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COMPLEMENTOS DE MATEMÁTICA.

GABARITO
DAS PROVAS de II 0 SEMESTRE DE 2005 .

I PROVA. 10/03/2006

Pn=m−1
Questão 1.(2p) Calcule a seguinte soma: n=0 cos(nt).

Solução:
Seja z = eit . Como bem noto,
zm − 1
1 + z + z 2 + ...z m−1 = ;
z−1
Substituindo o valor de z e pegando a parte real nos dois membros obtemos o resultado.

Questão 2. (1p) Prove que se uma função f é analitica num dominio D do plano
complexo e se a função conjugada, g(z) = f (z) também é analı́tica, então f é constante.

Solução:
Seja f = u + iv; então f = u − iv; pelas condições de Cauchy-Riemann, para a função
f
∂u ∂v ∂v ∂u
= , =− ;
∂x ∂y ∂x ∂y
por outro lado, as condições de Cauchy-Riemann para a função f dão:
∂u ∂v ∂v ∂u
=− , = ;
∂x ∂y ∂x ∂y
Somando as primeiras relações, deduzimos que ∂u
∂x = 0; por outro lado, fazendo a difer-
∂u
ença das segundas, deduzimos que ∂y = 0. Como D é conexo, segue u = constante e
succesivamente, v = constante.

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1
2

Questão 3. (3p)
1
i) (2p) Desenvolva em série de Laurent a função f (z) = (z−2)(z−3) , na coroa
1 < |z − 2| < ∞.

Solução: Como a função f é analı́tica nesta coroa, então, pelo teorema de Laurent
admite um desenvolvemento em série de Laurent nesta coroa. Escrevendo
1 1 1 1 1
f (z) = = = =
(z − 2)(z − 3) (z − 2) (z − 3) (z − 2) (z − 2) − 1
1 1
= 2 1 .
(z − 2) 1 − z−2
Assim, podemos desenvolver Po último fator deste produto, como uma série geométrica de
1 ∞ 1 1
razão z−2 e obtemos f (z) = n=2 (z−2) n, |z−2| < 1.

ii) (1p) Obtenha os termos de grau√ até 8, do desenvolvemento em série de Taylor


centrada na origem, da função h(z) = ch3z. Indı́que o disco onde vale o desenvolvemento
achado e justifı́que sua resposta.

Solução. Escrevendo
1
h(z) = [1 + (ch3z − 1)] 2
1
e pondo w = ch3z − 1, obtemos g(w) = (1 + w) 2 . Sabemos, pelo desenvolvemento da série
binomial, que
X∞
( 12 )( 12 − 1)( 12 − 2)...( 12 − n + 1)wn 1 1 3 9
g(w) = 1+ == 1+ w− w2 + w3 − w4 +... |w| < 1.
n=1
n! 2 8 48 4!16

Por outro lado,


X∞
(3z)n 9z 2 81z 4 729z 6 6561z 8
w = ch3z − 1 = = + + + + ...
n=1
(2n)! 2! 4! 6! 8!

Substituindo esta série na série binomial, obtemos:

1 9z 2 81z 4 729z 6 6561z 8 1 9z 2 81z 4 729z 6 6561z 8


h(z) = 1 + ( + + + + ...) − ( + + + + ...)2 +
2 2! 4! 6! 8! 8 2! 4! 6! 8!
3 9z 2 81z 4 729z 6 6561z 8 9 9z 2 81z 4 729z 6 6561z 8
+ ( + + + + ...)3 − ( + + + + ...)4 + ....
48 2! 4! 6! 8! 4!16 2! 4! 6! 8!
Efetuando as multiplicações e levando em conto somente os termos relevantes (potências
de ordem até 8 de z) obtemos:

9z 2 81z 4 729z 6 6561z 8 81z 4 812 z 8 94 z 8


( + + + + ...)2 = + + 2 + ...
2! 4! 6! 8! 4 (4!)2 2!6!
3

9z 2 81z 4 729z 6 6561z 8 9z 2 81z 4 729z 6 6561z 8 81z 4 812 z 8 94 z 8


( + + + +...)3 = ( + + + +...)( + +2 +...) =
2! 4! 6! 8! 2! 4! 6! 8! 4 (4!)2 2!6!

