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ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE

ORGANIZAÇÃO PANAMERICANA DA SAÚDE


MINISTÉRIO DA SAÚDE

ATENÇÃO INTEGRADA ÀS DOENÇAS


PREVALENTES DA INFÂNCIA

AIDPI

MODULO PARA GRADUAÇÃO

PROF. JOÃO AMARAL – UFCE


PROF. ANTONIO PAIXÃO - UFSE

ATENÇÃO À CRIANÇA DOENTE DE 2 MESES A 5 ANOS DE IDADE


É importante que toda criança seja avaliada nos principais sinais e sintomas das doenças prevalentes da infância,
para que estas não passem despercebidas. As perguntas devem ser centradas sobre os problemas específicos de sua
procura à unidade de saúde, dos sinais e sintomas de perigo e dos principais sintomas: tosse ou dificuldade para
respirar, diarréia, febre e problemas de ouvido. Para isso usa-se um protocolo padronizado baseado em normas
internacionais com grande impacto na redução da morbimortalidade infantil.

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

Ao final deste módulo o aluno estará apto a praticar as seguintes técnicas:

 Perguntar à mãe a respeito do problema da criança.


 Verificar se existem sinais gerais de perigo.

 Perguntar às mães sobre os quatro principais sintomas:


- Tosse ou dificuldade para respirar.
- Diarréia.
- Febre.
- Problemas de ouvido

 Na presença de um sintoma principal:


- Avaliar a criança para verificar se há sinais relacionados com o sintoma principal.
- Classificar a doença de acordo com os sinais presentes ou ausentes.

 Verificar se existem sinais de desnutrição ou anemia.


 Classificar o estado nutricional da criança.
 Verificar o estado de imunização da criança.
 Decidir se necessita de alguma vacina no mesmo dia.
 Avaliar qualquer outro problema.
 Detectar qualquer suspeita de doença de notificação compulsória.

ATIVIDADES PRÁTICAS

Os seguintes temas serão abordados nas aulas práticas no Ambulatório, Emergência e Enfermaria, neste módulo
sobre MANEJO DE CRIANÇA DOENTE DE 2 MESES A 5 ANOS DE IDADE:

 Sinais gerais de perigo.


 Tosse ou dificuldade para respirar.
 Diarréia.
 Febre.
 Problemas de ouvido.
 Desnutrição e anemia.
 Situação vacinal.
 Outros problemas.
 Doenças de notificação compulsória

1. PERGUNTE À MÃE QUE PROBLEMAS A CRIANÇA APRESENTA


Quando a mãe (ou familiar) procura a unidade de saúde porque o seu filho está doente, este deve ser examinado
integralmente. Ao iniciar a consulta:
 Receba bem a mãe e peça-lhe que sente.
 Pergunte o seu nome e o da criança.
 Pergunte que problemas a criança tem.
 Determine se é a primeira consulta ou de retorno.

É fundamental ter um bom diálogo com a mãe. Essa boa comunicação ajudará, desde o inicio na segurança da mãe
e na sua aderência ao tratamento. Para isso:
 Escute atentamente o que a mãe lhe diz.
 Use palavras que a mãe possa entender.
 Dê-lhe tempo para que ela responda as perguntas.
 Faça perguntas adicionais, caso a mãe não esteja segura das suas respostas.

2. VERIFIQUE SE EXISTEM SINAIS GERAIS DE PERIGO


É fundamental verificar em TODAS as crianças doentes sinais e sintomas gerais de perigo.
 Não consegue beber nem mamar.
 Vomita tudo o que ingere.
 Apresentou convulsões.
 Está letárgica ou inconsciente.
Uma criança que apresenta um sinal geral de perigo deve ser avaliada cuidadosamente. Na maioria das vezes, as crianças
com um sinal de perigo necessitam ser referidas URGENTEMENTE ao hospital. Geralmente necessitam receber tratamento
para salvar-lhes a vida como antibióticos injetáveis, oxigênio ou outros tratamentos que podem não estar disponíveis no
seu serviço de saúde. Você deve completar o resto da avaliação imediatamente e rapidamente.

PERGUNTAR À MÃE QUAIS SÃO OS PROBLEMAS DA CRIANÇA


 Determinar se esta é a primeira consulta para este problema ou se é uma consulta de retorno
para reavaliação do caso.
- Se for uma consulta de retorno, utilizar as instruções do quadro CONSULTA DE RETORNO
- Se for a primeira consulta, avaliar a criança como a seguir:

VERIFICAR SE HÁ SINAIS GERAIS DE PERIGO

PERGUNTAR: PERGUNTAR E OBSERVAR:


 A criança consegue beber ou mamar no  A criança vomita tudo o que ingere?
peito?
 A criança apresentou convulsões? OBSERVAR:
 Verificar se a criança está letárgica ou
inconsciente

Se a criança apresenta convulsão agora, deixe livre as vias aéreas e trate a criança com
diazepam. Então imediatamente avalie, classifique e providencie outro tratamento antes de referir
a criança urgentemente ao hospital.
Uma criança que apresente qualquer SINAL GERAL DE PERIGO necessita ser URGENTEMENTE
assistida; referir urgentemente ao hospital, completar imediatamente a avaliação e administrar o
tratamento indicado prévio à referência para que essa não sofra atraso.

Formulário de Registro: apresenta uma lista de perguntas que serão feitas à mãe e os sinais que você deverá observar e
identificar, segundo os sinais e sintomas da criança.
Nome: _______________________________________________ Idade: _______ Peso: _______ Kg Temperatura: _____ C
PERGUNTE: Quais são os problemas da criança: __________________________Primeira consulta? ___ Consulta de retorno? ___
AVALIE: Marque um X em todos os sinais presentes CLASSIFIQUE
VERIFIQUE SE HÁ SINAIS GERAIS DE PERIGO: Sim ___ Não ___
 Não consegue beber ou mamar no peito ___  Vomita tudo ___
 Letárgica ou inconsciente ___  Convulsões ___
EXERCÍCIOS

Leia os casos seguintes e responda as perguntas sobre cada um deles no formulário de registro.

 Caso 1: Francisca

Francisca tem 15 meses. Pesa 8,5 Kg. Tem temperatura de 39 C.


- Quais são os problemas da Francisca?
- Francisca tem tossido há 4 dias e não está comendo bem.
- É a primeira consulta de Francisca por este problema?
- Sim.
- Francisca consegue mamar no peito?
- Não, Francisca não quer o peito.
- Ofereça um pouco de água à Francisca.
Francisca estava muito debilitada e não conseguia levantar a cabeça. Não podia beber.
- Está vomitando?
- Não.
- Tem tido convulsões?
- Não.
Enquanto conversavam, Francisca olhava ao redor da sala. Não estava letárgica ou inconsciente
Nome: _______________________________________________ Idade: _______ Peso: _______ Kg Temperatura: _____ C
PERGUNTE: Quais são os problemas da criança: __________________________Primeira consulta? ___ Consulta de retorno? ___
AVALIE: Marque um X em todos os sinais presentes CLASSIFIQUE
VERIFIQUE SE HÁ SINAIS GERAIS DE PERIGO: Sim ___ Não ___
 Não consegue beber ou mamar no peito ___  Vomita tudo ___
 Letárgica ou inconsciente ___  Convulsões ___

 Caso 2: José

José tem 4 anos. Pesa 15 Kg. Tem uma temperatura de 38,5 C.
- O que o José esta sentindo?
- José está tossindo e tem dor de ouvido.
- É a primeira vez que a Sra. vem por este problema?
- Sim.
- José pode beber água?
- Sim.
- Teve convulsões.
- Sim, teve um ataque ontem.
- José vomitou?
- Não.
A observação José não estava letárgico nem inconsciente.

Nome: _______________________________________________ Idade: _______ Peso: _______ Kg Temperatura: _____ C


PERGUNTE: Quais são os problemas da criança: __________________________Primeira consulta? ___ Consulta de retorno? ___
AVALIE: Marque um X em todos os sinais presentes CLASSIFIQUE
VERIFIQUE SE HÁ SINAIS GERAIS DE PERIGO: Sim ___ Não ___
 Não consegue beber ou mamar no peito ___  Vomita tudo ___
 Letárgica ou inconsciente ___  Convulsões ___

3. AVALIE E CLASSIFIQUE A TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR


As Doenças do Aparelho Respiratório são as responsáveis pela maior demanda de consultas e internações em
pediatria. Atingem de preferência o trato respiratório superior (anexo 1) e, quanto menor a idade do paciente, maior
é o comprometimento do trato respiratório inferior. Estas doenças, durante os primeiros cinco anos de vida, são de
origem predominantemente infecciosa, com uma prevalência de cinco a oito episódios por criança/ano. Nos países
em desenvolvimento a etiologia é geralmente bacteriana, sendo os agentes mais comuns o Streptococcus
pneumoniae, o Haemophilus influenzae e o Mycoplasma; no período neonatal predominam os bacilos gram
negativos E. Coli e Klebsiella) e o Strepococcus do Grupo B. Entre as referidas infecções, a pneumonia é
responsável por 85% das mortes ocorridas por problemas respiratórios nas crianças menores de cinco anos,
especialmente em países em desenvolvimento. Os principais fatores de risco associados incluem: baixa renda
familiar, baixa escolaridade dos pais, desnutrição, baixo peso ao nascer, prematuridade, exposição a fumo passivo,
desmame precoce, creche e aglomeração familiar.

3.1. AVALIE OS SINAIS DE ENTRADA DE INFEÇÃO RESPIRATÓRIA AGUDA

 Tosse.
 Dificuldade para respirar.

Ambos os sinais foram escolhidos, face a suspeita de pneumonia, devido estarem presentes em quase todas as
crianças menores de 5 anos com IRA. A febre não se considera um bom sinal para ser utilizado como critério de
entrada devido estar presente em outras doenças, tal como infecção do trato urinário. Para TODA criança doente,
verifique se ela tem:

 Há quanto tempo a criança está com tosse ou com dificuldade para respirar.
 Respiração rápida.
 Tiragem subcostal.
 Estridor e sibilância.

A CRIANÇA ESTÁ COM TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR? Sim ___ Não ___
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias  Conte as respirações em um minuto ____ rpm
 Respiração rápida? ___
 Observe se há tiragem subcostal ___
 Verifique se há estridor ou sibilância ___

É importante utilizar um sinal indicador sensível e específico de pneumonia que os estudos comprovaram ser a
respiração rápida. A freqüência respiratória deve ser medida quando a criança estiver tranqüila e não estiver
chorando.

IDADE RESPIRAÇÃO RÁPIDA


2 a 11 meses 50 ou mais rpm
1 a < 5 anos 40 ou mais rpm

Uma criança que apresente tosse ou dificuldade para respirar por mais de trinta dias tem uma tosse crônica,
podendo tratar-se de tuberculose, asma, coqueluche, sinusopatia ou outra causa menos frequente. Pela magnitude
do problema é importante afastar-se a possibilidade de tuberculose, perguntando se há casos na família, avaliando-
se a curva ponderal no cartão da criança e, em caso suspeito, referindo-se imediatamente para investigação.
A tiragem é um outro sinal que sempre deve ser investigado. É característico de pneumonia grave e está associada
a uma maior mortalidade em crianças. Deve ser avaliada na parede inferior do tórax na inspiração. Pode estar
associada também a asma. O estridor também deve ser avaliado, quando a criança estiver em repouso. É um sinal
de crupe grave. As principais causas das obstruções das vias respiratórias superiores são de origem infecciosa
(80%). Destas, 90% são devidas ao crupe viral, 5% à epiglotite e 5% a infecções de outras áreas do trato
respiratório superior (laringotraqueíte, laringo-traqueobronquite e traqueíte) .A epiglotite aguda é uma infecção
bacteriana da epiglote e de outras estruturas supraglóticas causada pelo Haemophilus influenzae do tipo B. Tem
mau prognóstico e pode levar rapidamente á asfixia se não for atendido de imediato.. Em crianças menores de 2
meses de idade outros sinais inespecíficos que se podem inferir que os pacientes têm um processo infeccioso grave
são: não pode comer bem, anormalmente sonolenta e febre ou hipotermia.

3.2. CLASSIFIQUE A TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR

Para classificação dos casos as crianças foram divididas em lactentes menores de 2 meses e crianças de 2 meses a
4 anos, por ser os grupos de maior risco para morbi-mortalidade por pneumonia. Para classificar essas crianças
utiliza-se a respiração rápida e a tiragem por serem sinais mais específicos de pneumonia ou pneumonia grave.
Há três possíveis classificações para uma criança com tosse ou dificuldade para respirar:

 Pneumonia grave ou Doença Muito Grave ou


 Pneumonia ou
 Não é pneumonia.

SINAIS CLASSIFIQUE TRATE


 Dê a primeira dose de um
 Qualquer sinal de perigo ou PNEUMONIA antibiótico recomendado.
 Tiragem subcostal ou GRAVE OU DOENÇA  Refira URGENTEMENTE ao
 Estridor em repouso. MUITO GRAVE hospital.
 Dê um antibiótico recomendado
durante 7 dias.
 Alivie a tosse com um remédio
Caseiro..
 Respiração rápida. PNEUMONIA  Informe à mãe quando retornar
imediatamente.
 Se tiver sibilância trate com
broncodilatador durante 5 dias
 Marque o retorno em 2 dias.
 Nenhum sinal de pneumonia  Se estiver tossindo há mais de
ou Doença Muito grave NÃO É PNEUMONIA 30 dias, refira para avaliação.
 Alivie a tosse com um remédio
Caseiro..
 Se tiver sibilância trate com
broncodilatador durante 5 dias
 Seguimento em 5 dias , se não
melhorar.
 Informe à mãe quando deve
retornar imediatamente:
 Se respira com dificuldade.
 Se respira rapidamente.
 Se a saúde do bebê piora.

EXERCÍCIOS

Leia os casos seguintes e responda as perguntas sobre cada um deles no formulário de registro.

 Caso 1: Alex
Alex tem 18 meses. Pesa 11,5 Kg. Tem temperatura de 38 C.
- Qual o problema do Alex?
- Alex têm tosse.
O profissional verificou se Alex apresentava os sinais gerais de perigo. Alex pode beber. Não está vomitando.
Não teve convulsões. Não está letárgico nem inconsciente. É a sua primeira consulta por este problema.
- Há quanto tempo ele tem tosse.
- Alex tem tossido há 6 ou 7 dias.
O profissional contou a freqüência respiratória com a criança tranqüila no colo da mãe e observou que era 41
rpm. Não viu tiragem subcostal, nem ouviu estridor ou sibilância.

Nome: _______________________________________________ Idade: _______ Peso: _______ Kg Temperatura: _____ C


PERGUNTE: Quais são os problemas da criança: __________________________Primeira consulta? ___ Consulta de retorno? ___
AVALIE: Marque um X em todos os sinais presentes CLASSIFIQUE
VERIFIQUE SE HÁ SINAIS GERAIS DE PERIGO: Sim ___ Não ___
SE SIM: Quais? Não consegue beber ou mamar no peito ___ Vomita tudo ___
Letárgica ou inconsciente ___ Convulsões ___

A CRIANÇA ESTÁ COM TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR? Sim ___ Não ___
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias  Conte as respirações em um minuto ____ rpm
 Respiração rápida? ___
 Observe se há tiragem subcostal ___
 Verifique se há estridor ou sibilância ___

 Caso 2: Gabriel

Gabriel tem 6 meses. Pesa 5,5 Kg. Tem uma temperatura de 38,5 C.
- Qual o problema do Gabriel?
- Gabriel tem tosse há 2 dias.
O profissional verificou se Gabriel apresentava os sinais gerais de perigo. Gabriel pode mamar no peito. Não
tem vomitado. Não teve convulsões. Não está letárgico nem inconsciente. É a sua primeira consulta por este
problema.
O profissional contou a freqüência respiratória com a criança tranqüila no colo da mãe e observou que era 58
rpm. Não viu tiragem subcostal, nem ouviu estridor ou sibilância.

Nome: _______________________________________________ Idade: _______ Peso: _______ Kg Temperatura: _____ C


PERGUNTE: Quais são os problemas da criança: __________________________Primeira consulta? ___ Consulta de retorno? ___
AVALIE: Marque um X em todos os sinais presentes CLASSIFIQUE
VERIFIQUE SE HÁ SINAIS GERAIS DE PERIGO: Sim ___ Não ___
SE SIM: Quais? Não consegue beber ou mamar no peito ___ Vomita tudo ___
Letárgica ou inconsciente ___ Convulsões ___

A CRIANÇA ESTÁ COM TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR? Sim ___ Não ___
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias  Conte as respirações em um minuto ____ rpm
 Respiração rápida? ___
 Observe se há tiragem subcostal ___
 Verifique se há estridor ou sibilância ___

 Caso 3: Cecília

Cecília tem 8 meses. Pesa 6 Kg. Tem temperatura de 39,5 C.


- Quais os problemas de Cecília?
- Cecília tem tosse há 3 dias. Tem dificuldade para respirar. Está muito fraca.
- Fez bem em trazê-la hoje. Vou examiná-la agora mesmo.
O profissional verificou os sinais gerais de perigo. Cecília não mama no peito, não bebe nada que lhe ofereça.
Cecília não vomita tudo que ingere e não teve convulsões. Está letárgica. Não olhava para o profissional e nem
para os pais enquanto conversavam. Ao avaliar a freqüência respiratória contou 55 rpm. Não viu tiragem
subcostal. Observou que Cecília tinha estridor porque ouviu um som áspero quando a menina inspirava em
repouso. Não tinha sibilância..

Nome: _______________________________________________ Idade: _______ Peso: _______ Kg Temperatura: _____ C


PERGUNTE: Quais são os problemas da criança: __________________________Primeira consulta? ___ Consulta de retorno? ___
AVALIE: Marque um X em todos os sinais presentes CLASSIFIQUE
VERIFIQUE SE HÁ SINAIS GERAIS DE PERIGO: Sim ___ Não ___
SE SIM: Quais? Não consegue beber ou mamar no peito ___ Vomita tudo ___
Letárgica ou inconsciente ___ Convulsões ___

A CRIANÇA ESTÁ COM TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR? Sim ___ Não ___
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias  Conte as respirações em um minuto ____ rpm
 Respiração rápida? ___
 Observe se há tiragem subcostal ___
 Verifique se há estridor ou sibilância ___

 Caso 4: Cesar

Cesar tem 18 meses. Pesa 9 Kg. Tem uma temperatura de 37,5 C.
- Qual o problema de Cesar?
- Cesar tem tosse há 3 dias.
- Cesar consegue beber?
- Sim, Cesar consegue beber e não vomita nada.
- O profissional ofereçe um pouco de água a Cesar.
- Tem tido convulsões?
- Não, não teve.
Enquanto conversavam, Cesar olhava ao redor da sala. Não estava letárgico ou inconsciente.

O profissional contou a freqüência respiratória com a criança tranqüila no colo da mãe e observou que era 48
rpm. Observou tiragem subcostal, mas não ouviu estridor ou sibilância.

Nome: _______________________________________________ Idade: _______ Peso: _______ Kg Temperatura: _____ C


PERGUNTE: Quais são os problemas da criança: __________________________Primeira consulta? ___ Consulta de retorno? ___
AVALIE: Marque um X em todos os sinais presentes CLASSIFIQUE
VERIFIQUE SE HÁ SINAIS GERAIS DE PERIGO: Sim ___ Não ___
SE SIM: Quais? Não consegue beber ou mamar no peito ___ Vomita tudo ___
Letárgica ou inconsciente ___ Convulsões ___

A CRIANÇA ESTÁ COM TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR? Sim ___ Não ___
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias  Conte as respirações em um minuto ____ rpm
 Respiração rápida? ___
 Observe se há tiragem subcostal ___
 Verifique se há estridor ou sibilância ___

3.3. AVALIE A SIBILÂNCIA

A sibilância é uma condição muito comum nas crianças, sendo uma causa importante de demanda nas unidades de
saúde. Além disso, pode-se confundir ou estar associada a um quadro infecsioso das vias respiratórias. Seu
aparecimento se deve ás alterações funcionais decorrentes do processo inflamatório crônico, tais como: a
hiperreatividade brônquica e a obstrução ao fluxo aéreo (broncoconstricção, formação crônica de rolhas de muco,
edema e alterações estruturais das vias aéreas)
As principais doenças que cursam com sibilância são a Asma Brônquica (pincipal causa de obstrução brônquica
nas crianças acima de quatro anos) e Bronquiolite.(predominantemente nos seis primeiros meses de vida) Essas
doenças podem ocasionar retração intercostal e subcostal, além de aumento da freqüência respiratória, sendo
comum confundir-se com pneumonia, em certas situações. Por isso, antes de classificar a criança o profissional
deve tratar a sibilância e fazer uma reavaliação depois.

Se também há sibilância e não há sinais gerais de perigo


TRATE A SIBILÂNCIA com nebulização até 3 vezes.
Depois reavalie a criança para reclassifica-la.

Depois de cada nebulização, a criança deverá ser reavaliada para ver se a criança melhora da sibilância. Caso a
criança tenha respiração rápida ou tiragem subcostal, avalie também se estas diminuíram.
 Se depois da primeira nebulização, melhora a sibilãncia: continuar com a mesma classificação dada
anteriormente.
 Se depois da primeira nebulização a criança não melhora: repetir a nebulização a cada 20 minutos, no
máximo de 3 vezes fazendo uma reavaliação da criança a cada vez.

TRATE A SIBILÂNCIA

Crianças com o primeiro episódio de sibilância

Caso tenha “urgência respiratória”  Dê um broncodilatador de ação rápida e refira-a.


Caso não tenha “urgência respiratória”  Dê um broncodilatador de ação rápida.

Crianças com sibilância recorrente (asma – anexo 2))


 Dê um broncodilatador de ação rápida e caso tenha urgência respiratória, refira-a.
 Avalie o estado da criança a cada 20 minutos (máximo de 3 nebulizações).

CASO ENTÃO

Tenha “urgência respiratória”  Trate como PNEUMONIA GRAVE ou como


ou qualquer sinal de perigo. DOENÇA MUITO GRAVE (refira-a).

Caso não tenha “urgência respiratória”  Trate como PNEUMONIA e dê um


e respira rápido broncodilatador.

Não respira rápido  Trate como NÃO É PNEUMONIA: TOSSE OU


RESFRIADO e dê um broncodililatador.

Fonte: OPS/OMS modificado.


Na Bronquiolite existe a infecção viral (vírus sincicial respiratório –50 a 90%- e parainfluenza) do trato
respiratório inferior, associada à hiperreatividade das vias aéreas induzida pela infecção. O pico de incidência está
entre dois e seis meses, época em que se concentram 80% dos casos do primeiro ano de vida. Devido à grande
participação das doenças respiratórias como causa de morte nas crianças menores, é prudente que o profissional
tenha certeza do diagnóstico; em caso contrário, deve referir o paciente urgentemente para investigação, já que
estas crianças apresentam com frequência sinais graves de desconforto respiratório (taquipnéia, tiragem subcostal,
gemido, cianose, batimentos de asa do nariz, sibilância e febre)

EXERCÍCIO

 Caso : Roberto
Roberto tem 1 ano e 2 meses. Pesa 12 Kg. Tem temperatura de 37,5 C.
- Qual o problema do Roberto?
- Roberto tosse há 2 dias.
O profissional não encontrou sinais gerais de perigo. É a sua primeira consulta por este problema. Ao exame
físico contou 54 rpm e observou tiragem subcostal e sibilância.

1. Qual seria a conduta adequada?

Após receber o tratamento Roberto melhorou da sibilância e a freqüência respiratória baixou para 30 rpm. A
tiragem subcostal desapareceu. Como você classifica o Roberto agora?

Nome: _______________________________________________ Idade: _______ Peso: _______ Kg Temperatura: _____ C


PERGUNTE: Quais são os problemas da criança: __________________________Primeira consulta? ___ Consulta de retorno? ___
AVALIE: Marque um X em todos os sinais presentes CLASSIFIQUE
VERIFIQUE SE HÁ SINAIS GERAIS DE PERIGO: Sim ___ Não ___
SE SIM: Quais? Não consegue beber ou mamar no peito ___ Vomita tudo ___
Letárgica ou inconsciente ___ Convulsões ___

A CRIANÇA ESTÁ COM TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR? Sim ___ Não ___
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias  Conte as respirações em um minuto ____ rpm
 Respiração rápida? ___
 Observe se há tiragem subcostal ___
 Verifique se há estridor ou sibilância ___

Caso a freqüência respiratória continuasse 50 rpm ou mais com tiragem subcostal depois de 3 inalações, como
você classificaria o Roberto.

A CRIANÇA ESTÁ COM TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR? Sim ___ Não ___
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias  Conte as respirações em um minuto ____ rpm
 Respiração rápida? ___
 Observe se há tiragem subcostal ___
 Verifique se há estridor ou sibilância ___

4. AVALIE E CLASSIFIQUE A DIARRÉIA

A diarréia aparece quando a perda de água e eletrólitos nas fezes é maior do que a normal, resultando no aumento
do volume e da freqüência das evacuações e diminuição da consistência das fezes. É definida geralmente como a
ocorrência de 3 ou mais evacuações amolecidas ou líquidas em um período de 24 horas.
O número de evacuações por dia considerado normal varia com a dieta e a idade da criança. A percepção materna é
extremamente confiável na identificação da diarréia de seus filhos. Os lactentes amamentados exclusivamente ao
seio têm geralmente fezes amolecidas, não devendo ser considerado diarréia.

4.1. AVALIE A DIARRÉIA


Uma criança com diarréia deve ser avaliada para identificar:

 Se há sinais de desidratação.
 Se há sangue nas fezes.
 Por quanto tempo a criança tem tido diarréia.

Os seguintes passos devem ser avaliados, e preenchidos no formulário de registro:

A CRIANÇA ESTÁ COM DIARRÉIA? Sim ___ Não ___


SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias.  Examine o estado geral da criança. Encontra-se:
Há sangue nas fezes? ___ Letárgica ou inconsciente? ___
Inquieta ou irritada? ___
 Observe se os olhos estão fundos ___
 Ofereça líquidos a criança. A criança:
Não consegue beber ou não bebe bem? ___
Bebe avidamente, com sede? ___
 Sinal da prega: a pele retorna ao estado anterior:
Muito lentamente (> 2 segundos) ___
Lentamente ___

Para isso pergunte aos familiares de TODAS as crianças doentes:

 A criança tem diarréia?


 Há quanto tempo?
 Há sangue nas fezes?

A seguir verifique SEMPRE o estado de hidratação da criança. Quando ela se desidrata está a princípio inquieta ou
irritada. Na medida que continua se torna letárgica ou inconsciente. Ao perder líquido, talvez fique com os olhos
fundos. Ao sinal da prega, a pele volta ao seu estado anterior lentamente ou muito lentamente. Para isso OBSERVE
e PALPE para investigar os seguintes fatores:

 OBSERVE o estado geral da criança: A criança está letárgica ou inconsciente? Está inquieta ou irritada?
 OBSERVE se os olhos estão fundos?
 OFEREÇA líquidos à criança. A criança não consegue beber ou bebe mal? Bebe avidamente, com sede?
 VERIFIQUE O SINAL DA PREGA no abdome. A pele volta ao estado anterior muito lentamente (em mais de
2 segundos)? Lentamente?
4.2. CLASSIFIQUE A DIARRÉIA

A maioria dos episódios de diarréia aguda é provocada por um agente infeccioso e dura menos de 2 semanas.
Caso dure 14 dias ou mais, é denominada diarréia persistente que geralmente é associada a problemas
nutricionais, contribuindo para a mortalidade infantil. A diarréia com sangue, com ou sem muco, é chamada de
disenteria e é freqüentemente causada por Shiguella.

4.2.1. CLASSIFIQUE O ESTADO DE HIDRATAÇÃO

Há três tipos de classificação possíveis para a desidratação em uma criança com diarréia:

 Desidratação grave.
 Desidratação.
 Sem desidratação.
Dois dos sinais que se seguem: Se a criança não se enquadra em
nenhuma outra classificação
 Letárgica ou inconsciente. grave:
 Olhos fundos. DESIDRATAÇÃO  Inicie Terapia Endovenosa
 Não consegue beber ou bebe mal. GRAVE (Plano C) OU outra
 Sinal da prega: a pele volta muito classificação grave:
lentamente ao estado anterior.  Referir URGENTEMENTE ao
hospital com a mãe
administrando-lhe SRO
freqüentes durante o trajeto.
 Recomendar a mãe a continuar a
amamentação ao peito.
 Se a criança tiver 2 ou mais anos
de idade, e se houver cólera,
administrar antibióticos.

Dois dos sinais que se seguem:  Administrar SRO na unidade de


saúde (Plano B).
 Inquieta, irritada. Se a criança também se enquadra
 Olhos fundos. em uma classificação grave
 Bebe avidamente, com sede. DESIDRATAÇÃO devido a outro problema:
 Sinal da prega: a pele volta  Referir URGENTEMENTE ao
lentamente ao estado anterior. hospital com a mãe
administrando-lhe SRO
freqüentes durante o trajeto.
 Recomendar a mãe a continuar a
amamentação ao peito.
 Informar à mãe sobre quando
retornar imediatamente.
 Seguimento em 5 dias se não
melhorar.

Não há sinais suficientes para  Dar alimentos e líquidos para


classificar como desidratação ou SEM tratar a diarréia em casa (Plano
desidratação grave DESIDRATAÇÃO A) .
 Informar à mãe sobre quando
retornar imediatamente.
 Seguimento em 5 dias se não
melhorar.

EXERCÍCIOS

Leia os casos seguintes e responda as perguntas sobre cada um deles no formulário de registro.

 Caso 1: Luiz

- O que o Luiz tem?


- Luiz tem diarréia há 5 dias.
- Tem sangue nas fezes?
- Não.
- O que a Sra. acha dos olhos do Luiz?
- Acho que estão fundos.
- Vou oferecer um pouco de água a Luiz.
- Como ele bebe rápido!
O profissional faz o sinal da prega no abdome da criança e observa que a pele volta ao seu estado anterior
lentamente.

A CRIANÇA ESTÁ COM DIARRÉIA? Sim ___ Não ___


SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias.  Examine o estado geral da criança. Encontra-se:
Há sangue nas fezes? ___ Letárgica ou inconsciente? ___
Inquieta ou irritada? ___
 Observe se os olhos estão fundos ___
 Ofereça líquidos a criança. A criança:
Não consegue beber ou não bebe bem? ___
Bebe avidamente, com sede? ___
 Sinal da prega: a pele retorna ao estado anterior:
Muito lentamente (> 2 segundos) ___
Lentamente ___

 Caso 2: Jane

- Qual o problema da Jane?


- Jane tem diarréia faz 3 dias.
- Tem sangue nas fezes?.
- Não há sangue nas fezes.
- O que a Sra. acha dos olhos da Jane?
- Tem os olhos fundos.
- Vou oferecer um pouco de água a Jane.
- Ela bebe normalmente, mas parece que não está com sede.
O profissional faz o sinal da prega no abdome da criança e observa que não está presente.

A CRIANÇA ESTÁ COM DIARRÉIA? Sim ___ Não ___


SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias.  Examine o estado geral da criança. Encontra-se:
Há sangue nas fezes? ___ Letárgica ou inconsciente? ___
Inquieta ou irritada? ___
 Observe se os olhos estão fundos ___
 Ofereça líquidos a criança. A criança:
Não consegue beber ou não bebe bem? ___
Bebe avidamente, com sede? ___
 Sinal da prega: a pele retorna ao estado anterior:
Muito lentamente (> 2 segundos) ___
Lentamente ___

 Caso 3: Graça

- O que a Graça tem?


- Graça tem diarréia há 2 dias.
- Tem sangue nas fezes?
- Não, não tem.
- O que a Sra. acha dos olhos da Graça?
- Acho que estão fundos.
- Vou oferecer um pouco de água a Graça.
- Doutor ela não consegue beber.
O profissional observa que a criança está inquieta e irritada. Faz o sinal da prega no abdome da criança e nota
que a pele volta ao seu estado anterior muito lentamente.

A CRIANÇA ESTÁ COM DIARRÉIA? Sim ___ Não ___


SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias.  Examine o estado geral da criança. Encontra-se:
Há sangue nas fezes? ___ Letárgica ou inconsciente? ___
Inquieta ou irritada? ___
 Observe se os olhos estão fundos ___
 Ofereça líquidos a criança. A criança:
Não consegue beber ou não bebe bem? ___
Bebe avidamente, com sede? ___
 Sinal da prega: a pele retorna ao estado anterior:
Muito lentamente (> 2 segundos) ___
Lentamente ___

 Caso 4: Cláudio

- Qual o problema do Claúdio?


- Cláudio tem diarréia há 5 dias.
- Tem sangue nas fezes?.
- Não, não tem
- O que a Sra. acha dos olhos do Cláudio?
- Acho que estão normais.
- Vou oferecer um pouco de água a Cláudio.
- Puxa, como ele bebe rápido!
O profissional observa que a criança está bem esperta. Faz o sinal da prega no abdome da criança e nota que a
pele volta imediatamente ao seu estado anterior.

A CRIANÇA ESTÁ COM DIARRÉIA? Sim ___ Não ___


SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias.  Examine estado geral da criança. Encontra-se:
Há sangue nas fezes? ___ Letárgica ou inconsciente? ___
Inquieta ou irritada? ___
 Observe se os olhos estão fundos ___
 Ofereça líquidos a criança. A criança:
Não consegue beber ou não bebe bem? ___
Bebe avidamente, com sede? ___
 Sinal da prega: a pele retorna ao estado anterior:
Muito lentamente (> 2 segundos) ___
Lentamente ___

4.2.2. CLASSIFIQUE A DIARRÉIA PERSISTENTE

Depois de classificar a desidratação da criança, classifique a criança com diarréia persistente, caso ela tenha
diarréia por 14 dias ou mais. Há duas classificações:

 Diarréia persistente grave.


 Diarréia persistente.

 Trate a desidratação antes de


 Há desidratação DIARRÉIA referir a criança a não ser que
PERSISTENTE esta se enquadre em outra
GRAVE classificação grave.
 Refira ao hospital
 Não há desidratação DIARRÉIA  Informe à mãe sobre como
PERSISTENTE alimentar uma criança com
DIARRÉIA PERSISTENTE
Dar multivitaminas e sais minerais
 Marque o retorno em 5 dias

4.2.3. CLASSIFIQUE A DISENTERIA

Há somente uma classificação para diarréia com sangue nas fezes:

 Disenteria.

