBARGADORA CONVOCADA DO TJ/SE),
DJe 22/08/2014)
FPPC
• FPPC 281 (art. 319, III) A indicação do dispositivo
legal não é requisito da petição inicial e, uma vez
existente, não vincula o órgão julgador.
Questão
Para julgar com
base em
dispositivo legal
diverso do
indicado pela parte,
o juiz deve lançar
mão do dever de
consulta (art. 10
do CPC)?
CPC
• Art. 10.  O juiz não pode decidir, em grau algum de
jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual
não se tenha dado às partes oportunidade de se
manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual
deva decidir de ofício.
FPPC X ENFAM

• FPPC 282: (arts. 319, III e 343) Para julgar com base
em enquadramento normativo diverso daquele
invocado pelas partes, ao juiz cabe observar o
dever de consulta, previsto no art. 10.
• ENFAM 6: Não constitui julgamento surpresa o
lastreado em fundamentos jurídicos, ainda que
diversos dos apresentados pelas partes, desde que
embasados em provas submetidas ao
contraditório.
• Quarta Turma do STJ
• “O "fundamento" ao qual se refere o art.
10 do CPC/2015 é o fundamento jurídico ‐
circunstância de fato qualificada pelo
direito, em que se baseia a pretensão ou a
defesa, ou que possa ter influência no
julgamento, mesmo que superveniente ao
ajuizamento da ação ‐ não se confundindo
com o fundamento legal (dispositivo de lei
regente da matéria).
• A aplicação do princípio da não surpresa
não impõe, portanto, ao julgador que
informe previamente às partes quais os
dispositivos legais passíveis de aplicação
para o exame da causa. O conhecimento
geral da lei é presunção jure et de jure.”
(STJ – Quarta Turma, EDcl nos EREsp
1280825, rel. Min. MARIA ISABEL GALLOTTI,
j. 27.6.2017)
Teorias sobre a causa de pedir

• Teoria da Individuação x Teoria da
Substanciação
• Causa de Pedir Próxima X Causa de
Pedir Remota
• Pedido
• O Pedido fixa o mérito da causa, o objeto
litigioso do processo.
• Princípio da Congruência, da Adstrição
ou da Correlação
• Sentenças citra, ultra e extra petita
Princípio da Congruência, da Adstrição ou da
Correlação

• Art. 492. É vedado ao juiz proferir decisão de
natureza diversa da pedida, bem como
condenar a parte em quantidade superior ou em
objeto diverso do que lhe foi demandado.
• Parágrafo único. A decisão deve ser certa, ainda
que resolva relação jurídica condicional.
Requisitos do Pedido

• Certeza e Determinação
• Certeza
Certeza

• Art. 322. O pedido deve ser certo.
• § 1º Compreendem­se no principal os juros legais, a
correção monetária e as verbas de sucumbência,
inclusive os honorários advocatícios. 
• Art. 323. Na ação que tiver por objeto cumprimento
de obrigação em prestações sucessivas, estas
serão consideradas incluídas no pedido,
independentemente de declaração expressa do
autor; se o devedor, no curso do processo, deixar
de pagá­las ou de consigná­las, serão incluídas na
condenação, enquanto durar a obrigação.
Questão
• O pedido é apenas o que foi requerido em um
capítulo específico ao final da petição inicial ou
pode ser extraído de uma interpretação lógico­
sistemática da inicial como um todo?
Boa‐fé e Pedido
• PROCESSUAL CIVIL. LIMITES DA LIDE.
INTERPRETAÇÃO LÓGICO­SISTEMÁTICA DO PEDIDO.
JULGAMENTO EXTRA­PETITA. INOCORRÊNCIA. 1. Não
há error in procedendo no provimento jurisdicional
firmado após compreensão lógico­sistemática do pedido,
entendido como "aquilo que se pretende com a
instauração da demanda" (AgRg no REsp 1155859/MT,
Rel. Ministro MARCO BUZZI, QUARTA TURMA, DJe
04/02/2014), eis que "o pedido não é apenas o que foi
requerido em um capítulo específico ao final da petição
inicial, mas, sim, o que se pretende com a instauração da
demanda, sendo extraído de interpretação lógico­
sistemática da inicial como um todo" (AgRg no REsp
1284020/SP, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS,
• 2. "(...) a obrigatória adstrição do julgador ao pedido
expressamente formulado pelo autor pode ser
mitigada em observância dos brocardos da 'mihi
factum dabo tibi ius' (dá­me os fatos que te darei o
direito) e 'iura novit curia' (o juiz é quem conhece o
direito)". Precedente: REsp 1197476/BA, Rel. Ministro
RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA,
DJe 10/10/2014. 3. Agravo regimental não provido.
(STJ – Segunda Turma, AgRg no REsp 1455713 / SC,
rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, DJe
24/11/2014).
CPC

• Art. 322. O pedido deve ser certo.
• § 2º A interpretação do pedido considerará o
conjunto da postulação e observará o princípio
da boa­fé.
• Determinação
Determinação

• Art. 324. O pedido deve ser determinado.
• § 1º É lícito, porém, formular pedido genérico: I –
nas ações universais, se o autor não puder
individuar os bens demandados; II – quando não
for possível determinar, desde logo, as
consequências do ato ou do fato; III – quando a
determinação do objeto ou do valor da condenação
depender de ato que deva ser praticado pelo réu. §
2º O disposto neste artigo aplica­se à reconvenção.
Questão

• É possível formular pedido genérico em ação de
indenização por danos morais?
CPC

