Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
AIDPI
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
ATIVIDADES PRÁTICAS
Os seguintes temas serão abordados nas aulas práticas no Ambulatório, Emergência e Enfermaria, neste módulo
sobre MANEJO DE CRIANÇA DOENTE DE 2 MESES A 5 ANOS DE IDADE:
É fundamental ter um bom diálogo com a mãe. Essa boa comunicação ajudará, desde o inicio na segurança da mãe
e na sua aderência ao tratamento. Para isso:
Escute atentamente o que a mãe lhe diz.
Use palavras que a mãe possa entender.
Dê-lhe tempo para que ela responda as perguntas.
Faça perguntas adicionais, caso a mãe não esteja segura das suas respostas.
Se a criança apresenta convulsão agora, deixe livre as vias aéreas e trate a criança com
diazepam. Então imediatamente avalie, classifique e providencie outro tratamento antes de referir
a criança urgentemente ao hospital.
Uma criança que apresente qualquer SINAL GERAL DE PERIGO necessita ser URGENTEMENTE
assistida; referir urgentemente ao hospital, completar imediatamente a avaliação e administrar o
tratamento indicado prévio à referência para que essa não sofra atraso.
Formulário de Registro: apresenta uma lista de perguntas que serão feitas à mãe e os sinais que você deverá observar e
identificar, segundo os sinais e sintomas da criança.
Nome: _______________________________________________ Idade: _______ Peso: _______ Kg Temperatura: _____ C
PERGUNTE: Quais são os problemas da criança: __________________________Primeira consulta? ___ Consulta de retorno? ___
AVALIE: Marque um X em todos os sinais presentes CLASSIFIQUE
VERIFIQUE SE HÁ SINAIS GERAIS DE PERIGO: Sim ___ Não ___
Não consegue beber ou mamar no peito ___ Vomita tudo ___
Letárgica ou inconsciente ___ Convulsões ___
EXERCÍCIOS
Leia os casos seguintes e responda as perguntas sobre cada um deles no formulário de registro.
Caso 1: Francisca
Caso 2: José
José tem 4 anos. Pesa 15 Kg. Tem uma temperatura de 38,5 C.
- O que o José esta sentindo?
- José está tossindo e tem dor de ouvido.
- É a primeira vez que a Sra. vem por este problema?
- Sim.
- José pode beber água?
- Sim.
- Teve convulsões.
- Sim, teve um ataque ontem.
- José vomitou?
- Não.
A observação José não estava letárgico nem inconsciente.
Tosse.
Dificuldade para respirar.
Ambos os sinais foram escolhidos, face a suspeita de pneumonia, devido estarem presentes em quase todas as
crianças menores de 5 anos com IRA. A febre não se considera um bom sinal para ser utilizado como critério de
entrada devido estar presente em outras doenças, tal como infecção do trato urinário. Para TODA criança doente,
verifique se ela tem:
Há quanto tempo a criança está com tosse ou com dificuldade para respirar.
Respiração rápida.
Tiragem subcostal.
Estridor e sibilância.
A CRIANÇA ESTÁ COM TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR? Sim ___ Não ___
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias Conte as respirações em um minuto ____ rpm
Respiração rápida? ___
Observe se há tiragem subcostal ___
Verifique se há estridor ou sibilância ___
É importante utilizar um sinal indicador sensível e específico de pneumonia que os estudos comprovaram ser a
respiração rápida. A freqüência respiratória deve ser medida quando a criança estiver tranqüila e não estiver
chorando.
Uma criança que apresente tosse ou dificuldade para respirar por mais de trinta dias tem uma tosse crônica,
podendo tratar-se de tuberculose, asma, coqueluche, sinusopatia ou outra causa menos frequente. Pela magnitude
do problema é importante afastar-se a possibilidade de tuberculose, perguntando se há casos na família, avaliando-
se a curva ponderal no cartão da criança e, em caso suspeito, referindo-se imediatamente para investigação.
A tiragem é um outro sinal que sempre deve ser investigado. É característico de pneumonia grave e está associada
a uma maior mortalidade em crianças. Deve ser avaliada na parede inferior do tórax na inspiração. Pode estar
associada também a asma. O estridor também deve ser avaliado, quando a criança estiver em repouso. É um sinal
de crupe grave. As principais causas das obstruções das vias respiratórias superiores são de origem infecciosa
(80%). Destas, 90% são devidas ao crupe viral, 5% à epiglotite e 5% a infecções de outras áreas do trato
respiratório superior (laringotraqueíte, laringo-traqueobronquite e traqueíte) .A epiglotite aguda é uma infecção
bacteriana da epiglote e de outras estruturas supraglóticas causada pelo Haemophilus influenzae do tipo B. Tem
mau prognóstico e pode levar rapidamente á asfixia se não for atendido de imediato.. Em crianças menores de 2
meses de idade outros sinais inespecíficos que se podem inferir que os pacientes têm um processo infeccioso grave
são: não pode comer bem, anormalmente sonolenta e febre ou hipotermia.
Para classificação dos casos as crianças foram divididas em lactentes menores de 2 meses e crianças de 2 meses a
4 anos, por ser os grupos de maior risco para morbi-mortalidade por pneumonia. Para classificar essas crianças
utiliza-se a respiração rápida e a tiragem por serem sinais mais específicos de pneumonia ou pneumonia grave.
Há três possíveis classificações para uma criança com tosse ou dificuldade para respirar:
EXERCÍCIOS
Leia os casos seguintes e responda as perguntas sobre cada um deles no formulário de registro.
Caso 1: Alex
Alex tem 18 meses. Pesa 11,5 Kg. Tem temperatura de 38 C.
- Qual o problema do Alex?
- Alex têm tosse.
O profissional verificou se Alex apresentava os sinais gerais de perigo. Alex pode beber. Não está vomitando.
Não teve convulsões. Não está letárgico nem inconsciente. É a sua primeira consulta por este problema.
- Há quanto tempo ele tem tosse.
- Alex tem tossido há 6 ou 7 dias.
O profissional contou a freqüência respiratória com a criança tranqüila no colo da mãe e observou que era 41
rpm. Não viu tiragem subcostal, nem ouviu estridor ou sibilância.
A CRIANÇA ESTÁ COM TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR? Sim ___ Não ___
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias Conte as respirações em um minuto ____ rpm
Respiração rápida? ___
Observe se há tiragem subcostal ___
Verifique se há estridor ou sibilância ___
Caso 2: Gabriel
Gabriel tem 6 meses. Pesa 5,5 Kg. Tem uma temperatura de 38,5 C.
- Qual o problema do Gabriel?
- Gabriel tem tosse há 2 dias.
O profissional verificou se Gabriel apresentava os sinais gerais de perigo. Gabriel pode mamar no peito. Não
tem vomitado. Não teve convulsões. Não está letárgico nem inconsciente. É a sua primeira consulta por este
problema.
O profissional contou a freqüência respiratória com a criança tranqüila no colo da mãe e observou que era 58
rpm. Não viu tiragem subcostal, nem ouviu estridor ou sibilância.
A CRIANÇA ESTÁ COM TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR? Sim ___ Não ___
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias Conte as respirações em um minuto ____ rpm
Respiração rápida? ___
Observe se há tiragem subcostal ___
Verifique se há estridor ou sibilância ___
Caso 3: Cecília
A CRIANÇA ESTÁ COM TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR? Sim ___ Não ___
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias Conte as respirações em um minuto ____ rpm
Respiração rápida? ___
Observe se há tiragem subcostal ___
Verifique se há estridor ou sibilância ___
Caso 4: Cesar
Cesar tem 18 meses. Pesa 9 Kg. Tem uma temperatura de 37,5 C.
- Qual o problema de Cesar?
- Cesar tem tosse há 3 dias.
- Cesar consegue beber?
- Sim, Cesar consegue beber e não vomita nada.
- O profissional ofereçe um pouco de água a Cesar.
- Tem tido convulsões?
- Não, não teve.
Enquanto conversavam, Cesar olhava ao redor da sala. Não estava letárgico ou inconsciente.
O profissional contou a freqüência respiratória com a criança tranqüila no colo da mãe e observou que era 48
rpm. Observou tiragem subcostal, mas não ouviu estridor ou sibilância.
A CRIANÇA ESTÁ COM TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR? Sim ___ Não ___
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias Conte as respirações em um minuto ____ rpm
Respiração rápida? ___
Observe se há tiragem subcostal ___
Verifique se há estridor ou sibilância ___
A sibilância é uma condição muito comum nas crianças, sendo uma causa importante de demanda nas unidades de
saúde. Além disso, pode-se confundir ou estar associada a um quadro infecsioso das vias respiratórias. Seu
aparecimento se deve ás alterações funcionais decorrentes do processo inflamatório crônico, tais como: a
hiperreatividade brônquica e a obstrução ao fluxo aéreo (broncoconstricção, formação crônica de rolhas de muco,
edema e alterações estruturais das vias aéreas)
As principais doenças que cursam com sibilância são a Asma Brônquica (pincipal causa de obstrução brônquica
nas crianças acima de quatro anos) e Bronquiolite.(predominantemente nos seis primeiros meses de vida) Essas
doenças podem ocasionar retração intercostal e subcostal, além de aumento da freqüência respiratória, sendo
comum confundir-se com pneumonia, em certas situações. Por isso, antes de classificar a criança o profissional
deve tratar a sibilância e fazer uma reavaliação depois.
Depois de cada nebulização, a criança deverá ser reavaliada para ver se a criança melhora da sibilância. Caso a
criança tenha respiração rápida ou tiragem subcostal, avalie também se estas diminuíram.
Se depois da primeira nebulização, melhora a sibilãncia: continuar com a mesma classificação dada
anteriormente.
Se depois da primeira nebulização a criança não melhora: repetir a nebulização a cada 20 minutos, no
máximo de 3 vezes fazendo uma reavaliação da criança a cada vez.
TRATE A SIBILÂNCIA
CASO ENTÃO
EXERCÍCIO
Caso : Roberto
Roberto tem 1 ano e 2 meses. Pesa 12 Kg. Tem temperatura de 37,5 C.
- Qual o problema do Roberto?
- Roberto tosse há 2 dias.
O profissional não encontrou sinais gerais de perigo. É a sua primeira consulta por este problema. Ao exame
físico contou 54 rpm e observou tiragem subcostal e sibilância.
Após receber o tratamento Roberto melhorou da sibilância e a freqüência respiratória baixou para 30 rpm. A
tiragem subcostal desapareceu. Como você classifica o Roberto agora?
A CRIANÇA ESTÁ COM TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR? Sim ___ Não ___
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias Conte as respirações em um minuto ____ rpm
Respiração rápida? ___
Observe se há tiragem subcostal ___
Verifique se há estridor ou sibilância ___
Caso a freqüência respiratória continuasse 50 rpm ou mais com tiragem subcostal depois de 3 inalações, como
você classificaria o Roberto.
A CRIANÇA ESTÁ COM TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR? Sim ___ Não ___
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias Conte as respirações em um minuto ____ rpm
Respiração rápida? ___
Observe se há tiragem subcostal ___
Verifique se há estridor ou sibilância ___
A diarréia aparece quando a perda de água e eletrólitos nas fezes é maior do que a normal, resultando no aumento
do volume e da freqüência das evacuações e diminuição da consistência das fezes. É definida geralmente como a
ocorrência de 3 ou mais evacuações amolecidas ou líquidas em um período de 24 horas.
O número de evacuações por dia considerado normal varia com a dieta e a idade da criança. A percepção materna é
extremamente confiável na identificação da diarréia de seus filhos. Os lactentes amamentados exclusivamente ao
seio têm geralmente fezes amolecidas, não devendo ser considerado diarréia.
Se há sinais de desidratação.
Se há sangue nas fezes.
Por quanto tempo a criança tem tido diarréia.
A seguir verifique SEMPRE o estado de hidratação da criança. Quando ela se desidrata está a princípio inquieta ou
irritada. Na medida que continua se torna letárgica ou inconsciente. Ao perder líquido, talvez fique com os olhos
fundos. Ao sinal da prega, a pele volta ao seu estado anterior lentamente ou muito lentamente. Para isso OBSERVE
e PALPE para investigar os seguintes fatores:
OBSERVE o estado geral da criança: A criança está letárgica ou inconsciente? Está inquieta ou irritada?
OBSERVE se os olhos estão fundos?
OFEREÇA líquidos à criança. A criança não consegue beber ou bebe mal? Bebe avidamente, com sede?
VERIFIQUE O SINAL DA PREGA no abdome. A pele volta ao estado anterior muito lentamente (em mais de
2 segundos)? Lentamente?
4.2. CLASSIFIQUE A DIARRÉIA
A maioria dos episódios de diarréia aguda é provocada por um agente infeccioso e dura menos de 2 semanas.
Caso dure 14 dias ou mais, é denominada diarréia persistente que geralmente é associada a problemas
nutricionais, contribuindo para a mortalidade infantil. A diarréia com sangue, com ou sem muco, é chamada de
disenteria e é freqüentemente causada por Shiguella.
Há três tipos de classificação possíveis para a desidratação em uma criança com diarréia:
Desidratação grave.
Desidratação.
Sem desidratação.
Dois dos sinais que se seguem: Se a criança não se enquadra em
nenhuma outra classificação
Letárgica ou inconsciente. grave:
Olhos fundos. DESIDRATAÇÃO Inicie Terapia Endovenosa
Não consegue beber ou bebe mal. GRAVE (Plano C) OU outra
Sinal da prega: a pele volta muito classificação grave:
lentamente ao estado anterior. Referir URGENTEMENTE ao
hospital com a mãe
administrando-lhe SRO
freqüentes durante o trajeto.
Recomendar a mãe a continuar a
amamentação ao peito.
Se a criança tiver 2 ou mais anos
de idade, e se houver cólera,
administrar antibióticos.
EXERCÍCIOS
Leia os casos seguintes e responda as perguntas sobre cada um deles no formulário de registro.
Caso 1: Luiz
Caso 2: Jane
Caso 3: Graça
Caso 4: Cláudio
Depois de classificar a desidratação da criança, classifique a criança com diarréia persistente, caso ela tenha
diarréia por 14 dias ou mais. Há duas classificações:
Disenteria.
Dê um antibiótico recomendado
Sangue nas fezes DISENTERIA para Shiguella durante 5 dias.
Marque o retorno em 2 dias
Note que uma criança com diarréia pode ser enquadrada em uma ou mais classificações. Escreva qualquer
classificação para a diarréia que a criança tenha na coluna CLASSIFIQUE do formulário de registro. Por exemplo:
EXERCÍCIOS
Leia os casos seguintes e responda as perguntas sobre cada um deles no formulário de registro.
Caso 1: Bruno
A CRIANÇA ESTÁ COM TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR? Sim ___ Não ___
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias Conte as respirações em um minuto ____ rpm
Respiração rápida? ___
Observe se há tiragem subcostal ___
Verifique se há estridor ou sibilância ___
Caso 2: Maria
Maria tem 1 ano e 2 meses. Pesa 12 Kg. Tem uma temperatura de 38 C.
- O que Maria esta sentindo?
- Maria tem diarréia há 3 semanas.
- É a primeira consulta de Maria por este problema?
- Sim.
- Tem sangue nas fezes?
- Não.
- Ofereça um pouco de água à Maria.
- Como Maria bebe rápido!
Enquanto conversavam, Maria olhava inquietamente ao redor da sala. Não tem sinais gerais de perigo. Não
tem tosse e dificuldade para respirar. Não tem olhos fundos. Ao sinal da prega a pele retorna imediatamente ao
estado anterior.
A CRIANÇA ESTÁ COM TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR? Sim ___ Não ___
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias Conte as respirações em um minuto ____ rpm
Respiração rápida? ___
Observe se há tiragem subcostal ___
Verifique se há estridor ou sibilância ___
Caso 3: Adriana
Adriana tem 7 meses. Pesa 5,6 Kg. Tem uma temperatura de 37,5 C.
- O que Adriana está sentindo?
- Adriana tem diarréia há 3 dias.
- É a primeira vez que Adriana vem por este problema?
- Sim.
Adriana não tem tosse ou dificuldade para respirar. Não tem sinais gerais de perigo
- Tem sangue nas fezes?
- Não.
- Ofereça um pouco de água à Adriana.
- Como Adriana bebe rapidamente! Parece que está com muita sede.
Enquanto conversavam, Maria olhava ao redor da sala. Não está inquieta ou irritada. Tem olhos fundos. Ao
sinal da prega a pele retorna imediatamente ao estado anterior.
