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AS REDES SOCIAIS
NO SUCESSO
DAS EMPRESAS
ENTREVISTA // ROGÉRIO CARAPUÇA - PRESIDENTE DA APDC
MERCADOS // ALEMANHA
Destaque [6] 6
A importância das redes sociais na promoção
das empresas.
Entrevista [20]
Rogério Carapuça, presidente da APDC - Associação
Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações.
Mercados [24]
Alemanha.
Testemunhos das empresas Continental Mabor, Leica 20
Portugal, Inapa, OLI e Portugal Fresh.
Empresas [42]
Böllinghaus Steel e Gallo Vidro.
Bookmarks [60]
4 EDITORIAL Portugalglobal nº91
As opiniões expressas nos artigos publicados são da responsabilidade dos seus autores A aceitação de publicidade pela revista Portugalglobal não implica qualquer
e não necessariamente da revista Portugalglobal ou da aicep Portugal Global. compromisso por parte desta com os produtos/serviços visados.
Soluções
de tesouraria
para tornar
os dias úteis,
mais úteis.
Seja qual for a área ou a dimensão da sua empresa, a gestão faz-se a
cada minuto do dia. E todos contam para o seu sucesso. Por isso o
NOVO BANCO desenvolveu soluções de tesouraria que vão tornar os
seus dias mais produtivos.
• Conta Corrente
• Factoring
• NB Express Bill
• Gestão de Pagamento a Fornecedores
E muitas outras soluções que vão tornar os seus dias úteis em dias ainda
mais úteis. E que ajudam a fazer do NOVO BANCO, um banco de
referência para as empresas portuguesas.
Cada vez mais dinâmicas e inovado- O marketing nas redes sociais é uma menos uma empresa portuguesa atra-
ras, as empresas portuguesas têm forma avançada e eficiente de aumen- vés do Facebook. Em Portugal, existem
apostado fortemente na sua presen- tar as vendas dos negócios online. atualmente 5,6 milhões de utilizadores
ça nas redes sociais, nomeadamente Ajuda o negócio a criar relações mais no Facebook, 88 por cento dos quais
no Facebook, Instagram, entre outras. duradouras com as pessoas e a encon- estão ligados a pelo menos um peque-
Esta aposta permite um maior reco- trar novos clientes. no ou médio negócio, o que demons-
nhecimento e visibilidade junto de tra a importância das redes sociais.
clientes e potenciais clientes, tanto a Existem mais de 60 milhões de utiliza-
nível nacional como internacional. dores em todo o mundo ligados a pelo Nesta nova era digital é imprescindível
outubro 2016 DESTAQUE 7
A GRANDE OPORTUNIDADE
PARA AS PME PORTUGUESAS
>POR NATALIA BASTERRECHEA, DIRETORA DE ASSUNTOS PÚBLICOS DO FACEBOOK
PARA PORTUGAL E ESPANHA
As PME portuguesas são as principais Mesmo que este seja um assunto Neste contexto de globalização e digi-
impulsionadoras do crescimento eco- já abordado na política, na econo- talização, as redes sociais vieram dar
nómico: 99,9 por cento das empresas mia e nos meios de comunicação, uma grande ajuda para ligar os negó-
portuguesas são PME e pesam 67 por a maioria das pequenas empresas cios às pessoas.
cento do total do valor acrescentado lutam com os desafios da digitali-
em Portugal (contra 58 por cento na zação. No marketing, por exemplo, O Facebook veio proporcionar a todo
União Europeia). São responsáveis por sempre foi crítico e dispendioso en- o tipo de empresas as mesmas fer-
cerca de 79 por cento da empregabili- contrar os clientes, não só nos mer- ramentas para que possam crescer
dade no país, contra 67 por cento na cados internos como nos mercados facilmente e de forma efetiva – inde-
União Europeia. de exportação. pendentemente do tamanho, loca-
10 DESTAQUE Portugalglobal nº91
lização, indústria e nível de proficiên- ficar e que nenhuma empresa deve ig-
cia –, criando oportunidades para pe- norar: comunicar com mais de metade
quenas empresas, como abrir novos da população portuguesa (existem hoje
mercados e introduzir a inovação de
produtos e serviços. Nunca foi tão fá-
5,6 milhões de utilizadores em Portugal)
ou, no limite, com mais 1,7 mil milhões
360IMPRIMIR
cil ter acesso a tantos consumidores
de diferentes mercados como hoje, e
de utilizadores em todo o mundo. FACEBOOK:
tal só é possível graças a plataformas
como o Facebook.
Outro dos grandes desafios é encontrar
essas pessoas no mobile, um dos ca-
UM CANAL
Ainda recentemente, a Delloite es-
nais onde as pessoas mais consomem QUE GARANTE
informação. O Facebook é uma ótima
timava que, em 2014, o Facebook
gerou à volta de 227 mil milhões
forma para as PME chegarem aos clien- BONS
RESULTADOS
tes e encontrarem outros novos, uma
de dólares na atividade económica vez que as pessoas veem o Facebook
nos seus dispositivos móveis, em mé-
dia, 14 vezes por dia. Nunca o acesso a
“O Facebook é uma estratégias de mobile marketing esteve Com um modelo de
ótima forma para as tão próximo dos profissionais de mar- negócio 100 por cento
PME chegarem aos keting das empresas! online, a aposta no
clientes e encontrarem Facebook foi desde
outros novos, uma vez Ao criar uma página de Facebook, cedo uma necessidade
que as pessoas veem uma pequena empresa pode ter uma na estratégia da
o Facebook nos seus estratégia mobile instantânea. Hoje, 360imprimir, que se
mais de 60 milhões de pequenas em-
dispositivos móveis, caracteriza por ser
presas em todo o mundo têm uma
em média, 14 vezes uma one-stop-shop de
página no Facebook.
por dia.” produtos e serviços de
Em Portugal, 88 por cento das pes- marketing para PME e
soas no Facebook já estão ligadas pelo empresários em nome
e cerca de 4,5 milhões de empregos individual.
menos a uma pequena empresa por-
em todo o mundo.
tuguesa. Outro dado relevante é saber
que mais de 60 milhões de pessoas de
O Facebook não é certamente a única
todo o mundo estão ligadas a um ne-
resposta para enfrentar esses desafios,
gócio português no Facebook.
mas é certo que ajuda as empresas a
darem o primeiro passo e a obterem
Entender os desafios das PME é ainda
sucesso através do digital.
mais importante quando queremos
estimular e fazer esses negócios cres-
Quem diria que uma das mais con-
cer. Por essa razão, o Facebook, em
ceituadas imobiliárias portuguesas,
colaboração com a OCDE e o Banco
que emprega 50 pessoas e opera na
grande Lisboa e no Porto, nasceu de Mundial, criaram um inquérito mensal
uma simples página de Facebook? que tenta melhorar a compreensão
Ou que um dos principais canais de das PME, de forma oportuna e vol-
tada para o futuro. O “The Future of >POR CAROLINA MAÇÃ,
marketing digital da 360imprimir no
Business Survey” é uma nova fonte de COPYWRITER
Brasil seja o Facebook? Para não falar
dos muitos pequenos negócios que informação para PME, que proporcio-
saem da cozinha dos portugueses na uma nova perspetiva para negócios Fundada em 2013 com o principal ob-
como o célebre Bolo da Marta, que digitalizados, mais recentes ou esta- jetivo de ajudar as empresas a inovar e
nasceu também com uma página na belecidos há mais tempo, oferecendo melhorar as suas estratégias de comuni-
plataforma online. uma janela única para uma nova eco- cação, o foco inicial da 360imprimir foi
nomia mobilizada. a impressão, mas rapidamente a empre-
Estes e muitos outros casos demons- sa alargou horizontes e começou tam-
tram que esta oportunidade veio para natalia@fb.com bém a prestar serviços de design.
outubro 2016 DESTAQUE 11
A marca caracteriza-se por ter um mo- da empresa, explica que “a grande capital Pathena, e continuará a apos-
delo de negócio 100 por cento online vantagem do Facebook é a segmen- tar na entrada em novos mercados e
e, por isso, a aposta no Facebook assu- tação. A possibilidade de personalizar no desenvolvimento de novos produ-
miu-se desde cedo como uma necessi- os anúncios é uma opção que nos traz tos e serviços.
dade. Esta rede social foi crucial para muito valor, porque nos permite en-
potenciar e promover o crescimento tregar informação útil aos utilizadores “Nos próximos dois anos, pretende-
do negócio ao permitir captar tráfego que estão realmente interessados nos mos lançar um novo produto ou servi-
e gerar leads, criando assim inúmeras nossos produtos ou serviços”. ço a cada mês e entrar num novo mer-
oportunidades para gerar vendas. cado a cada trimestre. Para o sucesso
O CEO da empresa acrescenta ainda desta estratégia, os canais digitais,
Os resultados alcançados foram de tal que o fator de diferenciação é a gestão como o Facebook, têm um contributo
forma positivos que, no momento de eficiente dos anúncios e a sua otimiza- essencial”, conclui Sérgio Vieira.