• Art. 292. O valor da causa constará da petição
inicial ou da reconvenção e será:
• V – na ação indenizatória, inclusive a fundada
em dano moral, o valor pretendido;
• Espécies de Pedidos
• Pedido Alternativo
CPC

• Art. 325. O pedido será alternativo quando, pela
natureza da obrigação, o devedor puder cumprir a
prestação de mais de um modo.
• Parágrafo único. Quando, pela lei ou pelo contrato,
a escolha couber ao devedor, o juiz lhe assegurará
o direito de cumprir a prestação de um ou de outro
modo, ainda que o autor não tenha formulado
pedido alternativo.
• Cumulação Alternativa de Pedidos
CPC

• Art. 326.
• Parágrafo único. É lícito formular mais de um
pedido, alternativamente, para que o juiz acolha
um deles.
• Pedido Sucessivo (também conhecido como
cumulação eventual de pedidos, pedido
subsidiário ou cumulação subsidiária de
pedidos)
CPC

• Art. 326. É lícito formular mais de um pedido em


ordem subsidiária, a fim de que o juiz conheça
do posterior, quando não acolher o anterior.
• Cumulação Sucessiva de Pedidos
• Cumulação de Pedidos
Requisitos

• Art. 327. É lícita a cumulação, em um único


processo, contra o mesmo réu, de vários pedidos,
ainda que entre eles não haja conexão.
• § 1º São requisitos de admissibilidade da
cumulação que:
• I – os pedidos sejam compatíveis entre si;
• II – seja competente para conhecer deles o mesmo
juízo;
• III – seja adequado para todos os pedidos o tipo de
procedimento.
• § 2º Quando, para cada pedido, corresponder tipo
diverso de procedimento, será admitida a cumulação se
o autor empregar o procedimento comum, sem prejuízo
do emprego das técnicas processuais diferenciadas
previstas nos procedimentos especiais a que se
sujeitam um ou mais pedidos cumulados, que não
forem incompatíveis com as disposições sobre o
procedimento comum.
• § 3º O inciso I do § 1º não se aplica às cumulações de
pedidos de que trata o art. 326.
• Alteração da Causa de Pedir ou do Pedido
CPC

• Art. 329. O autor poderá:
• I – até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a causa
de pedir, independentemente de consentimento do réu;
• II – até o saneamento do processo, aditar ou alterar o
pedido e a causa de pedir, com consentimento do réu,
assegurado o contraditório mediante a possibilidade de
manifestação deste no prazo mínimo de 15 (quinze) dias,
facultado o requerimento de prova suplementar.
• Parágrafo único. Aplica­se o disposto neste artigo à
reconvenção e à respectiva causa de pedir.
Demais Requisitos da Inicial: CPC
• Art. 319. A petição inicial indicará:
• I – o juízo a que é dirigida;
• II – os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência
de união estável, a profissão, o número de inscrição no
Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional
da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e
a residência do autor e do réu;
• III – o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
• IV – o pedido com as suas especificações;
• V – o valor da causa;
• VI – as provas com que o autor pretende
demonstrar a verdade dos fatos alegados;
• VII – a opção do autor pela realização ou não de
audiência de conciliação ou de mediação.
• § 1º Caso não disponha das informações
previstas no inciso II, poderá o autor, na petição
inicial, requerer ao juiz diligências necessárias
a sua obtenção.
• § 2º A petição inicial não será indeferida se, a
despeito da falta de informações a que se refere
o inciso II, for possível a citação do réu.
• § 3º A petição inicial não será indeferida pelo
não atendimento ao disposto no inciso II deste
artigo se a obtenção de tais informações tornar
impossível ou excessivamente oneroso o
acesso à justiça.
Valor da Causa
• Art. 291.  A toda causa será atribuído valor certo, ainda
que não tenha conteúdo econômico imediatamente
aferível.
• Art. 292.  O valor da causa constará da petição inicial ou
da reconvenção e será:
• I ­ na ação de cobrança de dívida, a soma monetariamente
corrigida do principal, dos juros de mora vencidos e de
outras penalidades, se houver, até a data de propositura
da ação;
• II ­ na ação que tiver por objeto a existência, a validade, o
cumprimento, a modificação, a resolução, a resilição ou a
rescisão de ato jurídico, o valor do ato ou o de sua parte
controvertida;
Continuação

• III ­ na ação de alimentos, a soma de 12 (doze)
prestações mensais pedidas pelo autor;
• IV ­ na ação de divisão, de demarcação e de
reivindicação, o valor de avaliação da área ou
do bem objeto do pedido;
• V ­ na ação indenizatória, inclusive a fundada
em dano moral, o valor pretendido;
Continuação

• VI ­ na ação em que há cumulação de pedidos, a
quantia correspondente à soma dos valores de
todos eles;
• VII ­ na ação em que os pedidos são alternativos,
o de maior valor;
• VIII ­ na ação em que houver pedido subsidiário,
o valor do pedido principal.
Continuação

• § 1 o Quando se pedirem prestações vencidas e vincendas,
considerar­se­á o valor de umas e outras.
• § 2 o O valor das prestações vincendas será igual a uma
prestação anual, se a obrigação for por tempo indeterminado
ou por tempo superior a 1 (um) ano, e, se por tempo inferior,
será igual à soma das prestações.
• § 3 o O juiz corrigirá, de ofício e por arbitramento, o valor da
causa quando verificar que não corresponde ao conteúdo
patrimonial em discussão ou ao proveito econômico
perseguido pelo autor, caso em que se procederá ao
recolhimento das custas correspondentes.
• Controle de Admissibilidade da Petição Inicial
Possíveis Atitudes do Juiz

