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Introdução
1
Indrodução 2
1.3 O Dynare
Dynare é uma plataforma de software para lidar com uma am-
pla classe de modelos econômicos, em particular com modelos de
DSGE e de gerações sobrepostas (OLG). Os modelos resolvidos
pelo Dynare incluem aqueles cuja hipótese embasada em expecta-
Indrodução 8
uma tarefa árdua, já que tudo parece essencial. Muitas vezes exis-
tem várias maneiras de apresentar ou resolver um problema, como
exemplo: este livro usa o Método de Lagrange para resolver os pro-
blemas de otimização; contudo, alguns economistas preferem usar
programação dinâmica – o importante é que os resultados serão
iguais. Aspectos desse tipo serão deixados de lado, indicando-se
uma leitura complementar para um leitor em busca de alguma téc-
nica alternativa.
Princípios básicos
13
Capítulo 2
14
Modelo RBC básico 15
esse tipo de modelo não está limitado a esses dois agentes econô-
micos (famílias e firmas), em um modelo “completo”, essa abor-
dagem é formada por cinco agentes: famílias; firmas; autoridades
monetária e fiscal; setor externo; e instituições financeiras.
Restrição orçamentária
Y = LW
Y = (60 − H)W
Pc =Y
P c = (60 − H)W
ção anterior,
destino da renda
z }| {
Pc + WH = 60W
|{z} |{z} |{z}
bens de consumo lazer renda total disponível
60W W
c= − H
P P
Esta restrição orçamentária é uma linha com intercepto verti-
cal 60W
P e inclinação − W
P . Quando c = 0 o intercepto horizontal
é H = 60, definindo que se o indivíduo não quiser consumir ne-
nhum bem, pode usar todo o seu tempo com lazer.
divíduo é:
max u(c, L)
c,L
sujeita a,
Pc = WL
L = u(c, L) − λ(P c − W L)
∂L ∂u
= − λP = 0
∂c ∂c
∂L ∂u
= + λW = 0
∂L ∂L
Modelo RBC básico 22
∂u/∂L W
= −
∂u/∂c P
| {z } |{z}
TMS L-c Preço relativo L-c
5 Lembrando o leitor que para a análise gráfica é melhor usar o lócus consumo-
lazer, ao invés de consumo-trabalho, pois o primeiro par, representa dois “bens”,
enquanto o segundo par representa um “bem” e um “mal”.
Modelo RBC básico 23
Neste ponto, o salário real está alto o suficiente para que o indiví-
duo não aumente o seu nível de trabalho para manter o seu nível
de consumo inalterado. Neste patamar de salário, é razoável es-
perar que o indivíduo escolha gastar menos tempo trabalhando e
mais tempo em lazer (L4 < L3 ). Na figura 2.6, um aumento no sa-
lário induz a escolha ótima se mover do ponto C para o ponto D.
Neste ponto, o indivíduo está trabalhando menos horas do que no
ponto C.
futuro6 .
P1 c1 + A1 = RA0 + Y1
P2 c2 + A2 = RA1 + Y2
S1 = (R − 1)A0 + Y1 − P1 c1
A1 − A0 = (R − 1)A0 + Y1 − P1 c1
A1 = RA0 + Y1 − P1 c1
P2 c2 = R [RA0 + Y1 − P1 c1 ] + Y2
P2 c2 Y
P1 c1 + = Y1 + 2 + RA0
R R
P1 c1 + A1 = RA0 + Y1
P2 c2 = RA1 + Y2
sujeita a,
P1 c1 + A1 = RA0 + Y1
P2 c2 = RA1 + Y2
Modelo RBC básico 34
∂L ∂u
= − λ1 P1 = 0
∂c1 ∂c1
∂L ∂u
=β − λ2 P2 = 0
∂c2 ∂c2
∂L
= −λ1 + λ2 R = 0
∂A1
Reescrevendo as duas primeiras condições de primeira ordem,
∂u/∂c1
λ1 = P1 e λ2 = β ∂u/∂c
P
2
, substituindo esses valores na terceira
2
P2
condição de primeira ordem e definindo π2 = P1 :
∂u/∂c1 R
− = −
β∂u/∂c2 π2
| {z } |{z}
TMS c1 -c2 Preço relativo c1 -c2
Y1 A
c1 − =− 1
P1 P1
Y1
nota-se que se c1 > P1 a riqueza real do período 1 será negativa,
− AP 1 , representando que este indivíduo é tomador de empréstimos.