 Dê um antibiótico recomendado
 Sangue nas fezes DISENTERIA para Shiguella durante 5 dias.
 Marque o retorno em 2 dias

Note que uma criança com diarréia pode ser enquadrada em uma ou mais classificações. Escreva qualquer
classificação para a diarréia que a criança tenha na coluna CLASSIFIQUE do formulário de registro. Por exemplo:

A CRIANÇA ESTÁ COM DIARRÉIA? Sim X Não ___


SE SIM: Há quanto tempo? 3 dias.  Examine o estado geral da criança. Encontra-se: Sem desidratação e
Há sangue nas fezes? X Letárgica ou inconsciente? ___ Disenteria
Inquieta ou irritada? X
 Observe se os olhos estão fundos ___
 Ofereça líquidos a criança. A criança:
Não consegue beber ou não bebe bem? ___
Bebe avidamente, com sede? ___
 Sinal da prega: a pele retorna ao estado anterior:
Muito lentamente (> 2 segundos) ___
Lentamente ___

EXERCÍCIOS

Leia os casos seguintes e responda as perguntas sobre cada um deles no formulário de registro.

 Caso 1: Bruno

Bruno tem 2 anos. Pesa 9 Kg. Tem temperatura de 37,5 C.


- Qual o problema do Bruno?
- Bruno está a 4 dias com diarréia.
- É a primeira consulta de Bruno por este problema?
- Sim.
- Há sangue nas fezes de Bruno?
- Não.
- Ofereça um pouco de água à Bruno.
- Como Bruno bebe rápido!
Enquanto conversavam, Bruno olhava ao redor da sala. Não estava letárgico ou inconsciente. Não tem sinais
gerais de perigo. Não tem tosse e dificuldade para respirar. Não tem olhos fundos. Ao sinal da prega a pele
retorna imediatamente ao estado anterior.

Nome: _______________________________________________ Idade: _______ Peso: _______ Kg Temperatura: _____ C


PERGUNTE: Quais são os problemas da criança: __________________________Primeira consulta? ___ Consulta de retorno? ___
AVALIE: Marque um X em todos os sinais presentes CLASSIFIQUE
VERIFIQUE SE HÁ SINAIS GERAIS DE PERIGO: Sim ___ Não ___
SE SIM: Quais? Não consegue beber ou mamar no peito ___ Vomita tudo ___
Letárgica ou inconsciente ___ Convulsões ___

A CRIANÇA ESTÁ COM TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR? Sim ___ Não ___
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias  Conte as respirações em um minuto ____ rpm
 Respiração rápida? ___
 Observe se há tiragem subcostal ___
 Verifique se há estridor ou sibilância ___

A CRIANÇA ESTÁ COM DIARRÉIA? Sim ___ Não ___


SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias.  Examine o estado geral da criança. Encontra-se:
Há sangue nas fezes? ___ Letárgica ou inconsciente? ___
Inquieta ou irritada? ___
 Observe se os olhos estão fundos ___
 Ofereça líquidos a criança. A criança:
Não consegue beber ou não bebe bem? ___
Bebe avidamente, com sede? ___
 Sinal da prega: a pele retorna ao estado anterior:
Muito lentamente (> 2 segundos) ___
Lentamente ___

 Caso 2: Maria

Maria tem 1 ano e 2 meses. Pesa 12 Kg. Tem uma temperatura de 38 C.
- O que Maria esta sentindo?
- Maria tem diarréia há 3 semanas.
- É a primeira consulta de Maria por este problema?
- Sim.
- Tem sangue nas fezes?
- Não.
- Ofereça um pouco de água à Maria.
- Como Maria bebe rápido!
Enquanto conversavam, Maria olhava inquietamente ao redor da sala. Não tem sinais gerais de perigo. Não
tem tosse e dificuldade para respirar. Não tem olhos fundos. Ao sinal da prega a pele retorna imediatamente ao
estado anterior.

Nome: _______________________________________________ Idade: _______ Peso: _______ Kg Temperatura: _____ C


PERGUNTE: Quais são os problemas da criança: __________________________Primeira consulta? ___ Consulta de retorno? ___
AVALIE: Marque um X em todos os sinais presentes CLASSIFIQUE
VERIFIQUE SE HÁ SINAIS GERAIS DE PERIGO: Sim ___ Não ___
SE SIM: Quais? Não consegue beber ou mamar no peito ___ Vomita tudo ___
Letárgica ou inconsciente ___ Convulsões ___

A CRIANÇA ESTÁ COM TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR? Sim ___ Não ___
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias  Conte as respirações em um minuto ____ rpm
 Respiração rápida? ___
 Observe se há tiragem subcostal ___
 Verifique se há estridor ou sibilância ___

A CRIANÇA ESTÁ COM DIARRÉIA? Sim ___ Não ___


SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias.  Examine o estado geral da criança. Encontra-se:
Há sangue nas fezes? ___ Letárgica ou inconsciente? ___
Inquieta ou irritada? ___
 Observe se os olhos estão fundos ___
 Ofereça líquidos a criança. A criança:
Não consegue beber ou não bebe bem? ___
Bebe avidamente, com sede? ___
 Sinal da prega: a pele retorna ao estado anterior:
Muito lentamente (> 2 segundos) ___
Lentamente ___

 Caso 3: Adriana

Adriana tem 7 meses. Pesa 5,6 Kg. Tem uma temperatura de 37,5 C.
- O que Adriana está sentindo?
- Adriana tem diarréia há 3 dias.
- É a primeira vez que Adriana vem por este problema?
- Sim.
Adriana não tem tosse ou dificuldade para respirar. Não tem sinais gerais de perigo
- Tem sangue nas fezes?
- Não.
- Ofereça um pouco de água à Adriana.
- Como Adriana bebe rapidamente! Parece que está com muita sede.
Enquanto conversavam, Maria olhava ao redor da sala. Não está inquieta ou irritada. Tem olhos fundos. Ao
sinal da prega a pele retorna imediatamente ao estado anterior.

Nome: _______________________________________________ Idade: _______ Peso: _______ Kg Temperatura: _____ C


PERGUNTE: Quais são os problemas da criança: __________________________Primeira consulta? ___ Consulta de retorno? ___
AVALIE: Marque um X em todos os sinais presentes CLASSIFIQUE
VERIFIQUE SE HÁ SINAIS GERAIS DE PERIGO: Sim ___ Não ___
SE SIM: Quais? Não consegue beber ou mamar no peito ___ Vomita tudo ___
Letárgica ou inconsciente ___ Convulsões ___

A CRIANÇA ESTÁ COM TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR? Sim ___ Não ___
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias  Conte as respirações em um minuto ____ rpm
 Respiração rápida? ___
 Observe se há tiragem subcostal ___
 Verifique se há estridor ou sibilância ___

A CRIANÇA ESTÁ COM DIARRÉIA? Sim ___ Não ___


SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias.  Examine o estado geral da criança. Encontra-se:
Há sangue nas fezes? ___ Letárgica ou inconsciente? ___
Inquieta ou irritada? ___
 Observe se os olhos estão fundos ___
 Ofereça líquidos a criança. A criança:
Não consegue beber ou não bebe bem? ___
Bebe avidamente, com sede? ___
 Sinal da prega: a pele retorna ao estado anterior:
Muito lentamente (> 2 segundos) ___
Lentamente ___

 Caso 4: Clara

Clara tem 3 anos. Pesa 10 Kg. Tem uma temperatura de 37,5 C.
- O que Clara está sentindo?
- Clara tem tosse e diarréia.
- É a primeira vez que Adriana vem por estes problemas?
- Sim.
O profissional verificou que Clara não apresentava os sinais gerais de perigo. Clara pode beber. Não está
vomitando. Não teve convulsões. Não está letárgica nem inconsciente.
- Há quanto tempo ela tem tosse?
- Clara tosse há 3 dias.
- E tem diarréia há quantos dias?
- Há mais de 2 semanas.
- Tem sangue nas fezes?
- Não.
- Ofereça um pouco de água à Clara?
- Clara bebeu bem pouquinho!
O profissional ao exame físico contou a freqüência respiratória e observou que era 36 rpm. Não viu tiragem
subcostal, nem ouviu estridor ou sibilância. Observou que Clara estava inquieta ou irritada, mas não tinha os
olhos fundos. Ao sinal da prega a pele retorna imediatamente ao estado anterior.

Nome: _______________________________________________ Idade: _______ Peso: _______ Kg Temperatura: _____ C


PERGUNTE: Quais são os problemas da criança: __________________________Primeira consulta? ___ Consulta de retorno? ___
AVALIE: Marque um X em todos os sinais presentes CLASSIFIQUE
VERIFIQUE SE HÁ SINAIS GERAIS DE PERIGO: Sim ___ Não ___
SE SIM: Quais? Não consegue beber ou mamar no peito ___ Vomita tudo ___
Letárgica ou inconsciente ___ Convulsões ___

A CRIANÇA ESTÁ COM TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR? Sim ___ Não ___
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias  Conte as respirações em um minuto ____ rpm
 Respiração rápida? ___
 Observe se há tiragem subcostal ___
 Verifique se há estridor ou sibilância ___

A CRIANÇA ESTÁ COM DIARRÉIA? Sim ___ Não ___


SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias.  Examine o estado geral da criança. Encontra-se:
Há sangue nas fezes? ___ Letárgica ou inconsciente? ___
Inquieta ou irritada? ___
 Observe se os olhos estão fundos ___
 Ofereça líquidos a criança. A criança:
Não consegue beber ou não bebe bem? ___
Bebe avidamente, com sede? ___
 Sinal da prega: a pele retorna ao estado anterior:
Muito lentamente (> 2 segundos) ___
Lentamente ___

5. AVALIE E CLASSIFIQUE A FEBRE

Uma criança com febre pode ter malária ou outra doença grave. Pode ser também um simples resfriado ou outra
infecção viral.

5.1. AVALIE A FEBRE

A criança tem o sintoma principal febre se:

 Tiver uma história de febre, ou


 Está quente ao toque, ou
 Tem uma temperatura axilar de 37,5 C ou mais.

Decida o grau de risco de malária (áreas com risco alto, baixo ou sem risco). A seguir avalie criança com febre
para verificar o seguinte:

 Há quanto tempo a criança está com febre?


 Rigidez de nuca.
 Petéquias.
 Abaulamento de fontanela.
 Coriza.

No formulário de registro os passos para avaliação e classificação da febre são:

A CRIANÇA ESTÁ COM FEBRE? Sim ___ Não ___


Determine se o Risco de Malária é: Observe e palpe se está com:
Alto___ Baixo ___ Sem risco ___  Rigidez de nuca ___
Há quanto tempo: ____ dias  Petéquias ___
SE HÁ MAIS DE 7 DIAS:  Abaulamento de fontanela ___
Houve febre todos os dias? ___

Para isso, pergunte e observe (ou meça) a temperatura de TODAS as crianças doentes.

 A criança está com febre?


 Decida o grau de risco de malária.
 Há quanto tempo? Se há mais de 7 dias: tem tido febre todos os dias?
 Observe e examine para determinar se há rigidez de nuca.
 Observe e examine se há petéquias.
 Observe e palpe se há abaulamento de fontanela.

5.2. CLASSIFIQUE A FEBRE

Para classificar a febre, primeiro é importante determinar se a área apresenta ou não risco para malária. Se
considera área com risco quando a criança reside ou visitou uma área com risco nos últimos 30 dias.

CLASSIFIQUE A FEBRE

ÁREA COM RISCO DE MALÁRIA ÁREA SEM RISCO DE MALÁRIA

 Sinal geral de perigo MALÁRIA GRAVE  Sinal geral de perigo


 Rigidez de nuca ou OU  Rigidez de nuca ou DOENÇA FEBRIL
 Petéquias ou DOENÇA FEBRIL  Petéquias ou MUITO GRAVE
 Abaulamento MUITO GRAVE  Abaulamento

 Nenhum sinal de
 Não tem coriza PROVÁVEL doença febril muito DOENÇA FEBRIL
 Não tem outra causa de febre MALÁRIA grave
 Tem coriza MALÁRIA POUCO
 Tem outra causa de febre PROVÁVEL

Exemplo: uma criança de 2 anos de idade chegou a unidade de saúde porque há 2 dias apresentou “quentura no
corpo”. Não apresenta nenhum sinal de perigo. Não tem tosse nem dificuldade para respirar nem diarréia. Quando
o profissional avaliou a febre da criança, anotou os seguintes sinais:

A CRIANÇA ESTÁ COM FEBRE? Sim X Não ___


Determine se o Risco de Malária é: Observe e palpe se está com:
Alto___ Baixo ___ Sem risco: X  Rigidez de nuca ___
Há quanto tempo: 2 dias  Petéquias ___
SE HÁ MAIS DE 7 DIAS:  Abaulamento de fontanela ___
Houve febre todos os dias? ___

ÁREA SEM RISCO DE MALÁRIA

 Qualquer sinal geral de perigo DOENÇA FEBRIL MUITO GRAVE


 Rigidez de nuca ou 1.ªdose antibiótico, antitérmico, evitar hipoglicemia e
 Petéquias ou referir.
 Abaulamento

DOENÇA FEBRIL Antitermico (38.5 C) Seguimento


 Nenhum sinal de doença febril muito grave em dois dias se persistir e retorno imediato. Febre por
mais de 7 dias referir para investigação.

O profissional anotou a sua classificação no formulário de registro.

A CRIANÇA ESTÁ COM FEBRE? Sim X Não ___


Determine se o Risco de Malária é: Observe e palpe se está com:
Alto___ Baixo ___ Sem risco: X  Rigidez de nuca ___ Doença febril
Há quanto tempo: 2 dias  Petéquias ___
SE HÁ MAIS DE 7 DIAS:  Abaulamento de fontanela ___
Houve febre todos os dias? ___

EXERCÍCIOS

Leia os casos seguintes e responda as perguntas sobre cada um deles no formulário de registro.

 Caso 1: Juliana

Juliana tem 12 meses. Pesa 7,2 Kg. Tem temperatura de 37 C.


- Qual o problema da Juliana?
- Juliana está quente há 2 dias.
- A Sra. trouxe Juliana porque está com febre.
- Sim.
- Vou verificar se ela está com febre.
A temperatura não está elevada. É área com risco de malária. Não tem sinais gerais de perigo.
- Juliana tem tosse ou dificuldade para respirar?
- Não.
- Juliana tem diarréia?
- Sim, Juliana tem diarréia há 2 dias.
- A Sra. viu sangue nas fezes?
- Não.
Ao exame físico: não tem rigidez de nuca, petéquias ou abaulamento de fontanela. Está ativa. Ao sinal da
prega a pele volta imediatamente ao estado anterior.

Nome: _______________________________________________ Idade: _______ Peso: _______ Kg Temperatura: _____ C


PERGUNTE: Quais são os problemas da criança: __________________________Primeira consulta? ___ Consulta de retorno? ___
AVALIE: Marque um X em todos os sinais presentes CLASSIFIQUE
VERIFIQUE SE HÁ SINAIS GERAIS DE PERIGO: Sim ___ Não ___
SE SIM: Quais? Não consegue beber ou mamar no peito ___ Vomita tudo ___
Letárgica ou inconsciente ___ Convulsões ___

A CRIANÇA ESTÁ COM TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR? Sim ___ Não ___
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias  Conte as respirações em um minuto ____ rpm
 Respiração rápida? ___
 Observe se há tiragem subcostal ___
 Verifique se há estridor ou sibilância ___

A CRIANÇA ESTÁ COM DIARRÉIA? Sim ___ Não ___


SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias.  Examine estado geral da criança. Encontra-se:
Há sangue nas fezes? ___ Letárgica ou inconsciente? ___
Inquieta ou irritada? ___
 Observe se os olhos estão fundos ___
 Ofereça líquidos a criança. A criança:
Não consegue beber ou não bebe bem? ___
Bebe avidamente, com sede? ___
 Sinal da prega: a pele retorna ao estado anterior:
Muito lentamente (> 2 segundos) ___
Lentamente ___

A CRIANÇA ESTÁ COM FEBRE? Sim ___ Não ___


Determine se o Risco de Malária é: Observe e palpe se está com:
Alto___ Baixo ___ Sem risco ___  Rigidez de nuca ___
Há quanto tempo: ____ dias  Petéquias ___
SE HÁ MAIS DE 7 DIAS:  Abaulamento de fontanela ___
Houve febre todos os dias? ___ _

 Caso 2: Socorro

Socorro tem 3 anos. Pesa 10 Kg. Tem temperatura de 38,5 C.


- Qual o problema da Socorro?
- Socorro está com tosse há 2 dias.
- É a primeira consulta de Socorro?
- Sim.
O profissional verificou se Socorro apresentava sinais gerais de perigo. Podia beber, não havia vomitado e não
teve convulsões. Não estava letárgica, nem inconsciente.
- Socorro tem diarréia também?
- Não.
- Socorro tem febre há quantos dias?
- Três dias.
Ao exame físico o profissional contou 42 rpm. Não viu tiragem subcostal. Não ouviu estridor e nem sibilância
quando Socorro estava tranqüila. Não tem rigidez de nuca, petéquias, abaulamento de fontanela ou coriza. É
área sem risco para malária.

Nome: _______________________________________________ Idade: _______ Peso: _______ Kg Temperatura: _____ C


PERGUNTE: Quais são os problemas da criança: __________________________Primeira consulta? ___ Consulta de retorno? ___
AVALIE: Marque um X em todos os sinais presentes CLASSIFIQUE
VERIFIQUE SE HÁ SINAIS GERAIS DE PERIGO: Sim ___ Não ___
SE SIM: Quais? Não consegue beber ou mamar no peito ___ Vomita tudo ___
Letárgica ou inconsciente ___ Convulsões ___

A CRIANÇA ESTÁ COM TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR? Sim ___ Não ___
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias  Conte as respirações em um minuto ____ rpm
 Respiração rápida? ___
 Observe se há tiragem subcostal ___
 Verifique se há estridor ou sibilância ___

A CRIANÇA ESTÁ COM DIARRÉIA? Sim ___ Não ___


SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias.  Examine o estado geral da criança. Encontra-se:
Há sangue nas fezes? ___ Letárgica ou inconsciente? ___
Inquieta ou irritada? ___
 Observe se os olhos estão fundos ___
 Ofereça líquidos a criança. A criança:
Não consegue beber ou não bebe bem? ___
Bebe avidamente, com sede? ___
 Sinal da prega: a pele retorna ao estado anterior:
Muito lentamente (> 2 segundos) ___
Lentamente ___

A CRIANÇA ESTÁ COM FEBRE? Sim ___ Não ___


Determine se o Risco de Malária é: Observe e palpe se está com:
Alto___ Baixo ___ Sem risco ___  Rigidez de nuca ___
Há quanto tempo: ____ dias  Petéquias ___
SE HÁ MAIS DE 7 DIAS:  Abaulamento de fontanela ___
Houve febre todos os dias? ___

 Caso 3: Rubens

Rubens tem 2 anos. Pesa 9,5 Kg. Tem temperatura de 37,5 C.
- Qual o problema do Rubens?
- Rubens não está comendo bem ultimamente. Por isso estou muito preocupada.
- Procure ficar tranqüila que vou atende-lo agora mesmo.
- É a primeira consulta por este problema?
- Sim.
O profissional verificou se havia sinais gerais de perigo. Rubens pode beber, não está vomitando, não teve
convulsões e não está letárgico nem inconsciente.
- Rubens tem tosse?
- Não.
- Rubens tem diarréia?
- Também não.
- A Sra. notou se Rubens tem febre?
- Sim, Rubens está quente há 2 dias.
Ao exame físico o profissional observou que Rubens tem rigidez de nuca, não tem petéquias, abaulamento de
fontanela ou coriza. É área sem risco de malária.

Nome: _______________________________________________ Idade: _______ Peso: _______ Kg Temperatura: _____ C


PERGUNTE: Quais são os problemas da criança: __________________________Primeira consulta? ___ Consulta de retorno? ___
AVALIE: Marque um X em todos os sinais presentes CLASSIFIQUE
VERIFIQUE SE HÁ SINAIS GERAIS DE PERIGO: Sim ___ Não ___
SE SIM: Quais? Não consegue beber ou mamar no peito ___ Vomita tudo ___
Letárgica ou inconsciente ___ Convulsões ___

A CRIANÇA ESTÁ COM TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR? Sim ___ Não ___
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias  Conte as respirações em um minuto ____ rpm
 Respiração rápida? ___
 Observe se há tiragem subcostal ___
 Verifique se há estridor ou sibilância ___

A CRIANÇA ESTÁ COM DIARRÉIA? Sim ___ Não ___


SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias.  Examine o estado geral da criança. Encontra-se:
Há sangue nas fezes? ___ Letárgica ou inconsciente? ___
Inquieta ou irritada? ___
 Observe se os olhos estão fundos ___
 Ofereça líquidos a criança. A criança:
Não consegue beber ou não bebe bem? ___
Bebe avidamente, com sede? ___
 Sinal da prega: a pele retorna ao estado anterior:
Muito lentamente (> 2 segundos) ___
Lentamente ___

A CRIANÇA ESTÁ COM FEBRE? Sim ___ Não ___


Determine se o Risco de Malária é: Observe e palpe se está com:
Alto___ Baixo ___ Sem risco ___  Rigidez de nuca ___
Há quanto tempo: ____ dias  Petéquias ___
SE HÁ MAIS DE 7 DIAS:  Abaulamento de fontanela ___
Houve febre todos os dias? ___

6. AVALIE E CLASSIFIQUE A OS PROBLEMAS DE OUVIDO

Quando uma criança tem infecção de ouvido, o pus se acumula atrás do tímpano causando dor e freqüentemente
febre. Caso se não se trate a infecção, o tímpano pode romper, drenando secreção purulenta e diminuindo a dor.

Algumas vezes a infecção se estende do ouvido médio ao osso mastóide, causando mastoidite. A infecção também
pode estender-se do ouvido médio para o SNC, causando meningite. Estas são doenças graves que requerem
atenção urgente a nível hospitalar.

As infecções de ouvido raramente causam a morte. Entretanto, levam a muitos dias de doenças nas crianças. É a
principal causa de surdez nos países em desenvolvimento o que acarreta problemas de aprendizagem na escola.
6.1. AVALIE OS PROBLEMAS DE OUVIDO

Em uma criança com problemas de ouvido deve ser avaliado a:

 Dor de ouvido.
 Secreção purulenta no ouvido.
 Tempo de duração da secreção purulenta no ouvido.
 Tumefação dolorosa ao toque na parte posterior do pavilhão auricular.

No formulário de registro os passos para avaliação e classificação dos problemas de ouvido são:

A CRIANÇA ESTÁ COM ALGUM PROBLEMA DE OUVIDO? Sim ___ Não ___
Está com dor de ouvido? ___  Observe se há secreção purulenta no ouvido.
Há secreção no ouvido? ___  Palpe para determinar se há tumefação dolorosa
SE HOUVER: Há quanto tempo? ___ dias atrás do ouvido.

Use otoscópio quando disponível

Para isso, pergunte e observe para TODAS as crianças doentes atendidas:

 A criança tem um problema de ouvido?


 A criança tem dor de ouvido?
 Há secreção de ouvido? Em caso afirmativo, desde quando?
 Observe se há secreção purulenta no ouvido.
 Palpe para verificar se há tumefação dolorosa ao toque na parte posterior do pavilhão auricular.

6.2. CLASSIFIQUE OS PROBLEMAS DE OUVIDO

Existem quatro classificações para os problemas de ouvido:

 Mastoidite.
 Infecção aguda do ouvido.
 Possível Infecção Aguda do ouvido
 Infecção crônica do ouvido.
 Não há infecção do ouvido.
 Tumefação dolorosa ao toque atrás MASTOIDITE  Dar a primeira dose de um
da orelha. antibiótico recomendado.
 Dar uma dose de analgésico.
 Referir URGENTEMENTE ao
hospital.

 Secreção purulenta visível no INFECÇÃO AGUDA - Antibiótico recomendado por


ouvido há menos de 14 dias, ou DO OUVIDO .10 dias
membrana timpânica hipermiada,  Dar uma dose de analgésico.
abaulada ou perfurada..  Secar o ouvido com uma
Dor de ouvido mecha se tem secreção.
 Marcar o retorno em 5 dias.

 Dor no ouvido POSSÍVEL INFECÇÃO Dar analgésico para a dor.


AGUDA DO OUVIDO Marcar retorno em 2 dias

 Secreção purulenta visível no INFECÇÃO CRÔNICA  Secar o ouvido com uma mecha.
ouvido há 14 dias ou mais. DO OUVIDO  Marcar o retorno em 5 dias.

 Não tem dor de ouvido e não foi NÃO HÁ INFECÇÃO  Nenhum tratamento adicional.
notada nenhuma secreção DO OUVIDO
purulenta no ouvido.

Utilizar otóscopio se disponível .

EXERCÍCIOS

Leia os casos seguintes e responda as perguntas sobre cada um deles no formulário de registro.

 Caso 1: Carmen

Carmen tem 3 anos. Pesa 13 Kg. Tem temperatura de 38 C.


- Qual o problema da Carmen?
- Carmen está com dor de ouvido há 3 dias. Tem também chorado muito.
- Carmen tem mais alguma coisa?
- Sim, Carmen tem estado com febre há 2 dias.
- É a primeira consulta de Carmen por estes problemas?
- Sim.
O profissional não encontrou sinais gerais de perigo. Não tem tosse nem dificuldade para respirar. Não tem
diarréia, É área sem risco de malária. A febre foi classificada como DOENÇA FEBRIL.
- Como é problema de ouvido de Carmen?
- Carmen tem tido secreções no ouvido que vai e volta desde um ano.
O profissional palpou a parte posterior dos ouvidos da menina e sentiu que havia tumefação dolorosa atrás de
um deles, mas não detectou secreção purulenta visível.

A CRIANÇA ESTÁ COM ALGUM PROBLEMA DE OUVIDO? Sim ___ Não ___
Está com dor de ouvido? ___  Observe se há secreção purulenta no ouvido.
Há secreção no ouvido? ___  Palpe para determinar se há tumefação dolorosa
SE HOUVER: Há quanto tempo? ___ dias atrás do ouvido.

Use otoscópio quando disponível

 Caso 2: Paula

Paula tem 18 meses. Pesa 9 Kg. Tem temperatura de 37 C.


- Qual o problema da Paula?
- Paula está com secreção de ouvido há 3 dias. Não está comendo bem.
Paula não apresenta sinais gerais de perigo. Não tem tosse nem dificuldade para respirar. Não tem diarréia
nem febre. É a sua primeira consulta por este problema.
- O que mais Paula sente no ouvido?
- Paula não tem dor de ouvido, mas noto que sai uma secreção amarelada do ouvido direito.
O profissional palpou a parte posterior dos ouvidos da menina e sentiu que não havia tumefação dolorosa atrás
dos ouvidos, mas detectou secreção purulenta visível no ouvido direito.

A CRIANÇA ESTÁ COM ALGUM PROBLEMA DE OUVIDO? Sim ___ Não ___
Está com dor de ouvido? ___  Observe se há secreção purulenta no ouvido.
Há secreção no ouvido? ___  Palpe para determinar se há tumefação dolorosa
SE HOUVER: Há quanto tempo? ___ dias atrás do ouvido.

Use otoscópio quando disponível

7. VERIFIQUE SE HÁ DESNUTRIÇÃO E ANEMIA

Uma mãe pode levar seu filho a uma unidade de saúde porque a criança tem uma doença aguda. A criança talvez
não tenha queixas que indiquem desnutrição ou anemia. Porém, uma criança doente pode estar desnutrida e o
médico ou a mãe talvez nem notem o problema.

Uma criança com desnutrição grave está mais exposta a vários tipos de doenças, têm infecções mais graves, e
maior risco de morrer. Mesmo crianças com desnutrição leve e moderada têm um crescente risco de morte.

A identificação e o tratamento de crianças com desnutrição pode ajudar a prevenir numerosas doenças graves e a
morte. Alguns casos podem ser tratados em casa. Os casos graves devem ser referidos ao hospital para tratar as
complicações mais freqüentes, receber alimentação especial, transfusões de sangue ou um tratamento específico
para a doença que contribui para a desnutrição.

Um dos tipos é a desnutrição protéica-calórica. Esta se desenvolve quando a criança não obtém de seus
alimentos suficiente energia ou proteínas para satisfazer suas necessidades nutricionais. Uma criança que tenha
apresentado doenças agudas com freqüência também pode desenvolver desnutrição protéica-calórica. Nesta
desnutrição:

 A criança pode sofrer emagrecimento acentuado (marasmo).


 A criança pode desenvolver edema (kwashiorkor).
 A criança pode associar edema com emagrecimento acentuado (kwashiorkor-marasmático).

Uma criança cuja dieta não fornece as quantidades recomendadas de vitaminas e minerais essenciais pode
desenvolver carência nutricional específica. A criança talvez não coma quantidades suficientes recomendadas de
certas vitaminas (como vitamina A) ou minerais (como ferro).

A falta de consumo de alimentos que contém vitamina A pode trazer como resultado a deficiência de vitamina A,
com o risco de morrer em conseqüência de sarampo e diarréia. As formas mais graves de hipovitaminose A levam
a alterações oculares com risco de cegueira (cegueira noturna, xeroftalmia ou queratomalácea).

A anemia ferropriva é a carência nutricional de maior prevalência na infância. A falta de alimentos ricos em ferro
podem levar à anemia. Uma das causas mais freqüentes em nosso meio é o desmame precoce e inadequado. Uma
criança também pode desenvolver anemia como resultado de:

 Infecções.
 Infestações por parasitas como ancilóstomos ou tricocefálos.
 Malária.

7.1. AVALIE A DESNUTRIÇÃO E ANEMIA

No formulário de registro os passos para avaliação e classificação da desnutrição e anemia são:

A SEGUIR, VERIFIQUE SE HÁ DESNUTRIÇÃO OU ANEMIA


 Observe se há emagrecimento acentuado? ___
 Verifique se há edema em ambos os pés ___
 Observe se há palidez palmar. ___ Leve ____ Grave ___
 Determine o peso para a idade: Muito baixo ___ Baixo ___ Não é baixo ___
 Avalie se há ganho insuficiente de peso ___

Para isso, observe e palpe para TODAS as crianças doentes atendidas:

 Observe se há emagrecimento acentuado.


 Observe se há palidez palmar.
 Observe e palpe para verificar se há edema em ambos os pés.
 Determine o peso para idade.
 Observe o cartão da criança.

Na avaliação do peso para a idade se compara o peso da criança com o peso de outras crianças da mesma idade. O
gráfico do MS/OMS segue o padrão do NCHS.

A linha inferior representa o valor médio (meninos e meninas) de –3 Z SC (Percentil P-01).


A linha do meio representa o valor médio (meninos e meninas) de –2 Z SC (Percentil P- 3).
A linha superior representa o valor médio (meninos e meninas) de +2 Z SC (Percentil P-97).

O Z escore (Z SC): é o desvio do valor observado para um determinado indivíduo, do valor da média da população
de referência, dividido pelo desvio padrão para a população de referência.
Z SC = Valor observado – valor médio da referência
Desvio padrão da população de referência

Observe: o ponto está acima, no meio, ou abaixo da curva inferior:

 Abaixo da curva inferior: ( P 0,1 ou – 3 DP), a criança tem peso muito baixo para a sua idade.
 Entre as 2 curvas inferiores (entre P 3 e P 0,1), a criança tem peso baixo para a sua idade.
 Na linha ou acima da curva do meio (P 3 ou – 2 DP), o peso não é baixo para a sua idade.

7.2. CLASSIFIQUE O ESTADO NUTRICIONAL

Existem quatro classificações para o estado nutricional da criança.

 Desnutrição grave.
 Peso muito baixo.
 Peso baixo ou ganho insuficiente.
 Peso não é baixo.

- Apresentar e discutir a Curva de Crescimento do AIDPI e a utilizada atualmente pelo MS/Cartão da Criança.
- Controle do crescimento e desenvolvimento (Anexo 3)

EXEMPLO: A criança tem 27 meses de idade e pesa 8.0 kg. Esta é a maneira a qual o profissional de saúde
determinou o peso para a idade da criança.
1
Esta coluna vertical mostra o peso
da criança
8,0 kg 3
Este é o ponto onde as linhas
2
idade e peso se encontram.
Esta linha mostra a idade da
Com este ponto está abaixo da
criança
curva inferior, a criança está
27 meses
com peso muito baixo para a
idade

 Emagrecimento acentuado DESNUTRIÇÃO  Dar vitamina A.


visível (marasmo) ou GRAVE  Tratar a criança para evitar
 Edema em ambos os pés hipoglicemia.
(Kwachiorkor)  Recomendar à mãe para manter
criança agasalhada.
 Referir URGENTEMENTE
para tratamento.

 Peso muito baixo para a idade PESO MUITO  Avaliar a alimentação da


(abaixo da linha inferior do cartão) BAIXO criança e ensinar à mãe a
tratar a criança em casa.
 Para crianças < 6 meses, se a
amamentação for um problema,
marcar retorno para 2 dias.
 Marcar retorno em 5 dias.

 Peso baixo para a idade PESO BAIXO OU  Avaliar a alimentação da


(entre as duas linhas inferiores GANHO criança e orientar à mãe a
do cartão) ou INSUFICIENTE tratar a criança em casa.
 Ganho de peso insuficiente  Para crianças < 6 meses, se a
amamentação for um problema,
marcar retorno para 2 dias.
 Marcar retorno em 30 dias.

 Peso para a idade não é baixo e PESO NÃO  Se < 2 anos de idade, avaliar a
nenhum outro sinal de É BAIXO alimentação da
desnutrição criança e orientar à mãe a
tratar a criança em casa.
(Recomendações para a
Alimentação da Criança
(Saudável ou Doente).

7.3. CLASSIFIQUE A PALIDEZ PALMAR

Segundo o grau de palidez palmar, a criança se classifica como tendo:

 Anemia grave.
 Anemia.

 Palidez palmar grave ANEMIA GRAVE  Referir URGENTEMENTE


ao hospital.
 Dar ferro.
 Palidez palmar leve ANEMIA  Afastar malária (áreas de risco)
 Dar mebendazol (1 ano ou mais
e não tiver tomado nos últimos
6 meses ).
.
 Avaliar alimentação e orientar
sobre alimentos ricos em ferro.
 Marcar retorno em 14 dias

EXERCÍCIOS

Leia os casos seguintes e responda as perguntas sobre cada um deles no formulário de registro.
 Caso 1: Nádia

Nádia tem 18 meses. Pesa 7 Kg. Tem temperatura de 39 C.


- O que é que a Nádia tem?
- Nádia está com febre há 5 dias.
Nádia não tem sinais de perigo. Não tem tosse nem dificuldade para respirar. Não tem também diarréia. Não
tem problema de ouvido. É a primeira consulta de Nádia. Ao exame físico, o profissional observou que Nádia
não tem rigidez de nuca, petéquias ou abaulamento de fontanela. Não tem coriza. Notou que Nádia tem
emagrecimento acentuado visível. Não há palidez palmar. Não tem edema em ambos os pés. A seguir
determinou o peso para a sua idade.