• Saneamento da inicial
• Indeferimento da inicial
• Improcedência liminar
• Despacho liminar positivo
• Saneamento da Petição Inicial
Saneamento da Petição Inicial

• CPC
• Art. 321. O juiz, ao verificar que a petição inicial não
preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou que
apresenta defeitos e irregularidades capazes de
dificultar o julgamento de mérito, determinará que o
autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a
complete, indicando com precisão o que deve ser
corrigido ou completado.
• Parágrafo único. Se o autor não cumprir a diligência, o
juiz indeferirá a petição inicial.
Segunda Seção do STJ
• Com base nesse entendimento, concluiu‐se que mesmo
quando descumprido o prazo de 10 dias para a
regularização da petição inicial, por tratar‐se de prazo
dilatório, caberá ao juiz, analisando o caso concreto,
admitir ou não a prática extemporânea do ato pela
parte. Precedentes citados: REsp 871.661‐RS, DJ
11/6/2007, e REsp 827.242‐DF, DJe 1º/12/2008. REsp
1.133.689‐PE, Rel. Min. Massami Uyeda, julgado em
28/3/2012.
Quarta Turma do STJ
• "A jurisprudência deste Tribunal, em observância aos
princípios da instrumentalidade das formas, da
celeridade, da economia e da efetividade processuais
admite, excepcionalmente, a emenda da inicial após o
oferecimento da contestação quando tal diligência não
ensejar a modificação do pedido ou da causa de pedir,
como na hipótese dos autos. Precedentes" (STJ ‐ Quarta
Turma, AgRg no AREsp 197.630/MS, Rel. Ministro Marco
Buzzi, DJe 14/12/2016).
• Indeferimento da Petição Inicial
CPC

• Art. 330. A petição inicial será indeferida quando:
• I – for inepta;
• II – a parte for manifestamente ilegítima;
• III – o autor carecer de interesse processual;
• IV – não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321.
Continuação

• § 1º Considera‐se inepta a petição inicial quando:
• I – lhe faltar pedido ou causa de pedir;
• II – o pedido for indeterminado, ressalvadas as
hipóteses legais em que se permite o pedido genérico;
• III – da narração dos fatos não decorrer logicamente a
conclusão;
• IV – contiver pedidos incompatíveis entre si.
Continuação

• § 2º Nas ações que tenham por objeto a revisão de
obrigação decorrente de empréstimo, de financiamento ou
de alienação de bens, o autor terá de, sob pena de inépcia,
discriminar na petição inicial, dentre as obrigações
contratuais, aquelas que pretende controverter, além de
quantificar o valor incontroverso do débito.
• § 3º Na hipótese do § 2º, o valor incontroverso deverá
continuar a ser pago no tempo e modo contratados.
• Improcedência Liminar
Improcedência liminar: NCPC
• Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o
juiz, independentemente da citação do réu, julgará
liminarmente improcedente o pedido que contrariar:
• I – enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou
do Superior Tribunal de Justiça;
• II – acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou
pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de
recursos repetitivos;
• III – entendimento firmado em incidente de resolução de
demandas repetitivas ou de assunção de competência;
• IV – enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre
direito local.
• § 1º O juiz também poderá julgar liminarmente
improcedente o pedido se verificar, desde logo, a
ocorrência de decadência ou de prescrição.
• § 2º Não interposta a apelação, o réu será intimado do
trânsito em julgado da sentença, nos termos do art.
241.
• § 3º Interposta a apelação, o juiz poderá retratar‐se em
5 (cinco) dias.
• § 4º Se houver retratação, o juiz determinará o
prosseguimento do processo, com a citação do réu, e,
se não houver retratação, determinará a citação do réu
para apresentar contrarrazões, no prazo de 15 (quinze)
dias.
Questão
É possível ampliar ou
interpretar de forma
extensiva as hipóteses
do art. 332 do CPC (v.g.
, improcedência
liminar do pedido que
contrarie decisão do
STF em controle
concentrado de
constitucionalidade)?
Jornada de Direito Processual Civil do CJF

• CJF 22 – Em causas que dispensem a fase


instrutória, é possível o julgamento de
improcedência liminar do pedido que contrariar
decisão do Supremo Tribunal Federal em
controle concentrado de constitucionalidade ou
enunciado de súmula vinculante.
Questão
A impossibilidade
jurídica do pedido
é uma hipótese de
improcedência
liminar?
• Despacho Liminar Positivo
LITISCONSÓRCIO
• Conceito
• Classificações
Classificações

• Ativo, passivo ou misto
• Inicial ou ulterior
• Simples ou unitário
• Facultativo ou necessário
Litisconsórcio Unitário

• Art. 116. O litisconsórcio será unitário quando, pela


natureza da relação jurídica, o juiz tiver de decidir o
mérito de modo uniforme para todos os litisconsortes.
Litisconsórcio Facultativo

• Art. 113. Duas ou mais pessoas podem litigar, no


mesmo processo, em conjunto, ativa ou passivamente,
quando:
• I – entre elas houver comunhão de direitos ou de
obrigações relativamente à lide;
• II – entre as causas houver conexão pelo pedido ou
pela causa de pedir;
• III – ocorrer afinidade de questões por ponto comum
de fato ou de direito.
Litisconsórcio Necessário

• Art. 114. O litisconsórcio será necessário por disposição


de lei ou quando, pela natureza da relação jurídica
controvertida, a eficácia da sentença depender da citação
de todos que devam ser litisconsortes.
• Litisconsórcio Facultativo e Unitário
CC
• Art. 1.314. Cada condômino pode usar da coisa
conforme sua destinação, sobre ela exercer todos os
direitos compatíveis com a indivisão, reivindicá‐la de
terceiro, defender a sua posse e alhear a respectiva
parte ideal, ou gravá‐la.
• Parágrafo único. Nenhum dos condôminos pode alterar
a destinação da coisa comum, nem dar posse, uso ou
gozo dela a estranhos, sem o consenso dos outros.
Combinações