A CRIANÇA ESTÁ COM TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR? Sim ___ Não ___
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias Conte as respirações em um minuto ____ rpm
Respiração rápida? ___
Observe se há tiragem subcostal ___
Verifique se há estridor ou sibilância ___
Caso 4: Clara
Clara tem 3 anos. Pesa 10 Kg. Tem uma temperatura de 37,5 C.
- O que Clara está sentindo?
- Clara tem tosse e diarréia.
- É a primeira vez que Adriana vem por estes problemas?
- Sim.
O profissional verificou que Clara não apresentava os sinais gerais de perigo. Clara pode beber. Não está
vomitando. Não teve convulsões. Não está letárgica nem inconsciente.
- Há quanto tempo ela tem tosse?
- Clara tosse há 3 dias.
- E tem diarréia há quantos dias?
- Há mais de 2 semanas.
- Tem sangue nas fezes?
- Não.
- Ofereça um pouco de água à Clara?
- Clara bebeu bem pouquinho!
O profissional ao exame físico contou a freqüência respiratória e observou que era 36 rpm. Não viu tiragem
subcostal, nem ouviu estridor ou sibilância. Observou que Clara estava inquieta ou irritada, mas não tinha os
olhos fundos. Ao sinal da prega a pele retorna imediatamente ao estado anterior.
A CRIANÇA ESTÁ COM TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR? Sim ___ Não ___
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias Conte as respirações em um minuto ____ rpm
Respiração rápida? ___
Observe se há tiragem subcostal ___
Verifique se há estridor ou sibilância ___
Uma criança com febre pode ter malária ou outra doença grave. Pode ser também um simples resfriado ou outra
infecção viral.
Decida o grau de risco de malária (áreas com risco alto, baixo ou sem risco). A seguir avalie criança com febre
para verificar o seguinte:
Para isso, pergunte e observe (ou meça) a temperatura de TODAS as crianças doentes.
Para classificar a febre, primeiro é importante determinar se a área apresenta ou não risco para malária. Se
considera área com risco quando a criança reside ou visitou uma área com risco nos últimos 30 dias.
CLASSIFIQUE A FEBRE
Nenhum sinal de
Não tem coriza PROVÁVEL doença febril muito DOENÇA FEBRIL
Não tem outra causa de febre MALÁRIA grave
Tem coriza MALÁRIA POUCO
Tem outra causa de febre PROVÁVEL
Exemplo: uma criança de 2 anos de idade chegou a unidade de saúde porque há 2 dias apresentou “quentura no
corpo”. Não apresenta nenhum sinal de perigo. Não tem tosse nem dificuldade para respirar nem diarréia. Quando
o profissional avaliou a febre da criança, anotou os seguintes sinais:
EXERCÍCIOS
Leia os casos seguintes e responda as perguntas sobre cada um deles no formulário de registro.
Caso 1: Juliana
A CRIANÇA ESTÁ COM TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR? Sim ___ Não ___
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias Conte as respirações em um minuto ____ rpm
Respiração rápida? ___
Observe se há tiragem subcostal ___
Verifique se há estridor ou sibilância ___
Caso 2: Socorro
A CRIANÇA ESTÁ COM TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR? Sim ___ Não ___
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias Conte as respirações em um minuto ____ rpm
Respiração rápida? ___
Observe se há tiragem subcostal ___
Verifique se há estridor ou sibilância ___
Caso 3: Rubens
Rubens tem 2 anos. Pesa 9,5 Kg. Tem temperatura de 37,5 C.
- Qual o problema do Rubens?
- Rubens não está comendo bem ultimamente. Por isso estou muito preocupada.
- Procure ficar tranqüila que vou atende-lo agora mesmo.
- É a primeira consulta por este problema?
- Sim.
O profissional verificou se havia sinais gerais de perigo. Rubens pode beber, não está vomitando, não teve
convulsões e não está letárgico nem inconsciente.
- Rubens tem tosse?
- Não.
- Rubens tem diarréia?
- Também não.
- A Sra. notou se Rubens tem febre?
- Sim, Rubens está quente há 2 dias.
Ao exame físico o profissional observou que Rubens tem rigidez de nuca, não tem petéquias, abaulamento de
fontanela ou coriza. É área sem risco de malária.
A CRIANÇA ESTÁ COM TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR? Sim ___ Não ___
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias Conte as respirações em um minuto ____ rpm
Respiração rápida? ___
Observe se há tiragem subcostal ___
Verifique se há estridor ou sibilância ___
Quando uma criança tem infecção de ouvido, o pus se acumula atrás do tímpano causando dor e freqüentemente
febre. Caso se não se trate a infecção, o tímpano pode romper, drenando secreção purulenta e diminuindo a dor.
Algumas vezes a infecção se estende do ouvido médio ao osso mastóide, causando mastoidite. A infecção também
pode estender-se do ouvido médio para o SNC, causando meningite. Estas são doenças graves que requerem
atenção urgente a nível hospitalar.
As infecções de ouvido raramente causam a morte. Entretanto, levam a muitos dias de doenças nas crianças. É a
principal causa de surdez nos países em desenvolvimento o que acarreta problemas de aprendizagem na escola.
6.1. AVALIE OS PROBLEMAS DE OUVIDO
Dor de ouvido.
Secreção purulenta no ouvido.
Tempo de duração da secreção purulenta no ouvido.
Tumefação dolorosa ao toque na parte posterior do pavilhão auricular.
No formulário de registro os passos para avaliação e classificação dos problemas de ouvido são:
A CRIANÇA ESTÁ COM ALGUM PROBLEMA DE OUVIDO? Sim ___ Não ___
Está com dor de ouvido? ___ Observe se há secreção purulenta no ouvido.
Há secreção no ouvido? ___ Palpe para determinar se há tumefação dolorosa
SE HOUVER: Há quanto tempo? ___ dias atrás do ouvido.
Mastoidite.
Infecção aguda do ouvido.
Possível Infecção Aguda do ouvido
Infecção crônica do ouvido.
Não há infecção do ouvido.
Tumefação dolorosa ao toque atrás MASTOIDITE Dar a primeira dose de um
da orelha. antibiótico recomendado.
Dar uma dose de analgésico.
Referir URGENTEMENTE ao
hospital.
Secreção purulenta visível no INFECÇÃO CRÔNICA Secar o ouvido com uma mecha.
ouvido há 14 dias ou mais. DO OUVIDO Marcar o retorno em 5 dias.
Não tem dor de ouvido e não foi NÃO HÁ INFECÇÃO Nenhum tratamento adicional.
notada nenhuma secreção DO OUVIDO
purulenta no ouvido.
EXERCÍCIOS
Leia os casos seguintes e responda as perguntas sobre cada um deles no formulário de registro.
Caso 1: Carmen
A CRIANÇA ESTÁ COM ALGUM PROBLEMA DE OUVIDO? Sim ___ Não ___
Está com dor de ouvido? ___ Observe se há secreção purulenta no ouvido.
Há secreção no ouvido? ___ Palpe para determinar se há tumefação dolorosa
SE HOUVER: Há quanto tempo? ___ dias atrás do ouvido.
Caso 2: Paula
A CRIANÇA ESTÁ COM ALGUM PROBLEMA DE OUVIDO? Sim ___ Não ___
Está com dor de ouvido? ___ Observe se há secreção purulenta no ouvido.
Há secreção no ouvido? ___ Palpe para determinar se há tumefação dolorosa
SE HOUVER: Há quanto tempo? ___ dias atrás do ouvido.
Uma mãe pode levar seu filho a uma unidade de saúde porque a criança tem uma doença aguda. A criança talvez
não tenha queixas que indiquem desnutrição ou anemia. Porém, uma criança doente pode estar desnutrida e o
médico ou a mãe talvez nem notem o problema.
Uma criança com desnutrição grave está mais exposta a vários tipos de doenças, têm infecções mais graves, e
maior risco de morrer. Mesmo crianças com desnutrição leve e moderada têm um crescente risco de morte.
A identificação e o tratamento de crianças com desnutrição pode ajudar a prevenir numerosas doenças graves e a
morte. Alguns casos podem ser tratados em casa. Os casos graves devem ser referidos ao hospital para tratar as
complicações mais freqüentes, receber alimentação especial, transfusões de sangue ou um tratamento específico
para a doença que contribui para a desnutrição.
Um dos tipos é a desnutrição protéica-calórica. Esta se desenvolve quando a criança não obtém de seus
alimentos suficiente energia ou proteínas para satisfazer suas necessidades nutricionais. Uma criança que tenha
apresentado doenças agudas com freqüência também pode desenvolver desnutrição protéica-calórica. Nesta
desnutrição:
Uma criança cuja dieta não fornece as quantidades recomendadas de vitaminas e minerais essenciais pode
desenvolver carência nutricional específica. A criança talvez não coma quantidades suficientes recomendadas de
certas vitaminas (como vitamina A) ou minerais (como ferro).
A falta de consumo de alimentos que contém vitamina A pode trazer como resultado a deficiência de vitamina A,
com o risco de morrer em conseqüência de sarampo e diarréia. As formas mais graves de hipovitaminose A levam
a alterações oculares com risco de cegueira (cegueira noturna, xeroftalmia ou queratomalácea).
A anemia ferropriva é a carência nutricional de maior prevalência na infância. A falta de alimentos ricos em ferro
podem levar à anemia. Uma das causas mais freqüentes em nosso meio é o desmame precoce e inadequado. Uma
criança também pode desenvolver anemia como resultado de:
Infecções.
Infestações por parasitas como ancilóstomos ou tricocefálos.
Malária.
Na avaliação do peso para a idade se compara o peso da criança com o peso de outras crianças da mesma idade. O
gráfico do MS/OMS segue o padrão do NCHS.
O Z escore (Z SC): é o desvio do valor observado para um determinado indivíduo, do valor da média da população
de referência, dividido pelo desvio padrão para a população de referência.
Z SC = Valor observado – valor médio da referência
Desvio padrão da população de referência
Abaixo da curva inferior: ( P 0,1 ou – 3 DP), a criança tem peso muito baixo para a sua idade.
Entre as 2 curvas inferiores (entre P 3 e P 0,1), a criança tem peso baixo para a sua idade.
Na linha ou acima da curva do meio (P 3 ou – 2 DP), o peso não é baixo para a sua idade.
Desnutrição grave.
Peso muito baixo.
Peso baixo ou ganho insuficiente.
Peso não é baixo.
- Apresentar e discutir a Curva de Crescimento do AIDPI e a utilizada atualmente pelo MS/Cartão da Criança.
- Controle do crescimento e desenvolvimento (Anexo 3)
EXEMPLO: A criança tem 27 meses de idade e pesa 8.0 kg. Esta é a maneira a qual o profissional de saúde
determinou o peso para a idade da criança.
1
Esta coluna vertical mostra o peso
da criança
8,0 kg 3
Este é o ponto onde as linhas
2
idade e peso se encontram.
Esta linha mostra a idade da
Com este ponto está abaixo da
criança
curva inferior, a criança está
27 meses
com peso muito baixo para a
idade
Peso para a idade não é baixo e PESO NÃO Se < 2 anos de idade, avaliar a
nenhum outro sinal de É BAIXO alimentação da
desnutrição criança e orientar à mãe a
tratar a criança em casa.
(Recomendações para a
Alimentação da Criança
(Saudável ou Doente).
Anemia grave.
Anemia.
EXERCÍCIOS
Leia os casos seguintes e responda as perguntas sobre cada um deles no formulário de registro.
Caso 1: Nádia
A CRIANÇA ESTÁ COM TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR? Sim ___ Não ___
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias Conte as respirações em um minuto ____ rpm
Respiração rápida? ___
Observe se há tiragem subcostal ___
Verifique se há estridor ou sibilância ___
A CRIANÇA ESTÁ COM ALGUM PROBLEMA DE OUVIDO? Sim ___ Não ___
Está com dor de ouvido? ___ Observe se há secreção purulenta no ouvido.
Há secreção no ouvido? ___ Palpe para determinar se há tumefação dolorosa
SE HOUVER: Há quanto tempo? ___ dias atrás do ouvido.
Caso 2: Felipe
A CRIANÇA ESTÁ COM TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR? Sim ___ Não ___
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias Conte as respirações em um minuto ____ rpm
Respiração rápida? ___
Observe se há tiragem subcostal ___
Verifique se há estridor ou sibilância ___
A CRIANÇA ESTÁ COM ALGUM PROBLEMA DE OUVIDO? Sim ___ Não ___
Está com dor de ouvido? ___ Observe se há secreção purulenta no ouvido.
Há secreção no ouvido? ___ Palpe para determinar se há tumefação dolorosa
SE HOUVER: Há quanto tempo? ___ dias atrás do ouvido.
Caso 3: Marcelo
A CRIANÇA ESTÁ COM TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR? Sim ___ Não ___
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias Conte as respirações em um minuto ____ rpm
Respiração rápida? ___
Observe se há tiragem subcostal ___
Verifique se há estridor ou sibilância ___
A CRIANÇA ESTÁ COM ALGUM PROBLEMA DE OUVIDO? Sim ___ Não ___
Está com dor de ouvido? ___ Observe se há secreção purulenta no ouvido.
Há secreção no ouvido? ___ Palpe para determinar se há tumefação dolorosa
SE HOUVER: Há quanto tempo? ___ dias atrás do ouvido.
Caso 4: Antônio
Antônio tem 3 anos e 1 mês. Pesa 9,5 Kg. Tem temperatura de 38 C.
- O que é que o Antônio tem?
- Antônio está com febre, tem chorado muito e esfrega muito o nariz.
O profissional atende pela primeira vez Antônio e avalia que ele não tem os sinais gerais de perigo. Não tem
tosse nem diarréia.
- Há quantos dias Antônio tem febre?
- Há 3 dias e movimenta a cabeça com dificuldade.
- Antônio tem problema de ouvido?
- Sim, há 3 dias está saindo pus do ouvido.
O profissional examina e observa que Antônio tem rigidez de nuca. Palpa e não sente tumefação dolorosa ao
toque atrás dos ouvidos, mas observa secreção purulenta no ouvido direito. A seguir verifica sinais de
desnutrição e anemia. Antônio está magro, porém não apresenta emagrecimento acentuado visível. Não tem
palidez palmar. Não tem edema nos pés. O profissional determina o peso para a sua idade.
A CRIANÇA ESTÁ COM TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR? Sim ___ Não ___
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias Conte as respirações em um minuto ____ rpm
Respiração rápida? ___
Observe se há tiragem subcostal ___
Verifique se há estridor ou sibilância ___
As vacinas constituem-se no principal mecanismo de controle das doenças imunopreveníveis. São agentes de
imunização ativa utilizadas para proteção específica e duradoura contra doenças transmissíveis. São constituídas
por bactérias vivas modificadas ou mortas, vírus inativados ou vírus vivos atenuados ou frações de vírus ou
bactérias. A estes são adicionados substâncias com atividade germicida (antibióticos), estabilizadora (nutrientes), e
adjuvantes que ampliam o poder de ação de alguns imunizantes como ocorre com os toxóides, por exemplo.
Verifique em TODAS as crianças o estado de vacinação, segundo um plano recomendado.
IDADE
Ao nascer BCG intradérmico1
Vacina contra hepatite B (VHB)2
No caso da vacina BCG, a revacinação é indicada, quando não houve cicatriz vacinal somente
após observação, de no mínimo, 6 meses.
VERIFIQUE A SITUAÇÃO DAS VACINAS: Marque com um circulo as vacinas a serem dadas hoje. Retornar para a
BCG__ TETRA1__ TETRA2__ TETRA3__ DPT4__ DPT5__ próxima vacinação
____/___/___
VPO1__ VPO2__ VPO3__ VPO4__ TRIPLICE VIRAL __ VPO5 __
EVITE FALSAS CONTRA-INDICAÇÕES:
Não constituem contra-indicações à vacinação: doenças benignas comuns, tais como afecções
recorrentes das vias respiratórias superiores, com tosse e/ou coriza, diarréia leve ou moderada,
doenças de pele (impetigo, escabiose, etc.), desnutrição; aplicação de vacina contra raiva em
andamento; doença neurológica estável (síndrome convulsiva controlada, por exemplo) ou
pregressa com seqüela grave; antecedente familiar de convulsão; tratamento de corticosteróide em
doses não elevadas durante curto período de tempo (inferior a duas semanas), ou tratamento
prolongado com doses baixas ou moderadas em dias alternados; alergias (exceto as relacionadas
com determinadas vacinas); prematuridade ou baixo peso; internação hospitalar. Deve-se ressaltar
que história e/ou diagnóstico clínico pregressos de coqueluche, difteria, sarampo, tétano e
tuberculose não constituem contra-indicações ao uso das respectivas vacinas.