escalar o negócio do ponto de vista in- ção – decorrente da procura constante
ternacional, não existiram hesitações em por melhores resultados. Atualmente, Para além de recorrer aos anúncios do
incluir o Facebook na estratégia. Come- já existe uma equipa dedicada exclusi- Facebook, a 360imprimir também man-
çámos por Espanha, seguiu-se o Brasil e, vamente à análise da performance ob- tém uma gestão diária das funcionali-
mais recentemente, o México. No total tida com o investimento no Facebook dades não pagas desta rede social, que
dos quatro mercados, o Facebook re- – o que traduz a importância que a conta com uma comunidade de 250 mil
presenta cerca de 30 por cento das ven- empresa atribui a este canal. seguidores. A empresa também explora
das da 360imprimir e, todos os meses, outras redes sociais, como o Twitter, o
mais de seis milhões de pessoas veem os No futuro, esta rede social continuará Google+, o LinkedIn e o Instagram, e
anúncios da marca nesta rede social. a ter um papel de destaque. A 360im- conta ainda com um blog.
primir fechou recentemente uma ron-
Mas como conseguir obter um retor- da de investimento de três milhões de www.360imprimir.pt
no tão positivo? Sérgio Vieira, CEO euros, por parte do fundo de venture www.facebook.com/360imprimirPT
12 DESTAQUE Portugalglobal nº91
ADCLICK
COMO POTENCIAR UM PRODUTO E CRIAR
VALOR COM AS REDES SOCIAIS
Já não é novidade para ninguém que as redes sociais, em particular o Facebook, são
um canal premium para uma boa estratégia de comunicação e exposição de uma
marca e para a criação de uma relação forte e duradoura com os seus consumidores.
LARANJINHA
mization. A nível de fidelização do uti-
lizador, conseguimos também observar
indicadores muito relevantes, como 50
por cento de returning visitors. UMA APOSTA SÓLIDA NA
A marca Vida Ativa é hoje reconhe- INOVAÇÃO E NAS NOVAS
cida e valorizada tanto por consumi-
dores como por clientes em Portugal TECNOLOGIAS
e no Brasil.
sa de forma mais clara a sua opinião; compra, mostrando detalhes de pe- Por esse motivo, a própria estratégia
ou através de mensagens privadas. Este ças ou tendências de cores e padrões. da marca está neste momento muito
feedback em tempo real é precioso, e Já no Twitter, queremos informar em direcionada para os canais online, nos
se uma marca falhar na resposta ime- tempo real as novidades da marca, en- quais a empresa tem vindo a fazer al-
diata pode comprometer uma boa re- caminhando os nossos seguidores para guns investimentos. Existe neste mo-
lação com o cliente. Por esse motivo, a nossa loja online. Por outro lado, no mento uma aposta na promoção da
temos equipas que se dedicam à ges- Pinterest o objetivo é posicionar a mar- loja online através de publicidade no
tão da página, de forma a garantir um ca como marcador de tendências. Facebook, ferramenta através da qual
acompanhamento constante e conse- é possível segmentar o mercado ao
quentemente a satisfação do cliente. Estas plataformas permitem-nos levar a pormenor e chegar com exatidão ao
marca a cada cliente, de forma perso- público-alvo (faixas etárias, naciona-
Para além do Facebook, a marca está nalizada e mais direta. É possível ajus- lidade, interesses, entre outros). Para
também presente em redes sociais tar cada mensagem a diferentes públi- além disso, é mais fácil medir o retor-
cos, responder às suas necessidades e no do investimento e ajustar rapida-
como o Instagram, Twitter e Pinterest.
mente a estratégia de comunicação.
Para cada uma delas há objetivos di- acompanhar as tendências em tempo
ferentes. No Instagram, por exemplo, real. Uma realidade totalmente distinta
Num futuro próximo, a célebre frase
pretendemos provocar o desejo de daquela que se vivia há 35 anos!
“Metade do dinheiro que invisto em
publicidade é desperdiçado; só não
sei qual das metades” deixará de fazer
sentido, pelo menos no que respeita à
comunicação online, tal é o controlo
que se consegue obter sobre o investi-
mento realizado.
www.laranjinha.com
www.facebook.com/laranjinhasin-
ce1981
outubro 2016 DESTAQUE 15
SPAL
UMA FORTE APOSTA NAS REDES SOCIAIS
A SPAL procura, através do Facebook, aumentar a notoriedade e a visibilidade
da marca, reforçar o seu posicionamento e alicerçar o relacionamento com as
diferentes organizações com as quais interage, quer a nível institucional,
quer a nível comercial.
VIVAFIT
A IMPORTÂNCIA DO FACEBOOK
PARA CONQUISTAR MAIS CLIENTES
A Vivafit, multinacional portuguesa detentora da maior cadeia de ginásios
femininos em Portugal e com uma forte presença Internacional, utiliza grande
parte das redes sociais para chegar a um maior público, nomeadamente o
Facebook, Instagram, Linkedin, Twiter e Google+.
O Facebook é a rede social mais usa- são privilegiados os info ads para o
da para atingir organicamente fãs, mesmo objetivo.
amigos de fãs e não fãs. A página
é gerida numa base de dois posts Como franchising que somos, a nível
diários, em que são privilegiados os de publicidade não a fazemos apenas
vídeos de dicas técnicas, das moda- para Business to Consumer mas tam-
lidades existentes nos centros, de bém para Business to Business. No en-
aulas ao vivo, de testemunhos de tanto, neste caso, em termos de rede
sócias, entre outros. social, optamos pelo Linkedin para an-
gariação de prospects interessados no
Por sua vez, as publicações de ima- >POR DÉBORA MURO, franchising apenas nos países onde o
gens alternam entre temas educati-
MARKETING SPECIALIST Google não é significativo.
vos, motivacionais, nutrição e receitas
simples e saudáveis. www.vivafit.pt
segmentar o público-alvo em termos www.facebook.com/Vivafit-
Cada centro Vivafit, tanto em Portu- de idade e localização. No Instagram International
gal como a nível internacional, tem a
sua própria página, onde se podem
publicar aspetos mais concretos de
cada localização, como por exemplo
o mapa de aulas, testemunhos de só-
cias e fazer partilhas da página cen-
tral do Vivafit, que já conta com mais
de 27 mil fãs.
ROGÉRIO
CARAPUÇA
Presidente da APDC - Associação Portuguesa
para o Desenvolvimento das Comunicações
Quais são os maiores desafios que se colo- tuir negócios existentes por outros novos. Que
cam às empresas durante o seu crescimento? vai derrubar modelos de negócio clássicos e
O desafio central de uma empresa é a dife- instituir uma nova ordem económica, mudar
renciação da sua oferta perante os potenciais o balanço de poder entre organizações e en-
clientes. É necessário ter uma oferta diferen- tre regiões do mundo até colocar desafios à
ciada relativamente aos seus concorrentes, própria noção de Estado de Direito. Portanto,
pensada para resolver um problema específico hoje é perfeitamente possível uma pequena
dos clientes potenciais, numa área com valor
significativo para eles.
“Estamos hoje num
Em segundo lugar, a empresa deve manter o mundo global em que a
seu foco na promoção dessa oferta sem disper- transformação digital afeta
sar meios noutros objetivos diferentes mas que
já todos os negócios.”
não contribuem para essa diferenciação.
Mito #3: Tenho várias ofertas: todas são impor- A tecnologia é importante, mas as pessoas
tantes. Ao contrário, o foco é imprescindível. são ainda mais importantes?
Sim. Selecionar e gerir pessoas, relacionar-se com
Mito #4: Preciso de muitos anos para conse-
pessoas, quer sejam colaboradores, clientes, in-
guir crescer. Não é necessariamente assim.
vestidores, colegas de equipa, etc., são compe-
Hoje há empresas globais que há 10 anos não
tências fundamentais para estar nos negócios. A
existiam e que têm um valor enorme.
tecnologia é uma fonte inesgotável de transfor-
Mito #5: O meu caso é diferente. Ninguém se mação mas são as pessoas que a aplicam.
compara a nós. Em geral isso não é assim. Pro-
Que importância atribui à realização, de
vavelmente não procurámos estudar suficien-
novo em Lisboa, dos BEFA? Que benefícios
temente bem as diferenças e semelhanças face
daí podem retirar as empresas portuguesas?
aos concorrentes.
Celebrar sucessos e comportamentos não é um
ponto forte da cultura empresarial portuguesa.
“O coaching pode ser É, no entanto, muito importante para sublinhar
os caminhos mais corretos em todos os setores
importante para os
da atividade económica. Para mostrar exem-
empresários refletirem sobre plos. Para celebrar o sucesso de outros. O suces-
as suas opções de vida e so deve ser acarinhado e divulgado. Um evento
sobre a forma como utilizam como este é também uma excelente oportuni-
a sua energia e como lidam dade para conhecer novas pessoas, aprender
com elas, e reforçar o nosso networking que é
com vários dilemas com que
tão importante para os negócios.
se deparam.”
