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NOÇÕES BÁSICAS DE

UNIDADES MARÍTIMAS
UTILIZADAS PELA
PETROBRAS

Autor: Luís Cláudio Vasconcelos Santos


NOÇÕES BÁSICAS DE
UNIDADES MARÍTIMAS
UTILIZADAS PELA
PETROBRAS
Este é um material de uso restrito aos empregados da PETROBRAS que atuam no E&P.
É terminantemente proibida a utilização do mesmo por prestadores de serviço ou fora
do ambiente PETROBRAS.

Este material foi classificado como INFORMAÇÃO RESERVADA e deve possuir o


tratamento especial descrito na norma corporativa PB-PO-0V4-00005“TRATAMENTO DE
INFORMAÇÕES RESERVADAS".

Órgão gestor: E&P-CORP/RH


NOÇÕES BÁSICAS DE
UNIDADES MARÍTIMAS
UTILIZADAS PELA
PETROBRAS

Autor: Luís Cláudio Vasconcelos Santos

Ao final desse estudo, o treinando poderá:

• Reconhecer os principais campos petrolíferos da Petrobras;


• Identificar e diferenciar os tipos de unidades marítimas
utilizadas pela Petrobras e seus principais sistemas de embarcação.
Programa Alta Competência

Este material é o resultado do trabalho conjunto de muitos técnicos


da área de Exploração & Produção da Petrobras. Ele se estende para
além dessas páginas, uma vez que traduz, de forma estruturada, a
experiência de anos de dedicação e aprendizado no exercício das
atividades profissionais na Companhia.

É com tal experiência, refletida nas competências do seu corpo de


empregados, que a Petrobras conta para enfrentar os crescentes
desafios com os quais ela se depara no Brasil e no mundo.

Nesse contexto, a E&P criou o Programa Alta Competência, visando


prover os meios para adequar quantitativa e qualitativamente a força
de trabalho às estratégias do negócio E&P.

Realizado em diferentes fases, o Alta Competência tem como premissa


a participação ativa dos técnicos na estruturação e detalhamento das
competências necessárias para explorar e produzir energia.

O objetivo deste material é contribuir para a disseminação das


competências, de modo a facilitar a formação de novos empregados
e a reciclagem de antigos.

Trabalhar com o bem mais precioso que temos – as pessoas – é algo


que exige sabedoria e dedicação. Este material é um suporte para
esse rico processo, que se concretiza no envolvimento de todos os
que têm contribuído para tornar a Petrobras a empresa mundial de
sucesso que ela é.

Programa Alta Competência


Agradecimentos

Dedico este trabalho à “Força Tarefa do Programa Alta


Competência” pelo apoio, suporte e organização, mantendo
sempre forte o espírito de equipe e ao Consultor Técnico da
Petrobras, Orlando Jose Ferreira Torres.

E também a minha família que, com muito amor, carinho e


paciência, vêm sendo o farol da minha existência, o porto seguro
de onde provém minha força e determinação.

A todos com muito carinho.


Como utilizar esta apostila

Esta seção tem o objetivo de apresentar como esta apostila


está organizada e assim facilitar seu uso.

No início deste material é apresentado o objetivo geral, o qual


representa as metas de aprendizagem a serem atingidas.

ATERRAMENTO
DE SEGURANÇA

Autor

Ao final desse estudo, o treinando poderá:

objetivo Geral
• Identificar procedimentos adequados ao aterramento
e à manutenção da segurança nas instalações elétricas;
• Reconhecer os riscos de acidentes relacionados ao
aterramento de segurança;
• Relacionar os principais tipos de sistemas de
aterramento de segurança e sua aplicabilidade nas
instalações elétricas.
O material está dividido em capítulos.

No início de cada capítulo são apresentados os objetivos


específicos de aprendizagem, que devem ser utilizados como
orientadores ao longo do estudo.

48

Capítulo 1

Riscos elétricos
e o aterramento
de segurança

Ao final desse capítulo, o treinando poderá:

objetivo Específico
• Estabelecer a relação entre aterramento de segurança e
riscos elétricos;
• Reconhecer os tipos de riscos elétricos decorrentes do uso de
equipamentos e sistemas elétricos;
• Relacionar os principais tipos de sistemas de aterramento de
segurança e sua aplicabilidade nas instalações elétricas.

No final de cada capítulo encontram-se os exercícios, que


visam avaliar o alcance dos objetivos de aprendizagem.

Os gabaritos dos exercícios estão nas últimas páginas do


capítulo em questão.

Alta Competência Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança

mo está relacionada a 1.6. Bibliografi a Exercícios


1.4. 1.7. Gabarito
CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas 1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança?
1) Que relação podemos estabelecer entre
elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI –
riscos elétricos e
Elétrica, 2007. aterramento de segurança? o aterramento de segurança é uma das formas de minimizar os riscos decorrentes
do uso de equipamentos e sistemas elétricos.
_______________________________________________________________
COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade. 2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados
_______________________________________________________________
Curso técnico de segurança do trabalho, 2005. e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos,
marcando A ou B, conforme, o caso:
Norma Petrobras N-2222. 2) Apresentamos,
Projeto de aterramentoa de
seguir, trechos
segurança de Normas Técnicas que
em unidades
marítimas. Comissão de abordam os cuidados
Normas Técnicas e critérios relacionados a riscos elétricos.
- CONTEC, 2005. A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato

Correlacione-os aos tipos de riscos, marcando A ou B, conforme, (B) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e
Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação
o caso: executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os
Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.”
e do tipo de
A) Risco Proteção
Norma Brasileira ABNT NBR-5419. de incêndio e explosão
de estruturas B) Risco
contra descargas de contato (A) “Nas instalações elétricas de áreas classificadas (...) devem ser
es durante toda atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento
na maioria das ( ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas
Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de
mantê-los sob projetadas e executadas de modo que seja possível operação.”
eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http://
is, materiais ou 24 prevenir, por meios seguros,
www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> os perigos de choque
- Acesso em: (B) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os 25
14 mar. 2008. elétrico e todos os outros tipos de acidentes.” trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário
21 à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de
( ) of Lightining
NFPA 780. Standard for the Installation “Nas instalações elétricas
Protection Systems. de
áreas classificadas
National advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem
a maior fonte Fire Protection Association, 2004. a atenção quanto ao risco.”
(...) devem ser adotados dispositivos de proteção,
sária, além das como alarme e seccionamento automático para
Manuais de Cardiologia. Disponível em: <http://www.manuaisdecardiologia.med. (A) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados
ole, a obediência br/Arritmia/Fibrilacaoatrial.htm> - Acesso em: 20 mai.sobretensões,
prevenir 2008. sobrecorrentes, falhas de
à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à
sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certificação.”

Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas


nça. isolamento, aquecimentos ou outras condições
Mundo Educação. Disponível em: <http://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/
parada-cardiorespiratoria.htm> - Acessoanormais de operação.”
em: 20 mai. 2008. 3) Marque v para verdadeiro e f para falso nas alternativas a seguir:

( ) “Nas partes das instalações


Mundo Ciência. Disponível em: <http://www.mundociencia.com.br/fi elétricas
sob tensão, (...)
sica/eletricidade/ (v) O contato direto ocorre quando a pessoa toca as partes
choque.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. normalmente energizadas da instalação elétrica.
durante os trabalhos de reparação, ou sempre que for
julgado necessário à segurança, devem ser colocadas (f) Apenas as partes energizadas de um equipamento podem oferecer
placas de aviso, inscrições de advertência, bandeirolas riscos de choques elétricos.

e demais meios de sinalização que chamem a atenção (v) Se uma pessoa tocar a parte metálica, não energizada, de um
equipamento não aterrado, poderá receber uma descarga elétrica, se
quanto ao risco.” houver falha no isolamento desse equipamento.
( ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e (v) Em um choque elétrico, o corpo da pessoa pode atuar como um
sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas “fio terra”.
3. Problemas operacionais, riscos e
cuidados com aterramento de segurança

T
odas as Unidades de Exploração e Produção possuem um plano
de manutenção preventiva de equipamentos elétricos (motores,
geradores, painéis elétricos, transformadores e outros).

