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Direitos das Mulheres no mundo

Sistema de Monitoramento e

2018 Profa. Dra. Elisa S. Ribeiro


Proteção
Profa. Dra. Elisa de Sousa Ribeiro Pinchemel

1
Proteção dos DH na ONU
Principais documentos
• Carta de São Francisco (Carta da ONU - 1945)
• Carta Internacional de Direitos Humanos, formada por

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1) Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948)

2) Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos (1966)

3) Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e


Culturais (1966)

2
Declaração Universal dos DH
Artigo 1º
Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos.
São dotadas de razão e consciência e devem agir em relação
umas às outras com espírito de fraternidade.

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3
Pacto Internacional de Direitos
Civis e Políticos
ARTIGO 3
Os Estados Partes no presente Pacto comprometem-se a
assegurar a homens e mulheres igualdade no gozo de todos os
direitos civis e políticos enunciados no presente Pacto.

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ARTIGO 26
Todas as pessoas são iguais perante a lei e têm direito, sem
discriminação alguma, a igual proteção da Lei. A este respeito, a
lei deverá proibir qualquer forma de discriminação e garantir a
todas as pessoas proteção igual e eficaz contra qualquer
discriminação por motivo de raça, cor, sexo, língua, religião,
opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, 4
situação econômica, nascimento ou qualquer outra situação.
Pacto Internacional de Direitos
Civis e Políticos
ARTIGO 24
1. Toda criança terá direito, sem discriminação alguma por
motivo de cor, sexo, língua, religião, origem nacional ou social,
situação econômica ou nascimento, às medidas de proteção
que a sua condição de menor requerer por parte de sua família,

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da sociedade e do Estado.

5
Pacto Internacional de Direitos
Civis e Políticos
ARTIGO 4
1. Quando situações excepcionais ameacem a existência da
nação e sejam proclamadas oficialmente, os Estados Partes do
presente Pacto podem adotar, na estrita medida exigida pela
situação, medidas que suspendam as obrigações decorrentes do

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presente Pacto, desde que tais medidas não sejam
incompatíveis com as demais obrigações que lhes sejam
impostas pelo Direito Internacional e não acarretem
discriminação alguma apenas por motivo de raça, cor, sexo,
língua, religião ou origem social.

6
Características
Contemporâneas dos DH
• Universalidade

• Indivisibilidade

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• Interdependência

• Inter-relacionariedade

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MONITORAMENTO
NO ÂMBITO DO

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MODELO NÃO
CONVENCIONAL
8
Declaração Universal dos DH
Artigo2º
Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as
liberdades estabelecidas nesta Declaração, sem distinção de
qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião
política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza,

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nascimento, ou qualquer outra condição.

Não será tampouco feita qualquer distinção fundada na


condição política, jurídica ou internacional do país ou território a
que pertença uma pessoa, quer se trate de um território
independente, sob tutela, sem governo próprio, quer sujeito a
qualquer outra limitação de soberania. 9
e Social
Conselho Econômico

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10
Conselho Econômico e Social
• Fará ou iniciará estudos e relatórios a respeito de assuntos
internacionais de caráter econômico, social, cultural,
educacional, sanitário e conexos

• Poderá fazer recomendações à AGNU, aos Membros da ONU e

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às entidades especializadas interessadas.

• Poderá fazer recomendações destinadas a promover o


respeito e a observância dos direitos humanos e das
liberdades fundamentais para todos

• Poderá preparar projetos de convenções a serem submetidos


à AGNU sobre assuntos de sua competência. 11
Conselho Econômico e Social
• Poderá convocar conferências internacionais sobre assuntos
de sua competência.

• Poderá estabelecer acordos com qualquer das entidades da

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ONU e tais acordos serão submetidos à aprovação da AGNU

• Poderá coordenar as atividades das entidades especializadas,


por meio de consultas e recomendações às mesmas e de
recomendações à AGNU al e aos Membros da ONU

• Criará comissões para os assuntos econômicos e sociais e a


proteção dos direitos humanos 12
Conselho Econômico e Social
• Poderá tomar as medidas adequadas a fim de obter relatórios
regulares das entidades especializadas.

• Poderá entrar em entendimentos com os Membros da ONU e

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com as entidades especializadas, a fim de obter relatórios
sobre as medidas tomadas para cumprimento de suas
próprias recomendações e das feitas pelas AGNU sobre
assuntos da competência do Conselho.

