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¥ Caminhos da Semiótica literária Introdução

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a abertura da l íngua , por enuncia ções singulares, a formas mió tica e a heran ça retó rica, contra a qual ela procurou ,
novas e inéditas , criadoras de leitores novos, formas que o por muito tempo, se colocar como disciplina aut ó noma,
uso talvez deposite mais tarde na regularidade das esquema- mas com a qual ela pode hoje fazer convergir suas propos-
tizações. Á história da literatura está pontuada por essas for- tas. No interior de cada uma das partes, nosso percurso se
mas emergentes, inaceitá veis no início para os leitores e propõe associar uma problem á tica geral , que não seja es-
sempre rejeitadas por sua estranheza, que tomaram , às ve- pecífica da literatura , com estudos de textos. Estes, longe
zes, para além das expressões individuais, as formas institu- de só ilustrar os modelos apresentados, especificam-nos,
cionais de libelos ou de manifestos talvez exageradamente prolongam-nos e interrogam seus instrumentos. 22
valorizadas mais tarde pela história literá ria: “Defesa e ilus-
tração da língua francesa ”, “Querela dos Antigos e dos Mo-
dernos”, “Manifesto do Surrealismo ”, “Por um novo roman-
ce”, etc. Vista dessa maneira , a abordagem sincrônica das
estruturas não contradiz nem a abordagem diacrô nica da
história, nem a abordagem pragmá tica da leitura: ao contr á-
rio, ela oferece mesmo a possibilidade de uma histó ria das
poéticas, ou de uma história cultural das formas, apreendi-
das sob um outro regime de duraçã o que não o de uma cro-
nologia de obras e de movimentos literá rios.
As observa ções precedentes orientam a concepçã o
geral deste livro e sua organiza çã o. Uma primeira parte
apresenta o percurso geral da metodologia semiótica , cote-
jando, em tomo de um mesmo motivo, uma expressã o es-
tereotipada e uma realização romanesca. Seguem-se qua-
tro partes, cada uma destacando um dom ínio de investiga-
çã o particular, cuja combina çã o e cujo arranjo com as ou- \
tras podem p ô r em evid ê ncia certas propriedades do texto
literá rio. Começaremos pela dimensão enunciativa, que
enquadra e rege, pela discursivizaçã o, as dimensões se-
guintes, as quais articulam em m ódulos os diferentes ní-
veis de profundidade da significa çã o: será tomada primei-
ro a figuratividade, depois a narratividade e finalmente^ a 22. Algumas análises já foram publicadas em revistas especializadas ou
afetividade. Na conclusão, seremos levados a avaliar as re- obras coletivas. Elas foram retrabalhadas e reescritas para a presente
lações, recentemente reativadas na pesquisa , entre a se- publica çã o.

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