ALEMANHA
Portugal e a Alemanha mantêm um sólido e duradouro relacionamento. A
Alemanha é um importante parceiro económico do nosso país, quer em termos de
comércio de bens e serviços, quer enquanto investidor em Portugal, sendo ainda
um relevante emissor de turistas.
LISBOA-BERLIM
UMA RELAÇÃO DE PROXIMIDADE
As relações entre Portugal e a Alemanha têm atingido nos últimos anos novos
patamares de intensidade e proximidade. Neste contexto, o ano de 2016
não é uma exceção.
nais para a Alemanha, como Angola, – sob pena de criar um precedente grande qualidade e, pela nossa parte,
Moçambique ou a Venezuela, pode perigoso do qual a Europa dificil- continuamos a acreditar na necessi-
representar, no futuro, uma grande mente recuperaria. dade – até na inevitabilidade – de um
oportunidade de sinergias com em- reforço da arquitetura incompleta da
presas alemãs. Para além das negociações com o moeda única. Continuaremos tam-
Reino Unido, os restantes 27 Estados- bém a pugnar pela importância da
Mas é no seio da própria Europa que -membros da UE estão neste momen- coesão e da convergência económi-
reside o maior potencial para um re- to em pleno debate sobre o futuro da cas, condições necessárias para que
forço da colaboração entre os dois UE. Mais uma vez, independentemen- a Zona Euro, e a UE no seu conjunto,
países, com o objetivo comum de te dos temas concretos, a Alemanha e se tornem mais resilientes em relação
eliminar as incertezas e a instabilida- Portugal partilham uma aposta euro- a futuras crises.
de de que neste momento padece o peia transversal, isto é, uma vontade
projeto europeu. política em aprofundar o projeto euro- Uma palavra ainda sobre a promo-
peu nas áreas onde se conclua que as ção – política, económica, cultural –
Desde já através de uma coordena- respostas europeias acrescentam valor de Portugal na Alemanha. Em última
ção estreita no âmbito das nego- à mera soma de respostas nacionais análise, o que conta, na Alemanha
ciações com o Reino Unido relati- avulsas – por exemplo, nos domínios como noutros países, são os resulta-
vamente ao futuro das relações de da segurança interna e externa. dos. Quer se trate de estabilidade po-
Londres com a União Europeia pós- lítica, de consolidação orçamental, ou
-Brexit. Portugal e a Alemanha têm Também no que diz respeito ao fu- de crescimento económico, ou, acima
relações económicas estreitas com turo da UEM, Portugal e a Alemanha de tudo, de firmeza na defesa dos
o Reino Unido e pugnarão pela sua concordam inteiramente quanto aos valores europeus fundamentais, os
preservação. Ao mesmo tempo, Ber- fins: uma Zona Euro unida, mais re- nossos interlocutores institucionais e
lim e Lisboa partilham a convicção sistente a crises e mais competitiva.
empresariais neste país vão podendo
de que a integridade do mercado Ainda que nem sempre a mesma una-
confirmar que, num contexto europeu
único e das suas quatro liberdades nimidade se possa registar quanto
e internacional marcado pela instabili-
é fundamental, não podendo ser sa- aos meios, Lisboa e Berlim têm nesta
dade, Portugal continua a ser, como
crificados com o intuito de preservar matéria, em conjunto com os restan-
sempre foi, um parceiro de confiança,
o pleno acesso ao mercado britânico tes 17 países do Euro, um diálogo de
na Europa e para além dela.
mail@botschaftportugal.de
outubro 2016 MERCADOS 27
ocupou-se principalmente de si própria das empresas portuguesas contribui de fornecedores e empresas de referên-
durante um período de dez anos: as para a promoção da internacionaliza- cia, são alguns dos exemplos que po-
exportações estagnaram e a Alemanha ção da economia portuguesa, e das dem ser mencionados. As grandes em-
importou mais do que exportou. Com nossas exportações. presas alemãs como a Siemens, a Bosch
a viragem do século foi implementada e a Continental Mabor já se apercebe-
uma política focada no aumento das A Alemanha é um dos principais parcei- ram desta realidade e têm vindo a criar
exportações e baseada num congela- ros comerciais de Portugal e o principal em Portugal centros tecnológicos e de
mento dos salários alemães. Entre 1998 investidor direto estrangeiro em termos desenvolvimento onde potenciam o co-
e 2008 os custos unitários do trabalho industriais. Estrategicamente é o primei- nhecimento e o valor dos nossos enge-
cresceram apenas 4,4 por cento na Ale- ro e principal motor para o aumento da nheiros. Por seu lado, o grupo alemão
manha, contra 19 por cento em média capacidade de inovação na economia Eberspaecher anunciou a construção
na zona Euro. A parte dos salários no portuguesa. O investimento alemão em de uma nova fábrica de tecnologia de
valor acrescentado desceu de 66,3 por Portugal permite o acesso a capital hu- escape em Portugal. A nova instalação
cento, em 2000, para 62,2 por cento mano com maiores níveis de formação, irá fornecer, no futuro, componentes
em 2007, refletindo aumentos salariais a organizações mais bem adaptadas aos de Hot-End e Cold-End para veículos a
bem abaixo dos ganhos de produtivi- processos de inovação e a redes inter- gasóleo e gasolina a fábricas de cons-
dade. Esta pressão intensa exercida nos nacionais de conhecimento e parcerias. trutores de automóveis europeus, com
custos do trabalho durante uma década uma capacidade de produção anual de
inteira não teve equivalente em outro A fábrica da Volkswagen Autoeuropa 2,5 milhões de componentes de escape.
país na Europa. Esta política de auste- em Palmela é um bom exemplo e repre-
ridade aplicada na Alemanha, em con- senta um dos mais importantes investi- Em Berlim o modelo da diplomacia
traciclo com o resto da Europa, resulta mentos industriais estrangeiros até hoje económica que temos seguido permite
que, ao contrário de muitos países euro- executados em Portugal. Enquanto país que a Embaixada de Portugal, os Con-
peus hoje em dificuldade, a Alemanha emissor de investimento direto estran- sulados-Gerais na Alemanha, o Institu-
possa apresentar um clima de confiança geiro a Alemanha continua a ter a má- to Camões, o Centro de Negócios da
na sua situação atual. O bom desempe- xima importância para Portugal, sendo AICEP e a Representação do Turismo de
nho da economia no segundo trimes- o principal investidor industrial no nosso Portugal se alavanquem mutuamente
tre de 2016, garantiu emprego a 43,5 país. Portugal é hoje muito atrativo para em prol de mais e melhores exporta-
milhões de alemães, o que se traduz um investidor estrangeiro: o sistema ções nacionais, da internacionalização
num aumento de 529.000 empregos científico e universitário de qualidade, das empresas portuguesas, da promo-
relativamente ao ano anterior. A taxa de as redes de infraestruturas de telecomu- ção de Portugal e da sua imagem, e
desemprego é assim de 5,9 por cento, a nicações e logística de topo, a posição da captação de investimento direto es-
mais baixa de há 25 anos. geoestratégica do país, a ampla gama trangeiro de qualidade. A newsletter de
Relacionamento
com Portugal
Temos vindo a assistir na Alemanha
à entrada de marcas nacionais, cada
vez com maior intensidade. O reco-
nhecimento das melhores práticas
outubro 2016 MERCADOS 29
periocidade quinzenal produzida nesta O investimento português na Alema- aumento das nossas exportações, que
Embaixada, denominada „Portugal nha testemunha um interesse crescen- representam já mais de 40 por cento
aktuell: Wachstum. Investitionen. Inno- te dos agentes económicos portugue- do nosso Produto Interno Bruto (PIB).
vation“, é um exemplo desta atuação ses por este mercado. O número de Portugal foi capaz de inovar e de man-
conjunta e um veículo de informação empresas portuguesas com escritório ter os seus clusters industriais. Estes
das inúmeras atividades que vão sendo e representações permanentes no mer- clusters são hoje uma vantagem, e de-
realizadas em conjunto no mercado. De cado alemão tem vindo a crescer, tanto vem ser comunicados de forma exaus-
referir também o apoio que temos tido na área industrial como comercial. O tiva. A afirmação internacional dos
na operacionalização de alguns eventos fabricante de autoclismos Oliveira & Ir- nossos clusters mostra que as nossas
por parte dos hotéis portugueses em mão (OLI) arrancou este ano com uma empresas possuem vantagens compe-
Berlim, das marcas Pestana e Sana, am- sucursal na Alemanha, aproximando- titivas e que os nossos produtos estão
bos excelentes quatro estrelas superio- -se assim do mercado alemão. A OLI entre os melhores do mundo.