• Poderá comunicar à AGNU suas observações a respeito desses


relatórios.
13
Conselho de Direitos

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Humanos da ONU
14
Conselho de DH da ONU
• 1946: Criação da Comissão de Direitos Humanos (CDH)

• Doutrina 1947: Eleanor Roosevelt foi a primeira presidente da CDH e seu famoso
discurso ficou conhecido como “Doutrina 1947” a CDH deveria abster-se de
investigar violações aos DH. Inaugura-se, então o período abstencionista da CDH
da ONU.

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• 1947 a 1967: período abstencionista. Cabia a CDH cuidar da promoção
internacional dos Direitos Humanos e criação de normas.

• 1967 a 2006 : período intervencionista. Dentre as atribuições da CDH inclui-se a


investigação de violações aos DH.

I. Resolução do ECOSOC 1.235/1967: Autoriza explicitamente a CDH a


investigar violações aos DH pelos Estados.

II. Resolução do ECOSOC 1.503/1970: Autoriza a CDH a receber queixas


(denúncias) feitas por indivíduos. 15
Conselho de DH da ONU
• 1968: I Conferência Internacional de Direitos Humanos, em Teerã (Irã).
Dificuldades: postura excessivamente soberanista dos Estados; ênfase
no relativismo cultural.

• Em 1975 são criados os Relatores ou Grupos de Trabalho para países


específicos (geográficos).

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• Em 1980 são criados os Relatores ou Grupos de Trabalho para temas
específicos (temáticos).

• 1993: II Conferência Internacional de Direitos Humanos, em Viena


(Áustria). A Presidência do Comitê de Redação estava com o Brasil, nas
mãos do Embaixador Gilberto Saboia. Consagram-se: o universalismo
dos DH (Art. 5º da Declaração Final da Conferência de Viena); os DH
como tema global; a indivisibilidade e interdependência dos DH. Cria-se
o Alto Comissariado das Nações Unidas para Direitos Humanos
(ACNUDH). 16
II Conferência – Viena, 1993
Declaração de Viena de 1993

1 .A Conferência Mundial sobre Direitos Humanos reafirma o


empenho solene de todos os Estados em cumprirem as suas

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obrigações no tocante à promoção do respeito universal, da
observância e da proteção de todos os Direitos Humanos e
liberdades fundamentais para todos, em conformidade com a
Carta das Nações Unidas, com outros instrumentos relacionados
com os Direitos Humanos e com o Direito Internacional. A
natureza universal destes direitos e liberdades são
inquestionáveis.
17
II Conferência – Viena, 1993
Declaração de Viena de 1993

5. Todos os Direitos Humanos são universais, indivisíveis,


interdependentes e interrelacionados. A comunidade

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internacional deve considerar os Direitos Humanos,
globalmente, de forma justa e equitativa, no mesmo pé e com
igual ênfase. Embora se deva ter sempre presente o significado
das especificidades nacionais e regionais e os diversos
antecedentes históricos, culturais e religiosos, compete aos
Estados, independentemente dos seus sistemas políticos,
econômicos e culturais, promover e proteger todos os Direitos
Humanos e liberdades fundamentais.
18
II Conferência – Viena, 1993
Declaração de Viena de 1993

32. A Conferência Mundial sobre Direitos Humanos reafirma a


importância de garantir a universalidade, a objetividade e a

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não seletividade na consideração de questões relativas aos
Direitos Humanos.

34. Deverão ser empreendidos esforços acrescidos para apoiar


os países que o solicitem a criar as condições que permitam a
cada indivíduo usufruir os Direitos Humanos e das liberdades
fundamentais universalmente reconhecidos.
19
Conselho de DH da ONU

• 2006: Extinção da Comissão de Direitos Humanos.