OBSERVE AS CONTRA-INDICAÇÕES:
Não dar BCG a uma criança que tenha AIDS ou imunodepressão. Pode ser administrada a
vacina nas crianças HIV positivas, não imunodeprimida.
Não dar TETRA-2 ou TETRA-3 a uma criança que tenha tido convulsões ou choque nos 3 dias
após a dose anterior.
Não dar TETRA a uma criança com doença neurológica ativa do SNC e nos casos em que
tenha apresentado após a aplicação da dose anterior uma das seguintes situações:
- Convulsões nas primeiras 72 horas.
- Encefalopatia nos primeiros 7 dias.
- Síndrome hipotônico-hiporesponsivo ou choro prolongado e incontrolável nas
primeiras 48 horas.
OBSERVE OS ADIAMENTOS:
Deve ser adiada a aplicação de qualquer tipo de vacina em pessoas com doenças agudas febris
graves, principalmente para que seus sintomas e sinais, assim como possíveis complicações, não
sejam atribuídos à vacina administrada e o BCG ID em crianças com menos de 2.000 gramas.
Decida se existe uma contra-indicação para cada uma das crianças seguintes:
Caso 1: Ricardo
Ricardo, 6 meses de idade. Não apresenta sinais gerais de perigo. Foi classificado como NÃO É
PNEUMONIA e o PESO NÃO É BAIXO.
História de vacinação: BCG, VPO-1, TETRA 1,HEP 1 , VPO-2 E TETRA-2 estas últimas dadas há 6 semanas
atrás.
Caso 2: João
João, 4 meses de idade. Não apresenta sinais gerais de perigo. Foi classificado como DIARRÉIA e SEM
DESIDRATAÇÃO.
História de vacinação: BCG, HEPATITE1, TETRA1, VPO-1 e VORH-1, E HEPATITE 2 dadas há 6 semanas
atrás.
No final você deverá abordar outros problemas que à mãe tenha lhe comunicado, por exemplo problemas
dermatológicos. Reconheça e trate qualquer outro problema de acordo com a sua especialização, experiência e
critério clínico. Refira a criança por qualquer outro problema que você não possa tratar na sua unidade de saúde.
O passo seguinte, após avaliar e classificar uma criança doente de 2 meses a 5 anos, é em identificar o tratamento
adequado. Em alguns casos a criança muito doente precisa ser referida a um hospital para receber tratamento
recomendado.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
ATIVIDADES PRÁTICAS
Neste módulo você aprenderá a identificar o tratamento necessário, através dos seguintes passos:
Para a DIARRÉIA PERSISTENTE GRAVE se indica simplesmente “Referir ao Hospital”. Isto quer dizer, que é
necessário referi-la, porém não com tanta urgência. Há tempo para identificar os tratamentos necessários antes de
referi-la ao hospital.
Em sua maioria, as crianças que apresentam um sinal geral de perigo também têm uma classificação grave. Nos
casos excepcionais, as crianças podem apresentar sinais gerais de perigo sem uma classificação grave. Essas
crianças devem ser referidas com urgência ao hospital.
A criança deve ser encaminhada a um hospital se apresentar um outro problema grave, por exemplo intensa dor
abdominal. Caso não possa tratar este problema, terá que referir à criança ao hospital.
Decida para cada caso se a criança precisa ser referida urgentemente ao hospital
CASOS REFERIR
SIM NÃO
4. Marcelo é um menino de 2 anos. Teve uma convulsão e não está comendo bem.
Apresenta: Peso não é baixo.
6. Emílio é um menino de 15 meses. Ele não pode beber. Tem: Diarréia com
Desidratação grave e Peso não é baixo.
7. Judite tem 2 anos. Não apresenta sinais gerais de perigo. Apresenta: Diarréia
com Desidratação grave e Anemia grave.
10. Socorro é uma menina de 2 anos. Não apresenta sinais gerais de perigo.
Apresenta: Infecção Aguda do Ouvido e Peso não é baixo.
2. IDENTIFIQUE OS TRATAMENTOS PARA OS DOENTES QUE NÃO PRECISAM SER REFERIDOS
COM URGÊNCIA AO HOSPITAL
Para cada classificação listada na frente do formulário de registro, deverão ser escritos os tratamentos no verso do
formulário. Você listará somente os tratamentos que se aplicam à criança atendida.
Dobre a coluna CLASSIFICAR do formulário de registro de modo que possa vê-la enquanto
olha no verso do formulário.
Olhe o quadro AVALIAR E CLASSIFICAR para encontrar os tratamentos que são necessários
para cada uma das classificações da criança.
Faça uma lista com tratamentos necessários no verso do formulário de registro.
Inclua itens para “Consultas de Retorno”. Isso significa dizer à mãe para retornar em um certo número de dias,
pois é muito importante saber se o tratamento está causando o efeito desejado.
Também liste indicações para futuras avaliações que não sejam urgentes. Qualquer outro tratamento necessário
pode ser administrado antes da referência.
Observe que o formulário de registro já lista o item “Recomende à mãe quando retornar imediatamente”, para mais
cuidados à criança.
CONSULTA À CRIANÇA DE 2 MESES A < 5 ANOS DE IDADE
Nome: Aldo__________________________________________________ Idade: 2 anos Peso: 10 Kg Temperatura: 37 C
PERGUNTE: Quais são os problemas da criança: __________________________Primeira consulta? ___ Consulta de retorno? ___
AVALIE: Marque um X em todos os sinais presentes CLASSIFIQUE
VERIFIQUE SE HÁ SINAIS GERAIS DE PERIGO: Sim ___ Não X_
SE SIM: Quais? Não consegue beber ou mamar no peito ___ Vomita tudo ___
Letárgica ou inconsciente ___ Convulsões ___
A CRIANÇA ESTÁ COM TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR? Sim ___ Não ___
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias Conte as respirações em um minuto ____ rpm
Respiração rápida? ___
Observe se há tiragem subcostal ___
Verifique se há estridor ou sibilância ___
A CRIANÇA ESTÁ COM ALGUM PROBLEMA DE OUVIDO? Sim ___ Não ___
Está com dor de ouvido? ___ Observe se há secreção purulenta no ouvido X Infecção Crônica
Há secreção no ouvido? X Palpe para determinar se há tumefação dolorosa do Ouvido
SE HOUVER: Há quanto tempo? ___ dias atrás do ouvido ___
VERIFIQUE A SITUAÇÃO DAS VACINAS: Marque com um circulo as vacinas a serem dadas hoje Retornar para a
BCG X DPT1 X DPT2 X DPT3 X DPT4 X DPT5__ VPO1 X próxima vacinação
VPO2 X VPO3 X SARAMPO1 X VPO4 X SARAMPO2 X VPO5 __ 4 anos
Identifique os tratamentos para as crianças que não precisam ser referidas com urgência ao hospital.
Caso 1: Ester
Ester tem 15 meses. Não apresenta sinais gerais de perigo. Tem: PNEUMONIA E PESO NÃO É BAIXO.
Tomou a BCG e 3 doses de DPT e VPO.
4. Qual é a data próxima que pode fixar para a consulta de retorno de Ester?
Caso 2: Maira
Maira tem 16 meses. Não apresenta sinais gerais de perigo. Tem: DOENÇA FEBRIL (área sem risco de
malária) e PESO NÃO É BAIXO. Tomou a BCG e 3 doses de DPT e VPO.
4. Qual é a data próxima que pode fixar para a consulta de retorno de Maira?
2.1. QUANDO RETORNAR IMEDIATAMENTE
É muito importante ensinar às mães quais os sinais indicativos de gravidade que, caso a criança apresente, deve ser
levada URGENTEMENTE a unidade de saúde.
Exceção: caso a criança já tenha sangue nas fezes, não precisa dizer à mãe que retorne imediatamente por sangue
nas fezes, mas apenas se a criança não beber bem.
EXERCÍCIOS
Enumere os sinais para que estas crianças possam regressar imediatamente à unidade de saúde.
Quando a criança precisa ser referida com urgência ao hospital, é importante identificar e começar a administrar
rapidamente os tratamentos para esta criança. No quadro AVALIAR E CLASSIFICAR estes tratamentos aparecem
grifados.
EXERCÍCIOS
Caso 1: Heloísa
Heloísa tem 12 meses. Não apresenta sinais gerais de perigo. Está classificada como: NÃO É PNEUMONIA,
MASTOIDITE, NÃO TEM ANEMIA E O PESO NÃO É BAIXO. Heloísa precisa ser referida com urgência
ao hospital por ter MASTOIDITE.
Caso 2: Vilma
Vilma tem 18 meses. Não apresenta sinais gerais de perigo. Está classificada como: como SEM
DESIDRATAÇÃO, DIARRÉIA PERSISTENTE, DESNUTRIÇÃO GRAVE. Vilma precisa ser referida com
urgência ao hospital por ter DESNUTRIÇÃO GRAVE.
Gustavo tem 2 anos. Está letárgico. Vive em área com baixo risco de malária e tem 39,5 C de temperatura.
Está classificado como: DOENÇA FEBRIL MUITO GRAVE E INFECÇÃO CRÔNICA DO OUVIDO. Tem
palidez palmar leve, de modo que se classifica como ANEMIA, ainda que PESO NÃO É BAIXO. Nunca
recebeu mebendazol. Gustavo deve ser referido com urgência ao hospital por ter DOENÇA FEBRIL MUITO
GRAVE.
Caso 4: Ivone
Ivone tem 4 anos. Está letárgica. Está classificada como: DESIDRATAÇÃO GRAVE E DESNUTRIÇÃO
GRAVE. Pode beber. Vive em uma região onde há cólera.
a. ___ Dar SRO para que à mãe ofereça à criança durante o trajeto ao hospital.
b. ___ Recomendar à mãe que continue amamentando à criança.
c. ___ Dar antibiótico para cólera.
d. ___ Dar vitamina A.
e. X Referir URGENTEMENTE ao hospital.
4. DÊ TRATAMENTO PRÉVIO À REFERÊNCIA AO HOSPITAL
O módulo seguinte descreve como administrar os tratamentos apresentados no quadro TRATAR. Neste quadro
estão todos os tratamentos prévios à referência ao hospital. Quando referir uma criança, administre o tratamento
rapidamente. Não perca tempo ensinando à mãe o que deveria fazer quando a situação não é urgente.
1. Explique à mãe a necessidade de referir a criança ao hospital e obtenha sua aprovação para levar a criança.
Caso você suspeite que ela não queira levá-la, averigue porque.
2. Tranqüilize a mãe e ajude-a a resolver seus problemas. Faça todo o possível para ajudar a resolver o seu
problema.
3. Escreva uma nota de encaminhamento da criança para que a mãe possa apresentá-la no hospital. Diga-lhe que
a entregue ao médico do hospital.
4. Entregue à mãe todos os materiais e instruções necessárias para a atenção de seu filho durante o trajeto para o
hospital.
Pedro Marques
COREN/PA 22000
CONSULTA À CRIANÇA DE 2 MESES A < 5 ANOS DE IDADE
A CRIANÇA ESTÁ COM TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR? Sim _X_ Não
SE SIM: Há quanto tempo? 6 dias Conte as respirações em um minuto 52 rpm Pneumonia grave ou
Respiração rápida? X Doença muito grave
Observe se há tiragem subcostal X
Verifique se há estridor ou sibilância ___
VERIFIQUE A SITUAÇÃO DAS VACINAS: Marque com um circulo as vacinas a serem dadas hoje Retornar para a
BCG X DPT1 X DPT2 X DPT3 X DPT4 X DPT5__ VPO1 X próxima vacinação
VPO2 X VPO3 X SARAMPO1 X VPO4 __ SARAMPO2 __ VPO5 __
A CRIANÇA ESTÁ COM TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR? Sim X Não ___
SE SIM: Há quanto tempo? 2 dias Conte as respirações em um minuto: 54 rpm Pneumonia
Respiração rápida? X
Observe se há tiragem subcostal
Verifique se há estridor ou sibilância ___
VERIFIQUE A SITUAÇÃO DAS VACINAS: Marque com um circulo as vacinas a serem dadas hoje Retornar para a
BCG X DPT1 X DPT2 X DPT3 DPT4 DPT5__ VPO1 X próxima vacinação
VPO2 X VPO3 SARAMPO _ VPO4 __ SARAMPO2 __ VPO5 __
A CRIANÇA ESTÁ COM TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR? Sim ___ Não X
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias Conte as respirações em um minuto ____ rpm
Respiração rápida? ___
Observe se há tiragem subcostal ___
Verifique se há estridor ou sibilância ___
VERIFIQUE A SITUAÇÃO DAS VACINAS: Marque com um circulo as vacinas a serem dadas hoje Retornar para a
BCG X DPT1 X DPT2 __ DPT3 __ DPT4___ DPT5__ VPO1 X próxima vacinação
VPO2__ VPO3 __ SARAMPO1__ VPO4 __ SARAMPO2 __ VPO5 __
O tratamento das crianças, freqüentemente começa na unidade de saúde, sendo necessário dar continuidade em
casa. Neste módulo você usará o quadro para aprender como administrar cada tratamento. Aprenderá também
como ensinar à mãe a dar o tratamento em casa. Use o quadro TRATAR para selecionar o medicamento
apropriado e para determinar a dose e plano do tratamento.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Identificar quais são os medicamentos de administração oral apropriados para a criança doente, bem como sua
dosagem.
Tratar a infecção local (secreção purulenta no ouvido) e ensinar à mãe como e quando dar os medicamentos
em casa.
Tratar a desidratação correspondente a distintas classificações e orientar à mãe sobre os líquidos adicionais que
são dados em casa.
Vacinar as crianças.
11. SELECIONE O MEDICAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO ORAL APROPRIADO E IDENTIFIQUE A
DOSE E O PLANO DE TRATAMENTO
Para Disenteria
Primeira linha : Trimetropim/Sulfametxasol – 40 mg/kg/dia de 12/12 horas, durante 5 dias
Segunda linha : Acido Nalidixico – 40 mg/kg/dia, de 6/6 horas durante 5 dias
Para Cólera
Dar um antibiótico recomendado em sua região contra a cólera , durante 3 dias, se a criança tiver 2 anos ou
mais.
Primeira linha – Trimetropim/Sulfametoxasol – 40 mg/kg/dia de 12 /12 horas, durante 3 dias
Segunda linha- Eritromicina ou Furazolidona – 40mg/kg/dia ou 7 mg/kg/dia de 6/6 horas, durante 3 dias
Dar um Antibiótico Oral Apropriado
PARA PNEUMONIA, INFECÇÃO AGUDA DO OUVIDO, PNEUMONIA GRAVE OU DOENÇA MUITO GRAVE**, DOENÇA FEBRIL
MUITO GRAVE** OU MASTOIDITE**:
ANTIBIÓTICO DE PRIMEIRA LINHA: AMOXACILINA OU TRIMETOPRIM + SULFAMETOXAZOL
ANTIBIÓTICO DE SEGUNDA LINHA: ERITROMICINA
2 a 11 meses
(4 -<10kg) ½ 2,5 ml ½ 5,0ml 2,5 ml
PARA DISENTERIA
Dar um antibiótico recomendado em sua região contra Shigella durante 5 dias.
2 a 4 meses ¼ 1,25 ml
(4 -< 6 kg) VER DOSES ACIMA
5 a 11 meses ½ 2,5 ml
(6 -< 10kg)
1 a 4 anos 1 5,0 ml
(10 - 19 kg)
PARA CÓLERA:
Dar um antibiótico recomendado em sua região contra o Cólera, durante 3 dias.
SUSPENSÃO Cápsula
IDADE OU PESO
250 mg por 5,0 ml 100 mg
2 a 4 anos
(12 - 19 kg)
Ver doses acima 5,0 ml ¼
Administre o antibiótico de ”primeira linha”, se estiver disponível. Ele foi escolhido porque é eficaz 1, fácil de administrar e
barato. O antibiótico de “segunda linha” deve ser dado unicamente se não se dispõe do antibiótico de primeira linha, ou se
a doença da criança não responde ao antibiótico de primeira linha.
Algumas crianças têm mais de uma doença que deve ser tratada com antibióticos. Sempre que for possível, selecione um
antibiótico com o qual possa tratar todas as doenças da criança.
1 Pode ser necessário trocar os antibióticos de primeira linha e de segunda linha recomendados de acordo com os dados de resistência.
EXERCÍCIOS
1. Uma criança de seis meses de idade (7 Kg) necessita de antibiótico para PNEUMONIA.
2. Uma criança (10 Kg) necessita da primeira dose de um antibiótico para a PNEUMONIA GRAVE e uma
DOENÇA FEBRIL MUITO GRAVE, onde não é possível tratar por via IM.