Nome: _______________________________________________ Idade: _______ Peso: _______ Kg Temperatura: _____ C


PERGUNTE: Quais são os problemas da criança: __________________________Primeira consulta? ___ Consulta de retorno? ___
AVALIE: Marque um X em todos os sinais presentes CLASSIFIQUE
VERIFIQUE SE HÁ SINAIS GERAIS DE PERIGO: Sim ___ Não ___
SE SIM: Quais? Não consegue beber ou mamar no peito ___ Vomita tudo ___
Letárgica ou inconsciente ___ Convulsões ___

A CRIANÇA ESTÁ COM TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR? Sim ___ Não ___
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias  Conte as respirações em um minuto ____ rpm
 Respiração rápida? ___
 Observe se há tiragem subcostal ___
 Verifique se há estridor ou sibilância ___

A CRIANÇA ESTÁ COM DIARRÉIA? Sim ___ Não ___


SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias.  Examine o estado geral da criança. Encontra-se:
Há sangue nas fezes? ___ Letárgica ou inconsciente? ___
Inquieta ou irritada? ___
 Observe se os olhos estão fundos ___
 Ofereça líquidos a criança. A criança:
Não consegue beber ou não bebe bem? ___
Bebe avidamente, com sede? ___
 Sinal da prega: a pele retorna ao estado anterior:
Muito lentamente (> 2 segundos) ___
Lentamente ___

A CRIANÇA ESTÁ COM FEBRE? Sim ___ Não ___


Determine se o Risco de Malária é: Observe e palpe se está com:
Alto___ Baixo ___ Sem risco ___  Rigidez de nuca ___
Há quanto tempo: ____ dias  Petéquias ___
SE HÁ MAIS DE 7 DIAS:  Abaulamento de fontanela ___
Houve febre todos os dias? ___

A CRIANÇA ESTÁ COM ALGUM PROBLEMA DE OUVIDO? Sim ___ Não ___
Está com dor de ouvido? ___  Observe se há secreção purulenta no ouvido.
Há secreção no ouvido? ___  Palpe para determinar se há tumefação dolorosa
SE HOUVER: Há quanto tempo? ___ dias atrás do ouvido.

A SEGUIR, VERIFIQUE SE HÁ DESNUTRIÇÃO OU ANEMIA


 Observe se há emagrecimento acentuado? ___
 Verifique se há edema em ambos os pés ___
 Observe se há palidez palmar. ___ Leve ____ Grave ___
 Determine o peso para a idade: Muito baixo ___ Baixo ___ Não é baixo ___
 Avalie se há ganho insuficiente de peso ___

 Caso 2: Felipe

Felipe tem 11 meses. Pesa 8 Kg. Tem temperatura de 37 C.


- O que é que Felipe tem?
- Felipe tem uma tosse seca há 3 semanas.
- É a primeira vez que Felipe vem por este problema?
- Sim.
Felipe não apresenta sinais de perigo. Não tem diarréia. Não tem febre. Não tem problema de ouvido. O
profissional ao exame físico observou que a freqüência respiratória é de 41 rpm. Não apresenta emagrecimento
acentuado visível. As palmas das mãos estão muito pálidas e parecem quase brancas. Não há edema dos pés. O
profissional determinou o peso de Felipe para a sua idade.

Nome: _______________________________________________ Idade: _______ Peso: _______ Kg Temperatura: _____ C


PERGUNTE: Quais são os problemas da criança: __________________________Primeira consulta? ___ Consulta de retorno? ___
AVALIE: Marque um X em todos os sinais presentes CLASSIFIQUE
VERIFIQUE SE HÁ SINAIS GERAIS DE PERIGO: Sim ___ Não ___
SE SIM: Quais? Não consegue beber ou mamar no peito ___ Vomita tudo ___
Letárgica ou inconsciente ___ Convulsões ___

A CRIANÇA ESTÁ COM TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR? Sim ___ Não ___
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias  Conte as respirações em um minuto ____ rpm
 Respiração rápida? ___
 Observe se há tiragem subcostal ___
 Verifique se há estridor ou sibilância ___

A CRIANÇA ESTÁ COM DIARRÉIA? Sim ___ Não ___


SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias.  Examine o estado geral da criança. Encontra-se:
Há sangue nas fezes? ___ Letárgica ou inconsciente? ___
Inquieta ou irritada? ___
 Observe se os olhos estão fundos ___
 Ofereça líquidos a criança. A criança:
Não consegue beber ou não bebe bem? ___
Bebe avidamente, com sede? ___
 Sinal da prega: a pele retorna ao estado anterior:
Muito lentamente (> 2 segundos) ___
Lentamente ___

A CRIANÇA ESTÁ COM FEBRE? Sim ___ Não ___


Determine se o Risco de Malária é: Observe e palpe se está com:
Alto___ Baixo ___ Sem risco ___  Rigidez de nuca ___
Há quanto tempo: ____ dias  Petéquias ___
SE HÁ MAIS DE 7 DIAS:  Abaulamento de fontanela ___
Houve febre todos os dias? ___

A CRIANÇA ESTÁ COM ALGUM PROBLEMA DE OUVIDO? Sim ___ Não ___
Está com dor de ouvido? ___  Observe se há secreção purulenta no ouvido.
Há secreção no ouvido? ___  Palpe para determinar se há tumefação dolorosa
SE HOUVER: Há quanto tempo? ___ dias atrás do ouvido.

A SEGUIR, VERIFIQUE SE HÁ DESNUTRIÇÃO OU ANEMIA


 Observe se há emagrecimento acentuado? ___
 Verifique se há edema em ambos os pés ___
 Observe se há palidez palmar. ___ Leve ____ Grave ___
 Determine o peso para a idade: Muito baixo ___ Baixo ___ Não é baixo ___
 Avalie se há ganho insuficiente de peso ___

 Caso 3: Marcelo

Marcelo tem 9 meses. Pesa 5 Kg. Tem temperatura de 37 C.


- O que é que o Marcelo tem?
- Marcelo está com diarréia há 5 dias.
- Viu sangue nas fezes?
- Não.
Marcelo não tem sinais de perigo. Não tem tosse nem dificuldade para respirar. Não tem também febre. Não
tem problema de ouvido. É a primeira consulta de Marcelo. Ao exame físico: não está inquieto nem irritado.
Não tem os olhos fundos. Tem sede e está ansioso para tomar a água que lhe oferecem. Ao sinal da prega, a
pele volta lentamente ao estado anterior. A seguir o profissional verificou se havia sinais de desnutrição ou
anemia. O menino não tem emagrecimento acentuado visível. Não apresenta palidez palmar. Não tem edema
em ambos os pés. O profissional determinou o peso de Marcelo para a sua idade.

Nome: _______________________________________________ Idade: _______ Peso: _______ Kg Temperatura: _____ C


PERGUNTE: Quais são os problemas da criança: __________________________Primeira consulta? ___ Consulta de retorno? ___
AVALIE: Marque um X em todos os sinais presentes CLASSIFIQUE
VERIFIQUE SE HÁ SINAIS GERAIS DE PERIGO: Sim ___ Não ___
SE SIM: Quais? Não consegue beber ou mamar no peito ___ Vomita tudo ___
Letárgica ou inconsciente ___ Convulsões ___

A CRIANÇA ESTÁ COM TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR? Sim ___ Não ___
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias  Conte as respirações em um minuto ____ rpm
 Respiração rápida? ___
 Observe se há tiragem subcostal ___
 Verifique se há estridor ou sibilância ___

A CRIANÇA ESTÁ COM DIARRÉIA? Sim ___ Não ___


SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias.  Examine estado geral da criança. Encontra-se:
Há sangue nas fezes? ___ Letárgica ou inconsciente? ___
Inquieta ou irritada? ___
 Observe se os olhos estão fundos ___
 Ofereça líquidos a criança. A criança:
Não consegue beber ou não bebe bem? ___
Bebe avidamente, com sede? ___
 Sinal da prega: a pele retorna ao estado anterior:
Muito lentamente (> 2 segundos) ___
Lentamente ___

A CRIANÇA ESTÁ COM FEBRE? Sim ___ Não ___


Determine se o Risco de Malária é: Observe e palpe se está com:
Alto___ Baixo ___ Sem risco ___  Rigidez de nuca ___
Há quanto tempo: ____ dias  Petéquias ___
SE HÁ MAIS DE 7 DIAS:  Abaulamento de fontanela ___
Houve febre todos os dias? ___

A CRIANÇA ESTÁ COM ALGUM PROBLEMA DE OUVIDO? Sim ___ Não ___
Está com dor de ouvido? ___  Observe se há secreção purulenta no ouvido.
Há secreção no ouvido? ___  Palpe para determinar se há tumefação dolorosa
SE HOUVER: Há quanto tempo? ___ dias atrás do ouvido.

A SEGUIR, VERIFIQUE SE HÁ DESNUTRIÇÃO OU ANEMIA


Observe se há emagrecimento acentuado? ___
 Verifique se há edema em ambos os pés ___
 Observe se há palidez palmar. ___ Leve ____ Grave ___
 Determine o peso para a idade: Muito baixo ___ Baixo ___ Não é baixo ___
 Avalie se há ganho insuficiente de peso ___

 Caso 4: Antônio
Antônio tem 3 anos e 1 mês. Pesa 9,5 Kg. Tem temperatura de 38 C.
- O que é que o Antônio tem?
- Antônio está com febre, tem chorado muito e esfrega muito o nariz.
O profissional atende pela primeira vez Antônio e avalia que ele não tem os sinais gerais de perigo. Não tem
tosse nem diarréia.
- Há quantos dias Antônio tem febre?
- Há 3 dias e movimenta a cabeça com dificuldade.
- Antônio tem problema de ouvido?
- Sim, há 3 dias está saindo pus do ouvido.
O profissional examina e observa que Antônio tem rigidez de nuca. Palpa e não sente tumefação dolorosa ao
toque atrás dos ouvidos, mas observa secreção purulenta no ouvido direito. A seguir verifica sinais de
desnutrição e anemia. Antônio está magro, porém não apresenta emagrecimento acentuado visível. Não tem
palidez palmar. Não tem edema nos pés. O profissional determina o peso para a sua idade.

Nome: _______________________________________________ Idade: _______ Peso: _______ Kg Temperatura: _____ C


PERGUNTE: Quais são os problemas da criança: __________________________Primeira consulta? ___ Consulta de retorno? ___
AVALIE: Marque um X em todos os sinais presentes CLASSIFIQUE
VERIFIQUE SE HÁ SINAIS GERAIS DE PERIGO: _
SE SIM: Quais? Não consegue beber ou mamar no peito ___ Vomita tudo ___
Letárgica ou inconsciente ___ Convulsões ___

A CRIANÇA ESTÁ COM TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR? Sim ___ Não ___
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias  Conte as respirações em um minuto ____ rpm
 Respiração rápida? ___
 Observe se há tiragem subcostal ___
 Verifique se há estridor ou sibilância ___

A CRIANÇA ESTÁ COM DIARRÉIA? Sim ___ Não ___


SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias.  Examine o estado geral da criança. Encontra-se:
Há sangue nas fezes? ___ Letárgica ou inconsciente? ___
Inquieta ou irritada? ___
 Observe se os olhos estão fundos ___
 Ofereça líquidos a criança. A criança:
Não consegue beber ou não bebe bem? ___
Bebe avidamente, com sede? ___
 Sinal da prega: a pele retorna ao estado anterior:
Muito lentamente (> 2 segundos) ___
Lentamente ___

A CRIANÇA ESTÁ COM FEBRE? Sim ___ Não ___


Determine se o Risco de Malária é: Observe e palpe se está com:
Alto___ Baixo ___ Sem risco ___  Rigidez de nuca ___
Há quanto tempo: ____ dias  Petéquias ___
SE HÁ MAIS DE 7 DIAS:  Abaulamento de fontanela ___
Houve febre todos os dias? ___
A CRIANÇA ESTÁ COM ALGUM PROBLEMA DE OUVIDO? Sim ___ Não ___
Está com dor de ouvido? ___  Observe se há secreção purulenta no ouvido.
Há secreção no ouvido? ___  Palpe para determinar se há tumefação dolorosa
SE HOUVER: Há quanto tempo? ___ dias atrás do ouvido.

A SEGUIR, VERIFIQUE SE HÁ DESNUTRIÇÃO OU ANEMIA


 Observe se há emagrecimento acentuado? ___
 Verifique se há edema em ambos os pés ___
 Observe se há palidez palmar. ___ Leve ____ Grave ___
 Determine o peso para a idade: Muito baixo ___ Baixo ___ Não é baixo ___
 Avalie se há ganho insuficiente de peso ___
8. VERIFIQUE O ESTADO DE VACINAÇÃO DA CRIANÇA

As vacinas constituem-se no principal mecanismo de controle das doenças imunopreveníveis. São agentes de
imunização ativa utilizadas para proteção específica e duradoura contra doenças transmissíveis. São constituídas
por bactérias vivas modificadas ou mortas, vírus inativados ou vírus vivos atenuados ou frações de vírus ou
bactérias. A estes são adicionados substâncias com atividade germicida (antibióticos), estabilizadora (nutrientes), e
adjuvantes que ampliam o poder de ação de alguns imunizantes como ocorre com os toxóides, por exemplo.
Verifique em TODAS as crianças o estado de vacinação, segundo um plano recomendado.

Calendário de vacinação do Ministério da Saúde

IDADE
Ao nascer BCG intradérmico1
Vacina contra hepatite B (VHB)2

2 meses Vacina IM contra pólio (VIP) + PENTAVALENTE (DTP+


Vacina contra H. influenzae b (Hib)) E VHB VORH

4 meses Vacina IM contra pólio (VIP) PENTA+ VOP =VORH

6 meses Vacina oral contra pólio (VIP )PENTA+ VOP + VHB

9 meses Vacina Contra Febre Amarela


15 meses DPT + VOP + Vacina Tríplice Viral (VTV) 4
6 anos BCG
10-11 anos Dupla tipo adulto e Febre Amarela

1. Não sendo possível, aplicar no primeiro mês.


2. De preferência dentro das primeiras 24 horas de vida, ou, ao menos, antes da alta da maternidade. A vacina
pode ser feita em qualquer idade num total de três doses, com intervalo de um mês entre a primeira e segunda
dose, e de seis meses entre a primeira e terceira dose (ou de 3 meses para atualizar o calendário).
3. Todas as crianças que receberam uma dose de VS com menos de um ano de idade deverão receber dose
adicional, a partir de 12 meses, preferencialmente a Tríplice Viral aos 15 meses.
4. A vacinação contra rubéola (monovalente) deve fazer parte da estratégia de eliminação da Síndrome da Rubéola
Congênita, recomendando-se também a vacinação das puérperas.
5. Repetir a cada 10 anos durante toda a vida.

No caso da vacina BCG, a revacinação é indicada, quando não houve cicatriz vacinal somente
após observação, de no mínimo, 6 meses.

O formulário de registro apresenta os seguintes itens:

VERIFIQUE A SITUAÇÃO DAS VACINAS: Marque com um circulo as vacinas a serem dadas hoje. Retornar para a
BCG__ TETRA1__ TETRA2__ TETRA3__ DPT4__ DPT5__ próxima vacinação
____/___/___
VPO1__ VPO2__ VPO3__ VPO4__ TRIPLICE VIRAL __ VPO5 __
EVITE FALSAS CONTRA-INDICAÇÕES:

Não constituem contra-indicações à vacinação: doenças benignas comuns, tais como afecções
recorrentes das vias respiratórias superiores, com tosse e/ou coriza, diarréia leve ou moderada,
doenças de pele (impetigo, escabiose, etc.), desnutrição; aplicação de vacina contra raiva em
andamento; doença neurológica estável (síndrome convulsiva controlada, por exemplo) ou
pregressa com seqüela grave; antecedente familiar de convulsão; tratamento de corticosteróide em
doses não elevadas durante curto período de tempo (inferior a duas semanas), ou tratamento
prolongado com doses baixas ou moderadas em dias alternados; alergias (exceto as relacionadas
com determinadas vacinas); prematuridade ou baixo peso; internação hospitalar. Deve-se ressaltar
que história e/ou diagnóstico clínico pregressos de coqueluche, difteria, sarampo, tétano e
tuberculose não constituem contra-indicações ao uso das respectivas vacinas.

OBSERVE AS CONTRA-INDICAÇÕES:

 Não dar BCG a uma criança que tenha AIDS ou imunodepressão. Pode ser administrada a
vacina nas crianças HIV positivas, não imunodeprimida.
 Não dar TETRA-2 ou TETRA-3 a uma criança que tenha tido convulsões ou choque nos 3 dias
após a dose anterior.
 Não dar TETRA a uma criança com doença neurológica ativa do SNC e nos casos em que
tenha apresentado após a aplicação da dose anterior uma das seguintes situações:
- Convulsões nas primeiras 72 horas.
- Encefalopatia nos primeiros 7 dias.
- Síndrome hipotônico-hiporesponsivo ou choro prolongado e incontrolável nas
primeiras 48 horas.

OBSERVE OS ADIAMENTOS:

Deve ser adiada a aplicação de qualquer tipo de vacina em pessoas com doenças agudas febris
graves, principalmente para que seus sintomas e sinais, assim como possíveis complicações, não
sejam atribuídos à vacina administrada e o BCG ID em crianças com menos de 2.000 gramas.

Para decidir se uma criança necessita de uma vacina no momento da consulta:

 Olhe a idade da criança


 Pergunte à mãe se tem o cartão da criança.
EXERCÍCIOS

Decida se existe uma contra-indicação para cada uma das crianças seguintes:

Quando a criança: Vacine hoje Não vacine hoje


Será tratada em casa com antibióticos.
Tem uma infecção cutânea local.
Teve convulsões imediatamente após TETRA-1 e
precisa de TETRA2 e VPO-2 hoje mesmo.
Tem um problema cardíaco crônico.
Está sendo amamentada de forma exclusiva.
Tem um irmão mais velho que teve convulsões.
no ano anterior.
Teve icterícia ao nascer.
Tem peso muito baixo.
É HIV positivo, sem sintomas.
Tem AIDS e não recebeu nenhuma vacina.
Tem resfriado comum.

 Caso 1: Ricardo

Ricardo, 6 meses de idade. Não apresenta sinais gerais de perigo. Foi classificado como NÃO É
PNEUMONIA e o PESO NÃO É BAIXO.

História de vacinação: BCG, VPO-1, TETRA 1,HEP 1 , VPO-2 E TETRA-2 estas últimas dadas há 6 semanas
atrás.

1. Ricardo está com o cronograma de vacinação em dia?


2. Que vacinas, caso necessário, Ricardo precisa tomar hoje?
3. Quando deverá voltar para a sua próxima vacina?

 Caso 2: João

João, 4 meses de idade. Não apresenta sinais gerais de perigo. Foi classificado como DIARRÉIA e SEM
DESIDRATAÇÃO.

História de vacinação: BCG, HEPATITE1, TETRA1, VPO-1 e VORH-1, E HEPATITE 2 dadas há 6 semanas
atrás.

1. João está com o cronograma de vacinação em dia?


2. Que vacinas, caso necessário, João precisa tomar hoje?
3. João tem diarréia. Que vacinas receberá em seu próximo atendimento?
4. Quando deverá voltar para a sua próxima vacina?
9. AVALIE OUTROS PROBLEMAS

No final você deverá abordar outros problemas que à mãe tenha lhe comunicado, por exemplo problemas
dermatológicos. Reconheça e trate qualquer outro problema de acordo com a sua especialização, experiência e
critério clínico. Refira a criança por qualquer outro problema que você não possa tratar na sua unidade de saúde.

ASSEGURE-SE DE QUE A CRIANÇA, COM QUALQUER


SINAL DE PERIGO, SEJA REFERIDA depois de receber a
primeira dose de um antibiótico apropriado e quaisquer outros
tratamentos urgentes. Exceção: a reidratação da criança
indicada no Plano C poderá resolver os sinais de perigo e não
ser necessário mais referir.
IDENTIFICAR O TRATAMENTO

O passo seguinte, após avaliar e classificar uma criança doente de 2 meses a 5 anos, é em identificar o tratamento
adequado. Em alguns casos a criança muito doente precisa ser referida a um hospital para receber tratamento
recomendado.

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

Ao final deste módulo o aluno estará apto a praticar as seguintes técnicas:

 Determinar se é necessário referir urgentemente ao hospital.


 Determinar os tratamentos necessários.

 Para pacientes que precisam ser referidos urgentemente:

- Identificar os tratamentos prévios urgentes.


- Explicar à mãe sobre a necessidade de referir ao hospital.
- Fazer o encaminhamento para a referência.

ATIVIDADES PRÁTICAS

Neste módulo você aprenderá a identificar o tratamento necessário, através dos seguintes passos:

1. Identificar se é necessário referir urgentemente ao hospital.


2. Identificar o tratamento para pacientes que não necessitam serem referidos com urgência.
3. Identificar tratamento urgente prévio à referência.
4. Administrar tratamento prévio.
5. Referir à criança.
10. DETERMINE SE É NECESSÁRIO REFERIR URGENTEMENTE AO HOSPITAL

1.1. REFIRA AO HOSPITAL POR CLASSIFICAÇÃO GRAVE

A criança deve ser referida se apresentar as seguintes classificações:

 PNEUMONIA GRAVE OU DOENÇA MUITO GRAVE.


 DESIDRATAÇÃO GRAVE.
 DIARRÉIA PERSISTENTE GRAVE.
 MALÁRIA GRAVE OU DOENÇA FEBRIL MUITO GRAVE.
 DOENÇA FEBRIL MUITO GRAVE.
 MASTOIDITE.
 DESNUTRIÇÃO GRAVE.
 ANEMIA GRAVE.

Para a DIARRÉIA PERSISTENTE GRAVE se indica simplesmente “Referir ao Hospital”. Isto quer dizer, que é
necessário referi-la, porém não com tanta urgência. Há tempo para identificar os tratamentos necessários antes de
referi-la ao hospital.

1.2. REFIRA AO HOSPITAL POR SINAIS GERAIS DE PERIGO

Em sua maioria, as crianças que apresentam um sinal geral de perigo também têm uma classificação grave. Nos
casos excepcionais, as crianças podem apresentar sinais gerais de perigo sem uma classificação grave. Essas
crianças devem ser referidas com urgência ao hospital.

ASSEGURE-SE DE QUE A CRIANÇA COM


QUALQUER SINAL GERAL DE PERIGO SEJA
REFERIDA A UM HOSPITAL depois da primeira dose de
um antibiótico apropriado e outros tratamentos urgentes.

Exceção: a reidratação da criança de acordo com o plano C


pode resolver os sinais de perigo e evitar a necessidade de
referi-la a um centro de referência.

1.3. REFIRA AO HOSPITAL POR OUTROS PROBLEMAS GRAVES

A criança deve ser encaminhada a um hospital se apresentar um outro problema grave, por exemplo intensa dor
abdominal. Caso não possa tratar este problema, terá que referir à criança ao hospital.

A maioria das crianças não apresentam nenhum dos sinais


gerais de perigo nem outros problemas graves. Caso a
criança não tenha nenhum destes sinais, não precisa ser
referida urgentemente ao hospital
EXERCÍCIOS

Decida para cada caso se a criança precisa ser referida urgentemente ao hospital

CASOS REFERIR
SIM NÃO

1. Sandra tem 11 meses. Não apresenta sinais gerais de perigo. Apresenta:


Pneumonia, Infecção aguda do ouvido e Peso não é baixo.

2. Nara é uma menina de 6 meses. Não apresenta sinais gerais de perigo.


Apresenta: Não é Pneumonia, Diarréia sem Desidratação, Diarréia Persistente e
Peso não é baixo.

3. David tem 7 meses. Não apresenta sinais gerais de perigo. Apresenta:


Mastoidite, Doença Febril e Peso não é baixo.

4. Marcelo é um menino de 2 anos. Teve uma convulsão e não está comendo bem.
Apresenta: Peso não é baixo.

5. Mário é um menino de 9 meses. Está letárgico. Tem: Diarréia com


Desidratação grave e Peso não é baixo.

6. Emílio é um menino de 15 meses. Ele não pode beber. Tem: Diarréia com
Desidratação grave e Peso não é baixo.

7. Judite tem 2 anos. Não apresenta sinais gerais de perigo. Apresenta: Diarréia
com Desidratação grave e Anemia grave.

8. Catarina é uma menina de 3 anos. Está inconsciente. Tem “Não é Pneumonia”


e Peso não é baixo.

9. Victor é um menino de 4 meses. Não apresenta sinais gerais de perigo.


Apresenta: Pneumonia grave ou Doença muito grave.

10. Socorro é uma menina de 2 anos. Não apresenta sinais gerais de perigo.
Apresenta: Infecção Aguda do Ouvido e Peso não é baixo.
2. IDENTIFIQUE OS TRATAMENTOS PARA OS DOENTES QUE NÃO PRECISAM SER REFERIDOS
COM URGÊNCIA AO HOSPITAL

Para cada classificação listada na frente do formulário de registro, deverão ser escritos os tratamentos no verso do
formulário. Você listará somente os tratamentos que se aplicam à criança atendida.

 Dobre a coluna CLASSIFICAR do formulário de registro de modo que possa vê-la enquanto
olha no verso do formulário.
 Olhe o quadro AVALIAR E CLASSIFICAR para encontrar os tratamentos que são necessários
para cada uma das classificações da criança.
 Faça uma lista com tratamentos necessários no verso do formulário de registro.

Inclua itens para “Consultas de Retorno”. Isso significa dizer à mãe para retornar em um certo número de dias,
pois é muito importante saber se o tratamento está causando o efeito desejado.

Também liste indicações para futuras avaliações que não sejam urgentes. Qualquer outro tratamento necessário
pode ser administrado antes da referência.

Observe que o formulário de registro já lista o item “Recomende à mãe quando retornar imediatamente”, para mais
cuidados à criança.
CONSULTA À CRIANÇA DE 2 MESES A < 5 ANOS DE IDADE
Nome: Aldo__________________________________________________ Idade: 2 anos Peso: 10 Kg Temperatura: 37 C
PERGUNTE: Quais são os problemas da criança: __________________________Primeira consulta? ___ Consulta de retorno? ___
AVALIE: Marque um X em todos os sinais presentes CLASSIFIQUE
VERIFIQUE SE HÁ SINAIS GERAIS DE PERIGO: Sim ___ Não X_
SE SIM: Quais? Não consegue beber ou mamar no peito ___ Vomita tudo ___
Letárgica ou inconsciente ___ Convulsões ___

A CRIANÇA ESTÁ COM TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR? Sim ___ Não ___
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias  Conte as respirações em um minuto ____ rpm
 Respiração rápida? ___
 Observe se há tiragem subcostal ___
 Verifique se há estridor ou sibilância ___

A CRIANÇA ESTÁ COM DIARRÉIA? Sim X Não ___


SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias.  Examine estado geral da criança. Encontra-se:
Há sangue nas fezes? ___ Letárgica ou inconsciente? ___
Inquieta ou irritada? X
 Observe se os olhos estão fundos X
 Ofereça líquidos a criança. A criança:
Não consegue beber ou não bebe bem? ___ Desidratação
Bebe avidamente, com sede? X
 Sinal da prega: a pele retorna ao estado anterior:
Muito lentamente (> 2 segundos) ___
Lentamente X

A CRIANÇA ESTÁ COM FEBRE? Sim ___ Não X


Determine se o Risco de Malária é: Observe e palpe se está com:
Alto___ Baixo ___ Sem risco ___  Rigidez de nuca ___
Há quanto tempo: ____ dias  Petéquias ___
SE HÁ MAIS DE 7 DIAS:  Abaulamento de fontanela ___
Houve febre todos os dias? ___

A CRIANÇA ESTÁ COM ALGUM PROBLEMA DE OUVIDO? Sim ___ Não ___
Está com dor de ouvido? ___  Observe se há secreção purulenta no ouvido X Infecção Crônica
Há secreção no ouvido? X  Palpe para determinar se há tumefação dolorosa do Ouvido
SE HOUVER: Há quanto tempo? ___ dias atrás do ouvido ___

A SEGUIR, VERIFIQUE SE HÁ DESNUTRIÇÃO OU ANEMIA


Observe se há emagrecimento acentuado? ___
 Verifique se há edema em ambos os pés ___
 Observe se há palidez palmar. ___ Leve ____ Grave ___ Peso não é baixo
 Determine o peso para a idade: Muito baixo ___ Baixo ___ Não é baixo X
 Avalie se há ganho insuficiente de peso ___

VERIFIQUE A SITUAÇÃO DAS VACINAS: Marque com um circulo as vacinas a serem dadas hoje Retornar para a
BCG X DPT1 X DPT2 X DPT3 X DPT4 X DPT5__ VPO1 X próxima vacinação
VPO2 X VPO3 X SARAMPO1 X VPO4 X SARAMPO2 X VPO5 __ 4 anos

AVALIE A SITUAÇÃO DE ALIMENTAÇÃO Problemas de


(se estiver anêmica, com peso muito baixo, peso baixo, ganho insuficiente de peso, < de 2 anos de idade) alimentação:
 Você alimenta sua criança no peito? Sim ___ Não ___
 Se amamenta, quantas vezes no período de 24 horas? ___ vezes. Amamenta à noite? Sim ___ Não ___
 A criança come algum outro alimento ou toma líquidos? Sim ___ Não ___
SE SIM: que alimentos ou líquidos? _____________________________________________________
 Quantas vezes ao dia ___ vezes. Usa o que para alimentar à criança? ___________________________
 Se o peso for muito baixo para a idade? Qual o tamanho das porções? __________________________
 Durante esta doença, houve mudança na alimentação da criança? Sim ___ Não ___
SE HOUVE, como? _________________________________________________________________

AVALIE OUTROS PROBLEMAS E AS DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA


TRATE
Refira qualquer criança que apresente pelo menos um
sinal de perigo sem estar em outra classificação

Líquidos e alimentos (Plano B)


Controle em: 5 dias se não melhorar

Secar ouvidos e mechas


Controle em: 5 dias

 Retorne para reavaliação em : dias


 Retorne imediatamente:
 Administre todas as vacinas para hoje:
 Recomendações sobre alimentação:
EXERCÍCIOS

Identifique os tratamentos para as crianças que não precisam ser referidas com urgência ao hospital.

 Caso 1: Ester

Ester tem 15 meses. Não apresenta sinais gerais de perigo. Tem: PNEUMONIA E PESO NÃO É BAIXO.
Tomou a BCG e 3 doses de DPT e VPO.

1. Que tratamentos são necessários para a PNEUMONIA de Ester?

2. É necessário avaliar a sua alimentação para PESO NÃO É BAIXO.

3. Que vacinas Ester precisa tomar hoje?

4. Qual é a data próxima que pode fixar para a consulta de retorno de Ester?

 Caso 2: Maira

Maira tem 16 meses. Não apresenta sinais gerais de perigo. Tem: DOENÇA FEBRIL (área sem risco de
malária) e PESO NÃO É BAIXO. Tomou a BCG e 3 doses de DPT e VPO.

1. Que tratamentos são necessários para a DOENÇA FEBRIL de Maira?

2. Maira precisa de uma avaliação para alimentação?

3. Maira precisa de vacinação. Caso precise, qual?

4. Qual é a data próxima que pode fixar para a consulta de retorno de Maira?
2.1. QUANDO RETORNAR IMEDIATAMENTE

É muito importante ensinar às mães quais os sinais indicativos de gravidade que, caso a criança apresente, deve ser
levada URGENTEMENTE a unidade de saúde.

Recomende à mãe para que retorne imediatamente caso a


criança apresente qualquer um dos seguintes sinais abaixo

 Qualquer criança doente  Não consegue beber nem mamar no peito


 Piora do estado geral
 Aparecimento ou piora da febre

 Se a criança estiver com TOSSE OU  Dificuldade para respirar


DIFICULDADE PARA RESPIRAR,  Respiração rápida
retornar, se apresentar ou piorar da:

 Se a criança estiver com DIARRÉIA,  Sangue nas fezes


retornar também se apresentar:  Dificuldade para beber

Exceção: caso a criança já tenha sangue nas fezes, não precisa dizer à mãe que retorne imediatamente por sangue
nas fezes, mas apenas se a criança não beber bem.
EXERCÍCIOS

Enumere os sinais para que estas crianças possam regressar imediatamente à unidade de saúde.

1. Maria Elizabete tem 11 meses. Não apresenta sinais gerais de


perigo. Classifica-se como Infecção Aguda do Ouvido e Peso
não é Baixo.

2. Almir tem 2 anos. Não apresenta sinais gerais de perigo. Tem:


Diarréia sem Desidratação, Diarréia Persistente e Peso não é
Baixo.

3. Roberto Carlos tem 18 meses. Não apresenta sinais gerais de


perigo. Classifica-se como Não é Pneumonia e Peso não é
Baixo.

4. Andréa tem 10 meses. Não apresenta sinais gerais de perigo.


Tem: Diarréia sem desidratação, Disenteria e se classifica como
Peso não é Baixo.

5. Márcia tem 3 anos. Não apresenta sinais gerais de perigo. Tem:


Pneumonia, Doença Febril (37,5 C há 2 dias). Classifica-se
como Anemia e Peso não é Baixo.
3. IDENTIFIQUE O TRATAMENTO URGENTE ANTES DE REFERIR AO HOSPITAL

Quando a criança precisa ser referida com urgência ao hospital, é importante identificar e começar a administrar
rapidamente os tratamentos para esta criança. No quadro AVALIAR E CLASSIFICAR estes tratamentos aparecem
grifados.

 Administrar um antibiótico recomendado.


 Administrar quinina para a malária grave.
 Administrar vitamina A.
 Tratar a criança para prevenir a hipoglicemia.
 Administrar um antimalárico por via oral.
 Administrar antitérmico/analgésico para a febre alta (38,5 C ou mais) e dor.
 Dar solução de SRO para que a mãe ofereça durante o trajeto para o hospital.

EXERCÍCIOS

Marque o tratamento(s) urgentes prévios a referência ao hospital.

 Caso 1: Heloísa

Heloísa tem 12 meses. Não apresenta sinais gerais de perigo. Está classificada como: NÃO É PNEUMONIA,
MASTOIDITE, NÃO TEM ANEMIA E O PESO NÃO É BAIXO. Heloísa precisa ser referida com urgência
ao hospital por ter MASTOIDITE.

a. ___ Suavizar a garganta e aliviar a tosse comum com remédio inócuo.


b. ___ Recomendar à mãe ou o acompanhante quando retornar imediatamente.
c. ___ Retornar em 5 dias caso não melhores.
d. ___ Dar a primeira dose de um antibiótico recomendado.
e. ___ Dar a primeira dose de um analgésico/antitérmico para a dor.
f. X Referir URGENTEMENTE ao hospital.
g. ___ Avaliar a alimentação e dar recomendações à mãe sobre a alimentação.