A cada intervenção nestes equipamentos e dispositivos, os


Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas
mantenedores avaliam a necessidade ou não da realização de inspeção
definos
nições
sistemasestão disponíveis
de aterramento envolvidosno glossário.
nestes equipamentos.Ao longo dos
textos do capítulo, esses termos podem ser facilmente
Para que o aterramento de segurança possa cumprir corretamente o
identifi cados, pois estão em destaque.
seu papel, precisa ser bem projetado e construído. Além disso, deve
ser mantido em perfeitas condições de funcionamento.

Nesse processo, o operador tem importante papel, pois, ao interagir 49


diariamente com os equipamentos elétricos, pode detectar
imediatamente alguns tipos de anormalidades, antecipando
problemas e, principalmente, diminuindo os riscos de choque elétrico
por contato indireto e de incêndio e explosão.

3.1. Problemas operacionais

Os principais problemas operacionais verificados em qualquer tipo


de aterramento são:

• Falta de continuidade; e
• Elevada resistência elétrica de contato.

É importante lembrar que Norma Petrobras N-2222 define o valor


de 1Ohm, medido com multímetro DC (ohmímetro), como o máximo
admissível para resistência de contato.

Alta Competência Capítulo 3. Problemas operaciona

3.4. Glossário 3.5. Bibliografia

Choque elétrico – conjunto de perturbações de natureza e efeitos diversos, que se CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIAN
manifesta no organismo humano ou animal, quando este é percorrido por uma elétricos - inspeção e medição da re
corrente elétrica. Elétrica, 2007.

ohm – unidade de medida padronizada pelo SI para medir a resistência elétrica. COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos
– Curso técnico de segurança do trab
ohmímetro – instrumento que mede a resistência elétrica em Ohm.
NFPA 780. Standard for the Installation
Fire Protection Association, 2004.

Norma Petrobras N-2222. Projeto de


marítimas. Comissão de Normas Técn

Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instala


Brasileira de Normas Técnicas, 2005.

Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Pr


56 atmosféricas. Associação Brasileira d

Norma Regulamentadora NR-10. Seg


eletricidade. Ministério do Trabalho
www.mte.gov.br/legislacao/normas_
em: 14 mar. 2008.
86
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
98
100
102

Caso sinta necessidade de saber de onde foram retirados os 104


105

insumos para o desenvolvimento do conteúdo desta apostila, 106


108

ou tenha interesse em se aprofundar em determinados temas, 110


112

basta consultar a Bibliografia ao final de cada capítulo. 114


115

Alta Competência Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança

1.6. Bibliografia 1.7. Gabarito NívEL DE RUíDo DB (A)

CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas 1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança?
85
elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI –
Elétrica, 2007. o aterramento de segurança é uma das formas de minimizar os riscos decorrentes 86
do uso de equipamentos e sistemas elétricos.
COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade.
87
2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados
Curso técnico de segurança do trabalho, 2005. e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos,
marcando A ou B, conforme, o caso:
88
Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades
marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005. A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato 89
Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação
(B) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e 90
executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os
Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.” 91
Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas (A) “Nas instalações elétricas de áreas classificadas (...) devem ser
atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento 92
automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas
Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de 93
eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http:// operação.”
24 www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> - Acesso em: (B) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os 25 94
14 mar. 2008. trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário
à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de 95
NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems. National advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem
96
Ao longo de todo o material, caixas de destaque estão
Fire Protection Association, 2004. a atenção quanto ao risco.”

Manuais de Cardiologia. Disponível em: <http://www.manuaisdecardiologia.med. (A) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados 98
br/Arritmia/Fibrilacaoatrial.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à
sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certificação.” 100
presentes. Cada uma delas tem objetivos distintos.
Mundo Educação. Disponível em: <http://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/
parada-cardiorespiratoria.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. 3) Marque v para verdadeiro e f para falso nas alternativas a seguir: 102
Mundo Ciência. Disponível em: <http://www.mundociencia.com.br/fisica/eletricidade/ (v) O contato direto ocorre quando a pessoa toca as partes 104
choque.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. normalmente energizadas da instalação elétrica.

(f) Apenas as partes energizadas de um equipamento podem oferecer


105
riscos de choques elétricos.
106
(v) Se uma pessoa tocar a parte metálica, não energizada, de um

A caixa “você Sabia” traz curiosidades a respeito do conteúdo (v)


equipamento não aterrado, poderá receber uma descarga elétrica, se
houver falha no isolamento desse equipamento.

Em um choque elétrico, o corpo da pessoa pode atuar como um


108
110

abordado Alta
deCompetência
um determinado item do capítulo. 112
“fio terra”.

(f) A queimadura é o principal efeito fisiológico associado à passagem


da corrente elétrica pelo corpo humano. 114 Capítulo 1. Riscos elét
115

Trazendo este conhecimento para a realid


observar alguns pontos que garantirão o
incêndio e explosão nos níveis definidos pela
É atribuído a Tales de Mileto (624 - 556 a.C.) a durante o projeto da instalação, como por ex
primeira observação de um fenômeno relacionado
com a eletricidade estática. Ele teria esfregado um • A escolha do tipo de aterramento fu
fragmento de âmbar com um tecido seco e obtido ao ambiente;
um comportamento inusitado – o âmbar era capaz de
atrair pequenos pedaços de palha. O âmbar é o nome • A seleção dos dispositivos de proteção
dado à resina produzida por pinheiros que protege a
árvore de agressões externas. Após sofrer um processo
• A correta manutenção do sistema elét
semelhante à fossilização, ela se torna um material
duro e resistente.

O aterramento funcional do sist

14
?
Os riscos VOCÊ
elétricosSABIA?
de uma instalação são divididos em dois grupos principais:

Uma das principais substâncias removidas em poços de


como função permitir o funcion
e eficiente dos dispositivos de pro
sensibilização dos relés de proteçã

máXImA EXPoSIÇÃo
“Importante” é um lembrete
petróleo pelo pig de limpeza é adas
parafina. questões
Devido às
baixas temperaturas do oceano, a parafina se acumula
essenciais do uma circulação de corrente para a
por anormalidades no sistema elétr
DIáRIA PERmISSívEL
8 horas conteúdo tratadovirno capítulo.
nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode
a bloquear o fluxo de óleo, em um processo similar
7 horas ao da arteriosclerose.
6 horas
Observe no diagrama a seguir os principais ris
5 horas
à ocorrência de incêndio e explosão:
4 horas e 30 minutos
4 horas 1.1. Riscos de incêndio e explosão
3 horas e 30 minutos
IMPORTANTE!
3 horas Podemos definir os riscos de incêndio e explosão da seguinte forma:
2 horas e 40 minutos É muito importante que você conheça os tipos de pig
2 horas e 15 minutos de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na
Situações associadas à presença de sobretensões, sobrecorrentes,
2 horas sua Unidade. Informe-se junto a ela!
fogo no ambiente elétrico e possibilidade de ignição de atmosfera
1 hora e 45 minutos
potencialmente explosiva por descarga descontrolada de
1 hora e 15 minutos
eletricidade estática.
1 hora
45 minutos ATENÇÃO
35 minutos Os riscos de incêndio e explosão estão presentes em qualquer
30 minutos instalaçãoÉ e muito
seu descontrole se traduz
importante que principalmente
você conheça em os
danos
25 minutos pessoais, procedimentos específicosoperacional.
materiais e de continuidade para passagem de pig
20 minutos em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba
15 minutos quais são eles.
10 minutos
8 minutos
7 minutos
RESUMINDO...

Recomendações gerais
• Antes do carregamento do pig, inspecione o
interior do lançador;
• Após a retirada de um pig, inspecione internamente
o recebedor de pigs;
• Lançadores e recebedores deverão ter suas
7 horas ao da arteriosclerose.
6 horas
5 horas
4 horas e 30 minutos
4 horas
3 horas e 30 minutos
IMPORTANTE!
3 horas
2 horas e 40 minutos É muito importante que você conheça os tipos de pig
2 horas e 15 minutos de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na
2 horas sua Unidade. Informe-se junto a ela!
1 hora e 45 minutos
1 hora e 15 minutos
1 hora
45 minutos ATENÇÃO
35 minutos
30 minutos Já a caixa de destaque
É muito “Resumindo”
importante que você conheçaé uma os versão compacta
procedimentos específicos para passagem de pig
25 minutos
20 minutos dos principais pontos
em poços abordados no capítulo.
na sua Unidade. Informe-se e saiba
15 minutos quais são eles.
10 minutos
8 minutos
7 minutos
RESUMINDO...

