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1. Introdução ....................................................................................................................................... 1
2. Objectivos ....................................................................................................................................... 2
2.1 Objectivo Geral ............................................................................................................................. 2
2.2 Objectivos específicos .................................................................................................................. 2
3. Metodologia .................................................................................................................................... 2
4. Sindicatos ............................................................................................................................................ 3
4.1 Conceito de Sindicato (Organização Sindical) ............................................................................. 3
4.2 Movimento sindical em Moçambique........................................................................................... 3
4.3 Condições e procedimentos de registo da Organização ................................................................ 4
4.4 Objectivos das organizações sindicais .......................................................................................... 5
4.5 Estatutos das organizações Sindicais ............................................................................................ 5
4.6 Estruturas das organizações de trabalhadores ............................................................................... 6
5. Negociação Colectiva ..................................................................................................................... 6
5.1 Conceito de negociações colectivas .............................................................................................. 6
5.2 Origem das negociações colectivas............................................................................................... 7
5.3 Tipificação da forma do resultado das negociações colectivas ..................................................... 7
5.3.1 Convenção Colectiva de Trabalho ......................................................................................... 7
5.3.2 Acordo Colectivo de Trabalho ............................................................................................... 8
5.4 Princípios da Negociação Colectiva ............................................................................................. 8
5.4.1 Princípio da Autonomia Colectiva ......................................................................................... 8
5.4.2 Princípio da Inescusabilidade Negocial ................................................................................. 9
5.4.3 Princípio da Obrigatoriedade da Actuação Sindical .............................................................. 9
5.4.4 Princípio da Contraposição .................................................................................................... 9
5.4.6 Princípio da Transparência................................................................................................... 10
5.4.7 Princípio da Razoabilidade .................................................................................................. 10
5.4.8 Princípio da Igualdade ......................................................................................................... 11
5.5 Procedimentos da negociação colectiva em Moçambique .......................................................... 11
5.5.1 Início do processo negocial .................................................................................................. 11
5.5.2 Proposta de regulamentação colectiva ................................................................................. 11
5.5.3 Resposta a proposta de regulamentação colectiva (Artigo 169) .......................................... 12
5.5.4 Negociações directas (Artigo 170) ....................................................................................... 12
5.5.5 Conteúdo dos instrumentos de regulamentação colectiva de trabalho (Artigo 171) ............ 13
5.5.6 Forma e conferência dos instrumentos de regulamentação colectiva de trabalho) (Artigo
172) ............................................................................................................................................... 13
5.5.7 Depósito dos instrumentos de regulamentação colectiva de trabalho (Artigo 173) ............. 13
5.5.8 Recusa de depósito (Artigo 174) .......................................................................................... 13
2.5.8 Divulgação e publicação (Artigo 175) ................................................................................. 14
5.5.10 Vinculação aos instrumentos de regulamentação colectiva de trabalho (Artigo 176) ....... 14
5.5.11 Vigência e eficácia dos instrumentos de regulamentação colectiva de trabalho ................ 14
5.5.12 Acordo de adesão (Artigo 178) .......................................................................................... 14
5.5.13 Anulação de cláusulas (Artigo 179) ................................................................................... 15
6. Desafios do movimento sindical em Moçambique ....................................................................... 15
7. Conclusão...................................................................................................................................... 16
1. Introdução
A construção de um bom ambiente no mercado de trabalho onde reina o equilíbrio de
interesses entre a parte empregadora e os trabalhadores pode ajudar a corrigir imperfeições do
mercado, possibilitar a coesão social dos diversos actores, encorajar a melhoria da eficiência
produtiva e o crescimento da produtividade da economia.
A evidência internacional mostra que enquanto a classe empregadora sempre luta pela
maximização dos lucros por outro lado a actual luta do sindicato nas mesas de negociação
tem sido garantir as conquistas históricas, preservar o valor real dos salários e que os bons
resultados alcançados pelas empresas sejam compartilhados pela categoria.
Ora, a regulamentação do mercado de trabalho que resulta dessa negociações gera impacto
significativo nos resultados do produto interno bruto (PIB), na produtividade, na oscilação do
emprego e na velocidade do ajuste após os choques económicos.
Com efeito, a literatura demonstrou suficientemente que elevada protecção desencoraja as
contratações e reduz os incentivos para o movimento de trabalhadores dos sectores de baixa
produtividade para os de alta produtividade e de modo oposto, quando a protecção ao
trabalhador é menor, as oscilações no mercado trabalho tendem a ser maiores, com mais
demissões em épocas de crise e mais contratações em épocas de expansão o que não estimula
o aprimoramento técnico e o investimento das empresas no trabalhador.
É nesse contexto que o presente trabalho tem em vista abordar as negociações colectivas e os
sindicatos enquanto plataformas instrumentais para o alcance do equilíbrio no mercado de
trabalho sendo que maior enfoque vai ser dado as manifestações das negociações colectivas e
sindicatos no âmbito do contexto moçambicano.