• Simples e facultativo
• Simples e necessário
• Unitário e facultativo
• Unitário e necessário
LITISCONSÓRCIO NECESSÁRIO NO POLO PASSIVO

• Art. 115. A sentença de mérito, quando proferida sem a
integração do contraditório, será:
• I – nula, se a decisão deveria ser uniforme em relação a todos
que deveriam ter integrado o processo;
• II – ineficaz, nos outros casos, apenas para os que não foram
citados.
• Parágrafo único. Nos casos de litisconsórcio passivo
necessário, o juiz determinará ao autor que requeira a
citação de todos que devam ser litisconsortes, dentro do
prazo que assinar, sob pena de extinção do processo.
LITISCONSÓRCIO NECESSÁRIO NO POLO ATIVO

• O QUE OCORRE QUANDO UM LITISCONSORTE SE RECUSA A
PROMOVER A AÇÃO?
• a) não é possível promover a ação, porquanto indispensável
a presença de todos os litisconsortes;
• b) é possível promover a ação, porque não existe
litisconsorte necessário no pólo ativo, haja vista que a
Constituição assegura a todos o amplo acesso à justiça (inciso
XXXV do art. 5º da CF);
• c) é possível  promover a ação, desde que requeiram a
citação – alguns falam em intimação – do litisconsorte
recalcitrante para ingressar no processo.
Outras Espécies
• Litisconsórcio Eventual

• Litisconsórcio Sucessivo

• Litisconsórcio Alternativo
• Regimes quanto aos litisconsortes
Regimes

• Regime do litisconsórcio simples ou comum

• Regime do litisconsórcio unitário ou especial
Regimes

• Art. 117. Os litisconsortes serão considerados, em suas


relações com a parte adversa, como litigantes distintos,
exceto no litisconsórcio unitário, caso em que os atos e
as omissões de um não prejudicarão os outros, mas os
poderão beneficiar.
CPC

• Art. 1.005. O recurso interposto por um dos


litisconsortes a todos aproveita, salvo se distintos ou
opostos os seus interesses.
• Parágrafo único. Havendo solidariedade passiva, o
recurso interposto por um devedor aproveitará aos
outros quando as defesas opostas ao credor lhes forem
comuns.
• Litisconsórcio Multitudinário
Litisconsórcio multitudinário

• Litisconsórcio facultativo cujo número excessivo de


litisconsortes compremete a rápida solução do litígio,
dificulta a defesa ou o cuprimento de sentença.
• Nesse caso, o juiz, de ofício ou à requerimento, na fase
de conhecimento, na liquidação ou na execução, pode
limitar o número de litisconsortes. O pedido de
limitação interrompe o prazo da resposta ou da
manifestação.
CPC
• Art. 113.
• § 1º O juiz poderá limitar o litisconsórcio facultativo quanto
ao número de litigantes na fase de conhecimento, na
liquidação de sentença ou na execução, quando este
comprometer a rápida solução do litígio ou dificultar a
defesa ou o cumprimento da sentença.
• § 2º O requerimento de limitação interrompe o prazo para
manifestação ou resposta, que recomeçará da intimação da
decisão que o solucionar.
• Prazo Especial
Prazo especial

• Litisconsortes com procuradores diferentes possuem


prazo em dobro para todas as manifestações, desde que
os advogados pertençam a escritórios de advocacia
diferentes e que o processo seja físico (art. 229 do CPC)
Questão

• O Prazo para recorrer é contado em dobro quando


apenas um dos litisconsortes sucumbiu?
Súmula 641 do STF

• Não se conta em dobro o prazo para recorrer, quando
só um dos litisconsortes haja sucumbido.
Questão

• Litisconsortes casados, com advogados diferentes,


possuem prazo dobrado?
Terceira Turma do STJ – Informativo 506

• DIREITO PROCESSUAL CIVIL. LITISCONSORTES CASADOS. DIFERENTES


PROCURADORES. PRAZO EM DOBRO PARA CONTESTAR.
• Independentemente de requerimento, réus com diferentes
procuradores têm prazo em dobro para contestar, mesmo sendo
casados e constando como promitentes compradores no contrato de
promessa de compra e venda de imóvel. Por expressa disposição do
art. 191 do CPC, os recorrentes, enquanto permanecerem defendidos
por patronos distintos, têm prazo em dobro para oferecer
contestação. Precedentes citados: REsp 713.367‐SP, DJ 27/6/2005;
AgRg no Ag 1.085.026‐SC, DJe 25/5/2009; AgRg no Ag 830.913‐SP, DJ
23/3/2007; REsp 683.956‐MG, DJ 2/4/2007, e REsp 848.658‐SP, DJe
2/6/2008. REsp 973.465‐SP, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em
4/10/2012.
Questão