1
Modelo RBC básico 36
Y2 RA1
c2 − =
P2 P2
Y = f (K d , Ld )
Modelo RBC básico 38
Lucro = P Y − W Ld − RK d
max P Y − W Ld − RK d
K d ,Ld
Modelo RBC básico 39
Y = f (K d , Ld )
∂Y
P −W = 0
∂Ld
∂Y
P −R = 0
∂K d
∂Y
∂Ld
|{z}
Produtividade Marginal do Trabalho (PMgL)
W
=
P
|{z}
Custo Marginal Real do Trabalho (CMgL real)
∂Y
∂K d
|{z}
Produtividade Marginal do Capital (PMgK)
R
=
P
|{z}
Custo Marginal Real do Capital (CMgK real)
∂Y
d
− ∂L
∂Y
∂K d
|{z}
Taxa Marginal de Substituição Técnica (TMST)
W
= −
R
|{z}
Taxa Econômica de Substituição (TES)
2.2 O modelo
Nesta seção é apresentado e resolvido, passo a passo, o modelo
estrutural da economia proposta neste capítulo. Inicia-se com a
apresentação dos agentes (famílias e firmas), em seguida é exibido
o equilíbrio. Então, é encontrado o estado estacionário e a log-
linearização das equações que compõem o equilíbrio do modelo.
2.2.1 Famílias
Suposição 2.2.4. A economia deste modelo é formada por um con-
junto unitário de famílias indexadas por j ∈ [0, 1] cujo problema é
Modelo RBC básico 43
∞
1−σ 1+ϕ
X Cj,t Lj,t
max Et β t − (2.1)
1 − σ 1 + ϕ
Cj,t ,Lj,t ,Kj,t+1
t=0
1+ϕ
∞ 1−σ
X
C
j,t L j,t
L = Et βt
−
1 − σ 1 + ϕ
t=0
h io
−λj,t Pt Cj,t + Pt Kj,t+1 − Pt (1 − δ)Kj,t − Wt Lj,t − Rt Kj,t − Πt (2.4)
∂L −σ
= Cj,t − λj,t Pt = 0 (2.5)
∂Cj,t
∂L ϕ
= −Lj,t + λj,t Wt = 0 (2.6)
∂Lj,t
∂L
= −λj,t Pt + βEt λj,t+1 [(1 − δ)Et Pt+1 + Et Rt+1 ] = 0 (2.7)
∂Kj,t+1
σ ϕ Wt
Cj,t Lj,t = (2.8)
Pt
Modelo RBC básico 46
ou,
ϕ W
σ
−Cj,t Lj,t = − t
| {z } Pt
|{z}
TMS consumo-lazer Preço relativo consumo-lazer
−σ −σ
Cj,t Cj,t+1
Sabendo que da equação (2.5) λj,t = Pt e λj,t+1 = Pt+1 , e usando
esses resultados na equação (2.7), encontra-se a equação de Euler:
−σ
Cj,t+1
−σ
−Cj,t + βEt [(1 − δ)Pt+1 + Rt+1 ] =0
Pt+1
!σ
Et Cj,t+1
" !#
Rt+1
= β (1 − δ) + Et (2.9)
Cj,t Pt+1
A equação anterior determina a decisão de poupança das Famí-
lias (neste modelo, poupança é aquisição de bens de investimento).
Assim, quando as Famílias decidem seu nível de poupança, com-
param a utilidade que proporcionaria consumir uma quantidade
adicional hoje em comparação à utilidade futura, caso deixassem
11 Com um salário real maior, com certeza, o consumo de bens será maior, por
outro lado, o mesmo não pode ser dito do lazer. Se o efeito renda superar o
efeito substituição, o lazer aumentará, contudo, se o contrário ocorrer, o lazer
diminuirá.
Modelo RBC básico 47
2.2.2 Firmas
A Firma representativa é o agente que se dedica a produzir os
bens e serviços que serão consumidos ou poupados (e depois trans-
formados em capital) pelas Famílias.
Modelo RBC básico 48
α 1−α
Yj,t = At Kj,t Lj,t (2.10)
α 1−α
max Πj,t = At Kj,t Lj,t Pj,t − Wt Lj,t − Rt Kj,t (2.11)
Lj,t ,Kj,t
∂Πj,t α −α
= (1 − α)At Kj,t Lj,t Pj,t − Wt = 0 (2.13)
∂Lj,t
Das equações (2.12) e (2.13), encontra-se:
Rt Yj,t
=α (2.14)
Pj,t Kj,t
|{z} |{z}
CMgK real PMgK
Wt Yj,t
= (1 − α) (2.15)
Pj,t Lj,t
|{z} | {z }
CMgL real PMgL
Wt (1 − α)Kj,t
− =−
Rt αLj,t
|{z} | {z }
TES TMST
constante.