• 2006: a Resolução da AGNU nº 60/251 cria o Conselho de

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Direitos Humanos.

http://www2.ohchr.org/english/bodies/hrcouncil/docs/A.RES.
60.251_En.pdf

20
Conselho de DH da ONU
Competências do Conselho de Direitos Humanos

• Enviar Recomendações à AGNU acerca do desenvolvimento do


Direito Internacional dos Direitos Humanos

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• Servir como fórum de diálogo especializado sobre temas de
Direitos Humanos

• Realizar Revisão Periódica Universal (RPU)

• Enviar relatório anual à AGNU, especificando as atividades


desenvolvidas e sugestões para melhorias no sistema ONU de
proteção dos DH. 21
Conselho de DH da ONU
Composição
• Os membros do Conselho servem por um período de 3 anos e
não podem ser reeleitos após dois mandatos consecutivos.
• Baseia-se numa distribuição geográfica equitativa.

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África: 13 assentos
Ásia-Pacífico: 13 assentos
América Latina e Caribe: 8 cadeiras
Europa Ocidental e “outros Estados”: 7 cadeiras (*)
Europa do Leste: 6 cadeiras
22
(*) www.un.org/depts/DGACM/RegionalGroups.shtml
Relatores Especiais,
Especialistas

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Independentes e
Grupos de Trabalho
23
Procedimentos Especiais
• Relatores Especiais, Especialistas (ou Peritos) Independentes e
Grupos de Trabalho constituem coletivamente os
“Procedimentos Especiais” do Conselho de Direitos Humanos.

• “Procedimentos Especiais” é o nome geral dos mecanismos

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independentes de investigação e controle do Conselho que
abrangem todos os direitos humanos.

• Atualmente, existem 55 Procedimentos Especiais, incluindo 41


mandatos temáticos e 14 mandatos relacionados a países e
territórios.
24
Procedimentos Especiais
• Os titulares de mandatos são especialistas independentes,
nomeados pelo Conselho de Direitos Humanos para abordar
situações específicas de cada país ou questões temáticas em
todas as partes do mundo.

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• Eles reportam-se diretamente ao Conselho de Direitos
Humanos e à Assembleia Geral.

• São eleitos por 3 anos e podem ser reeleitos por mais 3 anos,
sendo esse o limite.

25
Procedimentos Especiais
• Os titulares de mandatos de Procedimentos Especiais não são
funcionários da ONU e são independentes de qualquer governo ou
organização.

• Eles atuam em sua capacidade individual, não recebem salário por

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seu trabalho e se comprometem a manter a independência,
eficiência, competência e integridade através da probidade,
imparcialidade, honestidade e boa-fé.

• O Escritório do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos


(ACNUDH) presta apoio para permitir que estes mecanismos
cumpram os seus mandatos.

• O apoio inclui visitas aos países, emissão de comunicados de


26
imprensa e publicação de relatórios.
Procedimentos Especiais
• Os titulares de mandatos só podem visitar países a convite dos
governos.

• As declarações ao fim de cada visita são sempre

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compartilhadas e discutidas com as autoridades antes de
serem distribuídas em uma coletiva de imprensa.

• Antes da distribuição, os comunicados de são sempre


verificados pela Divisão de Procedimentos Especiais do
ACNUDH e compartilhados com as Missões Permanentes
pertinentes dos Estados-membros.
27
Alto Comissariado
das Nações Unidas

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para Direitos
Humanos (ACNUDH) 28
ACNUDH
• Promove instrumentos universais de direitos humanos

• Realiza seminários e pesquisas

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• Organiza formações no uso de mecanismos de proteção e
defesa dos direitos humanos da ONU

• Realiza o acompanhamento dos pareceres e recomendações


dos mecanismos de proteção dos DH da ONU
29
ACNUDH
• Promove o conhecimento sobre a Revisão Periódica Universal
e seguir suas recomendações

• Presta assistência técnica em matéria de harmonização e

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implementação de compromissos internacionais

• Apoia visitas dos Relatores Especiais e Grupos de Trabalho


para os países

• Promove a divulgação das recomendações dos Relatores 30


Especiais e Grupos de Trabalho
Mecanismo de
Revisão Periódica

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Universal
31
Mecanismo de Revisão Periódica Universal
• A Revisão Periódica Universal (RPU) foi estabelecida quando o
Conselho de Direitos Humanos foi criado

• A resolução 60/251, de 2006, da AGNU deu ao Conselho o

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mandato para “organizar uma revisão periódica universal,
baseada em informação objetiva e confiável, para o
cumprimento das obrigações e compromissos de direitos
humanos de cada Estado de modo a que se assegure a
universalidade de abrangência e o tratamento igual no que
diz respeito a todos os Estados”.