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2. Objectivos
O presente trabalho foi elaborado com vista alcançar os seguintes objectivos:
3. Metodologia
Para chegarmos a uma realidade complexa possuímos múltiplos caminhos metodológicos que
para Marcone e Lakatos (2003) constituem o conjunto das actividades sistemáticas e
racionais que, com maior segurança e economia, permitem alcançar o objectivo
(conhecimentos válidos e verdadeiros), traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e
auxiliando as decisões do cientista.
Neste sentido, de acordo com GIL, (2008), o que determina o tipo e as técnicas de pesquisa é
a questão, ou o objectivo que se procura responder com a realização da pesquisa. Deste
modo, considerando o tema e os objectivos deste trabalho, fez-se uma conjugação da
pesquisa bibliográfica e documental.
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4. Sindicatos
A matriz histórica da organização sindical tal como a conhecemos hoje surgiu com o
desenvolvimento industrial em Inglaterra no final do século XVIII e início do Seculo
XIX como contraponto ao surgimento do Capitalismo . Apesar desta origem urbana e
industrial, rapidamente o movimento sindicalista se estendeu a outros sectores de actividade,
nomeadamente aos sectores do comércio e serviços e aos sectores agrícolas. (www.
knoow.net)
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As autoridades públicas devem abster-se de qualquer intervenção susceptível de limitar
esse direito ou de impedir o seu exercício legal.
As organizações sindicais ou de empregadores gozam do direito de elaborar os seus
estatutos, de eleger os seus representantes, de organizar a sua gestão e actividade e de
formular os seus programas de acção. As organizações sindicais ou de empregadores devem
respeitar, na sua organização e funcionamento, os princípios democráticos, nomeadamente,
procedendo à eleição dos seus órgãos dirigentes, fixando a duração dos seus mandatos e
promovendo a participação dos seus membros em todos os aspectos da actividade da
organização. (lei do trabalho no artigo 141, nº 1 e 2)
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4.4 Objectivos das organizações sindicais
Segundo a lei do trabalho no seu artigo 139, às organizações sindicais ou de empregadores
tem com objectivos:
i. Defender e promover a defesa dos direitos e interesses legalmente protegidos dos seus
associados;
ii. Participar na elaboração de legislação de trabalho e na definição e execução das
políticas sobre trabalho, emprego, formação e aperfeiçoamento profissionais,
produtividade, salário, protecção, higiene e segurança no trabalho e segurança social;
iii. Exercer, nos termos legalmente estabelecidos, o direito de negociação colectiva;
iv. Colaborar, nos termos da lei, com a Inspecção do Trabalho no controlo da aplicação
da legislação do trabalho e dos instrumentos de regulamentação colectiva de trabalho;
v. Fazer-se representar em organizações, conferências internacionais e outras reuniões
sobre assuntos laborais;
vi. Dar parecer sobre relatórios e outros documentos relacionados com os instrumentos
normativos da Organização Internacional do Trabalho;
vii. Promover actividades pertinentes ao cumprimento dos compromissos e obrigações
assumidas pelo país em matéria laboral.
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i) O processo de alteração dos estatutos;
j) A exibição, dissolução e liquidação do seu património.
5. Negociação Colectiva
A Negociação Colectiva é, pois, uma forma de ajuste de interesses entre as partes. Trata-se de
um procedimento que visa superar divergências entre trabalhadores e empregadores.
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5.2 Origem das negociações colectivas
A Negociação Colectiva teve origem nos Estados Unidos e na Europa e trouxe várias
vantagens tanto para os empregados quanto para os empregadores:
Para o empregador era uma forma pacífica de negociação, sem perigos de ocorrência
de greves;
Para o empregado era o reconhecimento, pelo empregador, da legitimidade e
representatividade do sindicato nas negociações, com a consequente conquista de
novos direitos para os trabalhadores;
Para o Estado era uma forma de não interferência, em que as próprias partes
buscavam a solução de seus conflitos, culminando com um instrumento de paz social.
De igual modo, DELGADO (2012, p. 1394), explica que a convenção colectiva resulta, pois,
de negociações entabuladas por entidades sindicais, quer dos empregados, quer a dos
respectivos empregadores. Envolve, portanto, o âmbito da categoria, seja a profissional
(obreiros), seja a económica (empregadores). Seu carácter colectivo é genérico é assim,
manifesto.
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5.3.2 Acordo Colectivo de Trabalho
Os acordos colectivos resultam das negociações em nível de empresa cujo
âmbito de aplicação é menor.
Neste caso é a empresa ou as empresas que participaram da negociação, ou seja, são os pactos
entre uma ou mais empresas com o sindicato da categoria profissional, em que são
estabelecidas condições de trabalho, aplicáveis a essas empresas.
Os Acordos Colectivos, por sua vez também têm natureza normativa, sendo que são partes a
empresa ou empresas de determinada categoria económica de um lado e, de outro, o
Sindicato dos Trabalhadores. Neste caso é obrigatória a presença da entidade Sindical
representando os trabalhadores, tendo como excepção a comissão eleita em assembleia de
greve.