Recomendações gerais

? VOCÊ SABIA?
• Antes do carregamento do pig, inspecione o
interior do lançador;
Uma das principais substâncias removidas em poços de
• Apóspelo
petróleo a retirada
pig dede um pig, inspecione
limpeza internamente
é a parafina. Devido às
máXImA EXPoSIÇÃo o recebedor
baixas de pigs;
temperaturas do oceano, a parafina se acumula
DIáRIA PERmISSívEL nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode
8 horas • Lançadores e recebedores deverão ter suas
vir a bloquear o fluxo de óleo, em um processo similar
7 horas ao da arteriosclerose.
6 horas
5 horas
4 horas e 30 minutos

Em “Atenção” estão destacadas as informações que não


4 horas
3 horas e 30 minutos
IMPORTANTE!
3 horas
2 horas e 40 minutos devem ser esquecidas.
É muito importante que você conheça os tipos de pig
2 horas e 15 minutos de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na
2 horas sua Unidade. Informe-se junto a ela!
1 hora e 45 minutos
1 hora e 15 minutos
1 hora
45 minutos ATENÇÃO
35 minutos
30 minutos É muito importante que você conheça os
25 minutos procedimentos específicos para passagem de pig
20 minutos em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba
15 minutos quais são eles.
10 minutos
tricos e o aterramento de segurança
8 minutos
7 minutos
RESUMINDO...

Recomendações gerais
dade do E&P, podemos
controle dos riscos de
Todos os recursos• Antes
didáticos presentes nesta apostila têm
do carregamento do pig, inspecione o
as normas de segurança
xemplo:
como objetivo facilitar o aprendizado de seu conteúdo.
interior do lançador;
• Após a retirada de um pig, inspecione internamente
o recebedor de pigs;
uncional mais adequado
• Lançadores e recebedores deverão ter suas

o e controle;
Aproveite este material para o seu desenvolvimento profissional!

trico.

tema elétrico tem


namento confiável
oteção, através da
15
ão, quando existe
a terra, provocada
rico.

scos elétricos associados


Sumário
Introdução 17

Capítulo 1 - Principais campos marítimos de petróleo da Petrobras e


suas localizações
Objetivos 19
1. Principais campos marítimos de petróleo da Petrobras e suas
localizações 21
1.1. Exercícios 24
1.2. Glossário 25
1.3. Bibliografia 26
1.4. Gabarito 27

Capítulo 2 - Unidades marítimas


Objetivos 29
2. Unidades marítimas 31
2.1. Unidades fixas 32
2.1.1. Jaquetas 33
2.1.2. Plataforma Auto-elevatória (PA) 33
2.2. Unidades móveis 34
2.2.1. Semi-Submersível (SS) 34
2.2.2. FPSO (Floating Production, Storage and Offloading) 36
2.2.3. FSO (Floating Storage and Offloading) 40
2.2.4. FPU (Floating Production Unit) 40
2.2.5. Navio-Sonda (NS) (Drilling Ship) 41
2.2.6. Unidade alojamento / Flotel 42
2.3. Exercícios 44
2.4. Glossário 46
2.5. Bibliografia 47
2.6. Gabarito 48
Capítulo 3 - Principais sistemas de embarcação de uma plataforma
de produção
Objetivos 49
3. Principais sistemas de embarcação de uma plataforma de produção 51
3.1. Sistema de carga 51
3.2. Sistema de lastro 51
3.3. Sistema de gás inerte e ventilação 51
3.4. Sistema de drenagem 51
3.5. Sistema hidráulico 52
3.6. Sistema de limpeza de tanques 52
3.7. Sistema de esgoto 52
3.8. Sistema de proteção 52
3.9. Sistema de balanço e inclinação 52
3.10. Sistema de tratamento de água oleosa 52
3.11. Sistema de transferência (offloading) 53
3.12. Sistema de ancoragem 53
3.13. Exercícios 56
3.14. Glossário 57
3.15. Bibliografia 59
3.16. Gabarito 60
Introdução

A
té o final da Segunda Guerra Mundial, as chamadas plataformas
marítimas tiveram pouco desenvolvimento, sendo instaladas
em águas de até 5 metros de profundidade e a uma pequena
distância da costa.

Em 1955, instalou-se a primeira plataforma marítima, a uma


profundidade de 30 metros. Em 1959, concluiu-se a instalação de
uma plataforma desse tipo, no Golfo do México, em águas de 60
metros de profundidade.

No Brasil, em 1974, descobriu-se óleo na Bacia de Campos - RJ, em


quantidade comercial. Era o primeiro poço do Campo de Garoupa. 17
Em 1977, com a descoberta do Campo de Enchova, iniciou-se uma
nova era, onde dezenas de campos foram descobertos, tornando a
Bacia de Campos a principal província petrolífera do país.

Galgando o sucesso através dos seus avanços tecnológicos e se


tornando dessa forma a maior produtora em águas profundas do
mundo, a Petrobras tem 70% de sua produção proveniente de águas
profundas e ultraprofundas. Além disso, é provável que a maioria das
novas descobertas esteja localizada em águas ultraprofundas.

A Petrobras é a pioneira na exploração em águas profundas. Isso


significa que desenvolveu a tecnologia para exploração da lâmina
d’água acima de 2.000m.

Confira, a seguir, o gráfico com os recordes, ano após ano, obtidos


pela Petrobras em lâmina d’água, ou seja, profundidade dos poços
de produção.

RESERVADO
Alta Competência

709m

1977
Enchova 1979
EN-1-RJS Bonito 1983
124m RJS-38 Piraúma 1985
189m RJS-232 Marimbá
293m RJS-284 1988
383m Marimbá
RJS- 3760
492m
1992
Marlim
MRL-0
781m
1994
Marlim
MRL-4
1027m

1997
Marlim Sul
MLS-3 1999
1709m Roncador 2000
Roncador 2003
RJS-436 Roncador
1853m RO-8
1877m RO-21
1886m

18 Gráfico com recordes da lamina d’água de poço de produção


(fonte:http://www2.petrobras.com.br/petrobras/portugues/plataforma/pla_aguasprofundas.htm)

Como podemos observar, os recordes obtidos pela Petrobras em


lâmina d’água dos poços de produção se superam a cada ano.

E os desafios para os próximos anos são: minimizar os gastos de


extração dos campos de petróleo em profundidades de lâmina d’água
acima de 1.000 metros e viabilizar a extração em campos com lâmina
d’água de até 3.000 metros.

Hoje a Petrobras atua no total com 109 plataformas de diferentes


tipos, distribuídas por todo território nacional, e com uma capacidade
total de produção de 1.918 mil barris de petróleo por dia e 382 mil
barris de gás natural.

São os campos e as plataformas que nele operam que iremos


conhecer mais detalhadamente.

RESERVADO
Capítulo 1
Prefácio

Principais campos
marítimos de petróleo
da Petrobras e
suas localizações

Ao final desse capítulo, o treinando poderá:

• Perceber a extensão das ações de exploração da Petrobras;


• Localizar os principais campos marítimos de petróleo
da Petrobras.

RESERVADO
Alta Competência

20

RESERVADO
Capítulo 1. Principais campos marítimos de petróleo da Petrobras e suas localizações

1. Principais campos marítimos


de petróleo da Petrobras e
suas localizações

A
Petrobras possui vários campos marítimos e um grande
número de concessões de exploração, que são como
“autorizações” da União para a exploração de uma
determinada área em determinado período de tempo, adquiridas
através de licitação.

Do total de 339 concessões exploratórias conquistadas, 186 delas são


operadas com exclusividade pela Petrobras e outras 153 em parceria
com outras empresas. Das concessões em parceria, a Petrobras é
operadora em 78 e não operadora nas demais 75.
21
As concessões estão distribuídas em área exploratória total de 151
mil quilômetros quadrados, da seguinte forma:

Tipo de concessão Número de plataformas


Concessão em terra 136
Concessão em águas rasas 84
Concessão em águas profundas e ultraprofundas 119

Do total de 306 concessões em produção, 283 são operadas com


exclusividade pela Petrobras e 23 em parceria. Das concessões em
parceria, a companhia é operadora em 12 e não operadora nas
11 demais.

Das 70 sondas utilizadas pela empresa, 43 são sondas marítimas de


exploração e dos 12.935 poços produtores, 738 são poços marítimos.

A Petrobras foi classificada como a 7ª maior empresa de petróleo do


mundo, com ações negociadas nas principais bolsas de valores, de
acordo com a Petroleum Intelligence Weekly (PIW).