93 z 6 94 z 8
= +2 + ...
8 4!4
e por fim,
9z 2 81z 4 729z 6 6561z 8 94 z 8
( + + + + ...)4 = + ...
2! 4! 6! 8! (2!)4
Finalmente, substituindo na espressão de h(z), temos

9z 2 81 81 4 (93 ) 393
h(z) = 1 + +( − )z + (2 + )z 6 +
4 4!2 8(2!)2 82!4! 48(2!)3

6561 812 1 2(94 ) 8 3 3(94 ) 15(94 )


+( − − z + ) − )z 8 + ...
8!2 8(4!)2 8 2!6! 48 (2!)2 4 16(4!)(2!)4
onde com ”...” denotamos potências de z superiores a 8 (o resto de ordem 8 da série).
Podemos deduzir facilmente o disco de convergência deste desenvolvemento, se obser-
vamos que h(z) = G(F (z)), onde F (z) = coszω é uma função inteira e F (0) = cos(0) = 1,
√ 1 it
em quanto G(ω) = ω = r 2 e 2 , r > 0, ; −π < t < pi, é analı́tica no plano complexo
menos a semi-reta negativa dos x. Em particular, esta função é analitica em z0 = 1, e o
raio de converg encia do seu desenvolvemento em série de Taylor centrada em 1 é, pelo
teorema de Taylor, a distância de 1 até o ponto singular mais próximo, que é o ponto zero.
Resolvendo assim a equação ch3z = 0, obtemos zk = iπ kπi
6 + 3 , k ∈ Z. Assim, o disco de
π
convergência é |z| < 6 .

Questão 4. (4p) Calcule as seguintes integrais, utilizando o teorema dos residuos.

Z
1
i)(2p) dz
x2 +y 2 =2y z5 +1

Solução. A região de integração é x2 + (y − 1)2 = 1, o circulo de raio 1, centrado em


i. Os pontos singulares da função f (z) = z51+1 são as raizes da equação

π + 2kπ π + 2kπ
z 5 = −1, zk = cos( ) + isen( ), k ∈ BbbZ.
5 5

Representandos no plano complexo, são vértices de um pentagono inscrito no circulo r = 1,


e cujo primeiro vértice têm argumento π5 . Pra decidir quais dos pontos singulares estão
no interior do circulo de integração, interceptamos os circulos r = 1 e r = 2sent, obtendo
4

t = π6 e t = 5π π π
6 . Assim deduzimos que (somente) os pontos z0 = cos 5 + isen 5 e z1 =
cos 3π 3π
5 + isen 5 estão contidos na região de integração. Pelo teorema dos residous,

Z
1
dz = 2πi[Res(f, z0 ) + Res(f, z0 )].
x2 +y 2 =2y z5 +1

Como se trata de polos simplis,

1 z0 z0
Res(f, z0 ) = = = −
5z04 5z05 5

e similarmente
1 z1 z1
Res(f, z1 ) = 4 = 5 =− .
5z0 5z1 5

Assim,
Z
1 2πi iπ 3iπ
dz = − (e 5 + e 5 ).
x2 +y 2 =2y z5 +1 5

Z 2π
1
ii)(2p) dt.
0 2 − sen2t
e2it −e−2it
Solução: Como sen2t = 2 , fazemos a substituição

idz
z = e2it , dt = ,
2z

e quando t ∈ [0, 2π] o circulo |z| = 1 será percorrido duas vezes. Assim,

Z 2π Z 2π
1 dz
dt = −4 .
0 2 − sen2t 0 z2 − 4iz − 1

1
√ √
As singularidades da função f (z) = z2 −4iz−1 são z0 = i(2 − 3), e z1 = i(2 + 3). Como
|z0 | < 1 e |z1 | > 1, somente a primeira singularidade está contida no disco de raio 1. Pelo
teorema dos residuos,
Z √
dz 1 1 1
= 2πiCalRes(f, i(2− 3) = 2πi √ = 2πi √ = − √ .
|z|=1 z2 − 4iz − 1 2(2 − 3)i − 4i −2 3i 3