res e localizados em zonas de prestigio Sanitärsysteme GmbH está instalada
de Berlim. São um exemplo da forma na cidade de Möckmühl, a norte de Acredito que a nova era digital irá be-
como, em sinergia, as empresas de ca- Estugarda, onde passa a coordenar e neficiar as empresas portuguesas que
pital português no estrangeiro podem desenvolver as operações comerciais fornecem o mercado alemão, dado
ser uma mais-valia na promoção do e logísticas junto de retalhistas espe- que o fator proximidade irá constituir
nosso país e das nossas marcas. cializados e distribuidores alemães. A uma vantagem adicional para o for-
Sonae Sierra adquiriu a antiga sede, necimento rápido de produtos “cus-
O Centro de Negócios da AICEP em tomizados”. Participei recentemente
em Nuremberga, da empresa alemã de
Berlim está consciente que os desafios no Roadshow Portugal Global, organi-
venda por catálogo Quelle. Trata-se de
crescentes que a globalização cria, zado pela AICEP em Aveiro, onde foi
um dos maiores edifícios da Alemanha,
significam que as soluções requerem apresentado e discutido com grande
que deverá dar lugar a um complexo
uma visão global da promoção inter- interesse o conceito Indústria 4.0. O
imobiliário com componentes de reta-
nacional da nossa economia. Com tema principal de muitas conferências
lho e escritórios.
esta nova realidade a presença empre- na Alemanha tem sido a Industrie 4.0,
sarial portuguesa na Alemanha deve que é também a buzzword do mo-
encorajar os empresários portugueses
Competitividade mento em termos industriais. Trata-se
a reforçarem as suas competências, a e oportunidades de um novo conceito de “indústria in-
cooperarem entre si, dado que per- A grande abertura da economia por- tegrada”, que para muitos é a “quarta
mite um melhor conhecimento do tuguesa nos últimos anos, impulsio- revolução industrial”, e que aposta em
mercado alemão, e da presença por- nada pelo espírito empreendedor dos levar a internet para dentro da fábrica.
tuguesa na Alemanha. empresários portugueses, permitiu o Os componentes vão passar a ter uma
identidade dupla, uma para o mundo
real e outra para um registo digital.
Com o objetivo de resistir à concorrên-
cia internacional, estão a ser desenvol-
vidos os chamados Cyber-Physical Pro-
duction Systems (CPPS) com máquinas,
sistemas de armazenagem e meios de
produção inteligentes.
exemplo da forma como se aplica em com excelentes resultados para os parti- empresas a exportar para a Alemanha
Berlim o modelo da diplomacia eco- cipantes. Na área das frutas e legumes, (2.853 em 2012).
nómica. Congregando as empresas e a Portugal Fresh é um exemplo de ex-
as entidades nacionais com presença celência de atuação de um cluster na- Os nossos projetos são ambiciosos e
nestas feiras com as entidades organi- cional, tendo as exportações deste setor para a sua prossecução trabalhamos em
zadoras, temos procurado aumentar a crescido exponencialmente, fruto dos estreita colaboração com associações
sua visibilidade e melhorar em simultâ- esforços conjuntos e da participação e confederações alemãs generalistas
neo o relacionamento institucional. A de Portugal como país parceiro na feira e setoriais, que estão conscientes dos
forma como as empresas nacionais de Fruit Logistica. Hoje quem entrar num desafios que o nosso país enfrenta no
alguns setores se apresentaram revela supermercado na Alemanha já pode ad- momento atual. Os nossos parceiros
que temos vários clusters nacionais de quirir fruta portuguesa, com destaque têm permitido identificar e contactar
sucesso o que deve orgulhar todos os para a pera rocha e os frutos vermelhos. as pessoas certas e que melhor podem
portugueses. Os têxteis-lar, as frutas e No ramo alimentar, a Viniportugal, a ajudar aos negócios das nossas empre-
legumes, os vinhos, o calçado, as cerâ- PortugalFoods e a Inovcluster apresen- sas. A promoção da “Marca Portugal”
micas e porcelanas e as utilidades do- tam também bons exemplos de proje- é um dos grandes desafios que temos
mésticas impressionam particularmen- tos conjuntos de promoção de Portugal. pela frente. A nossa intelligence e a nos-
te pela força e número de empresas Na área dos produtos de consumo, a sa experiência estão ao serviço de todas
presentes em feiras da especialidade na APICCAPS, a NERLEI, a Seletiva Moda, as empresas que se sintam motivadas
Alemanha. Temos recebido os maiores a ATP - Associação Têxtil e Vestuário de para atuar neste mercado. Em novem-
elogios à participação portuguesa e à Portugal, etc. são também exemplos de bro próximo, fruto do reconhecimento
da nossa atuação no mercado, Portugal
vai ter destaque no simpósio anual da
associação de compradores alemães,
a BME, onde, perante uma plateia de
1.500 compradores alemães, o ministro
da Economia português irá apresentar
as razões que devem motivar um com-
prador alemão a apostar em Portugal.
RELACIONAMENTO ECONÓMICO
PORTUGAL - ALEMANHA
A Alemanha é um importante parceiro económico de Portugal, sendo o 3º maior
cliente dos bens portugueses. No turismo, a Alemanha assume igualmente uma
posição de relevo.
As exportações de bens e serviços relativos ao período de janeiro a ju- levância para a economia portugue-
portugueses para a Alemanha as- lho de 2016 indicam subidas em am- sa, surgindo, em 2015, em 3º lugar
cenderam a 8.099 milhões de euros bos os fluxos para 11,2 por cento e (a seguir a Espanha e França) como
em 2015, enquanto as importações 13 por cento respetivamente. Desde cliente, e ocupando o 2º lugar como
ultrapassaram os 8.500 milhões de 2011 que as exportações de bens e fornecedor de Portugal, absorvendo
euros. Em 2015, a quota da Alema- serviços para aquele mercado têm 11,8 por cento do total das expor-
nha no comércio internacional por- vindo a aumentar. tações e fornecendo 12,9 por cento
tuguês de bens e serviços foi de 10,9 do total das importações nacionais.
por cento, enquanto cliente, e de 12 No comércio de bens o mercado No período de janeiro a julho deste
por cento como fornecedor. Dados alemão tem um papel da maior re- ano, as quotas registadas foram, res-
petivamente, 12,1 por cento e 13,8 dutos para a Alemanha aumentou de de serviços para a Alemanha ascendeu
por cento. 2. 676, em 2011, para 2.983 em 2015. a 2.330 milhões de euros, contra 940
milhões de euros em importações.
As exportações portuguesas de bens No que respeita às importações, o
para a Alemanha apresentaram, em grau de concentração é igualmen- As viagens e turismo e os transportes
2015, um grau de concentração ele- te elevado, com 55,9 por cento das são os principais serviços exportados
vado, uma vez que apenas dois gru- aquisições em 2015 respeitando para a Alemanha, representando, em
pos de produtos – máquinas e apare- apenas a dois grupos de produtos: 2015, 54,1 por cento e 22,6 por cen-
lhos, com 28,5 por cento, e veículos veículos e outro material de trans- to, respetivamente, do valor global,
e outro material de transporte, com porte (30,3 por cento do total) e má- evidenciando a importância do turis-
22,5 por cento – representavam mais quinas e aparelhos (25,6 por cento). mo alemão para Portugal. Do lado
de metade (51 por cento) do valor Dos restantes grupos de produtos, das importações, surgiam em primei-
global expedido para aquele mercado. destacavam-se ainda, em 2015, os ro lugar os outros serviços fornecidos
produtos químicos (14,1 por cento por empresas com 34,6 por cento,
Dos restantes grupos de produtos ex- do total das compras), os plásticos e seguindo-se as viagens e turismo com
portados destacam-se os plásticos e borracha (6,3 por cento) e os metais 24,4 por cento e os transportes com
borracha (8 por cento do valor global), comuns (5,8 por cento). 21,3 por cento.
os produtos químicos (6,1 por cento),
o calçado (6 por cento) e os metais co- Em termos de grau de intensidade Refira-se que a Alemanha assume uma
muns (5,3 por cento). tecnológica, a estrutura quer das ex- posição muito importante no turismo
portações quer das importações era, português, contribuindo com mais de
Nos primeiros sete meses deste ano em 2015, dominada pelos produtos 4,36 milhões de dormidas em 2015 e
mantinha-se a mesma estrutura no de média-alta tecnologia. com 1.260 milhões de euros em re-
que respeita aos primeiros três grupos ceitas, as quais representaram 11 por
de produtos mais exportados para o Serviços e turismo cento do total das receitas realizadas
mercado alemão, assinalando-se, po- Também no setor dos serviços o mer- por estrangeiros. No período de 2011-
rém, uma quebra 11,5 por cento nas cado alemão tem um papel relevan- 2015, as dormidas de turistas alemãs
expedições de veículos e outro ma- te para a economia portuguesa quer em Portugal aumentaram 9 por cento
terial de transporte relativamente ao como cliente de Portugal, quer como e as receitas cresceram 11,6 por cen-
mesmo período de 2015. fornecedor, apresentando um saldo to. Os dados disponíveis para este ano
comercial favorável ao nosso país, ao confirmam a consolidação da posi-
De acordo com o INE, o número de em- contrário do que acontece com o co- ção da Alemanha enquanto mercado
presas portuguesas que exportam pro- mércio de bens. Em 2015, a exportação emissor de turistas para Portugal.