3. Uma criança de 2 anos (11 Kg) necessita de um antibiótico para a PNEUMONIA E INFECÇÃO AGUDA DO
OUVIDO.
5. Uma criança (5 Kg) necessita de um antibiótico para a DISENTERIA e uma INFECÇÃO AGUDA DO
OUVIDO.
6. Uma criança de 3 anos (15 Kg) necessita de um antibiótico para a PNEUMONIA e DESIDRATAÇÃO
GRAVE em uma região com cólera.
1.4. DÊ ANALGÉSICO/ANTITÉMICO PARA A FEBRE ALTA (> 38,5 C) OU DOR DE OUVIDO
Dê paracetamol ou dipirona de seis em seis horas até passar a febre ou dor de ouvido
IDADE OU PESO PARACETAMOL OU DIPIRONA 10 mg/Kg/dose
GOTAS- 1ml/200mg COMPRIMIDO -GOTAS
(1 gota/Kg) (500 mg) 1 gota/ 2kg
2 a 11 meses (6-9 Kg) 6a9 -
1 a 2 anos (10-14 Kg) 10 a 14 ¼
3 a 4 anos (15-19 Kg) 15-19 ½
1.5. DÊ VITAMINA A
Caso a criança apresente, além da desnutrição grave, qualquer sinal de xeroftalmia (opacificação da córnea),
deverá receber uma segunda dose 24 horas após a primeira dose, e uma terceira dose 4 semanas após a segunda
dose.
1.6. DÊ FERRO
Dê uma dose por dia durante 14 dias, no intervalo das refeições, junto com suco de frutas cítricas,
para uma criança com palidez palmar durante 2 meses. Informar que as fezes irão ficar escuras.
IDADE OU PESO DOSE SULFATO FERROSO
(25 mg de ferro suplementar)
2 a 3 meses (4 a < 6 Kg) 2 mg/kg/dia ou 10 gotas ou 0,5
4 a 11 meses (6 a < 10 Kg) 2 mg/kg/dia ou 1 ml
1 a 2 a anos (10 a < 14 Kg) 3 mg/kg/dia ou 1,5 ml
3 a 4 anos (14 a < 19 Kg) 3 mg/kg/dia ou 2 ml
1.7. DÊ MEBENDAZOL
EXERCÍCIOS
Selecione a dose de cada medicamento necessária. Utilize o quadro TRATAR A CRIANÇA.
1. Uma criança de 4 meses de idade (7 Kg) necessita de antibiótico para INFECÇÃO AGUDA DO OUVIDO.
4. Uma criança de 2 anos (11 Kg) tem ANEMIA e necessita de ferro e mebendazol. A mãe informa que a criança
tomou mebendazol há 3 meses.
5. Uma criança de 3 anos (14 Kg) tem ANEMIA e necessita de ferro e mebendazol. A mãe informa que a criança
nunca tomou mebendazol.
6. Uma criança pesando 16 Kg tem ANEMIA. Não há Ancilóstomo ou Tricocéfalos em sua região.
O êxito do tratamento em casa depende da forma como você se comunica com a mãe da criança. Ela precisa saber
como dar o tratamento. Também precisa compreender a importância do mesmo.
Faça-lhe perguntas sobre o tratamento da criança em casa.
Elogie à mãe pelo que tem feito.
Recomende-lhe como tratar a criança em casa.
Verifique se a mãe compreendeu.
Quando ensinar à mãe como dar o tratamento em casa, siga três passos básicos:
Proporcione informação.
Demonstre um exemplo.
Deixe-a praticar.
Depois de ensinar à mãe é importante certificar-se que ela entendeu como administrar corretamente o tratamento. É
importante para uma boa comunicação fazer boas perguntas de verificação.
Faça perguntas que obrigue à mãe explicar o quê, como, quando, quanto ou porquê.
Dê tempo à mãe para pensar e a seguir responder.
Elogie à mãe quando ela responder corretamente.
Caso ela necessite, dê-lhe mais informação, exemplos e oportunidade de praticar.
EXERCÍCIOS
Repasse as técnicas para comunicar-se bem, conforme as perguntas para cada caso.
1. A Dra Tereza tem que ensinar a mãe como secar o ouvido de seu filho com uma mecha. Primeiro, ela explica o
quanto a criança irá melhorar quando ela secar o seu ouvido. Depois, ela pede à mãe que pratique como secar o
ouvido de seu filho, enquanto ela observa e faz comentários. Antes que à mãe deixe a unidade de saúde com
seu filho, a profissional lhe faz várias perguntas. Ela quer ter certeza de que a mãe entendeu por quê, como e
quando dar tratamento em casa.
b. Sublinhe as orações no parágrafo acima que descrevem como a profissional deu os exemplos.
2. O doutor Milton tem que ensinar a mãe como preparar SRO para seu filho que está com diarréia. Primeiro, ele
explica como se deve misturar o SRO; a seguir, demonstra. O profissional, pergunta à mãe: “Entendeu?” A
mãe reponde: “Sim”. Depois, Dr. Milton dá um envelope de SRO à mãe e se despede dela.
3. A Dra Carolina dá à mãe antibiótico de administração oral para seu filho. Antes de explicar-lhe como
administrá-los, a Dra Carolina pergunta à mãe se sabe como dar o medicamento. A mãe consente com a cabeça
dizendo que sim. Portanto, a Dra Carolina dá os antibióticos à mãe e se despede dela.
a. O que você deve fazer quando uma mãe lhe diz que sabe dar um tratamento em casa?
4. Qual é a melhor entre as perguntas de verificação seguintes, depois de haver recomendado à mãe que
aumentasse os líquidos durante à diarréia.
5. As perguntas seguintes podem ser respondidas com um “sim” ou “não”. Reescreva em forma de perguntas de
verificação.
Caso a mãe aprenda corretamente o medicamento, a criança receberá o tratamento apropriado. Para isso, siga estas
instruções para cada medicamento que dê à mãe:
Decida quais são os medicamentos apropriados e as doses para a idade ou o peso da criança.
Justifique à mãe porque dar o medicamento à criança.
Descreva as etapas do tratamento.
Demonstre como medir as doses.
Observe à mãe enquanto ela mesma pratica como medir uma dose.
Peça à mãe que dê a primeira dose de seu filho.
Explique em detalhes como dar o medicamento.
Explique que todos os medicamentos devem ser dados até o fim, mesmo que a criança melhore.
Verifique se a mãe compreendeu as explicações antes de deixar a unidade de saúde.
Pode ser necessário administrar na unidade de saúde um ou mais dos seguintes tratamentos antes que a criança seja
encaminhada ao hospital.
Antibiótico intramuscular (se não for possível IM, dar o antibiótico VO).
Quinina para malária grave.
Leite materno ou água açucarada para prevenir a hipoglicemia.
Administrar um broncodilatador por via inalatória.
Vitamina A
Dê-lhe uma dose única de penicilina G procaína ou cloranfenicol via l IM. Depois, refira-a urgentemente ao
hospital. Caso não seja possível dar o antibiótico via IM procure dar VO.
Administre um antibiótico via IM para aquelas crianças a ser referidas. Se não for possível
referir: repetir a injeção de cloranfenicol de 12/12 horas ou penicilina G procaína uma vez
ao dia durante 7 dias. Passar depois para um antibiótico oral até completar o tratamento.
IDADE OU PESO CLORANFENICOL PENICILINA G PROCAÍNA
(40 mg/Kg/dose) de 12/12 hs 100.000 UI/ml
Uma vez ao dia por 7 dias
2 a 3 meses (4 a < 6 Kg) 0,7 ml = 125 mg
4 a 8 meses (6 a < 8 Kg) 1,0 ml = 180 mg 50.000 UI/Kg/dia
9 a 11 meses (8 a < 10 Kg) 1,3 ml = 225 mg
1 a 2 a anos (10 a < 14 Kg) 1,7 ml = 300 mg 800.000 UI/dia
3 a 4 anos (14 a < 19 Kg) 2,4 ml = 425 mg
Para um frasco- ampola de 1 gr de cloranfenicol adicione 5 ml de água esterilizada ou destilada.
Para um FA de 400.000 UI de Pen G procaína acrescente 3 ml de água esterilizada ou destilada.
EXERCÍCIOS
Há três planos para tratar a diarréia, os quais proporcionam a reposição de água e eletrólitos:
Indicado para os casos de diarréia, porém SEM DESIDRATAÇÃO. As regras principais são:
2. CONTINUE A ALIMENTAR.
Oriente sobre a alimentação da criança.
Ensine à mãe tratar em casa a criança com peso baixo ou muito baixo.
3. QUANDO RETORNAR.
Não consegue beber nem mamar no peito.
Piora do estado geral.
Aparecimento ou piora da febre.
Caso 1: Samuel
Samuel é um menino de 4 anos que tem diarréia. Não apresenta sinais gerais de perigo. Tem: diarréia SEM
DESIDRTAÇÃO E PESO NÃO É BAIXO. Tomará o tratamento do Plano A.
-
-
-
-
-
-
Caso 2: Raul
Raul é um menino de 3 meses que tem diarréia. Não apresenta sinais gerais de perigo. Tem: diarréia SEM
DESIDRTAÇÃO E PESO NÃO É BAIXO. Ele se alimenta exclusivamente de peito.
Caso 3: Crianças
As crianças descritas vieram a unidade de saúde porque tinham diarréia. Foram avaliadas e não apresentaram
sinais gerais de perigo. Foram classificadas como SEM DESIDRATÇÃO e O PESO NÃO É BAIXO. Anote a
quantidade de líquidos extras que as mães devem lhes dar após cada evacuação diarreica.
Caso 4: Fernando
Fernando tem 4 anos e tem diarréia. Não tem sinais gerais de perigo. Foi classificado como SEM
DESIDRATAÇÃO E O PESO NÃO É BAIXO. O profissional ensinou à mãe o Plano A e lhe deu 1 pacote de
SRO para usar em casa. Marque todos os líquidos que a mãe deve oferecer a seu filho enquanto a diarréia
durar.
Caso 5: Valéria
Uma mãe traz sua filha Valéria de 11 meses a unidade de saúde, porque ela está com diarréia. Valéria só come
cereal e pedaços de carne, verduras e frutas. Sua mãe também continua a lhe amamentar no peito. A mãe disse
que vive longe do serviço de saúde e que talvez não possa retornar por vários dias, mesmo que a criança piore.
O profissional avaliou Valéria e viu que a menina não apresenta sinais de perigo. Ele classificou Valéria como
SEM DESIDRATAÇÃO E O PESO NÃO É BAIXO. Ele decidiu que Valéria necessita do Plano A.
a. O profissional deve dar à mãe pacotes de SRO para ela levar para a casa? Se sim, como preparar?
b. Escreva 3 perguntas que faria à mãe de Valéria para Ter certeza de que ela compreendeu como misturar e
dar a solução de SRO.
-
-
-
c. O que deve fazer a mãe se a menina vomitar enquanto estiver tomando a solução?
d. Por quanto tempo a mãe de Valéria deve seguir lhe dando líquidos extras?
Caso 6: Crianças
Quais são os líquidos que você recomenda em sua unidade para as crianças com diarréia e SEM
DESIDRATAÇÃO?
Somente utilizar a idade da criança quando desconhecer o seu peso. A quantidade aproximada de SRO
necessária (em ml) deve ser calculada multiplicando o peso da criança (em Kg) por 75 ml/kg/4 horas
APÓS 4 HORAS:
Reavaliar a criança e classificá-la quanto a desidratação.
Selecionar o plano apropriado para continuar o tratamento.
Se possível, começar a alimentar a criança na unidade de saúde.
EXERCÍCIOS
1. As crianças descritas a seguir vieram a unidade de saúde porque estavam com diarréia. Foram avaliadas e não
apresentavam sinais gerais de perigo. Foram classificadas como DESIDRATAÇÃO E O PESO NÃO É
BAIXO. Anote a quantidade de solução de SRO que é provável ser necessária que cada criança tome durante
as primeiras 4 horas de tratamento.
2. Rose tem 5 meses de idade e está com diarréia. Foi classificada como DESIDRATAÇÃO E O PESO NÃO É
BAIXO. Não há uma balança para pesar Rose na pequena unidade de saúde. A mãe de Rose morreu no parto,
por isso ela tem tomado leite artificial. A avó recentemente começou a dar-lhe também mingau.
a. Deve dar a Rose ____ ml de ___________ durante as primeiras ____ horas de tratamento.
d. Depois de avaliarem Rose como SEM DESIDRATAÇÃO, que plano deve dar-lhe?
f. Para continuar o tratamento em casa, a avó deve dar a Rose ____ ml de ____ depois de cada
_________________.
3. Yasmin tem 9 meses de idade e pesa 8 Kg,. Sua mãe trouxe na unidade de saúde porque ela estava com
diarréia. O profissional avalia Yasmin e o resultado é DESIDRATÇÃO E PESO NÃO É BAIXO. O
profissional escolhe o Plano B. Sua mãe disse que mama no peito várias vezes ao dia. Também come arroz 3
vezes ao dia, com verdura, legumes e ás vezes pedaços de carne.
a. Qual a quantidade aproximada da solução de SRO que a mãe de Yasmin deve dar-lhe durante as 4
primeiras horas?
b. Durante as 4 horas de tratamento Yasmin deveria comer ou beber qualquer outra coisa além da solução de
SRO? Caso afirmativo, o que?
Caso se imunize as crianças com a vacina correta no momento adequado, previne-se o sarampo, a poliomielite, a
difteria, a coqueluche, o tétano, tuberculose, hepatite, haemophilus e febre amarela. Verifique o estado de
vacinação de todas as crianças que se tratam na sua unidade e vacine sempre que necessário
EXERCÍCIOS
1. Melissa tem 6 meses de idade. Tem PNEUMONIA E O PESO NÃO É BAIXO. Seu cartão indica que deve-se
aplicar as doses de DPT1 e VPO1. Devem ser dadas as vacinas hoje?
2. Dr. Arnaldo trabalha em um assentamento de ocupantes ilegais. Os alimentos são escassos e as crianças têm
ANEMIA E PESO MUITO BAIXO. Deve-se imunizar as crianças?
3. Uma mãe traz sua filha Joana de 7 meses de idade com diarréia. Foi classificada como SEM
DESIDRATAÇÃO, DISENTERIA E PESO NÃO É BAIXO. O cartão da criança indica que ela recebeu a
VPO2 e a DPT2 faz 6 semanas. A mãe disse que não quer que voltem a imunizar Joana, porque a mesma teve
febre e ficou irritada depois da última imunização. O que o profissional deve fazer?
4. O Dr. Walter quer imunizar uma criança de 1 ano de idade contra o sarampo. A criança foi classificada como
PNEUMONIA E PESO NÃO É BAIXO. A mãe do menino não quer imunizar o seu filho hoje contra o
sarampo. Descreva o que você diria à mãe do menino para convencê-la de que deve imunizar hoje o seu filho.
As crianças de 1 semana a 2 meses de idade têm características especiais que devem ser consideradas quando suas
doenças são classificadas. Podem adoecer e morrer em um curto espaço de tempo por infecções bacterianas graves.
Freqüentemente apresentam apenas os sinais gerais de perigo como hipoatividade, febre ou temperatura corporal
baixa. A tiragem subcostal leve é normal nas crianças pequenas porque a musculatura torácica é delgada. Por essas
razões, essas crianças são avaliadas de uma maneira um pouco diferente da qual se avalia a criança de mais de 2
meses de idade.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Pergunte a mãe quais são os problemas que a criança apresenta. Determine se trata-se de um atendimento inicial ou
de retorno. Caso encontre um motivo pelo qual a criança necessite ser referida com urgência, você não deverá
perder tempo com a avaliação da amamentação.
A criança deve ser registrada em um formulário especial. Ele apresenta uma lista de perguntas que serão feitas à
mãe e os sinais que você deverá observar e identificar, segundo os sinais e sintomas da criança.
Classifique todas as crianças no quadro referente à possibilidade de infecção bacteriana. Compare os sinais da lista
e escolha a classificação apropriada. Uma criança com algum dos sinais de POSSÍVEL INFECÇÃO
BACTERIANA GRAVE pode ter uma doença grave e apresentar alto risco de vida. Siga todas as normas
referentes ao tratamento.
Caso a criança tenha diarréia, avalie e classifique a diarréia. As fezes normalmente freqüentes ou amolecidas da
criança que mama no peito não constituem diarréia.
CLASSIFIQUE A DIARRÉIA
A diarréia é classificada da mesma maneira que a criança de mais de 2 meses de idade. Eleja uma classificação
adicional se a criança tem diarréia por 14 dias ou mais, ou se tem sangue nas fezes.