RESERVADO
Alta Competência

Em 2006, as reservas da Petrobras atingiram 13,75


bilhões de barris de óleo e gás equivalente (boe) com
uma produção diária de 1,778 milhão bpd de óleo e
LGN, além de 44,0 milhões de m3 de gás natural.

Observe os mapas a seguir, eles ajudarão a compreender a extensão


do campo de ação da Petrobras.

22 Rio Grande do Norte/Ceará

Sergipe/Alagoas

Espírito Santo

Rio de Janeiro

São Paulo

Principais campos marítimos da Petrobras

É possível observar que a Petrobras possui campos marítimos na


Bacia de Santos (São Paulo), na Bacia de Campos (Rio de Janeiro),
na Bacia do Espírito Santo, na Bacia de Sergipe-Alagoas, na Bacia
do Rio Grande do Norte e Ceará. E ainda desenvolve atividade de
exploração também na Bacia de Camamu, na Bahia.

A maior reserva petrolífera brasileira em exploração está localizada


no Rio de Janeiro, na Bacia de Campos, onde são produzidos
aproximadamente 84% da produção total do país. Com 30 anos de

RESERVADO
Capítulo 1. Principais campos marítimos de petróleo da Petrobras e suas localizações

produção completos em 2007, a extração diária era de cerca de 1,49


milhão de barris de óleo e 22 milhões de metros cúbicos de gás. A
previsão para 2010 é de que a produção aumente para 1,8 milhão de
barris de óleo por dia e 34,6 milhões de metros cúbicos de gás.

23

Mapa com data das descobertas dos campos de petróleo

Em 2007, a Petrobras descobriu a maior área petrolífera


do país, a área de Tupi. Uma nova fronteira que se
estende pelas Bacias do Espírito Santo, Campos e
Santos explorada a 7 mil metros abaixo da linha d’água,
em rochas denominadas pré-sal. Como é um pólo
produtor de óleo e gás muito longe da costa, a área
pode nos levar a uma nova visão e a novos conceitos de
produção, criando oportunidades de desenvolvimento
de novas tecnologias. O volume descoberto, somente
na acumulação de Tupi, que representa uma pequena
parte da nova fronteira, poderá aumentar em mais
50% as atuais reservas de petróleo e gás do país, que
somam hoje 14 bilhões de barris.

A meta da Petrobras é começar em 2010 a produção


em Tupi, com um projeto-piloto de 100 mil barris por
dia (5% da produção nacional).

RESERVADO
Alta Competência

1.1. Exercícios

1) Leia as afirmativas a seguir e assinale a alternativa correta:

I) A Petrobras possui vários campos marítimos e um grande número


de concessões de exploração.

II) A Petrobras conquistou 339 concessões exploratórias, todas ope-


radas em parceria com outras empresas.

III) São 3 os tipos de concessão da Petrobras: concessão em terra, conces-


são em águas rasas e concessão em águas profundas e ultraprofundas.

a) Todas as afirmativas estão corretas.


b) Apenas a afirmativa I está correta.
c) A afirmativa II está incorreta.
d) Todas as afirmativas estão incorretas.

24 2) Em quais bacias de quais estados do Brasil existem campos maríti-


mos da Petrobras?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

RESERVADO
Capítulo 1. Principais campos marítimos de petróleo da Petrobras e suas localizações

1.2. Glossário

Boe - barril oil equivalent - barris de óleo equivalente, usado para expressar volumes
de petróleo e gás natural na mesma unidade de medida (barris).

Bpd - barris por dia.

LGN - líquidos de gás natural.

25

RESERVADO
Alta Competência

1.3. Bibliografia
BARBOSA, Marina Carvalho e ESTEVES, Elisabete de Almeida. A navegação de apoio
marítimo no Brasil - História e Evolução. Associação Brasileira das Empresas de
Apoio Marítimo. Rio de Janeiro: 1989.

NICOLAU, André Luiz. Terminologia de estruturas marítimas. Apostila. Petrobras,


Rio de Janeiro.

SILVEIRA, Marcos Machado da. Introdução ao apoio marítimo. Navsoft Consultoria


e Serviços Ltda. Disponível em: <http://www2.petrobras.com.br>. Acesso em:
15 mar 2008.

Petrobras Brasil. Disponível em: <http://www2.petrobras.com.br> Acesso em: 21


mai 2008.

26

RESERVADO
Capítulo 1. Principais campos marítimos de petróleo da Petrobras e suas localizações

1.4. Gabarito
1) Leia as afirmativas a seguir e assinale a alternativa correta:

I) A Petrobras possui vários campos marítimos e um grande número de concessões


de exploração.

II) A Petrobras conquistou 339 concessões exploratórias, todas operadas em parce-


ria com outras empresas.

III) São 3 os tipos de concessão da Petrobras: concessão em terra; concessão em


águas rasas; e concessão em águas profundas e ultraprofundas.

a) Todas as afirmativas estão corretas.

b) Apenas a afirmativa I está correta.

c) A afirmativa II está incorreta.

Justificativa: Do total de 339 concessões exploratórias conquistadas, 186 delas são


operadas com exclusividade pela Petrobras e outras 153, operadas em parceria
com outras empresas.

d) Todas as afirmativas estão incorretas. 27

2) Em quais bacias de quais estados do Brasil existem campos marítimos da Petrobras?

A Petrobras tem campos marítimos nos Estados de São Paulo com a Bacia de San-
tos, Rio de Janeiro com a Bacia de Campos, a Bacia do Espírito Santo, Bacia de
Sergipe e Alagoas e a Bacia do Rio Grande do Norte e Ceará. Existe exploração
também na Bahia, na Bacia de Camamu.

RESERVADO
RESERVADO
Capítulo 2
Prefácio

Unidades
marítimas

Ao final desse capítulo, o treinando poderá:

• Caracterizar os tipos de unidades marítimas;


• Distinguir os tipos de unidades marítimas fixas e móveis
utilizadas pela Petrobras.

RESERVADO
Alta Competência

30

RESERVADO
Capítulo 2 - Unidades marítimas

2. Unidades marítimas

E
xistem dois tipos principais de unidades marítimas: as fixas
e as móveis, que também são conhecidas como flutuantes. Esses
dois tipos apresentam importantes diferenças entre si.

No Brasil, das 109 unidades utilizadas, 77 são fixas e 32 flutuantes.

Todas as plataformas marítimas são unidades marítimas.

As plataformas são de grande dimensão quando comparadas a


qualquer outro tipo de complexo industrial. Uma das maiores 31
unidades marítimas do mundo é a P-43 que está ancorada no ativo
da área de Barracuda – Caratinga, no Rio de Janeiro.

Esta plataforma pesa o equivalente a 80 mil carros esporte. A altura de


sua quilha até o topo da chaminé mais alta é igual à altura de um prédio
de 21 andares e pode ser ancorada a 815 metros de lâmina d’água.

A plataforma Mais, portanto, que os 709


pode ser metros de altura do morro do
ancorada em corcovado somado à altura
lâmina d´água do Cristo Redentor
superior a 800
MORRO DO
metros de
CORCOVADO 709m
profundidade

Lâmina
d´água
superior a
815 m

PRAIA DE IPANEMA 2,2KM

RESERVADO
Alta Competência

2.1. Unidades fixas

Como vimos, as dimensões das plataformas são gigantescas. Você já


se perguntou como elas são construídas?

Geralmente as unidades fixas são constituídas de estruturas


modulares de aço, e instaladas no local de operação com estacas
cravadas no fundo do mar.

Elas são projetadas para receber todos os equipamentos de perfuração,


estocagem de materiais, alojamento de pessoal, bem como todas as
instalações necessárias para a produção dos poços.

32

Exemplo de uma unidade fixa

Plataforma fixa de Carapeba, no


pólo Nordeste na Bacia de Campos

RESERVADO
Capítulo 2 - Unidades marítimas

2.1.1. Jaquetas

Em 1947, foi introduzido o conceito de jaquetas, que são plataformas em


aço fabricadas em canteiro e transportadas até o local de produção, onde
são instaladas. A fixação no fundo do mar é realizada por meio de estacas.

As jaquetas foram as primeiras unidades utilizadas e têm sido as preferidas


nos campos localizados em lâminas d’água de até 300m, a exemplo das
plataformas PARB-3 da Bacia do Rio Grande do Norte e Ceará, PGA-3 da
Bacia de Sergipe-Alagoas e a PGP-1 da Bacia de Campos.