1 − α Rt
Lj,t = K (2.17)
α Wt j,t
e substituindo a equação (2.17) na função de produção (equação
(2.10)),
" #1−α
1 − α Rt
α
Yj,t = At Kj,t K
α Wt j,t
Yj,t α Wt 1−α
" #
Kj,t = (2.18)
At 1 − α Rt
Substituindo a equação (2.18) na equação (2.17),
Yj,t 1 − α Rt α Wt 1−α
" #
Lj,t =
At α Wt 1 − α R t
" #−1
1 − α Rt α Wt
=
α Wt 1 − α Rt
" #−α
A α Wt
Lj,t = t (2.19)
Yj,t 1 − α Rt
o custo total (CT) é representado por:
Yj,t Wt 1−α Rt α
CTj,t =
At 1 − α α
e o custo marginal é obtido do custo total15 :
1 Wt 1−α Rt α
CMj,t = (2.20)
At 1 − α α
Como o custo marginal depende apenas da produtividade e
dos preços dos fatores de produção, esse será o mesmo para todas
as firmas (CMj,t = CMt ). E sabendo que Pt = CMt , chega-se ao ní-
vel geral de preços,
1 Wt 1−α Rt α
Pt = (2.21)
At 1 − α α
15 CM ∂CTj,t
j,t = ∂Y .
j,t
Modelo RBC básico 53
1. um sistema de preços, Wt , Rt e Pt ;
Yt = Ct + It (2.22)
ϕ
Ctσ Lt = WPt
t
(Oferta de trabalho)
Et Cj,t+1 σ
= β (1 − δ) + Et RP t+1
h i
Cj,t t+1
(Equação de Euler)
Kt+1 = (1 − δ)Kt + It
(Lei de movimento do capital)
Yt = At Ktα L1−α
t
(Função produção)
Kt = α YRtt
Pt
(Demanda por capital)
Lt = (1 − α) WYtt
Pt
(Demanda por trabalho)
W 1−α R α
Pt = A1 1−α t
α
t
t
(Nível de Preços)
Yt = Ct + It
(Condição de equilíbrio)
Grupo Famílias
σ ϕ Wss
Css Lss = (2.23)
Pss
!
R
1 = β 1 − δ + ss (2.24)
Pss
Grupo Firmas
Y
Kss = α Rss (2.26)
ss
Pss
Y
Lss = (1 − α) Wss (2.27)
ss
Pss
α 1−α
Yss = Kss Lss (2.28)
1−α α
Wss Rss
Pss = (2.29)
1−α α
Grupo Condição de Equilíbrio
equilíbrio.
ϕ
Y W
(1 − α) ss = ss
σ
Css Wss
Pss
Pss
Wss ϕ σ1
1 W P
Css = ϕ ss ss (2.33)
Pss 1 − α
Yssσ
Conhecendo Css , falta encontrar Iss . Por consequência, é neces-
sário substituir a equação (2.26) na equação (2.25),
!
δα
Iss = Y (2.34)
Rss ss
Para finalizar, deve-se encontrar Yss . Substituindo as equações
(2.33) e (2.34) na equação (2.30),
Wss ϕ σ1 !
1 Wss Pss
δα
Yss = ϕ 1 − α + Rss Yss
σ Pss
Yss
! Wss ϕ σ1
δα 1 Wss Pss
1− Y = ϕ
Rss ss
σ Pss
1 − α
Yss
ss ϕ σ +ϕ 1
W W
σ
! σ +ϕ
Rss P
ss ss
Yss = (2.35)
Rss − δα Pss 1 − α
Ass = 1
Pss = 1
Modelo RBC básico 60
" ! #
1
Rss = Pss − (1 − δ)
β
α
! 1−α
1
1−α
α
Wss = (1 − α)Pss
Rss
ss ϕ σ +ϕ1
W W
σ
! σ +ϕ
Rss ss Pss
Yss =
Rss − δα Pss 1 − α
!
δα
Iss = Y
Rss ss
!1+ϕ σ1
1 W ss
Css = ϕ (1 − α)−ϕ
σ Pss
Yss
Y
Kss = α Rss
ss
Pss
Y
Lss = (1 − α) Wss
ss
Pss
e(Xt +aYt ) ≈ 1 + X
et + aY (2.36)
e e et
X et ≈ 0
et Y (2.37)
h i
Et aeXt+1 ≈ a + aEt X (2.38)
e et+1
Oferta de trabalho
ϕ Wt
Ctσ Lt =
Pt
ϕ Wss (W
σ
Css Lss e(σ Ct +ϕ Lt ) = e t −Pt )
e e f e
Pss
A seguir, usa-se a regra de Uhlig da equação (2.36),
σ ϕ W
Css Lss (1 + σ C Lt ) = ss (1 + W
et + ϕe ft − Pet )
Pss
σL = ϕ Wss
dado que no estado estacionário, Css ss Pss , chega-se a:
et + ϕe
σC Lt = W
ft − Pet (2.39)
σ
!