Dois dos sinais que se seguem: Se a criança não estiver com
nenhuma POSSÍVEL
Letárgica ou inconsciente. INFECÇÃO BACTERIANA
Olhos fundos. DESIDRATAÇÃO GRAVE:
Não consegue beber ou bebe mal. GRAVE Inicie Terapia EV (Plano C) OU
Sinal da prega: a pele volta muito Se a criança estiver também com
Lentamente ao estado anterior. POSSÍVEL INFECÇÃO
BACTERIANA GRAVE:
Referir URGENTEMENTE ao
hospital com a mãe
administrando-lhe SRO.
freqüentes durante o trajeto.
Recomendar a mãe a continuar
a amamentação ao peito.
EXERCÍCIOS
Henrique é uma criança de 3 semanas de idade. Pesa 3,6 Kg. Tem uma temperatura de 37 C. Foi levado a
unidade de saúde porque tem dificuldade para respirar. O profissional verifica primeiro se a criança tem sinais
de possível infecção bacteriana. A mãe disse que Henrique não tem tido convulsões. O profissional conta a
freqüência respiratória em 74 rpm. Repetiu a contagem e contou 70 rpm. Verifica que Henrique tem tiragem
subcostal leve e batimento de asa de nariz. Não tem gemido. A fontanela não está abaulada. Não há secreção
purulenta nos ouvidos, o umbigo está normal e não há pústulas na pele. Henrique está tranqüilo e desperto e
seus movimentos são normais. Não tem diarréia.
Caso 2: Sandra
Sandra tem 5 semanas de idade. Pesa 4 Kg. Tem uma temperatura de 37 C. A mãe levou a unidade de saúde
porque tem uma erupção. O profissional avalia os sinais de uma possível infecção bacteriana. A mãe disse que
a criança não tem tido convulsões. O profissional conta a freqüência respiratória em 55 rpm. Não apresenta
tiragem subcostal, batimento de asa de nariz, nem gemido. A fontanela não está abaulada. Não há secreção
purulenta nos ouvidos e o umbigo está normal. O profissional observa todo o corpo da Sandra e encontra uma
erupção vermelha com apenas algumas pústulas nas nádegas. Está desperta e seus movimentos são normais.
Não tem diarréia.
Caso 3: Elias
Elias é um menino franzino que nasceu exatamente há 2 semanas atrás. Pesa 2,5 Kg. Tem uma temperatura de
37 C. A mãe disse que nasceu prematura em casa, e que era muito menor que outros filhos. Está preocupada
porque o umbigo está infectado. Disse que a criança não tem tido convulsões. O profissional conta a
freqüência respiratória em 55 rpm. Não apresenta tiragem subcostal, batimento de asa de nariz, nem gemido.
A fontanela não está abaulada. Não há secreção purulenta nos ouvidos. O umbigo tem um pouco de pus na
ponta, que está também avermelhada. O profissional observa todo o corpo e encontra erupções na pele. O
menino está desperto e contente. Ele movimenta-se regularmente. Não tem diarréia.
Caso 4: Joaquim
Joaquim tem 7 semanas de idade. Pesa 3 Kg. Tem uma temperatura de 37 C. A mãe o levou a unidade de
saúde porque tem diarréia. O profissional verifica primeiro se a criança tem sinais de possível infecção
bacteriana. A mãe disse que Joaquim não tem tido convulsões. A freqüência respiratória é de 58 rpm. Joaquim
está dormindo nos braços da mãe, porém despertou quando foi despido. Apresenta tiragem subcostal leve. Não
tem batimento de asa de nariz, nem gemido. A fontanela não está abaulada. Não há secreção purulenta nos
ouvidos. O umbigo não está vermelho nem tem secreção purulenta. Tem uma erupção na região das fraldas,
porém não tem pústulas. Está chorando e movendo os braços e pernas. Quando o profissional pergunta a mãe
respeito da diarréia de Joaquim, ela responde que começou há 3 dias e que não há sangue nas fezes. Joaquim
está chorando. Parou de chorar uma vez, quando a mãe deu-lhe o peito. Começou a chorar outra vez, quando a
mãe deixou de amamentá-lo. Os olhos parecem normais, não estão fundos. Ao sinal da prega, a pele do
abdome volta ao estado anterior lentamente.
Uma alimentação adequada é essencial para o crescimento e o desenvolvimento da criança, sendo que a lactância
materna exclusiva é a melhor forma de alimentar a criança com menos de 6 meses. A avaliação tem duas partes: na
primeira parte se faz perguntas à mãe e determina o peso para a idade; e na segunda parte, se a criança tem algum
problema com a amamentação ou baixo peso, se avalia como a criança mama.
AVALIE A AMAMENTAÇÃO
Se tiver dificuldade para mamar, se aleitamento é dado < 8 vezes em cada 24 horas, se estiver
recebendo outro tipo de alimento ou líquido, se seu peso é baixo e não apresenta nenhum sinal
para ser referido URGENTEMENTE ao hospital AVALIE A AMAMENTAÇÃO AO PEITO:
A criança mamou no peito durante a última hora? ___
Se não mamou, peça à mãe que dê. Observe a amamentação por 4 minutos. Verifique a pega:
O queixo está tocando o seio?
A boca esta bem aberta?
Lábio inferior virado para fora?
Há mais auréola visível acima da boca do que abaixo?
Tipo de pega: nenhuma pega ___ / a pega não é boa ___ / boa pega ___
Está sugando bem (isto é, sucções lentas e profundas com pausas ocasionais)? ___
Tipo de sucção: não está sugando nada ___ / não está sugando bem ___ / está sugando bem ___
Verifique se há ulcerações ou placas na boca (monilíase oral) ___
CLASSIFIQUE A ALIMENTAÇÃO
Compare os sinais da criança com os enumerados em cada fila e escolha a classificação apropriada.
Verifique a situação das vacinas da criança como o faria no caso de uma criança maior de 2 meses.
IDADE
Ao nascer BCG intradérmico1 1
Avalie qualquer outro problema mencionado pela mãe ou observado por você. Consulte as normas sobre o
tratamento desses possíveis problemas que estiverem disponíveis. Caso você ache que a criança tem um problema
grave, ou não sabe como ajudá-la, refira a um hospital.
EXERCÍCIOS
Preencha os resultados da avaliação adicional no formulário de registro. Utilize a curva de peso para idade
para determinar se a criança tem baixo peso para a sua idade. Classifique a alimentação e verifique o estado de
imunização. Anote o retorno para próxima vacinação.
Caso 1: Henrique
A mãe de Henrique disse que não tem nenhuma dificuldade para alimentá-lo. Amamenta-o dia e noite cerca de
8 vezes em 24 horas. Não lhe dá nenhum outro alimento nem líquido. O profissional recorre ao quadro de peso
para idade e determina que o peso de Henrique (3,6 Kg) não é baixo para a sua idade (3 semanas). Decide,
então, avaliar a amamentação. Quando pergunta a respeito das imunizações, a mãe de Henrique diz que a
criança nasceu em casa e não recebeu nenhuma vacina. Não há nenhum outro problema.
Caso 2: Sandra
Quando foi perguntado a mãe se tinha dificuldade em alimentar Sandra, ela disse que não. Disse que a menina
mama 9 ou 10 vezes em 24 horas e que não toma nenhum outro alimento nem líquido. O profissional recorre
ao quadro de peso para idade e determina o peso para a sua idade. Decide, que não há necessidade de avaliar a
amamentação. A mãe de Sandra tem o cartão da criança com as vacinas em dia. Quando o profissional
perguntou se ela tinha algum outro problema, ela respondeu que não.
Caso 3: Elias
A mãe de Elias disse que não tem nenhuma dificuldade para alimentá-lo e que ele mama 6 ou 7 vezes em 24
horas. Não lhe dá nenhum outro alimento nem líquido. O profissional verifica o peso para a sua idade. Como
Elias tem baixo peso para a sua idade, o médico decide avaliar a amamentação. A mãe disse que é provável que
Elias tenha fome agora e o põe no peito. O profissional observa o queixo de Elias tocar o seio, a boca está bem
aberta e o lábio inferior está voltado para fora. Vê-se mais a auréola acima do que abaixo da boca. Mama com
sucções lentas e profundas, com pausas ocasionais. A mãe continua amamentando-o até que termine. O
profissional vê que não há ulcerações nem placas brancas na boca da criança. Elias não recebeu nenhuma
vacina.
Caso 4: Joaquim
Quando foi perguntado a mãe de Joaquim sobre a alimentação, ela disse que o menino geralmente se alimenta
bem. É amamentado 3 vezes ao dia. Toma também uma mamadeira com leite em pó 3 vezes ao dia. O
profissional verifica o peso do menino para a sua idade. Como Joaquim está tomando outros alimentos e tem
peso baixo para a sua idade, o profissional decide avaliar a amamentação. Joaquim não se alimentou na hora
anterior. A mãe decide amamentá-lo agora. O profissional observa que o queixo de Joaquim não está tocando o
seio da mãe. A boca não está bem aberta e os lábios estão voltados para frente. Vê-se tanto a auréola acima
como abaixo da boca do menino. As sucções são rápidas e pouco profundas. Quando Joaquim termina de
mamar, o profissional examina a sua boca. Não vê ulcerações nem placas brancas na boca. A mãe de Joaquim
tem o cartão da criança. Nele está anotado que Joaquim recebeu BCG no hospital, A mãe disse que não tem
nenhum outro problema..
2. IDENTIFIQUE O TRATAMENTO APROPRIADO
Para cada classificação da criança, procure o tratamento no quadro relacionado à CRIANÇA DOENTE DE 1
SEMANA A 2 MESES DE IDADE.
Leia o quadro e determine os tratamentos para cada classificação. Registre os tratamentos, a recomendação dada a
mãe e a data para atendimento de retorno que é importante para a criança.
Prepare um encaminhamento e explique a mãe porque está referindo a criança ao hospital. Ensine-a tudo que ela
precisará fazer no caminho. Além disso, explique que as crianças são essencialmente frágeis. Caso haja resistência,
discuta as razões e explique que a doença da criança pode ser melhor tratada no hospital.
3. TRATE A CRIANÇA DOENTE E ORIENTE A MÃE OU ACOMPANHANTE
As crianças com POSSÍVEL INFECÇÃO BACTERIANA GRAVE podem infectar-se com uma variedade mais
ampla de bactérias que uma criança de mais de 2 meses de idade (Genta +Procaína).
Administre hoje, todas as vacinas que a criança necessite. Informe a mãe quando a mãe deve trazer a criança para
as vacinas seguintes.
A mãe deve (2-3 vezes ao dia): A mãe deve (2-3 vezes ao dia):
Lavar as mãos. Lavar as mãos.
Retirar o pus e crostas com água e sabão. Lavar a boca da criança usando um pano macio
Banho de permanganato de potássio enrolado no dedo e umedecido com água e sal.
(solução de 100 mg para 4 litros de água) ou Pincelar a boca da criança com violeta de genciana
passar violeta de genciana 1% nas pústulas. a 0,5% ou Nistatina , 1 ml oral de 6/6horas.
Secar a região. Lavar as mãos.
Lavar as mãos
Mostrar à mãe como ajudar a criança de 1 semana a menos de 2 meses de idade na pega.
Antes de dar o peito, tentar esvaziar a aréola para amolecer o bico e facilitar a saída do leite.
Tocar os lábios da criança com o bico dos seios.
Esperar até a boca da criança abrir-se completamente.
Mover a criança rápido em direção ao peito, pondo seu lábio inferior bem abaixo do bico do seio.
Verificar sinais e boa pega e sucção. Se não são bons, tente novamente.
Se a mãe estiver amamentando a criança menos de 8 vezes em 24 horas, recomende para que
aumente a freqüência das mamadas. Incentive para que amamente freqüentemente.
Se a criança recebe outros alimentos ou líquidos, recomende para que amamente mais,
reduzindo a quantidade destes. Recomende que os ofereça em um a xícara e não na
mamadeira.
Se a mãe não dá o peito, pergunte se gostaria de amamentar e considere referi-la para que
receba orientação sobre amamentação e possível relactação e extração manual do leite.
A extração manual do leite é uma técnica simples e de grande valia. Deve ser ensinada a todas as mãe, com a
finalidade de permitir que a criança continue em aleitamento materno, mesmo que a mãe e filho tenham que se
afastar durante um período, por motivo de doenças, trabalho ou outros.
Preencha os formulários de registro para o caso 2 (Sandra) e para o caso 4 (Joaquim). Consulte o quadro
CRIANÇA DOENTE DE 1 SEMANA A 2 MESES DE IDADE, quando necessário. Para cada caso: reveja os
resultados da avaliação da criança, as classificações e os tratamentos necessários; e responda as perguntas
adicionais sobre o tratamento de cada caso.
Caso 2: Sandra
1. Além do tratamento com antibióticos, Sandra precisa de tratamento em casa para a infecção local, quer dizer,
para pústulas nas nádegas. Liste abaixo os passos que a mãe de Sandra deve seguir para tratar esta infecção
cutânea em casa.
3. Sandra também necessita de atenção em nível domiciliar. Quais são os 3 conselhos principais para a mãe sobre
a tenção em casa?
1. Além do tratamento com antibióticos, Joaquim necessita de tratamento para DESIDRATAÇÃO de acordo com
o plano B. Que quantidade de SRO deverá ser dado a Joaquim para as primeiras 4 horas de tratamento?
2. Ele deverá receber outros líquidos durante o período de 4 horas? Em caso afirmativo, que líquidos?
3. Depois de 4 horas de tratamento Joaquim foi reavaliado. O menino está tranqüilo. Ao sinal da prega a pele
volta ao estado anterior imediatamente. O profissional o classifica como SEM DESIDRATAÇÃO e elege o
plano A para continuar o tratamento. Explica a mãe que durante a diarréia, Joaquim precisará de líquidos
adicionais e que a melhor maneira é através de mamadas ao peito freqüentes e com maior duração. O
profissional também dá a mãe 2 pacotes de SRO para serem dados a Joaquim em casa. O que mais deverá ser
dito a mãe a respeito de administração de SRO em casa?
4. Durante as 4 horas de tratamento com SRO, o profissional também pode ajudar a mãe de Joaquim a posicioná-
lo e melhorar a pega para a amamentação. Que outro conselho sobre a alimentação o médico deverá dar?
ACONSELHAR A MÃE OU AO ACOMPANHANTE
Quando as crianças doentes são encaminhadas para casa é fundamental fazer recomendações à mãe sobre quando
deverá voltar para o atendimento de retorno e ensinar-lhe a reconhecer os sinais que indicam quando deverá voltar
imediatamente para que a criança possa receber outros cuidados. As orientações referem-se a alimentação da
criança doentes e/ou com deficiência de peso.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Ainda que você tenha pressa, é importante levar um tempo necessário para dar a mãe uma recomendação
cuidadosa e completa. Para isso deverá aprender boas técnicas de comunicação.
RECOMENDAÇÕES À RESPEITO DA ALIMENTAÇÃO
Estas recomendações, a respeito da alimentação, são apropriadas tanto para quando a criança esta doente ou se está
sadia. Durante uma doença, é possível que as crianças não queiram comer muito. No entanto, devem lhes ser dadas
os tipos de alimentos com a freqüência recomendadas para a sua idade, ainda que não possam consumir todos os
alimentos. Depois da fase aguda, a boa alimentação ajuda a recuperar o peso perdido e a prevenir a desnutrição.
Quando a criança está bem, uma boa alimentação ajuda a prevenir futuras doenças.
Nota: a amamentação exclusiva dará a criança a melhor possibilidade de crescer e manter-se sadio. Algumas
poucas crianças podem necessitar de alimentos complementares entre o 4 º e 6o mês de idade, por apresentarem
fome ou ganho de peso insuficiente. Nesses casos, afastar as causas que podem estar comprometendo o
crescimento (posição e pega inadequadas, freqüência insuficiente das mamadas, infecções, mal formações, etc.)
antes de complementar a amamentação.
RECOMENDAÇÕES PARA AS CRIANÇAS DE 6 A 7 MESES DE IDADE
5 vezes ao dia se não estiver mamando. Iniciar com frutas maduras, da estação,
amassadas, ou purês de legumes na quantidade de
Observar cuidados de higiene no cerca de 2 colheres de sopa e aumentar
preparo e oferta de alimentos. gradativamente para cerca de 4-6 colheres de
sopa. Começar com um só tipo de fruta ou cereal
Observar a qualidade dos alimentos. ou legume e a cada 2 a 3 dias ir substituindo por
outro para testar a tolerância da criança, De
preferência não adicionar açúcar ou sal, ou usar
em pequenas quantidades.