33

Plataforma fixa PGA-3 operando no campo de Guaricema na Bacia de


Sergipe-Alagoas

2.1.2. Plataforma Auto-elevatória (PA)

Outro tipo de plataforma fixa é a plataforma auto-elevatória. Ela é


constituída, basicamente, por uma balsa equipada com estrutura
de apoio ou pernas de ancoragem que, acionadas mecânica ou
hidraulicamente, movimentam-se para baixo até atingirem o fundo
do mar. Em seguida, inicia-se a elevação da plataforma acima do nível
da água, a uma altura segura e fora da ação das ondas.

Essas plataformas são fixas, quando em operação, e


móveis, quando transportadas por rebocadores ou por
propulsão própria.

RESERVADO
Alta Competência

Plataforma auto-elevatória P-5, em operação


no litoral do Rio Grande do Norte
34

A plataforma auto-elevatória destina-se à perfuração de poços


exploratórios na plataforma continental, em lâmina d’água que varia
de 5 a 130 metros, a exemplo das bacias do nordeste do país.

Essa limitação se deve às dimensões de seus apoios, de forma a


garantir que a plataforma seja elevada acima do nível da maré.

2.2. Unidades móveis

As unidades móveis também são conhecidas como unidades


flutuantes. Existem vários tipos de plataformas móveis com
diferentes funções. A seguir, exploraremos os principais tipos
utilizados pela Petrobras.

2.2.1. Semi-Submersível (SS)

Esse tipo de unidade móvel é constituída de conveses, ou top sides,


apoiados sobre um casco, ou lower hull. Devido à descoberta de
campos petrolíferos em águas profundas e ultraprofundas, este tipo
de unidade é amplamente utilizado na Petrobras. Atualmente, é um
dos tipos de plataformas que mais produzem no Brasil, assim como as
FPSO (Floating Production, Storage and Offloading).

RESERVADO
Capítulo 2 - Unidades marítimas

Plataforma semi-submersível P-18, em operação


no Campo de Marlim, na Bacia de Campos

O sistema de posicionamento de uma plataforma semi-submersível


pode ser de dois tipos: sistema de posicionamento dinâmico (DP) e/
ou sistema de ancoragem.

As plataformas deste tipo podem ou não ter propulsão própria. De 35


qualquer forma, apresentam grande mobilidade, sendo as preferidas
para a perfuração de poços exploratórios e muito utilizadas também
na área de produção.

A semi-submersível P-51 foi a primeira plataforma construída no


Brasil, com mais de 60% de participação brasileira. Em 2007, foi
aprovada a construção de mais uma plataforma semi-submersível: a
P-56. Observe a matéria a seguir, extraída da Folha on-line:

Petrobras anuncia que nova plataforma será


construída no Brasil.

A Petrobras anunciou nesta terça-feira que a construção da plataforma


P-56 será realizada em território nacional.

A estatal assinou o contrato de construção com o Consórcio FSTP


(Keppel Fels e Technip), no valor de R$ 1,2 bilhão, que inclui serviços
de engenharia, suprimento, construção e montagem da plataforma.

A P-56 será uma cópia da P-51, a primeira plataforma semi-submersível


totalmente construída no Brasil. Ela será usada na produção do Módulo
3 do Campo de Marlim Sul, no Estado do Rio de Janeiro.

RESERVADO
Alta Competência

A construção da P-56 com um modelo já conhecido faz parte do plano


da Petrobras de recuperar o ritmo de crescimento da produção que foi
afetado pelo atraso nos projetos de outras duas plataformas (P-55 e
P-57). As licitações delas foram canceladas por preço excessivo.

A nova plataforma - que deve entrar em operação em 2010 - terá


capacidade de processar 100 mil barris de petróleo e 6 milhões de
metros cúbicos de gás natural por dia.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u341258.html
Acesso em: 30 out 2007.

Quando uma plataforma não possui propulsão própria, é


36 deslocada por um ou mais rebocadores. Apesar de terem
dimensões muito menores, se comparados à plataforma,
os rebocadores possuem um sistema de propulsão potente
o suficiente para deslocá-la.

2.2.2. FPSO (Floating Production, Storage and Offloading)

Para explorarmos este tipo de plataforma, leia o texto a seguir:

TECNOLOGIA PETROBRAS TRANSFORMA 2ª FPSO DO MUNDO EM


PLATAFORMA AVANÇADA DO SISTEMA DE DESENVOLVIMENTO
DA PRODUÇÃO DE JUBARTE

O navio-plataforma Petrobras-34 (P-34) reflete a história do Brasil


desde o final da década de 50. Batizado com o nome de navio-tanque
Presidente Juscelino, ele foi um símbolo do “milagre econômico” e
do Plano de Metas do então presidente Kubitschek (JK). No final dos
anos 60, foi renomeado, por questões políticas (regime de exceção)
e passou a PP Moraes em homenagem ao ex-Presidente da República
Prudente de Moraes. Entre os anos de 1976 e 1979, o então navio-
tanque PP Moraes foi convertido na 2ª plataforma flutuante de
produção, estocagem e escoamento de petróleo (FPSO) do mundo.

RESERVADO
Capítulo 2 - Unidades marítimas

Em fevereiro de 1979, o PP Moraes produziu seu primeiro óleo


ancorando o Sistema de Desenvolvimento da Produção de Garoupa
e Namorado na Bacia de Campos. No dia 5 de dezembro de 2006, o
navio-plataforma P-34 entra novamente em produção, desta vez no
Campo de Jubarte, na porção capixaba da Bacia de Campos, o que irá
garantir a sustentabilidade da auto-suficiência em petróleo do Brasil.

Com aproximadamente 80% de conteúdo nacional, a P-34 ancora


um sistema de produção em desenvolvimento e encadeia uma série
de avanços tecnológicos que a transformam em uma vitrine de
inovações. Além de colocar em operação tecnologias de ponta, a P-34
também abrigará um sítio de testes para a análise de novas tecnologias
utilizando o óleo do Campo de Jubarte, que é extremamente pesado
(em torno de 17º API), como referência.

De acordo com o coordenador do projeto básico da P-34, Carlos Alberto


Fernandes de Oliveira, engenheiro da área de Estruturas Oceânicas da 37
Engenharia Básica do Cenpes, a P-34 vai contribuir decisivamente para
que a curva de produção de petróleo fique sempre acima da demanda
brasileira, mesmo com a oscilação de consumo e produção.

A P-34 tem capacidade de produção de 60 mil barris de petróleo por


dia em lâmina d’água de 1.350 metros de profundidade. No dia 3 de
novembro, o navio-plataforma saiu do porto de Vitória, no Espírito
Santo, para ser ancorado no Campo de Jubarte, onde deve operar
pelos próximos cinco anos. Depois desse período, entrará em cena
uma das maiores e mais avançadas unidades flutuantes de produção,
estocagem e escoamento de petróleo do país, a P-57, com capacidade
de produção de 180 mil barris de petróleo pesado, de processamento
de 300 mil barris de líquido, de compressão de 600 mil m3 de gás por
dia e de estocagem de 300 mil barris de óleo.

Fonte: http://www2.petrobras.com.br/tecnologia/port/conquistas_tecnologicas.asp
Acesso em: 20 mai 2008.

RESERVADO
Alta Competência

FPSO P-34 na Bacia de Campos

A FPSO é uma unidade marítima de produção, composta por um casco,


38 normalmente assemelhado ao de um navio, onde é armazenado o
óleo, e o topside ou convés.

No convés do navio, é instalada uma planta de processo para separar


e tratar os fluidos produzidos pelos poços. Depois de separado da
água e do gás, o petróleo é armazenado nos tanques do próprio
navio, sendo transferido para um navio aliviador periodicamente.

O posicionamento da FPSO no campo é normalmente realizado


através de um sistema de ancoragem, mas projetos especiais utilizam
posicionamento dinâmico (DP).

FPSO P-48, no Campo de Caratinga, na Bacia de Campos

RESERVADO
Capítulo 2 - Unidades marítimas

As maiores FPSOs têm sua capacidade de processo em torno de 200


mil barris de petróleo por dia, com produção associada de gás de
aproximadamente 2 milhões de metros cúbicos por dia.

Exemplos de FPSOs da Petrobras: P-31, P-33, P-34, P-35, P-37, P-43,


P-48, P-50 e P-54.