• Ocorre a dobra quando os advogados se tornam


diferentes no curso do prazo?
Terceira Turma do STJ – Informativo 518
• DIREITO PROCESSUAL CIVIL. BENEFÍCIO DO PRAZO EM DOBRO NO CASO
EM QUE OS LITISCONSORTES CONSTITUAM ADVOGADOS DIFERENTES
NO CURSO DE PRAZO RECURSAL.
• Se os litisconsortes passam a ter procuradores distintos no curso do
processo, quando já iniciado o prazo recursal, somente se aplica o
benefício do prazo em dobro à parte do prazo recursal ainda não
transcorrida até aquele momento. O art. 191 do CPC determina que
“quando os litisconsortes tiverem diferentes procuradores, ser‐lhe‐ão
contados em dobro os prazos para contestar, para recorrer e, de modo
geral, para falar nos autos”. Esse benefício não está condicionado à
prévia declaração dos litisconsortes de que terão mais de um advogado
e independe de requerimento ao juízo.
• Ocorre que, caso os litisconsortes passem a ter advogados distintos
no curso do prazo para recurso, a duplicação do prazo se dará
apenas em relação ao tempo faltante. O ingresso nos autos de
novo advogado não tem o condão de reabrir o prazo recursal já
expirado, pois, do contrário, no caso de pluralidade de partes no
mesmo polo processual, bastaria aos litisconsortes constituir
novo advogado no último dia do prazo recursal para obter
a aplicação do benefício em relação à integralidade do
prazo. Precedentes citados: REsp 336.915‐RS, Quarta
Turma, DJ 6/5/2002, e REsp 493.396‐DF, Sexta Turma, DJ
8/3/2004. REsp 1.309.510‐AL, Rel. Min. Nancy Andrighi,
julgado em 12/3/2013.
LITISCONSÓRCIO
• Conceito
• Classificações
• Ativo, passivo ou misto
• Inicial ou Ulterior
• Simples ou Unitário
Litisconsórcio Unitário

• Art. 116. O litisconsórcio será unitário quando, pela


natureza da relação jurídica, o juiz tiver de decidir o
mérito de modo uniforme para todos os litisconsortes.
• Facultativo ou Necessário
Litisconsórcio Facultativo

• Art. 113. Duas ou mais pessoas podem litigar, no


mesmo processo, em conjunto, ativa ou passivamente,
quando:
• I – entre elas houver comunhão de direitos ou de
obrigações relativamente à lide;
• II – entre as causas houver conexão pelo pedido ou
pela causa de pedir;
• III – ocorrer afinidade de questões por ponto comum
de fato ou de direito.
Litisconsórcio Necessário

• Art. 114. O litisconsórcio será necessário por disposição


de lei ou quando, pela natureza da relação jurídica
controvertida, a eficácia da sentença depender da citação
de todos que devam ser litisconsortes.
• Exceção à regra: Litisconsórcio Facultativo e Unitário
CC
• Art. 1.314. Cada condômino pode usar da coisa
conforme sua destinação, sobre ela exercer todos os
direitos compatíveis com a indivisão, reivindicá‐la de
terceiro, defender a sua posse e alhear a respectiva
parte ideal, ou gravá‐la.
• Parágrafo único. Nenhum dos condôminos pode alterar
a destinação da coisa comum, nem dar posse, uso ou
gozo dela a estranhos, sem o consenso dos outros.
Combinações

• Simples e facultativo
• Simples e necessário
• Unitário e facultativo
• Unitário e necessário
LITISCONSÓRCIO NECESSÁRIO NO POLO PASSIVO

• Art. 115. A sentença de mérito, quando proferida sem a
integração do contraditório, será:
• I – nula, se a decisão deveria ser uniforme em relação a todos
que deveriam ter integrado o processo;
• II – ineficaz, nos outros casos, apenas para os que não foram
citados.
• Parágrafo único. Nos casos de litisconsórcio passivo
necessário, o juiz determinará ao autor que requeira a
citação de todos que devam ser litisconsortes, dentro do
prazo que assinar, sob pena de extinção do processo.
LITISCONSÓRCIO NECESSÁRIO NO POLO ATIVO

• O QUE OCORRE QUANDO UM LITISCONSORTE SE RECUSA A
PROMOVER A AÇÃO?
• a) não é possível promover a ação, porquanto indispensável
a presença de todos os litisconsortes;
• b) é possível promover a ação, porque não existe
litisconsorte necessário no pólo ativo, haja vista que a
Constituição assegura a todos o amplo acesso à justiça (inciso
XXXV do art. 5º da CF);
• c) é possível  promover a ação, desde que requeiram a
citação – alguns falam em intimação – do litisconsorte
recalcitrante para ingressar no processo.
Outras Espécies
• Litisconsórcio Eventual

• Litisconsórcio Sucessivo

• Litisconsórcio Alternativo
• Regimes quanto aos litisconsortes
Regimes

• Regime do litisconsórcio simples ou comum

• Regime do litisconsórcio unitário ou especial
Regimes

• Art. 117. Os litisconsortes serão considerados, em suas


relações com a parte adversa, como litigantes distintos,
exceto no litisconsórcio unitário, caso em que os atos e
as omissões de um não prejudicarão os outros, mas os
poderão beneficiar.
CPC

• Art. 1.005. O recurso interposto por um dos


litisconsortes a todos aproveita, salvo se distintos ou
opostos os seus interesses.
• Parágrafo único. Havendo solidariedade passiva, o
recurso interposto por um devedor aproveitará aos
outros quando as defesas opostas ao credor lhes forem
comuns.
• Litisconsórcio Multitudinário
Litisconsórcio multitudinário

• Litisconsórcio facultativo cujo número excessivo de


litisconsortes compremete a rápida solução do litígio,
dificulta a defesa ou o cuprimento de sentença.
• Nesse caso, o juiz, de ofício ou à requerimento, na fase
de conhecimento, na liquidação ou na execução, pode
limitar o número de litisconsortes. O pedido de
limitação interrompe o prazo da resposta ou da
manifestação.
CPC
• Art. 113.
• § 1º O juiz poderá limitar o litisconsórcio facultativo quanto
ao número de litigantes na fase de conhecimento, na
liquidação de sentença ou na execução, quando este
comprometer a rápida solução do litígio ou dificultar a
defesa ou o cumprimento da sentença.
• § 2º O requerimento de limitação interrompe o prazo para
manifestação ou resposta, que recomeçará da intimação da
decisão que o solucionar.
• Prazo Especial
Prazo especial