32
Mecanismo de Revisão Periódica Universal
• Durante o primeiro ciclo, todos os Estados foram revisados,
com 48 Estados avaliados a cada ano.

• No terceiro ciclo, iniciado em 2017, serão 42 Estados revisados

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a cada ano.

• As revisões acontecem durante as sessões do Grupo de


Trabalho da RPU, que se encontra três vezes a cada ano.

• A ordem de revisão permanece igual à do primeiro ciclo e o


número de Estados avaliados por sessão é agora 14.
33
Mecanismo de Revisão Periódica Universal
• O Brasil passou pela RPU em 2012. Acesse:
http://unesdoc.unesco.org/images/0021/002185/218516m.p
df

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• O Brasil passou pela RPU em 2017. Acesse:
http://unesdoc.unesco.org/images/0021/002185/218516m.p
df
• https://nacoesunidas.org/wp-content/uploads/2017/08/RPU-
Brasil.docx.docx.pdf

34
MONITORAMENTO
NO ÂMBITO DO

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MODELO
CONVENCIONAL
35
Monitoramento na Convenção

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Internacional sobre a
Eliminação de Todas as Formas
de Discriminação contra a
Mulher 36
Convenção Internacional sobre a Eliminação de
Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher
Artigo 17
1. Com o fim de examinar os progressos alcançados na aplicação
desta Convenção, será estabelecido um Comitê sobre a Eliminação da
Discriminação contra a Mulher (doravante denominado o Comitê)
composto, no momento da entrada em vigor da Convenção, de dezoito

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e, após sua ratificação ou adesão pelo trigésimo-quinto Estado-Parte,
de vinte e três peritos de grande prestígio moral e competência na
área abarcada pela Convenção.

Os peritos serão eleitos pelos Estados-Partes entre seus nacionais e


exercerão suas funções a título pessoal; será levada em conta uma
repartição geográfica equitativa e a representação das formas diversas
de civilização assim como dos principais sistemas jurídicos
37
Convenção Internacional sobre a Eliminação de
Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher
Artigo 18
1. Os Estados-Partes comprometem-se a submeter ao Secretário-
Geral das Nações Unidas, para exame do Comitê, um relatório sobre
as medidas legislativas, judiciárias, administrativas ou outras que
adotarem para tornarem efetivas as disposições desta Convenção e
sobre os progressos alcançados a esse respeito:

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a) No prazo de um ano a partir da entrada em vigor da Convenção para
o Estado interessado; e

b) Posteriormente, pelo menos cada quatro anos e toda vez que o


Comitê a solicitar.

2. Os relatórios poderão indicar fatores e dificuldades que influam no


grau de cumprimento das obrigações estabelecidos por esta
Convenção. 38
Convenção Internacional sobre a Eliminação de
Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher
Artigo 21

1. O Comitê, através do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas,


informará anualmente a Assembleia Geral das Nações Unidas de suas
atividades e poderá apresentar sugestões e recomendações de caráter
geral baseadas no exame dos relatórios e em informações recebidas dos
Estados-Partes. Essas sugestões e recomendações de caráter geral serão

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incluídas no relatório do Comitê juntamente com as observações que os
Estados-Partes tenham porventura formulado.

2. O Secretário-Geral transmitirá, para informação, os relatórios do Comitê


à Comissão sobre a Condição da Mulher.

As Agências Especializadas terão direito a estar representadas no exame


da aplicação das disposições desta Convenção que correspondam à esfera
de suas atividades. O Comitê poderá convidar as Agências Especializadas a
apresentar relatórios sobre a aplicação da Convenção nas áreas que 39
correspondam à esfera de suas atividades.
Resumo das obrigações
Os Estados-Partes
1. Comprometem-se a submeter ao Secretário-Geral das Nações Unidas um
relatório nacional
2. Os relatórios deverão informar sobre as medidas legislativas, judiciárias,
administrativas ou outras que adotarem para tornarem efetivas as disposições
da Convenção
3. Os relatórios poderão indicar fatores e dificuldades que influam no grau de
cumprimento das obrigações estabelecidos por esta Convenção.