A plataforma de casco redondo é uma unidade marítima


de produção, armazenamento e transferência de
petróleo. É destinada à exploração em lâminas d’água
mais profundas (1.000 à 1.500 metros). O seu formato
redondo permite maior estabilidade e fornece mais
segurança em caso de vazamento de óleo no mar.
O casco redondo é oco por dentro, por onde a água 39
entra e sai, minimizando os efeitos das oscilações das
ondas do mar. A vantagem desta plataforma é permitir
a instalação de risers rígidos (tubos que conectam as
plataformas aos poços de produção), muitas vezes
mais baratos que os flexíveis, em função do custo de
instalação.

FPSO Piranema, plataforma de casco redondo

RESERVADO
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2.2.3. FSO (Floating Storage and Offloading)

A FSO é uma plataforma flutuante de armazenamento de produção,


não realizando a produção em si. De extrema importância, é equipada
com sistema de transferência de óleo (offloading) para navios
aliviadores, permanecendo acoplada a outros tipos de plataformas.
Como exemplo, podem ser citadas as plataformas P-32 e P-38.

40

FSO P-38, operando no Campo de Marlim Sul,


na Bacia de Campos

Quando uma plataforma do tipo jaqueta ou semi-submersível (SS)


necessita aliviar a quantidade de óleo armazenada, uma FSO é
utilizada e o óleo segue para um navio aliviador.

O navio aliviador é um petroleiro que atraca na popa


da FPSO para receber o petróleo armazenado em seus
tanques e transportá-lo para terra.

O gás comprimido é enviado para terra através de


gasodutos e/ou reinjetado no reservatório.

Os navios aliviadores só podem ser acoplados junto às


plataformas do tipo FPSO e FSO, pois a sua utilização
diretamente em plataformas de outros tipos pode
representar riscos à operação.

RESERVADO
Capítulo 2 - Unidades marítimas

2.2.4. FPU (Floating Production Unit)

Esse tipo de unidade flutuante produz óleo, semelhante a uma semi-


submersível (SS). Esta unidade não armazena e não possui sistema de
offloading para um navio aliviador.

Após separadas, as produções de óleo e gás são exportadas


através de risers e dutos instalados na bacia. O óleo é escoado para
uma outra unidade e o gás que não é utilizado para geração de
energia da plataforma segue para um gasoduto. A água, depois
de tratada, é descartada no mar seguindo os padrões declarados
na Legislação Ambiental.

41

Exemplo FPU P-53

2.2.5. Navio-Sonda (NS) (Drilling Ship)

Dotado de uma relevância histórica, pois é um tipo de unidade


marítima utilizado desde o início da exploração do petróleo no Brasil,
o Navio-Sonda é uma embarcação projetada para a perfuração de
poços submarinos. Sua torre de perfuração localiza-se no centro do
navio, onde uma abertura no casco permite a passagem da coluna
de perfuração, normalmente dotada com sistema de posicionamento
dinâmico (DP).

RESERVADO
Alta Competência

Navio-Sonda NS-18 operando no Campo de Piranema, na Bacia


de Sergipe-Alagoas

O Navio-Sonda alia as características de uma unidade semi-


42 submersível (SS) às de um navio, podendo efetuar navegação
independente, quando necessário.

O pioneiro Navio-Sonda Petrobras II perfurou, em


1974, o poço que deu origem à Bacia de Campos e ao
Campo de Garoupa.

2.2.6. Unidade alojamento / Flotel

Como o próprio nome sugere, a unidade Flotel – hotel flutuante


– pode ser equipada com escritórios, oficinas e estrutura para a
acomodação de até 800 pessoas.

É utilizada normalmente como alojamento e apoio para as


equipes de operação e também para a manutenção e o reparo
de unidades fixas. Pode ser uma semi-submersível (SS) ou uma
auto-elevatória (PA).

RESERVADO
Capítulo 2 - Unidades marítimas

O deslocamento de uma unidade de alojamento para a plataforma


é feito por uma passarela articulada chamada gang way, ou por um
barco que pega as equipes de operação na plataforma produtora e
leva para o flotel, sendo levados para parte superior do mesmo por
cestas içadas por um guindaste.

A única unidade de alojamento hoje no Brasil é a Cidade Armação


de Búzios.

43

Plataforma Cidade Armação de Búzios, que atua ao mesmo


tempo como um Flotel (hotel flutuante) e uma unidade de
apoio e manutenção de plataformas, articulada
com a plataforma fixa de Garoupa

RESERVADO
Alta Competência

2.3. Exercícios

1) Classifique as afirmativas abaixo como verdadeiras (V) ou falsas (F):

( ) As plataformas fixas são projetadas para receber todos


os equipamentos de perfuração, estocagem de materiais,
alojamento de pessoal, bem como todas as instalações necessárias
para a produção dos poços.

( ) As jaquetas foram as primeiras unidades utilizadas. Têm sido


as preferidas nos campos localizados em lâminas d`água de
até 300m. Geralmente as plataformas fixas são constituídas de
estruturas modulares de aço, instaladas no local de operação
com estacas cravadas no fundo do mar.

( ) Sistemas de posicionamento dinâmico são utilizados


amplamente pelos Navios-Sonda (NS), não sendo utilizados em
44 plataformas semi-submersíveis (SS).

( ) As plataformas semi-submersíveis (SS) podem ou não ter


propulsão própria. De qualquer forma são pouco utilizadas para
a perfuração de poços exploratórios mas amplamente utilizadas
na área de produção.

( ) O sistema de transferência (offloading) é responsável pela


exportação de óleo e gás de um FPSO ou FSO para um navio
aliviador que fará a transferência para terminais em terra.

2) Que tipo de plataforma é constituída, basicamente, de uma balsa


equipada com estrutura de apoio, ou pernas, que, acionadas mecâ-
nica ou hidraulicamente, movimentam-se para baixo até atingirem
o fundo do mar, sendo que em seguida, inicia-se a elevação da pla-
taforma acima do nível da água, a uma altura segura e fora da ação
das ondas?

_______________________________________________________________

RESERVADO
Capítulo 2 - Unidades marítimas

3) Tendo em vista a divisão típica de uma plataforma semi-submersível


(SS), quais são as duas partes que a compõem?

_______________________________________________________________

4) Qual a principal diferença entre uma unidade FPSO e uma FSO?


_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

5) O que é um Navio-Sonda (NS) (Drilling Ship)?


_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

6) O que é uma unidade Flotel?


_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

45

RESERVADO
Alta Competência

2.4. Glossário

Balsa - embarcação de fundo chato, com pequeno calado.

Casco (Hull) - corpo da embarcação, no caso de plataformas semi-submersíveis


consiste no conjunto de colunas, flutuadores e contraventamentos.

Coluna de perfuração (Column) - estrutura vertical de grandes dimensões, que


suporta o convés (deck) e contribui para a estabilidade das plataformas semi-
submersíveis.

Convés - também chamado top side ou deck - estrutura instalada sobre a jaqueta,
na qual vão se assentar os módulos de produção, de alojamento, de perfuração e
equipamentos de maneira geral. Pode-se aplicar também à parte superior do casco
nas plataformas semi-submersíveis ou auto-elevatórias.

Estacas (Pile) - peças normalmente feitas de aço, instaladas no fundo do mar para
funcionar como elemento de fundação, fixando as estruturas ao solo marítimo.

Gang way - passarela articulada que permite o deslocamento de uma unidade de


46 alojamento para uma plataforma.

Perna de ancoragem - linha de ancoragem - elemento do sistema de ancoragem.

Risers - trecho de linha flexível/rígido, dinâmico, que interliga o sistema submarino


de coleta/exportação à unidade de produção.

Torre de perfuração - estrutura tipo torre erguida em local preestabelecido


para perfuração.

RESERVADO
Capítulo 2 - Unidades marítimas

2.5. Bibliografia

ALMEIDA JUNIOR, João Alberto Rangel de. Estabilidade de sistemas


flutuantes - treinamento de operadores. Apresentação em PowerPoint.
Petrobras, Rio de Janeiro.

ARAÚJO, Jairo Bastos de. Sistemas de ancoragem de unidades flutuantes. Apostila.


Petrobras, Rio de Janeiro.

BARBOSA, Marina Carvalho e ESTEVES, Elisabete de Almeida. A navegação de apoio


marítimo no Brasil - História e Evolução. Associação Brasileira das Empresas de
Apoio Marítimo. Rio de Janeiro: 1989.