• Litisconsortes com procuradores diferentes possuem


prazo em dobro para todas as manifestações, desde que
os advogados pertençam a escritórios de advocacia
diferentes e que o processo seja físico (art. 229 do CPC)
Questão

• O Prazo para recorrer é contado em dobro quando


apenas um dos litisconsortes sucumbiu?
Súmula 641 do STF

• Não se conta em dobro o prazo para recorrer, quando
só um dos litisconsortes haja sucumbido.
Questão

• Litisconsortes casados, com advogados diferentes,


possuem prazo dobrado?
Terceira Turma do STJ – Informativo 506

• DIREITO PROCESSUAL CIVIL. LITISCONSORTES CASADOS. DIFERENTES


PROCURADORES. PRAZO EM DOBRO PARA CONTESTAR.
• Independentemente de requerimento, réus com diferentes
procuradores têm prazo em dobro para contestar, mesmo sendo
casados e constando como promitentes compradores no contrato de
promessa de compra e venda de imóvel. Por expressa disposição do
art. 191 do CPC, os recorrentes, enquanto permanecerem defendidos
por patronos distintos, têm prazo em dobro para oferecer
contestação. Precedentes citados: REsp 713.367‐SP, DJ 27/6/2005;
AgRg no Ag 1.085.026‐SC, DJe 25/5/2009; AgRg no Ag 830.913‐SP, DJ
23/3/2007; REsp 683.956‐MG, DJ 2/4/2007, e REsp 848.658‐SP, DJe
2/6/2008. REsp 973.465‐SP, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em
4/10/2012.
Questão

• Ocorre a dobra quando os advogados se tornam


diferentes no curso do prazo?
Terceira Turma do STJ – Informativo 518
• DIREITO PROCESSUAL CIVIL. BENEFÍCIO DO PRAZO EM DOBRO NO CASO
EM QUE OS LITISCONSORTES CONSTITUAM ADVOGADOS DIFERENTES
NO CURSO DE PRAZO RECURSAL.
• Se os litisconsortes passam a ter procuradores distintos no curso do
processo, quando já iniciado o prazo recursal, somente se aplica o
benefício do prazo em dobro à parte do prazo recursal ainda não
transcorrida até aquele momento. O art. 191 do CPC determina que
“quando os litisconsortes tiverem diferentes procuradores, ser‐lhe‐ão
contados em dobro os prazos para contestar, para recorrer e, de modo
geral, para falar nos autos”. Esse benefício não está condicionado à
prévia declaração dos litisconsortes de que terão mais de um advogado
e independe de requerimento ao juízo.
• Ocorre que, caso os litisconsortes passem a ter advogados distintos
no curso do prazo para recurso, a duplicação do prazo se dará
apenas em relação ao tempo faltante. O ingresso nos autos de
novo advogado não tem o condão de reabrir o prazo recursal já
expirado, pois, do contrário, no caso de pluralidade de partes no
mesmo polo processual, bastaria aos litisconsortes constituir
novo advogado no último dia do prazo recursal para obter
a aplicação do benefício em relação à integralidade do
prazo. Precedentes citados: REsp 336.915‐RS, Quarta
Turma, DJ 6/5/2002, e REsp 493.396‐DF, Sexta Turma, DJ
8/3/2004. REsp 1.309.510‐AL, Rel. Min. Nancy Andrighi,
julgado em 12/3/2013.
• Intervenção de Terceiros
• ESPÉCIES
• O CPC de 2015 apresenta as seguintes espécies típicas
de intervenção de terceiros: assistência simples;
assistência litisconsorcial; chamamento ao processo;
denunciação da lide; amicus curiae e desconsideração
de personalidade jurídica.
• Assistência Simples
• Requisitos
Posição do Assistente

• Art. 121. O assistente simples atuará como auxiliar da


parte principal, exercerá os mesmos poderes e sujeitar‐
se‐á aos mesmos ônus processuais que o assistido.
• Parágrafo único. Sendo revel ou, de qualquer outro
modo, omisso o assistido, o assistente será
considerado seu substituto processual.
• Art. 122. A assistência simples não obsta a que a parte
principal reconheça a procedência do pedido, desista
da ação, renuncie ao direito sobre o que se funda a
ação ou transija sobre direitos controvertidos.
Justiça da Decisão
• Art. 123. Transitada em julgado a sentença no processo
em que interveio o assistente, este não poderá, em
processo posterior, discutir a justiça da decisão, salvo
se alegar e provar que:
• I – pelo estado em que recebeu o processo ou pelas
declarações e pelos atos do assistido, foi impedido de
produzir provas suscetíveis de influir na sentença;
• II – desconhecia a existência de alegações ou de provas
das quais o assistido, por dolo ou culpa, não se valeu.
• Assistência Litisconsorcial
• A assistência litisconsorcial é, fundamentalmente, um
litisconsórcio unitário, facultativo e ulterior(v.g., o
ingresso superveniente do herdeiro na ação proposta
por outro herdeiro para a defesa da herança –
parágrafo único do art. 1.791 e art. 1.314 do Código
Civil).
• Requisitos
• Na assistência litisconsorcial o terceiro possui relação
jurídica afirmada com a parte adversária e o interesse
jurídico para o seu ingresso se dá pela possibilidade de
a sentença atingir diretamente (e não reflexamente)
essa relação.
• Art. 124. Considera‐se litisconsorte da parte principal o
assistente sempre que a sentença influir na relação
jurídica entre ele e o adversário do assistido.
Posição do assistente

