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Alexandre de Souza e Silva

Respostas

1 – No caso concreto apresentado, temos de um lado os dogmas da religião


Testemunhas de Jeová, particularmente a proibição de transfusão de sangue, e do
outro uma criança de 13 anos com uma doença grave e necessitando do sangue para
sobreviver. Desta dualidade surge o choque entre os dois direitos fundamentais: o
direito a vida e o direito à liberdade religiosa.
Apesar de não haver direito fundamental superior axiologicamente a outro, no caso
apresentado deve haver prevalência do direito à vida.
E ainda, segundo o Código Civil o menor de 16 anos é absolutamente incapaz de
exercer pessoalmente os atos da vida civil, cabendo aos pais decidirem por ele, no
exercício do poder familiar, usando para isso o critério de “maior benefício” ou de
“melhor interesse”, princípios consagrados no Estatuto da Criança e do Adolescente.
Quando a religião dos pais interfere nos cuidados de saúde dos filhos a preocupação
dos médicos deve ser com a criança. Daí, neste caso, o médico deveria desrespeitar
a vontade dos pais e utilizar de todos os meios médicos para salva a criança.

2 – Sim, um dos princípios da bioética, a autonomia, consagra o direito do adulto capaz


de decidir sobre o seu corpo e que o médico deve obter um consentimento livre e
esclarecido do paciente antes de praticar qualquer ato. Logo, caso o paciente fosse
maior e capaz e não quisesse a transfusão de sangue era possível a omissão médica
desde que devidamente esclarecido dos riscos.

3 - Sim, dentre os direitos e garantias fundamentais protegidos constitucionalmente


está a vida. Sem ela não há como se realizarem os demais direitos. Ela é, desta forma,
um suporte indisponível para a realização e efetivação das demais garantias
protegidas pelo Estado. Por isso para muitos doutrinadores, por ser o primeiro direito
do homem, é condicionador de todos os demais, é o mais fundamental de todos os
direitos, já que se constitui em pré-requisito à existência e exercício de todos os
demais direitos.
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4 - Sim, como se trata de menor incapaz, pelo nosso código civil, ela não pode decidir
sobre a transfusão de sangue ou não. Caso fosse, pelo menos relativamente capaz,
ou seja, maior de 16 anos, teria mais consciência e maturidade para decidir, mas,
mesmo assim, pelo nosso ordenamento jurídico teria que ser assistida.

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