 Caso 2: Vilma

Vilma tem 18 meses. Não apresenta sinais gerais de perigo. Está classificada como: como SEM
DESIDRATAÇÃO, DIARRÉIA PERSISTENTE, DESNUTRIÇÃO GRAVE. Vilma precisa ser referida com
urgência ao hospital por ter DESNUTRIÇÃO GRAVE.

a. ___ Dar líquidos e alimentos para prevenir a desidratação (Plano A).


b. ___ Recomendar à mãe ou o acompanhante quando retornar imediatamente.
c. ___ Recomendar à mãe ou o acompanhante sobre a maneira de alimentar à criança.
d. ___ Retornar em 5 dias.
e. ___ Dar vitamina A.
f. X Referir URGENTEMENTE ao hospital.
 Caso 3: Gustavo

Gustavo tem 2 anos. Está letárgico. Vive em área com baixo risco de malária e tem 39,5 C de temperatura.
Está classificado como: DOENÇA FEBRIL MUITO GRAVE E INFECÇÃO CRÔNICA DO OUVIDO. Tem
palidez palmar leve, de modo que se classifica como ANEMIA, ainda que PESO NÃO É BAIXO. Nunca
recebeu mebendazol. Gustavo deve ser referido com urgência ao hospital por ter DOENÇA FEBRIL MUITO
GRAVE.

a. ___ Dar a primeira dose de um antibiótico recomendado.


b. ___ Tratar a criança para prevenir hipoglicemia.
c. ___ Dar uma dose de analgésico/antitérmico.
d. ___ Secar o ouvido com mechas.
e. ___ Retornar em 5 dias.
f. X Referir URGENTEMENTE ao hospital.
g. ___ Avaliar a alimentação e dar recomendações à mãe sobre a alimentação.
h. ___ Dar ferro.
i. ___ Dar mebendazol.
j. ___ Recomendar à mãe ou acompanhante quando retornar.
k. ___ Retornar em 14 dias (para a palidez).

 Caso 4: Ivone

Ivone tem 4 anos. Está letárgica. Está classificada como: DESIDRATAÇÃO GRAVE E DESNUTRIÇÃO
GRAVE. Pode beber. Vive em uma região onde há cólera.

a. ___ Dar SRO para que à mãe ofereça à criança durante o trajeto ao hospital.
b. ___ Recomendar à mãe que continue amamentando à criança.
c. ___ Dar antibiótico para cólera.
d. ___ Dar vitamina A.
e. X Referir URGENTEMENTE ao hospital.
4. DÊ TRATAMENTO PRÉVIO À REFERÊNCIA AO HOSPITAL

O módulo seguinte descreve como administrar os tratamentos apresentados no quadro TRATAR. Neste quadro
estão todos os tratamentos prévios à referência ao hospital. Quando referir uma criança, administre o tratamento
rapidamente. Não perca tempo ensinando à mãe o que deveria fazer quando a situação não é urgente.

5. COMO REFERIR A CRIANÇA AO HOSPITAL

Para enviar à criança ao hospital:

1. Explique à mãe a necessidade de referir a criança ao hospital e obtenha sua aprovação para levar a criança.
Caso você suspeite que ela não queira levá-la, averigue porque.

2. Tranqüilize a mãe e ajude-a a resolver seus problemas. Faça todo o possível para ajudar a resolver o seu
problema.

3. Escreva uma nota de encaminhamento da criança para que a mãe possa apresentá-la no hospital. Diga-lhe que
a entregue ao médico do hospital.

4. Entregue à mãe todos os materiais e instruções necessárias para a atenção de seu filho durante o trajeto para o
hospital.

EXEMPLO DE NOTA DE ENCAMINHAMENTO

Raul Silva, 18 meses de idade


Temperatura: 37,5 C
Peso: 12 Kg

Encaminho por apresentar:


Desidratação grave
Desnutrição grave

Também tem tosse – não tem respiração rápida


Não tem retração subcostal

Tratamento dado nesta unidade:


Vitamina A 200.000 UI
SRO: à mãe para oferecer durante trajeto

Necessita vacina antisarampo

Pedro Marques
COREN/PA 22000
CONSULTA À CRIANÇA DE 2 MESES A < 5 ANOS DE IDADE

Nome: Cláudio _______________________________________________ Idade: 1 ano Peso: 10 Kg Temperatura: 38,5 C


PERGUNTE: Quais são os problemas da criança: Tosse________________________Primeira consulta? ___ Consulta de retorno? ___
AVALIE: Marque um X em todos os sinais presentes CLASSIFIQUE
VERIFIQUE SE HÁ SINAIS GERAIS DE PERIGO: Sim X Não ___
SE SIM: Quais? Não consegue beber ou mamar no peito ___ Vomita tudo ___
Letárgica ou inconsciente X Convulsões ___

A CRIANÇA ESTÁ COM TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR? Sim _X_ Não
SE SIM: Há quanto tempo? 6 dias  Conte as respirações em um minuto 52 rpm Pneumonia grave ou
 Respiração rápida? X Doença muito grave
 Observe se há tiragem subcostal X
 Verifique se há estridor ou sibilância ___

A CRIANÇA ESTÁ COM DIARRÉIA? Sim ___ Não X


SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias.  Examine estado geral da criança. Encontra-se:
Há sangue nas fezes? ___ Letárgica ou inconsciente? ___
Inquieta ou irritada?
 Observe se os olhos estão fundos
 Ofereça líquidos a criança. A criança:
Não consegue beber ou não bebe bem? ___
Bebe avidamente, com sede?
 Sinal da prega: a pele retorna ao estado anterior:
Muito lentamente (> 2 segundos) ___
Lentamente

A CRIANÇA ESTÁ COM FEBRE? Sim X Não ___


Determine se o Risco de Malária é: Observe e palpe se está com:
Alto___ Baixo ___ Sem risco X  Rigidez de nuca ___ Doença febril
Há quanto tempo: 2 dias  Petéquias _X__ muito grave
SE HÁ MAIS DE 7 DIAS:  Abaulamento de fontanela ___
Houve febre todos os dias? ___

A CRIANÇA ESTÁ COM ALGUM PROBLEMA DE OUVIDO? Sim ___ Não X


Está com dor de ouvido? ___  Observe se há secreção purulenta no ouvido X
Há secreção no ouvido?  Palpe para determinar se há tumefação dolorosa
SE HOUVER: Há quanto tempo? ___ dias atrás do ouvido ___

A SEGUIR, VERIFIQUE SE HÁ DESNUTRIÇÃO OU ANEMIA


Observe se há emagrecimento acentuado? ___
 Verifique se há edema em ambos os pés ___
 Observe se há palidez palmar. ___ Leve ____ Grave ___ Peso não é baixo
 Determine o peso para a idade: Muito baixo ___ Baixo ___ Não é baixo X
 Avalie se há ganho insuficiente de peso ___

VERIFIQUE A SITUAÇÃO DAS VACINAS: Marque com um circulo as vacinas a serem dadas hoje Retornar para a
BCG X DPT1 X DPT2 X DPT3 X DPT4 X DPT5__ VPO1 X próxima vacinação
VPO2 X VPO3 X SARAMPO1 X VPO4 __ SARAMPO2 __ VPO5 __

AVALIE A SITUAÇÃO DE ALIMENTAÇÃO Problemas de


(se estiver anêmica, com peso muito baixo, peso baixo, ganho insuficiente de peso, < de 2 anos de idade) alimentação:
 Você alimenta sua criança no peito? Sim ___ Não ___
 Se amamenta, quantas vezes no período de 24 horas? ___ vezes. Amamenta à noite? Sim ___ Não ___
 A criança come algum outro alimento ou toma líquidos? Sim ___ Não ___
SE SIM: que alimentos ou líquidos? _____________________________________________________
 Quantas vezes ao dia ___ vezes. Usa o que para alimentar à criança? ___________________________
 Se o peso for muito baixo para a idade? Qual o tamanho das porções? __________________________
 Durante esta doença, houve mudança na alimentação da criança? Sim ___ Não ___
SE HOUVE, como? _________________________________________________________________

AVALIE OUTROS PROBLEMAS E AS DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA


TRATE
Refira qualquer criança que apresente pelo menos um
sinal de perigo sem estar em outra classificação

 Retorne para reavaliação em : dias


 Retorne imediatamente:
 Administre todas as vacinas para hoje:
 Recomendações sobre alimentação:

CONSULTA À CRIANÇA DE 2 MESES A < 5 ANOS DE IDADE


Nome: Lucas________________________________________________ Idade: 4 meses Peso: 7 Kg Temperatura: 38,5 C
PERGUNTE: Quais são os problemas da criança: __________________________Primeira consulta? X Consulta de retorno? ___
AVALIE: Marque um X em todos os sinais presentes CLASSIFIQUE
VERIFIQUE SE HÁ SINAIS GERAIS DE PERIGO: Sim __ Não _X
SE SIM: Quais? Não consegue beber ou mamar no peito ___ Vomita tudo ___
Letárgica ou inconsciente ___ Convulsões

A CRIANÇA ESTÁ COM TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR? Sim X Não ___
SE SIM: Há quanto tempo? 2 dias  Conte as respirações em um minuto: 54 rpm Pneumonia
 Respiração rápida? X
 Observe se há tiragem subcostal
 Verifique se há estridor ou sibilância ___

A CRIANÇA ESTÁ COM DIARRÉIA? Sim ___ Não X


SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias.  Examine estado geral da criança. Encontra-se:
Há sangue nas fezes? ___ Letárgica ou inconsciente? ___
Inquieta ou irritada?
 Observe se os olhos estão fundos
 Ofereça líquidos a criança. A criança:
Não consegue beber ou não bebe bem? ___
Bebe avidamente, com sede?
 Sinal da prega: a pele retorna ao estado anterior:
Muito lentamente (> 2 segundos) ___
Lentamente

A CRIANÇA ESTÁ COM FEBRE? Sim X Não___


Determine se o Risco de Malária é: Observe e palpe se está com:
Alto___ Baixo ___ Sem risco X  Rigidez de nuca Doença febril
Há quanto tempo: 5 dias  Petéquias ___
SE HÁ MAIS DE 7 DIAS:  Abaulamento de fontanela ___
Houve febre todos os dias? ___

A CRIANÇA ESTÁ COM ALGUM PROBLEMA DE OUVIDO? Sim ___ Não X


Está com dor de ouvido? ___  Observe se há secreção purulenta no ouvido __
Há secreção no ouvido? __  Palpe para determinar se há tumefação dolorosa
SE HOUVER: Há quanto tempo? ___ dias atrás do ouvido ___

A SEGUIR, VERIFIQUE SE HÁ DESNUTRIÇÃO OU ANEMIA


Observe se há emagrecimento acentuado? ___
 Verifique se há edema em ambos os pés ___
 Observe se há palidez palmar. ___ Leve ____ Grave ___ Peso não é baixo
 Determine o peso para a idade: Muito baixo ___ Baixo ___ Não é baixo X
 Avalie se há ganho insuficiente de peso ___

VERIFIQUE A SITUAÇÃO DAS VACINAS: Marque com um circulo as vacinas a serem dadas hoje Retornar para a
BCG X DPT1 X DPT2 X DPT3 DPT4 DPT5__ VPO1 X próxima vacinação
VPO2 X VPO3 SARAMPO _ VPO4 __ SARAMPO2 __ VPO5 __

AVALIE A SITUAÇÃO DE ALIMENTAÇÃO Problemas de


(se estiver anêmica, com peso muito baixo, peso baixo, ganho insuficiente de peso, < de 2 anos de idade) alimentação:
 Você alimenta sua criança no peito? Sim ___ Não ___
 Se amamenta, quantas vezes no período de 24 horas? ___ vezes. Amamenta à noite? Sim ___ Não ___
 A criança come algum outro alimento ou toma líquidos? Sim ___ Não ___
SE SIM: que alimentos ou líquidos? _____________________________________________________
 Quantas vezes ao dia ___ vezes. Usa o que para alimentar à criança? ___________________________
 Se o peso for muito baixo para a idade? Qual o tamanho das porções? __________________________
 Durante esta doença, houve mudança na alimentação da criança? Sim ___ Não ___
SE HOUVE, como? _________________________________________________________________

AVALIE OUTROS PROBLEMAS E AS DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA


TRATE
Refira qualquer criança que apresente pelo menos um
sinal de perigo sem estar em outra classificação

 Retorne para reavaliação em : dias


 Retorne imediatamente:
 Administre todas as vacinas para hoje:
 Recomendações sobre alimentação:
CONSULTA À CRIANÇA DE 2 MESES A < 5 ANOS DE IDADE

Nome: Adriano_________________________________________________ Idade: 18 m Peso: 9,5 Kg Temperatura: 38 C


PERGUNTE: Quais são os problemas da criança: __________________________Primeira consulta? ___ Consulta de retorno? ___
AVALIE: Marque um X em todos os sinais presentes CLASSIFIQUE
VERIFIQUE SE HÁ SINAIS GERAIS DE PERIGO: Sim ___ Não X_
SE SIM: Quais? Não consegue beber ou mamar no peito ___ Vomita tudo ___
Letárgica ou inconsciente ___ Convulsões ___

A CRIANÇA ESTÁ COM TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR? Sim ___ Não X
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias  Conte as respirações em um minuto ____ rpm
 Respiração rápida? ___
 Observe se há tiragem subcostal ___
 Verifique se há estridor ou sibilância ___

A CRIANÇA ESTÁ COM DIARRÉIA? Sim X Não ___


SE SIM: Há quanto tempo? 15 dias.  Examine estado geral da criança. Encontra-se:
Há sangue nas fezes? ___ Letárgica ou inconsciente? ___
Inquieta ou irritada? __
 Observe se os olhos estão fundos __
 Ofereça líquidos a criança. A criança: Sem Desidratação
Não consegue beber ou não bebe bem? ___ Diarréia persistente
Bebe avidamente, com sede? X
 Sinal da prega: a pele retorna ao estado anterior:
Muito lentamente (> 2 segundos) ___
Lentamente __

A CRIANÇA ESTÁ COM FEBRE? Sim X Não ___


Determine se o Risco de Malária é: Observe e palpe se está com:
Alto___ Baixo Sem risco _X__  Rigidez de nuca ___
Há quanto tempo: 4 dias  Petéquias ___ Doença Febril
SE HÁ MAIS DE 7 DIAS:  Abaulamento de fontanela ___
Houve febre todos os dias? ___

A CRIANÇA ESTÁ COM ALGUM PROBLEMA DE OUVIDO? Sim ___ Não X


Está com dor de ouvido? ___  Observe se há secreção purulenta no ouvido __
Há secreção no ouvido? __  Palpe para determinar se há tumefação dolorosa
SE HOUVER: Há quanto tempo? ___ dias atrás do ouvido ___

A SEGUIR, VERIFIQUE SE HÁ DESNUTRIÇÃO OU ANEMIA


Observe se há emagrecimento acentuado? ___
 Verifique se há edema em ambos os pés ___
 Observe se há palidez palmar. ___ Leve ____ Grave ___ Peso não é baixo
 Determine o peso para a idade: Muito baixo ___ Baixo ___ Não é baixo X
 Avalie se há ganho insuficiente de peso ___

VERIFIQUE A SITUAÇÃO DAS VACINAS: Marque com um circulo as vacinas a serem dadas hoje Retornar para a
BCG X DPT1 X DPT2 __ DPT3 __ DPT4___ DPT5__ VPO1 X próxima vacinação
VPO2__ VPO3 __ SARAMPO1__ VPO4 __ SARAMPO2 __ VPO5 __

AVALIE A SITUAÇÃO DE ALIMENTAÇÃO Problemas de


(se estiver anêmica, com peso muito baixo, peso baixo, ganho insuficiente de peso, < de 2 anos de idade) alimentação:
 Você alimenta sua criança no peito? Sim ___ Não ___
 Se amamenta, quantas vezes no período de 24 horas? ___ vezes. Amamenta à noite? Sim ___ Não ___
 A criança come algum outro alimento ou toma líquidos? Sim ___ Não ___
SE SIM: que alimentos ou líquidos? _____________________________________________________
 Quantas vezes ao dia ___ vezes. Usa o que para alimentar à criança? ___________________________
 Se o peso for muito baixo para a idade? Qual o tamanho das porções? __________________________
 Durante esta doença, houve mudança na alimentação da criança? Sim ___ Não ___
SE HOUVE, como? _________________________________________________________________

AVALIE OUTROS PROBLEMAS E AS DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA


TRATE
Refira qualquer criança que apresente pelo menos um
sinal de perigo sem estar em outra classificação

 Retorne para reavaliação em : dias


 Retorne imediatamente:
 Administre todas as vacinas para hoje:
 Recomendações sobre alimentação:
TRATAR A CRIANÇA

O tratamento das crianças, freqüentemente começa na unidade de saúde, sendo necessário dar continuidade em
casa. Neste módulo você usará o quadro para aprender como administrar cada tratamento. Aprenderá também
como ensinar à mãe a dar o tratamento em casa. Use o quadro TRATAR para selecionar o medicamento
apropriado e para determinar a dose e plano do tratamento.

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

Ao final deste módulo o aluno estará apto a praticar as seguintes técnicas:

 Identificar quais são os medicamentos de administração oral apropriados para a criança doente, bem como sua
dosagem.

 Administrar medicamentos por via oral (antibióticos, analgésicos/antitérmicos, vitamina A, mebendazol) e


ensinar à mãe como e quando dar tais medicamentos em casa.

 Tratar a infecção local (secreção purulenta no ouvido) e ensinar à mãe como e quando dar os medicamentos
em casa.

 Verificar se a mãe compreendeu as prescrições e orientações.

 Dar medicamentos que são administrados unicamente em unidades de saúde.

 Prevenir e tratar a hipoglicemia.

 Tratar a desidratação correspondente a distintas classificações e orientar à mãe sobre os líquidos adicionais que
são dados em casa.

 Vacinar as crianças.
11. SELECIONE O MEDICAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO ORAL APROPRIADO E IDENTIFIQUE A
DOSE E O PLANO DE TRATAMENTO

1.1. DÊ UM ANTIBIÓTICO DE ADMINISTRAÇÃO ORAL APROPRIADO As crianças que têm sinais


das seguintes classificações necessitam de um antibiótico:

 PNEUMONIA GRAVE OU DOENÇA MUITO GRAVE.


 PNEUMONIA.
 DESIDRATAÇÃO GRAVE com cólera na região.
 DISENTERIA.
 MALÁRIA GRAVE OU DOENÇA FEBRIL MUITO GRAVE.
 MASTOIDITE.
 INFECÇÃO AGUDA DO OUVIDO.

_ DAR UM ANTIBIÓTICO ORAL RECOMENDADO

Para Pneumonia ou Infecção Aguda do Ouvido


Primeira linha : Amoxicilina - 50 mg/kg/dia de 8/8 horas durante 7 ou 10 dias
Trimetoprim /Sulfametoxasol – 40 mg/kg/dia de 12/12 horas, durante 7 a 10 dias
Segunda linha: Eritromicina – 40 mg/kg/dia de 6/6 horas, durante 7 a 10 dias
Não existindo Antibiótico injetável na unidade, utilizar o oral antes de referir.

Para Disenteria
Primeira linha : Trimetropim/Sulfametxasol – 40 mg/kg/dia de 12/12 horas, durante 5 dias
Segunda linha : Acido Nalidixico – 40 mg/kg/dia, de 6/6 horas durante 5 dias

Para Cólera
Dar um antibiótico recomendado em sua região contra a cólera , durante 3 dias, se a criança tiver 2 anos ou
mais.
Primeira linha – Trimetropim/Sulfametoxasol – 40 mg/kg/dia de 12 /12 horas, durante 3 dias
Segunda linha- Eritromicina ou Furazolidona – 40mg/kg/dia ou 7 mg/kg/dia de 6/6 horas, durante 3 dias
 Dar um Antibiótico Oral Apropriado
PARA PNEUMONIA, INFECÇÃO AGUDA DO OUVIDO, PNEUMONIA GRAVE OU DOENÇA MUITO GRAVE**, DOENÇA FEBRIL
MUITO GRAVE** OU MASTOIDITE**:
ANTIBIÓTICO DE PRIMEIRA LINHA: AMOXACILINA OU TRIMETOPRIM + SULFAMETOXAZOL
ANTIBIÓTICO DE SEGUNDA LINHA: ERITROMICINA

AMOXICILINA TRIMETOPRIM + SULFAMETOXAZOL ERITROMICINA


50 mg/kg/dia 40 mg/kg/dia de sulfametoxazol 40 mg/kg/dia
Dar de 8 em 8 horas durante 7 dias * Dar de 12 em 12 horas durante 7 dias * Dar de 6/6 horas durante 7
dias *

Suspensão COMPRIMIDO Suspensão


IDADE OU COMPRIMIDO 80mg trimetoprim 40mg trimetoprim SUSPENSÃO
PESO 250 mg por 5,0 ml + 400mg sulfametoxazol + 200mg 250 mg por 5,0 ml
250 mg sulfametoxazol
por 5,0 ml

2 a 11 meses
(4 -<10kg) ½ 2,5 ml ½ 5,0ml 2,5 ml

1 a 4 anos 1 1 7.5ml 5,0 ml


(10 -19 kg) 5,0 ml

*Para infecção do ouvido e mastoidite usar 10 dias .


** No caso de não ser possível administrar tratamento por via instramuscular.

PARA DISENTERIA
Dar um antibiótico recomendado em sua região contra Shigella durante 5 dias.

ANTIBIÓTICO DE PRIMEIRA LINHA CONTRA SHIGELLA: TRIMETOPRIM + SULFAMETOXAZOL


ANTIBIÓTICO DE SEGUNDA LINHA CONTRA SHIGELLA: ÁCIDO NALIDIXÍLICO

(Trimetoprim + Sulfametoxazol) ÁCIDO NALIDIXÍLICO


Dar de 12 em 12 horas durante 5 dias 40 mg/kg/dia
Dar de 6 em 6 horas durante 5 dias

IDADE OU PESO COMPRIMIDO SUSPENSÃO


250 mg 250 mg por 5,0 ml

2 a 4 meses ¼ 1,25 ml
(4 -< 6 kg) VER DOSES ACIMA

5 a 11 meses ½ 2,5 ml
(6 -< 10kg)

1 a 4 anos 1 5,0 ml
(10 - 19 kg)

PARA CÓLERA:
Dar um antibiótico recomendado em sua região contra o Cólera, durante 3 dias.

ANTIBIÓTICO DE PRIMEIRA LINHA CONTRA O CÓLERA: TRIMETOPRIM + SULFAMETOXAZOL


ANTIBIÓTICO DE SEGUNDA LINHA CONTRA O CÓLERA: ERITROMICINA OU FURAZOLIDONA

(Trimetoprim + ERITROMICINA FURAZOLIDONA


Sulfametoxazol) 40 mg/kg/dia 7 mg/kg/dia
Dar de 12/12 horas  Dar de 6/6 horas durante 3 dias Dar de 6/6 horas durante
durante 3 dias 3 dias

SUSPENSÃO Cápsula
IDADE OU PESO
250 mg por 5,0 ml 100 mg

2 a 4 anos
(12 - 19 kg)
Ver doses acima 5,0 ml ¼

Administre o antibiótico de ”primeira linha”, se estiver disponível. Ele foi escolhido porque é eficaz 1, fácil de administrar e
barato. O antibiótico de “segunda linha” deve ser dado unicamente se não se dispõe do antibiótico de primeira linha, ou se
a doença da criança não responde ao antibiótico de primeira linha.

Algumas crianças têm mais de uma doença que deve ser tratada com antibióticos. Sempre que for possível, selecione um
antibiótico com o qual possa tratar todas as doenças da criança.

1 Pode ser necessário trocar os antibióticos de primeira linha e de segunda linha recomendados de acordo com os dados de resistência.
EXERCÍCIOS

Selecione o antibiótico de administração oral apropriado no quadro TRATAR A CRIANÇA.

1. Uma criança de seis meses de idade (7 Kg) necessita de antibiótico para PNEUMONIA.

2. Uma criança (10 Kg) necessita da primeira dose de um antibiótico para a PNEUMONIA GRAVE e uma
DOENÇA FEBRIL MUITO GRAVE, onde não é possível tratar por via IM.

3. Uma criança de 2 anos (11 Kg) necessita de um antibiótico para a PNEUMONIA E INFECÇÃO AGUDA DO
OUVIDO.

4. Uma criança (16 Kg) necessita de um antibiótico para a DISENTERIA.

5. Uma criança (5 Kg) necessita de um antibiótico para a DISENTERIA e uma INFECÇÃO AGUDA DO
OUVIDO.

6. Uma criança de 3 anos (15 Kg) necessita de um antibiótico para a PNEUMONIA e DESIDRATAÇÃO
GRAVE em uma região com cólera.
1.4. DÊ ANALGÉSICO/ANTITÉMICO PARA A FEBRE ALTA (> 38,5 C) OU DOR DE OUVIDO

Dê paracetamol ou dipirona de seis em seis horas até passar a febre ou dor de ouvido
IDADE OU PESO PARACETAMOL OU DIPIRONA 10 mg/Kg/dose
GOTAS- 1ml/200mg COMPRIMIDO -GOTAS
(1 gota/Kg) (500 mg) 1 gota/ 2kg
2 a 11 meses (6-9 Kg) 6a9 -
1 a 2 anos (10-14 Kg) 10 a 14 ¼
3 a 4 anos (15-19 Kg) 15-19 ½

1.5. DÊ VITAMINA A

Dê uma dose única para as crianças com desnutrição grave e


para aquelas que não receberam durante os últimos 30 dias.
IDADE VITAMINA A
AMPOLA USO ORAL DRÁGEA
(50.000 UI/ml) (50.000 UI)
Até 6 meses* 1 1
6 a 11 meses 2 2
1 a 4 anos 4 4
* Apenas para crianças que moram em áreas endêmicas
de hipovitaminose A e que não recebam leite materno

Caso a criança apresente, além da desnutrição grave, qualquer sinal de xeroftalmia (opacificação da córnea),
deverá receber uma segunda dose 24 horas após a primeira dose, e uma terceira dose 4 semanas após a segunda
dose.

1.6. DÊ FERRO

Dê uma dose por dia durante 14 dias, no intervalo das refeições, junto com suco de frutas cítricas,
para uma criança com palidez palmar durante 2 meses. Informar que as fezes irão ficar escuras.
IDADE OU PESO DOSE SULFATO FERROSO
(25 mg de ferro suplementar)
2 a 3 meses (4 a < 6 Kg) 2 mg/kg/dia ou 10 gotas ou 0,5
4 a 11 meses (6 a < 10 Kg) 2 mg/kg/dia ou 1 ml
1 a 2 a anos (10 a < 14 Kg) 3 mg/kg/dia ou 1,5 ml
3 a 4 anos (14 a < 19 Kg) 3 mg/kg/dia ou 2 ml

1.7. DÊ MEBENDAZOL

Dê mebendazol na dose de 100 mg ou 5 ml 2 vezes ao dia por 3 dias.

 Ancilóstomo ou Tricocéfalos forem problema entre as crianças da região.


 A criança tiver um ano de idade ou mais.
 A criança não tiver recebido nenhuma dose nos últimos seis meses.

EXERCÍCIOS
Selecione a dose de cada medicamento necessária. Utilize o quadro TRATAR A CRIANÇA.

1. Uma criança de 4 meses de idade (7 Kg) necessita de antibiótico para INFECÇÃO AGUDA DO OUVIDO.

2. Uma criança de 9 meses tem DESNUTRIÇÃO GRAVE e necessita Vitamina A.

3. Uma criança de 4 anos tem DESNUTRIÇÃO GRAVE e necessita Vitamina A.

4. Uma criança de 2 anos (11 Kg) tem ANEMIA e necessita de ferro e mebendazol. A mãe informa que a criança
tomou mebendazol há 3 meses.

5. Uma criança de 3 anos (14 Kg) tem ANEMIA e necessita de ferro e mebendazol. A mãe informa que a criança
nunca tomou mebendazol.

6. Uma criança pesando 16 Kg tem ANEMIA. Não há Ancilóstomo ou Tricocéfalos em sua região.

2. USE TÉCNICAS PARA COMUNICAR-SE BEM

O êxito do tratamento em casa depende da forma como você se comunica com a mãe da criança. Ela precisa saber
como dar o tratamento. Também precisa compreender a importância do mesmo.
 Faça-lhe perguntas sobre o tratamento da criança em casa.
 Elogie à mãe pelo que tem feito.
 Recomende-lhe como tratar a criança em casa.
 Verifique se a mãe compreendeu.

2.1. DÊ RECOMENDAÇÕES À MÃE SOBRE COMO TRATAR A CRIANÇA EM CASA

Quando ensinar à mãe como dar o tratamento em casa, siga três passos básicos:

 Proporcione informação.
 Demonstre um exemplo.
 Deixe-a praticar.

QUANDO ENSINAR À MÃE:

 Use palavras que ela consiga compreender.


 Use materiais auxiliares com os quais ela esteja familiarizada.
 Quando ela estiver praticando, elogie o que ela fizer bem feito e corrija os erros.
 Incentive à mãe a fazer perguntas. Responda-as.

2.2. VERIFIQUE SE A MÃE COMPREENDEU

Depois de ensinar à mãe é importante certificar-se que ela entendeu como administrar corretamente o tratamento. É
importante para uma boa comunicação fazer boas perguntas de verificação.

QUANDO VERIFICAR QUE A MÃE COMPREENDEU:

 Faça perguntas que obrigue à mãe explicar o quê, como, quando, quanto ou porquê.
 Dê tempo à mãe para pensar e a seguir responder.
 Elogie à mãe quando ela responder corretamente.
 Caso ela necessite, dê-lhe mais informação, exemplos e oportunidade de praticar.

EXERCÍCIOS

Repasse as técnicas para comunicar-se bem, conforme as perguntas para cada caso.
1. A Dra Tereza tem que ensinar a mãe como secar o ouvido de seu filho com uma mecha. Primeiro, ela explica o
quanto a criança irá melhorar quando ela secar o seu ouvido. Depois, ela pede à mãe que pratique como secar o
ouvido de seu filho, enquanto ela observa e faz comentários. Antes que à mãe deixe a unidade de saúde com
seu filho, a profissional lhe faz várias perguntas. Ela quer ter certeza de que a mãe entendeu por quê, como e
quando dar tratamento em casa.

a. Que informação a Dra Tereza deu à mãe sobre o tratamento?

b. Sublinhe as orações no parágrafo acima que descrevem como a profissional deu os exemplos.

2. O doutor Milton tem que ensinar a mãe como preparar SRO para seu filho que está com diarréia. Primeiro, ele
explica como se deve misturar o SRO; a seguir, demonstra. O profissional, pergunta à mãe: “Entendeu?” A
mãe reponde: “Sim”. Depois, Dr. Milton dá um envelope de SRO à mãe e se despede dela.

a. Que informação o médico deu à mãe a respeito da diarréia?

b. Foi dado algum exemplo.

c. Foi pedido que ela praticasse?

d. Como o Dr. Milton comprovou que a mãe havia entendido?

e. O Dr. Milton verificou corretamente se a mãe havia entendido?

f. Como você comprovaria se a mãe entendeu?

3. A Dra Carolina dá à mãe antibiótico de administração oral para seu filho. Antes de explicar-lhe como
administrá-los, a Dra Carolina pergunta à mãe se sabe como dar o medicamento. A mãe consente com a cabeça
dizendo que sim. Portanto, a Dra Carolina dá os antibióticos à mãe e se despede dela.

a. O que você deve fazer quando uma mãe lhe diz que sabe dar um tratamento em casa?
4. Qual é a melhor entre as perguntas de verificação seguintes, depois de haver recomendado à mãe que
aumentasse os líquidos durante à diarréia.

a. ___ Lembre-se de alguns líquidos que pode dar a seu filho?


b. ___ Tem certeza de que vai dar líquidos extras ao seu filho?
c. ___ Quanto líquido vai dar a seu filho?

5. As perguntas seguintes podem ser respondidas com um “sim” ou “não”. Reescreva em forma de perguntas de
verificação.

a. Lembre-se de quando tem que dar o mebendazol?

b. Entendeu qual é a quantidade de xarope que tem de dar a seu filho?

c. Você pode secar o ouvido do seu filho com uma mecha?

d. Sabe como chegar ao hospital?

3. ENSINE À MÃE COMO DAR MEDICAMENTO POR VIA ORAL EM CASA

Caso a mãe aprenda corretamente o medicamento, a criança receberá o tratamento apropriado. Para isso, siga estas
instruções para cada medicamento que dê à mãe:

 Decida quais são os medicamentos apropriados e as doses para a idade ou o peso da criança.
 Justifique à mãe porque dar o medicamento à criança.
 Descreva as etapas do tratamento.
 Demonstre como medir as doses.
 Observe à mãe enquanto ela mesma pratica como medir uma dose.
 Peça à mãe que dê a primeira dose de seu filho.
 Explique em detalhes como dar o medicamento.
 Explique que todos os medicamentos devem ser dados até o fim, mesmo que a criança melhore.
 Verifique se a mãe compreendeu as explicações antes de deixar a unidade de saúde.

4. ENSINE À MÃE A TRATAR ALGUMAS INFECÇÕES EM CASA

4.1. SECAR O OUVIDO COM UMA MECHA

 Secar o ouvido ao menos 3 vezes ao dia.

 Torcer um pano absorvente, ou lenço de papel


macio e resistente formando uma mecha.
 Colocar a mecha no ouvido da criança.
 Retirar a mecha quando esta estiver molhada.
 Substitua a mecha por outra limpa e repita esses
mesmos passos até que o ouvido esteja seco.

4.2. ACALMAR A TOSSE COM UM REMÉDIO INÓCUO

 Remédios inócuos a recomendar:


 Leite de peito para menores de 6 meses.
 Mel de abelha ou outros chás aceitos.

 Remédios nocivos a desencorajar:


 Anti-inflamatórios.
 Sedativos da tosse e expectorantes.
 Descongestionantes nasais ou orais.
 Antigripais.

5. ADMINISTRE TAIS MEDICAMENTOS EXCLUSIVAMENTE NA UNIDADE DE SAÚDE

Pode ser necessário administrar na unidade de saúde um ou mais dos seguintes tratamentos antes que a criança seja
encaminhada ao hospital.

 Antibiótico intramuscular (se não for possível IM, dar o antibiótico VO).
 Quinina para malária grave.
 Leite materno ou água açucarada para prevenir a hipoglicemia.
 Administrar um broncodilatador por via inalatória.
 Vitamina A

Quando for dado um antibiótico por via intramuscular, deve-se:

 Explicar à mãe ou o acompanhante a razão de dar o medicamento.


 Determinar a dose apropriada para o peso ou idade da criança.
 Utilizar agulha descartável.
 Medir a dose com precisão.

5.1. DÊ UM ANTIBIÓTICO POR VIA INTRAMUSCULAR

Uma criança precisa de um antibiótico antes de ir para o hospital se:

 Não é capaz de beber ou mamar no peito.


 Vomita tudo o que ingere.
 Tem convulsões.
 Está letárgica ou inconsciente.
 Tem algum outro sinal para classificação de doença grave.

