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MOVIMENTO

ADVOCACIA
MAIS FORTE

Excelentíssimo Senhor Juliano Costa Couto, Presidente do


Conselho Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito
Federal

DF 18/09(2018 1435:00 BRT


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DÉLIO FORTES LINS E SILVA JUNIOR, advogado


devidamente inscrito nos quadros da Seccional sob o número 16649,
vem, perante Vossa Excelência, expor e ao final requerer o que se segue.

No último dia 04 de setembro, o Pleno do Conselho Federal


da Ordem dos Advogados do Brasil, em sessão histórica, alterou o art.
131 do Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia e da OAB,
tornando obrigatório que as chapas atendam ao mínimo 30% e o
máximo 70% de candidaturas de cada sexo, nas eleições para todos os
órgãos diretivos da OAB.

A redação anterior do dispositivo já previa a necessidade de


que as chapas atendessem a esses percentuais, mas deixava aberta a
possibilidade de que eles fossem alcançados com cargos de suplênci
sem a necessidade de observância em cargos de diretoria.
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Assim, lastimavelmente, a participação feminina nas


chapas por vezes era realizada apenas para o cumprimento formal da
legislação, sem que houvesse efetiva abertura para a atuação de
mulheres em posições de relevância dentro da instituição.

Nessa esteira, a decisão do CFOAB representa importante


passo no sentido da concretização do direito fundamental à igualdade,
na medida em que uma maior participação feminina nas esferas de
poder constitui medida essencial para que se possa superar a
anacrônica situação de disparidade de gêneros que ainda hoje é uma
triste marca de nossa sociedade.

Incumbe destacar que esse cenário se reflete de maneira


muito nítida no âmbito da advocacia eis que, a despeito de as mulheres
representarem hoje 48,7% do total de advogados no país', a
participação feminina em cargos de direção na Ordem ainda ocorre de
forma tímida.

Diante disso, torna-se ainda mais significativa a decisão do


Conselho Federal da OAB, que vai ao encontro dos avanços que têm
sido verificados em âmbito nacional no sentido de promover uma maior
representatividade feminina nos centros políticos-decisórios.

Destarte, recentemente, ao julgar a ADI 5617, o Supremo


Tribunal Federal conferiu interpretação conforme a Constituição ao art.
9° da Lei 13.165/2015 para equiparar o patamar legal mínimo de
candidaturas femininas (isto é, ao menos 30% de cidadãs), ao mínimo
de recursos do Fundo Partidário a lhes serem destinados, tanto nas
eleições majoritárias quanto proporcionais.

1 Segundo dados do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. Disponível


em: <https://www.oab.org.br/institucionalconselhofederal/quadroadvog
em 06 set. 2018.
Acess°
2
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4.
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Na mesma direção, o Tribunal Superior Eleitoral, ao


responder a consulta n° 0600252-18, entendeu, à unanimidade, que o
percentual mínimo de 30% deve ser observado também para a
distribuição do Fundo Especial de Financiamento de Campanha e do
tempo de propaganda.

A louvável modificação no Regulamento Geral promovida


pelo Conselho Federal da Ordem, no entanto, só terá aplicabilidade
obrigatória a partir das eleições a serem realizadas em 2021, de forma
que a sua aplicação ao pleito que se avizinha, a despeito de ter sido
recomendada pelo CFOAB, constitui uma faculdade das Seccionais.

Essa providência já foi adotada, por exemplo, pela Seccional


de Rondônia, por decisão de seu Presidente, conforme noticiado no site
da instituição2.

Na mesma esteira, é necessário que o Conselho Pleno da


OAB/DF delibere sobre a aplicação da determinação lançada pelo
Conselho Federal da Ordem já no pleito de novembro próximo, como
forma de demonstrar o compromisso da Seccional para com a efetiva
participação das mulheres advogadas nos espaços da ordem.

Ressalta-se que existe tempo hábil para a adoção dessa


regra para o pleito vindouro, posto que, conforme determina o art. 128
do Regulamento Geral da OAB, até 45 (quarenta e cinco) dias antes da
data da votação o Conselho Seccional deve fazer publicar edital, no bojo
do qual deve constar composição das chapas (art. 128, III).

O referido edital ainda não foi publicado por esta Seccional


para as eleições deste ano e, como se sabe, apenas depois de sua
publicação é que ocorre o registro das chapas.

2 Disponível em: <http: / /www.oab-ro.org.br/ noticia/ oab-rondonia-antecipa-para-


2018-a-participacao-minima-de-30-de-mulheres-nas-eleicoes-institucionais-co a-
portaria/>. Acesso em 06 set. 2018.

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Ír

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Assim, é certo que a adoção da regra que incentiva a


participação feminina nos órgãos de direção da OAB pode
tranquilamente ser aplicada no pleito que se avizinha sem qualquer
prejuízo aos participantes, que contarão com tempo razoável para
ajustar suas chapas a essa regra.

Por tudo o que se expôs, requer-se a este Presidente que


submeta ao Conselho Seccional a aplicação da determinação
lançada pelo Conselho Federal da Ordem no art. 131 do
Regulamento Geral da OAB já para as eleições de _Q 8.

taiNjisnok4taiu_.u.,a Nestes termos, pede deferimento.


Brasília, 14 de setembro de 2018.
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