• Numa assistência litisconsorcial o assistente e o


assistido são litisconsortes e o regime aplicado a ambos
é o litisconsórcio unitário ou regime especial, vale dizer,
os atos benéficos praticados pelo assistente ou pelo
assistido produzem efeitos para ambos, mas os atos
maléficos praticados pelo assistente ou pelo assistido
não produzem efeitos, nem mesmo para quem os
praticou.
Coisa Julgada Material

• O assistente litisconsorcial, como parte que é,


normalmente é alcançado pela autoridade da coisa
julgada material (art. 506 do CPC de 2015).
• Chamamento ao Processo
Chamamento ao Processo

• Art. 130. É admissível o chamamento ao processo,
requerido pelo réu:
• I – do afiançado, na ação em que o fiador for réu;
• II – dos demais fiadores, na ação proposta contra um
ou alguns deles;
• III – dos demais devedores solidários, quando o credor
exigir de um ou de alguns o pagamento da dívida
comum.
CPC

• Art. 130.
• III – dos demais devedores solidários, quando o credor
exigir de um ou de alguns o pagamento da dívida
comum.
Primeira Seção do STJ

• DIREITO PROCESSUAL CIVIL. CHAMAMENTO
AO PROCESSO EM AÇÃO DE FORNECIMENTO
DE MEDICAMENTO MOVIDA CONTRA ENTE
FEDERATIVO. RECURSO REPETITIVO (ART. 543‐
C DO CPC E RES. 8/2008‐STJ).
Continuação

• Não é adequado o chamamento ao processo


(art. 77, III, do CPC) da União em demanda que
verse sobre fornecimento de medicamento
proposta contra outro ente federativo. Com
efeito, o instituto do chamamento ao processo
é típico das obrigações solidárias de pagar
quantia.
Continuação

• Entretanto, a situação aqui controvertida


representa obrigação solidária entre os
Municípios, os Estados, o Distrito Federal e a
União, concernente à prestação específica de
fornecimento de medicamento. Neste
contexto, por se tratar de hipótese excepcional
de formação de litisconsórcio passivo
facultativo,
Continuação
• não se admite interpretação extensiva do referido instituto
jurídico para alcançar prestação de entrega de coisa certa.
Além do mais, a jurisprudência do STJ e do STF assentou o
entendimento de que o chamamento ao processo (art. 77, III,
do CPC) não é adequado às ações que tratam de fornecimento
de medicamentos, por ser obstáculo inútil ao cidadão que
busca garantir seu direito fundamental à saúde. Precedentes
citados do STJ: AgRg no AREsp 13.266‐SC, Segunda Turma, DJe
4/11/2011; e AgRg no Ag 1.310.184‐SC, Primeira Turma, DJe
9/4/2012. Precedente do STF: RE 607.381 AgR‐SC, Primeira
Turma, DJe 17/6/2011. REsp 1.203.244‐SC, Rel. Min. Herman
Benjamin, julgado em 9/4/2014.
• Denunciação da Lide
Hipóteses

• Art. 125. É admissível a denunciação da lide, promovida


por qualquer das partes:
• I – ao alienante imediato, no processo relativo à coisa
cujo domínio foi transferido ao denunciante, a fim de
que possa exercer os direitos que da evicção lhe
resultam;
• II – àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo
contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo de
quem for vencido no processo.
Evicção

• I – ao alienante imediato, no processo relativo


à coisa cujo domínio foi transferido ao
denunciante, a fim de que possa exercer os
direitos que da evicção lhe resultam;
Direito de Regresso

• II – àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo


contrato, a indenizar, em ação regressiva, o
prejuízo de quem for vencido no processo.
CPC E FPPC: condenação direta do denunciante e
do denunciado
• Art. 128.
• Parágrafo único. Procedente o pedido da ação principal, pode
o autor, se for o caso, requerer o cumprimento da sentença
também contra o denunciado, nos limites da condenação
deste na ação regressiva.

• FPPC 121: (art. 125, II, art. 128, par. ún.) O cumprimento da
sentença diretamente contra o denunciado é admissível em
qualquer hipótese de denunciação da lide fundada no inciso II
do art. 125.
Questão

• A denunciação da lide é obrigatória?
Facultatividade da Denunciação

• Art. 1.072. Revogam‐se:
• I – o art. 22 do Decreto‐Lei nº 25, de 30 de novembro de 1937;
• II – os arts. 227, caput, 229, 230, 456, 1.482, 1.483 e 1.768 a
1.773 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil);
• Art. 125.
• § 1º O direito regressivo será exercido por ação autônoma
quando a denunciação da lide for indeferida, deixar de ser
promovida ou não for permitida.
FPPC

• FPPC 120: (art. 125, §1º, art. 1.072, II) A ausência de


denunciação da lide gera apenas a preclusão do direito
de a parte promovê‐la, sendo possível ação autônoma
de regresso.
Questão

• É possível realizar denunciação da lide sucessiva?
Denunciação Sucessiva

• Art. 125.
• § 2º Admite‐se uma única denunciação sucessiva,
promovida pelo denunciado, contra seu antecessor
imediato na cadeia dominial ou quem seja responsável
por indenizá‐lo, não podendo o denunciado sucessivo
promover nova denunciação, hipótese em que eventual
direito de regresso será exercido por ação autônoma.
• Amicus Curiae
Conceito