Os bons alimentos complementares são ricos em energia e nutrientes, devem respeitar os hábitos culturais da
família, são alimentos da safra recente, de boa qualidade e acessíveis ao nível sócio-econômico familiar. Estes
alimentos podem ser agrupados de acordo com os principais nutrientes que são oferecidos. As crianças devem
comer uma mistura balanceada desses diferentes grupos. Para o preparo dessa mistura combina-se: um alimento de
base com pelo menos um alimento do grupo das leguminosas ou proteína animal. Quanto maior o número de
alimentos dos diferentes grupos, mais balanceada será a dieta.
TIPOS DE ALIMENTOS
Grupo 1: alimentos que são importantes fontes de carboidratos e gorduras e portanto
oferecem a base de energia da dieta
Cereais Óleos, gorduras e Tubérculos e raízes
açucares
Arroz Óleo de arroz Batata inglesa
Cevada Óleo de milho Batata doce
Milho (fubá, maizena) Óleo de girassol Mandioca
Trigo (pão, macarrão) Óleo de soja Inhame
Centeio Óleo de dendê Araruta
Aveia Manteiga Batata baroa
Margarina Pinhão
Banha de galinha
Azeite
Melado
Rapadura
Amendoim
Castanha
Semente de abóbora
Coco de babaçu
* Procure dar alimentos ricos em ferro e Aproveitar a curiosidade natural da idade para
Vitamina A: frutas e verduras amarelo introduzir um maior número de alimentos em
alaranjadas, folhas verde-escuras, diferentes preparações.
produtos regionais
Lembrar que nessa idade a criança imita o
comportamento principalmente dos pais, podendo
aceitar os alimentos de acordo com o exemplo
dos mesmos.
As crianças com diarréia persistente podem ter dificuldade para digerir leite que não seja materno. Aquelas que são
menores de 4 meses, e estão em aleitamento materno misto devem receber mais leite de peito. E do mesmo modo
que as que já estão totalmente desmamadas e recebem leite artificial, precisam reduzir provisoriamente para a
metade a quantidade de outro leite na sua alimentação, adicionando ao leite o mesmo volume de mucilagem a 3%,
5% de açúcar e 3% de óleo. Deve haver a substituição gradativa do leite artificial por outros alimentos. O leite
artificial enquanto não for substituído totalmente deve sempre ser oferecido em volume reduzido a metade e
misturado em partes iguais com mucilagem de arroz.
Se ainda estiver sendo amamentada ao peito, amamentar com mais freqüência e por tempo mais
longo, de dia e de noite.
Dieta com baixo teor de lactose para < de 4 meses, desmamadas ou de alimentação mista:
Observação: a mucilagem de arroz, é comercializada e pode ser substituída por mucilagem de milho ou
mandioca. Não usar a farinha de milho refinada (maizena), porque forma uma mucilagem muito espessa, com
baixa densidade calórica.
Modo de preparo: cozinhe primeiro a mucilagem de arroz preparada com 3 gramas de farinha de arroz, a qual
acrescente 80 ml de água limpa e leve ao fogo para cozinha, deixando ferver por 3-4 minutos. Retire do fogo,
Deixe esfriar um pouco e complete para 100 ml de água.
Ofereça a criança 200 ml/Kg peso/dia, divididos em pelo menos 6 porções. A medida que a criança melhore, a
proporção leite/mucilagem deve ser aumentada, passando de 1:1 para 2:1.
EXERCÍCIOS
3. Cite os alimentos complementares nutritivos mais usados em sua região e construa uma dieta balanceada com
esses alimentos.
4. Bruna tem 9 meses. Foi classificada como NÃO TEM ANEMIA E O PESO É MUITO BAIXO e ainda mama
no peito. Sua alimentação inclui também suco de frutas, água e mingau espesso de cereal (papa ou purê)
misturado com azeite ou banana amassada. Quantas vezes ao dia Bruna deve receber estes alimentos?
5. Samuel tem 15 meses. Foi classificado como NÀO TEM PENEUMONIA E O PESO NÃO ;É BAIXO. Mama
no peito, porém também come vários alimentos, inclusive arroz e pedacinhos de carne, verduras, frutas e
iogurte. Como a mãe pode determinar se a porção que Samuel recebe é suficiente.
6. Rui tem 18 meses. Tem DIARRÉIA PERSISTENTE, SEM DESIDRATAÇÃO. Foi classificada como um
menino que NÃO TEM ANEMIA E O PESO NÃO É BAIXO. Deixou de mamar faz 3 meses e desde então
tem tomado leite de vaca. Come vários alimentos da família umas 5 vezes ao dia. Que recomendações o
médico deve dar à mãe de Rui durante o episódio de diarréia persistente?
Esta avaliação é particularmente para crianças como peso muito baixo ou peso baixo, ou ganho de peso
insuficiente. Este último refere-se: a perda de peso (curva descendente), o peso (estacionário) (curva horizontal),
ou aumento de peso inferior ao esperado para a idade (segundo a inclinação da curva de peso/idade do cartão da
criança) no intervalo mínimo de um mês entre duas consultas.
RESPOSTAS CURTAS
Além de indicar as diferenças sobre as recomendações a respeito da alimentação, as respostas das mães podem
indicar alguns outros problemas. Por exemplo:
AVALIE A ALIMENTAÇÃO: Se anemia, com peso baixo, ganho insuficiente de peso, < de 2 anos. Problemas de
Você alimenta sua criança no peito? Sim X Não ___ alimentação
Se amamenta, quantas vezes no período de 24 horas? 5 vezes. Amamenta à noite? Sim X Não ___
A criança come algum outro alimento ou toma líquidos? Sim X Não ___ Não mama com a
SE SIM: que alimentos ou líquidos? Leite de vaca devida freqüência.
Quantas vezes ao dia 3 vezes. Usa o que para alimentar à criança? mamadeira Toma leite de vaca.
Se o peso for muito baixo para a idade? Qual o tamanho das porções? __________________________ Usa mamadeira
Durante esta doença, houve mudança na alimentação da criança? Sim ___ Não X
SE HOUVE, como? _________________________________________________________________
A criança com peso muito baixo, necessita de um suplemento especial para se recuperar, pois só o suplemento de
transição, usado para crianças normais da mesma idade, não representa dieta adequada para o seu caso.
A dieta deve ser hipercalórica e hiperprotéica, contendo cerca de 150-180 kcal/kg de peso/dia e 3-4 g/kg de
proteína/peso/dia, respectivamente. Esta densidade energética elevada se obtém com o preparo das dietas
recomendadas a seguir. O volume oferecido deve respeitar a capacidade gástrica da criança. O volume das 24
horas. É dividido pelo número de refeições nas 24 horas.
É importante variar diariamente o cardápio para evitar a monotonia na dieta. A introdução deve ser gradativa para
se testar a tolerância da criança: metade do volume calculado por refeição nos primeiros 2 dias, depois aumentar
para 2/3 no segundo e terceiro dia.
Se a criança estiver mamando, estimular mãe a oferecer o peito antes de dar a dieta:
INGREDIENTES DIETA
(em colheres de sopa cheias)
1 2 3 4
1 litro 1 copo 1 litro 1 copo 1 litro 1 copo 1 litro 1 copo
Leite em pó integral 8 cs 2 cs 6 cs 1 ½ cs - - - -
Arroz cozido - - 14 cs 3 ½ cs 18 cs 4 ½ cs 14 cs 3 ½ cs
Massa de feijão cozido (grão peneirado) - - - - - - 14 cs 3 ½ cs
Carne gorda//músculo/galinha/peixe - - - - 100 g 25 g - -
Açúcar 6 cs 1 ½ cs 6 cs 1 ½ cs - - - -
Óleo 2 cs ½ cs 1 cs ¼ cs 5 cs 1 ¼ cs 4 cs 1 cs
Água filtrada e fervida Até completar 1 litro ou 1 copo, conforme a quantidade a ser preparada
INGREDIENTES DIETA
(em gramas)
1 2 3 4
1 litro 1 copo 1 litro 1 copo 1 litro 1 copo 1 litro 1 copo
Leite em pó integral 120 g 30 g 85 g 21 g - - - -
Arroz cozido - - 200 g 50 g 260 g 65 g 200 g 50 g
Massa de feijão cozido (grão peneirado) - - - - - - 200 g 50 g
Carne gorda/músculo/galinha/peixe - - - - 100 g 25 g - -
Açúcar 85 g 21 g 85 g 21 g - - - -
Óleo 2 cs ½ cs 15g 4g 70 g 18 g 60 g 15 g
Água filtrada e fervida Até completar 1 litro ou 1 copo, conforme a quantidade a ser preparada
Se o ganho de peso for inferior a 5 g/kg /peso/dia, indagar se as orientações foram bem compreendidas e se estão
sendo seguidas, reforçar as orientações e marcar novo retorno com 5 dias.
É importante orientar a mãe, informando que a recuperação total da criança ocorre entre 6-8 semanas e que nesse
período a criança necessita não apenas da dieta, mas também de carinho, atenção e estímulo da mãe e de toda a
família. Estimular a criança, é não deixá-la isolada, é conversar com ela enquanto lhe dar a comida e enquanto
estiver cuidando da casa, colocar a criança próximo de maneira que ela possa ver o rosto da mãe, conversar com
ela, cantar e brincar.
Como calcular o ganho médio de peso: subtraia o peso atual da criança (P1) do peso aos 5 dias no primeiro
retorno (P2) e exprima em gramas. Divida o valor obtido por cinco, para determinar a média diária de ganho de
peso em g/Kg/dia.
Quando as recomendações a respeito da alimentação são seguidas e não há problemas, elogie à mãe por suas boas
práticas de alimentação. Anime-a a seguir alimentando a criança da mesma forma quando estiver sadia ou doente.
Se a criança estiver próxima a passar para outro grupo de idade com diferentes recomendações para a alimentação,
explique-as à mãe. Por exemplo, se a criança tem quase 6 meses, explique-lhe quais alimentos suplementares são
bons e quando deve começar a dá-los.
Quando as recomendações a respeito da alimentação para a idade da criança não são seguidas, explique-as. Dê a
mãe as recomendações adequadas:
Se a mãe declarar ter dificuldades com a amamentação, avalie as suas dificuldades. Quando for preciso,
mostre à mãe a posição e à pega correta para a amamentação.
Se a criança tiver menos de 6 meses e estiver tomando outro tipo de leite ou alimento:
- Aumentar a confiança da mãe de que ela pode produzir todo o leite que a criança necessita.
- Sugerir que ela dê o peito com maior freqüência e por mais tempo, de dia e de noite.
- Reduzir gradativamente outro tipo de leite ou alimentos.
Um copo é melhor que uma mamadeira, pois o copo é mais fácil de manter limpo e não é um obstáculo para a
amamentação. Para alimentar um lactente com um copo:
EXERCÍCIOS
Leia a informação sobre a alimentação no formulário de registro. Nenhum deles precisa ser referido ao hospital. A
seguir, identifique as práticas de alimentação corretas e os problemas de alimentação, e dê as recomendações
pertinentes.
Caso 1: Paulo
Paulo tem 2 meses e foi classificada como NÃO TEM ANEMIA E O PESO NÃO É BAIXO. A mãe começou
a dar leite de vaca e quer deixar de amamentá-lo logo. Ela acha que a criança pode aumentar mais o peso se
lhe der leite de vaca ao invés de leite materno.
AVALIE A ALIMENTAÇÃO: Se anemia, com peso baixo, ganho insuficiente de peso, < de 2 anos. Problemas de
Você alimenta sua criança no peito? Sim X Não ___ alimentação
Se amamenta, quantas vezes no período de 24 horas? 5 vezes. Amamenta à noite? Sim X Não ___
A criança come algum outro alimento ou toma líquidos? Sim X Não ___
SE SIM: que alimentos ou líquidos? Leite de vaca
Quantas vezes ao dia 2 vezes. Usa o que para alimentar à criança? Mamadeira
Se o peso for muito baixo para a idade? Qual o tamanho das porções? __________________________
Durante esta doença, houve mudança na alimentação da criança? Sim ___ Não X
SE HOUVE, como? _________________________________________________________________
Caso 2: Severino
Severino tem 15 meses de idade e PESO MUITO BAIXO. Divide um prato com 3 irmãos e às vezes não come
muito. Descreva brevemente os problemas de alimentação da criança no quadro à direita do formulário de
registro.
AVALIE A ALIMENTAÇÃO: Se anemia, com peso baixo, ganho insuficiente de peso, < de 2 anos. Problemas de
Você alimenta sua criança no peito? Sim ___ Não X alimentação
Se amamenta, quantas vezes no período de 24 horas? __ vezes. Amamenta à noite? Sim ___ Não ___
A criança come algum outro alimento ou toma líquidos? Sim X Não ___
SE SIM: que alimentos ou líquidos? Alimento de farinha e arroz com água
Quantas vezes ao dia 3 vezes. Usa o que para alimentar à criança? Prato, não mamadeira
Se o peso for muito baixo para a idade? Qual o tamanho das porções? Não muita comida
A criança recebe a sua própria porção? ___ Quem alimenta a criança e como? Come sozinho,
irmãos
Durante esta doença, houve mudança na alimentação da criança? Sim ___
Não X
SE HOUVE, como? _________________________________________________________________
Marta tem 2 anos idade e ANEMIA. Tem palidez palmar leve, porém seu peso não é baixo para idade. Tem
DIARRÉIA PERSISTENTE, SEM DESIDRTAÇÃO. Descreva brevemente os problemas de alimentação da
criança no quadro à direita do formulário de registro.
AVALIE A ALIMENTAÇÃO: Se anemia, com peso baixo, ganho insuficiente de peso, < de 2 anos. Problemas de
Você alimenta sua criança no peito? Sim ___ Não X alimentação
Se amamenta, quantas vezes no período de 24 horas? __ vezes. Amamenta à noite? Sim ___ Não ___
A criança come algum outro alimento ou toma líquidos? Sim X Não ___
SE SIM: que alimentos ou líquidos? Leite de vaca, três refeições da comida da família
Quantas vezes ao dia 5 vezes. Usa o que para alimentar à criança? Prato, não mamadeira
Se o peso for muito baixo para a idade? Qual o tamanho das porções? Não muita comida
A criança recebe a sua própria porção? ___ Quem alimenta a criança e como? Come sozinho,
irmãos
Durante esta doença, houve mudança na alimentação da criança? Sim ___
Não X
SE HOUVE, como? _________________________________________________________________
2. A mãe de Lia de 8 meses de idade disse que sua filha só toma leite em pó preparado para 1 copo, umas 5
vezes ao dia e purê de cereal apenas 3 vezes ao dia. A mãe deixou de amamentá-la há 1 mês quando teve que
voltar ao trabalho, que a faz ficar longe da menina 10 horas por dia. A menina tem tomado a mesma
quantidade de alimentos durante a doença. Qual dos seguintes comentários é conveniente que se faça para
aconselhar esta mãe? (Marque os comentários apropriados).
3. Você fala com a mãe de Raquel de 15 meses de idade que já não mama mais. A criança tem DIARRÉIA
PERSISTENTE. Toma leite de vaca 2 vezes ao dia e alimentos da família uma vez ao dia. Sua alimentação
não foi modificada durante a diarréia. Qual dos seguintes comentários é conveniente que se faça para
aconselhar esta mãe? (Marque os comentários apropriados).
a. ___ Você está certa ao seguir alimentando a criança durante a diarréia. A criança precisa de alimentos
para manter-se forte.
b. ___ Seu filho precisa de mais alimentos a cada dia. Dê-lhe alimentos da família 3 vezes ao dia e duas
vezes entre as principais refeições.
c. ___ O leite de vaca faz muito mal para o seu filho.
d. ___ Seu filho pode ter dificuldade para digerir o leite de vaca e esta pode ser a razão da longa duração da
diarréia.
e. ___ Quando puder dê iogurte ou dê apenas a metade da quantidade de leite que você sempre usa,
misturando com uma quantidade igual de mucilagem de arroz, colocando açúcar e óleo. Vá
substituindo devagar uma refeição desse leite modificado por alimentos da família para compensar.
4. Um profissional acaba de recomendar à mãe de Leonardo, um lactente de 6 meses, que comece a dar-lhe
alimentos complementares. A primeira e segunda colunas do quadro seguinte mostram as primeira s perguntas
de verificação que o profissional de saúde deve fazer e as respostas da mãe. Na terceira coluna, escreva outra
pergunta de verificação para assegurar-se de que a mãe sabe corretamente como deve alimentar a criança.