Dê-lhe uma dose única de penicilina G procaína ou cloranfenicol via l IM. Depois, refira-a urgentemente ao
hospital. Caso não seja possível dar o antibiótico via IM procure dar VO.

Administre um antibiótico via IM para aquelas crianças a ser referidas. Se não for possível
referir: repetir a injeção de cloranfenicol de 12/12 horas ou penicilina G procaína uma vez
ao dia durante 7 dias. Passar depois para um antibiótico oral até completar o tratamento.
IDADE OU PESO CLORANFENICOL PENICILINA G PROCAÍNA
(40 mg/Kg/dose) de 12/12 hs 100.000 UI/ml
Uma vez ao dia por 7 dias
2 a 3 meses (4 a < 6 Kg) 0,7 ml = 125 mg
4 a 8 meses (6 a < 8 Kg) 1,0 ml = 180 mg 50.000 UI/Kg/dia
9 a 11 meses (8 a < 10 Kg) 1,3 ml = 225 mg
1 a 2 a anos (10 a < 14 Kg) 1,7 ml = 300 mg 800.000 UI/dia
3 a 4 anos (14 a < 19 Kg) 2,4 ml = 425 mg
Para um frasco- ampola de 1 gr de cloranfenicol adicione 5 ml de água esterilizada ou destilada.
Para um FA de 400.000 UI de Pen G procaína acrescente 3 ml de água esterilizada ou destilada.

5.2. DÊ MEDICAMENTOS PARA TRATAR A SIBILÂNCIA

NEBULIZAÇÃO TEMPO DOSE DOSE MÁXIMA


Salbutamol/Fenoterol 20 a 30 minutos 1 gota para cada 3
5 mg/ml Kg/dose diluída em
4 a 5 ml de soro 10 gotas
fisiológico
Crianças com o primeiro episódio de sibilância

Caso tenha “urgência respiratória”  Dê um broncodilatador de ação rápida e refira-a


Caso não tenha “urgência respiratória”  Dê um broncodilatador de ação rápida (nebulização a
cada 20 minutos, 3 vezes se necessário)

Crianças com sibilância recorrente (asma) – Anexo 2


 Dê um broncodilatador de ação rápida e refira-a, caso apresente quadro de urgência respiratória.
 Avalie o estado da criança 20 minutos mais tarde.
CASO ENTÃO

ASMA GRAVE  DOENÇA MUITO GRAVE - Referir


ou qualquer sinal de perigo. Oxigênio umidificado. Continuar Nebulização,
Hidrocortisona 4-6 mg/kg EV a cada 6 horas
Considerar: Teofilina- infusão continua 0,7/mg/kg
Hora (max.900mg) e Isoproterenol E.V.

Caso não tenha “urgência respiratória”  Trate como PNEUMONIA e dê um


e respira rápido broncodilatador ou
ASMA MODERADA Continuar nebulização. Predinisona 1-2 mg/kg
dose (máximo 60 mg), 3 x dia, 3 a 5 dias.
Considerar : Uso da Hidrocortisona

Não respira rápido  Trate como NÃO É PNEUMONIA: TOSSE OU


ASMA LEVE RESFRIADO e dê um broncodililatador oral
Considerar : Uso da Predinisona
Broncodilatador oral : 0,1mg/kg/dose , 3 x ao dia, durante 3 a 5 dias– Salbutamol xarope 2 mg em 5 ml e
comprimidos de 2mg e 4 mg.

5.3. TRATE A CRIANÇA PARA PREVENIR A HIPOGLICEMIA

 Se a criança consegue mamar ao peito:


 Peça à mãe que amamente à criança ao peito.

 Se a criança não consegue mamar ao peito, mas consegue engolir:


 Dê leite materno exclusivo ou na impossibilidade outro leite.
 Se não tiver leite, dê água açucarada (30-50 ml) antes de partir.

 Se a criança não consegue engolir:


 Dê 50 ml de água açucarada através de conta-gotas ou sonda
nasogástrica.

5.4. TRATAR A CONVULSÃO

IDADE OU PESO DIAZEPAM RETAL 10mg/ 2ml de solução


Dose: 0,5mg/kg se por via retal
1 a 2 meses ( abaixo de 4 Kg) 0,3 ml
2 a 4 meses ( 4 a 6 Kg) 0,5 ml
4 a 12 meses (6 a 10 Kg) 1,0 ml
12 meses a 3 anos (10 a 14 Kg) 1,25 ml
3 a 5 anos ( 14 a 19 Kg) 1,5 ml
Se as convulsões continuam após 10 minutos, faça a segunda dose de Diazepam retal ou intravenoso na dose de
0,3 mg/kg por dose. Se as convulsões continuam após 10 minutos, faça a terceira dose ou Fenobarbital EV ou IM.
Caso haja febre elevada, baixar a febre: banho ou compressas com água morna e não administre medicamento
oral enquanto exista risco de aspiração.

EXERCÍCIOS

Determine a dose correta :

1. Trimetropin + sulfametoxazol para uma criança de 6 Kg.

2. Ferro para uma criança de 12 Kg.

3. Cloranfenicol para uma criança de 6 Kg.

4. Salbutamol para uma criança de 11 Kg.

5. Mebendazol para uma criança de 3 anos.

6. Analgésico/antitérmico para uma criança de 14 Kg.

6. DÊ LÍQUIDOS ADICIONAIS PARA A DIARRÉIA E CONTINUE A ALIMENTAÇÃO

Há três planos para tratar a diarréia, os quais proporcionam a reposição de água e eletrólitos:

 Plano A – Tratar a diarréia em Casa.


 Plano B – Tratar a Desidratação com SRO.
 Plano C – Tratar rapidamente a Desidratação Grave.
6.1. PLANO A: TRATAR A DIARRÉIA EM CASA

Indicado para os casos de diarréia, porém SEM DESIDRATAÇÃO. As regras principais são:

 Dê líquidos adicionais (tanto quanto a criança consiga aceitar).


 Continue a alimentação.
 Oriente quando retornar.
PLANO A: TRATAR A DIARRÉIA EM CASA

Recomende à mãe ou o acompanhante sobre as três regras do tratamento domiciliar.

1.  DAR LÍQUIDOS ADICIONAIS (o que a criança aceitar). RECOMENDAR À MÃE:


 Amamentar com freqüência e por tempo mais longo a cada vez.
 Se a criança se alimenta exclusivamente de LM, pode-se dar SRO.
 Se a criança não estiver em regime exclusivo de LM, dar um ou mais dos seguintes:
solução de SRO, líquidos caseiros (tais como: caldos, água de arroz, soro caseiro).

É especialmente importante dar SRO em casa quando:

 Durante esta visita a criança recebeu o tratamento do Plano B ou do Plano C.


 A criança não puder retornar a um serviço de saúde e se a diarréia piorar.

 ENSINE À MÃE A PREPARAR A MISTURA E A DAR SRO. ENTREGAR UM


PACOTE DE SRO À MÃE PARA UTLIZAR EM CASA, SE NECESSÁRIO.

 MOSTRE À MÃE A QUANTIDADE DE LÍQUIDOS ADICIONAIS A DAR EM CASA


ALÉM DOS LÍQUIDOS DADOS HABITUALMENTE:
Até 1 ano: 50 a 100 ml depois de cada evacuação aquosa.
1 ano ou mais: 100 a 200 ml depois de cada evacuação aquosa.

 RECOMENDE À MÃE OU O ACOMPANHANTE A:


 Administre freqüentemente pequenos goles de líquidos em uma xícara.
 Se a criança vomitar aguardar 10 minutos e depois continuar, porém mais lentamente.
 Continue a dar líquidos adicionais até a diarréia parar.

2. CONTINUE A ALIMENTAR.
 Oriente sobre a alimentação da criança.
 Ensine à mãe tratar em casa a criança com peso baixo ou muito baixo.

3. QUANDO RETORNAR.
 Não consegue beber nem mamar no peito.
 Piora do estado geral.
 Aparecimento ou piora da febre.

 Sangue nas fezes.


 Dificuldade para beber.
EXERCÍCIOS

Responda as perguntas, conforme cada caso.

 Caso 1: Samuel

Samuel é um menino de 4 anos que tem diarréia. Não apresenta sinais gerais de perigo. Tem: diarréia SEM
DESIDRTAÇÃO E PESO NÃO É BAIXO. Tomará o tratamento do Plano A.

a. Quais são as três regras para tratar a diarréia em casa?

-
-
-

b. Que líquidos o profissional deve dizer à mãe que dê à criança?

-
-
-

 Caso 2: Raul

Raul é um menino de 3 meses que tem diarréia. Não apresenta sinais gerais de perigo. Tem: diarréia SEM
DESIDRTAÇÃO E PESO NÃO É BAIXO. Ele se alimenta exclusivamente de peito.

a. O que o profissional deve dizer à mãe sobre dar líquidos extras?

b. Para quais crianças SEM DESIDRATAÇÃO é especialmente dar SRO em casa?

 Caso 3: Crianças

As crianças descritas vieram a unidade de saúde porque tinham diarréia. Foram avaliadas e não apresentaram
sinais gerais de perigo. Foram classificadas como SEM DESIDRATÇÃO e O PESO NÃO É BAIXO. Anote a
quantidade de líquidos extras que as mães devem lhes dar após cada evacuação diarreica.

Nome Idade Quantidade de líquidos


a. Mércia 6 meses
b. Bernardo 2 anos
c. Adriana 15 meses
d. Susana 4 anos

 Caso 4: Fernando
Fernando tem 4 anos e tem diarréia. Não tem sinais gerais de perigo. Foi classificado como SEM
DESIDRATAÇÃO E O PESO NÃO É BAIXO. O profissional ensinou à mãe o Plano A e lhe deu 1 pacote de
SRO para usar em casa. Marque todos os líquidos que a mãe deve oferecer a seu filho enquanto a diarréia
durar.

a. ___ Chá, que a criança geralmente bebe nas refeições.


b. ___ Suco de frutas, que a criança bebe todos os dias.
c. ___ Água que a criança pode tomar sempre que tiver sede
d. ___ SRO após cada evacuação diarreica.
e. ___ Iogurte.

 Caso 5: Valéria

Uma mãe traz sua filha Valéria de 11 meses a unidade de saúde, porque ela está com diarréia. Valéria só come
cereal e pedaços de carne, verduras e frutas. Sua mãe também continua a lhe amamentar no peito. A mãe disse
que vive longe do serviço de saúde e que talvez não possa retornar por vários dias, mesmo que a criança piore.
O profissional avaliou Valéria e viu que a menina não apresenta sinais de perigo. Ele classificou Valéria como
SEM DESIDRATAÇÃO E O PESO NÃO É BAIXO. Ele decidiu que Valéria necessita do Plano A.

a. O profissional deve dar à mãe pacotes de SRO para ela levar para a casa? Se sim, como preparar?

b. Escreva 3 perguntas que faria à mãe de Valéria para Ter certeza de que ela compreendeu como misturar e
dar a solução de SRO.

-
-
-

c. O que deve fazer a mãe se a menina vomitar enquanto estiver tomando a solução?

d. Por quanto tempo a mãe de Valéria deve seguir lhe dando líquidos extras?

e. Que sinais o profissional deve ensinar à mãe de Valéria?

 Caso 6: Crianças

Quais são os líquidos que você recomenda em sua unidade para as crianças com diarréia e SEM
DESIDRATAÇÃO?

6.2. PLANO B: TRATAR A DIARRÉIA COM SRO


PLANO B: TRATAR A DIARRÉIA COM SRO

As crianças com desidratação deverão permanecer na unidade de saúde até a reidratação


completa. Durante um período de 4 horas, administrar a quantidade de SRO recomendada.

 DETERMINAR A QUANTIDADE DE SRO A SER ADMINISTRADA DURANTE


AS PRIMEIRAS 4HORAS

IDADE Até 4 meses 4 a 11 meses 12 m a 2 anos 2 a 5 anos


PESO < 6 Kg < 6 – < 10 Kg < 10 – < 12 Kg < 12 – < 19 Kg
SRO (ml) 200 – 400 400 – 700 700 – 900 900 – 1400

Somente utilizar a idade da criança quando desconhecer o seu peso. A quantidade aproximada de SRO
necessária (em ml) deve ser calculada multiplicando o peso da criança (em Kg) por 75 ml/kg/4 horas

 Se a criança quiser mais SRO do que a quantidade citada, dar mais.

 DEMONSTRE PARA A MÃE COMO ADMINISTRAR A SOLUÇÃO DE SRO:


 Dar com freqüência pequenos goles de líquidos usando copo ou colher.
 Se a criança vomitar aguardar 10 minutos e depois continuar, porém mais lentamente.
 Continuar a amamentar ao peito sempre que a criança desejar.

 APÓS 4 HORAS:
 Reavaliar a criança e classificá-la quanto a desidratação.
 Selecionar o plano apropriado para continuar o tratamento.
 Se possível, começar a alimentar a criança na unidade de saúde.

 SE, EM SITUAÇÕES EXCEPCIONAIS, A MÃE PRECISAR IR PARA CASA ANTES


DE TERMINAR O TRATAMENTO:
 Orientar como preparar a solução em casa.
 Orientar sobre a quantidade de SRO a ser administrada até completar o tratamento.
 Entregar uma quantidade suficiente de SRO para completar a reidratação.
 Explicar as 3 regras do Tratamento Domiciliar.

1. DAR LÍQUIDOS ADICIONAIS


2. CONTINUAR A ALIMENTAR
3. QUANDO RETORNAR

EXERCÍCIOS
1. As crianças descritas a seguir vieram a unidade de saúde porque estavam com diarréia. Foram avaliadas e não
apresentavam sinais gerais de perigo. Foram classificadas como DESIDRATAÇÃO E O PESO NÃO É
BAIXO. Anote a quantidade de solução de SRO que é provável ser necessária que cada criança tome durante
as primeiras 4 horas de tratamento.

Nome Idade Peso Quantidade


(Kg) de SRO (ml)
a. Rita 3 anos 12,8
a. Hélio 1 ano 10,0
b. Cibele 7 meses 7,5
c. Paulo 11 meses 9,5

2. Rose tem 5 meses de idade e está com diarréia. Foi classificada como DESIDRATAÇÃO E O PESO NÃO É
BAIXO. Não há uma balança para pesar Rose na pequena unidade de saúde. A mãe de Rose morreu no parto,
por isso ela tem tomado leite artificial. A avó recentemente começou a dar-lhe também mingau.

a. Deve dar a Rose ____ ml de ___________ durante as primeiras ____ horas de tratamento.

b. O que deve fazer a avó de Rose se a menina vomitar durante o tratamento?

c. Quando o profissional deve voltar a avaliar Rose?

d. Depois de avaliarem Rose como SEM DESIDRATAÇÃO, que plano deve dar-lhe?

e. Quantos pacotes de SRO o médico deve dar a avó?

f. Para continuar o tratamento em casa, a avó deve dar a Rose ____ ml de ____ depois de cada
_________________.

3. Yasmin tem 9 meses de idade e pesa 8 Kg,. Sua mãe trouxe na unidade de saúde porque ela estava com
diarréia. O profissional avalia Yasmin e o resultado é DESIDRATÇÃO E PESO NÃO É BAIXO. O
profissional escolhe o Plano B. Sua mãe disse que mama no peito várias vezes ao dia. Também come arroz 3
vezes ao dia, com verdura, legumes e ás vezes pedaços de carne.

a. Qual a quantidade aproximada da solução de SRO que a mãe de Yasmin deve dar-lhe durante as 4
primeiras horas?

b. Durante as 4 horas de tratamento Yasmin deveria comer ou beber qualquer outra coisa além da solução de
SRO? Caso afirmativo, o que?

c. Depois de 4 horas de tratamento, o profissional avalia Yasmin. Porém a classifica como


DESIDRATAÇÃO. Qual é o plano adequado para continuar o tratamento?

6.3. PLANO C: TRATAR RAPIDAMENTE A DESIDRATAÇÃO GRAVE


O tratamento de reidratação mediante líquidos por via IV ou usando uma sonda nasogástrica é indicado para
crianças com DESIDRATAÇÃO GRAVE. Esta hidratação compreende duas fases : fase rápida ou de expansão e a
fase de manutenção e reposição. Este tratamento depende:
 Do tipo de equipamento disponível em sua unidade de saúde.
 Da capacitação que você está recebendo.
 Se a criança é capaz de beber.

PLANO C: TRATAR DESIDRATAÇÃO GRAVE RAPIDAMENTE

Pode aplicar imediatamente Começar a dar líquidos


líquidos por via IV? SIM imediatamente por via IV. Dar 100
ml/kg. Solução em partes iguais de
SG 5% e SF 0,9% em 2 horas.

Se ao final de 2 horas ainda houver


sinais de desidratação, administrar
mais 25 a 50 ml/kg nas próximas 2
horas.

NÃO Após este período iniciar a fase de


manutenção/reposição.

Reavaliar a criança de meia em meia


hora.

Oferecer SRO (cerca de 5


ml/Kg/hora) tão logo a criança
consiga beber.

Pode aplicar tratamento por via Recebeu treinamento para usar


IV nas proximidades (30 NÃO Sonda Nasogástrica (SNG) para a
minutos para chegar ao local? reidratação?

SIM NÃO SIM

Referir urgentemente ao  Iniciar a reidratação com


hospital para tratamento IV. solução de SRO por sonda. Dar
Entregar a mãe SRO e orientar 30 ml/Kg/hora.
como administrar com conta-  Reavaliar a criança a cada 30
gotas ou seringa durante o minutos enquanto aguarda a
trajeto transferência para um
HOSPITAL.
 Se houver vômitos repetidos ou
aumento de distensão abdominal
reduzir a velocidade da oferta de
líquido

FASE DE MANUTENÇÃO E REPOSIÇÃO


A fase de manutenção é para cobrir as perdas normais e a de reposição deve compensar as perdas anormais
decorrentes de diarréia e vômitos. O volume a ser administrado nesta fase é resultante da soma dos volumes da
manutenção e reposição. O paciente deve ser alimentado normalmente e tomar o SRO, testando-se a aceitação e
tolerância da via oral. A quantidade administrada por via venosa deverá ser reduzida progressivamente, conforme
for aumentando a ingestão de alimentos e SRO.
As necessidades de manutenção para 24 horas são:
Peso até 10 Kg 100 ml/kg
Peso de 10 a 20kg ---- 1000ml + 50ml/kg para cada kg de peso acima de 10kg
Peso acima de 20kg 1500ml + 20ml/kg para cada kg de peso acima de 20kg
Para cada 100ml de liquido :80ml de SG 5% + 20ml de SF 0,9% (4:1) e +KCl a 10% -2ml.
Quanto a reposição, como não é possível avaliaras perdas pelo número de evacuações, a primeira prescrição
admitirá perdas de 50 ml/kg/dia. A solução deve conter 1 parte de SF 0,9% e 1 parte de SG 5%.
Recomenda-se a prescrição de metade destes volumes a cada 12 horas ou 1/3 a cada 8 horas. Para se calcular o
gotejamento da solução: Nº de gotas = Volume / 3 x horas (tempo previsto de infusão)

6.4. TRATAR A DIARRÉIA PERSISTENTE

O tratamento da DIARRÉIA PERSISTENTE requer alimentação especial que encontra-se no quadro


ACONSELHAR A MÃE OU ACOMPANHANTE.

6.5. TRATAR A DISENTERIA


Administre um antibiótico por via oral contra shiguella para tratar a DISENTERIA. Diga à mãe para regressar
em 2 dias para a consulta de retorno, para ter certeza que a criança está melhorando.

7. VACINE SEGUNDO A NECESSIDADE

Caso se imunize as crianças com a vacina correta no momento adequado, previne-se o sarampo, a poliomielite, a
difteria, a coqueluche, o tétano, tuberculose, hepatite, haemophilus e febre amarela. Verifique o estado de
vacinação de todas as crianças que se tratam na sua unidade e vacine sempre que necessário
EXERCÍCIOS

1. Melissa tem 6 meses de idade. Tem PNEUMONIA E O PESO NÃO É BAIXO. Seu cartão indica que deve-se
aplicar as doses de DPT1 e VPO1. Devem ser dadas as vacinas hoje?

2. Dr. Arnaldo trabalha em um assentamento de ocupantes ilegais. Os alimentos são escassos e as crianças têm
ANEMIA E PESO MUITO BAIXO. Deve-se imunizar as crianças?

3. Uma mãe traz sua filha Joana de 7 meses de idade com diarréia. Foi classificada como SEM
DESIDRATAÇÃO, DISENTERIA E PESO NÃO É BAIXO. O cartão da criança indica que ela recebeu a
VPO2 e a DPT2 faz 6 semanas. A mãe disse que não quer que voltem a imunizar Joana, porque a mesma teve
febre e ficou irritada depois da última imunização. O que o profissional deve fazer?

4. O Dr. Walter quer imunizar uma criança de 1 ano de idade contra o sarampo. A criança foi classificada como
PNEUMONIA E PESO NÃO É BAIXO. A mãe do menino não quer imunizar o seu filho hoje contra o
sarampo. Descreva o que você diria à mãe do menino para convencê-la de que deve imunizar hoje o seu filho.

ATENÇÃO À CRIANÇA DOENTE DE 1 SEMANA A 2 MESES DE IDADE

As crianças de 1 semana a 2 meses de idade têm características especiais que devem ser consideradas quando suas
doenças são classificadas. Podem adoecer e morrer em um curto espaço de tempo por infecções bacterianas graves.
Freqüentemente apresentam apenas os sinais gerais de perigo como hipoatividade, febre ou temperatura corporal
baixa. A tiragem subcostal leve é normal nas crianças pequenas porque a musculatura torácica é delgada. Por essas
razões, essas crianças são avaliadas de uma maneira um pouco diferente da qual se avalia a criança de mais de 2
meses de idade.

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

Ao final deste módulo o aluno estará apto a praticar as seguintes técnicas:

 Avaliar e classificar a possível infecção bacteriana de uma criança.


 Avaliar e classificar uma criança com diarréia.
 Verificar se há um problema de alimentação ou baixo peso.
 Avaliar a amamentação e classificar a alimentação.
 Tratar uma criança com antibióticos de administração oral ou intramuscular.
 Dar líquidos para o tratamento da diarréia.
 Ensinar a mãe a tratar as infecções locais em casa.
 Ensinar a posição e a pega corretas para a amamentação.
 Orientar a mãe ou acompanhante sobre a maneira de prestar os cuidados domiciliares.

12. AVALIE E CLASSIFIQUE A CRIANÇA DOENTE

Pergunte a mãe quais são os problemas que a criança apresenta. Determine se trata-se de um atendimento inicial ou
de retorno. Caso encontre um motivo pelo qual a criança necessite ser referida com urgência, você não deverá
perder tempo com a avaliação da amamentação.

1.1. VERIFIQUE SE HÁ POSÍVEL INFECÇÃO BACTERIANA


Neste passo você está procurando sinais de infecção bacteriana, especialmente um a infecção grave como
pneumonia, septicemia e meningite. É importante avaliar os sinais seguindo a seqüência do quadro com a criança
tranqüila.

AVALIE QUAIS SÃO OS PROBLEMAS DA CRIANÇA

 Pergunte se a criança teve convulsões, movimenta-se menos que o normal


 Conte o número de respirações por minuto. Repetir se for elevada
 Observe se há tiragem subcostal grave.
 Observe se há batimento das asas do nariz.
 Verifique e ausculte se há gemido.
 Observe e palpe para ver se a fontanela está abaulada.
 Observe se há secreção purulenta no ouvido.
 Examine o umbigo: encontra-se eritematoso ou com secreção purulenta. O eritema se extende á pele ?
 Palpe e tire a temperatura.
 Observe se há pústulas na pele e se são extensas.
 Observe se a criança está letárgica ou inconsciente.
 Observe se a criança se movimenta menos do que o normal.

A criança deve ser registrada em um formulário especial. Ele apresenta uma lista de perguntas que serão feitas à
mãe e os sinais que você deverá observar e identificar, segundo os sinais e sintomas da criança.

VERIFIQUE SE HÁ POSSIBILIDADE DE INFECÇÃO BACTERIANA Sim ___ Não ___


 A criança teve convulsões? ___
 Conte as respirações em um minuto ____ rpm . Repetir se elevado? ____ rpm.
 Respiração rápida? ___
 Observe se há tiragem subcostal grave ___
 Observe se há batimento de asa de nariz ___
 Verifique e ausculte se há gemido ___
 Verifique e palpe se a fontanela está abaulada ___
 Observe há secreção purulenta no ouvido ___
 Examine o umbigo. Apresenta-se eritematoso ou com secreção purulenta? ___
 SE SIM, o eritema se extende à pele? ___
 Está com febre (37,5 C ou com temperatura baixa (< 35,5 C)? ___
 Verifique se há pústulas na pele. As pústulas são muito ou extensas? ___
 Verifique se a criança está letárgica ou inconsciente? ___
 Verifique se a criança apresenta irritabilidade? ___
 Observe os movimentos da criança. Movimenta-se menos que o normal? ___
 Apresenta dor à manipulação? ___

CLASSIFIQUE A POSSIBILIDADE DE INFECÇÃO BACTERIANA

Classifique todas as crianças no quadro referente à possibilidade de infecção bacteriana. Compare os sinais da lista
e escolha a classificação apropriada. Uma criança com algum dos sinais de POSSÍVEL INFECÇÃO
BACTERIANA GRAVE pode ter uma doença grave e apresentar alto risco de vida. Siga todas as normas
referentes ao tratamento.

SINAIS CLASSIFICAR COMO TRATAMENTO


 Convulsões.  Dar a primeira dose de
 Respiração rápida (60 rpm ou mais) antibiótico recomendado.
 Tiragem subcostal grave.  Prevenir e tratar a hipoglicemia.
 Batimento das asas do nariz. POSSÍVEL INFECÇÃO  Recomendar à mãe a manter a
 Gemido. BACTERIANA GRAVE criança agasalhada.
 Fontanela abaulada.  Referir URGENTEMENTE ao
 Secreção purulenta no ouvido. hospital.
 Eritema umbilical se extende a pele.  Recomendar à mãe a continuar
 Febre (37,5C ou mais) . amamentando.
 Temperatura baixa (35,5C ou -).
 Pústulas na pele e extensas
 Letárgico ou inconsciente.
 Movimenta-se menos que o normal
 Dor a manipulação
 Umbigo eritematoso.  Administrar um antibiótico
 Umbigo com secreção purulenta. INFECÇÃO recomendado.
 Pústulas na pele. BACTERIANA  Ensinar a mãe a cuidar das
LOCAL infecções locais em casa.
 Orientar a mãe como tratar a
criança em casa.
 Marcar retorno em 2 dias.

1.2. AVALIE A DIARRÉIA

Caso a criança tenha diarréia, avalie e classifique a diarréia. As fezes normalmente freqüentes ou amolecidas da
criança que mama no peito não constituem diarréia.

A CRIANÇA ESTÁ COM DIARRÉIA? Sim ___ Não ___


SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias.  Examine estado geral da criança. Encontra-se:
Há sangue nas fezes? ___ Letárgica ou inconsciente? ___
Inquieta ou irritada? ___
 Observe se os olhos estão fundos ___
 Ofereça líquidos a criança. A criança:
Não consegue beber ou bebe mal? ___
Bebe avidamente, com sede? ___
 Sinal da prega: a pele retorna ao estado anterior:
Muito lentamente (> 2 segundos) ___
Lentamente ___

CLASSIFIQUE A DIARRÉIA

A diarréia é classificada da mesma maneira que a criança de mais de 2 meses de idade. Eleja uma classificação
adicional se a criança tem diarréia por 14 dias ou mais, ou se tem sangue nas fezes.
Dois dos sinais que se seguem:  Se a criança não estiver com
nenhuma POSSÍVEL
 Letárgica ou inconsciente. INFECÇÃO BACTERIANA
 Olhos fundos. DESIDRATAÇÃO GRAVE:
 Não consegue beber ou bebe mal. GRAVE  Inicie Terapia EV (Plano C) OU
 Sinal da prega: a pele volta muito  Se a criança estiver também com
Lentamente ao estado anterior. POSSÍVEL INFECÇÃO
BACTERIANA GRAVE:
 Referir URGENTEMENTE ao
hospital com a mãe
administrando-lhe SRO.
freqüentes durante o trajeto.
 Recomendar a mãe a continuar
a amamentação ao peito.

Dois dos sinais que se seguem:  Dar líquidos e alimentos na


unidade de saúde (Plano B).
 Inquieta, irritada.  Se a criança estiver também com
 Olhos fundos. POSSÍVEL INFECÇÃO
 Bebe avidamente, com sede. DESIDRATAÇÃO BACTERIANA GRAVE:
 Sinal da prega: a pele volta  Referir URGENTEMENTE ao
lentamente ao estado anterior. hospital com a mãe
administrando-lhe SRO.
freqüentes durante o trajeto.
 Recomendar a mãe a continuar
a amamentação ao peito.

Não há sinais suficientes para SEM  Dar líquidos para tratar a


classificar como desidratação ou DESIDRATAÇÃO diarréia em casa (Plano A) .
desidratação grave.

 Se a criança estiver desidratada


 Está com diarréia há 14 dias ou DIARRÉIA tratar a desidratação antes de
mais PERSISTENTE referir a criança a não ser que
GRAVE a criança tenha uma POSSÍVEL
INFECÇÃO BACTERIANA
GRAVE.
 Referir ao hospital.
 Dar a primeira dose de um
 Sangue nas fezes DISENTERIA antibiótico recomendado.
 Referir ao hospital.

EXERCÍCIOS

Preencha os formulário de registro para cada caso abaixo.


 Caso 1: Henrique

Henrique é uma criança de 3 semanas de idade. Pesa 3,6 Kg. Tem uma temperatura de 37 C. Foi levado a
unidade de saúde porque tem dificuldade para respirar. O profissional verifica primeiro se a criança tem sinais
de possível infecção bacteriana. A mãe disse que Henrique não tem tido convulsões. O profissional conta a
freqüência respiratória em 74 rpm. Repetiu a contagem e contou 70 rpm. Verifica que Henrique tem tiragem
subcostal leve e batimento de asa de nariz. Não tem gemido. A fontanela não está abaulada. Não há secreção
purulenta nos ouvidos, o umbigo está normal e não há pústulas na pele. Henrique está tranqüilo e desperto e
seus movimentos são normais. Não tem diarréia.

 Caso 2: Sandra

Sandra tem 5 semanas de idade. Pesa 4 Kg. Tem uma temperatura de 37 C. A mãe levou a unidade de saúde
porque tem uma erupção. O profissional avalia os sinais de uma possível infecção bacteriana. A mãe disse que
a criança não tem tido convulsões. O profissional conta a freqüência respiratória em 55 rpm. Não apresenta
tiragem subcostal, batimento de asa de nariz, nem gemido. A fontanela não está abaulada. Não há secreção
purulenta nos ouvidos e o umbigo está normal. O profissional observa todo o corpo da Sandra e encontra uma
erupção vermelha com apenas algumas pústulas nas nádegas. Está desperta e seus movimentos são normais.
Não tem diarréia.

 Caso 3: Elias

Elias é um menino franzino que nasceu exatamente há 2 semanas atrás. Pesa 2,5 Kg. Tem uma temperatura de
37 C. A mãe disse que nasceu prematura em casa, e que era muito menor que outros filhos. Está preocupada
porque o umbigo está infectado. Disse que a criança não tem tido convulsões. O profissional conta a
freqüência respiratória em 55 rpm. Não apresenta tiragem subcostal, batimento de asa de nariz, nem gemido.
A fontanela não está abaulada. Não há secreção purulenta nos ouvidos. O umbigo tem um pouco de pus na
ponta, que está também avermelhada. O profissional observa todo o corpo e encontra erupções na pele. O
menino está desperto e contente. Ele movimenta-se regularmente. Não tem diarréia.

 Caso 4: Joaquim

Joaquim tem 7 semanas de idade. Pesa 3 Kg. Tem uma temperatura de 37 C. A mãe o levou a unidade de
saúde porque tem diarréia. O profissional verifica primeiro se a criança tem sinais de possível infecção
bacteriana. A mãe disse que Joaquim não tem tido convulsões. A freqüência respiratória é de 58 rpm. Joaquim
está dormindo nos braços da mãe, porém despertou quando foi despido. Apresenta tiragem subcostal leve. Não
tem batimento de asa de nariz, nem gemido. A fontanela não está abaulada. Não há secreção purulenta nos
ouvidos. O umbigo não está vermelho nem tem secreção purulenta. Tem uma erupção na região das fraldas,
porém não tem pústulas. Está chorando e movendo os braços e pernas. Quando o profissional pergunta a mãe
respeito da diarréia de Joaquim, ela responde que começou há 3 dias e que não há sangue nas fezes. Joaquim
está chorando. Parou de chorar uma vez, quando a mãe deu-lhe o peito. Começou a chorar outra vez, quando a
mãe deixou de amamentá-lo. Os olhos parecem normais, não estão fundos. Ao sinal da prega, a pele do
abdome volta ao estado anterior lentamente.

1.3. VERIFIQUE SE HÁ PROBLEMA DE ALIMENTAÇÃO OU BAIXO PESO

Uma alimentação adequada é essencial para o crescimento e o desenvolvimento da criança, sendo que a lactância
materna exclusiva é a melhor forma de alimentar a criança com menos de 6 meses. A avaliação tem duas partes: na
primeira parte se faz perguntas à mãe e determina o peso para a idade; e na segunda parte, se a criança tem algum
problema com a amamentação ou baixo peso, se avalia como a criança mama.

PERGUNTE SOBRE A ALIMENTAÇÃO E DETERMINE O PESO PARA A IDADE


 Pergunte se há alguma dificuldade para alimentar.
 Pergunte se a criança está sendo amamentada no peito e quantas vezes ao dia.
 Pergunte se habitualmente a criança recebe quaisquer outros alimentos e bebidas, e como.
 Pergunte que tipos de alimentos usa para alimentar à criança.
 Determine o peso para a idade.

AVALIE A AMAMENTAÇÃO

 Pergunte se a criança mamou no peito na última hora.


 Observe se a criança consegue fazer a “pega”.
 Observe se a criança está sugando bem.
 Verifique se há ulcerações ou placas brancas na boca (monilíase oral).