Por fim
Z 2π
1 4π
dt = √ .
0 2 − sen2t 3
5

COMPLEMENTOS DE MATEMÁTICA. II PROVA. 06/05/2006

Questão 1. (3p) i) (1p) Seja f uma função analı́tica no D(z0 , r0 ) − {z0 }, com pólo
simplis no ponto z0 . Seja γr o arco de circulo de abertura α γr : z − z0 = reit , 0 < t < α.
Prove que Z
limr→0 f (z)dz = αiRes(f, z0 ).
γr

ii) (2p) Usando o resultado anterior, calcule


Z +∞
sen(5x)
dx.
−∞ x(x5 + 1)

Solução. Como f é analı́tica numa coroa centrada em z0 e como z0 é um polo simplis, pelo
teorema de Laurent

b1
f (z) = + a0 + a1 (z − z0 ) + ... 0 < |z − z0 | < r.
z − z0
b1
Assim, podemos escrever f (z) = h(z) + z−z 0
, onde h é uma função analı́tica nesta coroa,
què têm em z0 uma singularidade isolada, então podemos supor que h é analı́tica no disco
|z − z0 | < r. Assim, Z Z Z
b1
f (z)dz = h(z)dz + dz.
γr γr γr z − z0
R b1
Para calcular γr z−z 0
dz, usamos a parametrização da curva

γr : z = reit , dz = rieit dt, 0 < t < α

e obtemos (para todo r)


Z Z α
b1 b1
dz = ireit dt = ib1 α.
γr z − z0 0 reit

Por outro lado,


Z
| h(z)dz| ≤ M αr, M = max|h(z)|, |z − z0 | < r.
γr
R
Fazendo r → ∞ nesta desigualdade, obtemos limr→0 γr
h(z)dz = 0 e a prova está com-
pleta.
6

ii) Consideramos o circuito formado pela fronteira do semidisco centrado em zero e de


raio R situado no semiplano superior menos dois discos, de raios r1 e r2 centrados respeti-
5iz
vamente em −1 e 0 (circuito ”indentado”). Como função auxiliar usemos f (z) = z(ze 5 +1) .
iπ 3iπ
Os pontos singulares desta função contidos neste circuito são e 5 , e 5 . Pelo teorema dos
residuos,
Z
e5iz iπ 3iπ

5
dz = 2πi[Res(f, e 5 ) + Res(f, e 5 )].
R,r1 ,r2 z(z + 1)

Por outro lado, explicitando o circuito γR,r1 ,r2 , temos


Z Z Z Z Z −1−r1 Z
e5iz e5iz e5iz e5iz e5ix
dz = dz+ dz+ dz+ dx+
R,r1 ,r2 z(z 5 + 1) γR z(z 5 + 1) γr1 z(z 5 + 1) γr2 z(z 5 + 1) −R x(x5 + 1)

onde γr1 e γr2 são respetivamente semi-circulos percorridos no sentido horário. Pelo lema
II de Jordan, temos Z
e5iz
lim dz = 0;
R→∞ γ z(z 5 + 1)
R

por outro lado, pelo resultado provado no item i, temos:


Z
e5iz
limr1 →0 5
dz = −πiRes(f, −1)
γr1 z(z + 1)
Z
e5iz
limr2 →0 5
dz = −πiRes(f, 0).
γr2 z(z + 1)

Quando R → ∞ e r1 , r2 → 0,

Z −1−r1 Z −r2 Z R Z +∞
e5ix e5ix e5ix e5ix
dx + dx + dx → V.P .
−R x(x5 + 1) −1+r1 x(x5 + 1) r2 x(x5 + 1) −∞ x(x5 + 1)

Agora só falta calcular os residuos.