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O Secretário-Geral das Nações Unidas
1. Encaminhará o relatório dos Estados para o Comitê
2. Transmitirá os relatórios do Comitê à Comissão sobre a Condição da Mulher

O Comitê
1. através do ECOSOC, informará anualmente a Assembleia Geral das Nações
Unidas de suas atividades e poderá apresentar sugestões e recomendações de
caráter geral baseadas no exame dos relatórios e em informações recebidas
dos Estados-Partes 40
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Monitoramento na Convenção
Internacional sobre a
Eliminação de todas as formas
de Discriminação Racial 41
Convenção Internacional sobre a Eliminação
de todas as formas de Discriminação Racial
Artigo VIII
1. Será estabelecido um Comitê para a eliminação da
discriminação racial (doravante denominado “o Comitê)
composto de 18 peritos conhecidos para sua alta moralidade e
conhecida imparcialidade, que serão eleitos pelos Estados

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Membros dentre seus nacionais e que atuarão a título
individual, levando-se em conta uma repartição geográfica
equitativa e a representação das formas diversas de civilização
assim como dos principais sistemas jurídicos.

42
Convenção Internacional sobre a Eliminação
de todas as formas de Discriminação Racial
Artigo IX
1. Os Estados Partes comprometem-se a apresentar ao Secretário Geral
para exame do Comitê, um relatório sobre as medidas legislativas,
judiciárias, administrativas ou outras que tomarem para tornarem efetivas
as disposições da presente Convenção:

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a) dentro do prazo de um ano a partir da entrada em vigor da Convenção,
para cada Estado interessado no que lhe diz respeito, e posteriormente,
cada dois anos, e toda vez que o Comitê o solicitar. O Comitê poderá
solicitar informações complementares aos Estados Partes.

2. O Comitê submeterá anualmente à Assembleia Geral, um relatório


sobre suas atividades e poderá fazer sugestões e recomendações de
ordem geral baseadas no exame dos relatórios e das informações
recebidas dos Estados Partes. Levará estas sugestões e recomendações de
ordem geral ao conhecimento da Assembleia Geral, e se as houver
juntamente com as observações dos Estados Partes. 43
Convenção Internacional sobre a Eliminação
de todas as formas de Discriminação Racial
Artigo XI

1. Se um Estado Parte Julgar que outro Estado igualmente Parte não


aplica as disposições da presente Convenção poderá chamar a
atenção do Comitê sobre a questão. O Comitê transmitirá, então, a
comunicação ao Estado Parte interessado. Num prazo de três meses, o

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Estado destinatário submeterá ao Comitê as explicações ou
declarações por escrito, a fim de esclarecer a questão e indicar as
medidas corretivas que por acaso tenham sido tomadas pelo referido
Estado.

2. Se, dentro de um prazo de seis meses a partir da data do


recebimento da comunicação original pelo Estado destinatário a
questão não foi resolvida a contento dos dois Estados, por meio de
negociações bilaterais ou por qualquer outro processo que estiver a
sua disposição, tanto um como o outro terão o direito de submetê-la
novamente ao Comitê, endereçando uma notificação ao Comitê assim 44
como ao outro Estado interessado.
Convenção Internacional sobre a Eliminação
de todas as formas de Discriminação Racial
Artigo XI

3. O Comitê só poderá tomar conhecimento de uma questão, de acordo


com o parágrafo 2 do presente artigo, após ter constatado que todos os
recursos internos disponíveis foram interpostos ou esgotados, de
conformidade com os princípios do direito internacional geralmente
reconhecidos. Esta regra não se aplicará se os procedimentos de recurso

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excederem prazos razoáveis.

4. Em qualquer questão que lhe for submetida, Comitê poderá solicitar aos
Estados-Partes presentes que lhe forneçam quaisquer informações
complementares pertinentes.

5. Quando o Comitê examinar uma questão conforme o presente Artigo os


Estados Partes interessados terão o direito de nomear um representante
que participará sem direito de voto dos trabalhos no Comitê durante todos
os debates. 45
Convenção Internacional sobre a Eliminação
de todas as formas de Discriminação Racial
Artigo XII

1. a) Depois que o Comitê obtiver e consultar as informações que julgar necessárias, o


Presidente nomeará uma Comissão de Conciliação ad hoc (doravante denominada “ A
Comissão”, composta de 5 pessoas que poderão ser ou não membros do Comitê. Os membros
serão nomeados com o consentimento pleno e unânime das partes na controvérsia e a
Comissão fará seus bons ofícios a disposição dos Estados presentes, com o objetivo de chegar
a uma solução amigável da questão, baseada no respeito à presente Convenção.