A SEGUIR, VERIFIQUE SE HÁ PROBLEMAS DE ALIMENTAÇÃO OU DE BAIXO PESO


 Problema para alimentar?
 A criança está sendo amamentada ao seio? ___
SE SIM: Quantas vezes em 24 horas? ___
 Habitualmente a criança recebe algum outro tipo de alimento ou líquido?___
SE SIM: Com que freqüência? ___
 O que usa para alimentar à criança? _________________________________
 Determine o peso para a idade: Baixo ___ Não é baixo ___

Se tiver dificuldade para mamar, se aleitamento é dado < 8 vezes em cada 24 horas, se estiver
recebendo outro tipo de alimento ou líquido, se seu peso é baixo e não apresenta nenhum sinal
para ser referido URGENTEMENTE ao hospital AVALIE A AMAMENTAÇÃO AO PEITO:
 A criança mamou no peito durante a última hora? ___
Se não mamou, peça à mãe que dê. Observe a amamentação por 4 minutos. Verifique a pega:
 O queixo está tocando o seio?
 A boca esta bem aberta?
 Lábio inferior virado para fora?
 Há mais auréola visível acima da boca do que abaixo?
Tipo de pega: nenhuma pega ___ / a pega não é boa ___ / boa pega ___
 Está sugando bem (isto é, sucções lentas e profundas com pausas ocasionais)? ___
Tipo de sucção: não está sugando nada ___ / não está sugando bem ___ / está sugando bem ___
 Verifique se há ulcerações ou placas na boca (monilíase oral) ___

CLASSIFIQUE A ALIMENTAÇÃO

Compare os sinais da criança com os enumerados em cada fila e escolha a classificação apropriada.

 Não consegue alimentar-se.  Dar a primeira dose de


 Nenhuma pega. antibiótico por via IM
 Não está sugando nada. NÃO CONSEGUE  Prevenir e tratar a hipoglicemia.
ALIMENTAR-SE:  Orientar à mãe sobre como
POSSÍVEL INFECÇÃO manter a criança agasalhada
BACTERIANA GRAVE durante o trajeto ao hospital.
 Referir URGENTEMENTE ao
hospital.
 A pega não é boa.  Recomendar a mãe a amamentar
 Não está sugando bem. ao peito tantas vezes e por
 Menos de 8 amamentações ao dia. quanto tempo quanto a criança
 Recebe outros alimentos ou quiser, de dia e de noite.
líquidos.  Se a criança não estiver bem
 Baixo peso para a idade ( abaixo do PROBLEMA DE posicionada ou sugando bem,
P3) ALIMENTAÇÃO ensinar a posição e a pega
 Presença de monilíase oral OU PESO BAIXO correta.
 Se está recebendo outros
alimentos ou líquidos,
recomendar a mãe com relação a
amamentar mais vezes,
reduzindo outros alimentos ou
líquidos, e a utilizar uma xícara
ou colher.
 Se não estiver amamentando:
 Referir para aconselhamento
sobre amamentação e
possível retorno à
amamentação.
 Recomendar a maneira
correta de preparar substitutos
ao leite materno e como usar
uma xícara/copinho.
 Se tiver monilíase oral,
ensinar à mãe a tratá-la em casa.
 Aconselhar à mãe como tratar a
criança em casa.
 Marcar o retorno referente a
Qualquer problema da monilíase
em 2 dias.
 Fazer o acompanhamento do
baixo peso para idade em 14
dias.
 O peso não é baixo para a idade NENHUM PROBLEMA  Recomendar à mãe sobre como
 Não existe alimentação inadequada DE ALIMENTAÇÃO cuidar da criança em casa.
 Elogiar por alimentar bem a
criança.

1.4. VERIFIQUE O ESTADO DE IMUNIZAÇÃO DA CRIANÇA

Verifique a situação das vacinas da criança como o faria no caso de uma criança maior de 2 meses.

Calendário de vacinação do Ministério da Saúde, 2017

IDADE
Ao nascer BCG intradérmico1 1

Vacina contra hepatite B (VHB)


2 meses Penta Valente+ VIP + VORH +Pneumococica
1.5. AVALIE OUTROS PROBLEMAS

Avalie qualquer outro problema mencionado pela mãe ou observado por você. Consulte as normas sobre o
tratamento desses possíveis problemas que estiverem disponíveis. Caso você ache que a criança tem um problema
grave, ou não sabe como ajudá-la, refira a um hospital.
EXERCÍCIOS

Preencha os resultados da avaliação adicional no formulário de registro. Utilize a curva de peso para idade
para determinar se a criança tem baixo peso para a sua idade. Classifique a alimentação e verifique o estado de
imunização. Anote o retorno para próxima vacinação.

 Caso 1: Henrique

A mãe de Henrique disse que não tem nenhuma dificuldade para alimentá-lo. Amamenta-o dia e noite cerca de
8 vezes em 24 horas. Não lhe dá nenhum outro alimento nem líquido. O profissional recorre ao quadro de peso
para idade e determina que o peso de Henrique (3,6 Kg) não é baixo para a sua idade (3 semanas). Decide,
então, avaliar a amamentação. Quando pergunta a respeito das imunizações, a mãe de Henrique diz que a
criança nasceu em casa e não recebeu nenhuma vacina. Não há nenhum outro problema.

 Caso 2: Sandra

Quando foi perguntado a mãe se tinha dificuldade em alimentar Sandra, ela disse que não. Disse que a menina
mama 9 ou 10 vezes em 24 horas e que não toma nenhum outro alimento nem líquido. O profissional recorre
ao quadro de peso para idade e determina o peso para a sua idade. Decide, que não há necessidade de avaliar a
amamentação. A mãe de Sandra tem o cartão da criança com as vacinas em dia. Quando o profissional
perguntou se ela tinha algum outro problema, ela respondeu que não.

 Caso 3: Elias

A mãe de Elias disse que não tem nenhuma dificuldade para alimentá-lo e que ele mama 6 ou 7 vezes em 24
horas. Não lhe dá nenhum outro alimento nem líquido. O profissional verifica o peso para a sua idade. Como
Elias tem baixo peso para a sua idade, o médico decide avaliar a amamentação. A mãe disse que é provável que
Elias tenha fome agora e o põe no peito. O profissional observa o queixo de Elias tocar o seio, a boca está bem
aberta e o lábio inferior está voltado para fora. Vê-se mais a auréola acima do que abaixo da boca. Mama com
sucções lentas e profundas, com pausas ocasionais. A mãe continua amamentando-o até que termine. O
profissional vê que não há ulcerações nem placas brancas na boca da criança. Elias não recebeu nenhuma
vacina.

 Caso 4: Joaquim

Quando foi perguntado a mãe de Joaquim sobre a alimentação, ela disse que o menino geralmente se alimenta
bem. É amamentado 3 vezes ao dia. Toma também uma mamadeira com leite em pó 3 vezes ao dia. O
profissional verifica o peso do menino para a sua idade. Como Joaquim está tomando outros alimentos e tem
peso baixo para a sua idade, o profissional decide avaliar a amamentação. Joaquim não se alimentou na hora
anterior. A mãe decide amamentá-lo agora. O profissional observa que o queixo de Joaquim não está tocando o
seio da mãe. A boca não está bem aberta e os lábios estão voltados para frente. Vê-se tanto a auréola acima
como abaixo da boca do menino. As sucções são rápidas e pouco profundas. Quando Joaquim termina de
mamar, o profissional examina a sua boca. Não vê ulcerações nem placas brancas na boca. A mãe de Joaquim
tem o cartão da criança. Nele está anotado que Joaquim recebeu BCG no hospital, A mãe disse que não tem
nenhum outro problema..
2. IDENTIFIQUE O TRATAMENTO APROPRIADO

Para cada classificação da criança, procure o tratamento no quadro relacionado à CRIANÇA DOENTE DE 1
SEMANA A 2 MESES DE IDADE.

2.1. DETERMINE SE NECESSITA SER REFERIDA COM URGÊNCIA AO HOSPITAL

Os seguintes casos devem ser referidos com urgência ao hospital:

 Possível infecção bacteriana grave


 Desidratação grave se não puder tratar.
 Diarréia persistente grave
 Disenteria (referir para investigação)
 Não consegue alimentar-se : possível infecção bacteriana grave

2.2. IDENTIFIQUE OS TRATAMENTOS SE NECESSITA SER REFERIDA COM URGÊNCIA

Leia o quadro e determine os tratamentos para cada classificação. Registre os tratamentos, a recomendação dada a
mãe e a data para atendimento de retorno que é importante para a criança.

2.3. IDENTIFIQUE OS TRATAMENTOS ANTES DE REFERIR

Antes de referir urgentemente a criança ao hospital, dê-lhe todos os tratamentos apropriados.

2.4. ADMINISTRE TRATAMENTOS URGENTES ANTES DE REFERIR

 Administre a primeira dose de antibióticos por via IM.


 Administre um antibiótico apropriado por via oral.
 Oriente a mãe ou acompanhante sobre a maneira de manter a criança agasalhada.
 Previna a hipoglicemia.
 Oriente a mãe dar SRO durante o trajeto.
 Recomende que siga amamentando.

2.5. REFIRA A CRIANÇA AO HOSPITAL

Prepare um encaminhamento e explique a mãe porque está referindo a criança ao hospital. Ensine-a tudo que ela
precisará fazer no caminho. Além disso, explique que as crianças são essencialmente frágeis. Caso haja resistência,
discuta as razões e explique que a doença da criança pode ser melhor tratada no hospital.
3. TRATE A CRIANÇA DOENTE E ORIENTE A MÃE OU ACOMPANHANTE

As instruções para o tratamento encontram-se no quadro CRIANÇA DOENTE DE 1 SEMANA A 2 MESES DE


IDADE, exceto os planos com líquidos para tratar diarréia e prevenir hipoglicemia que encontram-se no quadro
TRATAR.

3.1. ADMINISTRE UM ANTIBIÓTICO APROPRIADO POR VIA ORAL

DAR UM ANTIBIÓTICO ORAL APROPRIADO

Para infecção bacteriana local:


Antibiótico de primeira linha: AMOXICILINA
Antibiótico de segunda linha: SULFAMETOXAZOL+TRIMETROPIN
IDADE OU PESO SULFAMETOXAZOL+TRIMETROPIN AMOXICILINA ERITROMICINA
40 mg/Kg/dia de sulfametoxazol 50 mg/Kg/dia 40 mg/Kg/dia
Dar de 12/12 horas durante 7 dias Dar de 8/8 horas Dar de 8/8 horas
Durante 7 dias durante 7 dias
XAROPE XAROPE SUSPENSÃO
40 mg d trimetropin + 200 mg 125 mg por 5 ml 250 mg por 5 ml
sulfametoxazol por 5 ml
Nascimento < 1 mês 1,25 ml* 2,0 ml 0,6 ml
(< 3 Kg)
1 a 2 meses 2,5 ml 2,5 ml 0,8 ml
(3-4 Kg)
* Evitar usar sulfametoxazol + trimetropin em crianças com < de mês de idade ou com icterícia

3.2. ADMINISTRE A PRIMEIRA DOSE DE ANTIBIÓTICO POR VIA INTRAMUSCULAR

As crianças com POSSÍVEL INFECÇÃO BACTERIANA GRAVE podem infectar-se com uma variedade mais
ampla de bactérias que uma criança de mais de 2 meses de idade (Genta +Procaína).

DAR A PRIMEIRA DOSE DE ANTIBIÓTICO POR VIA INTRAMUSCULAR


PESO GENTAMICINA PENICILINA G PROCAÍNA
Kg 2,5mg/Kg/dose Dose: 50.000 UI/Kg
1 amp=1 ml= 10 mg 1 amp=1 ml= 20 mg Para um frasco de 300.000 UI
acrescentar 3 ml de água
esterilizada (100.000 UI/ml)
1 0,25 ml 0,13 ml 0,5 ml
2 0,50 ml 0,25 ml 1,0 ml
3 0,75 ml 0,40 ml 1,5 ml
4 1,00 ml 0,50 ml 2,0 ml
5 1,25 ml 0,60 ml 2,5 ml

3.3. TRATE A DIARRÉIA

Consulte o quadro TRATAR para encontrar as instruções para o tratamento da diarréia.

 Plano A: Tratar a diarréia em casa.


 Plano B: Tratar a desidratação.
 Plano C: Tratar a desidratação Grave

3.4. VACINE TODAS AS CRIANÇAS, CONFORME SEJA NECESSÁRIO

Administre hoje, todas as vacinas que a criança necessite. Informe a mãe quando a mãe deve trazer a criança para
as vacinas seguintes.

3.5. ENSINE À MÃE A TRATAR AS INFECÇÕES LOCAIS EM CASA

ENSINAR A MÃE OU O ACOMPANHANTE A TRATAR AS INFECÇÕES LOCAIS

 Explicar como dar o tratamento.


 Observá-la dando o primeiro tratamento na unidade de saúde.
 Orientar quantas vezes por dia o tratamento deve ser administrado
 Orientar para retornar a unidade de saúde se a infecção piorar
PÚSTULAS DA PELE OU ONFALITE MONILÍASE ORAL

A mãe deve (2-3 vezes ao dia): A mãe deve (2-3 vezes ao dia):
 Lavar as mãos.  Lavar as mãos.
 Retirar o pus e crostas com água e sabão.  Lavar a boca da criança usando um pano macio
 Banho de permanganato de potássio enrolado no dedo e umedecido com água e sal.
(solução de 100 mg para 4 litros de água) ou  Pincelar a boca da criança com violeta de genciana
passar violeta de genciana 1% nas pústulas. a 0,5% ou Nistatina , 1 ml oral de 6/6horas.
 Secar a região.  Lavar as mãos.
 Lavar as mãos

3.6. ENSINE A POSIÇÃO E A PEGA CORRETA PARA A AMAMENTAÇÃO

Uma boa posição pode ser reconhecida pelos seguintes sinais:

 O pescoço da criança está ereto ou um pouco curvado para trás.


 O corpo da criança está voltado para a mãe.
 O estômago da criança está encostado na barriga da mãe, o corpo da criança está próximo da mãe, e
 Todo o corpo da criança recebe sustentação.

A posição deficiente pode ser reconhecida pelos seguintes sinais:

 O pescoço da criança está torcido ou estendido para a frente.


 O corpo da criança não está voltado para o corpo da mãe.
 O corpo da criança está longe do corpo da mãe, ou
 Apenas a cabeça e o pescoço da criança recebem sustentação.
ENSINAR A POSIÇÃO E A PEGA CORRETAS PARA A AMAMENTAÇÃO AO PEITO

 Mostrar à mãe como segurar a criança de 1 semana a menos de 2 meses de idade.


 Com a cabeça da criança e o corpo eretos.
 Em direção ao seu peito, com o nariz da criança em frente ao bico do seio.
 Com o corpo da criança perto do corpo dela (estômago da criança/barriga da mãe).
 Sustentando todo o corpo da criança, não somente o pescoço e ombros.

 Mostrar à mãe como ajudar a criança de 1 semana a menos de 2 meses de idade na pega.
 Antes de dar o peito, tentar esvaziar a aréola para amolecer o bico e facilitar a saída do leite.
 Tocar os lábios da criança com o bico dos seios.
 Esperar até a boca da criança abrir-se completamente.
 Mover a criança rápido em direção ao peito, pondo seu lábio inferior bem abaixo do bico do seio.

 Verificar sinais e boa pega e sucção. Se não são bons, tente novamente.

RECOMENDAÇÕES SOBRE OUTROS PROBLEMAS DE ALIMENTAÇÃO:

 Se a mãe estiver amamentando a criança menos de 8 vezes em 24 horas, recomende para que
aumente a freqüência das mamadas. Incentive para que amamente freqüentemente.
 Se a criança recebe outros alimentos ou líquidos, recomende para que amamente mais,
reduzindo a quantidade destes. Recomende que os ofereça em um a xícara e não na
mamadeira.
 Se a mãe não dá o peito, pergunte se gostaria de amamentar e considere referi-la para que
receba orientação sobre amamentação e possível relactação e extração manual do leite.

3.7. ENSINE À MÃE A EXTRAÇÃO MANUAL DO LEITE E A SUA CONSERVAÇÃO

A extração manual do leite é uma técnica simples e de grande valia. Deve ser ensinada a todas as mãe, com a
finalidade de permitir que a criança continue em aleitamento materno, mesmo que a mãe e filho tenham que se
afastar durante um período, por motivo de doenças, trabalho ou outros.

3.8. ORIENTE À MÃE OU O ACOMPANHANTE SOBRE OS CUIDADOS DOMICILIARES

ORIENTAR A MAE OU O ACOMPANHANTE QUANTO AOS CUIDADOS DA


CRIANÇA DE 1 SEMANA A 2 MESES DE IDADE A NÍVEL DOMICILIAR

- ALIMENTAÇÃO E Amamentar ao peito com freqüência, tantas vezes e por tanto


LÍQUIDOS tempo quanto a criança o desejar, de dia e de noite, quando
- QUANDO RETORNAR doente ou quando saudável
CONSULTA DE RETORNO QUANDO RETORNAR
IMEDIATAMENTE
Se a criança estiver com: Retornar para Se a criança apresentar qualquer
acompanhamento em: um dos seguintes sinais:
Mamando mal
INFECÇÃO BACTERIANA LOCAL Piorar
PROBLEMA DE ALIMENTAÇÃO 2 dias Tiver febre
MONILÍASE Respiração rápida
Dificuldade para respirar
Sangue nas fezes
PESO BAIXO PARA IDADE 14 dias
- CERTIFICAR-SE DE QUE A CRIANÇA ESTEJA SEMPRE BEM AGASALHADA
EXERCÍCIOS

Preencha os formulários de registro para o caso 2 (Sandra) e para o caso 4 (Joaquim). Consulte o quadro
CRIANÇA DOENTE DE 1 SEMANA A 2 MESES DE IDADE, quando necessário. Para cada caso: reveja os
resultados da avaliação da criança, as classificações e os tratamentos necessários; e responda as perguntas
adicionais sobre o tratamento de cada caso.

 Caso 2: Sandra

1. Além do tratamento com antibióticos, Sandra precisa de tratamento em casa para a infecção local, quer dizer,
para pústulas nas nádegas. Liste abaixo os passos que a mãe de Sandra deve seguir para tratar esta infecção
cutânea em casa.

2. Com que freqüência a mãe deve tratar as pústulas cutâneas?

3. Sandra também necessita de atenção em nível domiciliar. Quais são os 3 conselhos principais para a mãe sobre
a tenção em casa?

4. Quando diria a mãe de Sandra para retornar?


 Caso 4: Joaquim

1. Além do tratamento com antibióticos, Joaquim necessita de tratamento para DESIDRATAÇÃO de acordo com
o plano B. Que quantidade de SRO deverá ser dado a Joaquim para as primeiras 4 horas de tratamento?

2. Ele deverá receber outros líquidos durante o período de 4 horas? Em caso afirmativo, que líquidos?

3. Depois de 4 horas de tratamento Joaquim foi reavaliado. O menino está tranqüilo. Ao sinal da prega a pele
volta ao estado anterior imediatamente. O profissional o classifica como SEM DESIDRATAÇÃO e elege o
plano A para continuar o tratamento. Explica a mãe que durante a diarréia, Joaquim precisará de líquidos
adicionais e que a melhor maneira é através de mamadas ao peito freqüentes e com maior duração. O
profissional também dá a mãe 2 pacotes de SRO para serem dados a Joaquim em casa. O que mais deverá ser
dito a mãe a respeito de administração de SRO em casa?

4. Durante as 4 horas de tratamento com SRO, o profissional também pode ajudar a mãe de Joaquim a posicioná-
lo e melhorar a pega para a amamentação. Que outro conselho sobre a alimentação o médico deverá dar?
ACONSELHAR A MÃE OU AO ACOMPANHANTE

Quando as crianças doentes são encaminhadas para casa é fundamental fazer recomendações à mãe sobre quando
deverá voltar para o atendimento de retorno e ensinar-lhe a reconhecer os sinais que indicam quando deverá voltar
imediatamente para que a criança possa receber outros cuidados. As orientações referem-se a alimentação da
criança doentes e/ou com deficiência de peso.

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

Ao final deste módulo o aluno estará apto a praticar as seguintes técnicas:

 Avaliar a alimentação da criança.


 Identificar os problemas de alimentação.
 Orientar a mãe ou o acompanhante a tratar em casa o peso muito baixo para a idade.
 Orientar à mãe ou o acompanhante a respeito dos problemas de alimentação.
 Recomendar à mãe ou o acompanhante que aumente a quantidade de líquidos durante à doença.
 Orientar à mãe ou o acompanhante:
Quando voltar para a consulta de retorno.
Quando voltar imediatamente para que a criança possa receber outros cuidados.
Quando voltar para as imunizações.
A trazer sempre o cartão da criança toda vez que vier se consultar.

Ao praticar este módulo o aluno se concentrará:

 Dar recomendações apropriadas a cada mãe ou acompanhante.


 Empregar boas técnicas de comunicação.

Ainda que você tenha pressa, é importante levar um tempo necessário para dar a mãe uma recomendação
cuidadosa e completa. Para isso deverá aprender boas técnicas de comunicação.
RECOMENDAÇÕES À RESPEITO DA ALIMENTAÇÃO

Estas recomendações, a respeito da alimentação, são apropriadas tanto para quando a criança esta doente ou se está
sadia. Durante uma doença, é possível que as crianças não queiram comer muito. No entanto, devem lhes ser dadas
os tipos de alimentos com a freqüência recomendadas para a sua idade, ainda que não possam consumir todos os
alimentos. Depois da fase aguda, a boa alimentação ajuda a recuperar o peso perdido e a prevenir a desnutrição.
Quando a criança está bem, uma boa alimentação ajuda a prevenir futuras doenças.

RECOMENDAÇÕES PARA AS CRIANÇAS ATÉ OS 6 MESES DE IDADE

Até os seis meses O Programa Nacional de Incentivo ao


Aleitamento materno (PNIAM/MS) recomenda
 Amamentar o peito tantas vezes que nos primeiros 6 meses de vida a
quantas a criança quiser, de dia e de alimentação ao peito seja exclusiva: a criança
noite, pelos menos 8 vezes ao dia em só toma leite materno, sem outros alimentos,
cada 24 horas. água (com exceção de medicamentos e vitaminas,
se forem necessários. Sabe-se que nesse período
 Não dar nenhuma outra comida ou o LM supre todas as necessidades de calorias,
líquido. nutritivas e inclusive água, da maioria das
crianças.

Nota: a amamentação exclusiva dará a criança a melhor possibilidade de crescer e manter-se sadio. Algumas
poucas crianças podem necessitar de alimentos complementares entre o 4 º e 6o mês de idade, por apresentarem
fome ou ganho de peso insuficiente. Nesses casos, afastar as causas que podem estar comprometendo o
crescimento (posição e pega inadequadas, freqüência insuficiente das mamadas, infecções, mal formações, etc.)
antes de complementar a amamentação.
RECOMENDAÇÕES PARA AS CRIANÇAS DE 6 A 7 MESES DE IDADE

De 6 a 7 meses A partir dos 6 meses, embora o leite continue


sendo o alimento mais importante para a
 Continuar dando o peito. criança, é preciso começar a dar outros
alimentos complementares, ou de desmame ou
 Acrescentar alimentos ainda alimentos de transição. Esses alimentos
complementares: papa de frutas, purê devem ser nutritivos, espessos e oferecidos com
de cereais, leguminosas, verduras e colher, e sempre após a mamada no peito.
gema de ovo, acrescentar um pouco
de óleo . 3 vezes É importante observar os cuidados de higiene das
mãos, utensílios e alimentos durante a preparação
OU e a oferta dos mesmos e sua qualidade.

 5 vezes ao dia se não estiver mamando. Iniciar com frutas maduras, da estação,
amassadas, ou purês de legumes na quantidade de
 Observar cuidados de higiene no cerca de 2 colheres de sopa e aumentar
preparo e oferta de alimentos. gradativamente para cerca de 4-6 colheres de
sopa. Começar com um só tipo de fruta ou cereal
 Observar a qualidade dos alimentos. ou legume e a cada 2 a 3 dias ir substituindo por
outro para testar a tolerância da criança, De
preferência não adicionar açúcar ou sal, ou usar
em pequenas quantidades.

Este complemento deve, no início, ser oferecido


apenas uma vez ao dia. Aumentar gradativamente
até atingir 3 vezes ao dia e um volume que esteja
de acordo com o apetite da criança. É importante
seguir amamentando a criança.

Se a criança está totalmente desmamada ou com


aleitamento misto, recebendo leite artificial por
mamadeira avalie se o preparo está correto,
perguntado: o tipo de leite ou diluição, a
quantidade de açúcar ou massa e a higiene no
preparo das refeições. Orientar para oferecer a
criança o leite em xícara ou copo no lugar da
mamadeira e substituir gradativamente a
alimentação láctea pela dieta complementar.

O leite artificial pode ser usado no preparo de


purês, papas de frutas ou legumes – não se
recomenda o uso de leite artificial isoladamente
como refeição durante o primeiro ano de vida.

A alimentação da criança deve ser preparada


sempre com um pouco de óleo ou gordura, com
temperos leves e pouco sal. Entre as refeições
dever ser oferecida uma fruta amassada, cortada
ou sob a forma de sucos.
ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR

Os bons alimentos complementares são ricos em energia e nutrientes, devem respeitar os hábitos culturais da
família, são alimentos da safra recente, de boa qualidade e acessíveis ao nível sócio-econômico familiar. Estes
alimentos podem ser agrupados de acordo com os principais nutrientes que são oferecidos. As crianças devem
comer uma mistura balanceada desses diferentes grupos. Para o preparo dessa mistura combina-se: um alimento de
base com pelo menos um alimento do grupo das leguminosas ou proteína animal. Quanto maior o número de
alimentos dos diferentes grupos, mais balanceada será a dieta.

Alimento principal ou de base Cada região ou localidade tem um alimento de


base característico, que em geral são um cereal,
grão, tubérculo ou raiz. Esse alimento de base é
excelente para preparar os primeiros alimentos da
dieta complementar da criança. Contém
geralmente amido e outros nutrientes e é mais
barato que outros alimentos.
Leguminosas São alimentos muito nutritivos e que se,
combinados com os alimentos de base
proporcionam uma proteína de excelente
qualidade, similar aos produtos de origem animal.
Produtos de origem animal Às proteínas que se encontram em todos os
alimentos de origem animal são abundantes e de
alta qualidade. Esses alimentos geralmente são
mais caros, porém numa pequena quantidade
melhora a qualidade protéica da dieta,
favorecendo o crescimento, além de ser uma
importante fonte de ferro de bom aproveitamento
biológico.
Vegetais de folha verde escura Muitos deles são importantes para a alimentação
ou amarelo-alaranjado da criança como fonte de vitamina A e ferro (este,
pode ter o seu aproveitamento biológico
aumentado pela presença de frutas cítricas e/ou
produtos de origem animal na mesma refeição).
Frutas As frutas são importantes na alimentação
complementar como fonte de vitaminas, sais
minerais e fibra. São bem aceitas, e pela grande
variação de sabores são importantes para o
desenvolvimento do paladar da criança.
Óleo, gorduras e açúcar Os óleos e gorduras vegetais têm alta densidade
energética e portanto em pequenas quantidades
aumentam bastante o valor energético da dieta
sem aumentar seu volume. Também são
importantes para melhorar a viscosidade da dieta
(tornando-a mais macia) e para melhorar o sabor.
Os açucares são bons fornecedores de energia
adicional, porém com menor densidade
energética.

TIPOS DE ALIMENTOS
Grupo 1: alimentos que são importantes fontes de carboidratos e gorduras e portanto
oferecem a base de energia da dieta
Cereais Óleos, gorduras e Tubérculos e raízes
açucares
Arroz Óleo de arroz Batata inglesa
Cevada Óleo de milho Batata doce
Milho (fubá, maizena) Óleo de girassol Mandioca
Trigo (pão, macarrão) Óleo de soja Inhame
Centeio Óleo de dendê Araruta
Aveia Manteiga Batata baroa
Margarina Pinhão
Banha de galinha
Azeite
Melado
Rapadura
Amendoim
Castanha
Semente de abóbora
Coco de babaçu

Grupo 2: alimentos que são importantes fontes de vitaminas e sais minerais


Verduras: frutos, bulbos e folhas
Frutos e bulbos Folhas
Abóbora Agrião
Beringela Acelga
Abobrinha Alface
Palmito Espinafre
Cenoura Caruru
Pepino Couve
Tomate Mastruço
Beterraba Mustarda
Nabo Taioba
Rabanete Cerralha
Pequi Vinagrera
Brotos
Talho de Inhame

Grupo 3: alimentos que são importantes fontes de proteínas de qualidade


Origem animal Leguminosas
Carnes Feijões
Fígado Grão de bico
Leite Lentilhas
Ovos Soja
Peixe Ervilha
Frutos do mar Fava
Queijos
Yourgute

RECOMENDAÇÕES PARA AS CRIANÇAS DE 8 A 11 MESES DE IDADE


De 8 a 11 meses Dos 8 meses aos 11 meses de idade aumentar
gradativamente a quantidade de alimentos
 Continuar dando o peito. complementares da criança e introduzir carne,
peixe, frango, vísceras e ovos. Eles devem ser
 Dar da mesma comida servida a adequados aos hábitos culturais e as condições
família, porém com consistência sociais e econômicas da família.
pastosa.
Quando a criança está recebendo o peito dê-lhe
 Garantir que receba: cereais, alimentos complementares 3 vezes ao dia e
leguminosas, carnes, ovos, frango, continue dando o peito. A partir do 8º mês se não
peixe, vísceras, frutas e verduras é possível preparar uma dieta especial (de
transição) para a criança, pode ser dado a própria
- 3 vezes ao dia, se estiver sendo dieta preparada para a família, desde que
amamentado ao seio. oferecida na forma pastosa.

- 5 vezes ao dia, se não estiver Apesar da criança nesta idade apresentar


sendo amamentado ao seio dentição, os alimentos devem ser amassados,
desfiados e triturados, pois a criança leva muito
tempo, nesta idade, para consumir alimentos
sólidos na quantidade necessária. O volume
mínimo que deve ser oferecido à criança por
refeição é de 6 colheres de sopa.

Caso a criança não esteja sendo amamentada, dê


os alimentos 5 vezes ao dia. É importante
alimentar ativamente a criança. Isto significa
animá-la a comer. A criança não deve competir
com seus irmãos maiores pelos alimentos de um
prato comum. Deve-se servir à sua própria
porção. Até quando a criança possa alimentar-se
sozinha, a mãe ou qualquer outra pessoa que
cuide dela deve sentar-se junto da criança durante
as refeições e ajudá-la a colocar a colher na boca.

RECOMENDAÇÕES PARA AS CRIANÇAS DE 1 ANO DE IDADE


1 ano Durante este período, a mãe deve seguir
amamentando o lactente cada vez que ele desejar
 Dar da mesma comida servida a e dar-lhe alimentos suplementares nutritivos. A
família, 3 vezes por dia ou 5 vezes se variedade e quantidade de alimentos deve
não amamentado. aumentar. Os alimentos da família devem
converter-se em parte importante da alimentação
 Garantir que receba: cereais, da criança. Esses alimentos devem ser cortados
leguminosas, carnes, ovos, frango, para que a criança possa comer com facilidade.
peixe, vísceras, frutas e verduras.
Dê-lhe alimentos suplementares nutritivos ou
 Amamentar ao peito tantas vezes alimentos da família 5 vezes ao dia.
quantas a criança quiser.
Continua sendo importante dar à criança porções
suficientes e uma alimentação ativa (que consiste
em incentivar a criança comer).

Aos 12 meses, os alimentos complementares são


a principal fonte de energia e nutrientes da
alimentação. A partir dessa idade de vida, o leite
materno se é oferecido 2 vezes ao dia (volume
aproximado de 500 ml). Oferece 1/3 das
necessidades calóricas e cerca de 38% das
necessidades protéicas, 45% das necessidade de
vitamina A e 95 % das necessidades de vitamina
C.

RECOMENDAÇÕES PARA AS CRIANÇAS DE 2 ANOS DE IDADE OU MAIS


2 anos ou mais As crianças nesta idade devem consumir vários
alimentos da família em 3 refeições diárias.
 Dar todos os dias 3 refeições da Também deve consumir outras 2 refeições
mesma comida servida a família diárias. Podem ser alimentos nutritivos, que
sejam convenientes para serem dados entre as
 Duas vezes ao dia dar também refeições.
alimentos nutritivos entre as refeições,
tais como: Nessa idade a mãe deve respeitar as
manifestações de independência da criança. Ela
- Frutas da estação, tubérculos pode aceitar ou não um determinado tipo de
cozidos, biscoitos, leite ou alimento em um dia e ter uma reação diferente
derivados*. em um outro dia.

* Procure dar alimentos ricos em ferro e Aproveitar a curiosidade natural da idade para
Vitamina A: frutas e verduras amarelo introduzir um maior número de alimentos em
alaranjadas, folhas verde-escuras, diferentes preparações.
produtos regionais
Lembrar que nessa idade a criança imita o
comportamento principalmente dos pais, podendo
aceitar os alimentos de acordo com o exemplo
dos mesmos.

É importante considerar que a capacidade de


concentração da criança nessa idade é pequena e
que ela logo vai se distrair e usar o alimento,
prato e colher como brinquedo. Daí a importância
de se usar dietas de alto valor energético.

Nessa idade a disciplina é um alto fator de


segurança e desse modo as refeições devem ser
oferecidas em intervalos regulares.

As crianças sentem muita satisfação em participar


da preparação dos alimentos, o que as estimulam
a comer.

RECOMENDAÇÕES ESPECIAIS PARA CRIANÇAS COM DIARREÍA PERSISTENTE


Uma alimentação adequada é o aspecto mais importante do tratamento para a maioria das crianças com diarréia
persistente. A dieta deve ser planejada de modo a oferecer a energia e os nutrientes básicos requeridos para que a
criança mantenha ou recupere, se for o caso, seu peso ideal para altura, maximizando a eficiência de absorção de
alimentos. Isto pode ser obtido utilizando-se uma alimentação de alta densidade energética, baixa viscosidade,
evitando a hiperosmoloridade e oferecendo alimentos de bom valor nutritivo, com aporte suficiente de proteínas e
baixa quantidade de lactose. Devem constituir parte dos hábitos alimentares da família, respeitando a freqüência da
alimentação, que não deve ser inferior a 6 vezes ao dia e cuja ingesta calórica deve ser de 150 Kcal/dia.

As crianças com diarréia persistente podem ter dificuldade para digerir leite que não seja materno. Aquelas que são
menores de 4 meses, e estão em aleitamento materno misto devem receber mais leite de peito. E do mesmo modo
que as que já estão totalmente desmamadas e recebem leite artificial, precisam reduzir provisoriamente para a
metade a quantidade de outro leite na sua alimentação, adicionando ao leite o mesmo volume de mucilagem a 3%,
5% de açúcar e 3% de óleo. Deve haver a substituição gradativa do leite artificial por outros alimentos. O leite
artificial enquanto não for substituído totalmente deve sempre ser oferecido em volume reduzido a metade e
misturado em partes iguais com mucilagem de arroz.

Recomendações para a alimentação de criança com diarréia persistente

 Se ainda estiver sendo amamentada ao peito, amamentar com mais freqüência e por tempo mais
longo, de dia e de noite.