1 Css R
(σ Et C
= (1 − δ) + ss e[Et (Rt+1 −Pt+1 )]
et )
et+1 −σ C
σ e
e e
β Css Pss
Então, usando a regra de Uhlig da equação (2.36),
1h et ) = (1 − δ) + Rss 1 + Et (R
i h i
1 + σ (Et C
et+1 − C et+1 − Pet+1 )
β Pss
1 Rss
sabendo que no estado estacionário, β = Pss + (1 − δ), tem-se:
σ et ) = Rss Et (R
(E C
e −C et+1 − Pet+1 ) (2.40)
β t t+1 Pss
Modelo RBC básico 64
Retorno do capital
Reescrevendo a demanda por capital,
Yt
Rt = α
Kt
et − Pet = Y
R et − K
et (2.41)
Wt Y
= (1 − α) t
Pt Lt
temos:
Wss (W Y
e t −Pt ) = (1 − α) ss e(Yt −Lt )
f e e e
Pss Lss
Agora, usa-se a regra de Uhlig da equação (2.36),
ft − Pet = Y
W Lt
et − e (2.42)
Função produção
Usando o mesmo procedimento anterior na função produção:
Yt = At Ktα L1−α
t
α 1−α
Yss (1 + Y
et ) = Ass Kss Lss (1 + A
et + α K
et + (1 − α)e
Lt )
α L1−α :
Sabendo que no estado estacionário, Yss = Ass Kss ss
et = A
Y et + α K
et + (1 − α)e
Lt (2.43)
Kt+1 = (1 − δ)Kt + It
Kss (1 + K
et+1 ) = (1 − δ)Kss (1 + K
et ) + Iss (1 + e
It )
(1 + K et + Iss + Iss e
et+1 ) = (1 − δ) + (1 − δ)K I
Kss Kss t
Modelo RBC básico 66
et+1 = (1 − δ)K
K et + δe
It (2.44)
Condição de equilíbrio
Yt = Ct + It
Yss (1 + Y
et ) = Css (1 + C
et ) + Iss (1 + e
It )
et = Css C
Yss Y et + Isse
It (2.45)
Choque tecnológico
et = ρA A
A et−1 + t (2.46)
σ Rss
β (Et Ct+1 − Ct ) = Pss Et (Rt+1 − Pt+1 )
e e e e
(Equação de Euler)
Ket+1 = (1 − δ)K
et + δe
It
(Lei de movimento do capital)
et = A
Y et + α K
et + (1 − α)e
Lt
(Função produção)
Ket = Y rt
et − e
(Demanda por capital)
Lt = Y
e et − w
et
(Demanda por trabalho)
Yss Y et + Isse
et = Css C It
(Condição de equilíbrio)
et = ρA A
A et−1 + t
(Choque de produtividade)
Modelo RBC básico 68
var Y I C R K W L A ;
varexo e;
parameters sigma phi alpha beta delta rhoa;
sigma = 2;
phi = 1.5;
alpha = 0.35;
beta = 0.985;
delta = 0.025;
rhoa = 0.95;
model(linear);
#Pss = 1;
#Rss = Pss*((1/beta)-(1-delta));
#Wss = (1-alpha)*(Pss^(1/(1-alpha)))*((alpha/Rss)^(alpha/(1-alpha)));
#Yss = ((Rss/(Rss-delta*alpha))^(sigma/(sigma+phi)))
*(((1-alpha)^(-phi))*((Wss/Pss)^(1+phi)))^(1/(sigma+phi));
#Kss = alpha*(Yss/Rss/Pss);
#Iss = delta*Kss;
#Css = Yss - Iss;
#Lss = (1-alpha)*(Yss/Wss/Pss);
//1-Oferta de trabalho
sigma*C + phi*L = W;
//2-Equação de Euler
(sigma/beta)*(C(+1)-C)=Rss*R(+1);
//3-Lei de movimento do capital
K = (1-delta)*K(-1)+delta*I;
//4-Função de produção
Y = A + alpha*K(-1) + (1-alpha)*L;
//5-Demanda por capital
R = Y - K(-1);
//6-Demanda por trabalho
W = Y - L;
//7-Condição de equilíbrio
Yss*Y = Css*C + Iss*I;
//8-Choque de produtividade
A = rhoa*A(-1) + e;
Modelo RBC básico 74
end;
steady;
check;
model_diagnostics;
model_info;
shocks;
var e;
stderr 0.01;
end;
stoch_simul;