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b) Se os Estados Partes na controvérsia não chegarem a um entendimento em relação a toda
ou parte da composição da Comissão num prazo de três meses os membros da Comissão
que não tiverem o assentimento do Estados Partes, na controvérsia serão eleitos por
escrutínio secreto entre os membros de dois terços dos membros do Comitê.

2. Os membros da Comissão atuarão a título individual. Não deverão ser nacionais de um dos
Estados Partes na controvérsia nem de um Estado que não seja parte da presente Convenção.

3. A Comissão elegerá seu Presidente e adotará seu regimento interno.

46
Convenção Internacional sobre a Eliminação
de todas as formas de Discriminação Racial
Artigo XIII

1. Após haver estudado a questão sob todos os seus aspectos, a Comissão


preparará e submeterá ao Presidente do Comitê um relatório com as
conclusões sobre todas as questões de fato relativas à controvérsia entre
as partes e as recomendações que julgar oportunas a fim de chegar a
uma solução amistosa da controvérsia.

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2. O Presidente do Comitê transmitirá o relatório da Comissão a cada um
dos Estados Partes na controvérsia. Os referidos Estados comunicarão ao
Presidente do Comitê num prazo de três meses se aceitam ou não, as
recomendações contidas no relatório da Comissão.

3. Expirado o prazo previsto no paragrafo 2º do presente artigo, o


Presidente do Comitê comunicará o Relatório da Comissão e as
declarações dos Estados Partes interessadas aos outros Estados Parte na
Comissão. 47
Convenção Internacional sobre a Eliminação
de todas as formas de Discriminação Racial
Artigo XIV

1. Todo o Estado parte poderá declarar e qualquer momento que


reconhece a competência do Comitê para receber e examinar
comunicações de indivíduos sob sua jurisdição que se consideram
vítimas de uma violação pelo referido Estado Parte de qualquer um

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dos direitos enunciados na presente Convenção. O Comitê não
receberá qualquer comunicação de um Estado Parte que não houver
feito tal declaração.

2. Qualquer Estado parte que fizer uma declaração de conformidade


com o parágrafo do presente artigo, poderá criar ou designar um órgão
dentro de sua ordem jurídica nacional, que terá competência para
receber e examinar as petições de pessoas ou grupos de pessoas sob
sua jurisdição que alegarem ser vitimas de uma violação de qualquer
um dos direitos enunciados na presente Convenção e que esgotaram
os outros recursos locais disponíveis. 48
Convenção Internacional sobre a Eliminação
de todas as formas de Discriminação Racial
Artigo XIV
4. O órgão criado ou designado de conformidade com o parágrafo 2 do
presente artigo, deverá manter um registro de petições e cópias
autenticada do registro serão depositadas anualmente por canais
apropriados junto ao Secretário Geral das Nações Unidas, no
entendimento que o conteúdo dessas cópias não será divulgado ao
público.

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5. Se não obtiver repartição satisfatória do órgão criado ou designado de
conformidade com o parágrafo 2 do presente artigo, o peticionário terá o
direito de levar a questão ao Comitê dentro de seis meses.

6. a) O Comitê levará, a título confidencial, qualquer comunicação que lhe


tenha sido endereçada, ao conhecimento do Estado Parte que,
pretensamente houver violado qualquer das disposições desta Convenção,
mas a identidade da pessoa ou dos grupos de pessoas não poderá ser
revelada sem o consentimento expresso da referida pessoa ou grupos de 49
pessoas. O Comitê não receberá comunicações anônimas.
Convenção Internacional sobre a Eliminação
de todas as formas de Discriminação Racial
b) Nos três meses seguintes, o referido Estado submeterá, por escrito ao Comitê,
as explicações ou recomendações que esclarecem a questão e indicará as
medidas corretivas que por acaso houver adotado.

7. a) O Comitê examinará as comunicações, à luz de todas as informações que


forem submetidas pelo Estado parte interessado e pelo peticionário. O Comitê só
examinará uma comunicação de peticionário após ter-se assegurado que este

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esgotou todos os recursos internos disponíveis. Entretanto, esta regra não se
aplicará se os processos de recurso excederem prazos razoáveis.

b) O Comitê remeterá suas sugestões e recomendações eventuais, ao Estado


Parte interessado e ao peticionário.