• O amicus curiae ou amigo da corte é um sujeito do
processo, que atua para auxiliar o julgador,
aprimorando a qualidade da decisão judicial.
• Requisitos
Condições objetivas

• a) relevância da matéria (sofisticação da causa) ou
• b) especificidade do tema objeto da demanda (fática ou
técnica, jurídica ou extrajurídica) ou
• c) repercussão social da controvérsia (transcendência
ou importância ultra partes)
Condições subjetivas

• Pessoas que podem figurar como amicus curiae: pessoa


natural ou jurídica, órgão (inclusive sem personalidade
jurídica) ou entidade especializada, com
representatividade adequada
Amicus x Assistente Simples

• a) o ingresso do amicus não exige interesse jurídico
• b) o ingresso do amicus não altera a competência
• c) o ingresso do amicus pode ser espontâneo ou provocado pelo
julgador
• d) a decisão a respeito do ingresso do amicus não admite
recurso
• e) o amicus não pode recorrer (exceto embargar de declaração e
recorrer da decisão do IRDR)
Art. 138 do CPC

• Art. 138. O juiz ou o relator, considerando a relevância


da matéria, a especificidade do tema objeto da
demanda ou a repercussão social da controvérsia,
poderá, por decisão irrecorrível, de ofício ou a
requerimento das partes ou de quem pretenda
manifestar‐se, solicitar ou admitir a participação de
pessoa natural ou jurídica, órgão ou entidade
especializada, com representatividade adequada, no
prazo de 15 (quinze) dias de sua intimação.
• Continuação
• § 1º A intervenção de que trata o caput não implica
alteração de competência nem autoriza a interposição de
recursos, ressalvadas a oposição de embargos de declaração
e a hipótese do § 3º.
• § 2º Caberá ao juiz ou ao relator, na decisão que solicitar ou
admitir a intervenção, definir os poderes do amicus curiae.
• § 3º O amicus curiae pode recorrer da decisão que julgar o
incidente de resolução de demandas repetitivas.
• Incidente de Desconsideração de Personalidade Jurídica
• Aspectos Gerais
O NCPC regula apenas o procedimento
• Art. 133.
• § 1º O pedido de desconsideração da personalidade
jurídica observará os pressupostos previstos em lei.
• § 2º Aplica‐se o disposto neste Capítulo à hipótese de
desconsideração inversa da personalidade jurídica.
• Dispensa do Incidente Autônomo
Dispensa do Incidente Autônomo
• A desconsideração pode ser requerida por meio de um
incidente ou na própria petição inicial
• Se a desconsideração for requerida na inicial, dispensa‐
se a instauração do incidente. Nesse caso será citado o
sócio (se a desconsideração for tradicional) ou a pessoa
jurídica (se a desconsideração for inversa) e não haverá
suspensão do processo.
• Incidente Autônomo
• Processos, procedimentos e fases
Processos, procedimentos e fases

• Art. 134. O incidente de desconsideração é cabível em


todas as fases do processo de conhecimento, no
cumprimento de sentença e na execução fundada em
título executivo extrajudicial.

• Art. 1.062. O incidente de desconsideração da


personalidade jurídica aplica‐se ao processo de
competência dos juizados especiais.
• Legitimidade Ativa
Legitimidade Ativa

• Credor ou MP, quando lhe couber intervir no processo.

• Obs. Flávio Yarshell não admite a propositura pelo MP
quando atua apenas como fiscal da ordem jurídica.
Participação do MP como fiscal da ordem
jurídica

• FPPC 123: (art. 133) É desnecessária a intervenção do
Ministério Público, como fiscal da ordem jurídica, no
incidente de desconsideração da personalidade jurídica,
salvo nos casos em que deva intervir obrigatoriamente,
previstos no art. 178.
Questão

• O incidente pode ser instaurado de ofício?
CPC

• Art. 2º O processo começa por iniciativa da parte e se


desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções
previstas em lei.
• Art. 133. O incidente de desconsideração da
personalidade jurídica será instaurado a pedido da
parte ou do Ministério Público, quando lhe couber
intervir no processo.
• Legitimidade Passiva
• Legitimidade Passiva

• Sócio (desconsideração tradicional) ou pessoa jurídica
(desconsideração inversa)
• Devedor x Responsável patrimonial
• Terceiro se torna parte da demanda incidental
• Sócio ou PJ apresentará manifestação interna, e não embargos de
terceiro
CPC

• Art. 674.
• § 2º Considera‐se terceiro, para ajuizamento dos
embargos:
• III – quem sofre constrição judicial de seus bens por
força de desconsideração da personalidade jurídica, de
cujo incidente não fez parte;
Procedimento
• a) requerimento de instauração do incidente, com a
demonstração dos pressupostos legais para a
desconsideração.
• b) Admissão do incidente (momento em que se
considera instaurado), comunicação ao distribuidor (para
as devidas anotações – viabilizando conhecimento por
terceiros) e suspensão do processo (suspensão ope legis,
ressalvada a prática de atos urgentes – art. 314).
Continuação

• c) citação do sócio ou pessoa jurídica (aquele cujo
patrimônio se pretende ver alcançado) para
manifestação (defesa) e requerimento de provas no
prazo de 15 dias (não basta a intimação, como ocorria à
luz do CPC de 73 – STJ, REsp 1193789)
• d) Instrução, se necessária.
• e) Decisão.
Recurso

• Agravo de instrumento – decisão do juiz (art. 1015, IV).
• Agravo interno – decisão do relator (arts. 136,
parágrafo único e 1.021)

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