 Se estiver utilizando outro tipo de leite:


- substituir com mais amamentações ao peito OU
- reduzir o volume do leite em cada refeição, misturando com igual volume de mucilagem
de arroz a 3%, açúcar a 5% e óleo a 3% OU
- substituir metade do leite por alimentos semi-sólidos ricos em nutrientes OU
- substituir por produtos com baixo teor de lactose como iogurte, produtos de soja, etc.

 Para outros alimentos, seguir as recomendações de alimentos para a idade da criança.

Dieta com baixo teor de lactose para < de 4 meses, desmamadas ou de alimentação mista:

 Com farinha de arroz comercializada


Leite integral ------------------- 100 ml
Mucilagem de arroz 3g ------- 100 ml
Açúcar a 5 g-------------------- 2 c. chá
Óleo vegetal 3g---------------- 1 ½ c. chá

Observação: a mucilagem de arroz, é comercializada e pode ser substituída por mucilagem de milho ou
mandioca. Não usar a farinha de milho refinada (maizena), porque forma uma mucilagem muito espessa, com
baixa densidade calórica.

Modo de preparo: cozinhe primeiro a mucilagem de arroz preparada com 3 gramas de farinha de arroz, a qual
acrescente 80 ml de água limpa e leve ao fogo para cozinha, deixando ferver por 3-4 minutos. Retire do fogo,
Deixe esfriar um pouco e complete para 100 ml de água.

Ofereça a criança 200 ml/Kg peso/dia, divididos em pelo menos 6 porções. A medida que a criança melhore, a
proporção leite/mucilagem deve ser aumentada, passando de 1:1 para 2:1.
EXERCÍCIOS

1. Escreva “C” nas afirmações certas e “F” nas falsas.


a. ____ As crianças devem alimentar-se menos durante a doença.
b. ____ Uma criança de 3 meses deve ser alimentada exclusivamente com leite materno.
c. ____ Os mingaus de cereais muito ralos são um alimento suplementar nutritivo.
d. ____ Uma criança de 3 anos precisa de 5 refeições diárias dos alimentos da família.
e. ____ Uma criança de 5 meses deve ser amamentada cada vez que desejar, de dia e noite.

2. Quando se deve adicionar alimentos complementares na alimentação da criança?

3. Cite os alimentos complementares nutritivos mais usados em sua região e construa uma dieta balanceada com
esses alimentos.

4. Bruna tem 9 meses. Foi classificada como NÃO TEM ANEMIA E O PESO É MUITO BAIXO e ainda mama
no peito. Sua alimentação inclui também suco de frutas, água e mingau espesso de cereal (papa ou purê)
misturado com azeite ou banana amassada. Quantas vezes ao dia Bruna deve receber estes alimentos?

5. Samuel tem 15 meses. Foi classificado como NÀO TEM PENEUMONIA E O PESO NÃO ;É BAIXO. Mama
no peito, porém também come vários alimentos, inclusive arroz e pedacinhos de carne, verduras, frutas e
iogurte. Como a mãe pode determinar se a porção que Samuel recebe é suficiente.

6. Rui tem 18 meses. Tem DIARRÉIA PERSISTENTE, SEM DESIDRATAÇÃO. Foi classificada como um
menino que NÃO TEM ANEMIA E O PESO NÃO É BAIXO. Deixou de mamar faz 3 meses e desde então
tem tomado leite de vaca. Come vários alimentos da família umas 5 vezes ao dia. Que recomendações o
médico deve dar à mãe de Rui durante o episódio de diarréia persistente?

1. AVALIE A ALIMENTAÇÃO DA CRIANÇA

Você avaliará a alimentação das crianças:

 Com PESO MUITO BAIXO, PESO BAIXO OU GANHO INSUFICIENTE DE PESO.


 Menores de 2 anos de idade.
Se a mãe recebeu muitas instruções para o tratamento e está confusa, você pode adiar a avaliação da alimentação e
a recomendação à mãe a respeito da alimentação para a próxima visita. A não ser caso de crianças menores de 6
meses que estão com problema de amamentação ou de crianças com PESO MUTO BAIXO OU COM
DIARREIA PERSISTENTE.

AVALIE A ALIMENTAÇÃO DA CRIANÇA

Faça perguntas sobre qual é a alimentação habitual da criança e, em particular, qual


alimentação durante esta doença

 Você amamenta sua criança ao peito?


- Quantas vezes durante o dia?
- Amamenta também à noite?

 A criança ingere algum outro alimento ou toma outro líquido?


- Quais?
- Quantas vezes por dia?

 O que usa para alimentar a criança?


- Qual o tamanho das porções?
- Quem dá de comer à criança e como?

 Durante esta doença, houve mudança na alimentação da criança?


- Se houve, qual?

Esta avaliação é particularmente para crianças como peso muito baixo ou peso baixo, ou ganho de peso
insuficiente. Este último refere-se: a perda de peso (curva descendente), o peso (estacionário) (curva horizontal),
ou aumento de peso inferior ao esperado para a idade (segundo a inclinação da curva de peso/idade do cartão da
criança) no intervalo mínimo de um mês entre duas consultas.

RESPOSTAS CURTAS

1. Quais as crianças doentes que precisam de avaliação da alimentação?

2. Quais as perguntas para avaliar a alimentação ativa?

3. Que perguntas se destinam a averiguar se a mamadeira é usada?

2. IDENTIFIQUE OS PROBLEMAS DA ALIMENTAÇÃO

É importante identificar todos os problemas a respeito da alimentação antes de fazer as recomendações. As


diferenças entre a alimentação atualmente dada à criança e a recomendada constituem problemas de alimentação.

EXEMPLOS DE PROBLEMAS DE ALIMENTAÇÃO


ALIMENTAÇÃO ATUAL DA CRIANÇA ALIMENTAÇÃO RECOMENDADA
Uma criança de 3 meses recebe água açucaradaUma criança de 3 meses deve receber apenas
e leite materno. leite materno, sem nenhum outro alimento ou
líquido adicional.
Uma criança de 2 anos é alimentada apenas 3 Uma criança de 2 anos deve alimentar-se 2
vezes ao dia. vezes entre as refeições e fazer 3 refeições ao
dia.
Uma criança de 8 meses ainda é amamentada Um lactente de 8 meses deve receber também
exclusivamente com leite materno. porções suficientes de um alimento
complementar nutritivo 3 vezes ao dia.

Além de indicar as diferenças sobre as recomendações a respeito da alimentação, as respostas das mães podem
indicar alguns outros problemas. Por exemplo:

 Dificuldades para o aleitamento.


 Uso de mamadeira e alimentação diluída.
 Ausência de alimentação ativa.
 Falta de apetite durante a doença.
 Dietas monótonas.

AVALIE A ALIMENTAÇÃO: Se anemia, com peso baixo, ganho insuficiente de peso, < de 2 anos. Problemas de
 Você alimenta sua criança no peito? Sim X Não ___ alimentação
 Se amamenta, quantas vezes no período de 24 horas? 5 vezes. Amamenta à noite? Sim X Não ___
 A criança come algum outro alimento ou toma líquidos? Sim X Não ___ Não mama com a
SE SIM: que alimentos ou líquidos? Leite de vaca devida freqüência.
 Quantas vezes ao dia 3 vezes. Usa o que para alimentar à criança? mamadeira Toma leite de vaca.
 Se o peso for muito baixo para a idade? Qual o tamanho das porções? __________________________ Usa mamadeira
 Durante esta doença, houve mudança na alimentação da criança? Sim ___ Não X
SE HOUVE, como? _________________________________________________________________

3. RECOMENDE A RESPEITO DOS PROBLEMAS DA ALIMENTAÇÃO

3.1. ENSINE A MÃE A TRATAR O PESO MUITO BAIXO

A criança com peso muito baixo, necessita de um suplemento especial para se recuperar, pois só o suplemento de
transição, usado para crianças normais da mesma idade, não representa dieta adequada para o seu caso.
A dieta deve ser hipercalórica e hiperprotéica, contendo cerca de 150-180 kcal/kg de peso/dia e 3-4 g/kg de
proteína/peso/dia, respectivamente. Esta densidade energética elevada se obtém com o preparo das dietas
recomendadas a seguir. O volume oferecido deve respeitar a capacidade gástrica da criança. O volume das 24
horas. É dividido pelo número de refeições nas 24 horas.

É importante variar diariamente o cardápio para evitar a monotonia na dieta. A introdução deve ser gradativa para
se testar a tolerância da criança: metade do volume calculado por refeição nos primeiros 2 dias, depois aumentar
para 2/3 no segundo e terceiro dia.

Ensine a mãe a tratar o peso muito baixo:

 Se a criança estiver mamando, estimular mãe a oferecer o peito antes de dar a dieta:

Formulações para 4 tipos de dietas líquidas, volume total de 1 litro


 Quais são os alimentos disponíveis? Utilizar a informação para selecionar as dietas.
 As dietas devem ser variadas nos dias da semana, para evitar monotonia alimentar.

INGREDIENTES DIETA
(em colheres de sopa cheias)
1 2 3 4
1 litro 1 copo 1 litro 1 copo 1 litro 1 copo 1 litro 1 copo
Leite em pó integral 8 cs 2 cs 6 cs 1 ½ cs - - - -
Arroz cozido - - 14 cs 3 ½ cs 18 cs 4 ½ cs 14 cs 3 ½ cs
Massa de feijão cozido (grão peneirado) - - - - - - 14 cs 3 ½ cs
Carne gorda//músculo/galinha/peixe - - - - 100 g 25 g - -
Açúcar 6 cs 1 ½ cs 6 cs 1 ½ cs - - - -
Óleo 2 cs ½ cs 1 cs ¼ cs 5 cs 1 ¼ cs 4 cs 1 cs
Água filtrada e fervida Até completar 1 litro ou 1 copo, conforme a quantidade a ser preparada

INGREDIENTES DIETA
(em gramas)
1 2 3 4
1 litro 1 copo 1 litro 1 copo 1 litro 1 copo 1 litro 1 copo
Leite em pó integral 120 g 30 g 85 g 21 g - - - -
Arroz cozido - - 200 g 50 g 260 g 65 g 200 g 50 g
Massa de feijão cozido (grão peneirado) - - - - - - 200 g 50 g
Carne gorda/músculo/galinha/peixe - - - - 100 g 25 g - -
Açúcar 85 g 21 g 85 g 21 g - - - -
Óleo 2 cs ½ cs 15g 4g 70 g 18 g 60 g 15 g
Água filtrada e fervida Até completar 1 litro ou 1 copo, conforme a quantidade a ser preparada

Modo de preparar a comida:

 Misturar bem todos os ingredientes com 1 copo de água.


 Passar na peneira ou amassar com garfo.
 Colocar em um recipiente e completar com o restante de água até 1 litro

Quantidades recomendadas por dia:

Peso da criança Número de refeições Quantidade diária Quantidade por


refeições
3 – 5 kg 8 0,5 litro 65 ml = ¼ copo
6 – 10 kg 8 1,0 litro 125 ml = ½ copo
10 –14 kg 8 1,5 litro 190 ml = 3/4 copo
A criança com peso muito baixo deve manter essa dieta até o primeiro retorno com 5 dias. Nesta ocasião, reavaliar
a criança e calcular a média de ganho de peso diário: se tiver ganho mais de 5 g/kg peso/dia, elogiar à mãe,
reforçar as recomendações e marcar retorno com 14 dias e depois com 30 dias.

Se o ganho de peso for inferior a 5 g/kg /peso/dia, indagar se as orientações foram bem compreendidas e se estão
sendo seguidas, reforçar as orientações e marcar novo retorno com 5 dias.

É importante orientar a mãe, informando que a recuperação total da criança ocorre entre 6-8 semanas e que nesse
período a criança necessita não apenas da dieta, mas também de carinho, atenção e estímulo da mãe e de toda a
família. Estimular a criança, é não deixá-la isolada, é conversar com ela enquanto lhe dar a comida e enquanto
estiver cuidando da casa, colocar a criança próximo de maneira que ela possa ver o rosto da mãe, conversar com
ela, cantar e brincar.

Como calcular o ganho médio de peso: subtraia o peso atual da criança (P1) do peso aos 5 dias no primeiro
retorno (P2) e exprima em gramas. Divida o valor obtido por cinco, para determinar a média diária de ganho de
peso em g/Kg/dia.

3.2. DÊ INFORMAÇÕES PERTINENTES

Quando as recomendações a respeito da alimentação são seguidas e não há problemas, elogie à mãe por suas boas
práticas de alimentação. Anime-a a seguir alimentando a criança da mesma forma quando estiver sadia ou doente.
Se a criança estiver próxima a passar para outro grupo de idade com diferentes recomendações para a alimentação,
explique-as à mãe. Por exemplo, se a criança tem quase 6 meses, explique-lhe quais alimentos suplementares são
bons e quando deve começar a dá-los.

Quando as recomendações a respeito da alimentação para a idade da criança não são seguidas, explique-as. Dê a
mãe as recomendações adequadas:

 Se a mãe declarar ter dificuldades com a amamentação, avalie as suas dificuldades. Quando for preciso,
mostre à mãe a posição e à pega correta para a amamentação.

 Se a criança tiver menos de 6 meses e estiver tomando outro tipo de leite ou alimento:

- Aumentar a confiança da mãe de que ela pode produzir todo o leite que a criança necessita.
- Sugerir que ela dê o peito com maior freqüência e por mais tempo, de dia e de noite.
- Reduzir gradativamente outro tipo de leite ou alimentos.

Se for necessário continuar a dar outro tipo de leite, recomende à mãe a:

- Amamentar ao peito tanto quanto possível, inclusive à noite.


- Certificar-se de que outro tipo de leite seja apropriado e esteja disponível.
- Assegurar-se de que o outro tipo de leite seja preparado correta e higienicamente.
- Oferecer leite apropriado no espaço de uma hora.
- Não usar restos de leite ou outros alimentos de uma refeição para outra.

 Se a mãe estiver usando mamadeira para alimentar a criança:

- Recomendar que use um copo pequeno, colher ou xícara no lugar da mamadeira.


- Ensine-a a alimentar a criança com a xícara/copo ou colher.

Um copo é melhor que uma mamadeira, pois o copo é mais fácil de manter limpo e não é um obstáculo para a
amamentação. Para alimentar um lactente com um copo:

- Sentada, sustente a criança em posição erguida ou quase erguida em seu colo.


- Ponha o copo perto dos lábios do lactente. Incline-o para que apenas toque os lábios.
- O lactente despertará abrindo a boca e os olhos.
- Não derrame o leite na boca da criança. Ponha o copo nos lábios e deixe que tome.
- Uma vez que ela tenha tomado o suficiente, fechará a boca e não tomará mais.

 Se a criança não estiver sendo alimentada de forma ativa, recomendar à mãe a:

- Sentar-se com a criança e incentivá-la a comer.


- Servir à criança uma porção adequada em um prato ou tigela separada.

 Se a criança não estiver se alimentando bem durante a doença, recomendar à mãe a:

- Amamentar ao peito com maior freqüência e, se possível, por mais tempo.


- Usar comidas de preferências e de consistências pastosas, variadas e apetitosas.
- Limpar o nariz obstruído se estiver atrapalhando a alimentação.
- Contar que o apetite irá melhorar à medida que a criança se recupere.
- No caso de náuseas oferecer alimentos ácidos como iogurte.
- Adaptar a consistência para a capacidade de deglutição da criança.

EXERCÍCIOS

Leia a informação sobre a alimentação no formulário de registro. Nenhum deles precisa ser referido ao hospital. A
seguir, identifique as práticas de alimentação corretas e os problemas de alimentação, e dê as recomendações
pertinentes.

 Caso 1: Paulo
Paulo tem 2 meses e foi classificada como NÃO TEM ANEMIA E O PESO NÃO É BAIXO. A mãe começou
a dar leite de vaca e quer deixar de amamentá-lo logo. Ela acha que a criança pode aumentar mais o peso se
lhe der leite de vaca ao invés de leite materno.

AVALIE A ALIMENTAÇÃO: Se anemia, com peso baixo, ganho insuficiente de peso, < de 2 anos. Problemas de
 Você alimenta sua criança no peito? Sim X Não ___ alimentação
 Se amamenta, quantas vezes no período de 24 horas? 5 vezes. Amamenta à noite? Sim X Não ___
 A criança come algum outro alimento ou toma líquidos? Sim X Não ___
SE SIM: que alimentos ou líquidos? Leite de vaca
 Quantas vezes ao dia 2 vezes. Usa o que para alimentar à criança? Mamadeira
 Se o peso for muito baixo para a idade? Qual o tamanho das porções? __________________________
 Durante esta doença, houve mudança na alimentação da criança? Sim ___ Não X
SE HOUVE, como? _________________________________________________________________

1. O que esta mãe fez corretamente para alimentar o seu filho?

2. Que recomendações você daria a respeito da alimentação?

Caso 2: Severino

Severino tem 15 meses de idade e PESO MUITO BAIXO. Divide um prato com 3 irmãos e às vezes não come
muito. Descreva brevemente os problemas de alimentação da criança no quadro à direita do formulário de
registro.

AVALIE A ALIMENTAÇÃO: Se anemia, com peso baixo, ganho insuficiente de peso, < de 2 anos. Problemas de
 Você alimenta sua criança no peito? Sim ___ Não X alimentação
 Se amamenta, quantas vezes no período de 24 horas? __ vezes. Amamenta à noite? Sim ___ Não ___
 A criança come algum outro alimento ou toma líquidos? Sim X Não ___
SE SIM: que alimentos ou líquidos? Alimento de farinha e arroz com água
 Quantas vezes ao dia 3 vezes. Usa o que para alimentar à criança? Prato, não mamadeira
 Se o peso for muito baixo para a idade? Qual o tamanho das porções? Não muita comida
 A criança recebe a sua própria porção? ___ Quem alimenta a criança e como? Come sozinho,
irmãos
 Durante esta doença, houve mudança na alimentação da criança? Sim ___
Não X
SE HOUVE, como? _________________________________________________________________

1. O que esta mãe fez corretamente para alimentar o seu filho?

2. Que recomendações você daria a respeito da alimentação?


 Caso 3: Marta

Marta tem 2 anos idade e ANEMIA. Tem palidez palmar leve, porém seu peso não é baixo para idade. Tem
DIARRÉIA PERSISTENTE, SEM DESIDRTAÇÃO. Descreva brevemente os problemas de alimentação da
criança no quadro à direita do formulário de registro.

AVALIE A ALIMENTAÇÃO: Se anemia, com peso baixo, ganho insuficiente de peso, < de 2 anos. Problemas de
 Você alimenta sua criança no peito? Sim ___ Não X alimentação
 Se amamenta, quantas vezes no período de 24 horas? __ vezes. Amamenta à noite? Sim ___ Não ___
 A criança come algum outro alimento ou toma líquidos? Sim X Não ___
SE SIM: que alimentos ou líquidos? Leite de vaca, três refeições da comida da família
 Quantas vezes ao dia 5 vezes. Usa o que para alimentar à criança? Prato, não mamadeira
 Se o peso for muito baixo para a idade? Qual o tamanho das porções? Não muita comida
 A criança recebe a sua própria porção? ___ Quem alimenta a criança e como? Come sozinho,
irmãos
 Durante esta doença, houve mudança na alimentação da criança? Sim ___
Não X
SE HOUVE, como? _________________________________________________________________

1. O que esta mãe fez corretamente para alimentar o seu filho?

2. Que recomendações você dar a respeito da alimentação?

3.3. USE BOAS TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO

Ao fazer recomendações à mãe é muito importante usar as seguintes técnicas de comunicação:


 PERGUNTE E ESCUTE Você já aprendeu a importância de fazer
perguntas para avaliar a alimentação da criança.
Escute cuidadosamente para descobrir o que a
mãe já está fazendo por seu filho. Logo, você
saberá o que ela faz bem e que práticas precisam
ser modificadas.
 ELOGIE É provável que a mãe faça algo positivo para a
criança, por exemplo amamentá-la. Elogie-a pelo
que faz de positivo. Assegure-se de que o elogio
seja verdadeiro e que seja feito unicamente para
as ações que realmente ajudem à criança
 RECOMENDE Limite suas recomendações ao que é pertinente
para a mãe nesse momento. Use uma linguagem
que ela entenda. Se for possível, use fotografias
ou objetos reais para ajudar a explicar. Por
exemplo, mostre a quantidade de líquido em um
copo ou recipiente.

Recomende à mãe que abandone as práticas


prejudiciais que possa vir seguindo. Ao corrigir
uma prática prejudicial, seja claro, porém tenha
também cuidado de não fazê-la sentir-se culpada
nem incompetente. Evite palavras de julgamento
como: mal, inadequado, insuficiente,
inapropriado, errado, etc. Explique porquê dessa
prática prejudicial.
 VERIFIFIQUE SE ENTENDEU Faça perguntas para determinar se a mãe
entendeu suas recomendações e o que precisa ser
melhor explicado. Não faça perguntas indutivas
(quer dizer, que sugiram a resposta correta) nem
que possam ser respondidas essencialmente como
“sim” ou “não”.

Os exemplos de boas perguntas de verificação


são as seguintes: ”Que alimentos dará a seu
filho?” Com que freqüência eles serão dados?”
Caso receba uma resposta ambígua, faça outra
pergunta de verificação. Elogie à mãe por
entender corretamente ou esclareça suas
recomendações, conforme seja necessário.

É importante selecionar as informações mais


relevantes a dá-las em tempo oportuno. Isso
significa que no caso de existir muitas mensagens
para as mães ou acompanhante, estas devem ser
priorizadas segundo cada caso e adiadas apenas
até a data mais próxima do retorno da criança.
EXERCÍCIOS

1. Como poderia dar o seguinte conselho em palavras mais acessíveis?


Dê alimentos ricos em energia e nutrientes em relação ao volume.

2. A mãe de Lia de 8 meses de idade disse que sua filha só toma leite em pó preparado para 1 copo, umas 5
vezes ao dia e purê de cereal apenas 3 vezes ao dia. A mãe deixou de amamentá-la há 1 mês quando teve que
voltar ao trabalho, que a faz ficar longe da menina 10 horas por dia. A menina tem tomado a mesma
quantidade de alimentos durante a doença. Qual dos seguintes comentários é conveniente que se faça para
aconselhar esta mãe? (Marque os comentários apropriados).

a. ___ Você ainda deveria estar amamentando esta criança.


b. ___ É bom que sua filha se alimente como de costume durante a doença.
c. ___ É bom que sua filha use um copo no lugar da mamadeira.
d. ___ Sua filha precisa comer mais freqüentemente. Aumente para 5 o número de vezes de purê de cereais.
e. ___ O cereal é bom para a sua filha. Adicione ao purê de cereal um pouco de óleo vegetal e verduras, ou
vegetais amassados, ou pedaços de carne, aos grãos de cereal. Assim, variando os alimentos sua
filha receberá uma dieta mais rica.
f. ___ Se você desejar poderemos ensiná-la a retirar o leite de peito manualmente, para oferecer à criança
com copinho enquanto estiver ausente.

3. Você fala com a mãe de Raquel de 15 meses de idade que já não mama mais. A criança tem DIARRÉIA
PERSISTENTE. Toma leite de vaca 2 vezes ao dia e alimentos da família uma vez ao dia. Sua alimentação
não foi modificada durante a diarréia. Qual dos seguintes comentários é conveniente que se faça para
aconselhar esta mãe? (Marque os comentários apropriados).

a. ___ Você está certa ao seguir alimentando a criança durante a diarréia. A criança precisa de alimentos
para manter-se forte.
b. ___ Seu filho precisa de mais alimentos a cada dia. Dê-lhe alimentos da família 3 vezes ao dia e duas
vezes entre as principais refeições.
c. ___ O leite de vaca faz muito mal para o seu filho.
d. ___ Seu filho pode ter dificuldade para digerir o leite de vaca e esta pode ser a razão da longa duração da
diarréia.
e. ___ Quando puder dê iogurte ou dê apenas a metade da quantidade de leite que você sempre usa,
misturando com uma quantidade igual de mucilagem de arroz, colocando açúcar e óleo. Vá
substituindo devagar uma refeição desse leite modificado por alimentos da família para compensar.

4. Um profissional acaba de recomendar à mãe de Leonardo, um lactente de 6 meses, que comece a dar-lhe
alimentos complementares. A primeira e segunda colunas do quadro seguinte mostram as primeira s perguntas
de verificação que o profissional de saúde deve fazer e as respostas da mãe. Na terceira coluna, escreva outra
pergunta de verificação para assegurar-se de que a mãe sabe corretamente como deve alimentar a criança.
Primeira pergunta Resposta da mãe Segunda pergunta
de verificação de verificação
Que tipos de alimentos você Os alimentos que tiver em casa.
dará ao bebê?
Quando você começará dar ao Quando ele pedir.
seu bebê outros alimentos além
do peito?

5. Comente sobre estas quatro perguntas de verificação:

a. A Sra. vai dar esse alimento só uma vez ao dia, não é?

b. Que grupos de alimentos devem ser usados para compor um a dieta balanceada?

c. A Sra. não vai dar mamadeira ao bebê, não é?

d. Como vai combinar os alimentos que tem em casa para preparar a comida do bebê?

3.4. USE UM FOLHETO EXPLICATIVO PARA A MÃE OU ACOMPANHANTE.


Deve ser dado a cada mãe um folheto para ajudá-la a recordar as principais recomendações para o seguimento em
casa da criança. Este folheto contém palavras e figuras que ilustram os pontos principais das recomendações e
pode ser útil por muitas razões:

 Servirá para recordar a vocês ou ao pessoal da unidade de saúde, os pontos importantes que foram
recomendados a mãe e verificar na consulta de retorno se foram ou não seguidos.
 A mãe pode mostrar o folheto a outros familiares ou vizinhos para que mais pessoas se interem das mensagens
nele contidas.
 A mãe agradecerá que lhe tenham dado algo durante a visita.

Ao examinar o folheto com a mãe:

 Segure o folheto para que a mãe possa ver os desenhos com facilidade ou deixe que ela o segure.
 Explique cada desenho. Indique-os a medida que for falando. Isso ajudará a mãe a recordar o que ele
representa.
 Observe para ver se a mãe parece preocupada ou confusa. Caso ela pareça assim, anime-a a fazer perguntas.
 Peça que lhe diga em suas próprias palavras o que deve fazer em casa. Anime-a a usar o folheto explicativo
para que possa recordar melhor.
 Dê-lhe um folheto explicativo para levar para casa. Recomende que mostre a seus familiares.

É importante lembrar que o folheto explicativo não substitui o Cartão da Criança que deve ser verificado todas as
vezes que ela vier à unidade de saúde por qualquer motivo. O peso deve ser anotado no gráfico e o calendário de
imunização deve ser atualizado se for o caso.

4. RECOMENDE QUE AUMENTE QUANTIDADE DE LÍQUIDOS DURANTE A DOENÇA

Durante um episódio de doença, a criança perde líquidos por causa da febre, respiração rápida ou diarréia. A
criança se sentirá melhor e se manterá mais forte se beber mais líquidos para prevenir a desidratação. É
particularmente importante que as crianças com diarréia bebam líquidos extras segundo o plano A ou B.

LÍQUIDOS

 RECOMENDAR À MÃE OU AO ACOMPANHANTE QUE AUMENTE A


QUANTIDADE DE LÍQUIDOS DURANTE A DOENÇA

PARA QUALQUER CRIANÇA DOENTE

 Amamentar ao peito com maior freqüência e sempre por períodos mais longos de dia e de
noite.
 Aumentar a quantidade de líquidos. Por exemplo: dar sopas, água de arroz, bebidas a base
de iogurte ou água potável.

PARA A CRIANÇA COM DIARRÉIA

 A administração de líquidos adicionais pode salvar a vida da criança. Dar líquidos segundo
indicado no Plano A ou B.

5. RECOMENDE SOBRE QUANDO DEVE RETORNAR À UNIDADE DE SAÚDE


Cada mãe que levar seu filho de volta para casa deve receber recomendações sobre quando retornar para ver o
profissional de saúde. Talvez tenha que retornar:

 Para uma CONSULTA DE RETORNO dentro de determinado número de dias, por exemplo, para avaliar a
ação do antibiótico prescrito.
 IMEDIATAMENTE, caso apareçam sinais que a doença piora.
 Para a próxima imunização da criança e acompanhamento do crescimento.

CONSULTAS DE RETORNO

Ao final de uma consulta quando a criança está doente, diga à mãe que deve regressar. Às vezes a criança pode
precisar de atenção de seguimento para mais de um problema. Nestes casos, diga à mãe o prazo limite mínimo em
que deve retornar. Informe-lhe também de qualquer atendimento complementar que possa ser necessário mais
cedo, caso um problema como a febre persista. Recomende à mãe que volte para um atendimento de retorno no
prazo mínimo indicado para os problemas da criança.

Se a criança tiver Regressar para


seguimento em:
 PNEUMONIA
 DISENTERIA
 MALÁRIA 2 dias
 MENOR DE 6 MESES COM PROBLEMA DE AMAMENTAÇÃO
 DIARRÉIA PERSISTENTE
 INFECÇÃO AGUDA DO OUVIDO
 INFECÇÃO CRÔNICA DO OUVIDO
 QUALQUER OUTRA QUE NÃO ESTIVER MELHORANDO 5dias
 PESO MUITO BAIXO PARA A IDADE
 PROBLEMA DE ALIMENTAÇÃO
 ANEMIA 14 dias
 PESO BAIXO PARA A IDADE OU GANHO INSUFICIENTE 30 dias

Note que existem diferentes períodos de consulta de retorno relacionados com a nutrição:
 Quando uma criança tem um problema de alimentação e você recomendou modificações, oriente a mãe para
voltar em 5 dias para verificar se ela fez tais modificações. Você lhe dará mais conselhos, se for necessário. No
caso de crianças menores de 6 meses com problemas de amamentação marcar retorno em 2 dias.
 Quando uma criança apresenta palidez palmar, oriente para voltar em 14 dias para dar-lhe mais ferro.
 Quando uma criança tem PESO MUITO BAIXO, é necessário consultas de retorno em 5 dias, e 14 dias após o
primeiro retorno e depois de 30 dias. Nessas consultas a criança será pesada, reavaliada nas práticas de
alimentação e outras recomendações serão necessárias.

RECOMENDE A MÃE QUANDO DEVE RETORNAR IMEDIATAMENTE

Lembre-se que esta é uma seção de estrema importância sobre QUANDO RETORNAR.

QUANDO RETORNAR IMEDIATAMENTE


Recomende à mãe para retornar imediatamente se
a criança apresentar qualquer um dos sinais abaixo
Qualquer criança doente  Não consegue beber nem mamar no peito
 Piora do estado geral
 Aparecimento ou piora da febre
Se a criança tiver TOSSE OU DIFICULDADE  Respiração rápida
PARA RESPIRAR, regressar, se apresentar ou  Dificuldade para respirar
piorar da:
Se a criança estiver com DIARRÉIA regressar  Sangue nas fezes
também se apresentar:  Dificuldade para beber

PRÓXIMA VISITA PARA A ATENÇÃO DA CRIANÇA SADIA

Lembrar à mãe quando será a próxima visita em que seu filho necessitará de imunização e do controle do
crescimento e desenvolvimento, a menos que ela já tenha muita coisa para lembrar (por exemplo: tem um horário
para dar um antibiótico, muitas instruções para o cuidado em casa). Nesse caso, registre a data da próxima
imunização e do acompanhamento do crescimento e desenvolvimento no cartão da criança e registre a data de
retorno no FOLHETO EXPLICATIVO PARA A MÃE.

EXERCÍCIOS

1. Shirley, uma menina de 3 anos, recebe tratamento contra PNEUMONIA com um antibiótico. A menina não
apresenta outros problemas que necessitem de atenção complementar. Não tem febre.

a. Quando o profissional deve pedir à mãe que volte para uma consulta de retorno?

b. Que sinais indicam que esta menina deve voltar imediatamente?

2. Josélio, um menino de 6 meses, recebe tratamento de DISENTERIA e uma INFECÇÃO AGUDA DO


OUVIDO. Tem febre.

a. Quando o profissional deve pedir à mãe que volte para uma consulta de retorno?

b. Que sinais indicam que esta menina deve voltar imediatamente?

c. Depois da primeira consulta de retorno, que outra forma de atenção complementar será necessária?
3. Vivianne, uma menina de 3 meses, tem tosse e um problema de alimentação. Agora está tomando leite de vaca,
além do leite materno. Você recomendou à mãe que amamente mais freqüentemente e que reduza pouco a
pouco o leite de vaca. A menina não tem PNEUMONIA. Não tem febre.

a. Quando o profissional deve pedir à mãe que volte para uma consulta de retorno?

b. Que sinais indicam que esta menina deve voltar imediatamente?

6. RECOMENDE A MÃE OU ACOMPANHANTE A RESPEITAR SUA PRÓPRIA SAÚDE

Durante uma visita para consulta de uma criança doente, escute qualquer problema que a mãe ou o acompanhante
possa ter. Talvez ela precise de tratamento ou hospitalização para resolver seus próprios problemas de saúde. Use o
quadro baixo e as informações pertinentes para orientar a mãe ou o acompanhante sobre sua saúde.

Recomende à mãe ou o acompanhante a respeito de sua própria saúde

 Se a mãe estiver doente preste-lhe tratamento ou refira-a para atendimento.


 Se tiver algum problema no seio (tais como ingurgitamento, mamilos doloridos, infecção no
seio), preste-lhe tratamento ou refira-a para atendimento especializado.
 Recomende-lhe que coma bem para manter a sua própria resistência à saúde.
 Verifique a situação de imunização da mãe e , se necessário, dê-lhe toxóide tetânico.
 Certifique-lhe de que ela tem acesso a:
 Recomendações sobre “Saúde Reprodutiva”.
 Recomendações sobre prevenção a DST e AIDS.
ATENDIMENTO DE RETORNO

Algumas crianças doentes têm que retornar para que o profissional as veja de novo. Terá que ser dito às mães
quando devem regressar para a consulta de retorno. Nesta consulta, o profissional pode ver se a criança está
melhorando com o medicamento utilizado ou outro tratamento prescrito. Algumas crianças, talvez, não respondam
a um antibiótico em particular que lhes foi prescrito e podem precisar de um segundo medicamento. As crianças
com diarréia persistente também precisam que o profissional volte a vê-las para ter certeza de que a diarréia
melhorou. As crianças com febre ou infecções nos olhos que não melhoram também devem ser vistas de novo. As
consultas de retorno são especialmente importantes para as crianças com problemas de alimentação a fim de
assegurar que elas estão se alimentando de maneira adequada e aumentando de peso. Em uma consulta de retorno
os passos são diferentes daqueles da consulta inicial, pois os tratamentos administrados na consulta de retorno
geralmente são diferentes daqueles da consulta inicial.

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

Ao final deste módulo o aluno estará apto a praticar as seguintes técnicas:

 Decidir se a visita da criança é uma consulta de retorno.