Primeira pergunta Resposta da mãe Segunda pergunta
de verificação de verificação
Que tipos de alimentos você Os alimentos que tiver em casa.
dará ao bebê?
Quando você começará dar ao Quando ele pedir.
seu bebê outros alimentos além
do peito?
b. Que grupos de alimentos devem ser usados para compor um a dieta balanceada?
d. Como vai combinar os alimentos que tem em casa para preparar a comida do bebê?
Servirá para recordar a vocês ou ao pessoal da unidade de saúde, os pontos importantes que foram
recomendados a mãe e verificar na consulta de retorno se foram ou não seguidos.
A mãe pode mostrar o folheto a outros familiares ou vizinhos para que mais pessoas se interem das mensagens
nele contidas.
A mãe agradecerá que lhe tenham dado algo durante a visita.
Segure o folheto para que a mãe possa ver os desenhos com facilidade ou deixe que ela o segure.
Explique cada desenho. Indique-os a medida que for falando. Isso ajudará a mãe a recordar o que ele
representa.
Observe para ver se a mãe parece preocupada ou confusa. Caso ela pareça assim, anime-a a fazer perguntas.
Peça que lhe diga em suas próprias palavras o que deve fazer em casa. Anime-a a usar o folheto explicativo
para que possa recordar melhor.
Dê-lhe um folheto explicativo para levar para casa. Recomende que mostre a seus familiares.
É importante lembrar que o folheto explicativo não substitui o Cartão da Criança que deve ser verificado todas as
vezes que ela vier à unidade de saúde por qualquer motivo. O peso deve ser anotado no gráfico e o calendário de
imunização deve ser atualizado se for o caso.
Durante um episódio de doença, a criança perde líquidos por causa da febre, respiração rápida ou diarréia. A
criança se sentirá melhor e se manterá mais forte se beber mais líquidos para prevenir a desidratação. É
particularmente importante que as crianças com diarréia bebam líquidos extras segundo o plano A ou B.
LÍQUIDOS
Amamentar ao peito com maior freqüência e sempre por períodos mais longos de dia e de
noite.
Aumentar a quantidade de líquidos. Por exemplo: dar sopas, água de arroz, bebidas a base
de iogurte ou água potável.
A administração de líquidos adicionais pode salvar a vida da criança. Dar líquidos segundo
indicado no Plano A ou B.
Para uma CONSULTA DE RETORNO dentro de determinado número de dias, por exemplo, para avaliar a
ação do antibiótico prescrito.
IMEDIATAMENTE, caso apareçam sinais que a doença piora.
Para a próxima imunização da criança e acompanhamento do crescimento.
CONSULTAS DE RETORNO
Ao final de uma consulta quando a criança está doente, diga à mãe que deve regressar. Às vezes a criança pode
precisar de atenção de seguimento para mais de um problema. Nestes casos, diga à mãe o prazo limite mínimo em
que deve retornar. Informe-lhe também de qualquer atendimento complementar que possa ser necessário mais
cedo, caso um problema como a febre persista. Recomende à mãe que volte para um atendimento de retorno no
prazo mínimo indicado para os problemas da criança.
Note que existem diferentes períodos de consulta de retorno relacionados com a nutrição:
Quando uma criança tem um problema de alimentação e você recomendou modificações, oriente a mãe para
voltar em 5 dias para verificar se ela fez tais modificações. Você lhe dará mais conselhos, se for necessário. No
caso de crianças menores de 6 meses com problemas de amamentação marcar retorno em 2 dias.
Quando uma criança apresenta palidez palmar, oriente para voltar em 14 dias para dar-lhe mais ferro.
Quando uma criança tem PESO MUITO BAIXO, é necessário consultas de retorno em 5 dias, e 14 dias após o
primeiro retorno e depois de 30 dias. Nessas consultas a criança será pesada, reavaliada nas práticas de
alimentação e outras recomendações serão necessárias.
Lembre-se que esta é uma seção de estrema importância sobre QUANDO RETORNAR.
Lembrar à mãe quando será a próxima visita em que seu filho necessitará de imunização e do controle do
crescimento e desenvolvimento, a menos que ela já tenha muita coisa para lembrar (por exemplo: tem um horário
para dar um antibiótico, muitas instruções para o cuidado em casa). Nesse caso, registre a data da próxima
imunização e do acompanhamento do crescimento e desenvolvimento no cartão da criança e registre a data de
retorno no FOLHETO EXPLICATIVO PARA A MÃE.
EXERCÍCIOS
1. Shirley, uma menina de 3 anos, recebe tratamento contra PNEUMONIA com um antibiótico. A menina não
apresenta outros problemas que necessitem de atenção complementar. Não tem febre.
a. Quando o profissional deve pedir à mãe que volte para uma consulta de retorno?
a. Quando o profissional deve pedir à mãe que volte para uma consulta de retorno?
c. Depois da primeira consulta de retorno, que outra forma de atenção complementar será necessária?
3. Vivianne, uma menina de 3 meses, tem tosse e um problema de alimentação. Agora está tomando leite de vaca,
além do leite materno. Você recomendou à mãe que amamente mais freqüentemente e que reduza pouco a
pouco o leite de vaca. A menina não tem PNEUMONIA. Não tem febre.
a. Quando o profissional deve pedir à mãe que volte para uma consulta de retorno?
Durante uma visita para consulta de uma criança doente, escute qualquer problema que a mãe ou o acompanhante
possa ter. Talvez ela precise de tratamento ou hospitalização para resolver seus próprios problemas de saúde. Use o
quadro baixo e as informações pertinentes para orientar a mãe ou o acompanhante sobre sua saúde.
Algumas crianças doentes têm que retornar para que o profissional as veja de novo. Terá que ser dito às mães
quando devem regressar para a consulta de retorno. Nesta consulta, o profissional pode ver se a criança está
melhorando com o medicamento utilizado ou outro tratamento prescrito. Algumas crianças, talvez, não respondam
a um antibiótico em particular que lhes foi prescrito e podem precisar de um segundo medicamento. As crianças
com diarréia persistente também precisam que o profissional volte a vê-las para ter certeza de que a diarréia
melhorou. As crianças com febre ou infecções nos olhos que não melhoram também devem ser vistas de novo. As
consultas de retorno são especialmente importantes para as crianças com problemas de alimentação a fim de
assegurar que elas estão se alimentando de maneira adequada e aumentando de peso. Em uma consulta de retorno
os passos são diferentes daqueles da consulta inicial, pois os tratamentos administrados na consulta de retorno
geralmente são diferentes daqueles da consulta inicial.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Quando uma criança que está recebendo um antibiótico para PNEUMONIA volta à unidade de saúde avalie:
PNEUMONIA
Depois de 2 dias:
Pergunte:
- A criança está respirando mais lentamente?
- A febre baixou?
- A criança está se alimentando melhor?
Tratamento:
Se houver tiragem subcostal ou algum sinal geral de perigo, dê uma dose de um
antibiótico: penicilina procaína ou cloranfenicol por via intramuscular. A seguir, referir
URGENTEMENTE ao hospital.
Depois de ter avaliado a criança, utilize a informação sobre os sinais da criança para eleger o tratamento correto:
Se a criança apresenta tiragem subcostal ou algum sinal geral de perigo (não pode beber nem mamar,
vomita tudo, tem convulsões, está letárgica ou inconsciente) está piorando. A criança precisa ser referida com
urgência ao hospital. Como a doença piorou apesar do uso do antibiótico de primeira linha para a pneumonia,
administre a primeira dose do antibiótico de segunda linha (se estiver disponível) ou cloranfenicol por via
intramuscular antes de referir a criança ao hospital.
Se freqüência respiratória, a febre e a aceitação da alimentação ainda são as mesmas (os sinais talvez não
sejam exatamente os mesmos que há 2 dias atrás, porém a criança não piorou nem melhorou; a criança ainda
tem respiração rápida, febre e come mal). Administre à criança o antibiótico de segunda linha para a
pneumonia. No entanto, antes de administrar, pergunte à mãe se a criança tomou o antibiótico nos dois dias
anteriores.
Se a criança está respirando mais lentamente, tem menos febre (ou seja, a febre baixou ou desapareceu por
completo) e está comendo melhor, a criança está melhorando. Pode ser que venha a tossir, porém a maioria
das crianças que estão melhorando não terão mais respiração rápida. Explique à mãe que a criança deverá
tomar o antibiótico por mais 5 dias, até que tenha terminado. Reveja com ela a importância de terminar o
tratamento com o antibiótico pelos 7 dias completos.
a) Pode ter havido um problema pelo qual a criança não recebeu o antibiótico, ou recebeu uma dose muito baixa
ou infreqüente. Se for o caso, esta criança pode ser tratada outra vez com o mesmo antibiótico. Administre uma
dose na unidade de saúde e depois certifique-se de que a mãe sabe como dar o medicamento em casa. Ajude-a
a resolver qualquer problema, como por exemplo, como motivar a criança tomar o medicamento quando esta
se nega a fazê-lo.
b) Se a criança recebeu o antibiótico, troque-o pelo antibiótico de segunda linha para pneumonia, caso o tenha no
serviço na unidade de saúde. Administre-o por 7 dias. Por exemplo:
Administre a primeira dose do antibiótico na unidade de saúde. Ensine a mãe como e quando dá-lo. Peça a
mãe que leve outra vez a criança na unidade de saúde 2 dias depois.
c) Se a criança não recebeu o antibiótico e você não tem a sua disposição na unidade de saúde outro antibiótico
apropriado, refira a criança e viabilize a aquisição do medicamento.
EXERCÍCIOS
Leia o que se refere para cada uma das crianças que foram a unidade de saúde para a consulta de retorno de
PNEUMONIA. Depois responda as perguntas, sobre como você trataria a criança.
Caso 1: Paulo
A mãe de Paulo levou-o a unidade de saúde para a consulta de retorno. A criança tem um ano de idade. Há dois
dias atrás você lhe prescreveu sulfametoxazol + trimetropin. Você pergunta à mãe como está a criança e se
desenvolveu um novo problema. A mãe diz que a criança está muito melhor.
1. Como você reavaliaria hoje Paulo? Faça uma lista de todos os sinais que observaria e escreva as perguntas que
faria à mãe.
Enquanto você avalia Paulo, você verifica que ele não apresenta sinais gerais de perigo. A criança ainda está
tossindo. Respira 38 vezes por minuto e não apresenta tiragem subcostal nem estridor. A mãe disse que não
tem febre. Está mamando bem ao peito e comendo alguns alimentos (antes rejeitava toda a comida). Esta
manhã estava brincando com seu irmão.
2. De acordo com os sinais que Paulo apresenta hoje, como ele deverá ser tratado?
Caso 2: Álvaro
A mãe de Álvaro voltou a unidade de saúde para a consulta de retorno. A criança tem três anos de idade e pesa
12,5 Kg. Tem uma temperatura axilar de 37,5 C, Tem tomado sulfametoxazol + trimetropin. Você pergunta à
mãe como está a criança e se desenvolveu um novo problema. A mãe disse que ainda está doente e que hoje
vomitou 2 vezes.
1. Como você reavaliaria Álvaro hoje? Faça uma lista de todos os sinais que observaria e escreva as perguntas
que faria à mãe.
Enquanto você avalia Álvaro, você verifica que ele pode beber e que nem sempre vomita quando bebe. Não
tem tido convulsões. Não está letárgico nem inconsciente. Ainda está tossindo, da mesma forma que vem
tossindo há 2 semanas. Respira 55 vezes por minuto. Apresenta tiragem subcostal. Não tem estridor. A mãe
disse que às vezes sente que ele está quente. Ela está muito preocupada porque a criança não está melhor. Ele
come mal há dois dias.
2. Álvaro está pior, igual ou melhor?
3. Como você tratará Álvaro? Caso tenha decidido dar-lhe medicamento, especifique a dosagem e o esquema de
administração.
Caso 3: Mara
Mara, uma menina de dois anos de idade, foi a unidade de saúde com sua mãe para a consulta de retorno. Há
dois dias atrás lhe foi administrado sulfametoxazol e trimetropin. A mãe de Mara disse que ela não tem novos
problemas, porém ainda tosse bastante. Quando você reavalia Mara, verifica que ela não apresenta sinais
gerais de perigo. Está respirando 45 vezes por minuto, não apresenta tiragem subcostal nem estridor. Não tem
febre. Mara não tem interesse em comer.
Quando você fala com a mãe de Mara ela lhe diz que deu a menina as pílulas misturadas com um cereal pela
manhã e à noite. Você tem certeza de que Mara está recebendo o antibiótico, porém a menina continua igual.
Quando uma criança com DIARRÉIA PERSISTENTE volta a unidade de saúde para uma consulta de retorno
depois de 5 dias, sigas essas instruções:
DIARREÍA PERSISTENTE
Depois de 5 dias:
Pergunte:
- A diarréia melhorou ?
- Quantas vezes por dia está evacuando?
- Determine o peso.
Tratamento:
Se a diarréia não tiver melhorado (a criança continua com 3 ou mais evacuação por
dia), faça nova avaliação completa da criança. Dê o tratamento necessário. A seguir, refira
para investigação.
Se a diarréia não melhorou (a criança continua com 3 ou mais evacuações por dia), faça uma reavaliação
completa da criança. Identifique e trate qualquer problema que requeira atenção imediata. A criança só deverá
ser referida, caso apresente perda de peso ou outros problemas que o requeiram.
Se a diarréia melhorou (a criança com evacuação aquosa menos de 3 vezes ao dia), oriente à mãe que siga
as recomendações para a alimentação de uma criança dessa idade. Se a criança não se alimenta normalmente
dessa maneira, ensine à mãe como alimentar adequadamente, conforme o quadro ACONSELHAR À MÃE
OU O ACOMPANHANTE.
3. CONSULTA DE RETORNO POR DISENTERIA
Quando uma criança classificada como tendo DISENTERIA volta depois de 2 dias para uma consulta de retorno,
siga essas instruções:
DISENTERIA
Depois de 2 dias:
Avalie a criança Quanto a diarréia.
Pergunte:
- As fezes diminuíram?
- Há menos sangue nas fezes?
- A febre baixou?
- A criança está se alimentando melhor?
Tratamento:
Exceções:
Se a criança tiver menos de 12 meses de vida e estava desidratada na primeira visita,
refira ao hospital.
Se evacuando menos, menos sangue nas fezes, febre mais baixa e alimentando-se
melhor, continue a dar o mesmo antibiótico até terminar o tratamento.
Reavalie a criança para decidir se está igual, pior, ou melhor. Selecione o tratamento apropriado:
Se durante a consulta, você observar que a criança está desidratada, classifique a desidratação. Selecione
o plano apropriado de líquidos e trate a desidratação
Se o número de evacuações, a quantidade de sangue nas fezes, a febre ou alimentação continuar igual ou
pior, mude para o antibiótico de segunda linha recomendado contra Shiguella. A resistência da Shiguella pode
ser a causa do estado da criança que não melhora.
Se depois de tratar a criança por 2 dias com o antibiótico de segunda linha não se observar melhora, a criança
talvez tenha amebíase. Essa criança pode ser tratada com metronidazol (se disponível ou se pode ser obtido pela
família) ou ser referida para o hospital para que receba o tratamento. A amebíase só pode ser diagnosticada com
certeza quando em uma amostra fecal fresca são vistas hemácias com trofozoítos de E. histolítica.
Entretanto, se a criança está:
Caso a criança tenha menos evacuações, menos sangue nas evacuações, menos febre e está comendo
melhor, o seu estado está melhorando com antibiótico. Geralmente esses sinais diminuirão se o antibiótico atua
eficazmente. Diga a mãe que continue o antibiótico por mais 3 dias. Oriente-a sobre a importância de terminar o
tratamento com o antibiótico.
EXERCÍCIOS
Caso 1: Emanuel
Emanuel foi levado a unidade de saúde para a consulta de retorno por DIARRÉIA PERSISTENTE depois de 5
dias. Tem 9 meses e pesa 6,5 Kg. Tem hoje uma temperatura de 37,3 C. Já não mama mais no peito. Sua mãe
o alimenta com cereais duas vezes por dia e lhe dá preparado para lactentes 4 vezes por dia. Quando você viu a
semana passada, recomendou à mãe que lhe desse apenas a metade de quantidade de leite habitual.
Recomendou, também que substituísse a metade da quantidade de leite por porções adicionais de cereais aos
quais se agrega óleo e vegetais ou carne e peixe.
