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(Continuação do Acórdão referente ao Processo nº 30.321/2015........................................)
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à 1ª Vara Criminal de Santarém, ao Ministério Público Estadual e ao Centro de Perícias
Científicas Renato Chaves”.
Registra ainda a PEM, “que desde setembro de 2016, há o registro de
mensagens da citada Capitania acerca do cumprimento de diligências requisitadas por
esta Procuradoria. Assim, há uma presunção de que restaria infrutífera a insistência no
cumprimento de tais diligências.
Assim sendo, diante de tais elementos de informação juntados nos autos, os
quais indicam a culpa da própria vítima fatal do acidente, a Procuradoria Especial da
Marinha - PEM, em manifestação às fls. 91/92 pugna pelo arquivamento do IAFN
decorrente da extinção da punibilidade diante da morte do agente. Tal instituto, apesar do
silêncio da Lei nº 2.180/54, é aplicado, de forma subsidiária, nos termos do art. 107,
inciso I, do Código Penal, à seara do acidente e fato da navegação diante de tal lacuna e a
sua compatibilidade no tocante aos acidentes e fatos da navegação.
À luz de tais considerações, portanto, a PEM opina pelo arquivamento deste
IAFN.
Publicada Nota para Arquivamento. Prazos preclusos, sem manifestações de
interessados.
Isto posto, decidimos.
Considerando que as provas colhidas em sede de IAFN apontam para uma
provável imprudência da própria vítima fatal, o MFAC Adroaldo de Souza Junior quando
na condução da L/M “ADONAI”, durante navegação pelo rio Tapajós, próximo à praia
de Pindobal, município de Belterra, PA, teria se lançado na água sem observar os
procedimentos estabelecidos para a salvaguarda da vida humana, para a segurança da
navegação, da própria embarcação o que teria ocasionado o seu óbito por asfixia
mecânica, devido à submersão em meio liquido por afogamento, acordo Certidão de
Óbito nº 066936 01 55 2015 400004 093 0000959 61. (fl. 5)
Considerando ainda, o disposto no artigo 107 do Código Penal, c/c art. 67 do
C.P.P, a extinguir a punibilidade e do agente, em caso de sua morte, devidamente
comprovada, sejam os presentes autos arquivados como requerido pela D. Procuradoria
Especial da Marinha - PEM, em promoção juntada às fls. 91/92, considerando este fato
da navegação, tipificado no artigo 15, alínea “e”, da Lei Orgânica deste Tribunal (Lei nº
2.180/54, como mais um daqueles nefandos eventos decorrentes de provável imprudência
da própria vítima.
Assim,
ACORDAM os Juízes do Tribunal Marítimo, por unanimidade: a) quanto à
natureza e extensão do fato da navegação: lançamento na água, seguido de morte, vítima
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de afogamento de condutor de embarcação, durante navegação pelo rio Tapajós, próximo
à praia de Pindobal, município de Belterra, PA, sem registros de danos materiais,
tampouco poluição ao meio ambiente fluvial; b) quanto à causa determinante: provável
imprudência da própria vítima fatal que teria se lançado na água sem observar os
procedimentos estabelecidos para a salvaguarda da vida humana, para a segurança da
navegação, da própria embarcação; e c) decisão: mandar arquivar os autos, como
requerido pela D. Procuradoria Especial da Marinha - PEM, em sua promoção de fls.
91/92, considerando o fato da navegação, tipificado no artigo 15, alínea “e”, da Lei
Orgânica deste Tribunal (Lei nº 2.180/54), como mais um daqueles nefandos eventos
decorrentes de provável imprudência da própria vítima fatal.
Publique-se. Comunique-se. Registre-se.
Rio de Janeiro, RJ, em 17 de abril de 2018.
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COMANDO DA MARINHA
c=BR, st=RJ, l=RIO DE JANEIRO, o=ICP-Brasil, ou=Pessoa Juridica A3, ou=ARSERPRO, ou=Autoridade Certificadora SERPROACF, cn=COMANDO DA MARINHA
2018.09.04 10:45:59 -03'00'