34 MERCADOS Portugalglobal nº91
TESTEMUNHOS DE EMPRESAS
Fruto do forte relacionamento económico entre Portugal e a Alemanha, são
muitos os exemplos de empresas de ambos os países presentes nestes mercados,
seja enquanto investidoras, seja como exportadoras de bens ou serviços.
Conheça alguns desses casos de sucesso.
CONTINENTAL MABOR
Uma forte aposta em Portugal
Em Portugal desde 1989, a Continental Mabor é o resultado de uma joint-venture
entre a alemã Continental AG (60 por cento) e a Mabor (40 por cento), sendo detida
na íntegra pela Continental AG – um dos cinco maiores fornecedores mundiais da
indústria automóvel – desde 1993. Localizada em Lousada, Vila Nova de Famalicão,
a Continental Mabor dedica-se ao fabrico de pneus para viaturas de passageiros e
aposta nos produtos de alta performance.
Atualmente com 1.794 colaboradores, a em- mente através da criação de um polo de cria-
presa exporta mais de 97 por cento da sua tividade em Portugal e do reconhecimento da
produção para 65 países diferentes. A Europa capacidade técnica dos seus colaboradores.
é o mercado predominante dos produtos da
Continental Mabor, com destaque para a Ale- www.continental-presse.de
manha, França e Espanha. Ainda que em me-
www.continental-mediacenter.com
nor volume, a empresa envia também os seus
videoportal.continental-corporation.com
pneus para os Estados Unidos, Holanda, Reino
CONTROLO
Unido e Bélgica. DE QUALIDADE
INAPA
UMA REFERÊNCIA
NO MERCADO
ALEMÃO
A Inapa está presente no
mercado alemão desde 2000,
quando adquiriu a Paper
Union, o terceiro maior
distribuidor de papel na
Alemanha, numa aposta de
sucesso relatada por Diogo
Rezende, CEO do Grupo Inapa.
www.inapa.pt
1. D
IOGO REZENDE,
CEO DO GRUPO INAPA
2. FROTA NA
ALEMANHA
2
outubro 2016 MERCADOS 37
LEICA PORTUGAL
INVESTIMENTO PRODUTIVO
E PROMOTOR DE EMPREGO
Em Portugal há 43 anos, a Leica Portugal é a
principal unidade produtiva do grupo alemão
Leica Camera AG. A empresa é responsável pela
produção de aparelhos óticos de alta precisão
da marca de máquinas fotográficas mais
famosa do mundo.
www.m.leica-camera.com
3. FÁBRICA DA LEICA
EM PORTUGAL
4. PRODUTO FINAL
5. LAVAGEM DE LENTES
38 MERCADOS Portugalglobal nº91
A OLI Sanitärsysteme GmbH está instalada na canismos, que a tornam uma das primeiras
cidade de Möckmühl, onde coordena e desen- a nível europeu na produção de mecanismos
volve as operações comerciais e logísticas jun- para a indústria cerâmica e de autoclismos
to de retalhistas especializados e distribuidores interiores e autoclismos exteriores. Refira-se
alemães. A OLI Sanitärsysteme GmbH começou que é a única empresa portuguesa a produ-
recentemente a operar no mercado alemão, co- zir autoclismos interiores. A aposta crescente
mercializando os produtos sanitários da empre- num design contemporâneo e na escolha de
sa-mãe, contando com cinco funcionários. novas tecnologias e materiais, sempre dentro
do conceito de eficiência hídrica e respeito
A Alemanha é um dos principais mercados de
pelo meio ambiente, fazem da OLI uma re-
exportação da OLI e desempenha um papel es-
ferência mundial e uma marca de excelência.
tratégico na afirmação da marca à escala global.
PORTUGAL FRESH
A IMPORTÂNCIA DO MERCADO
ALEMÃO PARA O SETOR DAS FRUTAS,
LEGUMES E FLORES
As exportações de frutas, legumes e flores portugueses
para o mercado alemão têm vindo a crescer nos últimos
cinco anos. A Alemanha é considerado um país-chave para a
internacionalização do setor.
O testemunho de Gonçalo Santos Andrade, vice-presidente e CEO
da Portugal Fresh, e administrador da Lusomorango.
“Desde 2011 que a Portugal Fresh – associa- No ano de 2015 em que Portugal foi o país-par-
ção empresarial destinada à promoção das fru- ceiro da Fruit Logistica, num trabalho fantástico
tas, legumes e flores portugueses – participa desenvolvido em conjunto pelo governo portu-
de uma forma conjunta na maior feira de fru- guês, Embaixada portuguesa em Berlim, AICEP
tas e legumes do mundo, a Fruit Logistica, que Berlim e esta Associação, foi possível contarmos
se realiza anualmente em Berlim. É na capital com 35 empresas e quase 600 metros quadra-
alemã que, todos os anos, no início de feverei-
dos de exposição. Em 2016 marcaram presença
ro e durante três dias, a maioria dos negócios
na Fruit Logistica 30 empresas em 500 metros
são planeados e muitos deles fechados. Não
quadrados de exposição, números que deverão
só para o mercado alemão mas para inúmeros
ser repetidos em fevereiro de 2017.
mercados dos cinco continentes.
Entre 2011 e 2014 cerca de 20 empresas por- O mercado alemão foi o que registou uma
tuguesas, num espaço de 300 metros quadra- maior diferença no valor das exportações por-
dos, participaram no evento. tuguesas, entre 2014 e 2015. De 9º mercado
do ranking das exportações do setor em 2014,
entrou no top 5 em 2015, representando 6,5
por cento das exportações portuguesas com
quase 80 milhões de euros. A framboesa, a
pera rocha e alguns hortícolas contribuíram
decisivamente para este valor que, estimamos,
continuará a crescer nos próximos anos.
www.portugalfresh.org
Alemanha em ficha
Risco País:
Risco geral – A (AAA = risco menor; D = risco maior) – EIU
Risco Político – AA
Área: 356 970 Km2 Risco de Estrutura Económica – A
População: 81,2 milhões de habitantes (2014)
Densidade populacional: 226,9 habitantes/ Km2 Fonte: EIU - The Economist Intelligence Unit
Endereços úteis
2016
SETÚBAL.MARÇO SANTARÉM.ABRIL GUIMARÃES.JUNHO VIANA DO CASTELO.JULHO AVEIRO.SETEMBRO LEIRIA.NOVEMBRO
Organização Patrocínio
42 EMPRESAS Portugalglobal nº91
BÖLLINGHAUS STEEL, SA
Aposta segura em Portugal
A Böllinghaus Steel fabrica barras de aço inoxidável ao fabrico de vários tipos de aço. A
que exporta para todos os continentes. De capitais gestão da empresa pertence à famí-
lia Härtel, sócia fundadora da Bollin-
alemães, a empresa tem a sua produção concentrada
ghaus juntamente com Hermann
em Vieira de Leiria, no concelho da Marinha Grande. Böllinghaus, que morreu em 1912.
Em 2015 concluiu um forte investimento na ampliação A fábrica de Remscheid foi destruída
da fábrica e sua modernização, visando o aumento da
produção e, consequentemente, da faturação.
info@boellinghaus.de
www.boellinghaus.de
FACTOS &
TENDÊNCIAS
“Global Capital com o objetivo de aumentar as pos- O Acordo é aplicável a título provisório
sibilidades destas se ligarem a cadeias desde 10 de outubro de 2016.