 Caso se trate de uma consulta de retorno, avaliar os sinais no quadro correspondente para a classificação prévia
da criança.
 Eleger o tratamento de acordo com os sinais da criança.
 Caso a criança tenha algum problema novo, avaliá-la e classificá-la como se faria em uma consulta inicial.
7. CONSULTA DE RETORNO POR PNEUMONIA

Quando uma criança que está recebendo um antibiótico para PNEUMONIA volta à unidade de saúde avalie:

PNEUMONIA

Depois de 2 dias:

Examine a criança quanto a sinais gerais de perigo.


Avalie a criança para determinar se tem tosse ou dificuldade para respirar.
 Consulte o Quadro AVALIAR E CLASSIFICAR

Pergunte:
- A criança está respirando mais lentamente?
- A febre baixou?
- A criança está se alimentando melhor?

Tratamento:
 Se houver tiragem subcostal ou algum sinal geral de perigo, dê uma dose de um
antibiótico: penicilina procaína ou cloranfenicol por via intramuscular. A seguir, referir
URGENTEMENTE ao hospital.

 Se a freqüência respiratória, a febre e a aceitação da alimentação continuar


inalterados, mude para outro antibiótico recomendado e oriente à mãe para retornar em 2
dias ou refira.

 Se a respiração estiver mais lenta, a febre tiver baixado ou se estiver se alimentando


melhor, complete os 7 dias de antibiótico.

Depois de ter avaliado a criança, utilize a informação sobre os sinais da criança para eleger o tratamento correto:

 Se a criança apresenta tiragem subcostal ou algum sinal geral de perigo (não pode beber nem mamar,
vomita tudo, tem convulsões, está letárgica ou inconsciente) está piorando. A criança precisa ser referida com
urgência ao hospital. Como a doença piorou apesar do uso do antibiótico de primeira linha para a pneumonia,
administre a primeira dose do antibiótico de segunda linha (se estiver disponível) ou cloranfenicol por via
intramuscular antes de referir a criança ao hospital.

 Se freqüência respiratória, a febre e a aceitação da alimentação ainda são as mesmas (os sinais talvez não
sejam exatamente os mesmos que há 2 dias atrás, porém a criança não piorou nem melhorou; a criança ainda
tem respiração rápida, febre e come mal). Administre à criança o antibiótico de segunda linha para a
pneumonia. No entanto, antes de administrar, pergunte à mãe se a criança tomou o antibiótico nos dois dias
anteriores.

 Se a criança está respirando mais lentamente, tem menos febre (ou seja, a febre baixou ou desapareceu por
completo) e está comendo melhor, a criança está melhorando. Pode ser que venha a tossir, porém a maioria
das crianças que estão melhorando não terão mais respiração rápida. Explique à mãe que a criança deverá
tomar o antibiótico por mais 5 dias, até que tenha terminado. Reveja com ela a importância de terminar o
tratamento com o antibiótico pelos 7 dias completos.
a) Pode ter havido um problema pelo qual a criança não recebeu o antibiótico, ou recebeu uma dose muito baixa
ou infreqüente. Se for o caso, esta criança pode ser tratada outra vez com o mesmo antibiótico. Administre uma
dose na unidade de saúde e depois certifique-se de que a mãe sabe como dar o medicamento em casa. Ajude-a
a resolver qualquer problema, como por exemplo, como motivar a criança tomar o medicamento quando esta
se nega a fazê-lo.

b) Se a criança recebeu o antibiótico, troque-o pelo antibiótico de segunda linha para pneumonia, caso o tenha no
serviço na unidade de saúde. Administre-o por 7 dias. Por exemplo:

 Se a criança estava tomando sulfametoxazol+trimetropin troque-o por amoxicilina.


 Se a criança estava tomando amoxicilina troque-o por sulfametoxazol+trimetropin.

Administre a primeira dose do antibiótico na unidade de saúde. Ensine a mãe como e quando dá-lo. Peça a
mãe que leve outra vez a criança na unidade de saúde 2 dias depois.

c) Se a criança não recebeu o antibiótico e você não tem a sua disposição na unidade de saúde outro antibiótico
apropriado, refira a criança e viabilize a aquisição do medicamento.
EXERCÍCIOS

Leia o que se refere para cada uma das crianças que foram a unidade de saúde para a consulta de retorno de
PNEUMONIA. Depois responda as perguntas, sobre como você trataria a criança.

 Caso 1: Paulo

A mãe de Paulo levou-o a unidade de saúde para a consulta de retorno. A criança tem um ano de idade. Há dois
dias atrás você lhe prescreveu sulfametoxazol + trimetropin. Você pergunta à mãe como está a criança e se
desenvolveu um novo problema. A mãe diz que a criança está muito melhor.

1. Como você reavaliaria hoje Paulo? Faça uma lista de todos os sinais que observaria e escreva as perguntas que
faria à mãe.

Enquanto você avalia Paulo, você verifica que ele não apresenta sinais gerais de perigo. A criança ainda está
tossindo. Respira 38 vezes por minuto e não apresenta tiragem subcostal nem estridor. A mãe disse que não
tem febre. Está mamando bem ao peito e comendo alguns alimentos (antes rejeitava toda a comida). Esta
manhã estava brincando com seu irmão.

2. De acordo com os sinais que Paulo apresenta hoje, como ele deverá ser tratado?

 Caso 2: Álvaro

A mãe de Álvaro voltou a unidade de saúde para a consulta de retorno. A criança tem três anos de idade e pesa
12,5 Kg. Tem uma temperatura axilar de 37,5 C, Tem tomado sulfametoxazol + trimetropin. Você pergunta à
mãe como está a criança e se desenvolveu um novo problema. A mãe disse que ainda está doente e que hoje
vomitou 2 vezes.

1. Como você reavaliaria Álvaro hoje? Faça uma lista de todos os sinais que observaria e escreva as perguntas
que faria à mãe.

Enquanto você avalia Álvaro, você verifica que ele pode beber e que nem sempre vomita quando bebe. Não
tem tido convulsões. Não está letárgico nem inconsciente. Ainda está tossindo, da mesma forma que vem
tossindo há 2 semanas. Respira 55 vezes por minuto. Apresenta tiragem subcostal. Não tem estridor. A mãe
disse que às vezes sente que ele está quente. Ela está muito preocupada porque a criança não está melhor. Ele
come mal há dois dias.
2. Álvaro está pior, igual ou melhor?
3. Como você tratará Álvaro? Caso tenha decidido dar-lhe medicamento, especifique a dosagem e o esquema de
administração.

 Caso 3: Mara

Mara, uma menina de dois anos de idade, foi a unidade de saúde com sua mãe para a consulta de retorno. Há
dois dias atrás lhe foi administrado sulfametoxazol e trimetropin. A mãe de Mara disse que ela não tem novos
problemas, porém ainda tosse bastante. Quando você reavalia Mara, verifica que ela não apresenta sinais
gerais de perigo. Está respirando 45 vezes por minuto, não apresenta tiragem subcostal nem estridor. Não tem
febre. Mara não tem interesse em comer.

1. Mara está pior, igual ou melhor?

Quando você fala com a mãe de Mara ela lhe diz que deu a menina as pílulas misturadas com um cereal pela
manhã e à noite. Você tem certeza de que Mara está recebendo o antibiótico, porém a menina continua igual.

2. Que tratamento você dará agora à Mara?

3. Caso irá dar-lhe algum medicamento, especifique a dosagem e forma de administração.


2. CONSULTA DE RETORNO POR DIARRÉIA PERSISTENTE

Quando uma criança com DIARRÉIA PERSISTENTE volta a unidade de saúde para uma consulta de retorno
depois de 5 dias, sigas essas instruções:

DIARREÍA PERSISTENTE

Depois de 5 dias:

Pergunte:
- A diarréia melhorou ?
- Quantas vezes por dia está evacuando?
- Determine o peso.

Tratamento:
 Se a diarréia não tiver melhorado (a criança continua com 3 ou mais evacuação por
dia), faça nova avaliação completa da criança. Dê o tratamento necessário. A seguir, refira
para investigação.

 Se apresenta perda de peso, refira ao hospital.

 Se a diarréia melhorou (a criança com evacuação aquosa menos de 3 vezes ao dia),


recomende à mãe que continue a seguir as orientações para alimentação habitual para a idade
da criança.

Pergunte se a diarréia parou e quantas evacuações por dia a criança apresenta:

 Se a diarréia não melhorou (a criança continua com 3 ou mais evacuações por dia), faça uma reavaliação
completa da criança. Identifique e trate qualquer problema que requeira atenção imediata. A criança só deverá
ser referida, caso apresente perda de peso ou outros problemas que o requeiram.

 Se a diarréia melhorou (a criança com evacuação aquosa menos de 3 vezes ao dia), oriente à mãe que siga
as recomendações para a alimentação de uma criança dessa idade. Se a criança não se alimenta normalmente
dessa maneira, ensine à mãe como alimentar adequadamente, conforme o quadro ACONSELHAR À MÃE
OU O ACOMPANHANTE.
3. CONSULTA DE RETORNO POR DISENTERIA

Quando uma criança classificada como tendo DISENTERIA volta depois de 2 dias para uma consulta de retorno,
siga essas instruções:

DISENTERIA

Depois de 2 dias:
Avalie a criança Quanto a diarréia.

Pergunte:
- As fezes diminuíram?
- Há menos sangue nas fezes?
- A febre baixou?
- A criança está se alimentando melhor?

Tratamento:

 Se a criança estiver desidratada, trate a desidratação.

 Se a quantidade de evacuações, a quantidade de sangue nas fezes, a febre ou


alimentação continuar igual ou estiver pior, mude para o antibiótico de segunda linha
recomendado contra Shiguella. Administre durante 5 dias. Recomende à mãe para regressar
em 2 dias.

Exceções:
Se a criança tiver menos de 12 meses de vida e estava desidratada na primeira visita,
refira ao hospital.

 Se evacuando menos, menos sangue nas fezes, febre mais baixa e alimentando-se
melhor, continue a dar o mesmo antibiótico até terminar o tratamento.

Reavalie a criança para decidir se está igual, pior, ou melhor. Selecione o tratamento apropriado:

 Se durante a consulta, você observar que a criança está desidratada, classifique a desidratação. Selecione
o plano apropriado de líquidos e trate a desidratação

 Se o número de evacuações, a quantidade de sangue nas fezes, a febre ou alimentação continuar igual ou
pior, mude para o antibiótico de segunda linha recomendado contra Shiguella. A resistência da Shiguella pode
ser a causa do estado da criança que não melhora.

 Administre a primeira dose do novo antibiótico na unidade de saúde.


 Ensine à mãe como e quando dar o antibiótico por 5 dias.
 Recomende à mãe que traga outra vez a criança na unidade de saúde depois de 2 dias.

Se depois de tratar a criança por 2 dias com o antibiótico de segunda linha não se observar melhora, a criança
talvez tenha amebíase. Essa criança pode ser tratada com metronidazol (se disponível ou se pode ser obtido pela
família) ou ser referida para o hospital para que receba o tratamento. A amebíase só pode ser diagnosticada com
certeza quando em uma amostra fecal fresca são vistas hemácias com trofozoítos de E. histolítica.
Entretanto, se a criança está:

 Com menos de 12 meses e


 Estava desidratada na primeira visita.

Ela corre grande risco. Refira essa criança ao hospital.

Caso a criança tenha menos evacuações, menos sangue nas evacuações, menos febre e está comendo
melhor, o seu estado está melhorando com antibiótico. Geralmente esses sinais diminuirão se o antibiótico atua
eficazmente. Diga a mãe que continue o antibiótico por mais 3 dias. Oriente-a sobre a importância de terminar o
tratamento com o antibiótico.

EXERCÍCIOS

 Caso 1: Emanuel

Emanuel foi levado a unidade de saúde para a consulta de retorno por DIARRÉIA PERSISTENTE depois de 5
dias. Tem 9 meses e pesa 6,5 Kg. Tem hoje uma temperatura de 37,3 C. Já não mama mais no peito. Sua mãe
o alimenta com cereais duas vezes por dia e lhe dá preparado para lactentes 4 vezes por dia. Quando você viu a
semana passada, recomendou à mãe que lhe desse apenas a metade de quantidade de leite habitual.
Recomendou, também que substituísse a metade da quantidade de leite por porções adicionais de cereais aos
quais se agrega óleo e vegetais ou carne e peixe.

1. Qual é o primeiro passo para avaliar Emanuel?

2. A mãe de Emanuel lhe disse que a diarréia não melhorou. O que você fará a seguir?

Emanuel não apresenta sinais gerais de perigo. Tem tosse. Quando você reavalia a diarréia, a mãe de Emanuel
disse que vinha tendo diarréia há 3 semanas,. Não há sangue nas fezes. Ao exame Emanuel, está inquieto e
irritado. Não tem os olhos fundos. Quando lhe oferecem água, toma um gole porém não parece sedento. Ao
sinal da prega a pele volta ao estado anterior imediatamente. Não tem problemas de ouvido e está classificado
como NÃO É PNEUMONIA E O PESO NÃO É MUITO BAIXO. A mãe de Emanuel lhe disse que o
menino não tem outros problemas.

3. Emanuel está desidratado?

4. Como você tratará Emanuel?

5. Se em sua reavaliação você verificou que Emanuel tem DESIDRATAÇÃO, o que teria feito antes de referi-lo
ao hospital?
 Caso 2: Clara

Clara foi levada a unidade de saúde para consulta de retorno. Tem 11 meses e pesa 9 Kg. Dois dias antes um
profissional de saúde a classificou como tendo DISENTERIA, SEM DESIDRATAÇÃO E NÃO TEM
ANEMIA E O PESO NÃO É BAIXO. O profissional deu a mãe de Clara sulfametoxazol + trimetropin e SRO
para usar e lhe pediu que voltasse com Clara em dois dias. A mãe disse que Clara não tem novos problemas.

1. Como você avaliaria Clara?

Enquanto você está avaliando Clara, a mãe lhe diz que a menina tem ainda várias evacuações por dia. Ainda
tem aproximadamente a mesma quantidade de sangue nas fezes. Já faz uma semana que Clara tem diarréia.
Não tem os olhos fundos. Bebe avidamente quando a mãe lhe oferece um copo de SRO. Ao sinal da prega, a
pele volta ao estado anterior lentamente. A mãe disse que Clara não tem tido febre. Ela acha que Clara tem
dores abdominais porque está irritada e parece estar desconfortável. Clara não está comendo melhor.

2. Clara está desidratada? Em caso afirmativo, o que você fará?

3. O que mais você fará para tratar Clara? Se vai dar a ela algum medicamento, indique a dosagem e o esquema
de administração.

 Caso 3: Francisco

Francisco tem 18 meses e pesa 9 Kg. Hoje tem uma temperatura de 36,5 C. Há dois dias atrás Francisco foi
classificado como tendo DIARREÍA SEM DESIDRATAÇÃO, DISENTERIA, NÃO TEM ANEMIA E O
PESO NÃO É BAIXO. A mãe de Francisco o trouxe de volta a unidade de saúde depois de 2 dias de
tratamento para a DISENTERIA. Quando você pergunta à mãe se há novo problema, a mãe diz que Francisco
está resfriado e tem tosse.

1. Como você avaliaria Francisco?

Enquanto você avalia Francisco verifica que ele não apresenta sinais gerais de perigo. A freqüência
respiratória é de 35 respirações por minuto. Não apresenta tiragem subcostal nem estridor. Quando você
pergunta a respeito da diarréia, a mãe lhe diz que Francisco ainda tem um pouco de diarréia, porém muito
menos do que antes. Há menos sangue nas fezes. Você verifica que Francisco não apresenta sinais de
desidratação. Não tem febre. Tem menos dor abdominal. Está comendo melhor. A mãe diz que o menino se
sente muito melhor, exceto pelo frio.

2. O que você faria para a diarréia de Francisco?

3. Como você classificaria a tosse da criança?


4. Faça uma lista dos tratamentos para a tosse e o resfriado de Francisco?

4. CONSULTA DE RETORNO POR FEBRE SEM RISCO DE MALÁRIA

Quando uma criança com FEBRE volta a unidade de saúde para uma consulta de retorno depois de 2 dias, siga
essas instruções:

FEBRE SEM RISCO DE MALÁRIA

Se depois de 2 dias a febre persistir:

Faça uma reavaliação completa. Consulte o quadro AVALIAR E CLASSIFICAR. Examine para
determinar se há outra causa de febre.

Tratamento:

 Se a criança apresentar qualquer outra causa para a febre, tratar.

 Se a febre persiste há 7 dias, considere aspectos epidemiológicos locais. Refira para


avaliação.
EXERCÍCIOS

 Caso 1: Maurício

Há dois dias atrás a mãe de Maurício o levou a unidade de saúde porque o menino tinha febre. Não há risco de
malária. A temperatura axilar era de 37,5 C. Maurício não apresentava sinais gerais de perigo nem nenhum
outro sintoma principal. Não tinha rigidez de nuca ou outros sinais de doença febril muito grave. O
profissional classificou Maurício como DOENÇA FEBRIL

A mãe de Maurício o levou novamente a unidade de saúde porque ainda tem febre. O profissional pergunta se
Maurício desenvolveu alguma outra doença. A mãe disse que ele está só muito irritado. O menino tem 11
meses e pesa 7 Kg. Hoje tem uma temperatura axilar de 39 C.

1. Como o profissional deverá avaliar Maurício?

Quando o profissional avalia Maurício, não encontra sinais gerais de perigo. A mãe disse que ele não tem
tosse nem diarréia. Tem febre há 3 dias. Maurício dobra facilmente o pescoço. Não tem outros sinais de
doença febril muito grave. A mãe disse que tem problemas de ouvido. Maurício é classificado como NÃO
TEM ANEMIA E O PESO NÃO É BAIXO.

2. O que o profissional deverá fazer a seguir?

O profissional avalia o problema de ouvido do menino. A mãe não sabe com certeza desde quando ele está
com secreção purulenta no ouvido. Disse que talvez tenha estado irritado por causa da dor de ouvido. Não há
tumefação dolorosa atrás da orelha.

3. Como o profissional deverá classificar o problema de ouvido?

4. Como o profissional deverá tratar Maurício? Caso deve dar-lhe um medicamento, indique a dosagem e o
esquema de administração.
5.0 CONSULTA DE RETORNO POR INFECÇÃO NO OUVIDO

Quando uma criança classificada com INFECÇÃO NO OUVIDO volta ao serviço de saúde para uma consulta de retorno
depois de 5 dias, siga as instruções seguintes. Estas instruções se referem a uma infecção no ouvido aguda ou crônica.

INFECÇÃO DO OUVIDO

Depois de 2 dias:

Reavaliar o problema do ouvido. Consultar o quadro AVALIAR E


CLASSIFICAR.
Verificar a temperatura da criança.
Tratamento:
 Possível Infecção aguda do ouvido: se a dor de ouvido persiste: caso o
quadro tenha ficado inalterado ou apresentado piora, iniciar
antibioticoterapia. Marcar retorno em 5 dias.
 Caso tenha apresentado melhora da dor, manter a conduta.

Depois de 5 dias:

Reavaliar o problema do ouvido. Consultar o quadro AVALIAR E


CLASSIFICAR.

Tratamento:

 Se houver tumefacção dolorosa ao toque atrás da orelha, ou febre alta


(38,5 ºC ou mais), referir URGENTEMENTE ao hospital.

 Infecção aguda do ouvido: se a dor de ouvido ou secreção purulenta


persistem, em uso de Amoxicilina: aumentar a dose de Amoxicilina para 80
mg/kg/dia de 8/8 horas e retornar em 48 horas para controle. Continuar
secando o ouvido com mechas se for o caso. No retorno, se persistir sem
melhora, trocar o antibiótico e marcar retorno em 5 dias.

 Infecção crônica do ouvido: Assegurar que a mãe esteja secando


corretamente o ouvido com mechas. Referir para serviço especializado se
possível.

 Se não houver dor de ouvido nem secreção, elogiar a mãe pelo tratamento
cuidadoso dispensado e terminar o tratamento.
Reavalie o problema de ouvido da criança e verifique a temperatura. Depois escolha o tratamento de acordo com os sinais
da criança.

 Se você sente ao palpar a criança uma tumefação dolorosa ao toque atrás do ouvido quando comparada com o outro
lado, a criança pode ter desenvolvido mastoidite. Se houver febre alta (temperatura axilar de 38,5ºC ou mais), a
criança pode ter uma infecção grave. Uma criança com tumefação dolorosa ao toque atrás do ouvido ou febre alta
está piorando e deverá ser referida ao hospital.

 Infecção aguda do ouvido: Se a dor no ouvido ou a secreção purulenta no ouvido persistem depois da criança ter
tomado Amoxicilina por 5 dias, aumentar a dose de Amoxicilina para 80 mg/kg/dia, de 8/8 horas e peça a mãe que
regresse depois de dois dias de tratamento para que você possa verificar se a infecção de ouvido está melhorando. Ao
retornar depois desses dois dias adicionais, caso o quadro esteja inalterado ou tenha piorado, trocar para outro
antibiótico e marcar novo retorno em 5 dias para controle.

 Se o ouvido ainda está supurando ou começou a supurar depois da primeira consulta, mostre à mãe como secar o
ouvido com mechas. Discuta com ela a importância de manter o ouvido seco para que se cure.

 Possível Infecção aguda do ouvido: Se a dor no ouvido persiste ou apresenta piora depois de dois dias, iniciar
antibioticoterapia oral e peça à mãe que regresse depois de cinco dias adicionais de tratamento para que você possa
verificar se a infecção de ouvido está melhorando.
Caso tenha apresentado melhora da dor no retorno após os primeiros dois dias, manter a conduta.

 Infecção crônica do ouvido: Verifique se a mãe está secando o ouvido com as mechas de maneira correta. Para isto,
peça-lhe que descreva ou mostre como seca o ouvido da criança com a mecha. Pergunte com que freqüência pode
secar o ouvido e pergunte se teve alguma dificuldade e discuta com ela como resolvê-los. Explique que secar o ouvido
é a única terapia eficaz para um ouvido que supura. Se não se secar o ouvido com as mechas, a audição da criança
pode diminuir.

 Se não há dor no ouvido nem secreção, elogie a mãe por seu cuidadoso tratamento. Pergunte se tem dado o antibiótico
à criança por 5 dias, no nº de vezes recomendado. Se a resposta for positiva, diga-lhe que use o antibiótico até
completar os 10 dias de tratamento.
6. CONSULTA DE RETORNO POR PESO BAIXO OU GANHO DE PESO INSUFICIENTE, OU
PROBLEMA DE ALIMENTAÇÃO

Quando uma criança com Peso Baixo ou Ganho de Peso Insuficiente volta a unidade de saúde para uma consulta
de retorno depois de 5 dias, siga essas instruções:

PESO BAIXO OU GANHO INSUFICIENTE, OU PROBLEMA DE ALIMENTAÇÃO

Depois de 5 dias:

Pese a criança e determine se está ganhando peso ou não.

Tratamento:

Reavalie a alimentação. Consulte as perguntas da parte superior do quadro ACONSELHE A


MÃE OU O ACOMPANHANTE. Pergunte sobre quaisquer problemas de alimentação
constatados na primeira consulta.

 Oriente à mãe com respeito a quaisquer problemas de alimentação novos ou persistentes,


nesses casos seguimento em 5 dias. Se a mãe teve problemas quando alimentava a criança,
discuta com ela diferentes maneiras de resolvê-los.

 Se o peso da criança for baixo para a idade, peça a mãe que retorne em 30 dias depois da
primeira consulta e determine o aumento de peso da criança para avaliar se as mudanças
introduzidas na alimentação estão ajudando à criança.

7. CONSULTA DE RETORNO POR ANEMIA

Quando uma criança com ANEMIA volta a unidade de saúde para uma consulta de retorno depois de 14 dias, sigas
essas instruções:

ANEMIA

Depois de 14 dias:

Pergunte se a criança está tomando o sulfato ferroso como indicado.

Tratamento:

 Se estiver tomando:
- Dê mais ferro e oriente à mãe para retornar em 14 dias para receber mais ferro.
- Continue a dar ferro a cada 14 dias durante 2 meses.

 Se não estiver tomando (geralmente por desconforto abdominal ou diarréia).


- Reduza a dose de ferro pela metade.
- Recomende a mãe para retornar em 14 dias para receber mais ferro.
- Continue a dar ferro a cada 14 dias durante 4 meses.
8. CONSULTA DE RETORNO POR PESO MUITO BAIXO

Quando uma criança com PESO MUITO BAIXO volta a unidade de saúde para uma consulta de retorno depois de
14 dias (segundo retorno) ou se retornou mais cedo por apresentar um problema de alimentação, sigas essas
instruções:

PESO MUITO BAIXO

Depois de 14 dias:

Pese a criança e determine se está ganhando peso ou não.

Tratamento:

 Se está ganhando peso, elogie à mãe e incentive-a a continuar alimentando a criança de


acordo com a recomendação para a idade da criança. Oriente para retornar em 14 dias.

 Se não estiver ganhando peso, oriente à mãe à respeito de qualquer problema de


alimentação encontrado. Inclua sugestões para soluções de problemas de alimentação
descritos no módulo ACONSELHAR A MÃE OU O ACOMPANHANTE. Oriente para
retornar em 5 dias.

Exceção:

Se julgar que a alimentação não vai melhorar, ou se a criança tiver perdido peso, refira-a.

EXERCÍCIOS

 Caso 1: Geraldo

Geraldo é um menino de 18 meses de idade. Há 5 dias atrás estava na unidade de saúde com quadro de
diarréia. Geraldo foi classificado como SEM DESIDRATAÇÃO E PESO BAIXO PARA A IDADE. Pesava 6,8
Kg. Foi tratado de acordo com o Plano A e sua mãe recebeu orientação sobre a alimentação. No quadro da
criança foi anotado o seguinte:

3 refeições/dia – batata com arroz/feijão, bananas mais café. Nada entre as refeições, Nenhum leite. Parou há
3 meses atrás. Foi recomendada a adicionar duas refeições a mais por dia: batata com feijão amassados com
azeite, abacate, ovos ou leite quando os tiver disponíveis.

Geraldo regressou a unidade de saúde para a visita de consulta de retorno por problema de alimentação. A
criança ainda pesa 6,8 Kg e parece triste, porém não tem emagrecimento acentuado visível.

1. Marque tudo o que é apropriado fazer durante essa visita:

( ) Fazer perguntas sobre qualquer novo problema. Se não houver um novo problema, avaliar, classificar e
tratar a criança como na consulta inicial.
( ) Perguntar a mãe se tem podido dar a criança refeições adicionais todos os dias. Perguntar-lhe que
alimentos deu a Geraldo e o número de refeições.
( ) Como Geraldo não aumentou de peso, referi-lo imediatamente ao hospital.
( ) Recomendar à mãe que recomece a amamentação.
( ) Administrar vitamina A.
( ) Como Geraldo não aumentou de peso, repetir a recomendação que deu anteriormente. Mudanças de
comportamento levam muito tempo.
( ) Fazer recomendações para todos os problemas alimentares que forem encontrados.
( ) Perguntar se Geraldo ainda tem diarréia.

Você fez perguntas à mãe de Geraldo para averiguar se lhe foram dadas refeições extras e que alimentos
foram oferecidos. Você pergunta também qual é o tamanho de cada refeição, se Geraldo tem comido as
refeições todas e se tem o seu próprio prato.

Você se inteira de que a mãe de Geraldo está lhe dando batata com purê de feijão duas vezes por dia, como
você recomendou. A criança só come um pouco ou ignora a comida por completo. A mãe põe a comida em
um prato diante da criança enquanto faz outro trabalho. Não tem conseguido ovos nem leite, porém tentará
consegui-los. Na semana passada preparou mingau de aveia para a ceia durante três noites, porém os irmãos
do menino comeram tudo o que havia no prato.

2. O que você recomendaria agora à mãe de Geraldo?

3. Deverá pedir-lhe que traga outra vez a criança para que o veja? Em caso afirmativo, quando deverá retornar?
Por que?

 Caso 2: Cláudia

Cláudia tem 10 meses de idade. O quadro da menina mostra que ela foi vista há três dias atrás.

PRONTUÁRIO MÉDICO

27/6/95 T: 39,5  C Peso: 5,5 Kg


Palidez.
NÃO É PNEUMONIA, ANEMIA E PESO MUITO BAIXO PARA A IDADE

Alimentação: amamentar uma vez à noite. Preparado para lactantes na mamadeira da


manhã. O almoço consiste de sopa + mingau de cereal de aveia, para o jantar: sopa +
purê de batatas com feijão. Recomendar à mãe a substituir mamadeira da manhã pela
amamentação ao peito antes que ela vá trabalhar. Oferecer mingau de cereais com
leite animal na metade da manhã. Fazer purê de vegetais e misturar com arroz + uma
colher de óleo para o almoço. Para o jantar: adicionar uma colher de óleo ou
manteiga, colher de azeite ou manteiga.

Cláudia regressou hoje. Pesou 5,6 Kg. Não tem febre nem novos problemas.
1. Escreva no espaço em branco seguinte 3 perguntas ou mais que poderiam ser feitas à mãe de Cláudia para
averiguar se a alimentação da menina tem melhorado.

A mãe de Cláudia responde que está fazendo purê de verduras com arroz e azeite para o almoço. Ela também
faz sopa (todos necessitam tomar sopa). Não gosta de despertar Cláudia para amamentá-la pela manhã, antes
de ir trabalhar porque isso significa que Patrícia, que tem 10 anos, também tem que levantar antes do sol
nascer para cuidar da criança. Porém o tem feito e Cláudia agora se amamente de manhã e a noite. Patrícia se
encarrega de fazer a papa de aveia com leite de vaca no meio da manhã. Na hora do almoço Cláudia toma
sopa. Depois come um pouquinho de purê de verduras com arroz.

2. O que você recomendaria hoje à mãe? Escreva também algum elogio.

9. CONSULTA DE RETORNO E AVALIAÇÃO DA CRIANÇA DE 1 SEMANA A MENOS DE 2 MESES DE


IDADE

Quando uma criança com 1 semana a menos de 2 meses de idade retorna a unidade de saúde, pergunte se
apareceram novos problemas. Uma criança que tenha um problema novo deverá receber uma avaliação completa
como se fosse uma consulta inicial. Se a criança não tem um novo problema, utilize o cartaz que coincida com a
classificação prévia da criança

9.1. INFECÇÃO BACTERIANA LOCAL

INFECÇÃO BACTERIANA LOCAL

Depois de 2 dias:

Examine o umbigo. Apresenta-se eritematoso ou com secreção purulenta? O eritema extende-se


à pele? Examine as pústulas na pele. As pústulas são muitas e extensas?

Tratamento:

 Se a secreção purulenta ou o eritema persistirem ou se estiverem piorado, refira ao


hospital. Refira-o também se houverem mais pústulas do que antes.

 Se a secreção purulenta e o eritema tiverem melhorado, recomende à mãe que


continue a dar os 7 dias de antibióticos e a continuar a tratar a infecção local em casa.
9.2. BAIXO PESO

Quando uma criança de 1 semana a menos de 2 meses de idade classificado como BAIXO PESO volta
para a consulta de retorno depois de 14 dias, siga essas instruções.
BAIXO PESO

Depois de 14 dias:

Pese a criança e determine se continua com peso baixo para a idade. Reavalie a alimentação.

Tratamento:

 Se o peso da criança já não estiver baixo para a idade, elogie à mãe e incentive-a a
continuar o tratamento.

 Se a criança continuar com peso baixo para a idade, mas estiver se alimentando bem
e com a curva de ganho ponderal ascendente, elogie à mãe. Recomende-lhe que torne a
pesar a criança em um mês ou quando retornar para a vacinação.

 Se a criança continuar com baixo peso para a idade e continuar a ter problemas com
a alimentação, oriente à mãe quanto ao problema de alimentação. Peça a mãe para
retornar em 14 dias (ou quando regressar para vacinação, se for dentro de 2 semanas).
Continue a examinar a criança a cada 2 semanas até que a criança esteja se alimentando bem
e aumentando de peso com regularidade ou até que o peso deixe de ser baixo para a idade.

Exceção:

Se a criança tiver perdido peso, refira-a para avaliação. Considere aspectos clínicos
compatíveis com tuberculose e AIDS.

9.3. MONILÍASE ORAL

MONILÍASE ORAL

Depois de 2 dias:

Verifique se há ulceração ou placas brancas na boca (monilíase oral).

Tratamento:

 Se a monilíase oral estiver pior, ou se a criança estiver tendo problemas com a pega
ou com a sucção, intensifique o tratamento e marque retorno em 2 dias.

 Se a monilíase oral estiver igual ou melhor, e se a criança estiver alimentando-se


bem, continue com violeta de genciana até completar 5 dias.
EXERCÍCIOS

 Caso 1: Sandra

Sandra tem 5 semanas. O profissional a classificou como tendo INFECÇÃO BACTERIANA LOCAL porque
tinha algumas pústulas na pele e nas nádegas. A mãe conseguiu amoxicilina para dar em casa e aprendeu
como limpar a pele e aplicar violeta de genciana em casa. Regressou para a consulta de retorno depois de 2
dias. Sandra não tem novos problemas.

1. Como você reavaliaria Sandra?

Quando você observa a pele e as nádegas, pode ver que há menos pústulas e menos vermelhidão.

2. Que tratamento Sandra necessita agora.

 Caso 2: Vivianne

Vivianne, uma criança de 5 semanas de idade, foi levado a unidade de saúde há dois dias atrás. Durante essa
consulta foi classificada com PROBLEMA DE ALIMENTAÇÀO porque não podia fazer boa pega ao seio da
mãe. Pesava 3,2 Kg (o peso não é baixo para a idade). Amamentava-se 5 vezes por dia. Tinha, também,
manchas brancas de monilíase na boca. A mãe de Vivianne foi ensinada a por a criança em posição correta
para a amamentação e a maneira de ajudá-la a fazer a pega. Recomendou-lhe que aumentasse a freqüência das
mamadas para, pelo menos 8 vezes a cada 24 horas e que amamentasse com tanta freqüência quanto o lactente
desejasse, de dia e noite. A mãe foi ensinada a tratar a monilíase em casa. Também recomendou-lhe que ela
voltasse em 2 dias para reavaliação. Ela disse que a criança não tem nenhum problema novo.

1. Como você reavaliaria Vivianne?

Vivianne pesa hoje 3,2 Kg. Quando você reavalia a alimentação do lactente, a mãe diz que ela mama facilmente. Ela o está
amamentando pelo menos 8 vezes por dia e às vezes mais, se a criança desejar. Não lhe oferece nenhum outro alimento
nem líquidos. Você pede à mãe que ponha Vivianne ao peito. Quando você verifica a pega, nota que o queixo do lactente
está tocando o peito. A boca está bem aberta, com o lábio inferior voltado para fora. Há mais auréola visível acima do que
abaixo da boca. O lactente está sugando bem? Você observa o interior da boca. Não se pode ver as manchas brancas.

2. Como você tratará Viviann


TRATAMENTO DE MALARIA
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