CAMPOS, Luciano de Almeida. Curso de estabilidade de sistemas flutuantes para


operadores de lastro. Apostila. Petrobras, Rio de Janeiro.

CANUTO, André. Estabilidade de corpos flutuantes - noções básicas. Apresentação


em PowerPoint. Petrobras, Rio de Janeiro.

CANUTO, André. Noções de unidades flutuantes. Apresentação em PowerPoint.


Petrobras, Rio de Janeiro. 47

COELHO, Adilson da Silva. Módulo de estabilidade – EST – unidade de estudo


autônomo. Rio de Janeiro: 2007.

LOUREIRO, Rodrigo Reis. Estabilidade de sistemas flutuantes. Apresentação em


PowerPoint. Petrobras, Rio de Janeiro.

NICOLAU, André Luiz. Terminologia de estruturas marítimas. Apostila. Petrobras,


Rio de Janeiro.

SILVEIRA, Marcos Machado da. Introdução ao apoio marítimo. Navsoft Consultoria


e Serviços Ltda. Disponível em: <http://www2.petrobras.com.br>. Acesso em:
15 mar 2008.

RESERVADO
Alta Competência

2.6. Gabarito

1) Classifique as afirmativas abaixo como verdadeiras (V) ou falsas (F):

( V ) As plataformas fixas são projetadas para receber todos os equipamentos de


perfuração, estocagem de materiais, alojamento de pessoal, bem como todas as
instalações necessárias para a produção dos poços.

( V ) As jaquetas foram as primeiras unidades utilizadas. Têm sido as preferidas nos


campos localizados em lâminas d`água de até 300m. Geralmente as plataformas
fixas são constituídas de estruturas modulares de aço, instaladas no local de opera-
ção com estacas cravadas no fundo do mar.

( F ) Sistemas de posicionamento dinâmico são utilizados amplamente pelos Navios-


Sonda (NS), não sendo utilizados em plataformas semi-submersíveis (SS).

Justificativa: Sistemas de posicionamento dinâmico são utilizados pelos Navios-


Sonda (NS) e pelas plataformas semi-submersíveis (SS).

( F ) As plataformas semi-submersíveis (SS) podem ou não ter propulsão própria.


De qualquer forma são pouco utilizadas para a perfuração de poços exploratórios,
mas amplamente utilizadas na área de produção.
48 Justificativa: As plataformas semi-submersíveis (SS) podem ou não ter propulsão
própria. De qualquer forma são as preferidas para a perfuração de poços explora-
tórios mas amplamente utilizadas na área de produção.

( V ) O sistema de transferência (offloading) é responsável pela exportação de óleo


e gás de um FPSO ou FSO para um navio aliviador que fará a transferência para
terminais em terra.

2) Que tipo de plataforma é constituída, basicamente, de uma balsa equipada


com estrutura de apoio, ou pernas, que, acionadas mecânica ou hidraulicamente,
movimentam-se para baixo até atingirem o fundo do mar, sendo que em seguida,
inicia-se a elevação da plataforma acima do nível da água, a uma altura segura e
fora da ação das ondas?

Plataforma Auto-elevatória (PA).

3) Tendo em vista a divisão típica de uma plataforma semi-submersível (SS), quais


são as duas partes que a compõem?

Conveses (top side) e casco (hull).

4) Qual a principal diferença entre uma unidade FPSO e uma FSO?

A principal diferença refere-se à produção de óleo. A FPSO é uma unidade de pro-


dução, enquanto o FSO apenas recebe a produção de outra unidade.

5) O que é um Navio-Sonda (NS) (Drilling Ship)?

Navio-sonda é um navio projetado para a perfuração de poços submarinos.

6) O que é uma unidade Flotel?

Unidade marítima que pode ser equipada com escritórios, oficinas e alojamento.

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Capítulo 3
Prefácio

Principais sistemas
de embarcação de uma
plataforma de produção

Ao final desse capítulo, o treinando poderá:

• Identificar os principais sistemas de embarcação de uma


plataforma de produção;
• Verificar a função dos principais sistemas de embarcação de
uma plataforma de produção.

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50

RESERVADO
Capítulo 3. Principais sistemas de embarcação de uma plataforma de produção

3. Principais sistemas de embarcação


de uma plataforma de produção

C
ada plataforma possui uma série de sistemas de
embarcação, que a faz operar adequadamente, de acordo
com a sua destinação.

Dependendo do tipo de unidade de produção flutuante (SS, FPSO,


FSO ou FPU), ela pode ser dotada de sistemas de embarcação.

3.1. Sistema de carga

Sistema que consiste em tanques de carga para a estocagem do óleo.


Através dele podemos controlar a operação de carga e descarga da
unidade. Encontra-se em plataformas FPSO e FSO. 51

3.2. Sistema de lastro

Sistema que consiste em tanques de lastro segregados e tem como


objetivo controlar as condições de estabilidade e esforço estrutural
da unidade. Encontra-se em todos os tipos de plataformas.

3.3. Sistema de gás inerte e ventilação

Sistema responsável pela inertização e ventilação na etapa de


preparação para a entrada nos tanques. Encontra-se em todos os
tipos de plataformas.

3.4. Sistema de drenagem

Sistema que controla a drenagem dos efluentes da área da


embarcação. Encontra-se em todos os tipos de plataformas.

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3.5. Sistema hidráulico

Esse sistema apresenta-se em duas formas na área de embarcação:

• Sistema hidráulico das bombas de carga e/ou lastro;

• Sistema hidráulico das válvulas solenóides.

Encontra-se em todos os tipos de plataformas.

3.6. Sistema de limpeza de tanques

Sistema que controla o processo de limpeza dos tanques. É composto


por linhas e máquinas de limpeza e aquecedor d’água. Destina-se à
limpeza dos tanques de carga para inspeções e/ou reparo dos mesmos.
Encontra-se em todos os tipos de plataformas.
52

3.7. Sistema de esgoto

Sistema de coleta, tratamento e descarte de efluentes líquidos.


Encontra-se em todos os tipos de plataformas.

3.8. Sistema de proteção

Sistema de proteção contra corrosão do casco, com princípio na


proteção catódica por corrente elétrica impressa (anodos inertes).
Encontra-se em todos os tipos de plataformas.

3.9. Sistema de balanço e inclinação

Sistema que monitora os calados de proa, popa e ambos os bordos da


unidade. Encontra-se em todos os tipos de plataformas.

3.10. Sistema de tratamento de água oleosa

Sistema para tratamento e descarte de efluentes oleosos.


Encontra-se em todos os tipos de plataformas.

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Capítulo 3. Principais sistemas de embarcação de uma plataforma de produção

3.11. Sistema de transferência (offloading)

Sistema responsável pela exportação de óleo de um FPSO ou FSO


para um navio aliviador, que fará a transferência para terminais
em terra.

A exportação de gás é bombeada através dos sistemas de risers e


dutos submarinos. A operação de transferência é realizada através
de uma linha de mangotes que é passada de um FPSO ou FSO para o
navio aliviador.

Por razões de segurança, o navio aliviador permanece durante toda


a operação amarrado por um cabo, a uma distância aproximada de
150 metros da plataforma.

A operação de transferência dura cerca de 24 horas, dependendo da


quantidade de óleo a ser transferida. Encontra-se em plataformas 53
FPSO e FSO.

3.12. Sistema de ancoragem

Uma plataforma de perfuração ou produção pode ser mantida numa


determinada posição através de um sistema de ancoragem, que
mantém a unidade conectada ao fundo do mar através de cabos de
aço e/ou amarras.

Um sistema de ancoragem é composto de 8 a 20 pernas, a depender


do projeto a ser utilizado. O controle do sistema de ancoragem
é realizado através do monitoramento da tensão das pernas de
ancoragem, objetivando o posicionamento da unidade dentro de
certos limites horizontais da linha de centro, estabelecida pelo
projeto de ancoragem da unidade. Encontra-se em todos os tipos
de plataformas flutuantes.

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RESUMINDO...