Confidence
de valor internacionais e aos consumi-
Barometer 15” CONSULTAR
dores, de uma forma social e ambien-
De acordo com o barómetro publica- talmente sustentável.
do recentemente pela Ernst & Young,
CONSULTAR
pela primeira vez em sete anos, o Rei- Atividade económica
no Unido deixou de integrar o “top
de Portugal 2015
5” dos países mais atrativos em ter-
mos de investimento estrangeiro, pas- Brochura publicada pelo Instituto Na-
sando a ocupar a 7ª posição, a seguir
“ASEAN cities, cional de Estatística com informação
aos EUA, China, Alemanha, Canadá, stirring the melting” estatística de síntese que permite a ca-
França e Japão. O relatório da Economist Intelligen- racterização da atividade económica
CONSULTAR ce Unit destaca o papel das princi- de Portugal, referente, entre outros,
pais cidades da ASEAN (Associação aos seguintes temas: Contas Nacio-
de Nações do Sudeste Asiático) en- nais; Empresas; Agricultura e Pescas;
“World Trade Report quanto motores do desenvolvimento Indústria e Energia; Construção e Ha-
2016 – Levelling económico da região. É de salientar bitação; Turismo; Transportes; Comér-
cio Interno e Comércio Internacional.
the trading fielding o potencial da região enquanto mer-
for SMEs” cado consumidor emergente, sendo CONSULTAR
previsível que o número de famílias
O Relatório Mundial do Comércio de classe média passe de 38 mi-
2016 da Organização Mundial do lhões, em 2015, para mais de 161
Comércio analisa a participação das milhões em 2030. A União Europeia
pequenas e médias empresas (PME)
CONSULTAR
no mundo
no comércio internacional, as quais
Seleção de estatísticas sobre a União
continuam a enfrentar significativas
Europeia comparadas com os 15 paí-
barreiras ao comércio, bem como al-
ses não pertencentes à UE do Grupo
guns dos meios para incentivar a sua
participação mais ampla e inclusiva Aplicação Provisória dos Vinte (G20), abrangendo as se-
nos mercados globais. do Acordo de Parceria guintes áreas: população, proteção
A crescente ligação entre o mundo É também nesta zona que muitas em- ção industrial e deu o exemplo de um
académico e a economia real é uma presas já desenvolvem a sua atividade case study alemão.
referência no modelo de interação da de acordo com os ditames da Indústria
indústria com as tecnologias de infor- 4.0, como sejam: a Vista Alegre, a OLI/ Por seu lado Luís Carneiro, adminis-
mação. Uma simbiose que justifica a Oliveira & Irmão, a Motofil Robotics e trador executivo da EFFRA - European
escolha da Indústria 4.0 como tema ainda o AlticeLabs@UA, um centro de Factories of the Future Research Asso-
central do evento e a cidade de Avei- investigação na área dos serviços web ciation, debruçou-se sobre a perspeti-
ro para a realização desta sessão do emergentes, tecnologias de IPTV (In- va e a evolução europeia no domínio
Roadshow Portugal Global. ternet Protocol Television), conteúdos da Indústria 4.0.
digitais, usabilidade de aplicações e
Aveiro é uma das regiões do país que experiência do utilizador, sistemas de De mencionar que o próprio conceito
tem uma forte tradição na produção experiência colaborativa ou social e da Indústria 4.0 nasceu na Alemanha,
industrial, sendo a fileira das máqui- aplicações de IoT (Internet of Things), o que motivou a escolha do mercado
nas e equipamentos o principal setor resultante de uma parceria entre a Al- alemão para destaque neste Road-
de exportação nacional. Nesta região tice e a Universidade de Aveiro. show Portugal Global. O diretor da
estão instaladas universidade, labo- AICEP em Berlim, Pedro Leão, deslo-
ratórios de investigação, assim como Foi neste contexto que Nelson Fon- cou-se a Portugal para dar a conhecer
unidades de transferência de conhe- tainhas, partner da Deloitte Portugal aos empresários as oportunidades que
cimento em matéria de digitalização apresentou uma caraterização da In- aquele país oferece no domínio da In-
da atividade económica, apresentan- dústria 4.0, identificando o que em- dústria 4.0 e que o nosso país pode
do um crescente desenvolvimento na presas e organizações devem fazer aproveitar como vantagens competiti-
área das tecnologias de informação. para acompanhar esta quarta revolu- vas se for capaz de gerar uma onda
outubro 2016 ROADSHOW PORTUGAL GLOBAL 47
de bottom-up digital innovations en- na tomada de decisão sobre os merca- seja na Industria 4.0, que é um con-
volvendo todos os setores industriais. dos de aposta e na conquista de novos ceito e não uma tecnologia.
clientes nacionais e internacionais.
No painel de debate, moderado por Em 2011, foi pela primeira vez utiliza-
António Larguesa do Jornal de Negó- No final da sessão as empresas pre- do o termo Indústria 4.0, referindo-se
cios, participaram um conjunto de em- sentes tiveram oportunidade de reunir à quarta revolução industrial que se ca-
presas de referência que partilharam com o diretor em Berlim, com speed racteriza pela digitalização da indústria
as suas experiências de negócio, quer meetings de 15 minutos cada. nos processos de produção, mas tam-
no domínio da temática em questão, bém na relação entre os vários interve-
quer na vertente da cooperação em- No âmbito deste Roadshow foi efetua- nientes da cadeia de valor, entre si e
presarial. As empresas participantes da uma visita institucional à empresa com o cliente final, gerando novos mo-
foram a Critical Manufacturing; Oli - Polisport. Nesta visita participaram Pe- delos de negócio. Tecnologias de co-
Oliveira & Irmão e OLI Sanitärsysteme dro Ortigão Correia, administrador da nectividade (IoT – Internet of Things),
GmbH; Grupo Motofil; Siemens e o AICEP, e Pedro Leão, diretor em Berlim,
sistemas ciber-físicos, materiais avança-
Millennium BCP. entre outros elementos desta agência.
dos, big data, analytics e cloud compu-
ting fazem parte desta revolução.
As oportunidades para as empresas O Roadshow Portugal Global é uma ini-
no âmbito do programa Horizonte ciativa da AICEP que conta com o apoio
do Millennium bcp e do Jornal de Negó-
Cooperação e coopeti-
2020 foi outro dos temas em evidên-
cia neste Roadshow, cabendo a Marta cios. Trata-se de uma ação de proximi- ção na Indústria 4.0
Candeias, delegada do gabinete de dade onde a agência leva conhecimen- As mudanças a adotar no âmbito da
promoção dos Programa Quadro ID&I to sobre mercados externos às regiões Indústria 4.0 exigem, por parte das
(GPPQ), efetuar a respetiva aborda- onde está instalado o tecido empresarial empresas, universidades e laborató-
gem, quer ao nível dos instrumentos nacional de forma a contribuir para es- rios de investigação, uma atitude de
de apoio disponíveis, quer das van- timular ou aprofundar os processos de partilha em rede de conhecimentos e
tagens que advêm para as empresas internacionalização das empresas. Este uma presença constante em platafor-
neste domínio. ano o Roadshow é dedicado à temática mas de colaboração internacionais. É
“Cooperação e Coopetição – a chave nesta circunstância que surge a ne-
A sessão temática foi dedicada ao tema para o sucesso nos Mercados Externos”. cessidade de uma maior cooperação
Go Global – Google Export Tools. Mário e coopetição com todos os agentes
Camões, Business Developmment Man- Indústria 4.0 envolvidos com vista à definição e
ager do Google Portugal, analisou as O desenvolvimento tecnológico da úl- concretização de estratégias de su-
ferramentas disponíveis no canal online tima década levou a que se entrasse cesso das empresas portuguesas nos
para apoiar as empresas exportadoras numa quarta revolução industrial, ou mercados externos.
48 ROADSHOW DE (RE)INVESTIMENTO Portugalglobal nº91
ROADSHOW DE (RE)INVESTIMENTO
CONTINUA A DESTACAR
BONS EXEMPLOS
A atração de investimento está no ADN da AICEP e o Roadshow de (Re)
Investimento, que arrancou em janeiro, tem vindo a destacar bons exemplos de
empresas que têm investido em Portugal. Foi neste âmbito que o presidente da
AICEP, Miguel Frasquilho, visitou a Panicongelados, a Infineon e a Procalçado em
setembro, e a Sapec Agro, a Vision-Box e a Hovione já no mês de outubro.
Ainda em setembro, o presidente da tem vindo a investir em Investigação vos para medicamentos inovadores e
AICEP visitou a Infineon, na Maia. Um e Desenvolvimento (I&D) – uma es- genéricos. A Hovione tem investido re-
centro de serviços multifuncional, que tratégia intensiva que garante a ma- petidamente no país, nomeadamente
presta serviços de contabilidade, con- nutenção da empresa na vanguarda na área da investigação estabelecendo
trolo de gestão, compras, recursos hu- mundial do setor – apostando numa parcerias com universidades.
manos, gestão de ativos, auditoria in- franca expansão pelo mundo de
terna e “corporate governance” para modo a consolidar os seus negócios O Roadshow da AICEP arrancou na Re-
o grupo alemão Infineon, nomeada- com projetos em novos países. gião Norte, já passou por Leiria, Porto,
mente para as regiões da Europa e Braga, Santarém, Lisboa e Setúbal e
América. Algumas atividades do cen- A última empresa a ser visitada nesta tem vindo a percorrer algumas deze-
tro são mesmo desenvolvidas desde o ronda do Roadshow de (Re)Investimen- nas de empresas de diversos sectores
Porto para o mundo inteiro. to foi a Hovione, uma das mais bem su- de atividade um pouco por todo o país,
cedidas empresas farmacêuticas a nível até ao final de 2016. Para a AICEP é
“A captação de investimento está no nacional e uma das mais prestigiadas fundamental continuar a realçar a im-
ADN da AICEP e é um dos motores da no âmbito internacional. Estabelecida portância do investimento já realizado
nossa economia. É por isso que im- em 1959, a multinacional com sede e estimular novos projetos ou o reforço
porta destacar os bons projetos que em Loures desenvolve princípios ati- de investimentos realizados.
já existem, agradecer às empresas que
têm vindo a investir em Portugal e que
querem continuar a fazê-lo, e também
estimular novos projetos”, afirma Mi-
guel Frasquilho.