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5.4.2 Princípio da Inescusabilidade Negocial
O este resguarda a existência de uma negociação colectiva válida é o princípio da
inescusabilidade negocial, segundo o qual o ente colectivo – seja ele um sindicato ou mesmo
uma empresa - não pode se recusar a buscar o entendimento, uma vez provocado a fazê-lo.
De salientar que o que esta em causa não obrigação do entendimento, o que se espera dos
seres colectivos é uma actuação pautada pela colaboração e respeito recíprocos,
consubstanciada na resposta afirmativa ao convite de dialogar. Uma questão de consideração
de tal sorte que quando a parte senta-se à mesa e inicia as negociações, está cumprido este
dever de negociar.
Neste sentido, este antagonismo é, pois, premissa para a existência da negociação. Ele a
desencadeia, é seu ponto de partida, “pois o diálogo tem que decorrer sempre da contradição
de pretensões e teses que se busca harmonizar” sendo que a negociação colectiva sem
contraditório de pretensões constitutivas de um contencioso a eliminar padece de um vazio
absoluto de objecto
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5.4.5 Princípio da Paz Social
Este princípio encerra duplo viés. De um lado, transmite a ideia de que a negociação
colectiva – como toda a negociação – tem por finalidade a pacificação de um conflito em
potencial, o apaziguamento de ânimos contraditórios
Seu segundo espectro dita que as partes devem negociar sempre em clima de paz, buscando o
entendimento e o diálogo. Devem, outrossim, evitar ameaças desnecessárias, tratar-se com
respeito e se absterem de tecer comentários denigritórios uma da outra. Neste prisma, o
princípio em voga funciona, segundo Rodrigues Pinto como um “factor de trégua dos
interlocutores para a boa discussão de seu conflito.
Como assevera José Cláudio Monteiro de Brito Filho, “não se quer, com isto, dizer que as
partes devem concordar com todas as propostas da outra parte, mas sim que devem negociar
ancoradas no sentimento de que precisam actuar, para alcançar o consenso, imbuídas de boa-
vontade”.
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ceder ou cumprir solicitações quando isto claramente não lhe traz maiores prejuízos ou
dificuldades.
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empresa, e tendo em conta os indicadores de referência do sector de actividade em que esta se
insere.
4. Na negociação e celebração de instrumentos de regulamentação colectiva de trabalho, o
organismo sindical e o empregador ou a sua associação podem recorrer aos serviços e à
assistência técnica de peritos de sua escolha.
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5.5.5 Conteúdo dos instrumentos de regulamentação colectiva de trabalho (Artigo 171)
1. Os instrumentos de regulamentação colectiva de trabalho podem regular:
a) As relações entre as associações sindicais e os empregadores que os outorguem;
b) Os direitos e deveres recíprocos dos trabalhadores e dos empregadores;
c) Os mecanismos de resolução extrajudicial de conflitos individuais ou colectivos de
trabalho, previstos nesta lei.
2. Os instrumentos de regulamentação colectiva devem indicar:
a) O período durante o qual se manterão em vigor, bem como a forma e o prazo da sua
denúncia;
b) O âmbito territorial da sua vigência;
c) Os órgãos ou associações sindicais e de empregadores por eles abrangidos.
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2.5.8 Divulgação e publicação (Artigo 175)
Os empregadores e os organismos sindicais obrigam-se a divulgar os instrumentos de
regulamentação colectiva de trabalho entre os trabalhadores, afixando-os em lugar acessível a
todos, facilitando a sua consulta e prestando sobre eles os esclarecimentos necessários.
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3. Os instrumentos de regulamentação colectiva de trabalho, a que as partes tenham
aderido, produzem pleno efeito entre ambas, salvo nos aspectos em que, por acordo, hajam
sido fixadas reservas.
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7. Conclusão
Do presente trabalho conclui-se em primeiro lugar que os sindicatos e as negociações
colectivas são uma plataforma sine-quanon para o estabelecimento de um bom ambiente e
eficiência do mercado do trabalho pois permite o alcance do equilíbrio necessário entre os
empregadores, trabalhadores e estado.
Em segundo lugar dada a natureza divergente dos interesses que movem as principais partes
envolvidas nas negociações colectivas é de extrema importância a observância dos princípios
supra citados de forma a se alcançar um verdadeiro equilíbrio de interesses entre as partes
que possa contribuir para a criação de um ambiente de trabalho onde as partes envolvidas
saiam vitoriosas e se sintam motivadas para continuar a contribuir para o desenvolvimento da
economia.
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8. Bibliografia
BERNARDES, Hugo Gueiros. “Princípios da Negociação Coletiva. Relações Coletivas de
Trabalho”; in “Estudos em homenagem ao Ministro Arnaldo Süssekind”, São Paulo: LTr,
1989.
DELGADO, Maurício Godinho. “Curso de Direito do Trabalho”, São Paulo: LTr, 5ª edição,
2006.
COUTO SILVA, Clóvis do. “A Obrigação Como Processo”, Rio de Janeiro: Editora FGV,
2006.
Lei do Trabalho
www.verdade.co.mz
http://www.knoow.net/cienceconempr/gestao/sindicato-organizacao-sindical/
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