Tipos de
Sistemas Descrição
plataforma
Controla a operação de carga e
Sistema de carga FPSO e FSO
descarga da unidade.
Controla as condições de
Sistema de lastro TODAS estabilidade e esforço estrutural da
unidade.
Responsável pela inertização e
Sistema de gás inerte e
TODAS ventilação, na etapa de preparação
ventilação
para a entrada nos tanques.
Controla a drenagem dos efluentes
Sistema de drenagem TODAS
da área da embarcação.
Há dois principais sistemas
hidráulicos na área de
54 embarcação: sistema hidráulico
Sistema hidráulico TODAS
das bombas de carga e/ou lastro;
sistema hidráulico das válvulas
solenóides.
Controla o processo de limpeza
dos tanques e é composto por
linhas e máquinas de limpeza e
Sistema de limpeza de
TODAS aquecedor d’água. Destina-se à
tanques
limpeza dos tanques de carga
para inspeções e/ou reparo dos
mesmos.
Coleta, trata e descarta de
Sistema de esgoto TODAS
efluentes líquidos.
Proteje contra corrosão do casco,
com princípio na proteção catódica
Sistema de proteção TODAS
por corrente elétrica impressa
(anodos inertes).
Sistema de balanço e Monitora os calados de proa, popa
TODAS
inclinação e ambos os bordos da unidade.

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Capítulo 3. Principais sistemas de embarcação de uma plataforma de produção

RESUMINDO...

Tipos de
Sistemas Descrição
plataforma
Sistema de tratamento
TODAS Trata e descarta efluentes oleosos.
de água oleosa
Exporta óleo de um FPSO ou FSO
Sistema de
para um navio aliviador, que fará
transferência FPSO E FSO
a transferência para terminais em
(offloading)
terra.
Mantém a unidade conectada ao
fundo do mar através de cabos de
aço e/ou amarras. O controle do
sistema de ancoragem é realizado
através do monitoramento da
Sistema de ancoragem TODAS tensão das pernas de ancoragem,
objetivando o posicionamento da
unidade dentro de certos limites 55
horizontais da linha de centro,
estabelecida pelo projeto de
ancoragem da unidade.

Sistema de Ancoragem 360º (turret)

O navio-plataforma P-53 possui o maior turret do


mundo, com 75 risers. O turret é um sistema de
ancoragem que permite o giro de 360º da embarcação,
mantendo-a sempre aproada de acordo com a
resultante das componentes ambientais (ondas, vento
e correnteza) diminuindo assim, o esforço sobre o
casco da embarcação. O turret tambem é responsável
pela interligação das linhas de produção (risers) com a
planta de processo da unidade.

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3.13. Exercícios

1) Cite os sistemas de embarcação que apenas são encontrados em


plataformas FPSO e FSO.

———————————————————————————————

2) Qual o sistema de embarcação que tem como objetivo controle das


condições de estabilidade e esforço estrutural da unidade?

______________________________________________________________

3) Relacione as colunas abaixo:

a) Sistema de gás inerte ( ) É composto por linhas e má-


e ventilação quinas de limpeza e aquece-
dor d’água.

b) Sistema de drenagem ( ) Sistema responsável pela iner-


56
tização e ventilação, na etapa
de preparação para a entrada
nos tanques.

c) Sistema de limpeza de ( ) Sistema que controla a dre-


tanques nagem dos efluentes da área
da embarcação.

4) Explique as funções dos seguintes sistemas de embarcação:

a) Sistema de proteção:

———————————————————————————————
———————————————————————————————

b) Sistema de balanço e inclinação:

———————————————————————————————
———————————————————————————————

c) Sistema de tratamento de água oleosa:

———————————————————————————————
———————————————————————————————

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Capítulo 3. Principais sistemas de embarcação de uma plataforma de produção

3.14. Glossário
Água oleosa - composto resultante da mistura de água e óleo.

Amarras - correntes formadas por elos.

Balanço - oscilação transversal de uma embarcação.

Bordos - lados de uma embarcação.

Cabo (corda) - feixe de fibras trançadas ou enroladas entre si, utilizado para permitir
tração de cargas, fixação de objetos ou segurança de pessoas.

Cabo de aço (corda) - feixe de arames de aço trançados ou enrolados entre si


utilizado para permitir tração de cargas.

Calado (Draft) - distância vertical, medida sobre um plano transversal, entre a parte
externa inferior da embarcação nesse plano e o plano da superfície da água. 57

Casco (Hull) - corpo da embarcação, no caso de plataformas semi-submersíveis


consiste no conjunto de colunas, flutuadores e contraventamentos.

Condições de estabilidade - condição de um corpo flutuante em relação à condição


original de equilíbrio.

Dutos submarinos - tubulação submarina para transporte de gás natural ou óleo


dos campos produtores para terminais ou refinarias.

Gás inerte - gás com baixo teor de oxigênio, utilizado para evitar o risco de explosões
nos tanques de carga.

Inertização - operação de substituição da atmosfera dentro de um tanque por


gás inerte.

Lastro (Ballast) - material utilizado para controlar a estabilidade de estrutura


flutuante (navio, plataforma etc.), tais como a água, areia ou metais.

Mangote (Hose) - tubo flexível geralmente usado nas ligações entre monobóias,
FPSO e navios aliviadores.

Perna de ancoragem - linha de ancoragem - elemento do sistema de ancoragem.

Popa (Stern) - extremidade traseira de uma embarcação.

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Proa (Bow) - parte dianteira de uma embarcação.

Risers - trecho de linha flexível/rígido, dinâmico, que interliga o sistema submarino


de coleta/exportação à unidade de produção.

Válvulas solenóides - válvulas on-off acionadas por óleo hidráulico.

58

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Capítulo 3. Principais sistemas de embarcação de uma plataforma de produção

3.15. Bibliografia
ALMEIDA JUNIOR, João Alberto Rangel de. Estabilidade de sistemas flutuantes
- treinamento de operadores. Apresentação em PowerPoint. Petrobras,
Rio de Janeiro.

ARAÚJO, Jairo Bastos de. Sistemas de ancoragem de unidades flutuantes.


Apostila. Petrobras, Rio de Janeiro.

BARBOSA, Marina Carvalho e ESTEVES, Elisabete de Almeida. A navegação de apoio


marítimo no Brasil - História e Evolução. Associação Brasileira das Empresas de
Apoio Marítimo. Rio de Janeiro: 1989.

CAMPOS, Luciano de Almeida. Curso de estabilidade de sistemas flutuantes para


operadores de lastro. Apostila. Petrobras, Rio de Janeiro.

CANUTO, André. Estabilidade de corpos flutuantes - noções básicas. Apresentação


em PowerPoint. Petrobras, Rio de Janeiro.

CANUTO, André. Noções de unidades flutuantes. Apresentação em PowerPoint.


Petrobras, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. 59

COELHO, Adilson da Silva. Módulo de estabilidade – EST – unidade de estudo


autônomo. Rio de Janeiro: 2007.

LOUREIRO, Rodrigo Reis. Estabilidade de sistemas flutuantes. Apresentação em


PowerPoint. Petrobras, Rio de Janeiro.

NICOLAU, André Luiz. Terminologia de estruturas marítimas. Apostila. Petrobras,


Rio de Janeiro.

SILVEIRA, Marcos Machado da. Introdução ao apoio marítimo. Navsoft Consultoria


e Serviços Ltda. Disponível em: <http://www2.petrobras.com.br>. Acesso em:
15 mar 2008.

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3.16. Gabarito
1) Cite os sistemas de embarcação que apenas são encontrados em plataformas
FPSO e FSO.

Sistema de carga e sistema de transferência offloading.

2) Qual o sistema de embarcação que tem como objetivo controle das condições de
estabilidade e esforço estrutural da unidade?

Sistema de lastro.

3) Relacione as colunas abaixo:

a) Sistema de gás inerte e ventilação (c) É composto por linhas e máquinas


de limpeza e aquecedor d’água.

b) Sistema de drenagem (a) Sistema responsável pela iner-


tização e ventilação, na etapa
de preparação para a entrada
nos tanques.

c) Sistema de limpeza de tanques (b) Sistema que controla a drenagem dos


60
efluentes da área da embarcação.

4) Explique as funções dos seguintes sistemas de embarcação:

a) Sistema de proteção

Sistema de proteção contra corrosão do casco, com princípio na proteção catódica


por corrente elétrica impressa (anodos inertes).

b) Sistema de balanço e inclinação

Sistema que monitora os calados de proa, popa e ambos os bordos da unidade.

c) Sistema de tratamento de água oleosa

Sistema para tratamento e descarte de efluentes oleosos. Encontra-se em todos os


tipos de plataformas.

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