Oportunidades
Internacionais
notícias
de Negócios
e Investimentos
No âmbito da parceria entre a AICEP
e o Instituto Politécnico do Porto (Por-
to Executive Academy), terá inicio a
edição de 2016/17 da Pós-Graduação
AICEP
em Oportunidades Internacionais de
Negócios e Investimentos. Este curso
tem em vista preparar as empresas
nacionais, em particular as PME, para
os processos de internacionalização,
sobretudo os que envolvem negócios
internacionais no âmbito das institui-
ções multilaterais e de fundos de coo-
peração europeus.
“Fórum Invest
in Portugal”
dos países de língua portuguesa. Em
O fórum económico “Invest in Portu-
simultâneo, decorreu a “Exposição de
gal”, que teve lugar em Xangai, foi
Produtos e Serviços dos Países de Lín-
coorganizado pela AICEP, pela Shanghai
gua Portuguesa”. Miguel Frasquilho,
Federation of Industry e pelo Commerce
presidente da AICEP, marcou presença
and Shanghai Foreign Investment De-
no evento, assim como Maria João Bo-
velopment Board (Invest Shanghai), no
nifácio, diretora da Agência em Macau.
âmbito da visita do primeiro-ministro de
Esta feira funciona como plataforma
Portugal à China. Teve como objetivo re-
regional de cooperação com o inte-
forçar a cooperação entre os dois países,
rior da China, especialmente com a
e diversificar os setores de investimento
Região do Delta do Rio das Pérolas,
na economia portuguesa. Em paralelo
assim como com os Países de Língua
decorreu o evento gastronómico "Fla-
Portuguesa, a União Europeia e o res-
vors of Portugal". Estiveram presentes, o
Feira Internacional to do mundo.
presidente da AICEP, Miguel Frasquinho,
de Macau e o diretor do centro de negócios da AI-
A “Cooperação – Chave para Oportu- “How to do business CEP em Xangai, Pedro Aires de Abreu,
nidades de Negócio” foi o tema da 21ª with the United entre outras individualidades e membros
Feira Internacional de Macau (MIF) que Nations & Vendors dos governos de ambos os países.
decorreu no Centro de Convenções e
Exposições do Venetian Macao-Resort-
Registration Process”
Este seminário realizou-se no âmbito GMV - Global Mobile
-Hotel. Foi organizada pelo Instituto
de Promoção do Comércio e do Inves- de uma missão a Portugal do dire- Vision 2016
timento de Macau (IPIM), e coorgani- tor da divisão de procurement das A AICEP dinamizou a participação das
zada por 15 autoridades económicas e Nações Unidas, Dmitri Dovgopoly, empresas portuguesas na 9ª edição
comerciais e associações empresariais e da responsável pelo vendor regis- da GMV - Global Mobile Vision 2016,
de Macau, China Continental e Hong tration, Christine Ryker. Teve como maior feira da República da Coreia e
Kong. Este ano Portugal é país par- objetivo promover as oportunidades uma referência internacional em ter-
ceiro. A representação portuguesa foi de negócio do procurement das di- mos de tendências, inovação e lança-
integrada no pavilhão dos países de versas organizações que compõem mento de novos produtos. Reuniu os
língua oficial portuguesa, congregan- o sistema das Nações Unidas e o principais líderes e players mundiais
do empresas de diversos setores de ati- registo no UNGM – United Nations neste domínio, com espaços dedica-
vidade, transmitindo uma forte posição Global Marketplace. dos às áreas mobile e mobile devices,
outubro 2016 NOTÍCIAS AICEP 51
020, plataformas tecnológicas, Inter- boa, à margem da visita a Portugal ção do Cluster de Competitividade
net of things (IoT), Cloud, Big data do ministro do Poder Popular para o Engineering & Tooling) organizaram,
e Telecommunications Equipment & Comércio Exterior e Investimento In- em Lisboa, o seminário “Cooperation
Technology. Portugal foi o país con- ternacional da República Bolivariana and Partnerships between Portugue-
vidado e a AICEP esteve representada da Venezuela, Jesus Faria, que deu a se Aerospace Industries and French
com um stand institucional, no qual conhecer as oportunidades de negó- Aerospace Industry Association (GI-
marcou presença a diretora do escri- cio e de investimento para as empre- FAS)”. Este evento foi realizado com
tório da AICEP em Seul, Joana Neves. sas portuguesas. Contou ainda com a o fim de se estabelecerem parcerias
presença de Lucas Rincón, embaixa- que contribuam para o reposiciona-
Oportunidades dor da Venezuela em Portugal, e do mento das empresas fornecedoras
secretário de Estado da Internacionali- portuguesas na cadeia de valor dos
de Negócio
zação de Portugal, Jorge Oliveira. setores da Aeronáutica, Espaço e De-
em São Tomé e Príncipe fesa, em especial no mercado fran-
A AICEP realizou, em Lisboa, o se- TENT London - cês. Estes setores são estratégicos
minário “Oportunidades de Negócio em Portugal e em França e têm um
Portugal Design Pavilion
em São Tomé e Príncipe”, com o ob- elevado potencial de crescimento nos
jetivo de dar a conhecer a crescente A AICEP promoveu, pela primeira vez,
próximos anos, motivado pela previ-
abertura deste mercado ao inves- na TENT London, um espaço coletivo
são de aumento no transporte aéreo.
timento direto estrangeiro ao nível de Portugal com 25 empresas, deno-
das infraestruturas físicas e logísticas minado Inspiring Portugal, com vista
a comunicar a excelência do design
do país, designadamente a constru-
português na área da decoração e do
ção de um porto comercial de águas
mobiliário. A TENT London é uma das
profundas e a expansão do aero-
feiras de design mais reconhecida a
porto internacional. Estiveram pre-
nível internacional. Estiveram presen-
sentes, o primeiro-ministro de São
tes neste evento o presidente da AI-
Tomé e Príncipe, Patrice Trovoada,
CEP, Miguel Frasquilho, e o diretor da
o ministro das infraestruturas, Car-
AICEP em Londres, Rui Boavista Mar-
los Vila Nova, membros do governo
ques, entre outras individualidades.
português e o diretor da AICEP em
São Tomé, António Aroso.
Protocolo AICEP
e Aldeias de Xisto
A AICEP celebrou, no Fundão, um
protocolo de cooperação com a Reunião na Câmara
ADXTUR- Agência para o Desenvol- de Comércio
vimento Turístico das Aldeias do Xis- Luso Americana
to com vista a qualificar a imagem
externa de Portugal através da pro-
em Nova Iorque
moção de bens e serviços produzidos Numa iniciativa conjunta entre a AI-
no interior do país, e da afirmação CEP em Nova Iorque, liderada pelo
de uma identidade eminentemente diretor Manuel Couto Miranda, e a
rural. Ao abrigo deste protocolo as Portugal-US Chamber of Commerce,
Aldeias de Xisto estiveram presentes de que é presidente Rudolfo Lavra-
no stand de Portugal na feira de de- dor, teve lugar um pequeno-almoço
sign TENT London. de trabalho no Harvard Club de Ma-
Oportunidades de nhattan que contou com a presença
do Presidente da República de Por-
Negócio e Investimento Aerospace Industry: tugal, elementos da câmara de co-
na Venezuela Partnerships mércio e figuras da vida empresarial
A AICEP organizou, em colaboração Portugal-France luso-americana, entre outras perso-
com a Embaixada da Venezuela em A AICEP, a AED Portugal (Federação nalidades. Neste encontro, entitula-
Portugal, o seminário “Oportunidades Portuguesa das Indústrias Aeronáu- do ‘Right Choice. Righ Time’, foram
de Negócio e Investimento na Vene- tica, e do Espaço) e a Pool.net (As- abordados, entre outros, temas da
zuela”. Este evento decorreu, em Lis- sociação responsável pela dinamiza- atualidade económica internacional.
52 ANÁLISE DE RISCO-PAÍS Portugalglobal nº91
COSEC
Tabela classificativa de países
Para efeitos de Seguro de Crédito à exportação
A Portugalglobal e a COSEC apresentam-lhe uma Tabela Clas- pondendo o grupo 1 à menor probabilidade de incumprimento
sificativa de Países com a graduação dos mercados em função e o grupo 7 à maior.
do seu risco de crédito, ou seja, consoante a probabilidade de As categorias de risco assim definidas são a base da avaliação do
cumprimento das suas obrigações externas, a curto, a médio e risco país, da definição das condições de cobertura e das taxas de
a longo prazos. Existem sete grupos de risco (de 1 a 7), corres- prémio aplicáveis.