2. A mãe de Emanuel lhe disse que a diarréia não melhorou. O que você fará a seguir?
Emanuel não apresenta sinais gerais de perigo. Tem tosse. Quando você reavalia a diarréia, a mãe de Emanuel
disse que vinha tendo diarréia há 3 semanas,. Não há sangue nas fezes. Ao exame Emanuel, está inquieto e
irritado. Não tem os olhos fundos. Quando lhe oferecem água, toma um gole porém não parece sedento. Ao
sinal da prega a pele volta ao estado anterior imediatamente. Não tem problemas de ouvido e está classificado
como NÃO É PNEUMONIA E O PESO NÃO É MUITO BAIXO. A mãe de Emanuel lhe disse que o
menino não tem outros problemas.
5. Se em sua reavaliação você verificou que Emanuel tem DESIDRATAÇÃO, o que teria feito antes de referi-lo
ao hospital?
Caso 2: Clara
Clara foi levada a unidade de saúde para consulta de retorno. Tem 11 meses e pesa 9 Kg. Dois dias antes um
profissional de saúde a classificou como tendo DISENTERIA, SEM DESIDRATAÇÃO E NÃO TEM
ANEMIA E O PESO NÃO É BAIXO. O profissional deu a mãe de Clara sulfametoxazol + trimetropin e SRO
para usar e lhe pediu que voltasse com Clara em dois dias. A mãe disse que Clara não tem novos problemas.
Enquanto você está avaliando Clara, a mãe lhe diz que a menina tem ainda várias evacuações por dia. Ainda
tem aproximadamente a mesma quantidade de sangue nas fezes. Já faz uma semana que Clara tem diarréia.
Não tem os olhos fundos. Bebe avidamente quando a mãe lhe oferece um copo de SRO. Ao sinal da prega, a
pele volta ao estado anterior lentamente. A mãe disse que Clara não tem tido febre. Ela acha que Clara tem
dores abdominais porque está irritada e parece estar desconfortável. Clara não está comendo melhor.
3. O que mais você fará para tratar Clara? Se vai dar a ela algum medicamento, indique a dosagem e o esquema
de administração.
Caso 3: Francisco
Francisco tem 18 meses e pesa 9 Kg. Hoje tem uma temperatura de 36,5 C. Há dois dias atrás Francisco foi
classificado como tendo DIARREÍA SEM DESIDRATAÇÃO, DISENTERIA, NÃO TEM ANEMIA E O
PESO NÃO É BAIXO. A mãe de Francisco o trouxe de volta a unidade de saúde depois de 2 dias de
tratamento para a DISENTERIA. Quando você pergunta à mãe se há novo problema, a mãe diz que Francisco
está resfriado e tem tosse.
Enquanto você avalia Francisco verifica que ele não apresenta sinais gerais de perigo. A freqüência
respiratória é de 35 respirações por minuto. Não apresenta tiragem subcostal nem estridor. Quando você
pergunta a respeito da diarréia, a mãe lhe diz que Francisco ainda tem um pouco de diarréia, porém muito
menos do que antes. Há menos sangue nas fezes. Você verifica que Francisco não apresenta sinais de
desidratação. Não tem febre. Tem menos dor abdominal. Está comendo melhor. A mãe diz que o menino se
sente muito melhor, exceto pelo frio.
Quando uma criança com FEBRE volta a unidade de saúde para uma consulta de retorno depois de 2 dias, siga
essas instruções:
Faça uma reavaliação completa. Consulte o quadro AVALIAR E CLASSIFICAR. Examine para
determinar se há outra causa de febre.
Tratamento:
Caso 1: Maurício
Há dois dias atrás a mãe de Maurício o levou a unidade de saúde porque o menino tinha febre. Não há risco de
malária. A temperatura axilar era de 37,5 C. Maurício não apresentava sinais gerais de perigo nem nenhum
outro sintoma principal. Não tinha rigidez de nuca ou outros sinais de doença febril muito grave. O
profissional classificou Maurício como DOENÇA FEBRIL
A mãe de Maurício o levou novamente a unidade de saúde porque ainda tem febre. O profissional pergunta se
Maurício desenvolveu alguma outra doença. A mãe disse que ele está só muito irritado. O menino tem 11
meses e pesa 7 Kg. Hoje tem uma temperatura axilar de 39 C.
Quando o profissional avalia Maurício, não encontra sinais gerais de perigo. A mãe disse que ele não tem
tosse nem diarréia. Tem febre há 3 dias. Maurício dobra facilmente o pescoço. Não tem outros sinais de
doença febril muito grave. A mãe disse que tem problemas de ouvido. Maurício é classificado como NÃO
TEM ANEMIA E O PESO NÃO É BAIXO.
O profissional avalia o problema de ouvido do menino. A mãe não sabe com certeza desde quando ele está
com secreção purulenta no ouvido. Disse que talvez tenha estado irritado por causa da dor de ouvido. Não há
tumefação dolorosa atrás da orelha.
4. Como o profissional deverá tratar Maurício? Caso deve dar-lhe um medicamento, indique a dosagem e o
esquema de administração.
5.0 CONSULTA DE RETORNO POR INFECÇÃO NO OUVIDO
Quando uma criança classificada com INFECÇÃO NO OUVIDO volta ao serviço de saúde para uma consulta de retorno
depois de 5 dias, siga as instruções seguintes. Estas instruções se referem a uma infecção no ouvido aguda ou crônica.
INFECÇÃO DO OUVIDO
Depois de 2 dias:
Depois de 5 dias:
Tratamento:
Se não houver dor de ouvido nem secreção, elogiar a mãe pelo tratamento
cuidadoso dispensado e terminar o tratamento.
Reavalie o problema de ouvido da criança e verifique a temperatura. Depois escolha o tratamento de acordo com os sinais
da criança.
Se você sente ao palpar a criança uma tumefação dolorosa ao toque atrás do ouvido quando comparada com o outro
lado, a criança pode ter desenvolvido mastoidite. Se houver febre alta (temperatura axilar de 38,5ºC ou mais), a
criança pode ter uma infecção grave. Uma criança com tumefação dolorosa ao toque atrás do ouvido ou febre alta
está piorando e deverá ser referida ao hospital.
Infecção aguda do ouvido: Se a dor no ouvido ou a secreção purulenta no ouvido persistem depois da criança ter
tomado Amoxicilina por 5 dias, aumentar a dose de Amoxicilina para 80 mg/kg/dia, de 8/8 horas e peça a mãe que
regresse depois de dois dias de tratamento para que você possa verificar se a infecção de ouvido está melhorando. Ao
retornar depois desses dois dias adicionais, caso o quadro esteja inalterado ou tenha piorado, trocar para outro
antibiótico e marcar novo retorno em 5 dias para controle.
Se o ouvido ainda está supurando ou começou a supurar depois da primeira consulta, mostre à mãe como secar o
ouvido com mechas. Discuta com ela a importância de manter o ouvido seco para que se cure.
Possível Infecção aguda do ouvido: Se a dor no ouvido persiste ou apresenta piora depois de dois dias, iniciar
antibioticoterapia oral e peça à mãe que regresse depois de cinco dias adicionais de tratamento para que você possa
verificar se a infecção de ouvido está melhorando.
Caso tenha apresentado melhora da dor no retorno após os primeiros dois dias, manter a conduta.
Infecção crônica do ouvido: Verifique se a mãe está secando o ouvido com as mechas de maneira correta. Para isto,
peça-lhe que descreva ou mostre como seca o ouvido da criança com a mecha. Pergunte com que freqüência pode
secar o ouvido e pergunte se teve alguma dificuldade e discuta com ela como resolvê-los. Explique que secar o ouvido
é a única terapia eficaz para um ouvido que supura. Se não se secar o ouvido com as mechas, a audição da criança
pode diminuir.
Se não há dor no ouvido nem secreção, elogie a mãe por seu cuidadoso tratamento. Pergunte se tem dado o antibiótico
à criança por 5 dias, no nº de vezes recomendado. Se a resposta for positiva, diga-lhe que use o antibiótico até
completar os 10 dias de tratamento.
6. CONSULTA DE RETORNO POR PESO BAIXO OU GANHO DE PESO INSUFICIENTE, OU
PROBLEMA DE ALIMENTAÇÃO
Quando uma criança com Peso Baixo ou Ganho de Peso Insuficiente volta a unidade de saúde para uma consulta
de retorno depois de 5 dias, siga essas instruções:
Depois de 5 dias:
Tratamento:
Se o peso da criança for baixo para a idade, peça a mãe que retorne em 30 dias depois da
primeira consulta e determine o aumento de peso da criança para avaliar se as mudanças
introduzidas na alimentação estão ajudando à criança.
Quando uma criança com ANEMIA volta a unidade de saúde para uma consulta de retorno depois de 14 dias, sigas
essas instruções:
ANEMIA
Depois de 14 dias:
Tratamento:
Se estiver tomando:
- Dê mais ferro e oriente à mãe para retornar em 14 dias para receber mais ferro.
- Continue a dar ferro a cada 14 dias durante 2 meses.
Quando uma criança com PESO MUITO BAIXO volta a unidade de saúde para uma consulta de retorno depois de
14 dias (segundo retorno) ou se retornou mais cedo por apresentar um problema de alimentação, sigas essas
instruções:
Depois de 14 dias:
Tratamento:
Exceção:
Se julgar que a alimentação não vai melhorar, ou se a criança tiver perdido peso, refira-a.
EXERCÍCIOS
Caso 1: Geraldo
Geraldo é um menino de 18 meses de idade. Há 5 dias atrás estava na unidade de saúde com quadro de
diarréia. Geraldo foi classificado como SEM DESIDRATAÇÃO E PESO BAIXO PARA A IDADE. Pesava 6,8
Kg. Foi tratado de acordo com o Plano A e sua mãe recebeu orientação sobre a alimentação. No quadro da
criança foi anotado o seguinte:
3 refeições/dia – batata com arroz/feijão, bananas mais café. Nada entre as refeições, Nenhum leite. Parou há
3 meses atrás. Foi recomendada a adicionar duas refeições a mais por dia: batata com feijão amassados com
azeite, abacate, ovos ou leite quando os tiver disponíveis.
Geraldo regressou a unidade de saúde para a visita de consulta de retorno por problema de alimentação. A
criança ainda pesa 6,8 Kg e parece triste, porém não tem emagrecimento acentuado visível.
( ) Fazer perguntas sobre qualquer novo problema. Se não houver um novo problema, avaliar, classificar e
tratar a criança como na consulta inicial.
( ) Perguntar a mãe se tem podido dar a criança refeições adicionais todos os dias. Perguntar-lhe que
alimentos deu a Geraldo e o número de refeições.
( ) Como Geraldo não aumentou de peso, referi-lo imediatamente ao hospital.
( ) Recomendar à mãe que recomece a amamentação.
( ) Administrar vitamina A.
( ) Como Geraldo não aumentou de peso, repetir a recomendação que deu anteriormente. Mudanças de
comportamento levam muito tempo.
( ) Fazer recomendações para todos os problemas alimentares que forem encontrados.
( ) Perguntar se Geraldo ainda tem diarréia.
Você fez perguntas à mãe de Geraldo para averiguar se lhe foram dadas refeições extras e que alimentos
foram oferecidos. Você pergunta também qual é o tamanho de cada refeição, se Geraldo tem comido as
refeições todas e se tem o seu próprio prato.
Você se inteira de que a mãe de Geraldo está lhe dando batata com purê de feijão duas vezes por dia, como
você recomendou. A criança só come um pouco ou ignora a comida por completo. A mãe põe a comida em
um prato diante da criança enquanto faz outro trabalho. Não tem conseguido ovos nem leite, porém tentará
consegui-los. Na semana passada preparou mingau de aveia para a ceia durante três noites, porém os irmãos
do menino comeram tudo o que havia no prato.
3. Deverá pedir-lhe que traga outra vez a criança para que o veja? Em caso afirmativo, quando deverá retornar?
Por que?
Caso 2: Cláudia
Cláudia tem 10 meses de idade. O quadro da menina mostra que ela foi vista há três dias atrás.
PRONTUÁRIO MÉDICO
Cláudia regressou hoje. Pesou 5,6 Kg. Não tem febre nem novos problemas.
1. Escreva no espaço em branco seguinte 3 perguntas ou mais que poderiam ser feitas à mãe de Cláudia para
averiguar se a alimentação da menina tem melhorado.
A mãe de Cláudia responde que está fazendo purê de verduras com arroz e azeite para o almoço. Ela também
faz sopa (todos necessitam tomar sopa). Não gosta de despertar Cláudia para amamentá-la pela manhã, antes
de ir trabalhar porque isso significa que Patrícia, que tem 10 anos, também tem que levantar antes do sol
nascer para cuidar da criança. Porém o tem feito e Cláudia agora se amamente de manhã e a noite. Patrícia se
encarrega de fazer a papa de aveia com leite de vaca no meio da manhã. Na hora do almoço Cláudia toma
sopa. Depois come um pouquinho de purê de verduras com arroz.
Quando uma criança com 1 semana a menos de 2 meses de idade retorna a unidade de saúde, pergunte se
apareceram novos problemas. Uma criança que tenha um problema novo deverá receber uma avaliação completa
como se fosse uma consulta inicial. Se a criança não tem um novo problema, utilize o cartaz que coincida com a
classificação prévia da criança
Depois de 2 dias:
Tratamento:
Quando uma criança de 1 semana a menos de 2 meses de idade classificado como BAIXO PESO volta
para a consulta de retorno depois de 14 dias, siga essas instruções.
BAIXO PESO
Depois de 14 dias:
Pese a criança e determine se continua com peso baixo para a idade. Reavalie a alimentação.
Tratamento:
Se o peso da criança já não estiver baixo para a idade, elogie à mãe e incentive-a a
continuar o tratamento.
Se a criança continuar com peso baixo para a idade, mas estiver se alimentando bem
e com a curva de ganho ponderal ascendente, elogie à mãe. Recomende-lhe que torne a
pesar a criança em um mês ou quando retornar para a vacinação.
Se a criança continuar com baixo peso para a idade e continuar a ter problemas com
a alimentação, oriente à mãe quanto ao problema de alimentação. Peça a mãe para
retornar em 14 dias (ou quando regressar para vacinação, se for dentro de 2 semanas).
Continue a examinar a criança a cada 2 semanas até que a criança esteja se alimentando bem
e aumentando de peso com regularidade ou até que o peso deixe de ser baixo para a idade.
Exceção:
Se a criança tiver perdido peso, refira-a para avaliação. Considere aspectos clínicos
compatíveis com tuberculose e AIDS.
MONILÍASE ORAL
Depois de 2 dias:
Tratamento:
Se a monilíase oral estiver pior, ou se a criança estiver tendo problemas com a pega
ou com a sucção, intensifique o tratamento e marque retorno em 2 dias.
Caso 1: Sandra
Sandra tem 5 semanas. O profissional a classificou como tendo INFECÇÃO BACTERIANA LOCAL porque
tinha algumas pústulas na pele e nas nádegas. A mãe conseguiu amoxicilina para dar em casa e aprendeu
como limpar a pele e aplicar violeta de genciana em casa. Regressou para a consulta de retorno depois de 2
dias. Sandra não tem novos problemas.
Quando você observa a pele e as nádegas, pode ver que há menos pústulas e menos vermelhidão.
Caso 2: Vivianne
Vivianne, uma criança de 5 semanas de idade, foi levado a unidade de saúde há dois dias atrás. Durante essa
consulta foi classificada com PROBLEMA DE ALIMENTAÇÀO porque não podia fazer boa pega ao seio da
mãe. Pesava 3,2 Kg (o peso não é baixo para a idade). Amamentava-se 5 vezes por dia. Tinha, também,
manchas brancas de monilíase na boca. A mãe de Vivianne foi ensinada a por a criança em posição correta
para a amamentação e a maneira de ajudá-la a fazer a pega. Recomendou-lhe que aumentasse a freqüência das
mamadas para, pelo menos 8 vezes a cada 24 horas e que amamentasse com tanta freqüência quanto o lactente
desejasse, de dia e noite. A mãe foi ensinada a tratar a monilíase em casa. Também recomendou-lhe que ela
voltasse em 2 dias para reavaliação. Ela disse que a criança não tem nenhum problema novo.
Vivianne pesa hoje 3,2 Kg. Quando você reavalia a alimentação do lactente, a mãe diz que ela mama facilmente. Ela o está
amamentando pelo menos 8 vezes por dia e às vezes mais, se a criança desejar. Não lhe oferece nenhum outro alimento
nem líquidos. Você pede à mãe que ponha Vivianne ao peito. Quando você verifica a pega, nota que o queixo do lactente
está tocando o peito. A boca está bem aberta, com o lábio inferior voltado para fora. Há mais auréola visível acima do que
abaixo da boca. O lactente está sugando bem? Você observa o interior da boca. Não se pode ver as manchas brancas.