e5iz
Res(f, 0) = limz → 0 5 = 1.
(z + 1)
e5iz e−5i
Res(f, −1) = limz → −1 = .
6z 5 + 1 −5
iπ iπ e5iz e5
Res(f, e 5 ) = limz → e 5 = .
6z 5 + 1 −5
......
Questão 2. (2p) Prove que a transformação w = z + z1 leva a semi-coroa circular
{ z = reit , t ∈ (0, π), r ∈ (1, k) }, na região interna de um semi-elipse (qual ?). Especifı́que
a correspondência das fronteiras e indı́que os pontos onde a transformação não é conforme.
7

Solução. Seja z = reit ; então w = z + z1 = reit + re−it = (r + 1r )cost + i(r − 1r )sent =


u(r, t) + iv(r, t).
Sobre o segmento [1, k], ω = (r + 1r ); T (1) = 2; T (k) = k + k1 ; sobre o segmento
[−k, −1], ω = −(r + 1r ); T (−1) = −2, T (−k) = −(k + k1 ).
Sobre o semi-circulo interno, ω = 2cost, assim u = 2cost, v = 0. A imagem deste
semicirculo é o segmento [−2, 2].
Sobre o semi-circulo externo, ω = (k + k1 )cost + i(k − k1 )sent = u + iv. Trata-se de
um semi-elipse (v > 0 pois sent > 0 na região indicada). A imagem será o interior de
um semi-elipse, situada no semiplano superior, centrada em zero e de semi-eixos (k + k1 ) e
(k − k1 ).
A transformação não é conforme nos pontos onde f 0 (z) = 1 − z12 = 0, ou seja, nos
pontos z = 1 e z = −1. Estes são zeros simlis da primeira derivada, então haverá uma
duplicação do valor do ângulo entre as curvas imagem, nestes pontos, em concordância
com a figura.
3a Questão. (3p) Seja

Ω = {(x, y) : x2 + y 2 ≤ 1, y ≥ 1 − x}.
Ache uma transformação linear fracionária, que mande a região Ω no ângulo

e = {w = reit , 3π
Ω 0 < r < ∞, π < t < }.
2
Indı́que a correspondência das fronteiras. Justifı́que seus passos, usando propriedades
conhecidas das transformaçãos lineares fracionárias.

Solução. Como se trata de uma região delimitada por segmentos de retas e arcos de
circulo, que formam um ângulo de π4 , nos pontos de interseção (1 e i) e como a região-
destino é um ângulo de π4 , o problema é consistente. Buscamos então uma transformação
linear fracionária da forma T (z) = az+b
cz+d , e impomos as seguintes condições:

T (1) = 0, T (i) = ∞.

As duas condições garantem que a imagem deste ”minguante” seja um ângulo (de π4 or
conta da conformidade da transformação), com vértice na origem. Para garantir que a
imagem seja exatamente o ângulo pedido, mandamos um ponto (qualquer) do segmento
linear [1, i], num ponto do semi-eixo inferior dos y; por exemplo,

1 i
T ( + ) = −i.
2 2
Explicitando os calculos, obtemos

z−1
T (z) = i( ).
z−i
8

Observação importante: como visto a escolha dos pontos da terceira condição fui arbitraria
(modulo as restrições geométricas). Como uma transformação linear fracionária depende
de três condições, concluimos que há infinitas soluções para este problema.

4a Questão. (2p) Resolva o problema Diriclet para o semiplano superior, com as


seguintes condições de fronteira: T (x, 0) = 1, para |x| < 2, e T (x, 0) = 0, para |x| > 2.

Solução. Pela fórmula de Poisson para o semiplano superior,


Z 2
1 dt 1 x−2 x+2
T (x, y) = 2 2
= [arctg − arctg ].
π −2 (x − t) + y πy y y

Usando a fórmula
tgα − tgβ
tg(α − β) = ,
1 + tgαtgβ
deduzimos que
x−2 x+2 −4y
tg[arctg − arctg ]= 2 .
y y x + y2 − 4
Portanto,
1 −4y
T (x, y) = arctg 2 .
πy x + y2 − 4

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