Hong-Kong Arábia Saudita Bahamas África do Sul • Azerbaijão Albânia Afeganistão Libéria
Singapura * Botswana Barbados Argélia Bangladesh Angola Ant. e Barbuda Líbia
Taiwan Brunei Costa Rica Aruba Bolívia Arménia Argentina Madagáscar
China • Dep/ter Austr.b Barein Croácia Belize Bielorussia Malawi
EAUa Dep/ter Din.c Brasil • Curaçau Benim Bósnia e Herze- Mali
Gibraltar Dep/ter Esp.d Bulgária Dominicana. Rep. Butão govina Mauritânia
Koweit Dep/ter EUAe Colômbia El Salvador Cabo Verde Burkina Faso Moçambique
Lituânia Dep/ter Fra.f Guatemala Gabão Camarões Burundi Moldávia
Macau Dep/ter N. Z.g Hungria Jordânia Camboja Cent. Af. Rep. Montenegro
Malásia Dep/ter RUh Namíbia Lesoto Cazaquistão • Chade Myanmar
Trind. e Tobago Filipinas Rússia Macedónia Comores Cisjordânia / Gaza Nicarágua
Ilhas Marshall Tunísia • Paraguai Congo Congo. Rep. Dem. Níger
Índia Turquia S. Vic. e Gren. C. do Marfim Coreia do Norte Paquistão •
Indonésia Santa Lúcia Dominica Cuba • Quirguistão
Marrocos • Vietname Egipto Djibuti S. Crist. e Nevis
Maurícias Equador Eritreia S. Tomé e Príncipe
México • Fidji Etiópia Salomão
Micronésia Gana Gâmbia Serra Leoa
Oman Geórgia Grenada Síria
Palau Honduras Guiana Somália
Panamá Irão Guiné Equatorial Sudão
Peru Kiribati Guiné. Rep. da Sudão do Sul
Qatar Maldivas Guiné-Bissau • Tadzequistão
Roménia Mongólia Haiti Togo
Tailândia Nigéria Iemen Tonga
Uruguai Nauru Iraque • Ucrânia
Nepal Jamaica Venezuela
Papua–Nova Guiné Kosovo Zimbabué
Quénia Laos
Ruanda Líbano
Samoa Oc.
Seicheles
Senegal
Sérvia
Sri Lanka
Suazilândia
Suriname
Tanzânia
Timor-Leste
Turquemenistão
Tuvalu
Uganda
Uzbequistão
Vanuatu
Zâmbia
NOTAS
a) Abu Dhabi, Dubai, Fujairah, Ras Al Khaimah, Sharjah, Um Al Quaiwain e Ajma f) G
uiana Francesa, Guadalupe, Martinica, Reunião, S. Pedro e Miquelon, Polinésia
b) Ilhas Norfolk Francesa, Mayotte, Nova Caledónia, Wallis e Futuna
c) Ilhas Faroe e Gronelândia g) Ilhas Cook e Tokelau, Ilhas Nive
d) Ceuta e Melilha h) A nguilla, Bermudas, Ilhas Virgens, Cayman, Falkland, Pitcairn, Monserrat, Sta. Hel-
e) Samoa, Guam, Marianas, Ilhas Virgens e Porto Rico ena, Ascensão, Tristão da Cunha, Turks e Caicos
outubro 2016 ESTATÍSTICAS 55
INVESTIMENTO
e COMÉRCIO EXTERNO
>PRINCIPAIS DADOS DE INVESTIMENTO (IDE E IDPE). EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES.
ATIVO POR INSTRUMENTO FINANCEIRO E TIPO DE RELAÇÃO ENTRE EMPRESAS 2015 jan/ago 2016 jan/ago vh meur 16/15
PASSIVO POR INSTRUMENTO FINANCEIRO E TIPO DE RELAÇÃO ENTRE EMPRESAS 2015 jan/ago 2016 jan/ago vh meur 16/15
tvh 16/15
INVESTIMENTO DIRETO - STOCK (posição em fim de período) 2012 dez 2013 dez 2014 dez 2015 dez 2016 jun
jun/dez
Stock Ativo 68.644 71.899 77.212 77.935 79.393 1,9%
Stock Passivo 112.278 118.207 126.280 128.711 132.905 3,3%
Stock IDPE 43.184 44.087 49.005 54.699 55.784 2,0%
Stock IDE 86.818 90.395 98.074 105.475 109.296 3,6%
Unidade: Posição em fim de período em Milhões de Euros Fonte: Banco de Portugal
56 ESTATÍSTICAS Portugalglobal nº91
COMÉRCIO INTERNACIONAL
2015 2016 tvh 16/15 tvh 16/15 tvc 16/16
BENS (Exportação) 2015 tvh 2015/14
jan/ago jan/ago jan/ago ago/ago ago/jul
Exportações bens 49.826 3,7% 33.192 32.818 -1,1% 6,1% -21,6%
Exportações bens Extra UE 13.568 -3,1% 9.186 7.768 -15,4% -7,2% -9,4%
Unidade: Milhões de euros
Exp. Bens - Clientes 2016 (jan/ago) % Total tvh 16/15 Exp. Bens - Var. Valor (16/15) Meur Cont. p. p.
Exp. Bens - Produtos 2016 (jan/ago) % Total tvh 16/15 Exp. Bens - Var. Valor (16/15) Meur Cont. p. p.
Exportações serviços extra UE 7.880 4,4% 5.239 4.801 -8,4% 7,0% -3,9%
Unidade: Milhões de euros
Importações bens Extra UE 14.159 -4,9% 9.550 8.833 -8,1% 13,7% 21,8%
Unidade: Milhões de euros
Imp. Bens - Fornecedores 2016 (jan/ago) % Total tvh 16/15 Imp. Bens - Var. Valor (16/15) Meur Cont. p. p.
Imp. Bens - Produtos 2016 (jan/ago) % Total tvh 16/15 Imp. Bens - Var. Valor (16/15) Meur Cont. p. p.
Máquinas, Aparelhos 16,2% 4,9% Veículos, Out. Mat. Transporte 810 2,0
Veículos e Outro Material de Transporte 14,2% 16,9% Máquinas, Aparelhos 297 0,7
Importações serviços extra UE 4.238 3,9% 2.836 2.724 -3,9% 9,1% -5,2%
Unidade: Milhões de euros
PREVISÕES 2016 : 2017 (tvh real %) 2015 2016 1º Sem. FMI CE OCDE BP Min. Finanças
PIB 1,6 0,9 1,0 : 1,1 1,5 : 1,7 1,2 : 1,3 1,3 : 1,6 1,2 : 1,5
Exportações Bens e Serviços 6,1 2,3 2,9 : 3,4 4,1 : 5,1 2,8 : 3,8 1,6 : 4,7 3,1 : 4,2
Unidade: Milhões de euros
REDE
Rui Almas
FRANÇA
aicep.paris@portugalglobal.pt
Paris Zuriqu
Luís Moura
ESPANHA
Milão
Toronto aicep.madrid@portugalglobal.pt
Barcelona
Nova Iorque
Filipe Costa Madrid
EUA S. Francisco Argel
aicep.s.francisco@portugalglobal.pt
Rabat
João Falardo
VENEZUELA ARGÉLIA
aicep.caracas@portugalglobal.pt Caracas Bissau
aicep.argel@portugalglobal.pt
Panamá
Bogotá Tiago Bastos
Paulo Borges
GUINÉ BISSAU
COLÔMBIA
aicep.bissau@portugalglobal.pt
aicep.bogota@portugalglobal.pt São Tomé
António Aroso
Fernando Carvalho SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE
BRASIL aicep.saotome@portugalglobal.pt
aicep.s.paulo@portugalglobal.pt
Rio de Janeiro
São Paulo
Sérgio Espadas
ÁFRICA DO SUL
CHILE
aicep.pretoria@portugalglobal.pt
aicep.santiago@portugalglobal.pt
Santiago do Chile
Buenos Aires
Ana Rosas
MOÇAMBIQUE
aicep.maputo@portugalglobal.pt
Pedro Macedo Leão Carlos Pinto
ALEMANHA POLÓNIA
aicep.berlin@portugalglobal.pt aicep.warsaw@portugalglobal.pt
Helsínquia
Nuno Várzea
IRÃO
Estocolmo aicep.athens@portugalglobal.pt
Moscovo
Copenhaga
ia
Berlim João Rodrigues
s Varsóvia
ÍNDIA
Praga
aicep.newdelhi@portugalglobal.pt
ue Bratislava
Budapeste
Viena
Alexandra Ferreira Leite
Liubliana Bucareste CHINA
Baku aicep.beijin@portugalglobal.pt
Ancara Pequim
TUNISIA
Laurent Armaos
aicep.tunis@portugalglobal.pt
GRÉCIA Maria João Bonifácio
aicep.athens@portugalglobal.pt CHINA
aicep.macau@portugalglobal.pt
Kuala Lumpur
Afonso Duarte
ARÁBIA SAUDITA Singapura Mariana Oom
aicep.riyadh@portugalglobal.pt INDONÉSIA
aicep.jacarta@portugalglobal.pt
Nuno Lima Leite
EAU Jacarta
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