8. O Comitê incluirá em seu relatório anual um resumo destas comunicações, se for


necessário, um resumo das explicações e declarações dos Estados Partes
interessados assim como suas próprias sugestões e recomendações.

9. O Comitê somente terá competência para exercer as funções previstas neste


artigo se pelo menos dez Estados Partes nesta Convenção estiverem obrigados por 50
declarações feitas de conformidade com o parágrafo deste artigo.
Resumo das Obrigações
Os Estados Partes
1. Comprometem-se a apresentar ao Secretário Geral um relatório sobre
as medidas legislativas, judiciárias, administrativas ou outras que
tomarem para tornarem efetivas as disposições da Convenção
2. Que Julgarem que outro Estado igualmente Parte não aplica as
disposições da Convenção poderá chamar a atenção do Comitê sobre
a questão.

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O Secretário Geral
1. Levará para exame do Comitê, os relatórios dos Estados

O Comitê
1. Submeterá anualmente à Assembleia Geral, um relatório sobre suas
atividades e poderá fazer sugestões e recomendações
2. Receberá a Comunicação dos Estados que julgarem que outro Estado
Parte não aplica as disposições da Convenção
3. Receberá a Comunicação dos indivíduos que julgarem ter os seus 51
direito violados
Solução de Controvérsias e Comunicações
1. Se um Estado Parte Julgar que outro Estado Parte não aplica as
disposições da Convenção poderá chamar a atenção do Comitê
2. O Comitê transmitirá a comunicação ao Estado Parte interessado.
3. Num prazo de três meses, o Estado destinatário submeterá ao Comitê as
explicações ou declarações por escrito
4. Depois que o Comitê obtiver e consultar as informações que julgar

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necessárias, o Presidente nomeará uma Comissão de Conciliação ad hoc
5. A Comissão preparará e submeterá ao Presidente do Comitê um
relatório com as conclusões sobre todas as questões
6. O Presidente do Comitê transmitirá o relatório da Comissão a cada um
dos Estados Partes na controvérsia
7. Os Estados comunicarão ao Presidente do Comitê, num prazo de três
meses, se aceitam ou não, as recomendações contidas no relatório da
Comissão
8. Presidente do Comitê comunicará o Relatório da Comissão e as 52
declarações dos Estados Partes interessadas aos outros Estados Partes
na Comissão
Comunicações de Indivíduos
1. O Comitê receberá a Comunicação dos indivíduos que julgarem ter os seus direito violados
2. Os Estados poderão criar ou designar um órgão dentro de sua ordem jurídica nacional, que
terá competência para receber e examinar as petições
3. O órgão deverá manter um registro de petições e cópias autenticada
4. Os registros serão depositadas anualmente por canais apropriados junto ao Secretário Geral
das Nações Unidas
5. Se houver repartição satisfatória do órgão nacional, o peticionário terá o direito de levar a

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questão ao Comitê dentro de seis meses.
6. O Comitê levará, a título confidencial, a comunicação ao conhecimento do Estado Parte
7. Em três meses, o Estado submeterá ao Comitê, as explicações ou recomendações que
esclarecem a questão e indicará as medidas corretivas que por acaso houver adotado.
8. O Comitê examinará as comunicações, à luz de todas as informações que forem submetidas
pelo Estado parte interessado e pelo peticionário
9. O Comitê remeterá suas sugestões e recomendações eventuais, ao Estado Parte interessado e
ao peticionário.
10. 8. O Comitê incluirá em seu relatório anual um resumo destas comunicações, se for
necessário, um resumo das explicações e declarações dos Estados Partes interessados assim
como suas próprias sugestões e recomendações. 53
Bibliografia dos slides
• MAZZUOLI, Valério de Oliveira. Curso de Direitos Humanos.
São Paulo: Método, 2017.
• PIOVESAN, Flávia. Temas de Direitos Humanos. São Paulo:
Saraiva, 2017.

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• PIOVESAN, Flávia. Direitos humanos e o direito constitucional
internacional. São Paulo: Saraiva, 2017.

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Contatos e Páginas
Profa. Dra. Elisa de Sousa Ribeiro Pinchemel

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